Eufrate Almeida estimula com suas fotos uma meditação sobre o tema dos Quilombos




Não há duvida que fotografar é, antes de tudo, um ato de participação ativa à nossa realidade, uma escolha que envolve globalmente, do projeto à realização da imagem, num "iter" intervalado da percepção de um espaço útil que engloba informações e significados para suas congeladas por intermédio do aparelho mecânico " fotoquímico " numa funcional fração de tempo produzindo um testemunho e ao mesmo tempo uma mensagem, cuja eficácia será coerente com a precisão da síntese figurativa.
Através de suas propostas visuais, Eufrate Almeida exprime com lucidez essa confiança no poder expressivo e comunicativo da fotografia, na qual se envolve em cada fase produtiva " do projeto à assemblagem e à impressão " sublinhando a suas escolhas sem deixar nada ao acaso ou a manipulação de outros.
Sua capacidade de autonomia fornece ao fotografo as informações de um operador cultural raro. Com energia e clareza as fotos de sua série dedicada aos "Quilombos" sintetiza com eficiência o tema onde os valores estéticos do mundo dos quilombos sejam substituídos pela presença física das palhoças ou casebres ou de todos aqueles sinais que permanecem para testemunhar as antigas funções sociais e a histórica subordinação dos quilombolas às classes mais favorecidas.
Concebendo a fotografia no seu mais estrito significado de documentação, Eufrate Almeida se propõe como ativador de um mecanismo que é a extensão da visão humana, mas privo de seu vício deformante, constante, preciso no seu significado tecnológico.
As quatro fotos da série "Quilombos", doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa de São Paulo pelo Instituto Brasil de Desenvolvimento Cultural-Social , são testemunhos visuais, autônomos, expressos e comunicados diretamente sem mediações verbais e se constituem numa leitura explicita que não exclui, mas estimula interiores meditações sobre o importante tema dos Quilombos e dos Quilombolas.
O Artista
Eufrate Almeida nasceu em Itabuna, Bahia em 1964, filho de um pequeno produtor de cacau da região. Transferindo-se para São Paulo no inicio da década de 70, cursou fotografia no Museu Lazar Segal e na Escola Paulista de Artes (1993). Especializou-se em fotojornalismo na Fuji do Brasil (1994), bem como em revelação, ampliação e iluminação na Kodak do Brasil (1995). Aperfeiçoou-se em retratos e iluminação étnica no Senegal, Costa do Marfim, Guiné Bissau, Gâmbia e Cabo Verde. Desde 1995 ministra palestras sobre temas ligados ao continente africano e a história do negro no Brasil.
Com larga experiência em reportagens temáticas: no continente africano, desenvolveu trabalhos com enfoque sócio-cultural, retratando paisagens, vida social, religiosa e cotidiana. No Brasil desenvolveu trabalhos de resgate da memória histórica dos quilombolas e a composição dos Quilombos como uma sociedade: política, social e economicamente organizada.
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