DECRETO N. 36.443, DE 5 DE JANEIRO DE 1993

Fixa normas para a execução orçamentária do exercício de 1993 e dá outras providências

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e
Considerando os ordenamentos estabelecidos na Constituição do Estado, as disposições da legislação financeira vigente, as normas gerais contidas na Lei Federal n. 4.320, de 17 de março de 1964 e na Lei n. 7.949, de 16 de julho de 1992;
Considerando a necessidade de assegurar a execução orçamentária, o equilíbrio entre os dispêndios e as receitas, objetivando a estabilidade financeira do Tesouro do Estado e
Considerando que a consecução do Programa de Governo, expresso no Orçamento, requer a adoção de critérios de ordenamento na realização dos dispêndios e de controle da receita,
Decreta:

TÍTULO I

Do Processo de Execução 

CAPÍTULO I

Dos Instrumentos

Artigo 1.º - O processo de execução do Orçamento do Estado de São Paulo, aprovado pela Lei n. 8.202, de 24 de dezembro de 1992, observará as normas deste decreto e utilizar-se-á dos seguintes instrumentos:
I - Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea;
II - Programação Orçamentária da Despesa do Estado;
III - Tabela de Distribuição Inicial;
IV - Tabela de Alterações Orçamentárias;
V - Nota de Empenho.

SEÇÃO I

Da Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea

Artigo 2.º - As solicitações de alteração da Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea serão dirigidas a Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda, devidamente instruídas, para serem examinadas à luz das justificativas apresentadas.

SEÇÃO II

Da Programação Orçamentária da Despesa do Estado (PODE)

Artigo 3.º - A Programação Orçamentária da Despesa do Estado (PODE) é a constante do Anexo I do presente decreto.
Artigo 4.º - Os recursos consignados no Orçamento do Estado, nos elementos: 3.1.1.1 - Pessoal Civil, 3.1.1.2
- Pessoal Militar, 3.1.1.3 - Obrigações Patronais, 3.2.5.1
- Inativos, 3.2.5.2 - Pensionistas, 3.2.5-3 - Salário-Família e 3.2.8.0 - Contribuições para Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, deverão obedecer a distribuição de 35% (trinta e cinco por cento), 35% (trinta e cinco por cento) e 30% (trinta por cento) - respectivamente, nas 1.ª, 2.ª e 3.ª quotas trimestrais.
Parágrafo único - As dotações consignadas aos itens de despesa 3.1.3.2.51 e 3.1.3.2.61 -Pessoal, para os fundos cuja legislação especifica assim o permita, deverão obedecer à distribuição a que se refere o "caput" deste artigo.
Artigo 5.º - Os recursos vinculados deverão obedecer a distribuição de 10% (dez por cento), 15% (quinze por cento), 25% (vinte e cinco por cento) e 50% (cinqüen ta por cento) em cada quota, respectivamente, correspondentes ao 1.º, 2.º, 3.º e 4.º trimestres.
Artigo 6.º - Obedecidos o montante de cada quota trimestral do Órgão e o total anual de cada unidade orçamentária, poderão os Secretários de Estado, observado o disposto nos Artigos 4.º e 5.º deste decreto, autorizar, por resolução, remanejamento de valor de quota trimestral de uma unidade orçamentária para outra, que vigorará a partir da contabilização da competente Tabela de Alterações Orcamentárias.
Artigo 7.º - O saldo remanescente da quota vencida acrescer-se-á ao valor da quota seguinte.
Artigo 8.º - Poderão ser autorizadas despesas onerando quotas trimestrais vincendas, desde que para pagamentos futuros, quando se referirem a:
I - compras;
II - contratos, convênios ou ajustes celebrados pelo Estado;
III - adiantamentos autorizados nos termos da legislação vigente.
Artigo 9.º - As solicitações de antecipação de quotas, acompanhadas de demonstrativos que evidenciem a impossibilidade dos remanejamentos previstos no artigo 6.º deste decreto, serão encaminhadas à Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda, a qual, à vista das justificativas apresentadas e da disponibilidade do Tesouro do Estado, poderá, excepcionalmente, autorizá-las e, posteriormente, dar conhecimento à Coordenadoria de Programação Orçamentária, da Secretaria de Planejamento e Gestão.

SEÇÃO III

Da Tabela de Distribuição Inicial

Artigo 10 - A distribuição inicial de recursos das unidades orçamentárias para as unidades de despesa será formalizada mediante Tabelas de Distribuição (Anexo II), cuja edição caberá à Secretaria de Planejamento e Gestão.
§ 1.º - A distribuição de que trata este artigo far-se-á: 
1. por Quotas Trimestrais;
2. por Função, Programa, Subprograma, Projeto e/ou Atividade e Ação (subprojeto, subatividade), sendo esta última desdobrada até elemento econômico.
§ 2.º - Caberá às unidades contábeis competentes, após registro, encaminhar uma via da citada Tabela aos órgãos setoriais e subsetoriais dos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária.

SEÇÃO IV

Da tabela de Alterações Orçamentárias

Artigo 11 - As alterações da Tabela de Distribuição, observada a Programação Orçamentária da Despesa do Estado (PODE), e após estudos dos órgãos dos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária, serão baixadas via "Tabela de Alterações Orçamentárias" (Anexo III), pelos Secretários de Estado e dirigentes de órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, e do Ministério Público, ou dirigentes de unidades orçamentárias com poderes delegados para tal, passando a vigorar após o registro nas unidades contábeis a que se vinculam.
Parágrafo único - Excetuam-se do disposto neste artigo as alterações da Tabela de Distribuição estabelecidas por decreto, que serão processadas automaticamente e, for o caso, redistribuidas pelo dirigente da unidade orçamentária às unidades de despesa pelo documento "Tabela de Alterações Orçamentárias Internas por Resolução" (AnexoV).

SEÇÃO V

Da Nota de Empenho

Artigo 12 - As Notas de Empenho (Anexo IV) serão emitidas conforme procedimentos legais e valores constantes da Tabela de Distribuição devidamente registrada pelas unidades contábeis competentes.
Artigo 13 - Além das exigências legais vigentes, as Notas de Empenho deverão corner:
I - a classificação funcional-programática, discriminada até o nível de Ação (subprojeto/subatividade);
II - a classificação econômica da despesa, discriminada até o nível de item.
Artigo 14 - Deverão ser emitidas, obrigatóriamente, no início do exercício, à conta das diversas quotas trimestrais, Notas de Empenho referentes a despesas com Pessoal e Reflexos, nos termos do Artigo 4.º deste decreto, e com contratos, convênios, utilidade pública e outros ajustes celebrados pelo Estado.
Artigo 15 - A realização de despesas à conta de recurso cursos oriundos de transferências federais dependerá sempre da existência de recursos financeiros e de prévia autorização da Secretaria da Fazenda.
Artigo 16 - As unidades que executarem obras ou serviços sob a administração da Companhia Paulista de Obras e Serviços-CPOS e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo-CDHU deverão colocar os recursos programados à disposição das referidas empresas, por meio de Notas de Empenho por Estimativa.
Parágrafo único - A emissão de subempenhos será efetuada pelas respectivas unidades de acordo com os seguinte prazos, contados a partir da entrega dos atestados de medição de obras ou de serviços prestados:
1. até 10 (dez) dias, no caso das unidades sediadas na Região da Grande São Paulo;
2. até 15 (quinze) dias, no caso das unidades sediadas no interior do Estado.

CAPíTULO II

Dos Créditos Adicionais

Artigo 17 - As solicitações de crédito suplementar serão admitidas quando, após a utilização dos mecanismos de antecipação de quotas e de alterações da Tabela de Distribuição, ainda for constatada a insuficiência de recursos orçamentários.
Artigo 18 - As solicitações de crédito suplementar deverão ser encaminhadas à Secretaria de Planejamento e Gestão, nos meses de abril, julho e outubro, obedecendo a instruções especificas definidas pela Coordenadoria de Programação Orçamentária e acompanhadas de:
I - demonstrativo de necessidade complementar de recursos, evidenciando a impossibilidade de utilização das alterações nos instrumentos dispostos nos incisos II e III do artigo 1.º, observados os procedimentos descritos nos Artigos 6.º, 9.º e 11, todos deste decreto;
II - parecer conclusivo dos órgãos dos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária e do Grupo de Planejamento Setorial.
§ 1.º - As solicitações de crédito suplementar, relativas a pessoal e reflexos, sentenças judiciais, juros e amortizações, constituição ou aumento de capital de empresa, investimentos, inversões financeiras e outras transferências de capital, deverão ser encaminhadas individualmente, dispensada a observância dos prazos aludidos no "caput" deste artigo.
§ 2.º - Em se tratando de solicitações de crédito suplementar oriundas de autarquias, fundações e empresas, deverão ser encaminhadas em expediente próprio, acompanhado do parecer do órgão a que estiverem institucionalmente vinculadas.
Artigo 19 - Em observância ao disposto no § 1.º do Artigo 43 da Lei Federal n. 4.320, de 17 de março de 1964, para fins de cobertura dos créditos adicionais, deverão ser indicados recursos na seguinte ordem de prioridade:
I - os resultantes de anulaçao parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos suplementares autorizado por lei;
II - o superavit financeiro, apurado em balanço patrimonial do exercicio anterior;
III - os provenientes de excesso de arrecadação;
IV - o produto de operagçõs de crédito autorizadas, em forma que, juridicamente, possibilite ao Poder Executivo realizá-las.
Artigo 20 - As solicitações de crédito suplementar oriundas de autarquias e de fundações, cuja cobertura provenha de recursos a que aludem os incisos II ou III do artigo anterior, deverão ser submetidas ao previo exame da Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda e, posteriormente, remetidas à Secretaria de Planejamento e Gestão.
Parágrafo único - Os cancelamentos de restos a pagar de exercícios anteriores, inscritos com recursos do Tesouro, não serão considerados para efeito de excesso de arrecadação.

CAPÍTULO III

Das Disposições Gerais

Artigo 21 - Nas aquisições de materiais ou gêneros alimentícios, levadas a efeito mediante a utilização dos preços registrados pela Comissão Central de Compras do Estado - C.C.C.E., nos termos do estabelecido no Decreto n. 35.946, de 30 de outubro de 1992, as unidades de despesa a que os mesmos se destinam deverão providenciar o empenhamento e o pagamento das despesas diretamente ao fornecedor.
§ 1.º - Para o cumprimento do disposto no "caput" deste artigo deverão ser observadas as normas esubelecidas no âmbito da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, relativamente aos procedimentos para utilização dos preços registrados pela C.C.C.E.
§ 2.º - Nas operações de compra de materiais ou gêneros realizadas diretamente pela C.C.C.E., as unidades de despesa interessadas deverio colocar a disposição daquele órgão os recursos programados, por meio de Notas de Empenho por Estimativa.
Artigo 22 - As unidades e entidades integrantes da administração esudual deverão efetuar a entrega de suas programações financeiras mensais ao Departamento de Finanças do Estudo - DFE, respeitando, obrigatoriamente, os seguintes prazos:
I - administração direta, fundos, fundações e autarquias, até o segundo dia útil de cada mês;
II - empresas, até o terceiro dia útil de cada mês.
Artigo 23 - No processamento de despesas com veículo, informática e telecomunicações deverão ser observadas, em cada caso, as normas estabelecidas, respectivamente, pelo Departamento de Transportes Internos - DETIN, da Secretária do Governo, pelo Conselho Estadual de Informática - CONEI, da Secretária da Administração e Modernização do Serviço Público, e pelo Conselho Esudual de Telecomunicações - COETEL, da Casa Militar do Gabinete do Governador.
Artigo 24 - Os Grupos de Planejamento Setorial diligenciarão para que seja encaminhado ao Departamento de Transportes Internos - DETIN, da Secretaria do Governo, até o dia 10 de cada mês, para exame, avaliação e registro, demonstrativo mensal dos quilômetros rodados pelos veículos inscritos no regime de quilometragem.
Artigo 25 - O Departamento de Transportes Internos - DETIN, da Secretaria do Governo, encaminhari a Coordenadoria de Programação Orçamentária, da Secretária de Planejamento e Gestão, até o último dia útil de cada mês, o Demonstrativo Mensal de Consumo de Combustíveis relativo ao mês anterior, evidenciando as quotas de combustíveis autorizadas.
Artigo 26 - Os órgãos da administração deverão encaminhar á Coordenadoria de Programação Orçamentária, da Secretária de Planejamento e Gestão, informações mensais referentes a despesas com Pessoal e Reflexos pagos pela unidade, até o dia 10 do mês subsequente.
Artigo 27 - No curso da execução orçamentária, as unidades da administração direta e indireta, quando solicitadas, fornecerão informações para acompanhamento e avaliação da ação governamental, em nível de Região, Município e Distrito, a Coordenadoria de Planejamento Regional, da Secretaria de Planejamento e Gestão, na forma a ser definida.
Parágrafo único - O Grupo de Planejamento Setorial da respectiva área será o órgão intermediador das informações que vierem a ser solicitadas pela Coordenadoria de Planejamento Regional, da Secretaria de Planejamento e Gestão.
Artigo 28 - Para permitir o acompanhamento sistemático da execução dos investimentos programados para o exercução de 1993, as unidades da administração direta, as autarquias, as fundações mantidas ou instituidas pelo Poder Público e as empresas públicas em que a participação acionária do Estado é majoritária, fornecerão dados e informações de execução, na forma a ser definida pela Secretaria de Planejamento e Gestão.
Artigo 29 - A Secretaria da Fazenda publicará no Diária Oficial do Estado:
I - até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, demonstrativo da execução orçamentária;
II - até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada trimestre, demonstrativo das receitas arrecadadas e das transferências de recursos destinados à Educação, discriminadas por nível de ensino.
Parágrafo único - A Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda, por meio da Contadoria Geral do Estado, estabelecerá os prazos para entrega de documentos destinados á contabilização e encaminhamento de informações provenientes de interligação de sistemas, a fim de possibilitar o atendimento do disposto no "caput" deste artigo.

CAPÍTULO IV

Das Autarquias, Fundações, Empresas, Fundos Especiais e Fundos Especiais de Despesas

Artigo 30 - Aplicam-se ás autarquias, inclusive ás universidades, ás fundações, ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP, ao Fundo de Desenvolvimento da Educação em São Paulo - FUNDESP, ao Fundo Estadual de Saúde - FUNDES, ao Fundo de Reparação de Interesses Difusos Lesados, ao Fundo de Melhoria das Estâncias, ao Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e aos fundos especiais de despesa, as normas e princípios estabelecidos neste decreto.
Parágrafo único - As autarquias e as fundações terão Tabela de Distribuição Inicial de recursos em conformidade com o Artigo 10 deste decreto e, em caso de alteração, deverão observar, no que couber, o disposto no Artigo 11 deste decreto.
Artigo 31 - Na execução da despesa dos fundos especiais de despesa, do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP, do Fundo de Desenvolvimento da Educação em São Paulo - FUNDESP, do Fundo Estadual de Saúde - FUNDES, do Fundo de Reparação de Interesses Difusos Lesados, do Fundo de Melhoria das Estâncias e do Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, deverá ser observada a distribuição por quotas trimestrais estabelecida pelo parágrafo único do Artigo 4.º e no Artigo 5.º deste decreto, elevando-se, automaticamente, o limite de empenhamento, caso a arrecadação de suas respectivas receitas ultrapassem os valores nominais correspondentes aos limites fixados pelos referidos artigos, ressalvado o disposto no Artigo 15 deste decreto.
§ 1.º - A elevação automática do limite de empenhamento no trimestre será formalizada pela antecipação da quota subseqüente em valor equivalente ao excesso de receita registrado no mesmo período.
§ 2.º - As solicitações de suplementação fundamentadas  em provável excesso de arrecadação de receitas deverão ser encaminhadas á Secretaria da Fazenda, dispensada a observância dos prazos estabelecidos no Artigo 18 deste decreto.
Artigo 32 - Os fundos especiais de despesa, as autarquias inclusive as universidades, as fundações e os fundos especiais: Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP, Fundo de Desenvolvimento da Educação em São Paulo - FUNDESP, Fundo Estadual de Saúde - FUNDES, Fundo de Reparação de Interesses Difusos Lesados, Fundo de Melhoria das Estâncias e Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, deverão encaminhar á Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda, e á Coordenadoria de Programação Orçamentária, da Secretaria de Planejamento e Gestão, em nível dos códigos de receitas e despesas consignados no orçamento, os documentos, a seguir discriminados, de conformidade com os registros das unidades contábeis competentes:
I - as autarquias, inclusive universidades e fundações:
a) demonstrativos mensais da receita arrecadada, até o dia 10 do mês subseqüente;
b) balancetes mensais, com seus respectivos anexos e demonstrativos, até o dia 20 do mês subseqüente;
c) balanço de encerramento, com seus respectivos anexos e demonstrativos, na mesma data de envio á Contadoria Geral do Estado;
d) planilhas de Cadastramento de Despesa e Receita referentes ao Sistema de Controle de Execução do Orçamento do Estado;
II - os fundos especiais de despesa e fundos especiais: demonstrativos mensais da receita arrecadada, até o dia 10 do mês subsequente.
Parágrafo único - As unidades que receberem da União recursos por conu de Transferências Correntes e de Capital, deverão remeter, mensalmente, até o décimo dia útil, quadro demonstrativo dos valores recebidos.
Artigo 33 - As autarquias, inclusive as universidades, as fundações e as empresas em que o Estado seja acionista majoritário, deverão encaminhar até o dia 10 do mês subsequente, à Coordenação da Administração Financeira, da Secretaria da Fazenda, e a Coordenadoria de Programação Orçamentária, da Secretaria de Planejamento e Gestão, informações mensais referentes a Folha de Pagamento de Pessoal.

TÍTULO II

Das Competências

Artigo 34 - Para efeito do cumprimento do disposto no presente decreto e observadas as normas do Decreto-lei n. 233, de 28 de abril de 1970, ficam estabelecidas as seguintes competências:
I - ao Secretário da Fazenda:
a) propor ao Governador alteração da Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea;
b) manifestar-se quanto aos efeitos de ordem financeira decorrentes da concessão de créditos adicionais;
c) fixar diretrizes para o processamento da despesa de pessoal das administrações direta e indireta do Estado;
II - ao Secretário de Planejamento e Gestão:
a) manifestar-se quanto ao mérito dos pedidos de créditos adicionais, observadas as prioridades governamentais;
b) propor ao Governador abertura de créditos adicionais;
c) submeter a aprovação do Governador a instituição ou supressão de unidades orçamentárias e unidades de despesa, no âmbito da administração direta;
III - aos demais Secretários de Estado:
a) solicitar ao Secretário de Planejamento e Gestão a abertura de créditos adicionais;
b) aprovar as alterações da Tabela de Distribuição ou delegar poderes para que outra autoridade o faça, observado o disposto no Artigo 11 deste decreto;
c) remanejar e antecipar valor de quota trimestral, observado o disposto no artigo 6.º deste decreto;
d) solicitar à Secretaria da Fazenda:
1. alteração da Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea;
2. antecipação de quotas.
Artigo 35 - Observadas as competências e procedimentos fixados neste decreto, poderão ser baixadas instruções específicas pelos respectivos órgãos.

TÍTULO III

Disposições Finais

Artigo 36 - Ficam as Secretarias de Planejamento e Gestão e da Fazenda autorizadas a converter em diligências os expedientes relativos a alterações da Discriminação da Receita até o Nível de Subalínea e da Tabela de Distribuição, à antecipação de quotas e a solicitações de créditos adicionais a elas encaminhados pelos órgãos da administração direta e indireta do Estado.
Artigo 37 - A fim de assegurar ao Poder Executivo o cumprimento dos incisos I e II do Artigo 35 e do Artigo 171 da Constituição do Estado, aplica-se, no que couber, o disposto neste decreto aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério Público.
Artigo 38 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1.º de janeiro de 1993, ficando revogados:
I - Decreto n. 34.537, de 8 de janeiro de 1992;
II - Decreto n. 34.696, de 13 de março de 1992;
III - Decreto n. 34.763, de 6 de abril de 1992;
IV - Decreto n. 35.049, de 2 de junho de 1992;
V - Decreto n. 35.632, de 11 de setembro de 1992;
Palácio dos Bandeirantes, aos 5 de janeiro de 1993.
LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO
Eduardo Maia de Castro Ferraz,Secretário da Fazenda
Ernesto Lozardo,Secretário de Planejamento e Gestão
Cláudio Ferraz de Alvarenga,Secretário do Governo
Publicado na Secretaria de Estado do Governo, aos 5 de janeiro de 1993.