26 DE JUNHO DE 2024

35ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO e CARLOS CEZAR

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão às 18h58min. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas ao PL 389/24.

        

2 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PT/PCdoB/PV.

        

3 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PSOL REDE.

        

4 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Coloca em votação e declara aprovado o PL 390/24, salvo emendas. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas ao PL 390/24.

        

5 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PT/PCdoB/PV.

        

6 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável às emendas apresentadas pela Federação PSOL REDE.

        

7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Coloca em discussão o PL 302/24.

        

8 - MÁRCIA LIA

Discute o PL 302/24.

        

9 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência.

        

10 - GUILHERME CORTEZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

11 - ALEX MADUREIRA

Discute o PL 302/24 (aparteado pelos deputados Carlos Cezar e Lucas Bove).

        

12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

        

13 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - DR. JORGE DO CARMO

Discute o PL 302/24 (aparteado pelo deputado Carlos Giannazi).

        

15 - FABIANA BOLSONARO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

16 - CARLOS GIANNAZI

Discute o PL 302/24 (aparteado pelo deputado Dr. Jorge do Carmo).

        

17 - PAULO FIORILO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - ALEX MADUREIRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - PAULO FIORILO

Solicita a suspensão da sessão por 35 minutos, por acordo de lideranças.

        

20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anota o pedido. Convoca reuniões extraordinárias das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Educação e Cultura, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 15 minutos. Convoca quatro reuniões extraordinárias da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 15 minutos. Convoca duas reuniões conjuntas das comissões de Assuntos Desportivos e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 15 minutos. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Habitação, Desenvolvimento e Reforma Urbana e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Defesa dos Direitos da Mulher e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 15 minutos. Convoca três reuniões conjuntas das comissões de Educação e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 17 minutos. Convoca reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 17 minutos. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a ser realizada hoje, às 20 horas e 17 minutos. Convoca duas reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 17 minutos. Convoca duas reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 17 minutos. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Mulher e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 19 minutos. Convoca duas reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 19 minutos. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento; e de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 20 horas e 19 minutos. Defere o pedido e suspende a sessão às 20h18min, reabrindo-a às 20h59min.

        

21 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 21 horas e dez minutos. Levanta a sessão às 21h.

        

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- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental das Sras. Deputadas e de Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior. Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Item nº 1 - Votação adiada do Projeto de lei nº 389, de 2024, de autoria do Sr. Governador. Votação adiada das emendas com o parecer contrário do congresso de comissões. Em votação. As Srs. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram continuar como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Registro votos favoráveis da Federação PT/PCdoB/PV.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Registrados os votos favoráveis da Federação PT/PCdoB/PV.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para manifestar voto favorável da nossa Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também registro voto favorável da Federação PSOL REDE.

Item nº 2 - Votação adiada do Projeto lei nº 390, de 2024 de autoria do Sr. Governador. Em votação o projeto salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram continuar como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Em votação as emendas com parecer contrário do congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Registro os votos favoráveis da Federação PT/ PCdoB/PV às emendas da Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Paulo Fiorilo, líder da Federação, registra voto favorável às emendas do PT/PCdoB/PV.

Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero manifestar voto favorável da nossa Federação PSOL REDE às emendas apresentadas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Giannazi também registra voto favorável às emendas do PSOL e Rede.

Item 3 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 302, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Para discutir contra, a deputada Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa noite a todos os colegas, boa noite aos servidores da Casa. Sr. Presidente, o que nos traz aqui é o debate do Projeto de lei da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, o PL 302, de 2024.

Nós, com certeza, votaremos contrariamente a esse projeto de lei, porque, não obstante as nossas tentativas de chegar a um consenso em relação a algumas mudanças que se fazem necessárias nesse projeto de lei, não conseguimos avançar. Infelizmente, o governo tem muita dificuldade em negociar quando as questões dizem respeito à ampliação de direitos sociais, quando as questões dizem respeito à Educação, quando as questões dizem respeito a programas como o “Bom Prato”, como o “Viva Leite”, programas de valorização dos profissionais da polícia, programas também de valorização para melhorar as condições daqueles que precisam de atendimento da saúde mental.

A gente tem um problema que é muito grave, que é o ataque que está sendo feito por este governo às instituições de ensino e de pesquisa, deputado Jorge do Carmo. Nós temos aqui nesse projeto de lei uma proposta de redução do orçamento das universidades que veio para a Casa com essa proposta.

O governador, diante das manifestações que foram empreendidas pelo conjunto das universidades, recuou, modificou o texto, mas eles têm muita dificuldade de recuar no que diz respeito à desvinculação de 30% dos recursos da Fapesp.

Nós conversamos e conversamos e conversamos e não conseguimos fazer com que o líder do Governo, com que o conjunto dos deputados que apoiam o governo e que participaram das tratativas concordassem no recuo, na retirada dessa questão dos recursos da Fapesp.

Infelizmente, não obstante nós tenhamos empreendido todos os nossos esforços, deputada Monica, o governo é um governo que realmente mostra que não tem compromisso com pesquisa, com ensino. Se tivesse, não estaria colocando 33 unidades educacionais para que sejam privatizadas. E a gente discorda terminantemente da forma como a Educação vem sendo conduzida no estado de São Paulo.

Também ficou de fora temas sensíveis a nós todos, como a questão da Polícia Judiciária, a questão da Polícia Científica, a questão da mulher, da Saúde e da empregabilidade das nossas mulheres.

Quando diz respeito às mulheres o governador corta. Eu não sei ainda, não entendi por que ele criou uma secretaria, Monica, das mulheres, se o que a gente percebe, o que a gente vê é o corte constante nos programas que dizem respeito a nós, mulheres.

Aliás, a gente tem um debate que já vem sendo travado nesta Casa por nós, mulheres, sobre a questão de as delegacias de defesa das mulheres funcionarem presencialmente 24 horas. Por quê?

Vamos lá, uma mulher que sofre violência, que mora em um lugar distante e que não tem acesso à internet, como ela faz um boletim de ocorrência, como ela é atendida pela internet, que é a proposta que o governo tem tentado materializar, se ela não tem acesso à internet, se ela não tem como fazer a sua reclamação? A gente sabe das dificuldades que nós, mulheres, estamos vivenciando com esse governo.

Também foram retirados recursos, não há indicação de programas tão importantes como as oficinas culturais, o Conservatório de Tatuí vem sendo ano a ano, LDO pós LDO, Lei Orçamentária pós Lei Orçamentária, destruído, vem sendo retirada a capacidade de continuidade do Conservatório de Tatuí. Também há indicação de que o projeto “Guri” sofre as consequências.

A saúde do sistema prisional não se fala. A Rede Lucy Montoro, não obstante eu ter participado da reunião da Comissão de Saúde há dois dias, deputado Barba, e o nosso secretário de Estado de Saúde, Dr. Eleuses Paiva, tenha dito que ele pretende implementar mais redes, mais hospitais da Rede Lucy Montoro, o que a gente vê aqui na LDO, nas diretrizes, nas metas e nas prioridades é que a Rede de Reabilitação Lucy Montoro não tem, para esse governo, importância.

A questão da Vigilância Sanitária, não obstante a gente esteja vivendo um momento em que o estado de São Paulo está perdendo vidas por conta da dengue, também não há priorização da Vigilância Sanitária, da acessibilidade nas escolas, transporte, merenda escolar.

São várias as questões também em relação à Defesa Civil. O que a gente percebe é que há uma falta de comprometimento social desse governo e há um contraste visível entre essas diretrizes sociais e as metas fiscais que estão previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

As metas fiscais definidas devem resultar em um superavit, deputado Barba, de 15 bilhões em 2025, um valor 300% acima do resultado de 2024. Contudo, há uma grande redução nos investimentos e aumento das receitas.

Ao mesmo tempo em que não se permite definir grandes prioridades nas despesas do Estado, o governador prevê um aumento da renúncia de receitas tributárias de 63 bilhões neste ano para 71,5 bilhões em 2025.

Portanto, haverá uma renúncia de receitas, Dr. Jorge, de 12%, renúncia de receita essa que vai impactar na Educação, que vai impactar na Saúde, que vai impactar em programas importantes, como o “Viva Leite”, como os restaurantes “Bom Prato”, como programas sociais que são fundamentais para aqueles que ainda vivem em vulnerabilidade social.

Então a gente percebe que não há priorização dos programas sociais por esse governo.

Em 2024, as ações prioritárias do desenvolvimento social foram da ordem de 63 milhões, ficam de fora esse ano, como eu já disse, o “Bom Prato”, fica de fora o “Viva Leite”, fica de fora também os municípios... A melhoria nas condições de investimentos para os municípios na área da Assistência Social e, também, fica de fora a melhoria nas condições de vida da população mais vulnerável.

E a gente percebe que não há de fato compromisso. Enquanto o governo federal se preocupa em fazer com que os alimentos a cada dia sejam mais baratos, cheguem de fato ao prato daquele trabalhador e daquela família que está em situação de vulnerabilidade, o que a gente percebe aqui é exatamente o inverso do que a gente percebe no governo federal.

Quando a gente fala da Defesa Civil, não obstante, deputado, a gente sabe que nós estamos tendo emergências climáticas muito sérias. Olha o que aconteceu lá no Rio Grande do Sul e há previsão de que a gente continue tendo dificuldades por conta do que a gente está fazendo com nosso meio ambiente.

Mas, não obstante isso, as ações orçamentárias ligadas à assistência humanitária, à preparação para o desastre e à percepção sobre o risco de emergência estão fora das prioridades desse governo para o ano de 2025, já que essa Lei de Diretrizes Orçamentárias é para o próximo ano.

Quando a gente fala em parcerias e investimentos também observamos que ficaram fora obras fundamentais importantíssimas, como, o trem intercidades e a Nova Tamoios. A Nova Tamoios, também, não vai seguir avançando, porque nas diretrizes do governo, quando se fala em investimentos, ela está fora da perspectiva de que seja uma diretriz importante para o governo.

Então nós estamos vivenciando é uma Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tira muitas prioridades da Educação, que tira muitas prioridades da Assistência Social, da Defesa Civil, da questão ambiental e também da Saúde, quando a gente olha a Rede Lucy Montoro, tão importante para as pessoas que têm e que vivem em processos de deficiência.

Também está de fora, na área da Educação, a acessibilidade física das escolas, não se pensa... E aí eu quero fazer um parênteses, porque o governador, na discussão da PEC nº 9, quer tirar recursos da Educação, dizendo que a Educação tem recursos demais, que a Educação não precisa mais de recursos. Só que o que a gente vê são escolas caindo aos pedaços.

Eu recebi essa semana um vídeo de uma escola da cidade de Tietê, uma escola estadual que está com o seu local onde os alunos fazem as suas aulas de atividade física, de ginástica, enfim, caindo aos pedaços, literalmente o telhado desabou. A escola quando chove, chove mais dentro do que fora, não há priorização na compra de equipamentos para que os alunos possam fazer os exercícios.

E aí a gente fica perguntando... Uns perguntam para os outros: onde que tem recurso a mais? Eu acho que o que falta é gestão, Guilherme, o que falta é verificar para onde é que efetivamente as diretrizes do governo têm que direcionar o seu foco, porque a Educação precisa de muita estrutura, de muitas reformas nas unidades escolares, precisa de professores mais motivados.

E a gente sabe das dificuldades que nós temos. Olha só: quando a gente também pensa na política de prevenção ao uso de drogas, como tabaco e outras tantas, também esse governo, na questão da Saúde, deixa essas diretrizes fora do contexto das prioridades.

Na Cultura, também, nós temos muitas dificuldades. Estão de fora também ações como a produção e transmissão de rádios, TVs e novas mídias, tais como os gastos com a Fundação Padre Anchieta - TV Cultura; as oficinas culturais - eu já falei do Conservatório de Tatuí, do Projeto “Guri”; e o custeio das “Fábricas de Cultura” já existentes e das bibliotecas estaduais.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.

 

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Então, é um desmonte da gestão de várias secretarias tão importantes que a gente tem no Estado. E a gente só pode lamentar. E por isso é que nós, da bancada do Partido dos Trabalhadores, estamos nos colocando contrariamente ao Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias. Com certeza, a nossa bancada vai votar contrariamente a esse projeto.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Obrigado, deputada Márcia Lia.

Para discutir a favor, convido, pra fazer uso da tribuna, o deputado Alex Madureira.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente. Para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem, pela ordem, o deputado Guilherme Cortez, enquanto o deputado orador se dirige à tribuna.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO -Obrigado, presidente. Enquanto nós estamos aqui discutindo um projeto tão importante, a população da Bolívia enfrenta uma tentativa de golpe de Estado. Nas veias abertas da América Latina, os governos estão sempre sujeitos a uma quartelada, a um levante militar.

E lamentavelmente as imagens que chegam da Bolívia são desse tipo - um golpe de estado tradicional, clássico, daqueles que a gente achava que só ia ver de novo nos livros de história. Mas os soldados do Exército tentando entrar dentro do palácio presidencial com carro blindado para destituir o presidente Luis Arce.

Infelizmente, essa não é a primeira tentativa de sublevação antidemocrática na Bolívia, que já sofreu com um golpe de estado em 2019, que destituiu então o presidente Evo Morales. E agora, mais uma vez, de forma lamentável, as forças militares da Bolívia tentam retirar um presidente legitimamente eleito do poder, para instaurar uma ditadura.

Lamentavelmente, isso é comum no nosso continente, na América Latina; isso tem a ver com os interesses internacionais pelo lítio da Bolívia, mas também por uma ideologia muito nefasta que a gente tem no nosso continente, inclusive aqui no Brasil, que trata as Forças Armadas como eterno poder moderador, que pode, a qualquer momento, quando discordar do governo, puxar o tapete, destituir um governo democraticamente eleito.

As notícias que chegam são de que essa tentativa de golpe está sendo derrotada, justamente pela mobilização internacional e da população, das forças democráticas da Bolívia. E não podia deixar de vir aqui me solidarizar com o povo da Bolívia.

E fazer um apelo, zelar pela democracia, para que essa tentativa de golpe, de destituição antidemocrática de um governo não prevaleça, mas que a democracia, na Bolívia, assim como em todo o nosso continente, seja mais forte.

Todos nós que somos democratas, que estamos ocupando cargos públicos, precisamos repudiar veementemente qualquer alternativa antidemocrática em 2024.

Então, só queria deixar registrada a nossa solidariedade com o povo da Bolívia diante dessa tentativa de instaurar uma ditadura.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está registrado. Tem a palavra o deputado Alex Madureira.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, caros colegas deputados e deputadas, povo de São Paulo que nos assiste através da Rede Alesp.

Nós estamos discutindo um projeto importantíssimo aqui, que é o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Eu me assusto quando eu vejo a lista de oradores inscritos, deputado Barba, porque depois de a gente já votar o relatório na Comissão de Finanças, onde ali existia a possibilidade de incorporar as emendas que são possíveis ao relatório apresentado pelo nobre deputado Barros Munhoz... Deixe-me achar o Barros aqui, que eu quero olhar para ele quando for falar.

Deputado Barros Munhoz, que habilmente preparou um relatório que desde ontem está sendo discutido na Comissão de Finanças. E como relator da LDO, que eu fui por duas vezes já nos dois mandatos nos quais estou aqui na Assembleia, com muita honra, com muito orgulho, eu vi no deputado Barros um deputado que tem uma facilidade de diálogo. E não vi ali na Comissão de Finanças.

E acho estranho agora estar ouvindo aqui no plenário, uma discussão tão contrária ao que o governo propôs para o balizamento dos gastos públicos para o ano que vem.

É óbvio que muita coisa que foi apresentada à LDO, como emendas, elas nem cabem na LDO, mas cabem no Orçamento do Estado. Mas quando eu olho a habilidade do deputado Barros em recepcionar a maioria das emendas que foram recepcionadas, foram do Partido dos Trabalhadores, que mais apresentou emendas também. Isso, a gente tem que deixar muito claro aqui.

Então eu acho que o discurso contrário e o número de inscritos para falar contrariamente a um projeto, como esse, ele se torna preocupante. Porque, obviamente, se teve a maioria das suas emendas incorporadas ao projeto, nós entendemos que estão sendo atendidos de alguma forma.

O deputado Marcolino fez questão de colocar ali que estava sendo incorporada em forma de subemendas, mas essa é a forma que se usa, tanto na LDO quanto no Orçamento do Estado, para incorporar as emendas. Isso é de praxe aqui dessa Casa, já há muitos anos. Não é de hoje que isso é feito. Mas é a forma possível de se incorporar ao projeto, de melhorar o projeto.

Muita gente falando da Fapesp, mas ninguém está falando da transparência que o governo está propondo através do novo texto que está sendo incorporado à LDO. A qualquer uso, qualquer possível uso, de qualquer recurso desvinculado da Fapesp, vai ter que ser informado no Orçamento do Estado.

Nós vamos ter transparência. O governo está propondo cada vez mais transparência à população de São Paulo. É uma forma de nós sabermos onde o nosso recurso público está sendo utilizado.

Não obstante a isso, deixar muito clara uma fala que eu já disse inclusive ao deputado Paulo Fiorilo. Estou citando vários deputados aqui porque já disse isso a eles, não estou dizendo em público aqui. Vocês querem mudar o Orçamento do Estado, querem mudar a Lei Diretrizes Orçamentárias?

É fácil, é fácil! É só ganhar a eleição! Ganha eleição ao governo de São Paulo, apresenta o seu Orçamento, a sua Lei de Diretrizes Orçamentárias. E aí sim, você defende aquilo que você acredita. Agora, nós não podemos criticar um governo que foi eleito e tem as suas diretrizes orçamentárias em cima do seu plano de governo.

Sr. Presidente. Presidente, mas só esperar então o povo parar de brigar aí. Estava tendo uma confusão aqui, mas já foi a palavra. É só ficar em silêncio que já para.

Retomando meu raciocínio. É só ganhar a eleição. Quem ganhou a eleição foi o governador Tarcísio. Então é o governador Tarcísio, a sua equipe que apresenta o plano de governo dele, a ser executado através da LDO, através do Orçamento do Estado. Não obstante a isso, essa Casa de leis tem a prerrogativa de colocar um relator para discutir o projeto, e de fazer o que o deputado Barros Munhoz fez: ouvir as bancadas.

Desde ontem está sendo discutido. Algumas mudanças foram incorporadas. Agora, vir aqui e dizer que tem que mudar tudo que está no projeto? É impossível a gente entender isso.

E outros que vierem após mim, eu tenho certeza que vão vir no mesmo sentido. “Por que não está isso no projeto? Por que não está aquilo no projeto? Por que não está aquele outro no projeto?”

É fácil! Daqui a dois anos tem eleição de novo para o governo de São Paulo. Ganha a eleição! Ganha a eleição e aí impõe aquilo que é a ideia de cada um. Nós temos que respeitar o governo que está aí hoje, respeitar o governador Tarcísio, as suas decisões de governo que estão dando certo. São Paulo, ao contrário do Brasil, que sofre hoje com recessão, que sofre hoje com a dívida pública.

São Paulo está voando. É superavit atrás de superavit. Pode olhar os resultados do governo nos primeiros três meses do ano. Foram superavits nos três meses do ano. Não vou falar um número aqui porque eu posso errar, deputado Barros, mas são mais de 12 bilhões de reais de superavit.

Então São Paulo, ele vai na contramão dos erros que vêm acontecendo no governo federal. E falando em erros, eu sei que não é esse o assunto, mas é um assunto que nós precisamos tratar nesta Casa de Leis, deputado Barba. A decisão do STF de ontem, a decisão do STF de hoje. Nós estamos falando de democracia.

O deputado Cortez falou agora sobre democracia, respeitar a democracia. Mas como nós vamos respeitar a democracia onde o Judiciário está legislando, tomando decisões que são do Congresso Nacional?

Discussões sobre aborto, discussão sobre as drogas, se vai criminalizar, se não vai criminalizar, a quantidade que vai criminalizar, isso é discussão da Câmara Federal e do Senado. Isso não é uma discussão para nós termos no Judiciário. Isso é muito perigoso. Porque estão tomando a decisão que seria uma decisão para ser discutida na Casa de Leis.

Nós torcemos pra que isso não aconteça aqui em São Paulo. Que o Judiciário, que respeita aqui em São Paulo o que o Legislativo faz, o que o Executivo faz, e nós respeitamos o que o Judiciário faz. Aqui em São Paulo existe harmonia entre os Poderes. Mas nós não temos visto isso.

 

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- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

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E aí, falando desse assunto, deputado Lucas Bove, muito rapidamente, eu quero dizer que eu propus de ontem para hoje um projeto de lei nesta Casa, que vai proibir, deputado Enio Tatto, vai proibir em qualquer prédio público privado do estado de São Paulo o consumo de maconha.

Aí você vai falar assim para mim: “mas deputado, hoje não é permitido”. Mas no caminho que nós estamos seguindo, primeiro liberou a posse, aí resolveu a quantidade. Daqui a pouco vão dizer assim: “não, pode consumir na rua, pode consumir”.

Então nós vamos seguir uma lei que completa 15 anos aqui em São Paulo, que é a Lei nº 13.541, de 2009, que é a lei criada pelo ex-governador José Serra, que proibiu o consumo de cigarro, charuto, em ambientes coletivos públicos ou privados que sejam totalmente ou parcialmente fechados.

Eu apresentei esse projeto de lei aqui, mas especificamente falando do consumo da maconha. Aí você vai dizer assim: “mas por quê, deputado? Ninguém hoje consome”. Nós estamos indo para esse caminho, infelizmente, e nós temos que nos resguardar cada vez mais, e eu vou pedir aqui o apoio dos meus colegas, os deputados que são preocupados com a família, que são...

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem. Vossa Excelência me concede um aparte?

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Claro.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Quero parabenizar V. Exa. pela feliz iniciativa, uma vez que é de se lamentar que o nosso País comece a querer por instâncias superiores caminhar na contramão daquilo que foi um grande avanço.

Um grande avanço no sentido de que hoje em dia nós não temos pessoas fumando em ambientes fechados, nós não temos pessoas consumindo bebida alcoólica nos estádios de futebol e em tantos lugares.

E agora tenta-se ou se faz, por uma decisão, que o consumo é apenas um ato ilícito administrativo, e não mais crime. Um incentivo para que haja drogas, e alguém disse, todo tipo de drogas. Vossa Excelência está falando da maconha, mas de todo tipo de drogas.

Eu estive recentemente nos Estados Unidos, em uma determinada cidade, e é de se lamentar. Cidade que a gente conseguia andar antigamente, e hoje, ao você andar por aquelas ruas, você só vê jovens fumando maconha, cheirando drogas, usando crack, e agora está se facilitando algo que esse País e a população abomina.

Eu ouvi uma fala feliz do ministro Marcos Nunes, dizendo que as famílias repudiam isso, que não é justo que as famílias sejam obrigadas a conviver, e alguém vai falar que isso não é mais um ato criminal, que o consumo de drogas não é crime, e isso é claro que vai incentivar o uso.

Em países que fizeram isso, o número aumentou, o número de mortes, homicídios, da violência e, mais do que tudo, as famílias estão sendo destruídas. Porque uma vez que a pessoa entra nesse consumo, ela não sai mais, ela começa por uma droga simples e depois isso se avoluma.

O País avançou muito, o consumo de cigarros tem diminuído; aquilo que antigamente, na década de 70, de 80, era moda se fumar, hoje não é mais. Ainda respeitando todas as pessoas, mas isso graças a alguém que lá atrás enfrentou. E alguém dizia, “você está interferindo no direito individual das pessoas”. Não, eu estou cuidando da saúde daquele garçom que está servindo a alguém e que não quer fumar.

Então, eu quero parabenizar a V. Exa., que está conforme a vontade popular apresentando um projeto como esse e pode contar com o meu apoio e com o meu voto no projeto de Vossa Excelência.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Obrigado, deputado Carlos Cezar. É nessa linha que nós pensamos, porque é isso, infelizmente, que nós, esse ponto que infelizmente nós estamos caminhando para chegar.

E eu ouvi de vários parlamentares na Câmara Federal, deputado Rafa Zimbaldi, de dizerem que a maconha é a porta de entrada de todas as outras drogas. A maioria daqueles que consomem drogas como o crack, como a heroína, como cocaína, como drogas consideradas drogas pesadas, eles se iniciaram com o consumo de maconha.

E depois, quando aquilo já não fazia mais efeito, foram para as drogas de mais efeito e assim por diante, acabando com a sua vida, acabando com a vida da sua família, fazendo famílias sofrerem.

Quem aqui nunca viu ou não presenciou algum familiar que tem problemas com drogas vai ver o que as drogas fazem com uma pessoa: tira a pessoa da sua realidade, a pessoa rouba a própria família pra manter o seu vício, e é isso que nós não queremos, nem no estado de São Paulo, nem no nosso País: que as pessoas tenham acesso a esse tipo de droga. Mas infelizmente, infelizmente, nós temos visto isso acontecer hoje no Supremo Tribunal Federal, que está legislando no lugar do nosso Congresso Nacional.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, nobre deputado. O senhor me permite um aparte?

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Por favor.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só para corroborar sua fala e, se o senhor me permitir, fazer uma pequena correção. O senhor disse que não se consomem drogas dentro de prédios, que isso não existe hoje em dia, que as pessoas... Não é nenhuma correção, o senhor disse que as pessoas poderiam dizer que isso não existe hoje em dia.

Não é verdade. Vá no campo da USP aqui em São Paulo, infelizmente - ela, que já foi a melhor universidade da América Latina, hoje em dia já não é mais - vai na USP e ver lá o pessoal fumando maconha deliberadamente dentro dos alojamentos, dos DCEs, enfim. Uma vergonha.

E não é só lá. O pessoal pode negar e tudo mais, mas a gente sabe qual é a realidade. Esse é o problema justamente linkado àquilo que o senhor muito bem colocou no seu discurso que, apesar de ser aí do coração, de não ser nada programado, é muito bem colocado, porque o senhor colocou aqui no início o seguinte: quem quer governar tem que ganhar no voto.

Porque como é que funciona uma democracia, para quem fala tanto em democracia? A maioria elege seus representantes, os representantes vão lá e colocam as suas posições, aprovam e dão andamento.

No caso, tem juiz, que não teve voto, legislando, e aí vai na contramão justamente dos anseios da população, dos anseios da sociedade, porque eu tenho certeza, deputado Alex: se nós formos a Piracicaba, a sua cidade, por exemplo, sem sombra de dúvidas, a grande maioria da população é contra a liberação das drogas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputado Alex Madureira.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Obrigado, deputado Lucas. Só quero agradecer, Sr. Presidente, por essa oportunidade que tive. Hoje, como deputado estadual por São Paulo, apresentar esse projeto de lei que vai ser discutido nesta Casa com o apoio, tenho certeza, da maioria, que não quer ver os seus filhos, não quer ver os seus netos, não quer ver ninguém da sua família, tendo que dividir espaço público com alguém fumando maconha.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Professora Bebel. Antes, porém, gostaria já de passar a palavra ao Dr. Jorge do Carmo, que vai discutir contra.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Dá anuência pra mim? Com a anuência.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos, tendo uma comunicação, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, Sr. Presidente. Eu não entro no mérito do nobre deputado Alex Madureira. Aliás, raramente ele sobe à tribuna e eu acho que foi uma fala tão “já era” pra nós, mas eu acredito que nenhum de nós aqui, deputada Ediane, está sem voto.

Não sei por que esse papo lá “precisa ter voto”. Não, todos nós temos voto e muitos votos. Entendeu? Então esse negócio de voto, não voto, vamos parar com isso!

Esta Casa é uma Casa proporcional e maioria também se constrói. Veja bem, por que nós tivemos tantas conversas hoje? Então um lado não senta com o outro.

Então eu acho muito errada essa visão dessa separação de lá pra cá. Não, entrou aqui dentro, todo mundo com o seu olhar, ele tem na verdade, nós temos, na verdade, compromisso. De um jeito ou de outro todos têm compromisso, não é, deputado Jorge do Carmo?

Então eu fico assim incomodada com esse negócio “ganha eleição, depois...”. Não, aqui nós todos ganhamos eleição. Todos estamos aqui porque fomos eleitos, Sr. Alex Madureira. Ninguém está aqui sem voto.

Então o senhor nos respeite porque o senhor está falando com quem também tem voto aqui. O senhor não está falando com “sem voto”. Agora, para ser Executivo o senhor também vai ter que ganhar lá em Piracicaba, aí o senhor vai também ter que governar pra maioria.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa noite, Sras. Deputadas e Srs. Deputados colegas, assessores aqui presentes. Sr. Presidente, me inscrevi pra falar sobre o PL 302/24, que é a LDO. Antes, porém, quero fazer coro com as palavras da minha querida deputada Professora Bebel e, deputado Carlos Giannazi, eu sei que V. Exa. quer um aparte, mas queria dizer antes assim...

É engraçado, como é que o deputado Alex Madureira vem aqui na tribuna pra dizer que quem ganha eleição tem que ser ditador? É isso? Quem ganhou a eleição pra governador do estado de São Paulo tem que submeter esta Casa aos caprichos e a vontade do Sr. Governador. De onde ele tirou isso? Ele sonhou isso?

Se ele sonhou, isso é um pesadelo. Nós estamos no maior Parlamento da América Latina. Nós estamos no lugar onde todos e todas aqui, como disse muito bem a deputada Professora Bebel, foram legitimamente eleitos. De onde o deputado Alex Madureira tirou que ele impõe a LDO aqui e as deputadas e deputados simplesmente: “sim, Sr. Governador”?

Pare com isso, por favor. Nos poupe de falas infelizes como essa. Nos respeite, como disse a deputada Professora Bebel. Respeite os votos de cada deputado e deputada aqui. Nós estamos num Parlamento. Aqui é pra se “parlar”, é pra se dialogar, senão não teria necessidade, deputado Barba, de ter tantas conversas hoje, tantas suspensões que teve aqui da sessão pra dialogar, pra conversar, pra consensuar.

Então não teria necessidade disso se a gente tivesse simplesmente que homologar tudo o que o governador mandou pra cá. Se ele mandou pra cá a LDO, qualquer projeto de lei, nós temos que discutir pra melhorar, pra aperfeiçoar, pra emendar. É pra isso que serve o Parlamento. De onde o deputado tirou isso?

Então lamentável escutar coisas como essa no final do expediente, mas nós estamos aqui pra discutir e encaminhar e melhorar a LDO que nós achamos que é possível. O senhor quer um aparte?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Um aparte, deputado Jorge do Carmo? Muito obrigado. Só pra registrar aqui a nossa oposição ao que disse o deputado Alex Madureira, que eu respeito muito, e ao deputado Lucas Bove.

Ao deputado Lucas Bove eu vejo uma contradição na fala dele porque ele não fez nenhuma crítica aqui, por exemplo, àquele episódio de 2019 quando o ex-presidente Bolsonaro, o presidente dele, hoje inelegível, considerado um genocida, transportava no seu avião presidencial cocaína.

Então pode transportar cocaína no avião presidencial do ex-presidente Bolsonaro? E ele não falou nada sobre isso. Não vi uma manifestação dele até agora. E o avião é público, é do Poder Público, é pago com o nosso dinheiro.

Em relação ao Supremo Tribunal Federal, deputado Jorge do Carmo, V. Exa. que é um advogado, um jurista, veja bem, não há interferência do Supremo no Legislativo. Na verdade, o Supremo está fazendo julgamento por omissão do Legislativo. A Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional se omitiu em vários temas.

Por exemplo, se não fosse o Supremo Tribunal Federal, hoje a homofobia não seria crime, porque o Congresso se acovardou e não votou o projeto que criminalizava a homofobia e a transfobia, mas o Supremo teve a coragem. E olha que eu não sou um defensor; eu tenho críticas ao Supremo Tribunal Federal em vários aspectos, mas nesse aspecto nós saudamos as decisões do Supremo.

Se não fosse o Supremo, talvez nós estivéssemos todos mortos aqui durante a pandemia, porque foi o Supremo que garantiu que houvesse isolamento social, garantiu que os governadores pudessem colocar em prática políticas públicas de proteção ao povo brasileiro, defendendo a utilização das máscaras, o isolamento, a vacina.

Se não fosse o Supremo, nós não poderíamos nem questionar esse famigerado projeto que foi aprovado aqui, da farsa da escola cívico-militar. Então, eu quero discordar do deputado Alex Madureira em relação a esse aspecto que ele levantou.

Muito obrigado, deputado Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado, deputado professor Carlos Giannazi. Eu quero pedir para o Machado, por favor, por falar em democracia...

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - O senhor me concede um aparte, que eu fui citado aqui, deputado?

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Só um pouquinho, por favor, porque senão todo o meu tempo vai ser gasto com aparte.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Tudo bem.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Está bom? Mas terá oportunidade.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Democraticamente, tudo bem.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado. Democraticamente, é.

Nós estamos discutindo o PL 302, de 2024, que é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que são exatamente as diretrizes para os próximos Orçamentos. Por falar em democracia, pode passar para o próximo slide, por favor.

Por falar em democracia, a gente defende... É claro que defendemos a democracia. Estava até falando com os colegas da minha bancada que são da Comissão de Orçamento e dizendo para eles: “Olha, é muito bonito quando a gente vê que tem audiências públicas para discutir o Orçamento, é muito bonito, é democrático, é lindo”.

Só que existe uma frustração, deputada Professora Bebel, que é assim: as pessoas vão lá, se deslocam, vão até o município, vão até a Câmara, vão até aquele local e, quando chega depois, criam a expectativa de que aquilo que foi apresentado naquela audiência pública vai constar no Orçamento, que tem uma diretriz para isso, mas ledo engano!

Este ano teve um avanço pequeno, é bem verdade, mas pense quando a pessoa vai lá achando que a cidade dele, que a região dele vai ser contemplada, aí ele fala, se inscreve entre os 20 lá, se inscreve e participa. É um cidadão, é um direito. Isso é democracia.

Mas, na verdade, acaba sendo uma frustração, porque ouvem a população, mas, de fato, nada do que é falado, boa parte daquilo que é falado ou quase nada é incorporado aos Orçamentos. Nós não estamos discutindo o Orçamento, mas isso é também uma diretriz que não é observada na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Então, é uma crítica que eu quero dizer, que frustram a expectativa dos paulistas quando fazem 20, 25 audiências, no mínimo - uma, no mínimo, em cada região administrativa -, e depois nada daquilo ou pouquíssimo daquilo - este ano parece ter uma evolução - é incluído. Pode passar o próximo por favor.

Bom, sobre o Orçamento, o governo faz renúncia fiscal, mas sem análise dos benefícios e dos impactos negativos, que é o que nós estamos vendo. O Orçamento tem um corte de 827,4 milhões, mas não há transparência. Não há transparência daquilo que que, de fato, acontece no Orçamento.

Você não sabe, você não tem como acompanhar. O Poder Legislativo, até que me provem o contrário, ele tem o papel de fiscalizar e, para fiscalizar, é preciso ter transparência. Coisa que a gente, infelizmente, sabe que não tem, especialmente nas questões da revisão dos benefícios fiscais.

Vamos para Educação. A deputada que me antecedeu aqui, a deputada Márcia Lia, falava exatamente dessa questão da Educação. A gente vê que o Orçamento, as ditas prioritárias, na verdade a gente vê que tem, na verdade, é corte.

As escolas que nós vemos, as questões são importantes, as garantias de acessibilidade, o transporte, os problemas das escolas, esses não são incorporados. Mas, na verdade, o que o governador quer, e a gente está fazendo uma luta aqui incansável, que é aquela luta contra a PEC 09, enquanto ele corta recursos, deputada Professora Bebel, V.Exa. que é especialista, é uma professora que sabe exatamente o que eu estou falando. Enquanto a gente tiver cortes, o governador quer fazer ainda mais.

Enquanto a gente vê problema na Educação, o governador quer tirar nada menos que 5%, o que corresponde a dez bilhões, que é a luta que nós estamos fazendo aqui contra a PEC.

E é por isso que, enquanto diz que a Educação é prioridade, mas não é o que nós vemos aqui nessa Casa, e nem no Orçamento que o governador manda para cá, que, segundo o deputado Alex Madureira, é simplesmente para a gente dizer amém, para a gente carimbar aqui do jeito que está, a gente não fazer nenhuma alteração. Mas isso não vai acontecer, porque aqui tem bancadas que pensam e que querem discutir e que querem aperfeiçoar.

Sobre a Saúde, deputados também que me antecederam já falaram aqui. Existem diversos cortes na vacina, na imunização, na Vigilância Sanitária, no Iamspe. Quantas vezes a gente vê nas audiências públicas pessoas que vêm participar e falar da importância de fortalecer o Iamspe. Mas isso está previsto na Lei de Diretrizes? Não está. Isso é previsto na LOA? Também não é.

Então, por essas razões é que nós achamos que não basta simplesmente carimbar o que vem aqui para essa Casa.

Passando sobre a Cultura; na Cultura é a mesma coisa. Enquanto o governo fala em ProAC, em fábrica de cultura, em teatro, em festivais de museus, mas não investe também nas rádios, TV, não investe na Rede Cultura, nas mídias oficiais, diversos cortes a gente vê que tem, ou seja, cortes em ações de cultura comprometem a tradição paulista, que são as ações que deveriam acontecer e não acontecem.

Se a gente vai para a área social, que também mencionamos aqui, vejam bem, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a LDO do governo prevê apenas 5% do previsto na LDO anterior, reduz o orçamento de 1,2 bilhão para 63 milhões em cortes, como já foi falado pela deputada Márcia Lia, no “Viva Leite”, no “Bom Prato” e em outras tantas áreas sociais.

Então, não tem jeito, não tem como a gente não fazer crítica, não tem como a gente votar a favor de uma LDO com esses cortes.

Vamos lá para as áreas de risco, que são os fenômenos climáticos. Nessas áreas a gente tem visto o que aconteceu no estado de São Paulo, só no estado de São Paulo, em São Sebastião, em Franco da Rocha, ninguém mais fala nada, o governo não fala mais nada, está deixando acontecer outra vez, lamentavelmente.

Nós tivemos uma CPI aqui, que foi a CPI do faz de conta, foi aquela CPI das Encostas, CPI chapa branca, que eu participei, mas nós não concordamos com o relatório final, que foi a CPI das Encostas e dos Deslizamentos, por quê? Porque o que está acontecendo, a falta de investimentos na Defesa Civil...

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem, presidente. Eu fui citada aqui na fala.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Eu não citei Vossa Excelência.

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Eu fui presidente da CPI.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Mas não citei o vosso nome e nem dei aparte para Vossa Excelência.

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Não foi uma CPI da vergonha.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Deputada Fabiana, essa é minha opinião, foi uma CPI chapa branca, deputada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Fabiana, o deputado não concedeu aparte, depois posso dar dois minutos para V. Exa. fazer uma comunicação depois. Pode ser?

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Bom, sem quebrar o raciocínio aqui, eu estava falando exatamente da CPI chapa branca. Eu participei da CPI, não concordei com o relatório, porque acho que precisava incorporar coisas que são importantes exatamente para a questão dos desastres climáticos que nós vemos aqui.

Será que estamos esperando acontecer de novo, para, infelizmente, a gente poder atacar o efeito e não a causa?

Vamos lá ainda às áreas de risco, o próximo slide. Eu apresentei um projeto de lei aqui que foi aprovado por esse plenário, por esse Parlamento, o nº 82, de 2023. Foi aprovado. Criava um fundo para atender prevenções e situações de risco.

Sabe o que o governador fez? Vetou. Por que o governador vetou? Por que não precisa? Por que o recurso não é importante sob o prisma de que é inconstitucional? O que é constitucional? É ver as catástrofes acontecerem, isso vai ser constitucional para o governador?

Então, na verdade, só na Capital paulista existe cerca de 45 mil moradias em área de risco. Para as áreas emergenciais, apenas 26 milhões. O que são 26 milhões para um estado como São Paulo?

Nós temos inúmeros problemas no Estado. Só na Região Metropolitana são vários problemas e vários deslizamentos. Em Franco da Rocha aconteceram várias mortes, infelizmente, fruto da falta de investimento do Governo do Estado.

Na Habitação - vamos lá, para eu ir agilizando aqui, está quase terminando o meu tempo -, segundo a União do Desenvolvimento de Moradia de São Paulo, é necessário construir 740 mil casas no Estado para suprir o deficit habitacional. A LDO prevê 480 milhões, o que possibilita a construção de cerca de cinco mil moradias.

Será que é essa a demanda, será que é isso que o governador vai construir para o nosso estado durante quatro anos? É essa a política de habitação? Vamos lá para outro slide, ainda sobre Habitação.

Descaso com a regularização fundiária. A LDO prevê apenas 45 milhões para investir em regularização fundiária da CDHU e diversas áreas. Para um lote ser regularizado, chega a aproximadamente cinco mil, um lote, através do programa “Cidade Legal”.

O governo estima regularizar nove mil lotes, mas só na Região Metropolitana existem 2,5 milhões de pessoas que moram em situações irregulares. Então tem um programa que se chama “Cidade Legal”.

Todo mundo quer morar em uma cidade legal, cidade legal do ponto de vista da infraestrutura e do ponto de vista da segurança jurídica, mas como é que a cidade vai ser legal ou as cidades serão legais se não tiver, de fato, investimento?

Então, Sr. Presidente, é por essas e outras tantas razões que não é possível a gente votar a favor do PL 302, de 2024. É por isso que nosso líder vai encaminhar o voto contrário.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência à lista de oradores inscritos para discutir contra, com a palavra o deputado Carlos Giannazi. Antes, porém, a deputada Fabiana Bolsonaro por dois minutos, para uma comunicação.

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Boa noite a todos. Eu entendi a comunicação do deputado Dr. Jorge do Carmo, que foi muito participativo, inclusive, dentro da CPI.

Esteve em diversos locais conosco, mas a CPI de deslizamento de encostas foi essencial para o nosso estado de São Paulo. Foi uma CPI absolutamente técnica, tanto que, em todos os momentos da CPI, vários técnicos acompanhavam, faziam questão de estarem presentes por conta da seriedade, realmente, da CPI.

O governador Tarcísio, a gente também acompanhou todo o trabalho que ele fez. E, sim, eu vejo que o relatório final foi algo que vai, sim, impactar o nosso governo.  Precisamos, sim, olhar para essas partes das enchentes, as questões dos deslizamentos.

A gente viu por quanto São Sebastião passou e também que a equipe de São Sebastião pôde ajudar o pessoal do Rio Grande do Sul, de tão eficiente que tivemos um trabalho do governo.

Então essa foi a conclusão da CPI. Realmente, São Sebastião foi um exemplo, teve um trabalho antes dos deslizamentos, durante também teve um trabalho árduo e após, tanto que serviu de exemplo para outros lugares. E, através da CPI, a gente conseguiu abrir novos horizontes e fazer outros projetos de lei para poder beneficiar a nossa população.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, assomo à tribuna, na noite de hoje, para encaminhar contrariamente ao projeto de LDO. Mas antes quero dar a palavra, um aparte, para o meu colega, deputado Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Obrigado, deputado, professor Carlos Giannazi. Eu quero, na verdade, me dirigir, Sr. Presidente, à deputada, minha colega, deputada Fabiana Bolsonaro, e pedir desculpas para V. Exa., porque eu não lhe concedi aparte. Não é do meu feitio, não faço isso. É que eu precisava concluir o meu raciocínio e eu já tinha concedido um aparte para o deputado Carlos Giannazi.

Mas, assim, eu não citei V. Exa., tenho maior respeito pelo seu trabalho, pelo trabalho que V. Exa. faz nesta Casa e fez na CPI. A minha crítica é... Penso que a CPI deveria encaminhar proposições, proposições, o que não aconteceu na minha opinião. Por que não aconteceu? Porque nós estamos atacando o efeito e não a causa, deputado Carlos Giannazi.

A gente tem diversos problemas neste Estado e na verdade não tem orçamento, governador não encaminha orçamento. Não adianta a gente fazer de conta que... Não adianta ter CPI para a gente simplesmente depois... Para que que serviu a CPI, se a gente não for a fundo investigar as causas e fazer os devidos encaminhamentos?

Então, nada contra V. Exa., deputada Fabiana Bolsonaro, mas é sobre a ótica do governo o que foi pensado por essa CPI, era para não dar em nada. Ela não acabou em pizza, porque não tinha pizza, mas ela não deu encaminhamento. O encaminhamento que deveria fazer e acontecer, para a gente atacar de fato e de direito esse problema que é grave.

Nós estamos vendo o que aconteceu no Rio Grande do Sul, o que aconteceu em São Sebastião, o que aconteceu em Franco da Rocha, o que está acontecendo no mundo, no Brasil e no estado de São Paulo.

Por isso eu continuo fazendo a crítica, mas é a crítica da política, não é a crítica pessoal. É a crítica da falta de investimento numa área que é então sensível para o nosso Estado.

Muito obrigado, deputado professor Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Jorge do Carmo. Olha o projeto de LDO que o governador Tarcísio de Freitas encaminhou à Assembleia Legislativa segue, deputada Ediane, a tradição nefasta e perversa do tucanistão, porque todos os projetos de LDO que foram encaminhados pelo PSDB aqui foram todos autoritários e antipopulares, que não representaram as necessidades e os interesses da população do estado de São Paulo. E esse projeto de LDO segue essa tradição, mas de uma forma piorada, porque ele já começa muito mal.

Um dos temas mais debatidos por conta desse projeto de LDO é o ataque que ele faz à pesquisa, tentando retirar... Tentando não, porque esse item, esse artigo foi mantido no projeto da LDO, que vai retirar 30% do orçamento da pesquisa, da ciência, do estado de São Paulo, digo da Fapesp. Olha que absurdo.

Nós vamos ter uma desvinculação. Nós vamos perder aproximadamente 600 milhões de reais para área da pesquisa na área da Saúde, em várias áreas. E várias entidades científicas já se colocaram contra esse artigo da LDO.

Inclusive até mesmo a Fiesp se manifestou contra de tão perverso que é o artigo, mas é um governo de extrema-direita, é um governo bolsonarista, que é contra a ciência, é contra a pesquisa, é contra a Educação, é contra a Cultura, é contra a vacina, é um governo negacionista, terraplanista, que anistiou aqui as dívidas das pessoas que não tinham cumprido a legislação em relação à prevenção contra a Covid.

Então o governo na sua lógica negacionista ataca a ciência e no projeto de LDO mantém a retirada de 30% do orçamento da Fapesp.

Eu quero registrar que eu apresentei uma emenda. A primeira emenda apresentada para resolver isso e retirar esse artigo foi a nossa, que infelizmente foi rejeitada pelo relator, mas ela pode ser aprovada ainda durante o processo de votação no momento em que nós aprovarmos as emendas ao Orçamento.

Então faço um apelo já aos deputados e deputadas, que são defensores da ciência, da pesquisa e do bom senso, que votem favoravelmente às emendas que nós apresentamos, para que haja manutenção da pesquisa, da ciência e da Fapesp do estado de São Paulo.

 O mesmo governo tentou retirar dinheiro das universidades, da USP, da Unicamp, da Unesp, fazendo uma manobra que foi descoberta, que foi a seguinte: ele tentou incluir nos 9,57 % - que é o orçamento das nossas três universidades e do Centro Paula Souza -, ele tentou incluir mais duas outras universidades: a Univesp e duas Faculdades de Medicina, a de Rio Preto e a de Marília.

Ou seja, dizendo que estaria beneficiando outras universidades, mas sem aumentar o percentual de 9,57, que é pouco, que não é suficiente, que existe desde 1995 esse percentual. Só que as nossas universidades cresceram, tiveram campi expandidos e, no entanto, não houve o aumento do investimento nessas três universidades e no centro Paula Souza. Mas o governo...

Essa manobra foi colocada publicamente para a população; o governo sentiu desgaste e recuou e mandou a mensagem aditiva recuando desse item. Mas são várias as contradições desse projeto de lei.

Por exemplo, na área da Educação ele já fez a previsão, já conta - olha que absurdo -, a LDO já conta com a aprovação da PEC 09, de 2023. Aquela PEC que vai retirar quase dez ou mais de dez bilhões de reais da Educação, que vai reduzir o orçamento da Educação, que vai mudar a Constituição Estadual que nós aprovamos aqui na Assembleia Legislativa em 1989, na Assembleia Estadual Constituinte.

Foi uma vitória do povo de São Paulo e dos constituintes. Deputado Mauro Bragato foi constituinte, estava aqui; sei que V. Exa. lutou para que o estado de São Paulo aprovasse um orçamento mínimo de 30% na área educacional.

No entanto, o governo Tarcísio já faz a previsão, nessa LDO, de que haverá o corte, que haverá a redução do Orçamento na área da Educação, prejudicando ainda mais uma área que não tem investimento. Nós precisamos de mais investimento; nós queremos aumentar pra 35% o Orçamento na Educação do estado de São Paulo, e não reduzir para 25%.

Então, queria fazer esse registro, de que essa LDO já conta com a aprovação. Mas haverá resistência, não só nossa, aqui no Parlamento, mas de toda a sociedade, que se coloca contra, tanto é que o governo já recuou de aprovar no primeiro semestre essa PEC 09.

Tem uma outra contradição enorme nesse projeto de LDO, que reproduz também as LDOs do “Tucanistão”, do PSDB: a não previsão de reajuste para os servidores públicos do estado de São Paulo. Não tem previsão para pagar o piso do Magistério estadual.

O reajuste já foi dado em janeiro, e até agora o governador não reajustou o piso e nem deu a data-base; não reajustou, não deu o reajuste das perdas inflacionárias. Tanto é que eu já ingressei com representações no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Contas, porque o governo está descumprindo a Lei do Piso Nacional do Magistério e a Lei da Data Base Estadual, que foi aprovada aqui, em 2006, minha gente.

Então, não tem reajuste, e isso prejudica os servidores da ativa. E os aposentados e pensionistas são penalizados também com o não reajuste. Não há previsão no projeto de LDO; nem se fala nisso. Nós apresentamos emendas, exatamente para solucionar essa questão.

Tem uma questão gravíssima, de que o aumento da renúncia fiscal será de mais de 70 bilhões de reais, o que vai beneficiar os grandes grupos econômicos do estado de São Paulo, que não geram emprego, muitos deles ligados ao agronegócio.

E muitos deles são sonegadores de impostos, são devedores da dívida ativa do nosso Estado. Isso é grave. Nós estamos denunciando já há muitos anos essa política de renúncia fiscal, que canaliza, repito, o dinheiro público do nosso Orçamento para os grandes grupos econômicos, muitos deles aliados do governo estadual. Dinheiro que é retirado da Educação, da Saúde, da Assistência Social.

Faço aqui também uma crítica à falta de investimento, nessa LDO, ao Iamspe. Não há investimento no Iamspe, que continua sem financiamento do estado de São Paulo.

Só pra que V. Exas. tenham uma ideia: o Iamspe, hoje, é financiado basicamente apenas com o dinheiro da contribuição dos servidores, dos 2% ou 3%. O governo até agora só contribuiu e vai contribuir com 3,9% do orçamento geral do Iamspe.

Ou seja, o governador Tarcísio de Freitas abandonou definitivamente o Iamspe. Por isso que o Iamspe vive um verdadeiro caos. A população não tem atendimento no interior paulista, não tem atendimento na Baixada Santista, não tem atendimento aqui na Grande São Paulo, nem na Capital.

Nós temos pouquíssimos convênios com Santas Casas, com hospitais regionais, com clínicas, com laboratórios. No Estado nós temos o Hospital do Servidor Público Estadual totalmente lotado, abandonado, terceirizado.

Tem mais de 20 empresas terceirizadas dentro do Hospital do Servidor Público Estadual, não tem concurso público. E quando tem, esses aprovados, os profissionais da Saúde não são chamados.

Tanto é que eu entrei com uma representação no Ministério Público, que virou uma ação civil pública, que foi acatada, onde o Ministério Público está questionando a questão da falta de concurso público, dizendo que não é para terceirizar. Tem que abrir concurso público e chamar os aprovados.

Então, a LDO do governador Tarcísio só confirma que o Iamspe ficará sem financiamento. Então por isso que nós somos contra também essa LDO. Lembrando que nós apresentamos emendas para aumentar o orçamento do Iamspe.

Quero ainda ressaltar aqui uma questão gravíssima. Que a LDO não faz a previsão para que nós possamos devolver... Nós não, o governo estadual, ele tem que devolver o dinheiro confiscado dos aposentados e pensionistas.

Durante dois anos houve esse confisco. E é ilegal. Tanto é que o Supremo Tribunal Federal já formou maioria, alguns dias atrás, dizendo que é inconstitucional confiscar quem ganha abaixo do teto do INSS.

Então o governador tem que devolver o que o Estado confiscou durante dois anos, de 600 mil aposentados e pensionistas. Nós apresentamos a primeira emenda apresentada a essa LDO, é a Emenda número 1, que é a que eu apresentei, que trata exatamente desse item, que obriga o governo a devolver, com juros e correção monetária. Depois tem uma outra questão aqui gravíssima também, não sei se vai dar tempo, mas é a questão dos concursos públicos.

Nós temos aqui dados do próprio Estado, dando conta de que nós temos aqui cargos vagos, mais de 366 mil cargos vagos no estado de São Paulo, porque não tem concurso. E quando tem, os servidores não são chamados. Só na Educação, tem 212 mil cargos vagos. Na Saúde, 77 mil cargos vagos. Na Segurança, aproximadamente 49 mil cargos vagos.

 Na Educação, a situação é de calamidade pública. Só na Secretaria da Educação, nós temos mais servidores precarizados do que efetivos, do que concursados. Nós temos aproximadamente 82 mil 685 professores categoria “O”, sem estabilidade, que não são aprovados em concurso, que vivem o drama da quarentena, e apenas 69 mil 980 efetivos.

Olha só a contradição! Então isso tem que ser resolvido imediatamente. E essa LDO não aponta nenhuma solução para essa gravíssima situação. O mesmo acontece nos hospitais do estado de São Paulo, nos hospitais públicos.

Por fim, aqui na área da Cultura também, a falta de investimento em Cultura. E ressalto aqui, para terminar, o fechamento das oficinas culturais do estado de São Paulo, que foram fechadas agora, liquidadas pela atual secretária da Educação, prejudicando milhares e milhares de pessoas em todo estado de São Paulo, que não vão ter mais acesso a essas oficinas. Ou seja, impedindo que as pessoas tenham acesso aos equipamentos de Cultura do estado de São Paulo.

Por tudo isso que nós vamos, e muito mais, que não deu tempo aqui, é que nós vamos votar contra o projeto de LDO, o projeto autoritário e antipopular.

Muito obrigado.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Sr. Presidente antes de solicitar a suspensão dos trabalhos por 35 minutos, para que a gente possa realizar o congresso de comissões dos projetos dos deputados e deputadas, eu queria indicar ao senhor que o piso do plenário está afundando.

Então, assim é só para não ter problema, porque se alguém da situação cair não é um problema...

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Da direita ninguém cai aqui.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Eu tenho as minhas dúvidas. Eu posso fazer a lista dos que caíram. Então, eu queria pedir a suspensão dos trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes de suspender os nossos trabalhos por 35 minutos, convoco as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos disposto no Art. 18º, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45º, § 5º, ambos do Regimento Interno, para uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a realizar-se hoje, nove horas e dez minutos, no Salão Nobre da Presidência... Vinte e uma horas. Oito e dez. Oito e quarenta e cinco. Ah, está suspensa. Então vamos convocar... Desculpe.

Vinte horas e 15 minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar a Redação Final do Projeto lei nº 762, de 2023, de autoria deputada Leticia Aguiar.

Convoco também as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos disposto no Art. 18º, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45º, § 5º, ambos do Regimento Interno, para uma reunião extraordinária da Comissão de Educação e Cultura, também a realizar-se hoje, às 20 horas e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 378, de 2013, de autoria do deputado Carlos Giannazi.

Também uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, também às 20 horas e 15 minutos, para o Projeto de lei nº 868, de 2023, de autoria do deputado Dr. Elton.

Também uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos, para apreciar o Projeto lei nº 721, de 2023, de autoria do deputado Dr. Jorge do Carmo.

Também uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos, Projeto de lei nº 605, de 2023, de autoria do deputado Carlos Cezar.

Também uma convocação de uma reunião extraordinária para Finanças, Orçamento e Planejamento, também às 20 horas e 15 minutos, projeto de lei Complementar nº 7, de 2024, de autoria do deputado Agente Federal Danilo Balas e Altair Moraes.

Também uma convocação de uma reunião conjunta das comissões de Assuntos Desportivos e Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos, também para apreciar o Projeto de lei nº 1.617, de autoria do deputado Donato.

Uma nova convocação. Uma reunião conjunta também das comissões de Assuntos Desportivos e Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos, para apreciar o Projeto de lei nº 911, de 2023, de autoria do deputado Simão Pedro.

Mais uma convocação conjunta das comissões de Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos, no Salão Nobre também, para o Projeto de lei nº 964, de 2023, de autoria do deputado Valdomiro Lopes.

Uma reunião conjunta das comissões de Habitação, Desenvolvimento e Reforma Urbana e Finanças, Orçamento e Planejamento, para o Projeto de lei nº 1.637, de 2023, de autoria dos deputados Major Mecca, Capitão Telhada, Lucas Bove, Dani Alonso, Reis, Conte Lopes, Rafael Saraiva, Delegado Olim, Agente Federal Danilo Balas, Gil Diniz e Alex Madureira.

Também uma reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e Finanças, Orçamento e Planejamento, também às 20 horas e 15 minutos, para o Projeto lei nº 1.157, de 2023, de autoria dos deputados Ricardo França, Gerson Pessoa, Clarice Ganem e Dr. Eduardo Nóbrega.

Também uma convocação de uma reunião conjunta das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 15 minutos também, Projeto de lei nº 595, de 2023, de autoria da deputada Ana Carolina Serra.

Uma convocação. Uma reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e Finanças, Orçamento e Planejamento, ao Projeto de lei nº 1.302, de 2023, de autoria da deputada Paula da Bancada Feminista e deputado Luiz Fernando Teixeira, a realizar se às 20 horas e 15 minutos.

Uma nova convocação. Uma reunião conjunta das comissões de Educação e Cultura e Finanças, Orçamento e Planejamento, também às 20 horas e 15 minutos, Projeto lei nº 1.330, de 2023, de autoria do deputado Guto Zacarias.

Uma reunião conjunta das comissões de Educação e Cultura, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se às 20 horas e 17 minutos para o Projeto de lei nº 562, de 2023, de autoria da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas e do deputado Luiz Fernando Teixeira.

Uma convocação de uma reunião conjunta das comissões de Educação e Cultura, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar às 20 horas e 17 minutos para o Projeto de lei nº 1.355, de 2023, de autoria da deputada Thainara Faria e uma reunião também conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos do Consumidor, Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 17 minutos, para o Projeto de lei n.º 1.636, de 2023, de autoria do deputado Jorge Caruso.

Uma convocação também extraordinária para a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 17 minutos, do Projeto de lei n.º 605, de autoria do deputado Carlos Cezar.

Uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos do Consumidor, Finanças, Orçamento e Planejamento, às 20 horas e 17 minutos, ao Projeto de lei n.º 304, de 2024, de autoria dos deputados Lucas Bove e Carlão Pignatari.

Uma convocação, uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos do Consumidor, Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 17 minutos, Projeto de lei n.º 876, de 2023, de autoria do deputado Reis.

Uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 17 minutos, Projeto de lei n.º 207, de 2024, de autoria do deputado Gil Diniz.

Uma convocação da reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 17 minutos, Projeto de lei n.º 575, de 2023, de autoria da deputada Beth Sahão.

Uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos da Mulher e Finanças, Orçamento e Planejamento, ao Projeto de lei n.º 611, de 2023, de autoria do deputado Enio Tatto, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos

Uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos, para o Projeto de lei n.º 393, de 2024, de autoria do deputado Luiz Claudio Marcolino.

Uma convocação também para uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos, do Projeto de lei n.º 374, de 2024, de autoria do deputado Lucas Bove.

Uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos, Projeto de lei n.º 80, de 2023, de autoria do deputado Guilherme Cortez.

Uma convocação conjunta também das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos, ao Projeto de lei n.º 1.694, de 2023, de autoria da deputada Carla Morando.

Uma convocação de uma reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 20 horas e 19 minutos, ao Projeto de lei n.º 268, de 2023, de autoria dos deputados Paulo Mansur e Guto Zacarias.

Havendo acordo entre as lideranças, está suspensa a nossa sessão.

 

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- Suspensa às 20 horas e 18 minutos, a sessão é reaberta às 20 horas e 59 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de acordo de lideranças eu peço levantamento da presente sessão, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL – Antes, porém, nos termos do Art. 100, inciso primeiro, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 36ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 27/06/2024.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas.

 

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