Tive a oportunidade de participar do encontro que aconteceu entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro, em Belém, no Estado do Pará, com a presença de mais de cem mil pessoas de mais de cem países.

Como negar a importância do Fórum Social Mundial (FSM) e sua capacidade de mobilização? Foram realizadas cerca de 2.600 atividades temáticas, organizadas pelos movimentos, sendo concluídas com 22 assembleias com resoluções finais. Destaque para participação de quase dois mil índios de 120 etnias e nações diferentes.

Pude perceber, ao longo dos dias em que transcorreu o FSM, a vontade dos participantes de transformar a realidade de seus países através do diálogo, do trabalho e da solidariedade.

Vale ressaltar a importante participação dos presidentes da Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai e do presidente Lula, que debateram a América Latina e a crise econômica.

Como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, procurei priorizar as discussões em torno desse tema. Destaco minha participação nas oficinas "Experiências dos Catadores de Papel do Brasil e de Outros Países" e "Combate ao Racismo, os Aspectos Geopolíticos da Desigualdade Racial e as Medidas Socioeconômicas e Culturais de Combate ao Racismo".

Além de ser um instrumento valioso para a troca de experiências e diálogo, o Fórum Social Mundial é um pontapé inicial para a implementação e para a cobrança de políticas públicas para a sociedade, proposta por quem vive diariamente a realidade de milhões de pessoas de todo o mundo.



*José de Souza Candido é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores