MMDC e Alvarenga


09/07/2002 17:50

Compartilhar:


DA REDAÇÃO

Em 22 de maio de 1932, o então ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, chegou à São Paulo com o intuito de modificar a composição do secretariado do governo do Estado, sob intervenção desde ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Uma forte indignação contra o governo federal tomou conta das elites paulistas. O Partido Republicano Paulista (PRP), derrotado pela Revolução de 30, e o Partido Democrático (PD) formaram uma só frente e começaram uma campanha pela imediata convocação de uma Assembléia Constituinte e pelo fim das intervenções nos Estados.

O movimento ganhou o apoio da classe média e realizaram-se inúmeras manifestações na Capital. No dia 23 de maio, liderados por Ibrahim Nobre, Cesário Coimbra e Silvio de Campos, os revoltosos decidiram invadir a sede do Partido Popular Paulista (PPP), ex-legião revolucionária, situada à Rua Barão de Itapetininga, esquina da Praça da República. Entraram em conflito com o chefe de polícia, Miguel Costa, e cinco manifestantes foram mortos: Mário MARTINS de Almeida, aos 31 anos, solteiro, fazendeiro em São Manoel, nascido em 08 de fevereiro de 1901; Euclydes Bueno MIRAGAIA, 21 anos, solteiro, auxiliar de cartório em São Paulo, nascido em São José dos Campos em 21 de abril de 1911; DRÁUSIO Marcondes de Souza, 14 anos, ajudante de farmácia em São Paulo, nascido em 22 de setembro de 1917, que morreu cinco dias depois; Antonio Américo de CAMARGO Andrade, 30 anos, casado, três filhos, comerciário em São Paulo, nascido em três de dezembro de 1901. Orlando Oliveira Alvarenga foi gravemente ferido, mas morreu 82 dias depois, quando o movimento já havia sido batizado com a sigla que trazia as iniciais dos quatro primeiros tombados: MMDC.

Notícias mais lidas

alesp