Nas aquarelas imaginárias ou figurativas, Cris Burger libera da cor uma eloquência poética


É de se acreditar seriamente que no espírito de Cris Burger, todo mistério e todo o real da pintura se encontram na pincelada ou no seu prolongamento. O ato de pintar alcança pois a sua suprema dignidade, porque, é do método que age sobre os componentes que a obra obtém o seu estado de ressonância.
Em definitivo é o amor com que se transfere a cor para o papel-especificamente no caso da aquarela- que se aquece e se ilumina a obra. Uma mancha colocada sobre o papel procura assumir uma forma enluta com outras formas já colocadas sobre o mesmo papel. O resultado dessa luta é o nascimento da obra.
A artista reconhece implicitamente a preeminência da cor e confirma com esse reconhecimento à qualidade inata da função de aquarelista, que é fundamentalmente o emprego da cor, material base de sua arte. Os outros elementos: o ritmo, a proporção e os limites das formas, a sua organização seja na superfície quanto em profundidade, são usados pela artista somente com a finalidade de ordenar, de dominar a potência anárquica da cor e sobretudo, de conduzi-la ao grau de intensidade que produz a luz, da qual , segundo a concepção de Cris Burger, tudo deve ser dominado e torna-lo vivo.
As definições de figurativo ou abstrato não se colocam para a artista como contradições e não provocam ruptura. Em sua obra, certos elementos se abstraem no seio de uma realidade figurativa e indicam claramente como a passagem de uma maneira para outra tenham acontecido sem ruptura e sem troca de significado. Sua pintura é essencial e intangível.
Na aquarela "Cantareira", obra doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, a artista conclui a conquista de uma ordem necessária como em cada uma de suas obras -figurativa ou imaginária- libera da cor a mesma miraculosa eloqüência poética.
A Artista
Cris Burger, pseudônimo artístico de Maria Cristina Burger, nasceu em Porto Alegre em 1948. Formou-se em arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Iniciou-se em ilustração em 1975. Juntamente com Cláudio Ferlauto, montou o estúdio Qu4tro Design em 1982, onde desenvolve trabalhos de ilustração e design gráfico.
Freqüentou o atelier de Rubens Matuck, em 1997, desenvolvendo trabalhos em aquarela. Em agosto de 2000, finalizou o curso de pós-graduação em Artes Plásticas na Faculdade Santa Marcelina, SP.
Participou de diversas exposições, dentre elas destacam-se: Clube dos Ilustradores do Brasil, MASP, (1983/1984); Clube dos Ilustradores do Brasil, MIS, SP (1985); Brasil Design, Revista Print, Nova York (1987); Clube da Criação de São Paulo; Espaço Off, SP (1989);
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