CONTRIBUIÇÃO AO SETOR SUCROALCOOLEIRO - OPINIÃO
É inegável a importância do setor sucroalcooleiro para a economia brasileira, sobretudo a da região de Ribeirão Preto, responsável por 29% do álcool e 31% do açúcar produzidos no Brasil. Para colaborar nas discussões fundamentais do setor, a Assembléia Legislativa constituiu a Frente Parlamentar pela Energia Limpa e Renovável com representantes de todos os partidos.
O objetivo é contribuir na busca por melhores condições de exportação, melhoria da infra-estrutura do Estado para essa área, além do estímulo à produção do carro a álcool e à geração de energia a partir da biomassa. E a preocupação da frente justifica-se pelo que o setor representa para a economia paulista. São 70 mil empregos em toda a cadeia e R$ 2,4 bilhões por ano em impostos.
O mercado do álcool recebeu uma injeção de ânimo por conta do aumento do percentual de mistura de álcool na gasolina, de 22% para 24% a partir desta quinta-feira. E, se mantida a perspectiva de um aumento da safra de 10% para o próximo ano, a mistura poderá ser ampliada para 26%.
É uma medida extremamente importante para o setor por vários motivos: ampliação da exportação para países que também estão implantando a mistura de álcool à gasolina, o aumento da utilização de energia limpa, além, evidentemente, de significar um grande estímulo ao setor. Somente na região de Ribeirão Preto, o aumento na mistura irá proporcionar um acréscimo de R$ 120 milhões no faturamento das usinas da região, dinheiro que acaba circulando regionalmente.
Mas, há outros desafios. Em sua primeira reunião, na semana passada, a Frente Parlamentar decidiu agendar uma reunião com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) - para discutir a garantia de produção do carro a álcool e com a entidade que representa as usinas (Única) para que fique assegurado o fornecimento de combustível.
A ampliação da oferta de energia pela co-geração também está entre as prioridades da frente. Representa uma alternativa energética em meio a crise no abastecimento. O potencial de geração de eletricidade do setor sucroalcooleiro é de cerca de 3.852 megawatts, considerando metade das usinas brasileiras, quando serão produzidos apenas 10% desse potencial. Para São Paulo, onde a energia hidráulica corresponde a 92% da capacidade instalada, a co-geração será um fator a mais na garantia de fornecimento a novos investimentos mesmo se a crise energética persistir.
Na pauta da frente parlamentar também está a formulação de medidas que restrinjam a venda clandestina de álcool que, segundo o sindicato dos distribuidores, chega a movimentar 40% do mercado nacional. A frente quer contribuir com o setor como já fez, por exemplo, na elaboração do Pacto pelo Emprego, assinado em agosto de 99 entre todos os representantes da cadeia produtiva do setor. Já está comprovado que o trabalho conjunto torna as soluções mais fáceis.
*Duarte Nogueira, 37, é engenheiro agrônomo, líder do governo na Assembléia Legislativa e vice-presidente do PSDB de São Paulo. Foi secretário de Estado da Habitação no governo Covas (95/96)
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