Quatro tragédias com jovens drogados
Quatro tragédias ocorridas nos últimos meses nos Estados de São Paulo e do Rio acabaram derrubando por completo a tese de alguns psiquiatras e psicólogos que ainda insistem em dizer que o uso de drogas não contribui para atitudes violentas. Foram quatro crimes em que jovens mataram os pais ou os avós. O caso mais recente foi registrado na cidade de Volta Redonda, no Estado do Rio, em 30 de janeiro. Um adolescente de 16 anos, degolou a avó, Tereza Lucas da Silva Costa, de 59 anos. O jovem morava na Alemanha com os pais e havia viajado para o Brasil há dois meses, exatamente a pedido da avó, que tentava livrá-lo do vício do consumo de drogas, levando-o para a igreja, mas acabou tendo atitudes devastadoras.
Também no Estado do Rio, ocorreu, em 2 de janeiro, outro caso de jovem que consumia drogas e matou a avó: também de 16 anos, ele esfaqueou Iara Filgueiras, de 76 anos, na casa dela, na Ilha do Governador. Iara acordou quando o neto tentava arrombar o armário, onde havia dinheiro. Ela tentou impedir e recebeu os golpes.
Em novembro do ano passado, em São Paulo, o estudante Gustavo Napolitano, de 22 anos, degolou a avó, Vera Kuhn, de 73 anos, e matou a empregada, Cleide Silva, após cheirar 26 papelotes de cocaína. Algumas semanas antes disso, houve outro caso chocante em São Paulo, o da estudante Suzane von Richthofen, de 19 anos, consumidora de maconha, que, idealizou e levou adiante o assassinato de seus pais. A opinião pública ficou chocada e o tema do uso de drogas por jovens voltou a ser debatido entre especialistas. Na época, houve psiquiatras e psicólogos que insistiam em argumentar que a droga não leva à violência.
Na verdade, existem profissionais que pensam de outra forma. Qualquer pessoa de bom senso sabe que drogas como a cocaína e o crack liberam seus consumidores de qualquer freio, fazendo com que eles tenham mais facilidade para praticar ações violentas.
Isso ficou evidente no episódio de Volta Redonda, no fim de janeiro. Aqui vão alguns detalhes. O adolescente de 16 anos e sua avó, Teresa, estavam sozinhos na casa dela, no dia do crime. O tio do rapaz, Lamartine da Silva Costa, de 36 anos, mora na mesma casa, mas havia dormido fora. Segundo a polícia, após discutir com a avó na sala, pela manhã, o adolescente pegou uma faca na cozinha e a degolou. Em seguida, colocou a cabeça da avó num saco plástico, para jogá-lo no Rio Paraíba, que atravessa a cidade. Ao chegar à casa, o tio encontrou o jovem na varanda: ele saía com o saco nas mãos. O sobrinho virou-se para o tio e disse: "Você tem Jesus?" Lamartine entrou na sala e encontrou o corpo da mãe decapitado.
A Secretaria de Saúde de Volta Redonda informou que o garoto e a avó haviam passado na unidade de desintoxicação de dependentes químicos da cidade dois dias antes do crime. O jovem chegou ao local de manhã, transtornado, sob efeito da cocaína. Foi medicado e liberado à tarde. Tereza ainda voltou lá no dia seguinte, para se informar sobre métodos de recuperação. Algumas horas longe das drogas, o neto ficou mais agressivo e acabou matando a avó. O psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, diretor do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) da Universidade de São Paulo (USP), diz que casos como esses seriam evitados com um tratamento adequado ou até internação. Ou seja: ele admite, com razão, que o uso da droga precipita ações de violência tão assustadora.
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