Parque Turístico do Alto Ribeira possui um dos maiores números de cavernas do mundo





O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) é considerado o mais antigo do Estado e protege um extraordinário patrimônio espeleológico que, associado aos sítios naturais paleontológicos, arqueológicos e históricos, compõe uma das mais ricas regiões ambientais e culturais inseridas no bioma da Mata Atlântica brasileira.
As bases para a criação do parque foram lançadas no início do século 20, ocasião em que foram iniciados os levantamentos e pesquisas sobre o riquíssimo patrimônio espeleológico existente na região do Vale do Ribeira, o que resultou na aquisição de dez grutas pelo governo do Estado. O parque foi criado em 1958, abrangendo porções territoriais dos municípios de Apiaí e Iporanga, e hoje, é considerado um patrimônio da humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Com área de 35.712 hectares, o Petar localiza-se nas escarpas da Serra de Paranapiacaba; possui uma das maiores extensões preservadas de Mata Atlântica original; faz parte do Contínuo Ecológico de Paranapiacaba, corredor ecológico que permite a transição dos animais de um parque para o outro; e tem uma das maiores concentrações de cavernas do planeta: cerca de 300 cavidades naturais subterrâneas já cadastradas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, com dimensões, formas e ambientes singulares, que atraem grande número de visitantes e estudiosos.A presença das cavernas em conjunto com a Mata Atlântica preservada propicia ao visitante conhecer diversos ambientes, passar por alguns obstáculos, tomar banho de cachoeira fora e dentro de cavernas. Foi a ação da água ácida nas rochas calcárias durante milhares de anos que propiciou a formação de cavernas com pisos, paredes e tetos ornamentados por inúmeros espeleotemas: estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, entre outros. No parque, são encontradas cavidades naturais de diferentes tipos e dimensões, sejam as horizontais, mais conhecidas como grutas ou cavernas, ou as verticais, chamadas de abismos.
A área compreendida pelo parque tem relevo altamente acidentado, com diferença em altitude de mais de 1.000 m², possibilitando a presença de várias cachoeiras. Sua grande diversidade de roteiros permite agradar desde os iniciantes até aos veteranos. No Petar, é possível praticar cascading (rapel em cachoeiras); rapel em abismos; bóia cross nas águas cristalinas do Rio Betari; tirolesa; e Corrida de Aventura, esporte de competição que reúne um conjunto de atividades.
Outras atrações do parque são a trilha do Rio Betari, percurso de duas horas de caminhada que passa em frente às cavernas da Água Suja e Cafezal, indo terminar nas cachoeiras das Andorinhas e Betarizinho; os mirantes da Boa vista, de onde avista-se todo o Vale do Rio Betari, e do Núcleo de Santana, de onde observam-se os paredões de rocha calcárea no vale; o quilombo do Ivaporunduva; e a exploração de cavernas, sendo que apenas algumas estão abertas à visitação: cavernas de Santana; da Água Suja; do Morro Preto; do Cafezal; do Ouro Grosso; do Alambari de Baixo; da Teminina 2, Chapéu Mirim 1 e 2; das Aranhas; e Gruta do Chapéu, complexo com três cavernas. As outras são exclusivas dos espeleólogos, que nelas fazem estudos de fauna e trabalhos de mapeamento.
O parque tem infraestrutura para receber visitantes diariamente e a melhor época para apreciá-lo é durante o inverno, entre os meses de julho e outubro, quando o tempo está mais seco. Durante o período de chuvas, de dezembro a março, os passeios ficam bastante prejudicados e, alguns deles, muito perigosos, pois há rios que se enchem muito rapidamente dentro das cavernas, oferecendo perigo até mesmo para os guias mais experientes. Recomenda-se levar um agasalho extra para as caminhadas, o ambiente úmido e de baixa temperatura das cavernas facilitam o resfriamento do corpo, e lanches prontos a serem consumidos durante o passeio, pois o parque não possui lanchonetes em seu interior. No entanto, há várias cantinas que ficam nas proximidades do parque.
O ecossistema da mata pluvial tropical são comunidades vegetais em diversos estágios de desenvolvimento, com diversificada flora " orquídeas, bromélias, cedros, jatobás, palmito-juçara, entre outras " e fauna, que é beneficiada pela diversidade de ambientes, tendo um levantamento prévio apontando cerca de 30 espécies da lista de ameaçados de extinção, entre elas: mono-carvoeiro, onça-pintada, onça-parda, lontra, irara, harpia, gavião-pomba-grande, jacutinga e cágado-medusa. O parque abriga também uma importante parcela da fauna que vive no interior das cavernas, como aranhas, grilos, opiliões (gênero de aracnídeos), morcegos, peixes, etc.
O patrimônio cultural histórico, arquitetônico, arqueológico e imaterial é também riquíssimo. O Petar abriga também vários sítios arqueológicos, como os sambaquis, datados entre 3 mil e 10 mil anos atrás, que apresentam vestígios de ancestrais de tradição caçadora e coletora, além de sítios ceramistas mais recentes, datados de 2 mil anos atrás. As comunidades que tradicionalmente habitam a Mata Atlântica, principalmente caiçaras, remanescentes de quilombos e caipiras, guardam as características centenárias da colonização, são descendentes de índios, portugueses e africanos e possuem cultura e tecnologias que derivam dessas ascendências.
Quatro núcleos de visitação
Para facilitar as visitações às cavernas, foi dividido em quatro núcleos distintos, denominados de Santana, Ouro Grosso, Casa de Pedra e Caboclos. O núcleo Santana é o principal núcleo de visitação do Petar. Localiza-se no vale do rio Betari, uma das paisagens mais notáveis da região e oferece diferentes roteiros de visitação tais como as caverna de Santana e Água Suja, a trilha do Betari e a do Morro-Preto Couto. Próximo à entrada do núcleo encontra-se um quiosque de onde se iniciam as trilhas que levam às cavernas distantes. Dispõe de área para camping, com sanitários, lavanderia e ambulatório.
Inaugurado em 1998, a sede do núcleo Ouro Grosso fica junto ao Bairro da Serra e tem como principal atrativo a Caverna Ouro Grosso, um grande abismo composto por cachoeiras e piscinas, um dos mais verticais da região. Próxima à entrada desta caverna está uma gigantesca figueira com raízes tão grandes que se pode passar por entre elas de pé. O Rio Betari também faz parte do cenário deste núcleo, que conta com um centro de educação ambiental para o desenvolvimento de atividades junto à comunidade local e a rede escolar, além do atendimento aos grupos que executam trabalhos de interpretação ambiental, possuindo um pequeno museu com utensílios tradicionais da região.
Localizado na parte alta do parque, o núcleo Caboclos é o que possui menor infraestrutura. Além disso, há poucas cavernas próximas ao núcleo, sendo que as trilhas para a maioria delas são longas e extenuantes, explicando por que este é o núcleo menos visitado. Mas essa falta de estrutura é muito bem compensada com lindas cavernas, paisagens muito bem preservadas além de se ter a verdadeira sensação de estar isolado da civilização. Neste núcleo estão situadas a Pedra do Chapéu e várias trilhas como a do Mirante e a Sete Reis, que conduzem às cavernas do Chapéu, Aranhas, Água Sumida, Arataca, Pescaria, Desmoronada, Teminina, entre outras.
O núcleo Casa de Pedra conta com uma base de fiscalização e controle turístico. Seguindo por uma bela trilha que margeia o Rio Maximiniano e, depois de uma longa caminhada, chega-se à caverna Casa de Pedra, que tem um dos maiores pórticos de entrada do mundo (215 metros de altura), possuí cerca de sete quilômetros de extensão, com salões magníficos e conta também com cânions e abismos de grandes proporções. Durante a trilha é possível encontrar exemplares típicos da Mata Atlântica, como figueiras, bromélias, paus-brasil e perobas.
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