Homenagem à memória de André Franco Montoro
15/07/2009 19:40



Após o suicídio do presidente da República Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, assumiu o posto seu vice, Café Filho, que ficou no poder por 14 meses. Segundo o historiador Vitor Amorim de Ângelo, em seu governo, Café Filho "teve de conciliar os problemas herdados do governo anterior com o acirramento político provocado pelo cenário aberto com a morte de Getúlio Vargas". Ainda segundo o historiador, Café Filho "montou uma equipe de governo composta basicamente por políticos, empresários e militares de oposição a Getúlio. Ficava claro que o novo presidente (...) afastava-se da política varguista".
Novas eleições foram marcadas para 3 de outubro 1955. Durante a campanha para as eleições presidenciais, setores radicais da UDN, representados pelo jornalista Carlos Lacerda, que era um dos principais críticos de Getúlio Vargas, tentaram impugnar a chapa JK-Jango, por temerem uma volta ao varguismo.
Realizadas as eleições, Juscelino Kubitschek, lançado pelo PSD, partido que apoiava Getúlio Vargas, foi eleito presidente. João Goulart, do PTB, que havia sido ministro do Trabalho no governo Vargas, foi eleito seu vice-presidente. A pressão da UDN e do Movimento Militar Constitucionalista, que orquestravam um golpe contra a posse, foi tal que Café Filho, doente, foi substituído interinamente, em 8 de novembro de 1995, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que acabaria ficando no poder por apenas quatro dias, por falta de apoio político.
O Movimento Militar Constitucionalista foi um movimento articulado por oficiais do Exército, e depois da Marinha e da Aeronáutica. Seu objetivo era criar condições para garantir a realização das eleições presidenciais de outubro de 1955 e assegurar a posse dos eleitos, garantindo a manutenção da legalidade. Outra organização militar existente era a Cruzada Democrática, mostrando uma cisão ideológica nas Forças Armadas, que culminou no movimento de 31 de março de 1964.
Em matéria publicada no jornal Tribuna da Imprensa, em 10 de novembro de 1955, Lacerda propugnou: "É preciso que fique claro, muito claro, que o presidente da Câmara não assumiu o governo da República para preparar a posse dos srs. Juscelino Kubitschek e João Goulart. Esses homens não podem tomar posse, não devem tomar posse e não tomarão posse". O jornalista chegou a defender a ideia de rompimento institucional através de golpe militar.
Em 11 de novembro de 1955, o ministro da Guerra, Henrique Lott, dá um golpe preventivo para garantir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek. Nereu Ramos, vice do Senado, assume a presidência da República. O presidente Carlos Luz, Carlos Lacerda e vários ministros buscam refúgio no Ministério da Marinha e vão para o cruzador Tamandaré, ancorado na baía de Guanabara. O navio zarpa em direção a Santos, sob o fogo dos canhões. Eles buscavam o apoio prometido pelo então governador de São Paulo, Jânio Quadros.
Ainda no dia 11, o diário comunista carioca Imprensa Popular publicou em sua primeira página o Manifesto Eleitoral do Partido Comunista do Brasil. O documento conclamava a população a se unir "para impedir (...) a implantação de uma ditadura militar fascista" no Brasil, e apoiando Juscelino Kubitschek e João Goulart. Este documento irritou profundamente os setores militares.
Quando Café Filho obteve alta médica e tentou reassumir o governo, foi impedido pelos militares, que o consideravam suspeito de conspirar contra a posse de JK e Jango. Em 22 de novembro de 1955, o Congresso Nacional ratificou esta decisão, e deu posse na presidência ao senador Nereu Ramos, que decretou, no dia 25, estado de sítio, que vigorou até a posse de JK, em 1º de fevereiro de 1956.
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