Eutanásia não é consenso no combate à leishmaniose canina
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O relato de casos de sacrifício indiscriminado de cães, sem a contraprova de que fossem portadores da leishmaniose, foi um dos fatos que levou o deputado Feliciano Filho (PV) a organizar o debate "Leishmaniose: matar animais resolve?", realizado nesta sexta-feira, 18/6, na Assembleia Legislativa.
A leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquito infectado (da espécie Lutzomia longipalpis). A portaria 1.426/2008, do Ministério da Saúde, proíbe o tratamento de animais desse mal e determina, nesses casos, a prática da eutanásia.
"A leishmaniose não é só uma questão humanitária, mas de saúde pública e meio ambiente. Por isso as autoridades têm a obrigação de encontrar um caminho para tratá-la pelas causas, e não pelos efeitos", observou Feliciano Filho.
O parlamentar propôs a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo e de organizações não governamentais.
Especialistas
"Falta um grupo maior de estudos da leishmaniose no Brasil", concordou o médico veterinário Fábio Nogueira, mestre e doutor em leishmaniose e professor da Fundação Educacional de Andradina. Ele apresentou um histórico da doença " referindo-se tanto à leishmaniose visceral humana como à canina ", para apontar o aumento do número de casos nos grandes centros urbanos como um crescimento da mortalidade entre pessoas infectadas, sobretudo em razão da coinfecção com o HIV.
Quanto à questão da eutanásia, ele colocou no ar as dúvidas sobre a eficácia desse procedimento, já que há animais assintomáticos e outros que apresentam resultados falso-positivos e falso-negativos.
A mesma dúvida foi apontada pelo médico veterinário Márcio Antoninio Moreira, pesquisador do Laboratório de Patologia Animal da Unesp/Araçatuba, em trabalhos com resultados opostos quanto à eficácia da eutanásia canina na diminuição de casos humanos.
Já Vítor Márcio Ribeiro, médico veterinário com mestrado e doutorado em leishmaniose visceral canina, é mais taxativo: "Existe uma orquestração de que matar cães é o pivô do combate à leishmaniose, e isso do ponto de vista científico está errado. Os resultados apresentado têm sido insatisfatórios", afirmou.
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