O realismo e o abstracionismo na obra de Bárbara Altstadt


09/09/2002 18:35

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DA ASSESSORIA

"Por realismo devemos entender o retorno a uma arte de representação em virtude de uma reflexão, de um sentimento e de um juízo negativo contra movimentos, correntes ou escolas em vigor. Por um retorno, se não a esta ou àquela tradição, entendemos uma necessidade de reordenação". Assim analisa o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani, superintendente do Patrimônio Cultural da Assembléia Legislativa. "No realismo, especialmente germânico, é inegável uma certa ambigüidade que pode induzir a direções opostas, introduzindo o objeto real enfocado dentro de uma abstração".

Massarani esclarece que "Bárbara Altstadt, uma brasileira de origem hispânica e alemã, exatamente impregnada de um individualismo artístico subjetivo, consegue criar em sua obra um equilíbrio de valores estéticos. Abolindo a representação do real puro, acrescenta um conjunto de formas imateriais ao olhar, revelando-nos uma realidade abstrata não menos real, nem menos poética, nem menos eficaz daquela do objeto. E no seu caso o objeto central é o ser humano."

Hoje, uma obra da artista, intitulada Sobrevivência, faz parte do Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, doada pelo Centro Turístico Quatinga de Iguape, empreendimento da família Altstadt.

Bárbara Altstadt é formada em artes plásticas pela faculdade Santa Marcelina de São Paulo e pertence à Academia Brasileira de Arte, ao Núcleo Brasileiro de Esmaltadores e à Associação de Arte Educadores do Estado de São Paulo. Especializada em pintura acrílica e óleo sobre tela, texturas com materiais diversos, trabalha também na manufatura de papel com fibras naturais. Participa de inúmeras exposições no Brasil e no Exterior.

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