14 DE SETEMBRO DE 2023

32ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO AO PROFESSOR DOUTOR MOISÉS COHEN

        

Presidência: DELEGADO OLIM

        

RESUMO

        

1 - DELEGADO OLIM

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - CECÍLIA DE ARRUDA

Mestre de cerimônias, nomeia a Mesa e demais autoridades presentes.

        

3 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Moisés Cohen", por solicitação deste deputado.

        

4 - CECÍLIA DE ARRUDA

Mestre de cerimônias, convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

5 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM

Tece considerações sobre a amizade cultivada com o Dr. Moisés Cohen.

        

6 - CECÍLIA DE ARRUDA

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao Dr. Moisés Cohen.

        

7 - OSVALDO NICO GONÇALVES

Secretário-executivo da Segurança Pública, faz pronunciamento.

        

8 - DR. WALTER ALBERTONI

Médico ortopedista, ex-reitor da Universidade Federal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

9 - CECÍLIA DE ARRUDA

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao Dr. Moisés Cohen.

        

10 - SIDNEY KLAJNER

Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, faz pronunciamento.

        

11 - MARCOS KNOBEL

Presidente da Fiesp e vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, faz pronunciamento.

        

12 - CLAUDIO LOTTENBERG

Presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e da Conib (Confederação Israelita do Brasil), faz pronunciamento.

        

13 - CECÍLIA DE ARRUDA

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao Dr. Moisés Cohen.

        

14 - YOSSI SCHILDKRAUT

Rabino, faz pronunciamento.

        

15 - MAURO SILVA

Vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, faz pronunciamento.

        

16 - CAMILA KALEKA

Médica, filha do Dr. Moisés Cohen, faz pronunciamento.

        

17 - CARINA GRYNBAUM

Médica, filha do Dr. Moisés Cohen, faz pronunciamento.

        

18 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM

Anuncia a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Moisés Cohen.

        

19 - DR. MOISÉS COHEN

Homenageado, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE DELEGADO OLIM

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Delegado Olim.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Moisés Cohen. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo Canal Alesp no YouTube.

Convido para compor a Mesa Diretora dos trabalhos, o deputado estadual Delegado Olim. (Palmas.) Convidamos ainda o homenageado desta noite, Dr. Moisés Cohen. (Palmas.) Convidamos o Dr. Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Segurança Pública do Estado de São Paulo. (Palmas.) Dr. Artur Dian, delegado-geral de Polícia do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Convidamos ainda para compor a Mesa extensora deste salão os familiares do homenageado, Dr. Moisés Cohen. Convidamos a sua esposa, Estelita Cohen; sua filha, Camila; seu genro, Joni; sua outra filha, Carina; seu genro, Arthur; e seus netos, Pedro, Felipe, Mário e Rodrigo. (Palmas.)

Convidamos ainda o Dr. Walter Albertoni, médico ortopedista e ex-reitor da Universidade Federal de São Paulo. (Palmas.) Convidamos o Dr. Claudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e da Confederação Israelita do Brasil. (Palmas.)

Convidamos o Dr. Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo e vice-presidente do Hospital Albert Einstein. (Palmas.) Convidamos o rabino, Yossi Schildkraut. (Palmas.) Convidamos ainda o Sr. Mauro Silva, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e tetracampeão mundial. (Palmas.)

Com a palavra, o presidente desta sessão solene, deputado Delegado Olim.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Boa noite a todos. Que alegria receber todos aqui para esta bela homenagem ao Dr. Moisés. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene, convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a finalidade outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo para o Dr. Moisés Cohen.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Convidamos a todos para, em sinal de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do sargento PM Rafael.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Agradecemos à Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e ao regente, sargento PM Rafael.

Registramos e agradecemos a presença das seguintes autoridades e personalidades que se apresentaram a este cerimonial: coronel Rodolfo Guerra, representando o general de Exército Amin, comandante do Comando Militar do Sudeste.

Agradecemos a presença do Dr. Emygdio Machado Neto, diretor do departamento de Polícia Judiciária da Capital. Agradecemos a presença do Sr. Marcos Arbaitman, presidente do Conselho Administrativo da Secretaria de Turismo da cidade de São Paulo, presidente do Lide Turismo, e presidente no Brasil do Hospital Hadassah, de Jerusalém.

Agradecemos a presença do Sr. Jorge Damião, diretor da TV Cultura. Agradecemos a presença do Dr. Daniel Bialski, presidente do Conselho Deliberativo do Clube Hebraica de São Paulo. Agradecemos a presença do Dr. Heleno Torres, superintendente de Relações Institucionais da USP.

Agradecemos a presença do Sr. Roberto Caruso, CEO da (Inaudível.). Agradecemos a presença do Dr. Luis Antonio Martinez Vidal, chefe de gabinete da Fiesp. E agradecemos a presença do atleta Basílio, ex-jogador de futebol.

Convidamos, para integrar a Mesa extensiva deste salão, o Dr. Marcos, o Dr. Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. (Palmas.)

Neste momento, ouviremos as palavras do deputado Delegado Olim.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Eu quero pedir autorização ao nosso homenageado, ao nosso secretário, a todos nesta Mesa extensiva, que eu vou fazer o meu discurso lá da tribuna dos deputados, onde só quem tem voto fala naquele local - e os nossos convidados.

Então, Dr. Moisés, quero quebrar o protocolo. Eu vou fazer o meu discurso lá embaixo, na nossa tribuna, na tribuna da maior assembleia legislativa da América do Sul.

Senhoras e senhores hoje aqui, Dr. Moisés, eu não vou ler nenhum discurso. Já homenageei o Dr. Claudio, no meu primeiro mandato, em 2014. Foi a primeira pessoa que eu dei esse colar. Foi para ele, Dr. Claudio Lottenberg, que era presidente do Einstein na época, em 2014. Hoje, eu venho dar este colar para o senhor. Então, eu quero falar daqui, porque eu quero falar do coração, porque é o que o senhor merece.

Esta solenidade, este Colar de Honra ao Mérito, só para dizer ao senhor, o senhor sabe, professor doutor Moisés Cohen, é um colar escolhido pelos 94 deputados, pela Mesa Diretora, para que o senhor consiga receber este colar. Se um deputado falasse “não”, o senhor não poderia receber. Mas o senhor é muito querido, e foi muito fácil passar o seu nome aqui.

Quero agradecer a presença do Dr. Osvaldo Nico Gonçalves, nosso delegado de Polícia Civil, secretário adjunto da Segurança Pública do Estado de São Paulo, nosso parceiro da Segurança Pública.

Quero agradecer ao Dr. Artur José Dian, delegado geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo. É um jovem que chegou há tempo na Segurança Pública e está fazendo um belo trabalho por São Paulo.

Não posso deixar de comentar a minha família, a Sra. Estelita Cohen, a Dra. Camila, o Sr. Joni, que é marido da Dra. Camila - filha do Dr. Moisés - e genro, e o Pedrinho e o Felipe.

Não posso deixar também de comentar a doutora Carina, o Artur - seu esposo -, os netinhos Mário e Rodrigo. O Rodrigo é o menorzinho. Esse vai ser deputado, vai dar trabalho. Estou te avisando já.

Não posso deixar de comentar os nossos irmãos: o Sr. Jacó, o Nelson e o Elias, Dr. Moisés Cohen. Os demais já foram falados pelo cerimonial.

Eu quero ser breve. Mas eu vou falar sobre quanto tempo eu estou para fazer uma homenagem para o senhor. Eu conheci o Dr. Moisés nos anos de 90, 92, fazendo uma cirurgia de joelho. Lá, um amigo meu me levou. Eu era delegado já, e fui fazer essa cirurgia com o Dr. Moisés.

Eu me lembro como se fosse hoje. Foi no Oswaldo Cruz, foi a minha primeira cirurgia. Quando eu estava deitado na cama, eu querendo... aquele jeito de português, que português gosta das coisas todas certinhas. Eu já levei dinheiro para pagar o valor da cirurgia. Eu não tinha noção do quanto era, não tinha acertado nada com ele. Eu me lembro como se fosse hoje.

Aí eu fiquei insistindo tanto. Acabou a anestesia, estava lá, para a minha primeira mulher - não tem problema nenhum falar isso, mas é verdade. E eu: “Doutor Moisés, quanto que é essa cirurgia?” Não tinha noção de nada. Aí ele falou: “Você vai parar de ficar perguntando? Depois eu converso com você, você acabou de fazer uma cirurgia.”

Aí ele me falou um valor, mas um valor, assim, que eu passei mal. Eu falei: “Mas eu não tenho esse dinheiro para pagar”. Eu pensei: “Como é que eu vou fazer para pagar isso?” E foi embora com isso. Aí eu falei: “Como é que nós vamos pagar essa cirurgia?”.

Então, assim, o Dr. Moisés, com uma brincadeira, esse ser humano, esse médico, esse médico que não é só médico, é nosso professor. O Dr. Moisés faz muito, fez muito pelas polícias e pela Polícia Civil. Muitos amigos, muitas pessoas humildes eu levei para o Dr. Moisés atender.

Então, se eu falar aqui do Dr. Moisés, como eu digo... Um dia, quando eu vinha na Avenida Pacaembu, ele tinha deixado um áudio para mim no meu aniversário. Eu vou repetir para o senhor o que o senhor falou. “Meu Delegado Olim”, como ele sempre me chama. “Eu tenho família, e família você não escolhe, mas irmão eu posso escolher, como amigo. Você é o meu irmão que eu escolhi para ser meu amigo”.

Então, Dr. Moisés, eu falo a mesma coisa para o senhor. O senhor é meu irmão que eu escolhi como amigo. O senhor tenha a certeza de que a sua família é a minha família.

A Josie, a Carol, o Luca não pôde vir porque teve um probleminha, mas estava para chegar, pode ser que venha. A dona Estelita, as filhas, os genros, os netinhos... E eu faço parte dessa família, como sempre participei em muitos eventos do Dr. Moisés.

Eu já tinha um quipá no carro, de tanta festa que eu ia e tantas coisas, alegrias e tristezas. Participei de muitas coisas tristes, mas muitas coisas alegres, que sempre o Dr.  Moisés me proporcionou.

O senhor pode ter certeza: muito de eu estar aqui hoje, além do meu trabalho na polícia, pela população de São Paulo, deve-se ao senhor, porque eu sempre pude estar em alguns lugares trabalhando e o senhor me ajudou.

Eu vou dizer por que é que o senhor ajudou: porque o senhor ajuda as pessoas do bem. O senhor ajuda as pessoas que o senhor conhece pelo seu trabalho. Eu falo que médico e polícia são os únicos que têm uma profissão de alegria.

O senhor, por salvar vidas; e nós, policiais, por levar um ente querido, que a gente tira de um cativeiro. Não tem nada mais gratificante do que um médico salvar uma vida e nós, policiais, levarmos aquele carrinho que ele está pagando, devolver para aquela vítima de roubo, de furto. Então, essa é a profissão da polícia.

Então, são sempre emanados, juntos, a polícia e a saúde, tanto é que o Dr. Moisés sempre nos ajudou. Eu não esqueço do jantar a que eu fui convidado pelo Dr. Moisés, o Shaná Tová, que é só a família, e eu estava lá, juntamente com a Sra. Rebeca Cohen e com todos os nossos irmãos, Dr. Moisés, dona Estelita, netos, participando do jantar. Eu era a única pessoa de fora.

A alegria de eu poder estar lá, abrindo a porta da sua casa, da sua família para mim, filho de português, filho de imigrantes que chegaram aqui, trabalharam duro, donos de bares e restaurantes.

Eu falo e repito: muitas vezes a gente pensa, começa a olhar lá para trás. O Dr. Moisés faz parte da minha vida. Por quê? Dr. Moisés, quantas vezes ligo para ele: “Doutor, qualquer coisa que a gente tenha, um médico, o que for, tem aqui, doutor...”

Onde ele está, que me operou a vesícula? Está aqui. O Dr. Moisés me mandou ao senhor, e o senhor me operou. Aí fui em outro, sempre pessoas ligadas ao Dr. Moisés. Sabe por quê? Porque tudo a gente pergunta para o Dr. Moisés, a família inteira, porque ele sempre tem os melhores profissionais e os amigos que são que nem ele.

O senhor é um igual a ele, que ajuda as pessoas. Já levei policiais lá para o senhor atender, e o senhor nunca cobrou um tostão. Policial é humilde, policial ganha pouco. Essa é a realidade, e o senhor sempre também esteve de portas abertas. A gente não esquece.

Nós temos aqui a equipe do Dr. Moisés, o Simário, o Breno. Quantas operações, cirurgias de policiais feitas, sabem onde? Na Cachoeirinha, porque os policiais não têm condições de fazer em outros hospitais e não têm convênio.

Eles saem daqui, levamos lá. Eu já fazia aquela fila e o pessoal vinha para mim e trazia as chapas. Alguns, chapas; outros, ressonância, e eu ficava lá na porta esperando. “Dr. Moisés, dá uma olhada nesse aqui?”. “Não, pode trazer ele para eu ver aqui e depois nós vamos operá-lo.”

 Esse é o Moisés Cohen. Esse é o Moisés que ajudou um policial que foi baleado, que nunca ia ter condições de fazer uma fisioterapia em uma clínica padrão. Moisés Cohen, Instituto Moisés Cohen. Um dia eu estou lá e chega esse rapaz de cadeira de rodas, porque tomou um tiro nas costas, ficou tetraplégico. Foi fazer fisioterapia na clínica do Dr. Moisés. Esse é o Dr. Moisés.

Muitos que estão aqui passaram pelo Dr. Moisés. Tem muitos policiais que vieram prestigiar o Dr. Moisés aqui, muitos policiais, muitos familiares de policiais. Ele fazia pelo coração, pelo trabalho.

Nunca teve um “não” para nós. A gente já tinha um esquema de chegar lá e entrar pelo fundo, porque é sempre lotada aquela clínica. Ele saía para fazer um raio-X e a gente já catava ele, era assim que funcionava o escritório, o consultório do Dr. Moisés. Era assim que eu o pegava na curva e não deixava escapar.

Era assim que eu e o Nico... Eu tive que ouvir o Nico falar aqui que o Dr. Luiz Carlos, que está aqui, nosso grande ex-delegado geral adjunto, passou em uma consulta com o Dr. Moisés. O Nico falou aqui, viu, Dr. Moisés, que ele não precisava nem ser operado, e o senhor operou só para ele dever mais favor para nós. Olha só, tenho que ouvir isso aí...

 Mas a realidade é essa. Nós fizemos muito trabalho maravilhoso... o Dr. Moisés fez para todos os nossos amigos, todas aquelas pessoas que precisaram. Então, Dr. Moisés, isto aqui é muito pouco que o povo de São Paulo está fazendo pelo senhor.

São 44 milhões de paulistas e paulistanos, 44 milhões que colocam um deputado - são 94 - nesta tribuna. São 94 deputados que fazem parte da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Eu acho que este colar que o senhor ganhou é o mínimo, é muito pouco do que São Paulo tem que fazer pelo senhor.

Eu fiquei muito feliz porque, quando eu coloquei o seu nome, que eu ia dar esta outorga para o senhor, todo mundo me parabenizou. Muitos lhe conhecem de nome, o senhor é uma pessoa famosa. O senhor é uma pessoa que tem um nome muito forte, professor, dá aula no mundo inteiro.

Quantas vezes nós saíamos daqui de consultório cheio, a viatura parava lá na porta - em frente ao Jóquei - do seu consultório e da sua clínica e levava ele para o aeroporto para chegar em cima do horário.

Quantas vezes nós fomos com a sirene, fizemos da Lineu de Paula Machado - é Lineu de Paula Machado que chama lá? É isso, não é? - até o aeroporto, pode ter certeza, em 25 minutos, aeroporto de Cumbica.

Quantas vezes Dr. Moisés foi se segurando, e quantas vezes eu faria de novo. É muito pouco pelo que o senhor merece. É muito pouco pelo que o senhor fez por mim e por nós. É muito pouco pelo que o senhor é.

Então, Dr. Moisés, hoje o senhor vai receber esta outorga legislativa aqui do estado de São Paulo, é um simples colar, mas é um colar dado com carinho, é um colar dado para um irmão. É um colar dado por todos os paulistas. É um colar dado por todos os seus amigos que estão aqui. Todos eles participaram e ficaram felizes por o senhor receber este colar.

E o senhor é um homem família, família maravilhosa, que estão todos aqui, todos lindos. Meus irmãos, minha família, o senhor é minha família. E eu trouxe esse livro aqui, porque quando eu fiz esse livro eu coloquei alguns amigos na dedicatória. Eu estava olhando aqui, Dr. Moisés, Dr. (Inaudível.) também faz parte. Está aqui, Dr. Moisés faz parte da minha trajetória.

Eu escrevi e agradeci. Agradeci também ao Marquinhos, também, que eu não vi aqui, que ele vinha para prestigiá-lo. A única diferença do Marquinho é que o Marquinho casou com uma judia. Ficou 20 anos comigo na viatura. Acostumou tanto a andar com a gente que ele casou com uma judia. E ele ficou de vir aqui, trabalha hoje no Denarc.

Então está aqui, o mínimo que eu tinha que fazer. E hoje, como deputado, eu tinha que fazer esta homenagem para o senhor. E eu torno a repetir, uma homenagem que eu fiz para o Dr. Claudio em 2014 e que eu estou fazendo agora para o senhor. E, com certeza, com uma alegria imensa.

Não li nada, eu queria falar do meu coração. Tinha muito mais coisa para falar, mas eu não quero ficar longo, senão vai ficar muito tempo aqui e temos mais pessoas para serem ouvidas.

Mas, Dr. Moisés, aceite aqui a minha gratidão. E eu aprendi com meu pai que gratidão não prescreve, então o senhor vai ter sempre um irmão ao seu lado, para qualquer horário, como o senhor foi comigo.

Parelheiros, dentro de uma cadeia, rebelião, fogo, incêndio, bombeiros, um tiro. Quem foi alvejado? Eu, no braço. Senti uma queimação. A primeira pessoa para quem eu liguei, quem foi? O Dr. Moisés Cohen. Imediatamente, o Marquinhos já colocou aqui uma toalha, amarrou.

Liguei para o Dr. Moisés e ele falou: “Vá direto para um pronto-socorro, segure o sangue e vá para o hospital, que eu vou esperar”. Eu falei: “Doutor, então eu vou para o Samaritano”. Me lembro como se fosse hoje. Saí, fui para o hospital de Parelheiros, enrolei meu braço, uma queimação, mas nada muito grave, um tiro no braço.

E lá dentro da cadeia alguém atirou, não sei se foi um tiro amigo ou um tiro inimigo, era uma rebelião feia. Cheguei no Samaritano, quem era a primeira pessoa que estava em pé me esperando? Isso eram três horas da manhã. Não é que eu liguei para o Dr. Moisés oito horas da noite, quando ele estava jantando.

Primeiro a me ver, já entrou, já mandou fazer um raio-X. Falou: “Não vamos mexer nada”. Ele só assumiu, como diz na polícia, a ocorrência, e falou: “Não vamos fazer nada nesse braço, eu não quero ter problema futuramente”. E está aqui, até hoje. Esse é o Dr. Moisés Cohen.

Começou a chegar muita viatura. Na época, o presidente da República era o Fernando Henrique Cardoso. Passaram tantas viaturas, que eu tinha sido baleado, todo mundo vinha ao pronto-socorro.

O que aconteceu, o pessoal da segurança do presidente da República foi lá saber o que estava acontecendo porque, no mínimo, umas dez viaturas da Polícia Civil passaram na rua do Fernando Henrique Cardoso, com a sirene ligada, e devem ter acordado ele.

Eu pedi para que não viesse mais ninguém, parecia uma praça de guerra, de tanta viatura. E assim era também o Dr. Moisés, o seu consultório, de tanta viatura que parava na porta. Era só ter um diretor lá passando por consulta e estávamos eu e o Nico parados lá, com um monte de viaturas.

Isso quando nós não íamos almoçar lá, porque na época faziam uma vaca atolada, que o Dr. Bittencourt gostava tanto. A gente ia almoçar lá, ele fazia, lá no fundo, para os funcionários, e aquele monte de viaturas parecia o Deic, com tanta viatura parada. Era o lugar mais seguro de São Paulo. E assim mesmo tivemos problemas lá com roubos, trocas de tiros, mas esse era o carinho que a polícia tinha com o Dr. Moisés.

Se eu chegava, o Nico chegava. Se o Nico chegava e eu sabia, eu chegava, porque eu não o deixava sozinho com algum diretor, não é, Dr. Luiz Carlos? Sabe que a competição era grande. Eram os dois, sempre. Então, se chegava um, chegava o outro. Então, eu fico muito feliz, porque o Nico é um parceiro, porque eu levei essa polícia para o Dr. Moisés.

Eu levei o Nico para lá, eu levei todos esses nossos amigos, o Fábio Bopp, tanto que o Fábio Bopp fala “Dr. Moisés” - é ou não é, Fábio? - “Devemos muito a ele.”. E é verdade. Sabe por quê? Porque ele é humano. Ele não vê se o cara é rico ou é pobre, ele trata do mesmo jeito. Ele é um médico que nasceu, um médico de coração.

E eu sei que não foi fácil. Veio lá de baixo e chegou aonde chegou, Dr. Moisés, professor Moisés. Então, eu tenho orgulho de dar hoje este colar para o senhor. E, já terminando aqui, e para dizer para o senhor, como eu falei, gratidão não prescreve. Isso é muito pouco pelo que o senhor merece.

Estou emocionado. Estou feliz. Pelo menos, pude retribuir um pouquinho de tudo que o senhor fez pela Polícia Civil, pelos amigos que aqui estão, por mim, pela minha trajetória. Na última eleição, o senhor estava lá comigo. Cem mil votos, já estava eleito. Cento e dez mil votos, ficou até o fim. Acima de 200 mil votos, me deu um beijo e um abraço.

O senhor é um irmão. Não vou chamar de pai porque eu tenho quase a mesma idade. Mas eu posso chamar do irmão que eu respeito e que pode saber que tem portas abertas onde o senhor quiser, pelo seu prestígio, mas na nossa Polícia Civil o senhor tem um tapete vermelho para o resto da vida, o senhor e a sua família.

Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Assistiremos, neste momento, o vídeo em homenagem ao Dr. Moisés Cohen.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Neste momento, ouviremos as palavras do Dr. Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo.

 

O SR. OSVALDO NICO GONÇALVES - Boa noite a todos, o Olim falou que eu não podia falar daqui, porque eu não tenho voto, mas depois me manda para cá, realmente me deixou meio... Não sei se falo de lá, falo daqui, mas ele falou: “Você não tem não voto, não pode falar de lá”. Eu falei: “Poxa, mas os teus votos aí, eu que ajudo bastante, os caras te confundem comigo”.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Muito voto é seu.

 

O SR. OSVALDO NICO GONÇALVES - Aí faz... Não é, Dr. Moisés? Então ele falou, mas eu acabei vindo. Primeiramente, cumprimentar a todos aí, mas eu vou falar rapidinho para não atrapalhar muito.

Tudo o que o Olim falou emocionado do Moisés aqui é pouco. É pouco mesmo, porque ele é um verdadeiro irmão para nós, um irmão mesmo. Ele fala mesmo, que eu esperava ele sair para encostar no consultório dele, e é verdade.

Ele tinha uma ciumeira do caramba e eu tinha que ficar lá quando ele não estava. Aí ele ficava sabendo pelo rádio da Polícia que eu estava lá, voltava. Então, nunca me deixou muito perto do Moisés, não é? Com aquele ciúme grande.

Mas, Moisés, eu como não ligo para ele, já falo: “Delegado Moisés!”. Ele já sabe que sou eu, há muitos anos e eu vou falar o quê? Vou falar o que do Moisés? Quantos policiais ele atendeu - não é, Olim, Artur? - ao nosso pedido? Policial que tomou tiro na mão, não tinha condição e ele conseguiu arrumar.

Então, a gente não tem palavras para falar isso. E outra coisa, eu queria deixar um destaque aqui, o Moisés não seria nada disso se não fosse um padrão Estelita. A gente fala da Estelita sempre, porque ela é impecável nas festas que ela faz, na organização.  Então, a gente sempre brinca disso, com o padrão Estelita.

Sem falar também das filhas deles, que a gente sabe que são duas meninas humildes, sabe? Você fala com elas, nem parece que são médicas, nem nada, sempre atendendo todo mundo com o maior carinho. Fiquei sabendo também que, naquela tragédia no litoral - não sei qual das duas, que eu confundo -, ficou lá na barraca ajudando. Quer dizer, é o Dr. Moisés.

Eu não vou ficar falando muito, porque eu sou emotivo e, para falar dele é difícil, mas é um irmão que a gente tem, um ser humano de primeira qualidade, qualidade mesmo.

Eu agora sei que ele está assim mais tranquilo, porque a clínica dele não tem aquele agito que ela tinha antes, mas ele merece um descanso. Merece, porque ele é um ser humano demais, demais mesmo.

E ele não é só o teu irmão, não.  É o nosso irmão, uma família, também.

Um abraço a todos. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Agradecemos as palavras do Dr. Osvaldo Nico Gonçalves, que, infelizmente, terá que se ausentar por motivo de força maior.

Neste momento, ouviremos as palavras do professor Dr. Walter Albertoni, médico ortopedista e escritor da Universidade Federal de São Paulo. Convidamos a Sra. Estelita para, por favor, acomodar-se na Mesa Diretora principal. (Palmas.)

 

O SR. WALTER ALBERTONI - Boa noite a todos, DD. Deputado Delegado Olim, Exmo. Dr. Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, na pessoa de quem eu cumprimento todos os integrantes da Mesa, autoridades acadêmicas, políticas, esportivas, familiares, colegas e amigos do Dr. Moisés Cohen.

Caríssimo Moisés, estou muito honrado por ser sido um dos escolhidos para saudá-lo neste importante evento, onde você é homenageado com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

O Moisés é paulistano, como vimos na apresentação que foi feita, nascido no dia 7 de janeiro de 1954. Ele iniciou os seus estudos na Escola Israelita do Cambuci e cursou o ginasial e colegial em escolas públicas. Graduou-se médico em 1977, pela Faculdade de Medicina da PUC - Sorocaba.

Fez residência médica em ortopedia, iniciando no Hospital Samaritano de São Paulo e depois completando todo o seu período de especialização no Pavilhão Fernandinho Simonsen da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Foi assistente do Departamento de Ortopedia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, dedicando-se à cirurgia do joelho e artroscopia.

Em 1986, a convite do professor José Laredo Filho, o Moisés veio para a Escola Paulista de Medicina, onde desenvolveu uma virtuosa carreira universitária. Concluiu o mestrado em 1990 e, em 1995, após seu doutorado, chefiou o Grupo de Artroscopia e Joelho do departamento.

Trabalhando sempre com muita competência e dedicação, em 2001 atingiu o grau máximo da carreira acadêmica em brilhante concurso público, tornando-se livre-docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

Em 2006, por concurso, foi aprovado como professor adjunto e foi notado na disciplina de Traumatologia por sua performance científica, tornou-se pesquisador do CNPQ. Foi eleito chefe do departamento em duas gestões consecutivas, 2010-2013, 2013-2016.

Sempre com intensa atividade em congressos nacionais e estrangeiros, formou numerosos discípulos. Na pós-graduação, orientou teses e publicou muitos artigos, conseguindo grande reconhecimento e reputação internacional.

Em 2012, em memorável concurso público, foi aprovado como professor titular da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Com intensa atividade profissional, o Moisés ainda se destacou sobremaneira na área associativa, onde exerce importante liderança entre seus pares.

Foi presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, presidente do Comitê de Traumatologia do Esporte, presidente da Sociedade Internacional de Artroscopia do Joelho e Medicina do Esporte, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT, assessor “ad hoc” da Fapesp, CNPQ e Capes, orientador da pós-graduação e da residência do Hospital Israelita Albert Einstein.

Atualmente, é membro titular da Academia Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a Abot, onde ocupa a cadeira nº 18, cujo o patrono é o professor Luiz Gustavo Wertheimer, o seu primeiro professor de ortopedia em Sorocaba.

Enfim, o Moisés não é só um profissional que opera bem, que dá uma belíssima aula, que sabe organizar e presidir um congresso como poucos; ele é competente em todos os aspectos.

Por tudo isso, Moisés, esta homenagem lhe faz justiça e, ao mesmo tempo, enche de orgulho todos que temos a honra de conviver com você, seus familiares, seus colegas e os seus amigos.

Parabéns, Moisés.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Antes dos próximos pronunciamentos, assistiremos neste momento depoimentos de algumas personalidades, para o Dr. Moisés Cohen, através de vídeo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Neste momento, ouviremos as palavras do Dr. Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. (Palmas.)

 

O SR. SIDNEY KLAJNER - Boa noite a todos e a todas. Excelentíssimo deputado Delegado Olim; Sr. Delegado Artur Dian; Estelita, em nome de quem cumprimento a família toda do nosso querido Moisés Cohen; Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein; Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, em nome de quem cumprimento toda a Mesa que está composta, aqui, nesta belíssima homenagem.

É um imenso prazer estar aqui nesta homenagem ao professor Dr. Moisés Cohen, um homem que eu admiro como profissional, como ser humano, pautado por valores judaicos, pela empatia e uma infinita capacidade de procurar fazer sempre mais.

O que ele fez e continua fazendo pela ortopedia e pela medicina esportiva é algo impressionante, merecedor de inúmeros reconhecimentos que tem obtido aqui e no exterior, aos quais se soma o que está recebendo hoje dos senhores deputados.

Há pouco, lembrava da atual polêmica sobre quem fez mais gols na nossa seleção, critério FIFA ou CBF, mas o que não é polêmico é o fato de Moisés ser um campeão de gols no placar ortopédico em favor de atletas profissionais e amadores e, também, de um número incalculável de pacientes não atletas, aos quais ele devolveu o joelho saudável e funcional.

Eu sei que Moisés até jogava bola na rua, aliás, já foi falado aqui, quando garoto, mas felizmente ele escolheu jogar profissionalmente em outro campo. Começou a descobrir a vocação para medicina por causa da doença do seu irmão, até hoje ele lembra que acompanhava a mãe nas filas das unidades públicas de saúde em busca de atendimento para o irmão.

Ingressou na faculdade de medicina e, na hora de escolher a especialidade, o gosto pelos esportes acabou pesando na opção da ortopedia. Uma paixão que só foi aumentando ao longo das suas mais de 40 décadas de profissão.

Certa vez, Steve Jobs, o visionário líder da Apple, disse que, abre aspas: “A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz”. E completou afirmando que, assim como no amor, a pessoa sabe quando ela encontra esse “o que”.

Acho que não tem outra forma de explicar a capacidade de realização, a dedicação e o maravilhoso trabalho do Dr. Moisés Cohen: é amor pelo que faz. Amor pela ortopedia e pela medicina esportiva.

Sua bagagem de atividades, nas mais diversas frentes, é imensa, inclui Presidência e outras posições importantes em entidades médicas nacionais e internacionais, como aquelas que já foram mencionadas aqui.

E no mundo dos esportes, além de pacientes famosos, atuou como ortopedista na Copa do Mundo, nos Jogos Olímpicos do Rio; participou das entidades como a FIFA, CBF, Federação Paulista de Futebol; e, na Unifesp, criou o Centro de Traumato-Ortopedia do Esporte, o CETE, e que tornou o Centro Médico de Excelência da FIFA.

Além das atividades do Instituto Cohen, como já foi mencionado aqui, que ele fundou em 99, ele é médico do corpo clínico do Einstein, onde também atua como orientador de pós-graduação, como professor; publica artigos, livros como autor e co-autor; cursos e palestras em eventos científicos aqui e do exterior e atividades de pesquisa também recheiam a sua bagagem.

Filho de uma família de imigrantes judeus sefarditas, como também já foi mencionado no vídeo - assim como parte da família da minha esposa, a Meire - formava uma comunidade na zona leste da cidade, frequentava a sinagoga da Mooca e até hoje, quando ele encontra a Meire, eles se cumprimentam brincando: “Oi, da Mooca!”.

De origem humilde, ele teve de batalhar para conseguir fazer a faculdade de medicina, como foi mencionado. Trabalhou como office boy, balconista e fazia bicos cantando em festas de casamentos nas sinagogas.

É engraçado lembrar coincidências curiosas que a vida vai tecendo. Eu sou de uma geração um pouco mais nova, mas na juventude também cantei em coro de sinagogas, no coral da maestrina dona Raquel, no Cambuci.

E fui descobrir no Einstein que parte deste coral participa todos os anos do serviço do ano novo judaico, o Rosh Hashaná, e do Yom Kipur, que realizamos lá na nossa instituição. E vocês sabem quem cantava e ainda canta nesse coral hoje em dia? Isso mesmo, o professor Dr. Moisés Cohen.

Acho até que ele canta bem, mas o que me impressiona mesmo é a sua capacidade de reger os instrumentos que, na minha visão e na visão do Einstein, são fundamentais na orquestra da saúde, assistência, ensino e educação, pesquisa, inovação, transformação digital e responsabilidade social. O Einstein atua em todas essas dimensões, e o Moisés também.

Além do cuidado com seus pacientes, ele gera e dissemina conhecimento com suas atividades como pesquisador, professor e palestrante. Incorpora inovações, como nós conversávamos esta semana, com o uso da robótica nos procedimentos de joelho e se engaja na educação e na saúde da população por meio de entrevistas e conteúdos nas redes sociais.

Ele se envolve em iniciativas de impacto social, como o Cete, e presta atendimento médico especializado e gratuito. Participa de projetos que usam tecnologia, em particular a telemedicina, para aprimorar o atendimento ortopédico em localidades menores para, como ele diz, reduzir a prática de simplesmente colocar o paciente em uma ambulância e enviar para o hospital da cidade grande.

Para sua alegria e de sua esposa Estelita, Moisés fez até escola em casa. As doutoras Camila e Carina, suas filhas, também escolheram a ortopedia. Como especialista badalado, reconhecido nacional e internacionalmente, Moisés poderia ser daqueles que sobem sozinhos ao alto do pódio, orgulhosos de suas conquistas. Ele faz exatamente o contrário: o pódio é lugar coletivo.

Para ele, é a força do trabalho em equipe que faz a diferença, e, como aprendeu desde as partidas de futebol de rua e, depois, no exercício das atividades profissionais, vitória se conquista com trabalho em um time.

Como cantor amador e admirador de música, Moisés às vezes empresta a poesia da canção de Raul Seixas para ensinar como perseguir os objetivos: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é a realidade.”

Meu amigo Moisés, parabéns pelas muitas realidades que você criou sonhando junto, e que tenhamos todos a capacidade de exercitar intensamente esse sonhar junto, para seguir criando novas realidades para a saúde de nosso País, com avanços e mais qualidade nos cuidados, mais acesso, mais sustentabilidade, mais equidade.

Como pessoa, como médico, como presidente do Einstein, faço parte da sua legião de admiradores. Como eles, eu quero aplaudi-lo por mais este reconhecimento e aplaudir a iniciativa desta Casa, deputado, em homenageá-lo com o Colar de Honra ao Mérito.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Gostaríamos de convidar para integrar a Mesa principal o sempre deputado Walter Feldman, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Com a palavra, o Dr. Marcos Knobel, presidente da Fisesp e vice-presidente do Hospital Albert Einstein.

 

O SR. MARCOS KNOBEL - Boa noite a todos, prezado Delegado Olim, membros da Mesa, meu amigo Artur Dian, Estelita, Moisés, a todos da Mesa acessória, meu companheiro Claudio Lottenberg - a quem eu congratulo - uma boa-noite a todos. Moisés, só de estar aqui presente já era uma honra para mim. Subir à Mesa e agora receber, dar a palavra a você, é muito mais.

Olhando todos que estão aqui, nós conseguimos saber quem é Moisés Cohen. Nós temos amigos, nós temos discípulos de Moisés Cohen, professores de Moisés Cohen, a família maravilhosa que você tem - Estelita, Carina, Camila, seus genros, seus netos, um que eu conheci agora, que é um amor de pessoa.

Lideranças comunitárias aqui presentes também, e essas lideranças mostram que você é uma pessoa extremamente querida e um expoente dentro da nossa comunidade judaica.

Eu sempre falo que nós, líderes da comunidade, temos que nos espelharmos nos que nos antecederam, nos mais velhos. A gente sempre se espelha. Claudio Lottenberg foi um exemplo para mim, Sidney Klajner também, mas se a gente voltar um pouco atrás, Moisés, há muitos anos, talvez você foi um dos meus maiores exemplos. Desde que eu via você cantando nas festas religiosas na sinagoga do Bom Retiro, que eu ia com o meu avô.

Aquilo era uma coisa que marcava muito, e a sua trajetória, não somente uma trajetória médica perfeita, mas a sua trajetória dentro da comunidade. Uma pessoa respeitada por sua ação dentro da comunidade judaica, que se espelhava também dentro da sociedade.

Moisés, esta homenagem é merecidíssima. Eu fico extremamente honrado e orgulhoso de ser seu amigo, de ser seu colega, de ter sido seu discípulo também, apesar de eu ter escolhido uma outra especialidade. Mas o orgulho maior, representando a Federação Israelita do Estado de São Paulo, é ter uma pessoa, um judeu, tão bom quanto você.

Estamos chegando agora, amanhã a comunidade judaica comemora o ano novo. Eu aproveito, então, para desejar à sua família, a toda a comunidade judaica e a toda a sociedade um ano bom, um ano doce.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Ouviremos as palavras do Dr. Claudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e da Confederação Israelita do Brasil.

 

O SR. CLAUDIO LOTTENBERG - Prezado deputado Delegado Olim, um privilégio poder estar aqui. Bem lembrado, tenho orgulho de já ter sido agraciado, realmente, pelo colar, por Vossa Excelência. Prezado amigo delegado Artur Dian, prazer estar também aqui com o senhor. Prezada Estelita, em quem eu homenageio não só a família do Moisés, mas a todas as mulheres.

Meu prezado Marcos Knobel, presidente da nossa federação; meu prezado e querido amigo e irmão de todos os momentos, Dr. Sidney Klajner, a quem eu saúdo em nome de toda a comunidade médica aqui presente.

Meu querido rabino Yossi Schildkraut, representando aqui as autoridades religiosas, presença muito importante, às vésperas de nosso Rosh Hashaná. Meu prezado...

E tomo a liberdade, apesar de não estar aqui na Mesa, mas saudar Marcos Arbaitman, que é o decano, hoje aqui presente, da nossa comunidade. Ele que presidiu tantas organizações em tantas frentes. Quero, por fim, saudar meu querido Moisés Cohen.

Eu tive a oportunidade e o privilégio de ter sido convidado pelo Moisés para poder fazer uma leitura de um livro, que em breve será lançado. E prefaciar uma obra literária implica, Fábio, que a gente leia o conteúdo, possa entender o que significa, para certamente ter as ferramentas em uma análise daquilo que aquilo possa representar.

E no presente caso, uma leitura que deveria ser um exercício simples, Estelita, ganhou muita profundidade e acabou trazendo muita emoção, pois me levou a conhecer com detalhes a vida e a trajetória de um homem a quem eu sempre me refiro como o grande “self-made man” na área da Saúde de nossa comunidade.

Porém, eu descobri muito mais nessa leitura, quase que vivenciando momentos que coincidem com passagens da minha própria vida, Marcos, pois ele fala do Cambuci, onde meu pai foi criado; fala do Pavilhão Fernandinho, Moisés, onde eu fui operado, ainda na década de 70.

E pelo menos, também, mais coincidências de alguém que queria ser médico, com uma justa ambição, uma ambição melhorada, mensurada e equilibrada, com um crescimento e um reconhecimento junto à sociedade maior. Algo que, sem sombra de dúvida, Moisés, tornava a leitura absolutamente um exercício com muita paixão.

Como dito aqui, filho de imigrantes oriundos do Líbano, a história traz várias passagens da vida de um homem, alguém que nasceu com o compromisso de lutar - no princípio, meus amigos, até pela sobrevivência. Uma pessoa que passou pelos anos buscando uma diferenciação de natureza técnica, médica, sempre pautado pelo estudo e pelo conhecimento, o que orgulha muito os valores judaicos e universais.

Um homem que buscou se estabelecer, mas jamais abriu mão de raízes fortes, pautadas, é verdade, na educação. E muito inspirado, Estelita, na história de um irmão, Serginho, que precocemente o deixou. Eu sei o quanto isso, Moisés, te emociona, no cotidiano e mesmo agora.

Além disso, uma cumplicidade absolutamente inegociável na presença de Estelita, em uma gratidão presente, Moisés, a todos que o apoiaram. E incrível - suas filhas devem ouvir isso -, Moisés cita cada uma das pessoas que o apoiaram, em cada um dos momentos de sua carreira.

Moisés, a verdade é que a narrativa da sua história tem uma linguagem simples, mas que envolve com uma profundidade enorme, com um magnetismo muito forte. Impossível, meus amigos, não se emocionar com cada uma das passagens da vida de Moisés Cohen. Eu imaginava conhecer Moisés Cohen, mas descobri, Estelita, na leitura, que eu conhecia pouco a respeito do seu marido.

Trata-se de uma figura humana, um profissional muito especial, um homem que lutou para ser alguém, um homem que lutou sempre pautado por valores dentro da perspectiva de ser alguém forte.

Sempre foi indiferente, Moisés, junto às manifestações de inveja, às miudezas, e que sempre soube se alicerçar para fazer algo sempre a mais, como que em um exercício permanente de superação.

A sua vida, Moisés, é uma grande linha ascendente, em que os tropeços o fizeram ainda mais forte. Uma vida que não foi simples, e sim lotada, várias vezes, de lutas e privações. Emocionante, Estelita, a gente não poder viver o momento da passagem do réveillon em Orlando. Ele sozinho, pautado por fogos de alegrias, e o seu coração presente na distância das suas filhas e sua esposa.

Na leitura, vocês vão ter oportunidade de um dia poder acompanhar, como eu tive esse privilégio. Constata-se que o próprio Moisés diz que não sabia ao certo o que é ser empreendedor, mas que ao longo desta mesma vida ele se descobriu como tal. Com um detalhe: quando ele se descobre como empreendedor, ele já havia concretizado várias ações de natureza empreendedora.

Uma obra literária, Moisés, dessa natureza, tem valor quando não só retrata uma história de vida, mas também representa uma fonte de pesquisa para inspirações para os mais jovens, e esse é você, um inspirador para a juventude.

Eu fui amigo - Moisés, e vários de vocês - de uma das figuras mais legendárias da vida comunitária, que foi Leon Feffer. Em certa ocasião, Marcos, ele me comentava que havia virado professor e que essa qualificação derivava em um curso de MBA na área de liderança. Eu fiquei surpreso, pois conhecia muitos atributos de Leon Feffer, mas professor... É verdade que ele era, de fato, professor.

E nessa conversa com o Sr. Leon, eu constatei que de fato os professores, Cláudio Lehn, são aqueles que podem ter uma titulação dentro da perspectiva da formação acadêmica - podem ser mestres, podem ser doutores.

E esses são os professores dentro de uma percepção mais objetiva e mais concreta, porém, o que o Sr. Leon Feffer se manifestava era fazer menção a um tipo de professor, que retrata um perfil de liderança, atributo que não necessariamente é qualificado pelos títulos acadêmicos.

Pois então, ao ler o livro, Estelita, eu percebi que existem dois Moisés em um só Moisés. Existe o Moisés, que é o professor de ortopedia, titulado, pautado pelo tecnicismo diferenciado, presidente de sociedades médicas, professor Albertoni, que tão bem o senhor retratou, um médico dedicado; mas existe um outro professor Moisés, que é um professor da vida, aquele que quem sabe, até você mesmo, Moisés, desconheça.

É o Moisés que lidera, é o Moisés que se dedica a inspirar os jovens a lutar, um Moisés que não esquece de seus amigos e de suas raízes, um Moisés que cuida de sua família e de seus amigos, um Moisés grato, cujos valores de comportamento são intituláveis, mas que conferem a você, Moisés, o título de professor de vida.

Este é o Moisés Cohen, o médico, o professor, o empreendedor, o judeu praticante, o pai, o filho, o bom irmão, o amigo, cujo foco permitiu também transmitir para suas duas e maravilhosas filhas, Camila e Carina, um legado que poderão elas, com orgulho, transmitir às gerações subsequentes como uma referência de melhor qualidade.

Moisés, eu olhei há pouco a foto daquele menino, aquele que inspirou... hoje, quando você chegar em casa, o que eu recomendo é que você pode pegar aquela foto e olhar de novo, “veja o que eu fiz pela tua vida”. Você fez muito.

Deputado, em nome da comunidade judaica brasileira, mas talvez, em nome da sociedade brasileira, se assim o senhor me permite, eu queria agradecer, porque Moisés dignifica a vida médica, Moisés honra e dignifica a nossa comunidade, mas Moisés inspira a sociedade brasileira.

“G’mar chatimá tová”, sejamos todos nós inscritos no livro da vida. “Shaná tová”, todos vocês.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - E neste momento, assistiremos também, em vídeo, a outros depoimentos enviados para o Dr. Moisés Cohen.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Convidamos para fazer uso da palavra o rabino Yossi Schildkraut.

 

O SR. YOSSI SCHILDKRAUT - Boa noite, Moshe. Estamos agora na véspera do Rosh Hashaná, a véspera do ano novo judaico que começa e inicia amanhã à noite. Em hebraico, é chamado Rosh Hashaná, que não é somente o início do ano. Rosh Hashaná quer dizer “a cabeça do ano”.

É que nem no corpo, que é dirigido pela cabeça; estes dois dias de sábado e domingo são a cabeça do ano. E nesse dia nós tocamos um instrumento. É um instrumento simples, mas é instrumento sério, que é chamado shofar. E eu falei para o doutor: “Eu gostaria de tocar este mês, o mês que antecede esta festa, este ano novo judaico”.

Tocamos todos os dias e hoje é o último dia antes que nós tocamos ele na sinagoga. A origem de tocar isso é na Bíblia. Quando o Moisés queria congregar todos os judeus, eles tocaram o shofar e assim que uniu todo mundo.

Eu estava pensando, Moisés, quando os judeus saíram do Egito, da escravidão, há três mil, trezentos e poucos anos atrás, a primeira coisa que o Moisés fez, ele estava formando um povo e ele dividiu o povo em 12 tribos.

E pode perguntar: nós acabamos de sair do Egito, nós estávamos nos formando como um povo e já dividiu em 12? Sim, essa é a ideia do judaísmo, que nós estamos unidos, somos unidos, mas cada um tem sua forma de pensar, adversidade; assim, nós crescemos. E, quando Moisés queria unir todo mundo, ele tocou o shofar e isso acontece em nosso Rosh Hashaná, no ano novo, nas sinagogas.

Tocamos o shofar, todo mundo levanta, fecha os olhos e medita, porque nós estamos todo mundo junto e essa é a ideia do Rosh Hashaná. Mas eu queria falar uma coisa interessante, Moisés. Eu não aguento, mas eu preciso te falar. É costume que, na noite do Rosh Hashaná, todo mundo forme uma fila e o rabino dê uma benção para cada um (Inaudível.).

Aí tinha uma fila na sinagoga e passa o alfaiate e o rabino deseja que ele costure muitos vestidos e ao sapateiro o rabino deseja para costurar muitas botas. Aí chega um médico e todo mundo olha o que o rabino vai falar para ele.

O rabino olha para ele: “Eu desejo que os pobres fiquem com saúde e os ricos pensem que eles estão doentes”. É um instrumento simples. Eu gostaria que todo mundo ficasse em pé e nós vamos tocar o shofar.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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Eu gostaria de desejar um ano bom e doce a todos e, Moisés, continue sendo essa pessoa dócil que você é. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Ouviremos as palavras de Mauro Silva, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.

 

O SR. MAURO SILVA - Boa noite a todos. Eu queria começar cumprimentando aqui o meu querido amigo deputado Olim. Olim, parabéns por esta iniciativa, por esta homenagem, enfim. Se tem uma pessoa aqui que merece todas as homenagens é o Dr. Moisés e eu fico extremamente feliz e emocionado de estar aqui hoje e participar deste reconhecimento, desta distinção.

Cumprimentar também o Dr. Moisés. Doutor, que alegria poder estar em um momento tão especial como este. É um orgulho para mim, uma honra, viu, doutor? Cumprimentar também o Dr. Artur, delegado-geral de polícia do estado de São Paulo; o Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein; Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo e vice-presidente do Hospital Albert Einstein; Claudio Lottenberg, presidente da mesa do conselho do Hospital Albert Einstein; o rabino Yossi; o Dr. Walter Albertoni, médico ortopedista da Unifesp. Cumprimentar também a esposa, a Estelita; as filhas, Dra. Camila e a Dra. Carina; toda a família do doutor Moisés.

Queria aproveitar e cumprimentar também o Jorge Damião, um amigo. Prazer, bom estar aqui com você, Jorge; a Dra. Margareth, chefe da assessoria da Polícia Civil da Alesp e corregedora da Federação Paulista de Futebol; Luiz Vidal, chefe do gabinete da Fiesp; e um grande amigo também, sempre deputado, Walter Feldman. Walter, muito bom te ver também, depois de muito tempo.

Eu vou seguir o que o Olim fez aqui e falar com o coração. Para mim, representar a Federação Paulista neste evento e poder agradecer ao Dr. Moisés e o que ele tem feito para o futebol de São Paulo. O futebol de São Paulo tem uma dívida eterna com o Dr. Moisés.

Durante a pandemia... Eu estava comentando com a Dra. Camila, não, é, Dra. Camila? Quantas reuniões virtuais, doutor? Quantas reuniões virtuais? Nós não teríamos conseguido retornar às competições, aos campeonatos, se não fosse pelo Dr. Moisés, através dos protocolos de segurança que ele desenvolveu, através do trabalho que o senhor, doutor, realizou. Então, todo o futebol de São Paulo tem uma dívida eterna com você por esse trabalho brilhante que você fez.

Eu encontrava com o Dr. Moisés... Uma das alegrias de estar na Federação Paulista foi ter conhecido o Dr. Moisés. Teve uma vez que, logo no início - eu cheguei em 2015 -, tinha uma funcionária que a mãe dela estava com problema no cotovelo. Ela me contou e toda vez que eu chegava na Federação eu encontrava com ela e perguntava: “Como está sua mãe?” E ela: “Poxa, Mauro, está esperando a cirurgia, não consegue resolver”.

Acabei ficando apreensivo com aquilo. Outro dia perguntava, a situação continuava. Um dia ela comentou, eu subi, eu falei: “Vou ligar para o Dr. Moisés”. Falei: “Doutor, está acontecendo isso. Tem uma mãe de uma funcionária que está em uma situação precisando de uma cirurgia. Será que a gente conseguiria ajudar de alguma forma?” E o Dr. Moisés falou: “Mauro, fala com ela”, indicou o hospital, pediu para internar, fez a cirurgia.

Eu nunca comentei isso com ninguém, não é, doutor? Mas é uma oportunidade de agradecer também. Ele encontrava-se comigo na Federação e dizia: “Se tiver algum ex-atleta que não tiver condições financeiras, que precisa de uma cirurgia, me avisa que a gente vai ajudar”.

Então, eu não quero me estender. Doutor, em nome de todos os presente aqui, de todas as pessoas que foram beneficiadas pelo seu trabalho, em nome de todos os atletas que não puderam estar aqui hoje e agradecer pessoalmente, eu quero desejar que Deus continue a sua jornada, como o Olim disse, que Deus te dê em dobro tudo o que você faz pelas pessoas, porque você merece, doutor.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Ouviremos as palavras da Dra. Camila Kaleka, médica e filha do Dr. Moisés Cohen.

 

 A SRA. CAMILA KALEKA - Boa noite a todos. Bastante emocionante estar aqui, vou tentar me segurar ao máximo. Peço desculpas por quebrar um pouco a solenidade, mas também não poderia deixar de agradecer às pessoas que estão aqui conosco: o Walter Feldman, o Artur, o Delegado Olim - que é família mesmo. Acho que desde que eu me conheço por gente, o Olim e a Carol - que está aqui, é a filha dele - estão sempre conosco, então realmente são família de verdade.

Agradecer a minha mãe, Dr. Walter Albertoni, meu cunhado, meu marido, Dr. Sidney Klajner, Dr. Claudio Lottenberg, rabino Yossi, Mauro Silva. São todas pessoas incríveis e a gente poderia ficar algum tempo agradecendo a todos, mas vim aqui falar do meu pai, do Dr. Moisés, do chefe Moisés, do Prof. Moisés, do Moisés, do “Mo”, do pai, do vô. É o conjunto de todas essas versões que fizeram com que chegássemos talvez a esta homenagem muito mais do que merecida.

Sabe aquele doutor que durante uma consulta acolhe, ouve - vocês viram a quantidade de pacientes falando -, se aproxima do lugar do outro, pensa como outro e tem o dom de falar com os pacientes? Bom, é assim que ele é. Espero que quem não foi paciente, não seja, mas ele é dessa maneira como eu estou contando para vocês, pois é assim.

E por isso não é surpresa para muitos aqui que esse jeito de ser faz com que os pacientes virem muito mais do que pacientes, sejam amigos, pessoas muito queridas e logo elas entram na nossa própria roda social.

Quando a gente viu, essas pessoas estavam ao nosso lado nos momentos mais importantes das nossas vidas, compartilhando vitórias e compartilhando coisas ruins também, como o próprio delegado falou.

O professor Moisés, chefe, ele tem um grupo de seguidores que acho que nem o Instagram hoje consegue contabilizar. A conta é muito maior do que essa e números simples das redes sociais infelizmente não conseguem mensurar a quantidade de pessoas que realmente admiram demais esse profissional.

Profissionais que aprenderam com ele, por pouco ou por muito tempo, e que mantêm um enorme respeito, são seguidores fiéis que sabem da entrega dele como profissional.

Assim também são os fiéis funcionários que estão aqui e que realmente cuidam com o maior carinho da sua rotina diária para nada sair do trilho, para que as coisas consigam funcionar e que ele funcione, que a cabeça dele pense somente no bem-estar dos nossos pacientes.

O Moisés, fora dos arredores do hospital, não se desconecta muito fácil, o celular está sempre “on” e minha mãe que o diga. De qualquer maneira, ele ainda continua muito disponível para todos, mas para nós também, a família, que com certeza é o seu bem maior.

Por nós ele se desdobra, por nós ele agrega qualquer coisa, a qualquer minuto. Ele quer agradar a todos e não mede nenhum esforço para ficar junto com a gente. Ele é um grande agregador, tanto para os colegas, mas para nós da família.

É um exemplo de caráter, de dedicação, e é dono dos nossos corações: das meninas, a mamãe, eu e a Ni, dos filhos que ele ganhou, o Jô e o Arthur, e dos quatro meninos, o Pepê, o Fipe, o Má e o Digo. Amamos profundamente o senhor com todas as nossas forças.

Por fim, um agradecimento especial ao deputado Olim, Delegado, por fazer esta cordial cerimônia pelo reconhecimento do Moisés em todas essas versões. E, por termos momentos como este para declararmos o que sentimos todos os dias, e muitas poucas vezes falamos.

Muito, muito obrigada. (Palmas.)

 

NETO DO SR. MOISÉS COHEN - Vou falar um pouco o que eu sinceramente acho do meu vô, que eu sempre o vejo em casa, em um momento mais descontraído. Agora, com esse monte de gente me olhando, mas eu vou falar por mim e pelo Felipe, meu irmãozinho.

Parabéns, primeiramente, vô. Eu e o Fipinho te amamos muito. A gente deseja todo o melhor para você, a gente te admira muito, principalmente seu esforço, porque você é muito dedicado, e todas as outras coisas que você faz pela gente.

Obrigado por tudo, e que eu tenho muitas boas memórias com você, e eu nunca mais vou esquecer.

Obrigado, vô. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Neste momento, ouviremos as palavras da Dra. Carina Grynbaum, médica e também filha do Dr. Moisés Cohen. (Palmas.)

 

A SRA. CARINA GRYNBAUM - Boa noite a todos. É um difícil momento, uma emoção muito grande e, enfim, acompanhar toda essa jornada tem sido uma sorte para a gente.

Queria começar aqui agradecendo e confessando nosso extremo agradecimento a todos que estão aqui presentes, e ao Deputado Olim, por nos proporcionar este espaço de fala e, principalmente, permitir meu pai receber esta homenagem hoje e receber este presente em vida.

Imagina o quão gratificante é receber uma homenagem deste tamanho quando o homenageado pode participar deste momento. E para a gente, como família e amigos, é um privilégio poder estar aqui hoje.

Pai, sem dúvida ser agraciado hoje é um motivo de muito orgulho, porque este presente hoje tem a seguinte definição: é um título que é concedido a uma pessoa que obteve reconhecimento público por realizar algo de destaque, e que é designado a uma pessoa que faz por merecer determinada posição. E, de fato, no convite veio escrito: “Reconhecimento de uma jornada de paixão e dedicação.” É sobre isso que se trata sua linda jornada nessa vida.

Entre tantos títulos que foram falados aqui que você alcançou - mestre, doutor, livre-docente, professor titular, pesquisador, presidente de várias sociedades, líder, formador de centenas de médicos, do ponto de vista profissional e de caráter também... muitos títulos acumulados que trouxeram para você reconhecimento sincero e amizades em todo o mundo.

Tudo sempre foi feito por ele com muita dedicação, e, claro, foi incomensurável o apoio da minha mãe, que fez da jornada dela dar o suporte à sua, e fez a sua missão a dela, tudo feito com muita paixão.

Eu não me lembro em nenhum momento de vê-lo reclamando de acordar às cinco da manhã para operar, de ter que voltar de uma viagem para atender um acidentado, de confortar um paciente ansioso durante um jantar de família, ou de sair de casa para ir ver alguém que está reclamando de dor.

Ele não é só médico das estrelas nem dos jogadores famosos. Durante toda a carreira, ele se dedicou realmente à vida pública, demonstrou preocupação social, idealizou e realizou vários projetos sociais voltados para atendimento, para o esporte, para o acolhimento de pessoas carentes também.

Soube bravamente e honestamente contornar as diversas barreiras e desafios que se apresentaram no seu caminho, e humildemente receber posições e títulos notórios, como que ele é concedido hoje. Ele é incansável e parece que busca se superar a cada dia e sempre dividindo as suas vitórias com todos, com a sua impressionante capacidade agregadora.

Pai, você é muito amado, você será eternamente amado por todos que tenham a sorte de cruzar o seu caminho. E que benção a nossa poder desfrutar de você todos os dias sem limites.

Você é o nosso grande professor e o nosso verdadeiro porto seguro. É um pai maravilhoso, é um marido exemplar, um avô excepcional. Com todo o seu carisma, multiplicou os nossos amigos, todos os amigos e tantos que estão aqui hoje, e nos sentimos confortáveis de chamá-los de família.

Você é definitivamente muito especial, pai, sempre à frente do seu tempo, nos presenteando diariamente com exemplos de humildade, competência, esforço. E hoje este reconhecimento vem no certificado de que toda sua jornada vale a pena.

Entre todas as suas virtudes, mais do que construir os joelhos, é notória a sua capacidade de construir relacionamentos humanos, encurtando pontes e trazendo a ortopedia do País para um patamar de notoriedade mundial.

E todos os dias, sem nenhuma exceção, ao dormir eu agradeço o privilégio de ter nascido sua filha e a honra de estar nessa família com os mais lindos exemplos que alguém poderia ter.

Obrigada por você ser nosso, obrigada por ser você.

Nós o amamos profundamente. (Palmas.)

 

NETO DO SR. MOISÉS COHEN - Eu te amo, vô. (Palmas.)

 

NETO DO SR. MOISÉS COHEN - Vô, eu te amo muito, você é um super-herói, um grande cirurgião, um grande ortopedista, um grande vô, muito amado.

Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Agradecemos as palavras das autoridades aqui presentes e, neste momento, daremos início à outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao homenageado, Dr. Moisés Cohen.

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Senhoras e senhores, o Colar de Honra ao Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Foi criado em 2015 e é concedido às pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares que tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso estado, como forma de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem.

Esta sessão solene homenageia, com a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Dr. Moisés Cohen.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Chamamos à frente o Dr. Moisés Cohen para que seja outorgado com o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo por seu brilhante trabalho como médico, há mais de 40 anos, e como professor titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo. (Palmas.)

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA -Representando o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que não pôde comparecer a esta cerimônia, o deputado Delegado Olim também fará a entrega do mimo Brecheret ao homenageado. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Neste momento, anunciamos as palavras do homenageado desta noite, o Dr. Moisés Cohen. (Palmas.)

 

O SR. MOISÉS COHEN - Boa noite a todos, senhoras e senhores, é com muita emoção que me dirijo neste momento tão especial para mim... Cumprimentando, na pessoa do delegado e irmão, Olim, todas as autoridade presentes, com especial citação ao secretário de Segurança Pública adjunto, Dr. Nico, e do delegado geral Dr. Artur, queridos amigos de longa data que muito enriquecem este evento.

Quero estender meus cumprimentos e agradecer aos convidados que compõem a Mesa e que aqui manifestaram tantas palavras de carinho. Meu muito obrigado. À minha família, muitíssimo obrigado por me incentivar em todos os momentos e me completar com o amor e o apoio incondicional que recebo de vocês, a maior razão do meu esforço e da minha dedicação para me tornar a cada dia uma pessoa melhor.

Agradeço a todos aqui presentes: amigos, familiares, parceiros de trabalho e demais convidados que vieram prestigiar este evento, que tornam este momento ainda mais especial para mim, tão bem planejado pela comissão organizadora do Deputado Olim, a quem também eu faço um agradecimento especial.

Bem, gratidão e emoção me sobram aqui hoje, nesta outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. Confesso que este é um momento único em minha vida, no qual me sinto profundamente honrado, vivendo um sonho que eu jamais sonhei.

Ao pesquisar sobre esta honraria, entendi o quão importante e seleta ela é, o que me honrou ainda mais. Querido deputado, delegado, amigo, irmão Olim, muitíssimo obrigado.

Quando se trata de conhecimento, não compartilho com a inércia, tenho como um dos meus princípios sempre olhar para a frente com a mente aberta para aprender a cada dia. Mas esta homenagem, confesso, fez-me voltar no tempo, relembrando momentos da minha vida que talvez nunca mais fossem tocados.

Hoje tenho a clareza e a humildade para reconhecer que aprendi com cada um desses momentos e com cada uma dessas pessoas, que ajudaram a solidificar a minha base nos momentos de alegria, mas, principalmente, nos momentos difíceis, que me permitiram refletir e amadurecer cada vez mais.

Pelo Prof. Albertoni, agradeço à Escola Paulista de Medicina, por me permitir conquistar todas as etapas da carreira acadêmica e me aproximar das diversas sociedades científicas que tive o prazer de presidir.

Nas pessoas do Claudio Lottenberg e Sidney Klajner, quero agradecer por todo o apoio que recebo e manifestar o orgulho e a alegria que tenho em trabalhar dentro de uma instituição do quilate do Hospital Israelita Albert Einstein, onde tenho um enorme prazer em chegar todos dias cedo, de manhã, e lá ficar até à noite convivendo com relevantes profissionais, envolvidos em uma medicina do mais alto nível, em todas as especialidades, e eleito pela “Newsweek” número um em ortopedia na América Latina, o que muito me orgulha.

Quero dividir esta medalha com todos aqueles que acreditam no poder da dedicação, do trabalho árduo e da perseverança. Cada um de nós tem potencial de fazer a diferença no mundo, seja em grande escala ou em pequenas ações do dia a dia.

Que a noite de hoje nos sirva sempre como um lembrete de que nossos esforços não passam despercebidos e que cada passo dado em direção aos nossos sonhos é sempre muito valioso.

Ao longo da minha jornada, tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, que me inspiraram e me ajudaram a crescer tanto pessoal quanto profissionalmente. E hoje posso olhar para trás e ver trilhada uma estrada com muitos obstáculos, é verdade, mas vencidos com muita luta, perseverança e apoio incondicional da família, tendo há 42 anos como pilar central a minha esposa, Estelita, guerreira e fiel companheira de todas as horas, com quem aprendo e por ela continuo sendo lapidado a cada dia.

Nossos sonhos sempre foram grandes, mas, para alcançar nossos objetivos, eu precisava trabalhar bastante, muitas vezes me ausentando do convívio familiar. No entanto, para as crianças, minhas queridas e amadas filhas, ela me fazia estar sempre presente, o tempo todo, mesmo eu estando ausente.

Talvez isso tenha sido um dos fatores para que minhas duas amadas filhas seguissem a mesma profissão que escolhi para mim e hoje me orgulho muito pelo reconhecimento profissional de ambas, pelos pares.

Trouxeram para casa o Joni e o Arthur, mais do que genros, verdadeiros filhos. A alegria foi maior ainda quando vieram ao mundo o Pepê, o Felipe, o Mário e o Rodrigo, verdadeiras joias, que a cada dia tornam nossas vidas mais coloridas.

Por isso, sou uma pessoa muito grata e muito feliz por tudo o que a vida me deu e ainda, com certeza, me dará. A data de hoje tem um valor especial, como já dito aqui, porque amanhã, ao pôr do sol, começa o ano 5.784 no calendário judaico, anunciado pelo toque do shofar em meio a um profundo silêncio, em um momento de reflexão, de renovação espiritual e de autoanálise. Nosso desejo é que essa renovação venha sempre carregada de fluidos positivos para que juntos possamos continuar a praticar a mitzvá, nossas boas ações ao próximo.

Minhas palavras finais são de agradecimento ao grande arquiteto do universo. Expressas aqui em hebraico, (Pronunciamento em língua estrangeira.). Gratidão por vivermos, existirmos e nos permitir chegar a este momento.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CECÍLIA DE ARRUDA - Agradecemos as palavras do homenageado, Dr. Moisés Cohen. Informamos que, ao final do evento, todos estão convidados para o coquetel no Salão dos Espelhos, ao lado deste plenário. Com a palavra o deputado Delegado Olim, que fará o encerramento oficial da sessão solene. 

 

O SR. PRESIDENTE - DELEGADO OLIM - PP - Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às autoridades, à minha equipe, aos funcionários do serviço de som, da taquigrafia, da fotografia, do serviço de atas, do cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa, da TV Alesp e das assessorias policiais Militar e Civil, bem como a todos os que, com as suas presenças, colaboraram para pleno êxito desta solenidade.

Está encerrada esta solenidade. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 29 minutos.

 

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