O mundo azul de Eduardo Iglesias: estação perene da primavera



A pintura de Eduardo Iglesias nasce de uma vontade de se empenhar de forma intensa com o mundo presente, de dar forma a um mundo interligado com o passado, enfim, um mundo imaginário de tranqüilidade e de paz. E acrescentaríamos um mundo "azul", como o da maioria de seus quadros, que refletem um estado de espírito bem pessoal: viver na estação perene da primavera.
Determinar o momento em que Eduardo Iglesias dá início à composição de uma tela não é fácil. Inúmeros são os fatores, a começar pela estruturação técnica e, sobretudo, pela intensidade psicológica do pensamento, do qual suas obras trazem o conteúdo.
Elas originam um conluio entre fé e realidade, um elo sólido que atesta como a inspiração do artista se submete aos influxos de um "credo" que é sublimação, mesmo se, no caso específico, sublimação guarda em si mesma o significado de um contato entre o humano " entendido no sentido mais amplo " e o divino.
Embora tenha acrescentado e eliminado muita coisa, pesquisado e utilizado outras técnicas, outras cores e até mesmo alguns trabalhos com total ausência de cor, o azul ainda é a cor predominante nas obras desse artista cuja trajetória tenho o privilégio de acompanhar desde seu início, em 1959.
Com efeito, desde 1968 existe essa constante na obra de Eduardo Iglesias, um certo azul intenso que começou a dominar seus antigos ocres, amarelos, verdes e brancos. Atualmente, essa onda de azul está impregnada de uma nova atmosfera. Do conjunto de suas criações, sobressai um artista que, do sacro ao profano, consegue obter conteúdo e emoção, por tudo o que dele nasce e se origina.
Superar todos os obstáculos, abrir todas as portas e colher todas as cores possíveis foram proposições que Eduardo Iglesias se impôs como pintor e como ser humano, a fim de criar uma nova realidade e uma nova paisagem, menos agressiva e mais justa, proporcionando mais igualdade entre os homens.
O artista
Eduardo Iglesias nasceu em 1950, em Marília (SP), onde fez o primário e o colegial. Participou de diversas exposições individuais, entre as quais se destacam: Galeria Convívio, São Paulo (1965); Instituto Ítalo-Brasileiro, Milão, Itália (1969); Galeria Alla Porta Romana, Milão, Itália (1971); Galeria II Fauno, Verona, Itália (1972); Galeria Chelsea, São Paulo (1973 e 1975); Faculdade de Filosofia, Marília (1973); Galeria Guignard, Porto Alegre (1975); Galeria Paulo Prado, São Paulo (1976); Galeria André, São Paulo (1978 e 1980); Neville-Sargent Gallery, Chicago, Estado Unidos (1979, 1983 e 1988); Realidade Galeria de Arte, Rio de Janeiro (1981 e 1986); Expo de Litos, Embaixada do Brasil em Haia, Holanda (1984); Galeria Itaú, São Carlos (1985); Galeria Paulo Figueiredo, Brasília (1987); e Espace Latino Américaine, Paris, França (1990).
Esteve também presente em inúmeras exposições coletivas, entre as quais podem-se salientar: Galeria Cromoi, São Paulo (1962); I Sac, Campinas (1965); Grupo Tendências no Masp, São Paulo (1966); Gallerie Cinq, Genève, Suíça (1969); I e II Sac, São Paulo (1967 e 1968); I Bienal de Santos (1971); Galeria André, São Paulo (1973); Gallerie Crearco, Lausanne, Suíça (1977); 24 Brazilian Contemporany Engraves Exibition, Tóquio, Japão (1979); IV Bienal de Grabado Latino Americano, Porto Rico (1979); Boca Raton Center for the Arts, Miami, Estados Unidos (1980); Art 81, Armory Washington, Estados Unidos (1981); Arco 82, Madri, Espanha (1982); Ibiza-Grafic, Ibiza, Espanha (1982); Arco 83, Madri, Espanha (1983); The Gallery, University Club , Chicago, Estados Unidos (1983); Casa da Cultura do Equador, Quito, Equador (1985); Embaixada do Brasil, Belgrado, Iugoslávia (1986); Projeto Artes Plásticas 86 Petrobrás, Rio de Janeiro (1986); Curso e Conferência na Wake-Forest University, Winston-Salem, Estados Unidos (1987); Saga, Edições de Arte, Paris, França (1988); "Mostra de Papel artesanal", Pinacoteca do Estado, São Paulo (1988); Arte Brasileira, Artistas do Papel, University of Ottawa, Canadá (1988); Galeria Exedra, Quito, Equador (1988); National Library of Canada, Ottawa, Canadá (1989); Saga, Edições de Arte, Paris, França (1989); e Galeria Clepsidra, Bogotá, Colômbia (1989).
Possui obras em inúmeras coleções particulares no Brasil, Estados Unidos, Itália, Suíça e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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