As criações de Helio Bastos flutuam em direção ao silêncio galáctico

Acervo Artístico
08/07/2005 15:26

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 Helio Bastos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Helio Bastos.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Obra Azul composto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Helio Bastos Obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Michel Senphor, grande historiador de arte, escreveu: "através da abstração, a arte não é esvaziada de seu conteúdo. Ela revela, ao contrário, seu verdadeiro conteúdo. Portanto, a arte abstrata não é anti-natura, ela é de uma outra natureza".

As obras de Helio Bastos nos transmitem a sua alegria interior. Em uma explosão cromática infinita e indefinível, dentro de uma estrutura geométrica, seu pincel distende a matéria renovando-a a cada quadro. Dentro de um modulo e de um núcleo central, o artista retira uma nova linfa, que lhe possibilita criar novas e diferentes obras, cada qual com sua originalidade.

As criações de Helio Bastos flutuam em direção a silêncios galácticos ou a horizontes ilimitados, onde o azul da base explode longe da terra milhões de anos-luz. O artista atua, com o melhor de si, numa obra de reedificação moral, que propõe a cada vez um novo "renascer da arte", numa antecipação apocalíptica que nos coloca em estado de alerta, dando lugar ao puro discernimento, do sadio, do belo e do virtuoso. Seus temas difíceis e interpretados sob o aspecto cromático marginalizando a escola do puro desenho.

Helio Bastos justapõe simples elementos cromáticos que fazem nascer uma vibração continuadamente diferente, corresponde a um sentimento de excitação tanto sensorial quanto psicológica. São projeções de matérias inexistentes como hipótese de um mundo ainda totalmente a construir, por intermédio de uma pincelada límpida e simples tanto de cores quanto de forma, um discurso livre, aberto e condicionado somente pelo sentimento.

Na obra "Azul composto", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, sua pintura nasce dentro de si, como fermentação natural de seu espírito, de seu sentir, de seu sentimento poético, e seu lirismo se torna festivo como um hino à vida, se torna fé, porque eterniza a beleza da luz num cântico evocativo.

A Artista

Helio Bastos Junior nasceu em São Paulo, em 1953. Autodidata iniciou seus estudos em pintura e desenho na adolescência, colocando inicialmente na tela suas impressões sobre os casarios coloniais mineiros e baianos. Após esse período de óleo sobre tela, adotou o lápis e o papel como protagonistas de sua expressão artística. Em 1985, o artista resolveu romper com as formas rígidas do abstracionismo geométrico, recebendo influência da arte oriental. Despojado e afastado da austeridade do período construtivista, recicla suas experiências em técnicas como, pastel, lápis de cor e o guache.

Freqüentou cursos com o mestre Okinawa, na Associação Cultural Brasil Japão (1990), e com o artista Dudi Maia Rosa, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2002). Foi catalogado no Anuário de Artes de Júlio Louzada (1991).

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: "Desenho Jovem", Museu de Arte Contemporânea (1981); Museu de Arte de São Paulo (1982); Original's Galeria de Arte; Espaço Cultural Spazzio Pirandello; Fundação Banco de Boston (1983); Grupo Westinghouse do Brasil S/A, SP (1985); Ânima Galeria de Arte; Associação Comercial de São Paulo; Câmara Municipal de São Paulo (1989); V Salão de Aquarela e Artes Plásticas, Núcleo de Arte e Cultura Nova Era; Projeto Art's Musik e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Teatro Cacilda Becker; Assembléia Legislativa de São Paulo (1990); Rotary Club Higienópolis; Projeto Art's Musik, Crowne Plaza; Projeto Art's Musik, Secretaria Municipal de Cultura de Santo André; Sociarte, Clube Atlético Monte Líbano (1991 e 1995); Espaço Cultural Cavaco's (1992); Projeto Music Center, União Cultural Brasil Estados Unidos (1992 e 1993); Portal Galeria de Arte; Finarte Galeria (1993); Centro Empresarial de São Paulo; Museu Telesp (1995 e 1996); Vellosa, Escritório de Arte; Novotel Morumbi; Avon Cosméticos (1995); Clube Círculo Militar de São Paulo (1996); Associação dos Funcionários da Cosesp; Ipê Clube (1997 e 2000); Espaço Cultural, Singulis Vitae (1997); "Espaço Imagem" (1998); ACM (1999); Espaço Cultural Infraero (2001) Sofitel, Accor Hotels (2003).

O artista recebeu diversas premiações. Ele possui obras em acervos particulares e oficiais, destacando-se as do Acervo Artístico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

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