O deputado Donisete Braga (PT) deu prosseguimento nesta terça-feira, 15/4, na Câmara Municipal de Mauá e em visita às redações dos jornais Diário do Grande ABC, de Santo André, e ABC Maior, de São Bernardo do Campo, ao movimento em defesa da saúde pública e pela construção de um hospital estadual regional no Grande ABC. Na Câmara de Mauá, o deputado informou que pretende pedir apoio dos prefeitos de sete cidades da região, do Consórcio do ABC e dos demais deputados. Além disso, vai colher 100 mil assinaturas em abaixo-assinado a ser entregue ao governador do Estado pleiteando o hospital e promoverá audiências públicas na Assembléia Legislativa para debater o assunto.

A iniciativa teve o apoio do presidente da Câmara de Mauá, vereador Carlos Alberto Betão (PSB), que se referiu "à coragem e à competência do deputado em defender a população". O vereador Rogério Santana (PT) falou da importância de fortalecer os conselhos municipais de saúde e saudou o trabalho do deputado em favor da região. Já o vereador Lolô Fargiani (PDT) disse que "mais uma vez o deputado apresenta uma iniciativa séria e importante para a saúde da população". Também se referiu ao mandato de Donisete como "muito transparente e compromissado com os anseios da população".

O lançamento do movimento havia sido feito por Donisete Braga durante plenárias de prestação de contas do mandato iniciadas no sábado, 12/4, e que se estenderam até a noite desta segunda-feira, 14/4, em Mauá. Segundo o deputado, as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra possuem 585.815 mil habitantes, dos quais mais de 400 mil dependem de hospitais públicos. Ressaltou que em Rio Grande da Serra o número de dependentes do SUS chega a 81% de uma população de 43 mil habitantes.

"Quase 70% da população dos três municípios são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, os dois hospitais municipais de Mauá (Nardini e Santa Casa), mais o de Ribeirão Pires (São Lucas), oferecem apenas 275 leitos pelo SUS", justifica Donisete Braga, 1º secretário da Assembléia Legislativa.

O novo hospital estadual atenderia casos de média e alta complexidade, conforme o deputado, e complementaria o atendimento primário feito pelos hospitais de Mauá e Ribeirão Pires. Além disso, acrescenta, também desafogaria as filas dos hospitais regionais Mário Covas (Santo André) e Serraria (Diadema). "Além de leitos, faltam médicos e equipamentos para exames e cirurgias de alta complexidade. A população da microrregião de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra espera meses e até anos para ser atendida nos hospitais Mário Covas e Serraria", explica.

De cada cinco pessoas que procuram hospitais públicos do Grande ABC, revela o 1º secretário, um é obrigado a buscar tratamento fora da região. Diz que faltam serviços especializados, como cirurgias cardíacas, neurológicas e ortopédicas, atendimento oncológico e ao queimado. Observa que exames como cateterismo cardíaco, ressonância vascular e angiografia cerebral, entre outros, somente podem ser realizados na Capital. "É grave a situação da saúde pública na microrregião e a tendência é aumentar a demanda de atendimentos de emergência decorrentes de possíveis acidentes do trecho sul do Rodoanel", adverte.

Para viabilizar o hospital regional com, no mínimo, 200 leitos, o deputado apresentou indicação ao governo do Estado e apresentou emenda de R$ 20 milhões à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e outra ao Plano Plurianual. "É preciso agir agora. Com a saúde não se brinca", afirma Donisete Braga. Ele, inclusive, fará gestões junto ao governo federal para que reveja o teto dos recursos anuais por habitante enviados via SUS para Mauá que, com 421.577 mil habitantes, recebe pouco mais de R$ 800 mil, enquanto Diadema, com menos de 400 mil habitantes, recebe mais de R$ 1 milhão.



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