Assembléia Popular


29/06/2007 18:55

Compartilhar:

Maria Lima Matos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIBUNA Maria Lima Matos04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Eduardo Ventura Campos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIBUNA Carlos Eduardo Ventura Campos01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mauro Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIBUNA Mauro Alves da Silva02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Leonilson Queiroz Almeida<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/TRIBUNA Jose Leonilson Queiroz Almeida01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Taxas indevidas

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, comentou notícias de jornal sobre a cobrança indevida de taxas para a realização de provas escolares. Sobre o assunto, disse não acreditar que haverá punição dos responsáveis, apesar do afastamento da diretora apontada nas reportagens. Sobre a decisão dela de devolver a quantia arrecadada, disse não concordar com as contas apresentadas.

Conselheiros tutelares

Em vista da proximidade das eleições para os conselhos tutelares no Estado de São Paulo, Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste, anunciou a distribuição de uma cartilha que pretende balizar o processo, no sentido de que este se torne mais democrático. Quanto a isso, apontou diversos casos que não se enquadravam neste perfil, por conterem exigências que considerou indevidas.

TV pública

Líder dos moradores do Jardim Tremembé, Silvio Luiz Del Giudice tratou de diversos assuntos relacionados à condução, pelas autoridades, das políticas públicas. Entre os temas abordados, enfatizou a necessidade de instalação do sistema público de televisão (a TV Pública), mencionando a recente realização na Assembléia de seminário abordando este tema.

Desmoralização

Acerca do que considerou a impunidade da corrupção que acabou com a escola pública, Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos, disse estar indignada com o fato de o governador José Serra ter sido desmoralizado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Para ela, isso não poderia ter partido do suplente do senador Eduardo Suplicy. "O governador é representante do povo paulista", disse ela.

Operação limpeza

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, criticou a iniciativa do prefeito Gilberto Kassab de promover a limpeza da capital com a retirada de placas e outdoors. Para ele, Kassab será lembrado como assassino de moradores de rua, como o prefeito que não conhece os Direitos Humanos nem respeita os direitos do cidadão. Ele declarou que está com dengue e que a prefeitura deveria combater a doença, entre outras medidas.

"Não serve para estadista"

Maria Lima de Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida e delegada de polícia aposentada, acusou o governador José Serra de desrespeitar os Direitos Humanos. "Ele não tem competência para ser estadista do Beco da Morte", afirmou, referindo-se às favelas do Guarujá. Ao citar a morte de policiais em serviço em favelas do Guarujá e protestar contra a morte de gays no Jardim Paulista, a delegada comparou a política do governador ao holocausto deflagrado por Adolf Hitler. Matos convidou os gays a se reunirem com ela na busca da união de esforços contra o governador.

"Cargo maldito"

Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo, questionou a ideologia do Partido dos Trabalhadores e dos estudantes universitários quanto ao escândalo envolvendo o senador Renan Calheiros. "Onde está a UNE que não se mobiliza contra esta situação vergonhosa? E o PT, por que não pede a cassação do senador? O PT não quer investigar o caso", afirma. Segundo ele, a Presidência do Senado deve ser um cargo maldito, uma cadeira de vidro que se quebra com um "mais pesado". Ele fez alusões a outros escândalos envolvendo titulares do cargo.

Necessidades urgentes

José das Mercês de Freitas, da Associação dos Moradores de Vanguarda do Jardim Icaraí, reivindicou soluções aos órgãos competentes para os problemas enfrentados pela população do Grajaú e imediações. Ele informou sobre o entupimento do córrego Petronitas e pediu que a prefeitura providencie sua canalização. Foi apontada também a situação dos moradores que vivem numa favela construída em área de risco. "O alerta tem como objetivo evitar futuros desmoronamentos e mortes", reforçou o orador. Freitas lembrou ainda da precariedade do transporte, principalmente depois que algumas linhas de ônibus foram retiradas de circulação. O morador sugeriu que no projeto para a implementação do trem sejam contemplados os bairros Icaraí, Varginha e São Bernardo, e não somente o Grajaú.

Em defesa da água e do cidadão

"A Sabesp ganha para cuidar da água e não cuida de coisa nenhuma." José Leonilson de Queiroz Almeida, do Instituto Capivari Filhos da Terra, disse que, em nome da preservação das represas Guarapiranga, Billings e Vargem Grande, algumas casas estão sendo derrubadas, acusadas de poluírem tais represas. Ele critica a Sabesp pelo mau uso das taxas referentes à rede de esgoto (50% da conta de água). Almeida também lamentou o fim do Programa Escola da Família em Marsilac, que acabava atuando como fonte de lazer para a população. "Agora, o pessoal de Embu tem que ir até a escola Regina Miranda, a 14 quilômetros de Marsilac." Buscando levantar fundos para a construção de um campo de futebol e uma horta comunitária, o orador anunciou a realização de uma feijoada em Marsilac no próximo domingo.



"Kit hotel da USP"

"Para onde vai o dinheiro da saúde e da educação? Para o kit hotel da USP", disse Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro contra a Indústria da Doença. Ele usou esses termos para criticar o investimento financeiro feito pelos governantes durante a invasão à USP. Ele alega que a maioria das vagas nas universidades públicas é preenchida pela elite social, que estuda durante anos sem pagar nada. Para ele, a demanda das periferias de São Paulo por bons médicos poderia ser atendida por alunos da USP, uma forma destes retribuírem a gratuidade do ensino. Mas eles, na opinião de Silveira, preferem trabalhar no setor privado após receberem o diploma. "A universidade pública não contribui em nada para a sociedade", censurou Silveira.

Policiais sem reajuste salarial

O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, José Martins Leal, disse que voltava à tribuna para denunciar o descaso do governo Serra em relação aos policiais. Ele afirmou que a data-base para reajuste dos vencimentos da sua categoria é 1º/3, mas até agora nada foi feito. "Os secretários da Segurança Pública e da Gestão Pública prometeram providências há mais de 30 dias. Mas, até agora, nada!", exclamou Leal. Segundo o delegado, a situação deles tem sido levada em "banho-maria".

Alunos sem livros

Vilma Godoy Rodrigues, de Taboão da Serra, voltou a criticar o programa educacional daquela cidade, através do qual os professores visitam os alunos em casa. "Será que eles vão até as favelas?", perguntou Vilma. Outra crítica dela é em relação ao fato de os alunos da 2ª série da escola Heitor Villas Lobos estarem sem livro didático até agora.

Mais justiça social

"A prefeitura de Carapicuíba não paga os salários dos conselheiros tutelares desde maio", afirmou Carlos Eduardo Ventura, que pede providências a respeito do assunto. Ele também criticou a ocupação pelos alunos da reitoria da Universidade de São Paulo. "Ao invés de ficarem pedindo "kit hotel", esses alunos, que são verdadeiros privilegiados, deveriam ser obrigados, depois de formados, a prestar serviços na periferia", protestou Ventura. Por fim, manifestou sua indignação contra os jovens da classe média que agrediram uma mulher no Rio de Janeiro e quiseram se justificar dizendo que pensavam se tratar de uma prostituta.



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

alesp