Fim das hostilidades do Movimento de 1932 é lembrado em sessão solene


15/10/2010 20:46

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Jorge Michalany (centro) recebe homenagens <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/MAU_5816.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gino Struffaldi e deputado Olimpio Gomes <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/MAU_5695.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Banda da Polícia Militar <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/MAU_5698.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O amor a São Paulo, em seus aspectos históricos, cívicos e pessoais expressos no poema "Eu te amo, São Paulo", de Paulo Bomfim, marcou a sessão solene que comemorou os 78 anos de cessação das hostilidades do Movimento Constitucionalista de 1932, realizada nesta sexta-feira, 15/10, na Assembleia Legislativa. Na cerimônia, que ocorreu por solicitação do deputado Olimpio Gomes (PDT), o poema foi declamado por um dos homenageados, Pedro Paulo Penna Trindade, vice-presidente da Sociedade Veteranos de 32 " MMDC.

"Esta sessão solene é uma justa homenagem para reverenciar a memória e a história do povo paulista. E nenhum local poderia ser mais apropriado do que a Assembleia Legislativa, cuja sede tem o nome de Palácio 9 de Julho", afirmou Olimpio Gomes.

Durante o evento, o presidente da Sociedade Veteranos de 32 " MMDC, Gino Struffaldi, e o embaixador da Soberana Ordem da Cruz de Malta, Dino Samaja, entregaram diplomas homenageando os senhores Francisco Giannoccaro, Viviano Ferrantini, Ricardo Luís Martins Scalise e Egisto Domenicali. "Esse diploma é um reconhecimento da Assembleia Legislativa a personalidades que se destacaram pela defesa dos valores do povo paulista", completou o deputado.

Em nome dos homenageados, Domenicali destacou que a Revolução Constitucionalista de 1932 provou-se, de certa forma, vitoriosa, já que teria contribuído para que, no ano seguinte, se elaborasse uma nova Carta Magna.

A Medalha da Constituição " instituída em 1962, é a mais alta honraria outorgada pelo Legislativo paulista " foi entregue a Jorge Michalany, Pedro Paulo Penna Trindade e ao coronel-PM Mário Fausto Rodrigues Pinho.

"Michalany, cabo-enfermeiro da Revolução de 32, que depois se tornou médico, não só participou do movimento como escreveu artigos excelentes no jornal O Estado de S. Paulo, rebatendo os que procuravam denegrir a memória da Revolução Constitucionalista", ressaltou Struffaldi.

"Aos 15 anos, tornei-me cabo-enfermeiro porque não tinha idade para ir ao campo de batalha", relembrou Michalany. "Minha função era transportar soldados e voluntários feridos até a Santa Casa. Quis tomar parte na revolução porque amo São Paulo."

O coronel Pinho afirmou que "entre os heróis que estão no Mausoléu do Soldado Constitucionalista encontra-se meu pai. E a memória desses idealistas tem que ser preservada". O homenageado reverenciou "a bravura dos que se dedicaram a defender um ideal com suas próprias vidas" e cumprimentou o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz, a quem cabe a outorga da Medalha da Constituição.

A sessão solene foi aberta com a execução do Hino Nacional pela Camerata da Polícia Militar de São Paulo, sob a regência do tenente-maestro Ismael Alves de Oliveira. Também em homenagem aos participantes da Revolução Constitucionalista e às Forças Armadas brasileiras, os atletas Markus Runk e Camila Giudice fizeram uma apresentação de esgrima.



A Revolução Constitucionalista



A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado, que eclodiu no Estado de São Paulo, entre julho e outubro de 1932, com o objetivo de derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e obter a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil.

Foi a primeira grande revolta contra o governo Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil. Ao longo de 87 dias de combate (9 de julho a 4 de outubro de 1932), deixou um saldo oficial de 934 mortos (estimativas não oficiais reportam até 2,2 mil mortos) e grandes danos em várias cidades paulistas.

Dois anos depois da Revolução de 1932, uma nova constituição foi promulgada em 1934.

alesp