Entidades protestam contra mudanças no projeto da estação Adolfo Pinheiro do Metrô



Comerciantes e comerciários da região de Santo Amaro fizeram protesto nesta quarta-feira, 30/4, na Assembléia Legislativa, contra o decreto do governo que autoriza a desapropriação de 141 imóveis para a construção da estação Adolfo Pinheiro do Metrô. Liderada pela Associação dos Lojistas e Trabalhadores da Adolfo Pinheiros e pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), a manifestação contou com o apoio dos deputados petistas Roberto Felício (líder do PT), Enio Tatto (líder da Minoria) e Simão Pedro, além de Olimpio Gomes (PV) e Carlos Giannazi (PSOL).
"Não somos contra a ampliação do metrô, mas reivindicamos que a obra seja feita na área estabelecida pelo projeto original", esclareceu Regina Buttner, representante da Associação dos Lojistas e Trabalhadores da Adolfo Pinheiros. Segundo ela, o Metrô fez a alteração sem realizar nenhum estudo sério. "Tanto não fez os estudos que, por exemplo, não sabia que o ambulatório da santa casa estava entre os imóveis a serem desapropriados", afirmou em nota distribuída à imprensa.
Sem vantagens
De acordo com dados divulgados pela associação, o espaço que o Metrô pretende desapropriar abriga uma galeria com 98 lojas, um supermercado, escola de inglês, empresa de call center, academia de ginástica, banco e agência dos Correios. A medida ameaçaria cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos e, segundo os manifestantes, traria ao governo estadual uma despesa de R$ 90 milhões em indenizações.
Para o deputado Roberto Felício, a extensão da Linha 5 - Lilás do Metrô é "absolutamente necessária", mas a obra deve ser uma solução para os problemas de transporte na região e não para trazer prejuízos aos moradores, comerciantes e trabalhadores. "O governo precisa entender que deve negociar e encontrar a melhor saída para o problema", disse ele.
"Qual o porquê desta mudança, se tecnicamente não ficaram demonstradas suas vantagens?", indagou Olímpio Gomes. "Tem maracutaia nisso", afirmou o deputado, que também aconselhou os manifestantes a abordar parlamentares nos corredores da Casa para exigir um posicionamento claro da parte deles. "A sede da discussão deve ser a Assembléia Legislativa, os deputados não podem se prostrar diante dos abusos do Poder Executivo", declarou Gomes.
Suspeitas
O representante da UGT, Antonio Cabral, reforçou as suspeitas do parlamentar: "É estranho que o projeto mude o local em menos de 200 metros. Há coisas que não estão bem explicadas".
Na opinião de Carlos Giannazi, a mudança beneficiará os mais ricos, em detrimento dos trabalhadores e dos pequenos comerciantes. O diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Josimar Andrade de Assis, definiu a posição do órgão que representa: "Para nós a questão principal são os 10 mil empregos ameaçados".
Já para Simão Pedro, é "inconcebível que se mude o projeto de uma hora para outra, sem se preocupar com o que vai acontecer com trabalhadores e comerciantes". Segundo ele, isso é "típico de um planejamento meia boca, que não dialoga com os interessados". Na mesma linha, Enio Tatto lamentou que uma obra tão importante quanto esta seja realizada sem transparência e sem diálogo com a comunidade. "Querem desapropriar e construir um canteiro de obras para depois abandonar a área ao jogo dos interesses da especulação", disse ele, prevendo a futura construção de um grande empreendimento imobiliário que se beneficiará da proximidade do metrô.
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