Longe do convencional, Mitiko Aragaki opera um mundo rico de cores, ação e fantasia

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/12/2006 15:11

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Tsunami<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-aragaki obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mitiko Aragaki<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-aragaki.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O ser humano busca construir o que é mais necessário para a sua existência, no sentido mais complexo da palavra. E, nisso, por uma necessidade mais íntima, o artista busca imagens, formas, composições que absorvem suas exigências inatas e constituem o desejo de criação.

O grau de sensibilidade na obra de Mitiko Aragaki é equivalente à complexidade do momento histórico e permite, a um feliz intérprete, exprimir a vida que advém do sentido plurimatérico da criação.

Longe do classicismo e do convencional, a artista opera um mundo rico de cores, de ação e de fantasia. Quando a luz atravessa a geografia das telas dessa pintora, ela conduz à descoberta de sutis elementos existenciais, em termos de êxtase.

Esses elementos não estão enclausurados na busca de um certo realismo, nem numa fórmula, quase sempre implícita, quando a articulação do traço apresenta instâncias eminentemente efusivas. A luz é, portanto, um nó infinito do qual se desprendem os raios das emoções e aquelas densidades idealísticas cuja espessura é a transparência.

Sobre um fundo nunca determinado, bem trabalhado, revolto e dinâmico, usando uma técnica mista bem aplicada, seu "tema" se abastece de profunda robustez, apresentando um domínio que transcende o emocional, justificando a intenção.

Trata-se da relação de uma análise unitária que registra sensações no contexto da obra, recuperações simbólicas de temas sublimando a própria vida, em vez da representação do seu drama. É de salientar, entretanto, que o fato poético supera em Mitiko Aragaki o abstracionismo espacial fundado sob a metamorfose da luz.

A obra Tsunami, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, revela uma força cromática que possui o mérito de fazer proliferar categorias de luz e de sonhos onde as experiências simbólicas da artista se tornam soluções fortemente envolventes.

A artista

Mitiko Aragaki nasceu em São Paulo, em 1940. Formou-se na Escola Paulista de Arte e, em literatura e artes plásticas, na Universidade de São Paulo. Estudou escultura com os artistas Calabrone e Santos Lopes, pintura clássica com Yuri Sergeev, história da arte com Alberto Beuttenmuller e pintura contemporânea com Angel San Martin e Rodrigues Coelho.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, entre elas: "Artistas Brasileiros", Holanda (1987); Espaço Cultural Imigrantes Japoneses, São Paulo; XVII Salão Bunkyo de Artes Plásticas e Espaço Cultural Sérgio Barcelos, São Paulo (1989); XXI Salão Bunkyo de Artes, São Paulo (1992); Expo Center Norte; Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, São Paulo; Espaço Cultural Casper Líbero, São Paulo; III Salão Paraense de Arte Contemporânea, Belém, Pará; IV Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo, SP (1994); XXIII de Arte Contemporânea de Santo André, SP; Galeria Bureau D"Art Lygia Jafet, São Paulo (1995); Espaço Cultural Mário Pedrosa, São Paulo; Associação Cultural de Itapevi, SP (1996); Galeria Mali Villas-Bôas; Centro Cultural Tão Sigulda, São Paulo; 1º Salão Vinhedense de Arte Contemporânea, Vinhedo, SP; Galeria Miami Beach, Florida, EUA; Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, Alphavile, SP (1997); Centro Cultural Tão Sigulda; Design Depot, São Paulo; Galeria Mali Villas-Bôas, São Paulo; 27º Salão de Artes Bunkyo, São Paulo; Galeria de Arte, Hannover, Alemanha; 2º Salão Nacional de Arte Contemporânea Brasileira, São Paulo; Galeria Canto das Artes, São Paulo (1998); 10º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, SP; Galeria de Arte Tabu, Torres Vedras, Lisboa, Portugal (1999); "500 Anos do Descobrimento", Lisboa, Portugal (2000); Casa da Fazenda do Morumbi, São Paulo (2000, 2002); Espaço Cultural Paineiras do Morumbi, São Paulo (2001); "Madonas", Galeria Banco de Arte, São Paulo; Arte Sacra, Central Plaza Shopings, São Paulo (2002); e "450 Anos de São Paulo", Salão Bunkyo, São Paulo (2004).

É membro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História e foi catalogada no livro Artes Plásticas Brasil, edições 1990, 1996 e 2001, de Júlio Louzada. Realizou viagens culturais ao Japão, Estados Unidos, Alemanha, Grécia e Egito.

alesp