Seqüestradores premiados

Na época em que a polícia prendeu os seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, quatro anos atrás, fiz uma advertência: aqueles criminosos teriam de ser condenados a muitos anos de cadeia rígida, sem perdão, para evitar a repetição da absurda liberação antecipada da quadrilha que seqüestrou o empresário Abílio Diniz em 1989, em São Paulo. No fim da década de 90, por conta de uma greve de fome, os bandidos que quase mataram Diniz tiveram permissão para voltar para seus países, o Canadá, a Argentina e o Chile. O único brasileiro da quadrilha também foi beneficiado e acabou transferido para o Ceará.
Esse prêmio aos seqüestradores foi garantido por leis absurdas, mas também pelo incrível apoio recebido dos habituais esquerdistas irresponsáveis que se proclamam defensores dos direitos humanos.
Agora, não deu outra. Tudo conforme cheguei a prever. E o bandido nem precisou parar de comer: o chileno Maurício Norambuena, líder da quadrilha que manteve Olivetto num cubículo por 53 dias, ganhou da Justiça a possibilidade de trocar um presídio de segurança máxima por uma cadeia mais frágil. De repente, o seqüestro deixou de ser crime hediondo! Em Brasília, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu a Norambuena o direito à progressão da pena, que o tiraria do presídio de Presidente Bernardes. Assim, neste começo de 2006, o Brasil vive novamente a sensação de que o crime compensa. Trata-se da idéia de impunidade, um convite a novos crimes.
Menos mal que alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte de Justiça do País, falaram em derrubar a posição absurda do STJ, mas o fato é que a notícia inicial provocou espanto em vários setores da sociedade brasileira. E lembrei-me do que aconteceu com os seqüestradores de Diniz.
Nos dois casos, os bandidos se diziam ativistas de grupos políticos de esquerda, para tentar configurar seus crimes como algo ligado à intenção de derrubar governos de países latino-americanos e não simplesmente de ganhar dinheiro. Pura picaretagem! Esses bandidos só queriam saber de vida boa. E não vacilaram ao manter Diniz e Olivetto em cubículos quase sem ar. Ao serem presos, por sua vez, os criminosos reclamaram do desconforto das cadeias.
Está na hora de o Brasil ser mais duro com quem seqüestra. Na mesma época em que se divulgou a tolerância da Justiça brasileira com seqüestradores cruéis, a imprensa noticiou novas execuções em países onde a pena de morte é mantida como forma de punir exemplarmente aqueles que cometem crimes graves. Nos Estados Unidos, de nada têm adiantado os movimentos de "defesa dos direitos humanos": os condenados enfrentam a sala da morte. Já na China, são habituais as execuções de assassinos, seqüestradores e traficantes de drogas. Recentemente, foi condenado à morte um ex-diretor de banco chinês envolvido em corrupção.
Enquanto isso, a Polícia Federal brasileira demorava para agir contra o contrabandista chinês Law Kin Chong e sua gangue.
Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL
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