Debate avalia resultado da 15ª Conferência do Clima de Copenhague



Com a coordenação dos deputados Davi Zaia (PPS) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), e as presenças de Branca Americano, do Ministério do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis, vereador do PV do Rio de Janeiro, e Augusto Rodrigues, da CPFL, realizou-se, nesta segunda-feira, 18/1, na Assembleia Legislativa de São Paulo, um balanço sobre a reunião de Copenhague que tratou das mudanças climáticas, bem como um debate sobre as ações que estão sendo desenvolvidas no Brasil visando a sustentabilidade.
Branca Americano, Fábio Feldmann e Alfredo Sirkis, que estiveram presentes em Copenhague, expressaram sua frustração com o inexpressivo resultado " limitar o aumento da temperatura global em no máximo dois graus, sem definir o tempo para que isso aconteça " e com o vazio que se formou depois da conferência dinamarquesa. Branca Americano citou a desorganização e os impasses que surgiram durante a conferência, principalmente com a quebra de confiança na presidência do evento, que convidou 48 ministros para negociar em separado, deixando de fora mais de uma centena.
A representante do Ministério do Meio Ambiente comentou, ainda, a boa vontade da delegação brasileira e a falta de compromisso da China, "que já era esperada", e dos EUA, com o presidente americano acusando os países emergentes de não fazerem a sua parte no controle dos gases-estufa.
O secretário Fábio Feldmann foi na mesma linha de raciocínio, lamentando a nulidade de resultados e dizendo que para o México, onde se dará a próxima reunião em meados deste ano, pouco poderá ser preparado, e nada deverá ser cobrado, uma vez que o acordo de Copenhague é não-vinculante, isto é, seu cumprimento não é obrigatório. Feldmann, um ativista em questões ambientais há décadas, reconheceu, entretanto, que cada novo evento sobre o clima acaba por forçar um avanço: "Se compararmos a preocupação com o meio ambiente que existe hoje com aquela praticada no século passado, por exemplo, veremos que o patamar de consciência é outro".
Alfredo Sirkis falou da expectativa que havia de trazer, de 2050 para 2020, os prazos para as reduções de emissão de poluentes. "Não conseguimos sequer fechar o acordo para 2050". E foi mais longe: ao fazer o balanço do evento dinamarquês, concluiu que a ONU "não tem capacidade para gerenciar a questão do meio ambiente, assim como já demonstrou não ter capacidade para gerenciar as crises como a do Oriente Médio e do Afeganistão, entre outras". Sirkis encontra nos grupos como G7, G20 etc. o caminho para as possíveis negociações que levarão aos acordos.
Ao contrário do que aconteceu em Copenhague, algumas empresas brasileiras chamam para si a responsabilidade de contribuir para a sustentabilidade do planeta. Augusto Rodigues, diretor da CPFL, contou que a a empresa vai implantar 94 geradores, que transformam a força dos ventos (energia eólica) em energia elétrica e eles serão responsáveis pela geração de 2 a 3 megawatts (o potencial eólico brasileiro é da ordem de 30 mil Mw). Rodrigues disse que a energia gerada pelos aerogeradores é totalmente limpa, apesar de ser ainda um pouco mais cara do que a hidrelétrica, mas o fator sustentabilidade compensa. O diretor da CPFL falou também das termogeradoras que a empresa está instalando " quatro em SP e uma no RN " e que serão movidas a bagaço de cana. Essas usinas entrarão em operação em 2010, reforçando a matriz energética brasileira com energia limpa, uma tendência que vai se consolidando.
Os deputados Davi Zaia e Arnaldo Jardim elogiaram a qualidade dos analistas presentes, aos quais se juntou, em seguida, a subprefeita da Lapa, Sonia Francine, que enumerou os prejuízos que a cidade sofre com a mudança do clima, como enchentes, desmoronamentos e, principalmente, vidas.
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