A Comgás anunciou que deve conceder à empresa Gastron a autorização de distribuição de Gás Natural Veicular (GNV) na cidade de Santos, frustrando antiga reivindicação do Sindicato dos Taxistas de Santos que pedia a exploração do serviço pelo posto que a entidade possui junto ao cais do porto. A notícia foi dada na tarde de quinta-feira, 3/11, pelo diretor de Mercado Industrial, GNV e Grande Comércio da Comgás, Richard Nicolas de Jardin, ao presidente do Sindicato dos Taxistas, Luiz Antônio Sares Guerra, e ao deputado estadual Fausto Figueira (PT), em reunião realizada na 1ª Secretaria da Assembléia Legislativa.

Para o deputado Fausto Figueira, "a Comgás vendeu esperança para a categoria e agora não está correspondendo à expectativa". Ele lembrou inclusive de encontro em agosto último com André Lopes Araújo, diretor da Comgás, na sede da Companhia, quando ficou acertado que ele iria a Santos conversar sobre o assunto com o próprio deputado e o presidente do Sindicato dos Taxistas, o que acabou não acontecendo.

Richard Jardin revelou que a companhia estava acertando com a Gastron a concessão do serviço de GNV em Santos. Ele, no entanto, disse que a Comgás "estava olhando com carinho" a solicitação do sindicato, o que motivou o presidente da entidade a insistir em ter gás natural no posto de serviço da categoria. A Gastron " holding de diversas subsidiárias com postos de abastecimento em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo " já explora esse serviço em Cubatão, única cidade da Baixada Santista a ter o GNV. Os taxistas ou proprietários de veículos a gás de Santos fazem percurso a Cubatão de até 40 quilômetros, entre a ida e a volta, além de enfrentar fila de espera, para abastecer.

Em Santos há mais de três mil veículos movidos a gás, dos quais cerca de 1.100 são taxistas, graças à campanha feita pelo Sindicato incentivando os motoristas a converterem seus veículos a gás natural.

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