(*) DECRETO N. 12.800, DE 8 DE JULHO DE 1942

Aprova as diretrizes gerais e programas de ensino para as Escolas Práticas de Agricultura.

O SENHOR DOUTOR FERNANDO DE SOUZA COSTA, Interventor Federal no Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições, e para execução do Decreto-Lei n, 12.742 de 3 de junho do corrente ano,

Decreta:

Artigo 1.º - Ficam aprovadas as diretrizes gerais e programas de ensino para as Escolas Práticas de Agricultura, da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, na forma seguinte:

.I - Distribuição das matérias pelos vários anos, do curso :

PRIMEIRO ANO

Avicultura
Bovinos de leite
Olericultura
Fruticultura
Agricultura
Artes Industriais Rurais
Educação Sanitária
Educação Física
Cultura Geral
A) para alunos analfabetos: Linguagem, Aritmética, Noções de História e Geografia do Brasil, Noções de Desenho, Noções de Coisas e Educação Moral e Cívica.
B) para alunos alfabetizados: Linguagem, Aritmética, Noções de Escrituração e Economia Aplicáveis ao Meio Rural, Noções de História e Geografia do Brasil, Noções de Desenho e Noções de Coisas e de Educação Moral e Cívica.

SEGUNDO ANO

Avicultura
Lacticínios
Olericultura
Fruticultura
Silvicultura
Agricultura - 1)
Criação de Suínos
Outras Criações - 2)
Artes Industriais Rurais
Educação Sanitária
Educação Física.
Cultura Geral
1) - Culturas que interessem à região.
2) - De interesse para a região.
A) para alunos analfabetos: as mesmas matérias relacionadas no primeiro ano.
B) para alunos alfabetizados: Linguagem, Noções de Escrituração e Economia, aplicaveis ao meio rural, Noções de Desenho e Educação Moral e Cívica.

TERCEIRO ANO

Obrigatoriamente em todas as escolas e para todos os alunos:
1. Educação Sanitária
2. Educação Física
3. Cultura Geral
A) para alunos analfabetos: as mesmas matérias dadas nos primeiro e segundo anos e mais: Noções de Escrituração e Economia, aplicaveis ao meio rural.
4. Uma das seguintes especializações:
Silvícultura
Avicultura
Lacticínios
Olericultura
Fruticultura
Criação de Suínos
Produção de Forragens
Máquinas Agrícolas
Agricultura (escolha de uma cultura de interesse regional)
Criação de interesse regional (escolhida pelo aluno).
Indústrias agrícolas animais ou vegetais de acordo com a especialização escolhida pelo aluno,
Obrigatoriamente em todas as escolas, mas facultativas para os alunos:
Apicultura
Sericicultura

CULTURA GERAL


I - Linguagem, Aritmética, Noções de Geografia e Historia do Brasil, Lições de Coisas e Educação Moral e Cívica.

DIRETRIZES GERAIS


1 - Todo ensino será feito de maneira intuitiva, procurando-se imprimir cunho acentuadamente prático aos trabalhos escolares:
2 - A Principal finalidade dos estudos será a preparação de homens que devem viver nos campos, ter-se-a sempre em vista a recessidade de armá-los de conhecimentos realmente uteis na zona rural;
3 - O desenvolvimento dos programas será feito de acordo com minuciosas instruções emanadas do orgáo central, uniformizando-se, tanto quanto possível, a graduação do ensino, em todas as escolas;
4 - Os trabalhos escolares devem sempre girar em torno de centros de interesse caracteristicamente rurais:
5 - O ensino de Educação Moral e Civica será feito através das aulas de linguagem, desenvolvendo-se o programa em todos os anos do curso, de acordo com o grau de adiantamento dos alunos mediante instruções que serão baixadas pelo órgão central.

PROGRAMAS

A) - Para alunos analfabetos

1.° ano - Linguagem.
a) - Alfabetização - Cartilha indicada - Liberdade didática dentro dos modernos processos de alfabetização Leitura diária em livro adequado, após a alfabetização - Leitura expressiva - Conhecimento dos sinais de pontuação.
b) - Linguagem oral - Exercícios de pronúncia, principalmente das palavras usualmente empregadas ao campo - Formação de sentenças com palavras escolhidas dentre o vocabulário rural - Descrição de objetos e instrumentos de trabalho nos campos - Pequenos diálogos  de perguntas e respostas, à vista de objetos e gravuras - Reprodução de histórietas contadas pelo professor - Exercícios práticos de sinonimia - Formação de sentenças interrogativas e exclamativas.
c) - Lingusgem escrita - Cópia de palavras e sentenças escritas no quadro negro - Cópia de palavras escritas destacadamente no quadro negro, devendo os   alunos formar sentenças com as mesmas - Cópia de trechos do livro de leitura - Ditados de pequenas sentenças já conhecidas - Formação de sentenças com palavras dadas - Completar sentenças. Organizar sentenças coordenadas - Reprodução de pequenos contos lidos e explicados em classe - Descrição de objetos ou instrumentos agrícolas.

1.º ano - Aritmética:
1 - Ensino dos números, de um a dez, por meio de grupos de objetos.
2 - Exercícios com números abstratos, de um a dez.
Valor do zero.
3 - Uso dos sinais de somar, subtrair, dividir e multiplicar.
4 - Números, de dez a vinte. Exercícios e problemas orais e escritos.
5 - Noções de dobro, metade, par e impar, quartos, terços etc;
6 - Contagem até cem, por dezenas. Numeração seguida até cem.
7 - Algarismos romanos, até XII. Tabuadas de somar e multiplicar, até 5.
8 - Problemas de multiplicar e dividir, até uma centena.
9 - Estudo rudimentar da esfera, do cubo e do cilindro.
10 - Noções de triângulos, polígonos e círculos.
11 - Noções de fração, com exemplos concretos.
12 - Tabuada de multiplicar, até dez, e simultaneamente a de dividir.

1.º ano - Noções de Geografia e História do Brasil:
1 - Medida do tempo: horas, dias, semanas, meses e anos.
2 - As estações Principais fenômenos atmosféricos.
3 - Explicação dos principais termos geográficos. Os pontos cardiais.
4 - O lar, a cidade, vila ou bairro. O município. O Estado. Localização no mapa. Noções sumárias.
5 - O Brasil: idéia geral dos Estados.
6 - Produtos brasileiros. Riquezas naturais.
7 - O governo brasileiro. Presidentes da República.
8 - O último imperador.
9 - O Brasil antigo. Os Indígenas, seus usos e costumes.
10 - O descobrimento.
11 - Hino Nacional. A Bandeira
12 - Limites do Estado. Principais acidentes geográficos. Noções sumárias

1.° ano - Noções de cousas;
1 - O pão e as massas alimentícias.
2 - O fumo. Seus inconvenientes e perigos.
3 - Perigo do alcoolismo.
4 - O ovo. As aves domésticas. Os insetos nocivos.
5 - Animais domésticos e selvagens.
6 - O asseio corporal. Cuidados com os órgãos dos sentidos.
7 - Partes exteriores do corpo humano.

2.º ano - Linguagem: a) - Leitura - Leitura expressiva - Interpretação - Substituição de palavras por sinônimos - Exercícios de leitura silenciosa.
b) - Linguagem oral - Descrição de objetos e pessoas ausentes - Descrição de trabalhos agrícolas - Formação de sentenças com duas ou mais palavras dadas - Reprodução de historias, fábulas e contos - Exposição de conhecimentos adquiridos em outras aulas ou nos trabalhos práticos.
c) - Linguagem escrita - Ditado de trechos conhecidos ou não - Redação de bilhetes e pequenas cartas íntimas - Descrição minuciosa de objetos e instrumentos de trabalho - Descrição de pessoas e animais - Narração de fatos da vida rural.

2.º ano - Aritmética:
1 - Estudo das unidades, dezenas, centenas e milhares. Somar em colunas.
2 - Problemas de soma e subtração.
3 - Problemas de multiplicação por dois algarismos.
4 - Multiplicação com zeros intercalados.
5 - Algarismos romanos, até mil.
6 - Divisão por um algarismo.
7 - Cálculo mental nas quatro operações.
8 - Problemas formulados pelos alunos.
9 - Quadrado e retângulo Pirâmide e cone Circunferência. Posições da linha reta. Medida de retas.
10 - Divisão por dois algarismos.

2.º ano - Noções de Geografia e História do Brasil:
1 - O município da escola. Limites, vias de comunicaçao e acidentes geográficos.
2 - O Estado. Limites, vias de comunicação e acidentes geográficos.
3 - O descobrimento. Os indigenas. Caramurú e João Ramalho.
4 - O Brasil. Seus Estados e respectivas capitais.
5 - Estado primitivo do Brasil. Colonização. Os jesuitas.
6 - Principais acidentes geográficos do país.
7 - As bandeiras e as minas.
8 - Tiradentes.
9 - Libertação dos escravos. A República.
10 - O governo atual.
11 - Idi ia geral do mundo. A terra, o sol a lua,
12 - Principais países do mundo. Os continentes. Os oceanos mares.

2.º ano - Noções de cousas:
1 - Os dentes e a mastigação. Importância do preparo dos alimentos. A digestão.
2 - A água nos 3 estados. Formação dos rios e fontes. As chuvas. As nuvens.
3 - O ar. Higiene da respiração. Os ventos
4 - Os combustíveis. Os metais.
5 - Queda dos corpos. Noções de gravidade. A balança.
6 - O vestuário. Os tecidos. Circulação do sangue. O asseio corporal e do lar.
7 - Animais domésticos e selvagens. Animais úteis e nocivos.
8 - A flor e o fruto. Germinação. A utilide dos vegetais.
9 - O calor. Dilatação dos corpos.

3.º ano - Linguagem:
a) - Leitura - Leitura do livro adotado e de jornais e revistas técnicas - Exercícios de leitura silenciosa Interpretação - Conversão de poesia em prosa.b) - Linguagem oral - Interpretação de textos de leitura - Estudo das principais categorias gramaticais-Estudo das flexões nominais e verbais - Estudo da derivação e composição das palavras - Substantivos coletivos e partitivos - Conjugação de verbos Verbos defectivos e auxiliares - Numerosos exercícios de formação do plural e dos graus - Sujeito e predicado. Conhecimento prático das principais partes da sentença.c) - Linguagem escrita Ditado de trechos desconhecidos - Descrição de objetos animais e cenas da vida rural - Narração de fatos presenciados pelos alunos - Redação de cartas intimas e de conveniência - Redação de recibos ofícios, requerimentos e representações Redação de relatórios e diários de serviço - Composição livre.

3.º ano - Aritmética:
1 - Numeração falada e escrita Noções sobre decimais
2 - O sistema métrico. Medidas antigas Medidas
3 - O sistema monetário brasileiro.
4 - As quatro operações sobre decimais.
5 - O litro e o gramo
6 - O metro quadrado. Múltiplos e sub-múltiplos. Noções de superfície. Medidas agrárias.
7 - O metro cúbico Múltiplos e sub-múltiplos Noções de volume cubagem, etc.
8 - Frações ordinárias. Seu conhecimento sumário.
9 - As quatro operações, com frações ordinárias.
10 - Posições da reta. Espécies de linhas. Circunferência raio e diâmetro.
11 - Âgulos sua medida. Conhecimento das principais figuras geométricas.
12 - Medida da área das principais figuras geométricas Problemas simples, de imediata aplicação prática

3.º Ano - Noções de Geografia e História do Brasil
1 - O Municipio da escola Acidentes geográficos. Culturas características Indústria e comércio. Meios de comunicação e transporte Mapa.
2 - O Estado de São Paulo Limites, aspecto e clima zonas agrícolas e pecuárias. Principais culturas. Mapa
3 - Descobrimento da América e do Brasil Colonização Indígenas africanos e europeus. Ação dos jesuitas.
4 - Governos gerai. Invasões.
5 - Montanhas e rios principais do Brasil. Os bandeirantes Povoamento do sertão
6 - Rápido estudo das condições sociais do Brasil. colônia.
7 - Tiradentes.
8 - A vinda da família real. A independência. José Bonifácio.
9 - Governos de Pedro I e Pedro IX Regências Feijó.
10 - Guerras externas.
11 - A abolição da escravatura Proclamação da República. Periodo republicano.
12 - A imigração. Desenvolvimento de nossa lavoura.
13 - O Brasil: Estados e Capitais principais proelodutos. Comércio e Indústria.
14 - O Governo do Estado e dos municípios. Vias de comunicação e meios de transporte. Superfície e população. Cidades mais importantes. 15 - Os continentes. Os mares e oceanos. Principais países do mundo e suas capitais. Comércio brasileiro de exportação e importação.

3.° ano - Noções de coisas:
1 - Noções sobre o aparelho digestivo.
2 - Noções sobre os aparelhos circulatórios e respiratórios.
3 - Estudo sumário do esqueleto e do sistema nervoso, órgãos dos sentidos.
4 - A bússola, a pólvora e a imprensa.
5 - Pressão do ar. Barômetros. Previsão do tempo.
6 - Estudo elementar das alavancas.
7 - Noções de hidrostática. Vasos comunicantes.
8 - Os metais mais comuns. Sua utilidade, e seu emprego.
9 - Meios de comunicação e transporte. Estudo sumário dos mesmos.

B - Para alunos já alfabetizados

1.° ano - Linguagem:
a) - Leitura - Livro adotado, com leitura expressiva e interpretação - Exercícios de leitura silenciosa Orientação para leitura e ccnsulta de livros da Biblioteca da escola.
b) - Linguagem oral - Conhecimento prático das partes principais do período simples - Sujeito e predicado - Exercícios simples de mudanças de flexões nominais e verbais - Reprodução oral de contos lidos com antecedência - Explicação da letra dos hinos patrióticos a cantos escolares - Descrição de fatos e cenas da vida rural.
c) - Linguagem escrita - Formação de sentença. Exercício de mudança de redação - Redução e ampliação de sentenças - Ditados - Reprodução de assuntos de outras aulas, de fábulas e de contos - Descrição de animais, de plantas e de aspectos da vida rural - pequenas composições sobre assuntos de educação moral e cívica e de lições de cousas.
1.° ano - Aritmética:
1 - As quatro operações sobre números inteiros.
2 - Estudo da numeração decimal. Redução à mesma denominação. Alteração do valor dos decimais.
3 - As quatro operações sobre decimais.
4 - Sistema métrico em geral.
5 - Frações ordinárias. Conversão de números mistos. Simplificação de frações. Redução ao mesmo denominador.
6 - As quatro operações sobre frações ordinárias, conversão de ordinárias em decimais e vice-versa.
7 - Metro quadrado e metro cúbico. Medidas agrárias.
8 - O litro e o gramo.
9 - A moeda brasileira e a de outros paises.
10 - Noções de porcentagem para cálculo de juros, descontos, etc.

1.° ano - Noções de Geografia e História do Brasil:
NOTA: (Programa idêntico ao do 3.° ano, para alunos analfabetos).

2.° ano - Linguagem:
a) - Leitura - Leitura de jornais e revistas técnicas - Leitura de livros da biblioteca escolar, orientada pelo professor.
b) - Análise lógica do período simples - Exercícios de flexões nominais e verbais Formação do feminino, do plural e dos graus - Conjugação de verbos em sentenças - Conjugação de verbos auxiliares, pronominais e defectivos - Conjugação na voz passiva - Estudo da derivação e composição das palavras - Sinónimos, antónimos, homónimos parónimos - Narração de fatos e aspectos da vida rural
c)- Linguagem escrita - Descrições e narrações livres - Redação de cartas comerciais e outras, ofícios recibos e requerimentos - Organização de diários de serviços agrícolas - Respostas a questionários diversos e formulários estatísticos - Redação de relatórios de serviço e representações.

C - Para todos os alunos
Educação Moral e Cívica:
1- Deveres do homem em relação á família, à sociedade e à Pátria.
2 - Combate à mentira, à calúnia, à inveja, à preguiça e à delação.
3 - Combate à intemperança.
4 - Respeito à Pátria, ao Hino Nacional e à Bandeira.
5 - Necessidade do governo. Impossibilidade da existência da sociedade sem governo.
6 - A fraternidade humana. Combate ao jacobnismo e ao bairrismo. Respeito as pátrias estrangeiras.
7 - Fases do governo do Brasil. A forma republicana.
8 - Os impostos. Respeito às leis
9 - O Juri. Deveres dos jurados
10 - As forças armadas do país. O serviço militar.
11 - Noções sobre a Constituição.
12 - Noções gerais de civilidade.

II - NOÇÕES DE ESCRITURAÇÃO E ECONOMIA APLICAVEIS AO MEIO RURAL
Diretrizes gerais
1 - O ensino de noções de contabilidade agricola não visa a especialização do educando na matéria, mas  apenas dar-lhe conhecimentos indispensaveis ao homem do campo, para registo de suas transações, anotações de fichas de contrôle de produção. de cadernetas agrícolas e execução de trabalhos simples de escrituração de uso corrente nas propriedades agricolas.
2 - Na parte de economia agrícola, o ensino visará dar aos alunos conhecimento sumário das leis trabalhistas e sociais, dos direitos e deveres de empregadores e empregados, de impostos e taxas, eto.
3 - Ter-se-á em vista, ainda, a necessidade de proporcionar aos educandos conhecimentos gerais sobre mercados, transações comerciais em geral, crédito agrícola, cooperativismo e outros conhecimentos indispensaveis à orientação dos trabalhadores agrícolas.
4 - Na esplanação do ponto 6.º o professor deverá instruir os alunos não tanto sobre as diferentes espécies de auxilio que o governo dispense aos agricultores, mas principalmente sobre a maneira prática de os obter.

PROGRAMA
A - 1) Escrituração agrícola:
a) - Borrador, conta-correntes, caixa;
b) - Livro-ponto. Parte de serviços diários (folha diária);
c) - Caderneta oficial para fazendas.
B - 1) Noções sobre legislação rural -  Impostos sobre propriedades agrícolas. Noções de credito agrícola. Penhor agrícola;
2) Custo do trabalho das maquinas agricola '
3) Custo da produção agricola;
4) Contratos. Caracteristicas necessárias para um contrato ser legal;
5) Classificação dos produtos agrícolas. Vantagens e padronização Rendimento dos produtos beneficiados;
6) Assistência técnica e social dada pelos poderes públicos.

]III - NOÇÕES DE DESENHO

Diretrizes Gerais
1 - O ensino de Desenho será acentuadamente pratico, visando-se sobre tudo dar aos alunos conhecimentos uteis na vida rural;
2 - na parte de desenho técnico e geométrico, incluindo projeções e planificação, bem como secções e cortes, procurar-se-á somente dar aos educando uma idéia geral dos processos empregados, de maneira que lhes seja possivel interpretar desenhos ja elaborados;
3 - as plantas e "croquis" que os alunos executarão devem servir apenas como elementos auxiliares dos trabalhos agrícolas, não se exigindo a confecção de trabalhos técnicos de desenho, porem apenas de esboços rudimentares;
4 - o desenvolvimento dos programas far-se-á mediante instruções detalhadas que serão oportunamente expedidas pelo orgão central.

PROGRAMA
I - Para alunos analfabetos
1.° ano:
1 - cópia do natural: uma laranja - bananas abacaxi - outras frutas.
2 - Cópia do natural: instrumentos de trabalho agrícola - a enxada - o rastelo - a foice - a pá, etc.
3 - Desenho de imaginação: uma cena rural - um pomar - uma horta, etc.
4 - Combinação de retas e curvas. Uso da régua e do esquadro. Construção de figuras geométricas simples.
5 - Desenho simples de máquinas agrícolas - arado - carroças - caminhão.
6 - Esboço rudimentar de fachadas de prédios da escola. Noções de proporção. 2.° ano:
1 - Conhecimento dos principais utensilios de desenho e sua aplicação.
2 - Elementos de desenho geométrico.
3 - Noções de escala.
4 - Desenho de imaginação, com noções sumárias de perspectiva - casas, campos de cultura - animais domésticos - aves.
5 - "Croquis" ru_"»-.«mca de propriedades agricolas. Divisão das terras para culturas, pastos, pomares, hortas, aviários, etc,
3.° ano:
1 - Escala no desenho. Escalas gráficas e numéricas.
2 - Convenções de traços e côres usuais em trabalhos de ferro, madeira e alvenaria.
3 - Projeções: noções sumárias sobre projeção ortogonal e oblíqua Exercicios de peças simples e ferramental, em várias projeções.
4 - Conhecimento elementar de secções e cortes.
5 - Noções de planificação de sólidos Exercicios simples empregando peças de trabalho.
6 - "Croquis" simples. Sua confecção. Como cotar um desenho. Esboços cotados.
7 - Desenho de moldura e esquadrias simples portas, janelas, portões, porteiras, etc.
8 - Desenho elementar de mesas, bancos, estantes, armários, etc.
9 - Esboço para construção rural: telhados, tesouras, arcos e pilares, colunas, fachadas, divisão interna, etc.
10 - Esboço de pontes e pontilhões. Plantas sim-ples.
.II - Para alunos alfabetizados
1.° ano:
1 - Utensílios de desenho e sua aplicação.
2 - Elementos de desenho geométrico.
3 - Exercícios variados com linhas paralelas, executados com régua e esquadro.
4 - Combinação de retas e curvas.
5 - Escala no desenho. Escalas gráficas e numericas.
6 - Convenções de traços e cores usuais em trabalhos de ferro, madeira e alvenaria.
7 - Projeções: noções sumárias sobre projeção ortogonal e oblíqua. Exercícios de peças simples e ferramental, em várias projeções.
8 - Noções elementares de cortes e secções.
2.° ano:
1 - Planificação de sólidos. Exercícios variados empregando peças simples do ramo de trabalho.
2 - "Croquis" simples. Sua confecção. Como cotar um desenho.
3 - "Croquis" cotados: construções rurais simples, hortas, pomares, aviários, campos de cultura, etc.
4 - Desenhar peças e ferramentas agricolas, em escala.
5 - Desenho de moldura simples e esquadrias: portas, janelas, portões, porteiras, etc.
6 - Desenho elementar de mesas, bancos, cadeiras, estantes, armários e peças semelhantes.
7 - Desenho simples de pilares, arcos e colunas.
8 - Esboços de telhado. Sua armação, Tipos de tesouras .
9 - Divisão de uma casa. Esboços de fachadas.
10 - Esboços de pontes e pontilhões. Plantas simples.

AGRICULTURA
Diretrizes Gerais

1 - Como desenvolver os programas - Cada uma das culturas em que se divide o programa de agricultura especial será ensinada de uma maneira quasi que inteiramente prática. O aluno aprenderá cada uma das operações fazendo-a repetidamente. Deverá, assim, familiarizar-se com o emprego de instrumentos e máquimas usadas em cada caso particular.
2 - Organização da fazenda para o ensino - A fazenda anexa a cada uma das escolar deverá obedecer a uma organização preestabelecida, de forma que a sequência das operações e das culturas se possa fazer sem interrupções nem dificuldades que impeçam o desenvolvimento normal dos cursos.
Assim, deve ser estabelecida a rotação de culturas, sob um critério racional. Cada cultura terá seu local já previamente marcado na área da fazenda.
3 - Da divisão em turmas - As turmas serão pequenas, de sorte a permitir a cada um dos aprendizes trabalhar continuadamente em cada operação. Evitar-se-á, desse modo, a preparação incompleta dos alunos. Será mesmo conveniente que cada operário efetue uma certa soma de serviço, a-fim-de ser possivel ao mestre ou ao professor avaliar a maior ou; capacidade de produção de cada um deles. Deverá ser mantida a emulação para que haja uma vontade de melhorar dia a dia, até alcançar os que se tenham colocado em posição mais vantajosa.
4 - Peculiaridades de cada cultura - Dada cultura tem suas pecularidades. E nisso mesmo que se diferenciam umas das outras. A parte geral já programada como agricultura geral, será realizada, indiferentemente, para qualquer delas, desde que a cultura em apreço não exija nada de extraordinário a esse respeito. Veremos, em seguida, muito resumidamente, alguns pontos mais característicos de algumas delas.
5 - Cultura do café - Será necessário manter um bem montado viveiro, aonde o operário possa instruir-se na obtenção de uma boa muda. Organizado o viveiro, haverá ali, anualmente, oportunidade para todo sorte de trabalhos. A própria construção do viveiro rústico, de bambu, deverá ser feita todos os anos como demonstração.
Tratos culturais - As escolas que ministrarem ensinamentos sobre cafeicultura deverão manter uma lavoura em plena produção. Os tratos usuais, os que sejam racionais, serão feitos come, se se tratasse de uma fazenda de café. A colheita será realizada pelo processo comum e, se possível .tentada a colheita a dedo, em tempo oportuno, para demonstrar a sua exequibilidade ou não, na zona em que estiver situada a escola.
Preparo do produto - Serão praticados pelos alunos os diferentes métodos de preparo dos produtos: seca comum, com o café separado nos lavradouros; separação mecânica do café ao entrar no terreiro; seca em tulhas secadelras; despolpamento; seca mecânica, etc. St for criada escola em zona cafeeira do sul do Estado, será dada especial atenção ao despolpamento, de maneira a permitir que alguns operários saiam aptos para ir praticar essa operação nas fazendas às quais devem regressar.
6 - Cultura do fumo - Cuidados especiais serão dados à organização do viveiro, sendo para tanto feitas as construções rústicas necessárias. O aluno deverá também aprender a construir um forno para esterilização de terra, bem como saber usá-lo para sua desinfestação.
A cultura do fumo é extremamente especializada e todas as suas práticas deverão ser muito bem executacias para a obtenção de boa produção.
O preparo do fumo depois de colhido também deverá ser praticado em suas diversas modalidades.
7 - Cultura de cereais - As práticas usuais na cultura dos diversos cereais serão ministradas pormenorizadamente. Para cada caso especial serão usadas sempre, bem como nas culturas anteriores, apenas sementes selecionadas. O aluno deverá acostumar-se a saber que estas produzem muito mais e que o Governo providencia a venda das mesmas por intermédio de agências especializadas. Na zona em que se pratica a cultura de arroz irrigada e transplantada, o operário deverá aprender a preparar conveni. entemente o terreno para receber a água de irrigação (construção de canais, taboleiros, etc); bem como será instruído como e quando praticar a irrigação. O professor dedicará o número de aulas necessárias pare que os aprendizes se habituem às práticas corretas da formação de um bom viveiro e depois as transplantações das mudas.
8 - Assim, cada cultura será minuciosamente praticada durante o ano agrícola, insistindo o professor naqueles pontos em que for exigida maior habilidade do operário, ou naqueles outros em que a operação é obrigatória, seja por força de lei, como no arrancamento e queima da soca ' do algodoeiro, seja porque a mesma redunda cm benefício para a cultura, como no caso da escolha cuidadosa da muda de cana.

PROGRAMAS
A - Agricultura Geral
1 - Camadas do solo e principais tipos de terra do Estado de São Paulo.
2 - Fertilidade do solo e sua classificação pela vestimenta.
3 - Elementos nobres do solo: azoto, fósforo, potássio e cálcio.
4 - Adaptação dos terrenos às culturas, Desbravamento.
5 - Máquinas agrícolas: montagem, desmontagem, lubri ficação e conservação.
6 - Preparo do solo. Lavras: profundas, ordinárias e superficiais. Largura das lavras, direção, forma e épocas. Destorroamento e aplainamento das terras. Combate à erosão.
7 - Adaptação dos terrenos úmidos. Drenagem e colmatagem.
8 - Sementeiras, Preparo das sementes. Tratamento preventivo contra moléstias e pragas.
9 - Modos de semear. Viveiros: quantidades de sementes época, profundidade, adubação.
10 - Adubção orgânica: matéria orgânica, diversos tipos de esterqueira. Composto.
11 - Adubação química: preparo dos adubos, mistura e distribuição.
12 - Adubação verde: plantas empregadas, vantagens enterrio.
13 - Multiplicação das plantas: enxertia, mergulhia, estaquia etc..
14 - Combate às molestias e pragas.

B - Conservação do Sólo
.I - Ligeiro histórico.
.II - Eleitos da crosão.
.III - Causas da crosão.
1 - Pelo vento.
2 - Pela água

IV - Meios de combate à crosá.
1 - Vegetativos
a) Adaptação das culturas ao teirem,.
b) Rotação de culturas,
c) Culturas em faixas.
d) Plantações florestais.
e) Pastagens.
2 - Mecânicos
a) Curvas de nivel.
b) Enleiramentos.
c) Valetas.
d) Terraceamento: Tipos de terraços; Plano para o sistema de terraciamento; Relação entre os diversos tipos de solo e terraceamento; Maquinario necessário para a construção dos terraços; Marcação dos terraços; Noções de nivelamento emprego das fórmulas e tabelas: Canais coletores; Construção de terraços; tração animal e tração mecânica; Maneira de cultivar em terrenos terraceados; Despesas com este sistema.

C - Cerealicultura
I - Cultura do milho
1 - Solos Preparo do terreno.
2 - Escolha da variedade. Milhos, moles e duros milho doce.
3 - Adubação.
4 - Semeação: manual e mecânica. Semeadeiras. Época. Espaçamento. Quantidade de semente.
5 - Tratos culturais. Capinas: manuais e mecânicas. Amontôa.
6 - Colheita.
7 - Palol. Expurgo, Armazenagem.
8 - Desintegradores. Bebulhadeiras: as simples, com despalha manual; b) completas com despalha, debulhu e classificação mecânica.
9 - Rotação de culturas.

II - Cultura do trigo e do centeio
1 - Escolha do local. Preparo do terreno. Variedades a serem cultivadas. Êpoca. Semeação manual e mecânica. Quantidade de sementes a empregar.
2 - Tratos culturais: Capina.
3 - Colheita: manual e mecânica
4 - Secagem. Batedura.

III - Cultura do sorgo-grão
1 - Escolha do local. Preparo do teneno. Variedades a serem empregadas.
3 - Semeação. Época. Distancias.
3 - Adubação.
4 - Tratos culturais.
5 - Colheita.

IV - Cultura do arroz
Tipos de cultura de arroz:
a) Arroz sequeiro
1 - Escolha do terreno. Escolha da variedade. Cultura intercalar para o cafeeiro.
2 - Semeação: manual e mecânica, Distâncias.
3 - Tratos culturais.
4 - Adubação.
5 - Colheita manual e mecânica. Medas.
6 - Batedura: manual e mecânica.
7 - Secagem. Ventilação. Beneficio.
b) Cultura do arroz em várzea.
1 - Escolha do terreno. Drenagem da várzea. Proteção contra inundações. Diques. Canais.
2 - Preparo do terreno.
3 - Semeacão manual e mecânica. Distâncias.
4 - Colheita. Batedura. Secagem.
c) Cultura do arroz irrigado
1 - Escolha do terreno Drenagem do terreno. Distribuição dos canais de irrigação. Divisão do terreno em quadras. Nivelamento do terreno dentro das quadras.
2 - Preparo do terreno.
3 - Semeação. Distâncias
4 - Tratos culturais.
5 -Irrigação. Época de iniciar e de cessar a operação.
6 - Colheita. Medas.
7 - Secagem. Batedeiras. Secadores mecânicos.
d) Cultura de arroz transplantado em várzea irrigada.
1 - Preparo da várzea idêntico ao anterior. Divisão em quadras. Nivelamento nas quadras.
2 - Viveiro. Preparo das sementes. Semeacão em uma das quadras. Período de permanência das mudas no viveiro, Mudas maduras. Arrancamento das mudas.
3 - Transplantação manual. Distâncias.
4 - Irrigação. Época de iniciar e de cessar a irrigação.
5 - Tratos culturais. Escarificações. Combate às hervas más.
6 - Colheita.
7 - Para todos os tipos de cultura de arroz; adubação, pragas e moléstias.

D - Cultura de plantas têxteis
I - Cultura do Algodão
Breve notícia histórica do algodão e sua importância na economia do Brasil e de São Paulo. Cultura do Algodão em São Paulo. Clima e sólo convenientes. Escolha do terreno. Variedades. Operações de preparo do terreno. Adubação. Época de plantio. Espaçamento. Tratos culturais. Combate às principais pragas e doenças. Colheita. Beneficio. Arrancamento e queima das plantas.
Classificação comercial.
II - Cultura do Ramie
Importância econômica, Possibilidade da sua cultura no Brasil e em São Paulo. Clima e sólo. Variedades. Adubação. Plantio por sementes. Preparo de viveiros. Transplantação de mudas. Plantio por rizomas. Época de plantio. Espaçamento. Tratos culturais, Colheitas. Processos de beneficio.
III - Cultura do Linho
Breve noticia histórica. Importância econômica. Possibilidades da sua cultura no Brasil e em São Paulo. Clima e sólo. Adubação. Variedades Plantio. Tratos culturais. Combate às pragas e doenças. Colheita. Benefício.
IV - Cultura da Juta
Ligeira notícia histórica. Sua importância econômica. Clima e sólo. Preparo do terreno. Adubação, Plantio Tratos culturais. Colheita. Benefício.
V - Cultura do Cânhamo
Breve notícia histórica. Sua Importância econômica. Possibilidades da sua cultura no Brasil e em São Paulo. Clima e Sólo. Escolha do terreno. Adubação. Plantio.
Tratos culturais. Combate às pragas e doenças. Colheita. Benefício.
VI - Cuttura do Caroâ
Importância econômica. Indústria extrativa. Sólo e clima. Escolha do terreno. Plantio. Colheita. Benefício.
VII - Cultura da Guaxima (Malvas)
Importância econômica e distribuição das malvas no Brasil. Indústria extrativa. Possibilidade da sua cultura no Brasil e em São Paulo. Clima e sólo. Variedades. Tratos culturais. Colheitas. Processos de benefício.
VIII - Cultura do Sisal
Importância econômica. Possibilidade da sua culturá no Brasil e em São Paulo. Clima e sólo. Variedades. Viveiros. Plantio. Tratos culturais. Colheita. Benefício.
IX - Cultura da Papoula de São Francisco
Clima e sólo. Variedades. Plantio. Espaçamento. Tratos cil-nii-ais Colheita. Comnbate as pragas e moléstias. Benefício.
X - Cultura do Formium
Clima e sólo. Variedades. Plantio Espaçamento. Tratos culturais. Colheita. Combate as pragas e moléstias. Benefício.
XI - Cultura de Abacaxi
Clima e sólo. Preparo do teneno. Plantío. Espaçamento. Tratos culturais. Combate às pragas e doenças. Colheita. Benefício.
XII - Cultura da Musa Te lis
Clima e sólo. Preparo do terreno. Plantío. Espaçamento. Tratos culturais, Combate às pragas e doenças. Colheita. Benefício.
XIII - Cultura da Sansiricras
Clime e solo. Variedades. Plantio Espaçamento. Tratos culturais. Colheita. Benefício.

E - Cafeicultura
1 - Viveiro. Construção do viveiro. Preparação dos canteiros. Semeacão. Repicagem. Transplantação para jacazinhos Muda aparada. Fabricação de jaca zinhos Tratos culturais no viveiro.
2 - Escolha do local para a plantação. Padrões de terra. Derrubada. Alinhamento. Coveamento.
3 - Plantação em local definitivo: a) diretamente no local definitivo; b) transplantação por meio da jacazinhos; c) muda aparada. Distâncias.
4 - Tratos culturais, Capinas. Coroação. Esparrawmação do cisco.
5 - Adubação. Adubação orgânica. Adubação verde. Adubação química. 6 - Produção da matéria orgânica na fazenda de
café: palha de café, composto, esterco.
7 - Sombreamento. Arvores de sombra. Distâncias.
8 - Colheita. Varrição. Derriça. Colheita no pano. Colheita a dedo.
9 - Preparo do produto: a) Via seca. Lavadouros. Seletores de café da roça; b) Via úmida. Despolpadores, Tanques de fermentação. Batedeiras.
10 - Combate á broca de café. Expurgo. Repasse. Vespa de Uganda.
11 - Secagem. Trabalhos no terreiro. Tulhas secadeiras. Secadores a fogo.
12 - Beneficio. Máquinas de beneficio
13 - Catação. Catadeiras manuais Catadeiras mecânicas.

F - Cultura da Cana de Açucar:
1 - Solos. Clima.
2 - Preparo do terreno Lavras profundas épocas das lavras.
3 - Adubação verde.
4 - Sulcamento: a) -. Demarcação dos sulcos, b) - Sulcamento propriamente dito. sub-solagem.
5 - Adubação.
6 - Escolha da variedade.
7 - Escolha do canavial fornecedor de mudas.
8 - Preparo das mudas: a) - despalha; b) eliminação dos pés e pontas. Divisão em toletes. Escolha dos toletes a serem plantados.
9 - Plantação. Distribuição das mudas nos sulcos. Distâncias. Cobertura das mudas: manual e mecânica.
10 - Soca. Enleiramento da palhaça. Chegamento de terra.
1 - Capinas: manual nas fileiras e mecânica entre as fileiras.
12 - Corte. Despalha. Uso dos folhões (facões especiais). Corte do ponteiro. Corte do pé. Enfeixamento.
13 - Transporte.
14 - Moléstias e pragas.

G - Cultura de Plantas Oleaginosas.:
I - Cultura da Mamona:
1 - Escolha do terreno. Preparo do solo Clima.
2 - Variedade a ser cultivada.
3 - Adubação.
4 - Processos de semeação. Distâncias. Quantidade de semente a ser empregada.
5 - Tratos culturais. Campinas. Desbaste.
6 - Colheita. Ponto de colheita. Modo de colha
7 - Secagem: a) - no terreiro, b) - em secadores mecânicos

II - Cultura do Tungue:
1 - Clima e solo.
2 - Aleuritos lordii. Homsley Aleuritos montana Lour.
3 - Viveiro. Emprego de sementes selecionadas, Tratos culturais no viveiro. Enxertia. Tipos de muda: a) - em jacazinhos; b) - muda aparada.
4 - Transplantação para o local definitivo. Preparo do terreno. Distâncias. Coveamento.
5 - Adubação. Emprego da adubação verde.
6 - Culturas intercalares até a formação da plantação.
7 - Tratos culturais.
8 - Colheita. Coroamento para a colheita.

III - Cultura da amendoim:
1 - Clima e solos.
2 - Escolha da variedade. Semente selecionada.
3 - Preparo do terreno.
4 - Plantação. Sulcamento. Semeacão manual mecânica.
5 - Adubação
6 - Tratos culturais. Capinas Desbaste. Amentôas
7 - Colheita.
8 - Secagem. Medas. Trabalho no terreno.

IV - Culturas de outras plantas oleaginosas: Soja, Gergelim, Girassol, etc.
H - Cultura do Fumo:
1 - Viveiro: - Preparo dos canteiros. Desinfestaçao da terra. Construção da cobertura de proteção. Semeacão. Quantidade de semente a usar por metro quadrado. Tratos culturais. Exposição das mudinhas ao sol. Defesa contra pragas e moléstias. Pulverizações. Adubações no viveiro.
2 - Plantação: - Escolha do terreno. Preparo da terra. Adubação adequada ao tipo de fumo que se vai produzir.
3 - Sulcamento do terreno. Transplantação das mudas. Tratos culturais. Combate às más hervas Emprego das carpideiras. Carpa manual. 4 - Desponta ou capação. Desbrota.
5 - Colheita. Época da colheita. Tipo de colheitas. Colheita das plantas inteiras. Colheita das folhas.  
6 - Cura ou secagem: a) - de galpão; b) - de estufa; c) - ao sol.
7 - Preparo do fumo para a venda.

I - Cultura de Plantas Tropicais: Andiroba, babaçu, balatas, baunilha, cacau, canela dê Ceilão, carnaúba, castanha do Pará. caucho, chalmoogra, cola, copaiba, coqueiro, cumaru, dendê, guaraná, hévea,   maniçoba, noz moscada (brasileira), oiticica, patauá, paurosa. puchuri. quina e timbó.

FRUTICULTURA, CITR1CULTURA E VITICULTURA
Diretrizes Gerais
As aulas deste curso serão dadas nos pomares e nos viveiros, com caráter exclusivamente prático. Os enxertos do mesa, porem, serão feitos sob telheiros, aproveitandose os dias chuvosos para as aulas sobre esse assunto, assim como sobre semeaduras em caixas, envasamento e em- palagens de plantas, classificação e embalagem de frutos.
Nos pomares os alunos executarão todas as operações, para o que serão divididos em turmas; cada aluno devera trabalhar com os Instrumentos e máquinas, a-fim-de familiarizar-se com o manejo e condução dos mesmos, de modo eficiente. Serão ministradas aulas de caráter prático sobre: misturas de adubos, preparo de emulsões e caldas empregados no tratamento insecticida e fungicida.
Procurará o professor fazer a demonstração do fun- cionamento dos pulverizadores e a desmontagem dos mesmos, a-fun-de habilitar o aluno a substituir com exito as válvulas, arruelas e outras peças de grande desgaste e fácil substituição pelas sobrecelentes ou improvisadas
Nos viveiros, cada aluno receberá certo número de porta-errxertos, a-fim-de proceder, nos mesmos, a todas as operações até à desplantação da muda pronta para ser levada ao pomar. Tem-se em vista, com isso, destruir o preconceito de que há "boas mãos" de enxertaaor, quando, na realidade, há "Boa técnica de enxertar". Acresce, ainda, que, com tal método, se dá uma grande parcela de responsabilidade ao discípulo. Este não aprendera somente "a fazer" e sim "a fazer com exito". Uma parte das mudas obtidas por aluno ser-lhe-á dada, a-finde que leve a plantar nos domínios de sua habitação.
Essa medida virá melhorar o conforto da família e cons- tituirá um indelevel liame entre a sua escola e o seu domicílio.
As diretrizes acima referidas serão aplicadas, em suas linhas gerais, tanto ao curso de fruticultura geral quanto aos especiais (Citricicultura e Viticultura).

PROGRAMA DE FRUTICULTURA
1 - Fruticultura Seus valores, alimentar e econômico. Demonstração de diversos tipos de cultura frutífera; pomares domésticos, de amadores, vergeis. Fruticultura consociada; horta frutífera, jardim frutífero, prados pomares, estradas frutíferas.
2 - Propagação das plantas frutíferas. Por sementes, vantagens e desvantagens. Alfobres - estaquia (tipos de estaca), mergulhia, enxertia. Canivetes e navalhas para enxertia. Tipos especializados para determinados enxertos. Canivete Kunde para todos os enxa^». Regras e material para desbastar, amolar e afiar; prova de afiação. Correção das temperas defeituosas. Tesoura de poda, qualidades que deve possuir; modos de amola-la, Escopros, Enxertadeiras, Amarrilhos para enxertos; qualidades que devem possuir; uso da rafia e de outros; preparo de "tela encerada". Ceras e mestiques, preparo e uso da cera "Moura Brasil" e do mastique de "Joiun". Exercícios (sobre partes destacadas de plantas) de borbulhia, garfagem e encostia.
3 - Instalação de um viveiro frutífero. Escolha do local, natureza do terreno, possibilidade de irrigar, preparo do solo, adubação orgânica e mineral, alinhamentos, distâncias.
4 - Transplantação com torrão e de raízes nuas (correção do sistema radicular e da parte aérea das mudas), irrigações, sachas, mondas, desbrotas. Pulverização contra moléstias e pragas.
5 - Preparo prévio das mudas paia receber enxerto: "toilete" para borbulhia e garfagem lateral: decote para garfagem no cimo.
Execução dos enxertos de borbulhia "sob casca" em incisões de T normal, T invertido, cruciais e de janela fechada; regras para contar os escudos para cada Enxerto-estaca.
Borbulhia de embutido e de anel.
Garfagem no cimo: de coroa, de inscrusação, fenda cheia, meia fenda, fenda dupla, à inglesa, simples e de esquirola; de cavaleiro.
Garfagem lateral: sob casca e no alburno.
Enxertos de mesa: sobre enraizados e raízes; estacasenxertos.
6 - Verificação do pagamento dos enxertos. Cuidados nos viveiros de enxertia: decotes e desbrotas dos portaenxertos; condução dos enxertos. Tutela. Podas auxiliares para formação de muda.
7 - Extração com torrão da muda enxertada, envasamento e embalagem das mesmas.
8 - Desplantação - com raízes nuas, das mudas enxertadas, poda e desfolha, correção do sistema radicular, aboboragem, enfeixamento, confecção de "balas" e de engradados; engradamento, substratos para calçamento das raizes e aniagem para proteção da parte aérea. Transporte.
9 - Formação do pomar. Escolha do local; possibilidade do transporte das colheitas; e de fazer irrigação. Exposição. Natureza do terreno.
10 - Preparo do solo, em terrenos de nivel e de aclive (prevenindo erosão, nos últimos, por meio de plantações em curvas de nivel e por terraceamento). Plantações em taboleiros. Aradura (sub-solação se necessária). Emprego de adubos e corretivos (adubações químicas) . 11 - Alinhamentos. Em retângulo, em quadrado, em quincôncio. Direção das "ruas de tratamento" com relação ao decltve. Covas - regras para sua abertura e enchimento. Regua de plantação.
12 - Tratos culturais. Máquinas a serem empregadas. Irrigação. Podas e limpezas. Pulverizações.
13 - Colheita e classificação dos frutos (normas d« classificação comercial). Embalagem.
14 - Conservação - em silos, fruteiros, frigonficação.
15 - Vendas de produtos e sua organização
16 - Cultura das principais plantas frutífera* de climas temperados e tropicais.

PROGRAMA DE CITRICULTURA

1 - Importância da citricultura.
2 - Descrição rapida das larangeiras doces e azedas, limoeiros e limeiras, tangerineiras, cidreiros pomeleiros, pamplumosas, bergamotas "kumquqts" e Poncirus.
3 - Origens. Climas e solos.
4 - Metodos de propagação sementes, enxertos, estacas e mergulhões.
A - Por sementes - para obtenção de porta-enxertos e novas variedades horticolas. - Estado de maturação dos frutos para fornecerem boas sementes; média de sementes por fruto; extração manual e por aparelhos simples.
Eliminação da mucilagem; lavagem; secagem (precauções). Acondicionamento. Duração do poder germinativo. Quantidade de semente necessária. Época de semeadura.
Semeadura em caixas, profundidade das mesmas preparo dos substratos; distâncias.
Semeaduras em canteiros, quantidade de sementes por metro quadrado; abastecimento de água; preparo do solo; incorporação de adubos e corretivos; alinhamentos, distancias das entrelinhas; riscamento; distribuição das sementes; profundidade; cobertura; proteção contra o sol (na primeira fase); irrigação ou regas; mondas, sachas; escarificações manuais e mecânicas, Desplantação das mudas; cuidados; rega prévia; rejeição das raquíticas e das defeituosas (descartes) correção do sistema radicular e da parte aérea das aproveitaveis. Tratamentos: desinfetantes e estimulantes da parte subterrânea e emprego das fungicidas insecticidas na parte aérea.
Viveiros de enxertia - escolha do local; possibilidade de fazer irrigação. Preparo do solo; adubações; distâncias para permitirem tratos mecânicos; alinhamentos; cavas fundas ou sub-solação na direção das linhas. Plantação das mudas - épocas; uso do plantador; disposição das raizes dentro das covas, calçamento, regas ou irrigação. Tratos culturais - sachas e escarificações mecânicas, mondas. Podas para obtenção da haste única. Pulverizações com insecticidas e fungicidas.
B - Enxertia de Citrus - vantagens. Considerações sobre os melhores porta-enxertos (afinidades, resistencia às moléstias, aos climas e solos, influência sobre a produtividade e qualidade dos frutos). Escolha das matrizes e de seus melhores ramos previamente marcados; extração destes, preparo e acondicionamento para transporte.
Borbulhia - épocas melhores; material necessário, altura do enxerto; diâmetro e robustez do porta-enxer to; estado de circulação da seiva (verificação), incisões em T normal e invertido (condições ao tempo e da seiva). Corte do escudo e colocação; amarração (uso fo no de marinheiro). Verificação do pegamento (mar cação dos não pegados); decapitação do porta-enxerto (coto para proteção do broto). Segundo corte do portaenxerto; colocação de tutores (regras de amarrar). Esla droamento.
Poda (auxiliar) de formação - Verificação do estado de maturidade; altura; zona de internódios longos Desbrotas.
Desplantação da muda enxertada - época, poda, correção do sistema radicular. Embalagem; engodados; substrato para calçamento das raizes; coberta para a parte aérea. Transporte.
5 - Formação do pomar citrico - escolha do local situação quanto aos transportes. Exposição e natureza do terreno. Preparo do solo. Correções e adubações fundamentais. Alinhamentos retangular, quadrado e quincônico. Distâncias. (compassos). Plantação em curvas de nivel, em terraços e taboleiros. Embacelamento das mudas que devam esperar pela plantação. Abertura de covas - dimensões, aplicação da regua, colocação de piquetes. Preceitos a serem observados quanto à separação da camada de solo da de subsolo; enchimento das covas (adição de adubos e corretivos).
Plantarão da muda - época e modo (inconvinientes da "plantação funda"), uso da regua; boa distribuição e calçamento das raizes; a prumo, colocação de tutor; encaldeiramento e "empalhamento da cova. Rega.
6 - Tratos culturais - instrumentos e máquina, empregados. Culturas intercalares. Adubação verde. Podas (de formação e de limpeza). Combate às doenças e pragas de Citrus.
7 - Colheita - liberação do pomar à colheita; estado de maturação; relação acidez-sólidos-soluveis. Uso do alicate e sacos de colheita; transporte; repouso; coloração artificial; lavagem e secagem mecânica; separação dos frutos defeituosos; polimento; classificação mecânica pelo tamanho; embalagem para exportação (montagem de caixas, número de frutos, arrumação, pregação das tampas, colocação de cintas). Rotulagem. Empilhamento e arrumação de caixas cheias em vagões e lingadas.

PROGRAMA DE VITICULTURA

1 - Importância da viticultura para fornecimento de frutos "in natura" aos mercados e para abastecimento das indústrias de suco, vinhos, vinagre, graspa, passas e conservas. 2 - Videira - descrição rápida da planta. Origens. Divisões práticas.
3 - Climas e solos para a viticultura.
4 - Propagação da videira - por estaquia, mergulhia e enxertia. Importância de cada processo.
Estaquia - época e modo de se prepararem as estacas, cuidados com a escolha dos ramos, dimensões das estacas, situação e perfeição dos cortes. Tratamento das estacas. Conservação das mesmas por estratificação. Embalagem e transporte.
Preparo do viveiro para estaquia dos porta enxertos - lavra e subsolação (se necessária). Alinhamento (distâncias preparo e adubação orgânica dos sulcos. Colocação das estacas (uso do plantador), distâncias, posição, profundidade, calçamento e aconchêgo. Irrigação (ou rega). Uso de esterco palhoso na defesa contra a seca.
Tratos culturais do viveiro - Sachas, mondas, irrigações; pulverizações contra molestias e pragas.
Enxertia da videira nos viveiros - Vantagens da enxertia. Decantação dos porta-enxertos. descalçamento das raizes mais altas, "toilete" correção do aprumo. Garfo - escolhas colheita e preparo para uso imediato e para estratificação; embalagem e transporte. Garfagens - material necessário, regras para aberturas de fendas e confecções dos bizeis, amarração e aplicação de cêras ou mastiques. Amontoa. Verificação do pegamento Esladroamento e desbrota. Descalçamento do cólo. Sachas mondas e regas. Condução dos enxertos-tutores e aramados. Pulverizações.
Desplantação das mudas - Poda; correção do sistema radicular acondicionamento para transporte. Enxertos de mesa - 1) Sobre enraizados - cuidados, acondicionamento, transporte, plantação. 2) Estacas-eu£ertos - escolha do material, preparo das estacas, cortes, cegamento das gemas: execução dos enxertos a canivete e a enxertadeiras; plantação direta em viveiros. Forçamento das estacas-enxertos acondicionamento em caixas substratos usados, uso dos estufins para formação da "callus". estufas de enverdecimento. 5 - Pódas da videira - 1) De formação - em cordões, em palmetas. 2) De frutificação - póda Guyot, simples e dupla, pódas Cazenave e Sylvoz; cordões esporonados.
Poda verde - desponta dos ramos, desbrota dos ramos antecipados. Desfolha.
6 - Estabelecimento de um vinhedo - escolha do local, exposição. natureza do solo; topografia.
A) Cultura em encostas - 1) pelo sistema de velação em curvas de nivel ou com pequenos aclives de esgotamento. Regras para abertura das valas, distâncias, enchimentos e incorporação de adubos; 2) pelo terraceamento; 3) em taboleiros.
B) Cultura em terrenos de nivel - seu preparo,
Alinhamentos. Divisão em talhões Marcação das covas (colocação de piquetes) coveamento.
Plantação da muda enxertada - (época, cuidados com a altura da zona do enxerto e com a boa distribuição das raizes). enchimento das covas: adubações das mesmas; encaldeiramento: rega e empalhamento. Tutela da muda
Cuidados no primeiro ano - lavras, sachas, escarificações mondas pulverizações.
Culturas intercalares.
Cuidados no segundo ano - Assentamentos de molrões de cabeceira com espeques ou espias com âncoras; colocação das achas; distensão e pregamento dos arames (bitola e número de fios. distâncias entre os mesmos): uso de distensores ou esticadores simples. Demonstração do emprego de postes: de pedra talhada, de concreto armado e de ferro.
Inicio da póda de formação. Tratamentos de inverno contra antracnose e coccideos. Adubações (exigência da planta). Desbrotas. Empa. Pulverizações com calda bordaleza. Enxofracões. Cultivos como no primeiro ano
Demonstrações de podas e tratos culturais nos anos sucessivos.
Cultura de videira em caramanchões e sobre muros (espaldeiras e contra-espaldeiras).
7 - Estudo rápido das principais castas para mesa para vinho (produtoras diretas).
8 - Colheita e conservação das uvas de mesa com engaço verde e seco (fruteiros). Embalagem e transporte.
9 - Colheita e transporte das uvas para vinho cestos vindimos. Barricas e caixas. Uso do bisulfito.
10 - Comércio de uvas e seus produtos.

OLERICULTURA E JARDINAGEM
Diretrizes Gerais

Neste curso o professor mostrará ao aluno a sua situação privilegiada, de dispôr de área de terra com que pode abastecer o seu lar com abundância de hortaliças higienicamente produzidas e das que forem mais apetecidas e aconselhaveis. Encarecerá que além de serem um inestimavel subsídio à alimentação desempenham alto papel na economia domestica. Se estendida a maiores superfícies, se transforma a sua cultura em fonte de renda, contribuindo, ao mesmo tempo, para o bem estar das populações citadinas e abastecimento das indústrias de conservas.
A ministracão do curso será sempre feita na horta, onde, desde os exercidos de nomenclatura dos instrumentos, os preparos do sólo, semeaduras, adubações, regas ou irrigações, até às colheitas, serão praticados pelos alunos. Estes deverão lançar em cada folha de cultura as datas das operações e observações feitas e no final, o resultado das operações e observações feitas e, no final, o resultado da colheita.
Cada estudante receberá uma fração dos alfobres e dos canteiros ou campos para responsabilizar-se por eles.
Uma parte das atividades nas hortas será destinada a ensaios de produção de sementes de hortaliças compativeís, em sua frutificação, com o clima local.
Parte dessas sementes será franqueada aos alunos oara que enviem ás suas residências, acompanhada de instruções por eles elaboradas, sobre sua cultura, com o "visto" do professor.
As mesmas normas gerais acima referidas serão aplicadas ao ensino da Jardinagem.

Programa de Olericultura
 
1) Instalação de uma horta - Escolha do local. Exposição. Natureza do terreno. Extensão. Saneamento. (Drenagem). Fechos. Quebra-ventos. Provimento de áGua para regas e irrigação. Qualidades e quantidades de água necessárias.
2 - Trabalhos preliminares. Destocamento. Desenraizamento. Desempediamento. Aplainamento.
3 - Divisão do terreno - Ruas carroçáveis, secundárias e terciárias.
4 - Anexos da horta. Depositos de água, de adubos, de utensílios, de produtos; estufas e estufins.
5 - Preparo do sólo. Trabalhos de desfundação (surriba a subsolação). (Emprego de instrumentos e máquinas). Cavas, sachas, escarificação, compressão. Monda.
6 - Emprego de adubos e corretivos.
7 - Rega e irrigação. Utensílios e modalidades.
8 - Cultura forçada. Camas, localização e montagem, rescaldos. Campanulas e redomas. Uso das estufas e estufins.
9 - Estiolamento e amontoa.
10 - Multiplicação das plantas oleráceas. Sementes, qualidades, expurgo e desinfeção. Germinação (ensaio). - Semeaduras a lanço, em covas e em linhas; alinhamentos. Semeaduras diretas e em alfobre. Estaquia e mergulhia.
11 - Transplantação.
12 - Combate as moléstias e parasitos.
13 - Colheita e preparo dos produtos para a venda imediata e para mercados longínquos - (Embalagem e transporte).
Conservação das hortaliças.
14 - Cultura das hortaliças ditas tuberosas, nabo, rabanetes, dalkon, couve-rabano, couve nabo, cran, ce- noura, pastinaca, aipo-nabo, cerefólho tuberoso, sisaro, beterraba, batatinha, topinambo, salsifis, escorcioneira, cardo de Espanha, rapôncio, cará, batata doce, oxalis, crenada, cebola, alho, mandioca, araruta, inhame, táioba, mangarito, gengibre, açafrão, jacatupé.
 15 - Cultura das hortaliças ditas foliáceas: alho-porro, cebola verde, espargo, couve manteiga, repolho, couve de Milão, couve de Bruxelas, couve-flor, couve brócolos, cou- ve chinesa, agrião, comum, agrião sequeiro, roquete, mos- tardas, alcaxofra, cardo, alface, chicorea, almeirão, espi- nafres, acelga, aipo tronchudo, cerefólho, funcho salsa, azedas, ruibarbo, beldroega, tetragônia, tomilho, segure- lha, salva, hortelã, melissa, mangericão, alfavaca, man- gerona, rosmaninho.
16 - Cultura das plantas hortenses de frutos: aniz, coentro, cominho, ervilha, grão de bico, fava, lentilha, feijões, soja, guandu, quiabo, tomate, beringela, pimentão, pepino, pimentas, melão, melancia, aboboras, mogangos, morango, framboeza, amoreira da silva.
17 - Cultura do cogumelo.
18 - Exercícios de nivelamento de terreno e tomadas de declive por processos práticos. Confecção de terraços para horta.
19 - Encabamento de enxadas, enxadões, picaretas, sachos.
20 - Confecção de ancinhos, maços, plantadores, cordéis, molheiras para espargos, palissadas, contra-espaldeiras, giraus, caramanchões.

Programa de Jardinagem:
1 - O jardim rural - suas necessidades; estéti- ca, higiênica e economica.
2 - Elementos constitutivos do jardim: fêchos (cercas vivas, sua plantação e tratamento); aléias, canteiros, gramados, corbelhas, maciços.
3 - Disposição das plantas ornamentais; herbáceas, arbustivas e arbóreas.
4 - Traçados simples de jardins.
5 - Propagação das plantas ornamentais por meio de: sementes, divisões de touceiras, mergulhia, estaquia e enxertia. (Viveiros, ripados, estufins e estufas).
6 - Envasamento de plantas ornamentais.
7 - Organização de um jardim para renda. Trabalho do sólo, divisão, adubação, irrigação, podas e tratos cul turais.
8 - Comércio de flores: de mudas e de sementes de plantas ornamentais. Embalagens e transportes.

SILVICULTURA
Diretrizes Gerais

Serão ministradas aulas de caráter exclusivamente   prático
Encarecerá o professor a necessidade da florestação, evidenciando a escassez de produtos florestais que se vai fazendo sentir em todo o mundo, Demonstrará as vantas gens de atacar-se o problema quanto mais cedo em um país como o nosso, dotado de condições privilegiadas, para que se torne um supridor de suas e das necessidades de cutras nações.
Os alunos colherão sementes de padrões escolhidos e executarão todas as operações, desde o preparo das mes- mas até a semeadura e obtenção da muda. Escolherão e prepararão o solo, executarão alinhamentos e abertura de covas, farão a plantação das mudas que obtiverem e observarão os tratos culturais que lhes forem inerentes.
Nas florestas, já em ponto de exploração, procederão a córtes racionais, medição dos produtos, transportes e sua industrialização.
Ser-lhes-á explicado como obter em silvicultura a produção constante sem a diminuição da área florestada; as medidas para a defesa dessa área serão tambem estudadas O professor encarecera a necessidade da reflorestação dos, campos magros, dos terrenos baldios e savanas, impróprios para outras culturas e que são susceptíveis de melhoramentos pela florestação. mostrará que tambem os grotões, as encostas muito acidentadas, os pedregais predispostos as erosões, rolamentos e deslisamentos serão consolidados pelas florestas protetoras, as quais devem, igualmente, circundar os mananciais e constituir orla nas ribanceiras dos cursos de água. O aluno deverá convencer-se de que cada área reflorestada em boas condições corresponde a um aumento no valor da propriedade e a uma contribuição para o bem-estar geral do país. Este ja possue o seu Código Florestal, cujas disposições serão, em todas as ocasiões oportunas, lembradas aos discentes.

PROGRAMA

1 - Silvicultura - Definição, finalidade e importância.
2 - Produtos Florestais - Aumento de seu consumo mundial.
3 - Características da Cultura Florestas e diferenças das outras partes da agricultura.
4 - Divisão das essências florestais.
5 - As árvores - Suas formas: importância da forma florestal; derrama. Crescimento em altura e diâmetro. Exigências quanto à luz, temperatura, umidade, profundidade e riqueza do terreno.
6 - Multiplicação das essências florestais por meio de sementes, estacas e rebentões das raizes. Cuidados na obtenção de sementes e estacas - tratamentos preventivos. Regeneração pelo corte.
7 - Regimens florestais - talhadias e altos-fustes.
8 - Povoamentos florestais - naturais e artificiais.
9 - Florestação e reflorestação.
10 - Viveiros florestais - Sua organização; escolha do local, preparo do terreno, confecção dos canteiros; semeadura, cuidados. Transplantação das mudas para caixas e vasos; importância dos ripados. Transplantação para o lugar definitivo.
11 - Plantação e tratamento das florestas - Fechos Carriadores (divisão em talhões). Combate às formigas, cupins. Preparo do solo. Alinhamentos. Abertura de covas Plantação. Cuidados culturais. Culturas intercalares Derrama das bifurcações. Sachas. Roçadas. Cultura silvo-pastoril. Desbastes.
12 - Ordenamentos - série - acréscimos - explorabilidade. - Possibilidade.
13 - Exploração ias talhadias e altos-fustes - Cortes; medidas e transporte dos produtos florestais.
14 - A floresta natural, seu melhoramento e exploração.
15 - Florestas de proteção.
16 - Terrenos a serem melhorados ou defendidos pe  la florestação.
17 - Demonstração de cultura de algumas essências exóticas: Eucaliptus, Cinamônio, Cupressus Criptomeria, etc.
Idem, de nacionais: Pinheiro brasileiro, araribá, jequitibá, urindeuva, peroba, cabreuva, cedro, etc.
18 - Produtos florestais - Madeira, casca para atanado, cortiça, resinas, sementes, frutos, etc.
19 - Indústria florestal - a) Preparo da madeira da construção - esquadria e seu traçado; falquejo a machado ou à serra; divisão em peças - bitolas. Instrumentos e utensílios - traçados, serra e burra de serrador, pontais b) Fabricação de carvão - fornos para aproveitamento do alcatrão de madeira e do ácido pirolenhoso c) Processos para conservação da madeira "madeira do chão" e "madeira do ar".
20 - Comércio de produtos florestais.
INDÚSTRIAS AGRÍCOLAS
Diretrizes Gerais

O curso ministrado sobre indústria agrícola e essencialmente prático e visa, tão somente, ensinar ao morador dos campos a utilizar a matéria prima de que dispõe para a transformar, principalmente com o fito da conservação e melhor aproveitamento da mesma.
A alimentação da população rural é deficientissima. Um dos fins primordiais da Escola Prática de Agricultura será o de demonstrar ao operário rural que é possivel, com um melhor uso da gleba de que dispõe, produzir uma alimentação equilibrada para si e para a sua família.
A organização da fazenda anexa à escola será de tal natureza que os produtos a serem trabalhados pelos alunos sejam fornecidos em tempo oportuno e em quantidade suficiente para uma prática bem desenvolvida.
Juntamente com o aprendizado de como transformar os diversos produtos, aprenderá o estudante tambem as regras indispensaveis de higiene, com o fim-de, o que venha a produzir possa ser consumido pela própria família ou mesmo ser vendido para o mercado.

PROGRAMA

I - Fecularia e Amidonaria:
1 - Fabricação do fubá comum e mimoso.
2 - Fabricação da canjica.
3 - Fabricação da farinha de milho
4 - Fabricação de raspas de mandioca.
5 - Fabricação de farinha de mandioca.
6 - Fabricação de polvilhos.
.II - Fabricação de vinhos
1 - Importância. Escolha do local.
2 - Recipientes
a) Recipientes de madeira e outros
b) Depuração dos recipientes novos.
c) Limpeza e conservação dos recipientes.
d) Tratamento de vasilhame usado com outros liquidos e com defeitos.
e) Impermeabilização dos recipientes.
3 - Matéria prima para fabricação de vinhos.
4 - Extração de sucos diversos.
5 - Correção do mosto
a) Dosagem e correção do açucar pelo glicômetro.
b) Adição de fosfatos ao mosto.
6 - Fermentação natural e selecionada
a) reparo e emprego do pé de cuba.
b) Fases da fermentação.
7 - Trasfega e atestamento.
8 - Clarificação e filtração.
9 - Engarrafamento e conservação.

III - Fabricação do vinagre
1 - Local para fabricação. Recipientes.
2 - Matéria prima.
3 - Fermentação acética.
4 - Vinagres de vinhos.
5 - Vinagre de álcool
6 -  Clarificação e filtração.
7 - Coloração do vinagre
8 - Acondicionamento.
IV - Fabricação do açúcar batido e turbinado.
V - Fabricação de aguardente.
VI - Conservação dos principais produtos agrícola.
VII - Conservação de frutas, legumes e sucos.
1 - Conservação pela secagem.
2 - Conservação em latas e recipientes.
3 - Conservação pelo frio.
VIII - Fabricação caseira de licores.
IX - Fabricação de sabões.

CRIAÇÃO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS
Diretrizes Gerais

(Criação de bovinos, equideos, caprinos ovinos, suínos e coelhos).
1 - Os professores e instrutores deverão imprimir aos cursos de zootecnia cunho eminentemente prático, de maneira que os alunos aprendam as diferentes operações fazendo e não ouvindo.
2 - As instalações permanentes da escola - estábulos, cocheiras, pocilgas, etc. - não deverão ser mostrados e indicadas propriamente como modelo, pois, devido à diversidade de zonas, caráter e amplitude das explorações, recursos econômicos e outros fatores, os alunos devem aprender a improvisar, a construir o que fôr possível e a remediar com os meios existentes. O aluno ao sair da escola deverá estar preparado para trabalhar em qualquer fazenda e não sómente em estabelecimentos modelos, providas de instalações completas, mas nem sempre econômicas.
3 - Dever-se-á repetir que a exploração dos animais domésticos requer cuidados especiais para ser remuneradora, mas que o fito principal da criação é o lucro - os animais são fontes de utilidade e não passatempo; o trato é compensado pela maior produção.
4 - Os pontos do programa que necessitam de introdução teórica deverão ser ensinados em linguagem simples, acessível, evitando-se de qualquer modo os termos técnicos ou cientificos.
5 - As aulas deverão ser dadas diante dos animais e das cousas que se tem em mira ensinar, por ocasião das operações práticas e, raramente, nas salas de aula. Para esse fim, a ordem do programa poderá ser alterada, de acordo com a oportunidade ou sequência natural dos fatos. Só quando absolutamente necessárias as explicações serão ilustradas com figuras, cartazes ou quadros murais de fácil compreensão.
6 - O ensino do Exterior será gradativo. O aluno aprenderá primeiramente o nome das principais regiões do corpo e pouco a pouco as subdivisões. A determinação da idade pelos dentes e outros elementos, explicada em animais de diferentes períodos de crescimento ou em queixadas naturais, O ensino das pelagens poderá ser ministrado com gravuras.
7 - Os tipos correspondentes às funções econômicas dos animais tipo de córte, tipo leiteiro, tipo para produção de banha, etc., serão mostrados, tanto quanto possível, objetivamente. Não se deverá perder tempo com as questões de etnologia, alem da parte puramente descritiva.
8 - As operações que requerem certa habilidade manual tais como: marcar, numerar, raspar ou escovar, remover camas, lavar, castrar, descornar, tatuar, picotar orelhas, conter por meio de cordas ou laços, argolar, sacrificar, esfolar e demais trabalhos de rotina da criação, serão feitas e repetidas suficientemente pelos alunos durante o curso para que todos saiam da escola com a maior prática possivel.
9 - Por ocasião ao sacrificio de um animal, o professor deverá fazer todas as operações nas primeiras vezes. Nas seguintes já deverão executá-las os alunos mais adiantados ou mais dextros. Não obstante, o instrutor aproveitará a oportunidade das matanças para mostrar os orgãos mais importantes e ensinar noções de fisiologia...
10 - Na escolha dos reprodutores, os professores deverão figurar uma compra de animais, na qual serão apontadas todas as qualidades e os defeitos dos especimens. Sobre o mesmo assunto os alunos deverão fazer exercícios práticos ou concursos.
11 - Antes dos acasalamentos, o professor mostrará os motivos práticos que indicam a conveniência dos aparelhamentos, a-fim-de que os alunos saibam respeitar as listas do cobertura estabelecidas pelo orientador da criação. Com exemplos tirados do próprio rebanho, o professor procurará mostrar que o exterior de um animal nem sempre significa a realidade e que o reprodutor vale pelos filhos produzidos.
12 - Deve-se incutir no espírito do aluno a necessidade do melhoramento contínuo das qualidades produtivas dos animais domésticos e que a seleção deve ser progressiva e metódica em qualquer método de reprodução.
13 - O professor deve instituir concursos entre os alunos, sobre temas ou operações tais como: escolha de animais, trato, amansamento, habilidade na ordenha, na castração, no penso e preparo de animais, no manejo do laço e das cordas, no registo das ocorrências e nas operações que julgar necessárias para a perfeita execução de ordens ou tarefas.
14 - O professor deverá mostrar, no decorrer dos trabalhos, as práticas erradas, procurando, tambem, destruir o valor de certas crenças existentes nos meios criatórios. Ex.: os animais não devem ser escolhidos somente pela côr do pélame, tamanho das orelhas ou outros atributos sem função econômica; não existe impregnação materna; as benzeduras não têm efeito, etc. Os cruzamentos indiscriminados, ditados pela curiosidade, deverão ser severamente condenados.
15 - Nas aulas sobre o penso dos animais o professor deverá mostrar que o uso das raspadeiras, das escovas, da água e sabão, não é prática superflua, pois que atúa beneficamente sobre a saude e produtividade.
16 - Quando possivel ou oportuno, o ensino de certas operações será comparativo. De um lado o professor fará executar certo e doutro lado, como testemunha, aquilo que não deve fazer-se. Assim os alunos sentirão melhor a necessidade e importância prática das cousas nem sempre conhecidas no meio rural.
17 - O professor deverá mostrar a diferença existente entre uma exploração comercial especializada em determinado ramo da criação e a simples manutenção de animais, em pequeno lote, para consumo doméstico. Indicará, entretanto, os pontos comuns como, por exemplo, a questão da higiene.
18 - No arraçoamento dos animais será levada em grande apreço a economia das rações. Não se deverá preconizar o emprego de forragens mal conhecidas ou provadas na região e as de obtenção dificil ou dispendio sa. Mostrar-se-á, ao lado do que se pode dar ao gado, o substituto encontrado nas mesmas condições locais. Os alunos serão instruídos no sentido de se precaverem contra os vendedores de rações balançeadas ou sais destinados ao aumento da produção, ou de drogas milagrosas que curam todos os males. Ao receberem um saco de concentrado ou um fardo de feno, eles tambem deverão conhecer, praticamente, as alterações que possam acarretar prejuízos para os animais.
19 - Os alunos deverão saber conservar o material utilizado nas diferentes operações de manejo do gado. As escovas, raspadeiras e outros utensílios deverão ser limpos e guardados em seus devidos lugares; os ferros e as lâminas serão preservados de ferrugem; as enxadas o forcados mantidos em permanente estado de utiliza ção. Deve-se, enfim, incutir espírito de ordem, noção de responsabilidade e economia.
20 - Os professores deverão ensinar que os animais precisam ser tratados com doçura, sem gritos ou pancadas. Por outro lado serão apontados os perigos que oferecem os animais em certos períodos e a maneira correta com que devem ser tratados os de mau temperamento.
21 - Ao tratar dos fenômenos da reprodução, o professor não deverá extender-se em considerações teóricas sobre o mecanismo da ovulação e elaboração dos espermatozoides. Mostrará, no entanto, praticamente, os sinais externos do cio e a técnica da rufiaçâo em certas espécies. A operação da monta especialmente na espécie equina, deverá ser mostrada com minucia, pois, grande parte do insucesso provem do mau aproveitamento do cio e das coberturas mal conduzidas. Num curso especializado ou para alunos mais evoluídos seriam ventilados assuntos referentes à técnica da inseminação artificial.
Os sinais externos da gestação e a duração da prenhez necessitam ser ensinados para que o aluno tome os devidos cuidados com as fêmeas gestantes.
22 - Os pontos de defesa sanitária animal e noções de veterinária relacionados à parte, e repetidos nos programas de zootecnia serão ensinados pelo professor veterinário.
23 - O espírito do ensino dos pontos ou assuntos não mencionados nestas diretrizes gerais será sempre o mesmo isto é, essencialmente prático e ao alcance dos trabalhadores rurais.

PROGRAMAS

I - CRIAÇÃO DE BOVINOS
A) Parte geral
1 - Exterior: a) nomenclatura das principais regiões e partes do corpo; - b) principais pelagens; -  c) determinação da idade pelos dentes e chifres; - d) tipos de bovinos (funções econômicas): .I - tipo de corte,. II tipo leiteiro .III - tipo mixto e. IV - tipo de trabalho: - e) resenho dos animais.
2 - Estações de monta; noções gerais sobre o cio, fecundação e gestação; sistemas de padreação; utilização dos troncos de cobertura; parto, aborto e natimorte; tipos de partes gemelares; noções sobre a fertilidade prolificidade e esterilidade.
3 - Manejo do laço, das cordas e dos cabrestos. Confecção de cabrestos e coleiras de emergência. Contenção e condução dos bovinos. Métodos de derribar Argolamento e substituição das argolas dos touros. Utilização das "formigas". Cuidados dispensados aos bovinos em viagem.
4 - Marcação e sistemas de identificação: marcação a fogo e a frio. colocação de chapa ou botões metálicos tatuagem e picote das orelhas. Lugares indicados para a marcação a fogo e prejuízos decorrentes da marcação em lugares contra-indicados. Relação entre numeração e escrita zootécnica.
5 - Processos práticos de castração; finalidades da castração; cuidados posteriores à castração.
6 - Descorna e ablação das extremidades dos chifres; cuidados com as aspas e as unhas. Tratamento das frieiras, das feridas e bicheiras. Utilização dos pedilúvios e dos troncos de contenção.
7 - Males causados pelos carrapatos; noções sobre a tristeza; combate aos carrapatos. Balneação; carga e descarga dos banheiros. Conservação do banho. Acidentes que ocorrem durante a balneação.
8 - Cuidados para evitar o curso branco e outras moléstias dos bezerros; tratamento do umbigo dos bezerros recem-nascidos. Inconvenientes dos pastos úmidos e dos brejos. Verminoses.
9 - Vacinação contra o carbúnculo sintomático (péste da manqueira). Vacinação contra o carbúnculo hemático ou verdadeiro.
10 - Noções rudimentares sobre a Aftosa, Tuberculose, Abôrto epizoótico. Raiva, Peste de Coçar; como proceder para evitar ou minorar os males causados por essas doenças; conduta do criador diante dos casos suspeitos
11 - Breves noções sobre alguns males que atingem os bovinos: meteorismo, mamites, distúrbios consequentes ao parto, etc.
12 - Sacrificio, esfolamento, evisceração e divisão sumária da carcaça para consumo na fazenda; aproveitamento dos ossos, sangue, vísceras e couros. Breves noçes sobre as carnes doentes e os prejuizos de sua ingestão pelo homem e outros animais.
13 - Breves noções de Anatomia e Fisiologia, aproveitando-se para tanto os sacrificios de bovinos.
14 - Aproveitamento do esterco dos bovinos Esterqueiras - principais tipos, carga e descarga.
B) Parte especial.
I - Bovinos destinados à produção de carne.
1 - Principais raças ou tipos de córte que interessam ao Estado e especialmente à região  - (noções de utilidade prática).
2 - Escolha dos reprodutores - principais requisitos dos animais de açougue. Métodos de reprodução.
3 - Apreciação do estado de engorda pelos processos práticos. Conhecimento dos maneios.
4 - Sistemas e regimes de exploração na pecuária de córte.
5 - Criação dos reprodutores destinados à pecuária de córte. Instalações necessárias.
6 - Recria e invernagem dos bovinos, castrados, Resultados obtidos com a castração precoce e tardia.
7 - Noção de rendimento. Cálculo do peso em arrobas. Noções sobre os tipos de bovinos consumidos pelos matadouros e frigoríficos.
8 - Pastos e invernadas. Pastoreio. Aguadas, bebedouros, distribuição do sal e das misturas minerais. Som. breamento dos pastos. Divisão e rotação das pastagens Cuidados durante os períodos secos.
9 - Inspeção das boiadas e anotação das ocorrências. Rodeio. Separação das rêzes.
10 - Condução e embarque das boiadas.
11 - Preparo dos reprodutores de corte e dos lotes de bois gordos para certames.
12 - Elementos essenciais da escrita zootécnica referente ao gado de corte.

II - Bovinos destinados à produção de leite e mixtos.
1 - Principais raças leiteiras e mixtas que interessam ao Estado e especialmente à região - (noções de utilidade prática).
2 - Escolha-dos reprodutores. Características dos touros e vacas de tipo leiteiro ou misto. Importância do emprego de animais descendentes de boas produtoras. Importância do temperamento e constituição dos reprodutores. Métodos de reprodução,
3 - Regimes de criação em pecuária leiteira  
a) - Sistemas de exploração em retiros
b) - Semi-estabulação
c) - Inconvenientes da estabulação permanente.
4 - O estábulo. Tipos de estábulos mais convenientes, para a região. Localização e orientação dos estábulos. Importância do sol. Higiene dos alojamentos, lavagem e desinfecção dos estábulos e abrigos. Confecção e renovação das camas. Remoção e aproveitamento das fezes e urina.
5 - Penso dos bovinos em regime de semi-estabulação. Uso das escovas, raspadeiras e demais utensílios.
6 - Cuidados especiais com a vaca leiteira durante e após o parto. Esgotamento do ubre. Cuidados com os bezerros recém-nascidos.
7 - Cuidados com os animais no regime de criação em retiro.
8 - Breves noções sobre a formação e secreção do leite. Cuidados especiais com o ubre durante a lactação. Importância das mastites. Secagem.
9 - Ordenha manual e mecânica. Higiene da ordenha e sua importância na obtenção do leite destinado ao consumo.
10 - Criação dos bezerros. Aleitamento natural e artificial. Piquetes destinados aos bezerros. Inconvenientes da super e sub alimentação.
11 - Desmama - cuidados especiais durante e após.
12 - Criação dos animais no período de crescimento. Idade da reprodução. Primeiros serviços dos tourinhos. Primeira monta das novilhas. Inconvenientes do emprego ,de animais novos na reprodução.
13 - Arraçoamento da vaca leiteira em produção e em descanso. Alimentos disponíveis durante os períodos chuvosos e secos. Alimentação de inverno e equilíbrio da produção.
14 - Arraçoamento dos touros em serviços e em descanso. Número de fêmeas para cada touro em função aa Idade, estado de saúde e época do ano.
15 - Exercício dos touros. Meios práticos para exercitar os machos. Importância do exercício sobre a saúde e a conduta sexual. Alimentação dos touros esgotados ou frígidos.
16 - Registo da cobertura e do nascimento. Sua importância para as associações de registo genealógico. as transações comerciais e a seleção. A escrita zootécnica do gado leiteiro.
17 - Higiene e conservação do vasilhame e denaais utensílios destinados à coleta do leite.
18 - Controle leiteiro e mantegueiro. Cálculo da produção durante o período de lactação. Importância para a seleção.
19 - Cuidados especiais durante os surtos de moléstias, no que se refere aos animais e ao leite produzido.
.III - Bovinos de trabalho
1 - Caracteres do boi para trabalho
2 - Escolha dos animais. Formação das juntas.
3 - Atrelamento aos veículos de tração e utilização na lavra. Manejo das juntas em trabalho.
4 - Amansamento.
5 - Arraçoamento dos bovinos de trabalho.

II - CRIAÇÃO DE EQUINOS
1 - Funções econômicas. Cavalos para sela, tração e fins militares. Cavalos para esporte. (Breves noções de utilidade prática).
2 - Exterior: a) - Nomenclatura das principais regiões e partes do corpo; - b) - Belezas e defeituosidades; - c) - Temperamento; - d) - Pelagens; - e) - Taras e vícios redibitórios; - f) - Resenho dos equinos; - g) - Determinação da idade pelos dentes e outros elementos; - h) - Conhecimento prático dos andamentos. Passo, trote, galope e andadura. A marcha.
3 - Noções sobre a capacidade de tração. Conhecimento prático dos melhores tipos para tração.
4 - Raças e tipos que interessam ao Estado e à região.
5 - Penso dos equinos. Cuidados especiais com as crinas e a cauda; manejo das escovas, raspadeiras e outros utensílios.
6 - Manejo do laço, das cordas e dos cabrestos. Confecção de cabrestos de emergência. Contenção e processo para derribar. Aplicação do cachimbo. Duchas e massagens.
7 - Escolhas dos reprodutores e métodos de reprodução. Regimes de criação.
8 - Cio, rufiação, padreação e gestação. Cuidados anteriores e posteriores ao parto. Importância do aborto e medidas profiláticas.
9 - Criação dos poldros. Aleitamento natural e artificial. Importância do raquitismo. Poliartrite. Verminoses.
10 - Desmama. Arraçoamento durante o período de crescimento. Pastoreio. Cuidados especiais com as cercas, valos, aguadas.
Importância da osteomalacia e meios de evitá-la.
11 - Arraçoamento dos garanhões durante os períodos de monta e descanso. Ano hípico. Número de coberturas, Exercício dos garanhões.
12 - Arraçoamento das éguas em diferentes períodos.
13 - Conhecimento das ferraduras. Arte de ferrar. Cuidados especiais com os cascos e os membros. Causas comuns das manqueiras e tratamentos simples.
14 - Castração. Consequências de uma castração mal feita. Criptorquidismo. Inconvenientes do emprego de monorquidios na reprodução.
15 - Arreiamento e condução pelo cabresto. Doma e equitação. Conservação dos arreios.
16 - Atrelamento dos cavalos aos veículos de tração utilização dos eqüinos na lavra.
17 - Aproveitamento do esterco. Valor do esterco de equino. Cuidados referentes ao tétano.
18 - Outras moléstias dos equinos:
a) As doenças que o criador costuma chamar de mormo (osteofibroses, osteomalácia e garrotilho) - meios de evita-las e trata-las.
b)- O verdadeiro mormo - como evitar e tratar. Perigos para o homem.
c) - O tétano. Prevenção e tratamento. Normas gerais por ocasião de ferimentos em equinos,
d) Conduta do criador diante dos casos suspeitos de raiva e encefalomielite.
e) A esponja ou chaga de verão - prevenção e tratamento.
f) Conduta do criador diante dos casos de cólica.
g) aborto - conduta do criador perante todos os casos de aborto.
h) Práticas erradas, comuns no campo, que devem ser evitadas: sangria indiscriminada, travagem, cauterização para a cura da caraca inchada, administração do sal calcinado, etc.
19 - Escrita zootécnica dos equinos,

III - CRIAÇÃO DE ASININOS
Além dos pontos comuns já citados em Eqüinos;
1 - Escolha de reprodutores.
2 - Determinação da idade pelos dentes,
3 - Raças que Interessam ao Estado e á região: jumentos italianos e espanhois; jumento brasileiro.
4 - Metodos de reprodução e sistemas de criação.
5 - Arraçoamento dos reprodutores. Exercicio, Inconvenientes da obesidade.
6 - Cio e rutiação das jumentas. Gestação, Parto. Número de coberturas para cada jumento.

IV - CRIAÇÃO DE MUARES
1 - Burros e Bardotos, Exterior. Preferências dos mercados.
2 - Escolha das éguas destinadas à produção de mua res. Escolha do jumento.
3 - Castração dos machos. Criptorquidismo e suas Consequências.
4 - Doma.
5 - Atrelamento dos muares aos veículos de tração e utilização, no transporte ou na lavra.
6 - Aproveitamento dos muares como animais de seja ou cargueiros.
7 - Condução de tropas.
8 - Arraçoamento dos muares. Aproveitamento do esterco.

V - CRIAÇÃO DE CAPRINOS
1 - Importância econômica da criação de caprinos. Noções de utilidade prática).
2 - Funções Economicas. Exterior dos caprinos. Elementos para determinação da idade.
3 - Raças produtoras de leite e de a. Raças TogSenburg, Anglo-nubiana. Saanen e Angorá. Cabra nacional: tipo. valor econômico e melhoramento pela infusão de sangue exótico.
4 - Como iniciar uma pequena criação. Escolha dos reprodutores. Métodos de reprodução, inconvenientes da consaguinidade. Criptorquídismo e formas intersexuais..
5 - Sistemas de criação. Condições favoráveis e desfavoráveis.
6 - Idade para reprodução. cio, cobertura e parto. Número de produtos.
7 - Lactação e controle leiteiro. Processos para ordenhar. Higiene da ordenha.
8 - Criação natural e artificial dos cabritos. Desmama. Castração dos cabritos. Principais moléstias dos cabritos.
9 - Processos de identificação: coleiras, picotes e tatuagem.
10 - Arraçoamento. Rações para os caprinos em difentes periodos. Pastoreio. Inconvenientes dos pastos unidos. Importância das verminoses. Eimeriose.
11 - Cabrís, abrigos, mangedouras e outras instalações rústicas. Importância do exercício. Higiene das instalações.
12 - O leite e a carne dos caprinos. Utilização. Valor do leite de cabra na alimentação do homem.
13 - A lã de origem caprina. Utilidade. Tosquia e  separo elementar.
14 - produção de peles. Utilidade. Retirada. Conservação e curtimento.
15 - A escrita zootécnlca dos caprinos nas explorações de carater comercial.

VI - CRIAÇÃO DE OVINOS
1 - Importância econômica da criação de ovinos. (Noções de utilidade prática).
2 - Funções economicas. Exterior dos ovinos. Elementos para a determinação da idade.
3 - Raças de ovinos que interessam ao Estado e particularmente à região; raças Suffolk, Romney - Marsh e Shropshire. Carneiros comuns; valor econômico e melho ramento pela cruza com raça aperfeiçoada. ,
4 - Como iniciar uma pequena criação. Escolha dos reprodutores. Métodos de reprodução.
5 - Sistemas de criação. Condições favoraveis e des-favoraveis. favoraveis.
6 - Idade de reprodução; cio, cobertura e parto. Uso de rufiões. Números de produtos.
7 - A lã. Características. Mechas e velo. Tosquia, preparação dos velos. Noções sobre classificação das dás
8 - Criação de cordeiros. Desmama. Principais modéstias dos ovinos. Sarna e estrose.
9 - Processos de identificaçaõ Castração e ampulação da cauda.
10 - Arraçoamento. Rações para ovinos em diferenses períodos. Pastoreio. Incovenientes dos pastos úmidos. Verminose. Rotação das pastagens.
11 - Apriscos, abrigos e mangedouras rústicos. Sombreamento dos pastos. Higiene das inscalações.
12 - A carne e o leite. Utilização.
13 - Produção de peles e pelegos. Retirada, consercação e utilização. 5
14 - Escrita zootécnlca dos ovinos nas explorações de carater comercial.

VII - CRIAÇÃO DE SUINOS
1 - Importância econômica da criação de suinos pa-   "ja o Brasil e o Estado de São Paulo, (breves noções de utilidade prática).
2 - Funções econômicas. Raças, ou tipos que interessam ao Estado e particularmente à região, tendo em vista as exigências dos mercados e os alimentos disponiveis.
3 - Exterior. Nomenclatura das principais partes do corpo. Elementos para a determinação da idade. Conhesimento dos tipos de suínos para produção de banha e carne.
4 - Sistemas de criação. Condições favoraveis e desfavoraveis à exploração dos suios. Escolha do local, Como iniciar uma pequena criação.
5 - Escolha dos reprodutores. Métodos de reprodu- ção. Incovenientes da consanguinidade em sua forma espreita. Hernia e criptorquidismo. Porque não se devem empregar varrões monorquídios.
6 - Idade para reprodução; sistemas de monta; nu mero de coberturas para cada reprodutor. Cio, gestação parto.
7 - Prolificidade e capacidade de criação das por cas Importância do número de têtos e do temperamen das marrãs. Causas de devoração e esmagamento dos leitões e meio de evitá-los. Seleção e reformas das marrãs.
8 - Sistemas de identificação. O processo de picote nas orelhas na numeração dos sumos.
9 - Instalações; pocilgas, chiqueiros, abrigos, fixos o portateis, alçapões e grades, côchos, comedouros, mangedouras, etc. Importância das maternidades no combata às verminoses e outros males. O que se pode improIrisar ou construir com economia. Pastos e piquetes: cêrsas e cancelas; árvores indicadas para sombreamento; Serrais de apartação; banheiros, pedilúvios e coçadouros Aguadas e bebedouros. Higiene e desinfeção das instalações.
10 - Criação dos leitões, Aleitamento natural e ar- tificial. Desmama. Pesagem dos leitões com o fito de controlar o crescimento. Escolha dos leitões destinados à reprodução e à venda ou preparo para os mercados. Porque os leitões devem ser criados separadamente dos adultos.
11 - Castração de machos e fêmeas. Corte dos primeiros dentes dos leitões.
12 - Alimentação dos porcos no sistema extensivo de exploração: aproveitamento dos pastos, roças e capoeiras.
13 - Arraçoamento dos reprodutores, porcas solteiras, prenhes ou criadeiras. Alimentos disponiveis. Substituição de alimentos pela equivalência. Alimentos nocivos á saude ou prejudiciais para o aspecto do toucinho ou banha. Fenos, palhas e outros alimentos grosseiros. Gramas e capins. Sal e misturas minerais. Confecção e distribuição das rações. Aproveitamento de residuos; produtos das hortas, pomares, leiterias e determinadas indústrias.
14 - Suinos destinados à engorda. Construção de cevas rústicas. Arraçoamento durante o periodo. Cuidados higiênicos. Idade e tempo de engorda. Cálculo do peso em arrobas. Porque os lotes de capadetes devem ser uniformes.
15 - Suinos destinados à produção de toucinho magro e carne. Arraçoamento e outros cuidados .
16 - Sacrifício. Aproveitamento das vísceras e do couro. Perigos da cisticercose e tuberculose para o homem.
17 - Principais moléstias dos suínos:
a) Doenças dos leitões - maneiras práticas de evitá-las.
b) Verminose - seus prejuízos para os suinos e o homem. Tenias. cisticercose.
c) A sarna, o bicho do pé e as bicheiras - prevenção e combate.
d) Noções rudimentares sobre a tuberculose, peste porcina, aftosa, raquitismo. Conduta do criador diante dos surtos de moléstia.
18 - Escrita zootécnica dos suinos. Custo da produção.

VIII - CRIAÇÃO DE COELHOS
1 - Finalidades da criação de coelhos. Tipos de exploração. Criação em pequena escala visando o aproveitamento da carne e a venda das peles.
2 - Condições propícias e desfavoraveis à criação Como iniciar uma pequena exploração. Raças adaptaveis ao nosso meio. Raças conhecidas e de vantagem comprovada: Gigante de Flandres, Azul de Viena, Chinchila e Angorá. Porque são preferidas as raças de grande porte e cor uniforme.
3 - Escolha dos reprodutores no início da criação. Cuidados por ocasião das primeiras aquisições. Indícios de saude e vigor, boa conformação e cor. Coelhas de máu temperamento, comedoras de filhotes ou más criadeiras.
4 - As primeiras instalações. Construção de coe lheiras e utensílios rústicos .Armações, telas e bandejas Coelheiras individuais e duplas. Vantagens das coelheiras individuais. Comedouros. Ninhos.
5 - Idade apropriada para reprodução de machos e fêmeas. Como acasalar. Vantagens de colocar-se a coelha na gaiola do macho. Tempo de gestação e cuidados anteriores ao parto. Recolhimento das fêmeas nas vésIperas da parição. Número de filhotes. Valor da prolificidade. Aborto e nati-morte: principais causa. Número de crias por ano.
6 - Criação natural. Cuidados com as fêmeas e os (filhotes. Tapagem das gaiolas. Como banhar escovar e pentear os coelhos. Vantagens destas operações. Criação artificial- técnica vantagens e Incovenientes. Tatuagem e outros sistemas de identificação.
7 - Criação dos coelhos adultos. Seleção contínua, Afastamento dos reprodutores velhos, fora de tipo e das fêmeas más criadeiras Como segurar corretamente um coelho - desvantagens da preensão pelas orelhas. Cuidados que se devem ter com as inhas dos coslhos.
8 - Alimentação dos jovens e adultos. Influência das rações sobre a quantidade de carne e a qualidade das deles.
Alimentação econômica, procurando sempre os recursos locais. Grãos mais utilizados: milho, triguilho, aveia; fubás, farelos e farinhas; verduras, legumes e capins. Vantagens da exploração dos coelhos nas proximidades das hortas. A higiene como fator importante na alimentação dos coelhos.
9 - Finalidades e prática da castração. Idades aconselhaveis. Importância da contenção bem feita e cuidados consequentes à castração. Engorda dos capões.
10 - Confecção e remoção de camas. Higiene das coelheiras. Perigos que oferecem as fezes e a urina depositadas A criação dos filhotes longe dos excrementos. Meios econômicos de desinfecção. Preparo e aplicação das soluções desinfetantes.
11 - Principais moléstias dos coelhos: Coccidiose. Sarnas. Mixomas.
12 - Atordoamento, sacrifício, estiramento e sangria; o esfolamento visando aproveitar as peles - Instrumental necessário. Envisceração. Salga das peles e secagem em lugares apropriados. Curtimento.
13 - A carne do coelho na alimentação. Aproveitamento dos ossos e do sangue. Objetos de adorno de confecção caseira e outras modalidades de aproveitamento facil das peles.
14 - Criação de cobaias para laboratórios.
15 - Escrita zootécnica nas explorações de carater comercial.

LACTICINIOS E PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Diretrizes Gerais
I) Lacticinios
1 - A forma do curso dependerá da importância que a pecuaria leiteira e a indústria de lacticinios tiverem na zona sob influência da escola. Na do "Vale do Paraíba", nor exemplo, as aulas deverão ser mais detalhadas.
2 - Será objeto do curso divulgarem-se as propriedades alimentícias e dietéticas do leite e derivados (o professor tratará especialmente das crianças, dos doentes e da conservação dos dentes nos adultos em geral). Por outro lado, dever-se-á despertar o interesse dos alunos pelo aproveitamento do leite excedente na indústria de queijos, requeijões, manteiga e outros derivados.
3 - As aulas terão cunho eminentemente prático.
4 - Serão postos em evidência pontos como os seguintes:
a) O leite destinado ao consumo "in na tura". ou à confecção de derivados, deverá ser sempre obtido em perfeitas condições higienicas.
b) As vacas produtoras deverão ser sadias e limpas. Não se devem aproveitar, em lacticinios. nem o leite de animais febris ou com lesões no ubre, nem o colostro.
c) Não serão admitidos ordenhadores doentes.
d) A ordenha requer habilidade e a máxima limpeza no que se refere ao local, ao preparo do ubre, à maneira de mungir e ao balde de coleta. Nao se deve fumar ao momento da ordenha. As camas dos estábulos Jamais seráo trocadas ou revolvidas pouco antes ou durante a ordenha.
e) As leiterias devem funcionar com o máximo asseio possível. Findos os trabalhos diários, os pisos, paredes e o material utUizado deverão ser perfeitamente lavados As portas e janelas serão providas de telas protetoras contra moscas e outros insetos. O vestuário do pessoal que trabalha em lacticinios deve ser branco e asseiado. O uso do gorro é obrigatório,
5 - O material utilizado em lacticinios precisa ser de boa qualidade. Os latões, baldes, funis e outros utensílios encontrados no comércio a baixo custo, nem sempre sâo de boa qualidade, deterioram-se facimente e causam prejuízos irreparáveis. O leite manipulado com material impróprio poderá ser nocivo aos consumidores.
6 - Os alunos deverão considerar perfeitamente as vantagens da filtração e do resfriamento, bem como de transporte rápido às usinas ou postos de recebimento.
7 - programa anexo aborda os pontos principais que deverão ser considerados no curso normal. Entretanto, nos cursos especializados, o professor poderá ensinar outras questões, tais como as seguintes:
I) Fraudes do leite: a) adicão de pagua: b) desnata gem; c) adição de conservadores; d) adição de farinhas - sempre ci.m o propósito üe reprimir essas praticas, fraudulentas.
II - Determinação do extrato sêco e desengordurado (calculados).
III - Outros processos de tratamento do leite pelocalor. Stassanização
IV - Preparação de outros leites fermentados: Ke fir, Yoghourt, .etc.
V - Noções sobre a legislação do leite e derivados

II) - Produtos de origem animal
1 - As instalações, para esse fim. serão simples, semelhantes às que o criador poderá possuir com economia, destinadas à confecção de produtos mais ou menos "ca-seiros". seiros". ur- 2 - O professor deverá mostrar aos alunos que a carne, a banha e os miudos dos animais sacrificados na fazenda, poderão ser aproveitados na confecção de condes servas ou embutidos próprios para o consumo do trabalhador rural, melhorando ou variando o seu cardapio diário. O fabrio de algumas conservas caseiras poderá, também, constituir uma pequena indústria doméstica capaz de melhorar a receita do criador ou seus empregados.
3 - os alunos serão instruídos no sentido de jamais aproveitarem a carne ou parcelas de animais doentes ou mortos subitamente, sem causa conhecida. Deve-se procurar destruir certas noções erradas, comuns no meio rural, tais como: "que a carne ou a banha dos suinos portadores de "canjica" (cisticercose) são melhores" ou "que o figado amolecido e amarelado (proveniente de animal doente) deve ser preferido"
4) - Com referência ao charque e outras carnes salgadas ou secas, o professor deverá considerar:
a) Que as carnes sêcas e salgadas constituem meio econômico de aproveitamento dos excessos de carne verde
b)Que o valor nutritivo da carne fresca e incompa ravelmente superior ao das conservas em geral; em industria logo após a matança.
c) Que a carne seca não deve ser íngerida com grande freqüência, visto não ser nem suficientemente nutritiva, nem de facil digestão.

PROGRAMAS
I) Lacticinios
1) - conhecimento dos bovinos, especiamente da criação do gado leiteiro. Motivos pelos quais os animais tuberculosos, brucelosos ou portadores de mamites devem ser eliminados do rebanho. Inconvenientes do aproveitamento do leite de animais doentes, em geral.
2 - Higiene da produção do leite. Motivos pelos. quais o leite produzido em más condições higienicas é de dificil conservação e prejudicial à saude. Valor alimentício e dietético do leite e derivados.
3 - Material e utensílios empregados em lacticinios. Tipos de latões, baldes e outros utensílios de material inoxidavel. Importância da ausência de ângulos e reentrâncias. Materiais impróprios à manipulação do leite: alterações das propriedades físicas e organolésticas. Locais indicados para a construção das leiterias. Vestuário ade quado a manipulação do leite e derivados.
4 - Processos para a conservação do leite. Metodos de resfriamento. Provas elementares do estado de conservação do leite. Prática e importância da filtração. Determinação da gordura, acidez e densidade do leite.
5 - Pasteurização do leite. Convenientes e inconvenientes da pasteurização. Vantagens da pasteurização para a saude do homem e o transporte do leite. Homogenização e frigorificação. Meios de transporte do leite: motivos pelos quais devem ser evitadas as horas quentes e a condução em animais cargueiros.
6 - Desnatamento. Tipos de desnatadeira. Rendimento. Requisitos do leite a desnatar. Aquecimento para obtenção de maior rendimento. Inconvenientes dos leites ácidos.
7 - Tratamento do creme: pasteurização, resfriamento à temperatura adequada e adição de fermentos. Motivos pelos quais devem ser evitados os cremes muito ácidos ou de má fermentação. Melhoramentos e cuidados com o creme. Transporte do creme.
8 - Batedura do creme para a obtenção da manteiga: temperatura adequada, importância do resfriamento e inconvenientes da acidez. Batedeiras e amassadeiras: Lavagem e espremedura da manteiga.
9 - Conhecimento prático dos principais defeitos da manteiga. Processos mais simples de melhoramento e conservação da manteiga. Salga. Importância dos ambientes escuros, frios e fechados. Inconvenientes da luz e calor.
10 - Coloração da manteiga - finalidade. Corantes adequados, inofensivos. Motivos da preferência dos corantes vegetais sobre os de origem mineral. Empacotamento e acondicionamento em latas ou caixetas. Importância do aspecto externo dos pacotes e latas.
11 - Aproveitamento do leite desnatado e do soro na alimentação do homem e dos animais domésticos. Emprego industrial - inconvenientes do emprego do leite desnatado e do soro ácidos ou com parcelas de gordura.
12 - Fabricação de coalhadas de tipo "caseiro" Importância do emprego do leite limpo e novo e dos fermentos puros e ativos. Valor nutritivo e medicamentoso das coalhadas Noções sobre os fermentos Condições propicias à fermentação; perigos das contaminações.
13 - Fabricação de alguns tipos de queijo: "Paulista", "Mineiro" "Prato" e outros. Inconvenientes dos leites obtidos em condições precárias ou ácidos, no que se refere à confecção dos queijos e à saúde do homem. Confecção de requeijões e da "ricota". Formas, salgadura, maturação. Conservação e embalagem.
14 - Preparo da caseina para fins industriais - Importância do desnatamento e da acidez. Fabricação da cola de caseira.
15 - Higiene das leiterias. Desinfetantes e detergentes aconselhados. Drogas nocivas ao homem, ao material de manipulação e ao leite ou derivados. Conservação e limpeza dos utensílios.

II - Produtos de Origem Animal
1 - Escolha do local e da hora do sacrifício dos animais. Conhecimento dos utensílios destinados às operações da matança e preparo da matéria prima.
2 - Matança dos animais - Atordoamento e sangria, esfolamento ou retirada da pele dos bovinos, caprinos e ovinos: depilação dos suínos pelo fogo ou pela agua quente. quente.
3 - Eviceração. Preparo dos miúdos; limpeza e preparo dos intestinos (tripas e bexigas), destinados à fabricação dos embutidos.
4 - Moléstias encontradas nos animais, transmissíveis ao homem pela manipulação ou ingestão de produtos cárneos. Carbúnculo. Tuberculose. Cisticercose, etc. Destino das carcaças de animais doentes.
5 - Conservação da carne. Salga, preparo das salmouras e de outros ingredientes necessários. Escolha, desossa e preparação das mantas de carne. Conservação da carne salgada.
6 - O xarque. Secagem da carne ao sol. Defuma ção da carne.
7 - Fabricação de linguiças, chouriços e outros embutidos que não exijam material ou instalações muito especializados.
8 - Preparo e conservação da banha de porco.
9 - Preparo do sebo e sua utilização no fabrico de sabões.
10 - Salga do toucinho. Defumação do toucinto. Salga dos pés, orelhas e rabo do porco.
11 - Aproveitamento do sangue e resíduos para a fabricação de farinhas destinadas à alimentação dos animais.
12 - Aproveitamento dos ossos.
13 - Perigos decorrentes de ingestão de conservas alteradas.
14 - Peles. Secagem, salga, preparo das peles destinadas aos cortumes ou à utilização da própria fazenda. Curtimento, líquidos tanantes, operações para a tanagem das peles.  

PRODUCAO DE FORRAGENS
Diretrizes Gerais

A orientação dos cursos será essencialmente prática, procurando-se em cada áula exibir o material de estudo e demonstrar as diversas operações. Uma explicação teórica deve sempre ser feita preliminarmente a-fim-de esclarecer e coordenar os diversos pontos do tema proposto.
Neste curso, em áula teórica inicial, devem ser explicadas as noções sobre as bases fisiológicas da alimentação dos animais e os elementos componentes das forragens. Esta parte pode ser simplificada e resumida da melhor maneira possivel.
Para facilitar as aulas sobre as forragens dos pastos, a Escola deve procurar organizar um pequeno Campo de Agrostologia com as plantas mais comuns no Estado de São Paulo. O aluno deve aprender a reconhecer essas forrageiras e identificar praticamente as principais plantas tóxicas e nocivas das pastagens. Alem dessas explicações, o aluno terá no local esclarecimentos sobre formação, conservação e melhoramento das pastagens.
As aulas sobre fenação e ensilagem devem resumir-se na execução dessas práticas de conservação das forragens. O aluno deve ter ainda explicações sobre as culturas das principais plantas utilizadas como forrageiras.
Os alunos devem aprender a reconhecer as principais forragens concentradas de origem vegetal e animal e os suplementos minerais, para o gado. Explicações devem ser dadas sobre o valor relativo de uma ou outra forragem, de acordo com a especie animal, composição química e os preços do mercado.

PROGRAMA

1 - Noções gerais sobre a composição dos alimentos e as exigências dos animais em princípios nutritivos.
2 - Pastagens - Principais plantas forrageiras para pastos. Formação das pastagens. Capacidade de suporte. Métodos de conservação e melhoramentos. Como e porque manter limpas as pastagens. Desvantagens da queima dos campos. Casos em que se toma necessária a queima.
3 - Capineiras e Prados - Principais plantas for- rageiras para capineiras e prados. Formação e tratos culturais.
4 - Culturas forrageiras - Cultura da alfafa para fenação. Cultura de milho para ensilagem. Cana for rageira. Mucuna e caupi. Mandioca e batata doce. Al gumas culturas de inverno.
5 - Fenação - Plantas aconselhaveis. Corte da forragem e preparo do feno. Construção de medas. Enfar damento. O feno durante os períodos secos.
6 - Ensilagem - Forragens para ensilagem. Tipos de silos. Ensilagem. Utilização da silagem. Conservação e limpeza dos silos.
7 - Utilização de subprodutos da lavoura - Palhas e tigueras. Ramas de mandioca.
8 - Utilização de produtos das hortas e pomares verduras hortaliças e plantas hortenses.
9 - Forragens concentradas - Principais tortas, farinhas e farelos produzidos no Estado de São Paulo. Farelo de algodão. Farelos grosso e fino de arroz. Fa relos grosso e fino de trigo. Milho: fubá, quirera, milho desintegrado e farelo. Farelo de raspas de mandioca. Farelo de babassú e outras tortas oleaginosas. Máquinas destinadas a produção de farinhas ou farelos. Utiliza ção e conservação.
10 - Suplementos minerais para o gado - Suple mentos de fósforos e cálcio. Pó de osso e de ostras. Sal. Suplementos de iodo. Outros elementos minerais.
11 - Utilização dos produtos de origem animal Leite, leite desnatado, sôro. Farinhas de carne e sangue.

AVICULTURA

Diretrizes Gerais

Em todos os momentos do curso, o instrutor não per dera de vista o verdadeiro sentido da avicultura, que de ve ser considerada como uma das atividades normais de toda fazenda ou sítio, e não apenas - como tanto, e tão injustamente, o têm feito acreditar certas propagandas mal orientadas - uma indústria de grandes proprietá rios, que só mereça ser tentada em larga escala por in divíduos de grandes posses, com o fito de obter luros enormes. Aqui, como em toda parte, o interesse eco nômico e social da avicultura reside precisamente na sua grande dispersão, sob forma de pequenas empresas, re presentadas pelas criações de 100 a 200 cabeças, cujo ra to não requer braços estranhos aos da própria familia.
A função primordial do Estado é desenvolver e amparar esse tipo de avicultura, para isso aparelhando convenien temente o trabalhador rural. É claro, pois, que o ensino há-de ser ministrado de acordo com as condições em que a avicultura terá de desenvolver-se, isto é, em instalações rústicas e com a máxima economia possivel, preparandose o aluno para que ele construa, com suas próprias mãos, grande parte dos utensilios e dispositivos que terá de usar, evitando ao máximo o uso de máquinas e apa relhos comprados feitos, bem como de drogas patentea das, de cuja exagerada propaganda comercial o homem do campo é, não poucas vezes, vítima. Quem aprender a criar bem um lote pequeno de aves, em condições rusti cas, porem, corretas, terá aprendido tudo o que de essen cial precisará para a criação de grandes bandos, em ins talações mais requintadas; ao passo que o que aprender a criar nestas últimas condições dificilmente encontrará o caminho da adaptação ao nivel, muito mais baixo e co mum, que a vida rural lhe permitirá. Dentro dessa or dem de idéias, se a escola possuir instalações permanen tes muito requintadas, deverá o instrutor providenciar tambem a criação em condições mais simples, improvi sando abrigos e cercados para esse fim.
O programa que a seguir se apresenta não deve ser considerada como seriação de pontos a sarem dados de maneira ordenada, mas apenas como simples plano ge ral, que se desenvolverá de acordo com as oportunidades.
Essencial é que os alunos aprendam "fazendo" e adquiram sólida prática em todos os trabalhos relativos à criação.
O porque das coisas ser-lhes-á explicado ao lado da prá tica, e preferivelmente como resposta às observações e perguntas que eles mesmos façam.

PROGRAMA
1 - Raças:
Será conveniento criar, separadamente, duas raças, uma para ovos e outra de dupla utilidade. Pela simples contemplação de lotes de aves de raças puras, os alunos compreenderão a enorme diferença entre estas e a mostiçada, sem homogeneidade, que estão acostumados a ver nos sítios e nas fazendas de onde vêm. Mais tarde, o instrutor ressaltará outras diferenças (p. ex.: a produtivida de) e incutirá no ánimo do aluno o desejo de substituir a criação comum, de aves mestiças de pouco rendimento pelo de aves de boa raça.
Práticas erradas - Um dos trabalhos mais árduos do instrutor será o de destruir, no espírito do aluno, a tendência, tão comum, para o cruzamento indiscriminado.
Atividades correlatas - Estimular os pendores dos alunos naturalmente mais habilidosos para o desenho de animais de raça, dando o merecido destaque às produções por eles feitas, nesse sentido e usando-as para ornamentação das salas de uso comum.
2 - Trato das poedeiras:
Preparo prévio dos galinheiros. Pintura. Faxina geral. Os alunos começarão por familiarizar-se com a limpeza geral (remoção diária da sujeira que fica sob os poleiros, substituição da palha do chão, etc.); aprenderão a vantagem da tela sob os poleiros e das plataformas para comedouros e bebedouros; acostumar-se-ão à idéia de que a água limpa (sem drogas nem desinfectantes!) é a melhor bebida. Aproveitamento do esterco.
Distribuição dos alimentos; acostumar-se-ão naturalmente à idéia da necessidade do uso de grãos, verduras, mistura e com a proporção relativa de cada um desses componentes da ração (mais tarde serão admitidos ao preparo das rações). Cuidados para evitar desperdicios.
Construção de poleiros desmontaveis e ninhos: ob servação periódica para pesquisa de parasitas.
Medição do terreno e do abrigo: cálculo da área e conclusões sobre o número de aves que se pode colocar no abrigo e no cercado. Vantagem dos cercados duplos; preparo do cercado em descanso.
Orientação dos abrigos - Localização dos pontos cardiais; mostrar aos alunos as vantagens do galinheiro bem orientado (eles próprios observarão o número de horas de insolação por dia, durante as várias estações do ano). Alguns detalhes simples de construção, que deixem o aluno apto a construir abrigos bem ventilados e abrigados.
Práticas erradas: desinfetantes na água. Remédios para aumentar postura.
Atividades correlatas - Desenho esquemático dos abrigos e dos cercados e de algumas de suas partes (ninhos poleiros, etc).
"Quadro de honra" para as galinhas que mais põem
3 - Muda:
Durante o tempo do aprendizado, e de acordo com as oportunidades, os alunos familiarizar-se-ao com o fenômeno da muda e a maneira como se processa, recebendo explicações sobre sua natureza e o trato das aves nesse período.
4 - Colheita e marcação de ovos:
Registo da postura pelos métodos mais simples. O professor irá observando, com os alunos, as aves que se mostram mais assíduas no ninho, de modo a despertarlhes no espírito a idéia de uma competição entre elas; isso levará a uma compreensão mais natural da escolha das reprodutoras.
No momento que parecer oportuno ao instrutor, serão os alunos iniciados nas questões relativas à classificação de ovos para venda.
5 - Trato de reprodutores:
O aluno participará ativamente do trabalho de escolha das reprodutoras, explicando-se-lhe, mediante os dados do registo, as vantagens de cada uma; habituar-seão, desde o início, a dar atenção à produtividade real da ave e não apenas aos seus aspectos exteriores. Vantagem do ninho alçapão.
Escolha dos gaios. Exame de saúde (pesquisa de portadores de pulorose e de casos suspeitos de neurolinfomatose).
Idade dos reprodutores; até quando Se costume usa os reprodutores. Valor de um reprodutor muito bom.
Cuidado com os ovos de incubação; colheita, viragem, conservação. Acondicionamento para venda.
Aplicação dos princípios gerais de higiene e constru ção aprendidos no galinheiro de postura.
Práticas erradas - Colocação de galo em cercado não destinados à reprodução (para pôr, a galinha não precisa de galo). 6 - Incubação:
Escolha dos ovos para incubar; tamanho, peso, limpeza, aspecto de casca. Exame pelo ovoscópio (o aluno improvisará o ovoscópio).
Incubação natural - Escolha e trato das galinhas chocas. Cuidado com os ninhos. Combate aos piolhos e piolhinho_. Fazer que os alunos observem o comportamento da galinha no ninho (viragem natural dos ovos, arejamento, etc).
Incubação artificial - Escolha da chocadeira, limpeza e conservação; conserto dos principais defeitos ou falhas que costumam ocorrer (familiarizar o aluno com o uso de chocadeiras pequenas e não somente com o do o grandes e aperfeiçoadas máquinas); fazer que ele trabalhe com chocadeiras de querozene e não apenas com chocadeiras elétricas).
Viragem dos ovos (recordar o que faz a galinha espontaneamente). Arejamento dos ovos e da chocadeira (tema correlato: a respiração). Regulação da unidade, de maneira simples e sem complicações teóricas. Exame dos ovos durante a incubação. Nascimento dos pintos: conduta de expectativa (não deixar que os alunos retirem os pintos da casca, por curiosidade ou pressa). No fim da, curso, quando bem treinados, os alunos aprenderão a trabalhar com pintos de "pedigree".
Observação - Não encher a cabeça do aluno com requintes de instalação que na prática não lhe será possivel conseguir (paredes duplas, exaustores elétricos, etc, etc). Ensiná-los, antes, a construir um quarto de incubação eficiente a-pesar-de simples.
7 - Criação de pintos.
O instrutor ensinará de preferência as práticas que mais se aproximem das condições naturais de criação, evitando a todo transe a criação em condições muito artificiais.
Regulagem da temperatura de acordo com o próprio comportamento dos pintos. Importância de criar os pin tos em locais reservados só para isso. Limpeza (a coccidiose). Bebedouros e comeduros higiênicos.
Vacinação contra a bouba (comparar com a vacinaçao anti-variólica).
No fim do curso ensinar-se-a, se possivel, a separação dos sexos em pintos recem-nascidos.
8 - Criação de Frangos e Frangas.
Casas colônias (ensinar o aluno a construí-las). Vantagens da criação ao ar livre (a verdura, o exercício, o sol).
Cuidado especial com a limpeza (evitar aglomeração de fezes em determinados locais).
Castração - Será ensinada quando os alunos estiverem treinados para realizá-la com eficiência.
9 - Alimentação.
No trato diário do galinhame o aluno familiarizou-se com algumas noções fundamentais ligadas à higiene (comedouros e bebedouros protegidos da contaminação fecal, a-pesar-de rústicos) variedade da alimentação (grãos, mistura, verdura) e proporção relativa de cada uma de suas partes componentes.
Será depois admitido ao preparo das rações, e se inteirará, sem minúcias teóricas, d. coisas essenciais que a mistura (farelada) contem (carne e cereais) e de suas proporções aproximadas. Aprenderá a substituir umas coisas por outras, de modo que adquira, pela prática, noção de equivalência entre determinados alimentos, sem que seja necessário atordoá-lo com noções mais ou menos complicadas de fisiologia. Finalmente, aprenderá a fazer rações com os ingredientes que mais facilmente possa obter na região em que esteja radicado.
Aprenderá, ainda, as diferentes necessidades das aves nas várias idades, devendo o instrutor tender para o estabelecimento de uma única ração básica, que se adaptará aos diversos fins variando apenas a quantidade de grãos.
Em exercícios simples e adequados a seu grau de desenvolvimento, os alunos aprenderão a calcular o preço da ração utilizada. Por meio dos dados assim obtidos e dos que se relacionarem com a produção média das aves, aprenderão a avaliar, aproximadamente, o lucro da criação.
Observação - O instrutor deverá preconizar a criação ao ar livre, de modo que as aves se beneficiem do sol e das verduras frescas. Reduzir ao mínimo o consumo de óleo de fígado de bacalhau ou similares e de drogas e misturas patenteadas.
Combater as práticas erradas dos que adicionam à ração, de maneira sistemática, vermifugos e purgantes.
10 - Doenças.
Durante o curso o aluno aprendeu, naturalmente, a evitar algumas das mais importantes doenças (pulorose, bouba, neurolinfomatose). No aviário da escola ele nunca terá conhecimento, por experiência própria, de doenças outras, como cólera, espiroquetose, etc.
Entretanto, convirá falar nelas, em algumas palestras: para isso a Escola deverá organizar um museu pequenino. Na palestra, os alunos e que darão sugestões, contando o que por experiência ou observação conhecem a respeito de doenças. O professor, então, intervirá para, comentando as observações deles, insistir nos seguintes pontos:
 - só tem bouba quem quer (a vacinação sistemáti-ca).
- a cólera é espalhada por "portadores" e animais que vêem de fora (necessidade de quarentenar e examinar os animais que veem de fora).
- a espiroquetose é transmitida pelo carrapato e este pode vir nas galinhas que chegam de fora (com larvas) ou em paus e madeiras velhas,. de galinheiros abandonados.
- necessidade de isolar prontamente os doentes, e de providenciar o exame destes ou dos cadáveres (como fazer isso) pelas repartições especializadas.
- práticas erradas: retirar a pevide, etc.
Por outro lado, outros sobretempos aparecerão com alguns casos inevitaveis, de coriza, esparavão, etc. O instrutor aproveitará para ensinar ao aluno como cuidar de cada caso, em particular.
Quando se deparar oportunidade, o instrutor fará com os alunos autópsias para colheita de material e, ao mesmo tempo, ministração de noções de anatomia e fisiologia.
11 - Outras criações.
A escola incentivará, na medida do possível, outras criações de aves, especialmente perús e palmípedes. Seguirá as normas gerais acima traçadas, insistindo, entretanto, na necessidade de fazer as criações separadamente, nunca as misturando.

SERICICULTURA
Diretrizes Gerais

O Curso de Sirgueiros Práticos tem por finalidade precípua preparar o futuro homem do campo para a exploração racional da Sericicultura, tornando-o apto a fazer ou dirigir os trabalhos inerentes à atividade sérica, desde o plantio das estacas até a colheita e seleção dos casulos. É desnecessário enaltecer o valor dessa medida, uma vez que a Sericicultura se apresenta hoje não mais como indecisa experiência, mas como cousa de real importância para a economia privada do nosso homem rural e consequentemente da Nação.
Tal aprendizado poderá ser feito de modo coletivo pelos alunos de uma mesma série, no tocante à parte elucidativa, devendo a parte prática, no campo ou na sirgaria, ser ministrado a pequenas turmas, para que se obtenham, com mais eficiência, os resultados que são de esperar.
O Curso de Fiandeiros Práticos tem a finalidade de oferecer ao aluno um aprendizado direto e, portanto, objetivo, das questões relativas à semi-industrialização do casulo, de modo que o homem do campo adquira as aptidões necessárias para trabalhar e mesmo dirigir pequena fiação destinada a manufaturar parcialmente a produção da própria fazenda que explora a Sericicultura.
Sendo o casulo, como se sabe, matéria prima facilmente deterioravel, é vantagem - constituindo mesmo esse ponto uma das preocupações do Serviço de Sericicultura do Estado - que, nas suas propriedades rurais onde a criação do bicho da seda seja cuidada com relativa intensidade, haja as máquinas necessárias ao beneficiamento do casulo, a-fim-de que o fazendeiro não coloque no mercado a matéria prima bruta, mas sim a já semi-manufaturada. Com essa medida evitar-se-ão os riscos que o criador corre, quando, não tendo mercado próximo à propriedade se vê obrigado a despachar os casulos por estradas de ferro, sujeitando-se, às vezes, a longos percursos, o que, geralmente, resulta em perda de grande parte da produção.
As aulas elucidativas poderão ser dadas em conjunto, ao passo que as práticas serão ministradas a turmas de, no máximo, 5 alunos.

PROGRAMA
1ª Parte - SIRGUEIROS
1 - Histórico da Sericicultura. A Sericicultura no estrangeiro, no Brasil e especialmente em São Paulo., Conceitos sobre esta criação.
2 - Ligeiras noções de anatomia e fisiologia do bicho da seda.
3 - Cultura da amoreira - Viveiros, plantação, trato, podas, adubação, etc. Moléstias e inimigos.
4 - A criação do bicho da seda em todas as suas operações e diversas fases. Moléstias e inimigos.
5 - Aproveitamento do produto. Limpeza, acondicionamento, conservação e transporte dos casulos.

2.ª Parte - FIANDEIROS
1 - Casulos:
Caracteres comerciais, defeitos. Recebimento e classificação. Separação e secagem. Conservação.
2 - Baba:
Comprimento e título, variações no título segundo as camadas séricas de que provêm.
3 - Fiação:
Maceração dos casulos - Escovação - Purga da baba - Temperatura da água - Formação do fio Torta, influência do seu comprimento e ângulo, velocidade das aspas - Secagem do fio - Formação e peso das meadas.
4 - Resíduos:
Sua preparação.

APICULTURA
Diretrizes Gerais

 As aulas de Apicultura deverão obedecer rigorosamente ao sistema da mais completa objetivação. Mesmo as aulas que, como a parte de anatomia e fisiologia da abelha, parecem ser teóricas, deverão ser objetivadas pelo microscópio simples, possibilitando ao aluno a melhor compreensão do funcionamento dos diversos órgãos e suas finalidades ligadas à prática apicola, tal como e da língua, coletor por excelência, e cuja aula deverá ser encadeada ao item .VII do programa: "Valor da abelha na fecundação das flores e na produção agrícola."
As demais aulas práticas deverão ser dadas no próprio colmeal, precedidas da preleção teórica sobre O tema a ser desenvolvido, permitindo, assim, um melhor aproveitamento prático. Convem que os alunos sejam subdivididos em turmas de 10 no máximo, pois um numero elevado de pessoas no colmeal provoca agitação nas abelhas, dificultando as manipulações que deverão ser praticadas pelos alunos com a assistência do professor.
O professor deverá estimular o raciocínio dos alunos para a elucidação de certos casos que apareçam na , prática, desenvolvendo-lhes o gosto pela observação e pelo estudo, apaixonando-os. portanto, pela profissão, o que será obtido com facilidade.

PROGRAMA
1 - Generalidades sobre a criação e vida das abelhas.
2 - Noções sobre anatomia e fisiologia da abelha.
3 - Instalação do colmeal; requisitos a observar.
4 - Utensilios apícolas. Colmeias moveis, vários tipos; construções e empregos. Vantagens da uniformização do tipo americano.
5 - Modo de tratar as abelhas.
6 - Evolução e desenvolvimento de enxames.
7 - Valor da abelha na fecundação das flores e na produção agrícola. Plantas melíferas.
8 - Apiários ao ar livre e em pavilhões, vantagens e inconvenientes. Apiários anexos, Apicultura nômade quando e como processá-la.
9 - Raças de abelhas exóticas e nacionais aconselhaveis.
10 - Compra e transporte de enxame e colmeias.
11 - Operações apícolas próprias a cada estação.
12 - Alimentação artificial, quando e como administrá-la.
13 - Reuniões e divisões dos enxames.Pilhagem suas causas e como evitá-la.
14 - Enxameagem natural e artificial - vantagens e inconvenientes.
15 - Nectar, polen, própolis e água. Colheita e importância.
16 - Criação natural e artificial de rainhas. Vantagens. Formação de ninhos. Introdução de rainhas.
17 - O mel - sua composição - qualidades - extração, conservação e apresentação no mercado.
18 - A cera - sua elaboração, qualidades, cor. Como se funde a cera. Adulterações. Fabrico de favos, artificiais e sua conservação.
19 - Inimigos e doenças das abelhas, como evitálas.
20 - Exposições. Associações apícolas. Ccntabilidade e fichário apícola.
21 - Comércio de produtos e subprodutos, Propaganda. Legislação apicola.

PISCICULTURA E CRIAÇÕES AFINS
Diretrizes Gerais

Visa o presente programa, nas suas partes geral e especial, reunir, de forma suscinta, os vários itens que, devidamente explanados, deverão constituir a matéria a ser lecionada e aprendida pelos alunos dos cursos das Escolas Práticas de Agricultura no que se refere ao seu conteudo.
Obedecendo ao espirito geral do ensino e dos cursos das escolas em questão, o aprendizado será de natureza essencialmente objetiva, devendo cada conhecimento novo corresponder a uma ou mais necessidades práticas.
Enquanto a parte especial se reflete diretamente no curso prático, constituindo seu fundamento, a geral mais autônoma, visa dar ao aluno a cultura indispensavel, necessária ao perfeito entendimento dos demais assuntos.
Esta última parte, de carater sempre prático-teórico, deverá ser constituida de uma série de aulas distribuidas por todo o período letivo. Serão definidos os objetivos da matéria (ponto 2) e caracterizadas para a bôa compreensão: a pesca, como exploração extensiva do produto natural que, em pescado, nos fornecem os rios, lagos ou mares; a aquicultura como a exploração racional extensiva ou intensiva, de todas as águas, mediante a criação de animais que nela habitualmente vivem; e a piscicultura como um ramo desta última, o mais importante, que visa a criação de peixes para repovoamento dos ambientes naturais ou para a exploração comercial direta. Deverá ser narrado o histórico do desenvolvimento dessa atividade no Brasil, bem como comentados seus meios e finalidades. No decorrer do curso, sempre apoiado em exemplos práticos, deverá o professor mostrar a importância das medidas de proteção (ponto 1). Esta Importância é dada quer pelo valor comercial e industrial de muitas espécies, quer por seu interesse como objeto de caça ou pesca esportiva, ou como reservas da natureza. Todas as espécies procuradas pelo homem e que tendem ao extermínio devem, portanto ser protegidas e criadas as que maiores vantagens apresentem.
Finalmente, deverão ser ministradas aos alunos noções gerais, simples e objetivas, de morfologia e fisiologia dos vertebrados, expurgadas da nomenclatura científica.
O ensino da parte especial, com fundamento na prá9 tica, devei á ser ministrado durante todo o período letivo, de forma exclusivamente objetiva, de maneira a terem os - alunos uma idéia perfeita de como se reproduzem, se alimentam e vivem os vários animais em questão, bem como quais os meios mais práticos de sua criação e aproveitamento. Tudo isto dependerá exclusivamente da parte essencialmente prática de construção, manutenção dos vários tanques para criação de peixes e das instalações para ranário e nutriário.

PROGRAMA
I - Parte geral
1 - Importância prática das medidas de proteção da fauna e da flora e da criação de animais silvestres e aquáticos; critérios adotados com relação aos estabelecimentos a dessas medidas e à escolha das espécies indicadas para - criação.
2 - Piscicultura, pesca e aquicultura; definição, hiss tórico, meios e finalidades. Importância do repovoamento das águas.
3 - Morfologia geral externa e interna dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos aquáticos.
4 - Noções de fisiologia dos principais aparelhos: digestivo, respiratório, circulatório, excretor, locomotor e reprodutor.
5 - Estudo sucinto das condições fundamentais do meio aquático e fatores favoráveis ou desiavoraveis à vida dos peixes.

II - Par te especial
a) - Piscicultura:
1 - Espécies nacionais indicadas para criação: tucuis naré, apaiarí, pirarucu, pescadas de água doe-e; peixe-rei, corimbatá; dourado, piracanjuva, pia vas, pacu, mandi, etc Desvantagens da criação de espécies exóticas; carpa, trua ta, salmão, "bass", etc. Criação de peixes ornamentais.
2 - Alimentação dos peixes; principais tipos. Concorlêucia vital. Crescimento. Doenças dos peixes.
3 - Escolha dos reprodutores; característicos sexuais externos; transporte, meios e cuidados.
4 - Principais tipos de reprodução entre os peixe5!; desova e fecundação natural e artificial; desova forçada.
5 - Tanques para evolução de ovos; cuidados a serem - tomados durante a incubação.
6 - Larvas e alevínos; tanques; cuidados para sua criação; alimentação; inimigos naturais; crescimento;   transporte.
7 - Tanques para engorda de peixes adultos.
b) - Ranicultura:
1 - Rãs nacionais e estrangeiras; sua reprodução e alimentação. 2 - Cuidados especiais dispensados aos girinos: tanques de criação.
c) - Nutricultura
1 - A nuúria; seus modos de vida: criação natural e em cativeiro.
2 - Alimentação e reprodução: ambientes de criação:
d) - Criações afins:
1 - Meios práticos de criação de camarões, minhocas, lavras de moscas e plancton; ambientes apropriados.

DEFESA SANITÁRIA ANIMAL E NOÇÕES DE VETERINÁRIA - DIRETRIZES GERAIS

O programa será desenvolvido a medida das oportunidades. Os assuntos que não possam ser tratadas praticamente, serão ventilados em palestras informais, sem o aspecto de aulas, em que instrutor procurara fazer que os alunos concorram com fatos e observações de sua própria experiência, que ele tomará como ponto de partida para proveitosas explicações.
Os assuntos discriminados na parte especial serão tratados pelo professor veterinário quando da prática das diversas criações a que se referem; para esse fim deverá o professor veterinário articular-se intimamente com o professor de zootecnia.

PROGRAMA
Parte Geral

1 - Pratica da conteção de animais.
2 - Prática da aplicação de medicamentos por via oral: beberagens, bolos, electuários.
3 - Prática de injeções e curativos. Tratamento de feridas e ferimentos.
4 - Prática da administração de purgativos.
5 - Limpeza das pastagens e aproveitamento da água em bebedouros higiênicos (eliminação de brejos).
6 - Cuidado com o animal doente. Isolamento. Cuidados por ocasião da introdução de animais vindos de fora.
7 - Cuidado com animais mortos. Colheita de material para exame (canela). Enterramento e cremação.
8 - Como se evitam carrapatos, piolhos, sarnas bernes e bicheiras. Tratamento das bicheiras.
9 - Os males causados pelos vermes. Colheita e remessa de material para exame.
10 - Combate às moscas.
11 - Maneiras higiênicas de arraçoar.
12 - Cuidados com os animais picados de cobras.
13 - Conhecimento prático das principais plantas tóxicas ou nocivas para o gado. 14 - Uso do termômetro.
15 - Prática da esterilização de ferros utilizados em operações simples (emasculadores aparelhos para argolamento, canivetes, etc).
16 - Uso racional de remédios e drogas - Acautelamento do criador contra exploração mercantil e o uso de panacéias; denúncia de exploradores e vendedores mescrupulosos aos órgãos de fiscalização.
17 - Instruções sobre as práticas erradas, comuns no campo, que devem ser evitadas: travagem, ferro quente para curar a cara Inchada, sangria indiscriminada, etc.

Parte especial

BOIS

1 - O perigo de soltar em pastos sujos gado fino, ou estabulado (carrapatos, tristeza).
2 - Cuidados especiais com o umbigo dos bezerros. Cuidados para evitar o curso branco.
3 - Aftosa - curativos do casco, lavagem da boca.
4 - Tratamento das frieiras.
5 - Cuidados com o ubre. As mamites - Instruir os alunos sobre o dever de evitar o consumo de leite de animais com mamites.
6 - Vacinação do bezerro contra o carbúnculo sinto mático (manqueira).
7 - Vacinação contra o carbúnculo hemático
8 - Meteorismo; como se reconhece e trata.
9 - Noções rudimentares sobre tuberculose, aborto. raiva, peste de coçar, língua de madeira; como o criador se deve comportar diante de casos suspeitos e como proceder para evitar essas doenças.

CAVALOS E BURROS

1 - As doenças que, o criador costuma chamar de "mormo" (osteofibrose e garrotilho) e o verdadeiro mormo. Como se evitam e tratam.
2 - Vacinação contra o tétano. Tratamento da doença.
3 - Conduta do criador diante de casos suspeitos de raiva e de encefalomielite.
4 - Como se evita e trata a esponja.
5 - Conduta do criador diante de casos de cólicas.
6 - Conduta do criador diante de casos de $|prto.
7 - Causas comuns de manqueiras e tratamentos simples.
8 - Cuidados com o pé e arte de ferrar.
9 - Cuidados durante e após a castração.

CARNEIROS E CABRAS

Noções sobre as doenças mais comuns (verminoses, sarnas, moléstias das vias respiratórias).

PORCOS
1 - Cuidado com a porca na ocasião do parto. Ma ternidade.
2 - Maneira de evitar as doenças dos leitões,
3 - Maneira de evitar a sarna e o bicho de pé.
4 - Como se faz um chiqueiro higiênico.
5 - Necessidade de evitar as verminoses e maneiras de o conseguir (vermes do porco e do homem) - Cis ticercose.
6 - Noções rudimentares sobre tuberculose, peste porcina, aftosa, raquitismo. Como se evitam essas doen ças.

CÃES E GATOS

A raiva e as verminoses que esses animais podem transmitir ao homem e a outros animais - Necessidade de evitar a promiscuidade de cães e gatos com a criação.

DOENÇAS DE COELHOS

Sarnas, coccidiose, mixoma; como se evitam Conduta em caso de doença.

DOENÇA DE AVES

1 - Bouba - vacinação.
2 - Cólera, tifo, espiroquetose - Colheita de material para exame. Conduta diante de casos dessas doenças.
3 - Pulorose: exame de reprodutores para elimina ção da doença,
4 - Coccidiose e verminoses: medidas de prevenção.

EDUCAÇÃO SANITÁRIA
Diretrizes Gerais
 

A grande maioria dos ensinamentos terá de ser ministrada em palestras. Estas deverão ser muito simples na linguagem e dadas em local adequado, isto é, numa sala museu onde os aprendizes encontrem cartazes e modelos planejados e arrumados de modo a servir a determinados centros de interesse relativos à saude. Desejavel será tambem que a sala disponha de estampas que reproduzem cenas de atividades interessantes correlatas com os assuntos ensinados: assim, por exemplo, uma boa gravura do pequeno Joseph Meister em luta com os cães raivosos, servirá para fixar a atenção em torno da raiva e terá ainda o valor de uma lição moral. Nesse museu deverá ainda existir coleção de animais nocivos e parasitas, para a qual os alunos contribuirão ativamente, e de produtos e dispositivos (soros, caixas, laços) para tratamento de acidentados e captura de animais.
O professor estimulará a confecção, por parte dos alunos, de desenhos simples sobre assuntos de educação sanitária, como por exemplo: o ciclo da solitária representado pelo homem e pelo porco; a luta contra a opilação representada pela bota e pela fossa, etc.
Sendo a escola frequentada por alunos de idades muito diferentes, adultos e adolescentes, alguns dos assuntos (por exemplo os que se referem a doenças venéreas) terão de ser, naturalmente, explanados separadamente para uns e outros e, além disso, graduados de acordo com o desenvolvimento espiritual dos alunos.

PROGRAMA

1 - Asseio corporal - Banho, sabão; cuidado com os dentes e a boca, o rosto, o ouvido, os olhos, o nariz, as mãos, os pés ,os cabelos, a pele. O perigo das cáries dentárias. Doenças que podemos espalhar com as mãos sujas.
2 - Higiene da habitação - Ventilação e insolação: orientação (comparar com o que se viu no galinheiro) Iluminação natural e artificial. A água para uso doméstico: como obtê-la e conservá-la; água para uso domésque podem ser propagadas pela água. As águas servidas e os excrementos; privadas; doenças transmitidas pelos excrementos (infecções intestinais, verminoses).
3 - Higiene do vestuário - Escolha do vestuário adequando. Utilidade do calçado (defesa contra picadas e mordeduras; a opilação).
4 - Alimentação - Para que se come e o que se deve comer. Constituição de cardápios racionais, em que entrem produtos da região; valor do leite, dos ovos e das verduras; interesse da horta para abastecimento do lar em verduras frescas. Cuidados com os alimentos e com a saude dos animais que os produzem, doenças que os alimentos, especialmente a carne, o leite, a água e as verduras, podem veicular quando impuros e contaminados.
5 - Parasitas externos - A mosca, os mosquitos, as pulgas, o bicho de pé, os percevejos e os carrapatos. Os males que podem causar. Como combatê-los e evita-los.
6 - Os vermes - Principais tipos (demonstração); males que podem causar. Como é que se contraem os vermes. Como evitá-los. Cuidado com os "lombriqueiros". A opilação.
7 - Cobras e outros animais venenosos - Distinção entre cobras venenosas e não venenosas. Reconhecimento dos principais tipos de cobras venenosas, visando a aplicação dos soros específicos. Aranhas e escorpiões Como socorrer as pessoas picadas por cobras e outros animais venenosos; uso dos soros. Erros que devem ser evitados; conseqüencias funestas das práticas que retardem a aplicação do tratamento específico.
8 - Acidentes causados por animais raivosos - O perigo dos animais "loucos". A raiva. Socorro que se deve prestar às pessoas mordidas ou que hajam tido contato com animais que depois se revelaram raivosos; tratamento antirrábico. Que fazer com o animal mordedor e com os animais que com ele tiveram contato.
9 - Noções sobre as principais doenças e seu combate - A vacinação antivariólica. A maleita. A sífilis e outras doenças venéreas. A leishmaniose e as "feridas bravas". O tracoma. O cancer: cuidado com as feridas rebeldes, pequenos tumores, etc. O perigo dos curandeiros e a vantagem de procurar os centros de saude.
10 - O alcool e o fumo - Inconvenientes de seu uso. Higiene dos fumantes.
11 - Noções de enfermagem e socorros de urgência Prática de curativos simples; uso de desinfetantes. Uso do termómetro. Prática da administração e aplicação de remédios (via oral, instilações, injeções). Remédios de preparo caseiro. Socorros de urgência (quedas, ferimentos insolações, afogamentos): o que se deve e o que não se deve fazer em tais casos; combate às práticas erradas em Uso entre pessoas de boa vontade ,porém ignorantes.
12 - Noções de higiene infantil - Combate aos erros mais frequentes cometidos pelos pais em relação à saude dos filhos.

ARTES INDUSTRIAIS RURAIS
Diretrizes Gerais

1 - O ensino de Artes Industriais Rurais não visa proporcionar a especialização dos educandos em trabalhos propriamente industriais; sua finalidade é apenas a de habilitar os alunos para a confecção de objetos e cousas de Imediata aplicação no meio rural.
2 - A execução dos programas não obedecerá à ordem rígida de sua enumeração, desenvolvendo-se entretanto progressivamente e de acordo com a capacidade de assimilação dos alunos.
3 - Sempre que possível, os educandos devem receber habilitação orientando-os para a realização dos trabalhos sem o recurso a máquinas e instrumentos dificilmente encontrados na zona rural: com aparelhamento simples, de uso corrente nos campos, devem confeccionar trabalhos simples, de construção rústica, perfeitamente adequados ao meio.

FERRARIA
Diretrizes
1 - Ligeiras noções de tecnologia do ferramental empregado, seus usos, afiação e conservação;
2 - Conhecimento prático de diferentes bitolas de ferro e chapas. Seus fins e aplicação;
3 - Propriedades dos combustíveis, especialidade, vantagem e economia;
4 - Vigilância cuidadosa para obter do aprendiz posição correta durante o trabalho.

PROGRAMA

Trabalhos práticos:
1.° ano:
1 - Pequenos exercícios de puxar a quente, dobrar, cortar, arrendodar, puxar quadrado, encalcar, curvar, alisar, e caldear;
2 - Construção de pequenas ferramentas de forja, tais como talhadeiras, punção, martelo; corta-frio, tenazes, etc.
3 - Conhecimento de têmperas;
4 - Exercício de soldar em forjas, maçaricos, ferros de soldar e elétricos (tomadas e ligações).
2.° ano:
1 - Forjamento de peças diversas de aplicação em veículos agrícolas, em porteiras, ferramentas agrícolas e construções rurais, tais como: parafusos, porcas, argolas para rédeas, ferrolhos, dobradiças de diversos tipos, argola para barrigueira de carroça, cabeção com argola, ganchos de fuero para descanço e para varal de carroças, ferraduras, corrente para retranca, correntes de arame, trinco para porta, braçadeira para carrocinha, borboletas para caixilho, fechos para cadeados, rastelo, ferro para coalheira, armação para comedouros de pintos e galinhas, podão, afogador para jardim, etc.

CARPINTARIA
Diretrizes
1 - Breve exposição tecnológica sobre as principais máquinas e ferramentas de emprego corrente no ramo e seu uso;
2 - Manipulação e afiação de ferramentas. Cuidados a dispensar às mesmas;
3 - Conhecimento prático das madeiras de emprego usual e suas principais propriedades;
4 - Posição correta no trabalho.
PROGRAMA

Trabalhos práticos:
1.° ano:
1 - Exercícios de aplainar, serrar, aparelhar, encaixes, espigas e malhetes;
2 - Confecção de objetos simples, de uso na habitação rural, tais como: bancos, mesas, armários, estantes, cabides, etc.
2.° ano:
1 - Construção de carrocinhas de mão, raios de rodas, cercados, cancelas, bebedouros, cochos, comedouros, caixas para apicultura, cunicultura, embalagem, etc. Cangas e tiradeiras para carro. Caixas e laços para captura de cobras.

SELARIA E TRANÇAGEM
Diretrizes
1 - Noções de tecnologia sobre as principais ferramentas e o material de emprego corrente no ramo e seu uso;
2 - Manipulação e afiação de ferramentas. Cuidados que devem ser dispensados às mesmas.

PROGRAMA
Trabalhos práticos:
1.° ano:
Preparo de couros para os trabalhos,
1 - Costuras de retalhos simples;
2 - Costura de dobrados;
3 - Costura de tiras com passadores;
4 - Costura de pequenos trabalhos, tais como tapas simples e dobrados, rédeas de sola, cabeçadas de sola, peitoral simples e dobrado, etc.;
5 - Trança de quatro e mais tentos;
6 - Remate de trança;
7 - Charruas de linha;
8 - Costura com tentos;
9 - Confecção de cabos de relho, chicotes grosseiros, cabeçadas de couro crú, rédeas de couro crú, patronas, baianas, etc.
2.° ano:
1 - Cabeçada de couro crú trançado, cabeçadas de fios trançados, rédeas trançadas de fios e de couro crú, cabrestos torcidos e trançados, peitoral de couro crú, rédeas de couro crú para carrinhos e carroças, etc.
2 - Trabalhos de crina e de lã;
3 - Consertos de arreios;
4 - Confecção de cordas;
5 - Calçados rusticos, canos de bota e perneiras.

CONSTRUÇÕES RURAIS RÚSTICAS
Diretrizes Gerais
 

1 - Na parte de Construções Rurais Rústicas, o desenvolvimento do programa visará exclusivamente habilitar os educandos, graças aos conhecimentos adquiridos nas demais secções de Artes Industriais Rurais, a execução de trabalhos simples de Construção, de corrnete aplicação nos campos.
2 - Os trabalhos práticos devem ser orientados de maneira que os educandos fiquem habilitados a executar as construções e outros trabalhos sem recorrer a instalações especiais, aproveitando tanto quanto possível apenas os recursos naturais que a zona rural oferece.
3 - De acordo com as características de cada região de cada estabelecimento, o programa de Construções Rurais Rústicas será desenvolvido particularmente naqueles pontos que apresentem maior interesse local. Assim, nas escolas em que a principal atividade for a criação, se dará especial atenção aos trabalhos de construção rural mais necessários a essa modalidade de trabalho rural.
PROGRAMA

1 - Construções de carcas: de arame liso e farpado. Escolha da madeira e tratamentos para a conservação. Mourões, achas, espeques. Comprimento das peças. Alinhamento (traçado de perpendiculares). Sistemas de postes em linha e alternados. Abertura e profundidade das covas. Aprumo e socamento dos mourões e achas. Esticamento dos arames (esticadores e sua Improvisação), passagem por orifícios ou pregamento. - Cercas de tronqueira, de pau a pique, de costaneira, de tabique e de ripas, de arame enredado, de rede de malhas largas (tipo Page) e de malhas estreitas para aviários e aquários. - Cercas de bambú liso e trançado,
2 - Portões e porteiras: - trancas, taramelas e trinco.
3 - Construções de: fossas sanitárias, celeiros (paióis), depósitos par amáquinas e ferramentas; galinheiro, coelheira, pocilga, abrigos moveis, cabril, aprisco, cocheira, rancho, estábulo, esterqueira, fossa para composto, silos, ripado, girau.
Detalhes sobre tetos; armação de tesouras simples, em madeira roliça ou serrada (asnas, pendural, mãos francesas, tirante), linhas, terças, caibros, ripas, frechais, etc.
Ponto dos cobertos - feitos com palha (sapé, jaraguá, etc.) com bambú, telhas romanas e de Marselha.
Pisos de macieira - baldrames, vigotas; assentamento de estivas, costaneiras, soalhos rústicos e tacos.
Pisos de alvenaria - ladrilhos e concretos. Pisos asfaltados.
4 - Construções de alvenaria - com argamassa em traço simples de: pilares, fornos e fogões domésticos, fornos para carvão.
5 - Confecções de drenos - com canais a céu aberto": drenagem coberta - de faxina, de bambú, de pedra solta.
6 - Captações de água - aduções por bica, encanamentos de bambú e canais atijolados. Fitração.
7 - Irrigações - por infiltração e inundação (diques, etc).
8 - Construções de caminhos e carriadores - abaulamento, desvio das águas, caixas de areia, boeiros de pedra solta.

Artigo 2.º
- Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado de São Paulo, aos 8 de julho de 1942.

FERNANDO COSTA
P. de Lima Corrêa.

Publicado na Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, aos 8 de julho de 1942.
José de Paiva Castro
Diretor Geral