Seminário na Assembléia discute a TV pública no Brasil



Com iniciativa dos deputados Enio Tatto, Vicente Cândido e Carlinhos de Almeida, todos do PT, aconteceu nesta segunda-feira, 25/6, no auditório Teotônio Vilela o seminário sobre a TV pública no Brasil. O evento contou com a presença do professor e jornalista Laurindo Lalo Leal Filho, representando o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, do presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária, Gabriel Priolli, representando o presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun, do deputado Sebastião Almeida e do presidente da Associação Brasileira de Televisão Comunitária, Fernando Mauro.
Os convidados falaram sobre a importância de discutir a televisão no país, uma vez que mais de 80% da população utiliza esse meio como única fonte de informação. Além disso, o Brasil está atrasado quando se trata de televisão pública, pois em países europeus esse sistema funciona muito bem, como por exemplo, a rede BBC.
O tema central do seminário foi o projeto de criação da TV Brasil, uma proposta do governo federal. Trata-se de uma televisão pública que possa atender as diversidades de demanda do público, sem nenhum interesse financeiro diferente do que ocorre com as emissoras comerciais.
Laurindo Lalo Leal Filho disse que existem três pilares importantes para a criação da TV Brasil que estão em foco: sua gestão, seu financiamento e a formação de uma rede. De acordo com Lalo, a gestão deve manter independência dos governos. "O financiamento pode estar presente no orçamento do Estado, pois a televisão faz parte da cultura da sociedade. Já a formação de redes deve contar com a cooperação de emissoras públicas estaduais, como a TVE e a Rádiobras", disse Lalo, afirmando que a introdução da tv digital no país ajudará na realização do projeto da TV Brasil, mas no começo as transmissões serão feitas nos dois sinais: analógico e digital.
Para Grabriel Priolli, o projeto de uma tv pública se precipitou por causa da tv digital, já que nesse novo sistema aumentará a quantidade de freqüências de canais. Priolli citou a TV Cultura como uma das televisões públicas mais importantes da América Latina e disse que a tv pública suprirá conteúdos que a tv comercial não contém.
Conforme o presidente da Associação das TV Comunitárias, Fernando Mauro, o fato de os canais públicos terem ficado de fora da transmissão da Net Digital foi lamentável. "Por pressão da sociedade, o Ministério Público Federal obrigou a empresa a assinar o termo de ajustamento de conduta para a transmissão dos canais abertos também para o sistema digital", informou. Segundo ele, caso as TVs Comunitárias percam o prazo para entrar no sistema digital, previsto para funcionar a partir de 2/12 próximo, "só daqui a 50 anos". "E quem perde com isso é a sociedade."
Dúvidas
O ex-deputado Renato Simões observou que os canais estatais são mais didáticos e educativos que as emissoras abertas, como a Rede Globo, SBT e Record. Outra preocupação do parlamentar é com a linha editorial. Em sua opinião, talvez seja o elemento mais polêmico dos debates sobre a TV pública. Segundo Lalo, a TV pública terá total interação com as demais mídias disponíveis (rádio, internet e aparelhos celulares). Sobre a linha editorial, o jornalista ressaltou que a linguagem deve ser interessante, "mas sem sensacionalismo. Às concessionárias interessa que façamos o jornalismo chapa branca, mas isso não nos interessa", completou.
Para o deputado Rui Falcão (PT) um dos pontos-chaves dos debates diz respeito à interação da propaganda na grade de programação das emissoras já que o mercado publicitário deve ficar prejudicado. Outra observação de Falcão é a relevância do papel da televisão no cotidiano das pessoas. "A mídia impressa vem perdendo sua importância."
O deputado Enio Tatto foi convidado a falar sobre o assunto no canal TV Aberta, ou Canal Comunitário, neta sexta-feira, 29/6, das 19h às 20h no Programa Resumo da Ópera, apresentado por Fernando Mauro.
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