Suenaga Kimiko exprime através da cerâmica profissão de fé e intensa vida interior

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Ainda não pôde ser determinada a época em que a cerâmica apareceu. Admitem os arqueólogos que ela nasceu quando o primeiro ser humano despertou sobre a terra. Essa crença é confirmada pela própria lenda bíblica, pois o homem foi feito do barro.
A cerâmica é a própria terra, tomada a forma, a argila transformada em obra de arte ou em objeto de uso doméstico. Não há dúvidas de que a forma foi sempre uma grande atração para o ser humano que movido por uma obsessão patológica, continuamente procurou-a.
No Brasil de nossos dias verificamos que a alma oriental habita todo verdadeiro ceramista, seja ele de origem ou descendente, embora vários artistas brasileiros também tenham se interessado por essa arte.
A diferença da maioria dos ceramistas que utilizam fornos elétricos ou a lenha, Suenaga Kimiko queima suas peças a 1400 ° C, num forno Noborigama especialmente construído.
Criado na China a mais de 1000 anos e incorporado pela cultura japonesa, esse forno encontra no Brasil condições propícias de implantação pela disponibilidade de lenha reflorestada de eucalipto resinoso, da variedade de argilas ricas em sílica e um estimulante ambiente multicultural. Vale salientar que o cruzamento do legado da tradição indígena e das influências ibéricas do passado colonial o libertam das amarras da produção tradicional para seu pleno desenvolvimento como excepcional instrumento de expressão artística contemporânea.
Os azulejos, os vasos, os pratos, as diversas ânforas e potes, as composições paisagísticas estão envolvidas entre a tradição do clássico e a contemporaneidade. Suas formas transmitem ao mesmo tempo, pureza e força além de um perfeito equilíbrio entre o mundo oriental e o ocidental.
Sua Ânfora, doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é uma obra magnífica onde Suenaga Kimiko exprime perfeitamente profissão de fé e intensa vida interior.
A artista
Kimiko Suenaga nasceu em Tóquio, Japão, no ano de 1949, onde na década de 70 iniciou-se na arte da cerâmica, trabalhando nos centros especializados de Kasama e Kyushu.
A partir de 1984 transferiu-se para o Brasil onde montou um ateliê especial com o tradicional forno Noborigama, em São Paulo. Em 1985 mudou-se para a cidade de Cunha, onde trabalha e vive até hoje, juntamente com seu marido Antonio Jardineiro e seus dois filhos.
Participou de exposições na Galeria SESC Paulista, SP (1992); na Galeria Yamanashi, Tóquio, Japão (1999); no Salão Nacional de Cerâmica de Curitiba, onde também foi palestrante (2004); na Oficina de Cerâmica de Fortaleza, Ceará, juntamente com os Índios Tapeba (2005); e no Hall Monumental da Assembléia Legislativa de São Paulo, em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (2008).
Entre as várias distinções recebeu em 1989 o Prêmio do Salão Nacional de Cerâmica em Curitiba. Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Japão, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
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