24 DE AGOSTO DE 2023

88ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: CARLOS GIANNAZI, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO e MAJOR MECCA

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Endossa o pronunciamento do deputado Luiz Claudio Marcolino.

        

4 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

        

6 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

8 - FABIANA BARROSO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.

        

11 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Endossa o pronunciamento do deputado Gil Diniz.

        

13 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

14 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Cumprimenta visitantes presentes nas galerias.

        

16 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

18 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 25/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Dando início à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra, o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino, que fará uso regimental da tribuna. 

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Carlos Giannazi, nesta sessão, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, hoje eu vou utilizar o tempo do Pequeno Expediente falando sobre um projeto que eu apresentei no ano de 2011, Projeto 621, de 2011, que dispõe sobre o horário de 24 horas de funcionamento das linhas do metrô, CPTM, EMTU e agora, também, do monotrilho.

Esse projeto, nobres deputados, eu apresentei em 2011. Queria que colocasse aqui um pouco a apresentação, mostrando a tramitação do projeto. Nós entramos com esse projeto - pode passar a próxima transparência; não, desculpa, volta para a anterior, pode voltar, volta uma - esse projeto nós demos a entrada no dia 18/06/2011, foi publicado no Diário Oficial, depois as fotos de que correram as sessões.

Depois ele foi publicado, inclusive tenho uma publicação conjunta com a nobre deputada Leci Brandão, depois tivemos o projeto pronto para a Ordem do Dia no 29/08/2013.

Ele entrou em votação no dia 03/07/2014. Fizemos várias audiências públicas, dialogamos com todos os setores que defendiam esse projeto, que defendem esse projeto do transporte 24 horas, estamos falando do metrô, CPTM, EMTU e agora o monotrilho, de poder funcionar 24 horas por dia.

Nós temos hoje, no estado de São Paulo, muitos hospitais que funcionam 24 horas. Nós temos trabalhadores de call center, trabalhadores de sistema, trabalhadores de bares, hotéis, restaurantes.

A gastronomia na Grande São Paulo funciona praticamente, em algumas regiões, 24 horas. Nós temos, hoje, o pessoal da Segurança Pública, temos o pessoal da segurança privada, tem o pessoal de limpeza, asseio e conservação.

Nós temos hoje muitos trabalhadores que acabam tendo o seu trabalho sendo desenvolvido 24 horas por dia, então ter um metrô funcionando, a CPTM, a EMTU e agora o monotrilho 24 horas é muito importante para a Grande São Paulo do nosso Estado.

Tendo esse projeto com prioridade, de 2011 a 2014 eu trabalhei bastante para que esse projeto fosse aprovado. Na votação, em 2014, por falta de quórum, ele teve a votação adiada. Ele está pronto para a Ordem do Dia para ser votado.

Nas audiências públicas que nós fizemos aqui na Assembleia Legislativa, chamamos representantes do Metrô, chamamos representantes das centrais sindicais e dos sindicatos que defendem que esse projeto seja aprovado, ouvimos técnicos, ouvimos a Secretaria, na época, de Transporte, ouvimos o Metrô, ouvimos a CPTM.

Muitos deles colocavam, isso em 2014, a dificuldade técnica. Nós estamos falando de 2014. Dez anos depois, agora nós estamos em 2023, esse projeto está na Ordem do Dia para ser votado, ele estava entre as minhas prioridades para que fosse aprovada agora, na primeira leva de projetos de deputados.

Houve aqui uma objeção dos Republicanos, do partido da base aliada do governo contra esse projeto. É um projeto importante para o estado de São Paulo, um projeto importante para os trabalhadores, para médicos, enfermeiros, pacientes e a população que hoje precisa do transporte 24 horas.

Só que nos surpreendeu esta semana, e eu queria que passasse aqui a próxima tela, nós estamos vendo que vai acontecer aqui, na cidade São Paulo, o festival “The Town” São Paulo.

São os mesmos criadores do Rock in Rio, e vai funcionar nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro. Não estou falando aqui que sou contrário a esse trabalho artístico (Inaudível.) Muito pelo contrário, sou favorável.

Quando eu defendo o transporte 24 horas, inclusive, como a Grande São Paulo tem uma grande veia artística, temos museus, temos teatros, temos muitas atividades culturais durante a noite, então o transporte 24 horas é importante para a vida cultural também, da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo. A gente olha, aqui na propaganda do The Town, que fala: “todas as linhas, do metrô e de trem, abertas 24 horas, nos dias do festival”.

Se puder abrir o metrô e a CPTM nos dias 2,3, 7, 9 e 10 de setembro, por que não pode funcionar o metrô, a CPTM, o Monotrilho e a EMTU também 24 horas por dia, de acordo com um projeto nosso que já tramita nesta Casa desde 2011? Seria um projeto de grande valia para o estado de São Paulo, para a nossa região.

Só para concluir, Sr. Presidente. Queria mostrar rapidamente que, quando a gente fala desse projeto, não estamos falando que tem que funcionar a cada 15 minutos. Não. É a cada meia hora, a cada uma hora. É o que se propõe nessa proposta que foi apresentada. Pode passar para a próxima tela.

Coloca que, nos dias dos eventos, à meia noite, a estação Autódromo será aberta para embarque do público, e todas as demais funcionando para desembarque. Essa é uma parceria inédita com a Via Quatro, a ViaMobilidade Linha 5, ViaMobilidade Linhas 8 e 9 da CPTM, Metrô São Paulo e Governo do Estado de São Paulo. Ele coloca aqui uma das coisas que nós defendemos, que você pode ter um espaçamento maior entre o funcionamento das linhas.

Pode seguir rapidamente. Tem aí os valores dos bilhetes, que eles colocam na sequência. Depois pode ir para a próxima. As estações que vão estar abertas, na expresso, Barueri, Pinheiros, Autódromo. O tempo previsto, de Barueri, é 20 minutos até Pinheiros, partida a cada 60 minutos.

É o que eu disse: nós não precisamos ter um metrô funcionando a cada cinco minutos. Pode ter um tempo maior, funcionando 24 horas. Depois tem as empresas que estão patrocinando esses eventos.

Esse evento, que está acontecendo, inclusive, muitos trabalhadores que trabalham de madrugada também trabalham nessas empresas que estão patrocinando o evento The Town São Paulo.

Então, fica aqui o registro e o pedido, ao Republicanos, que colocou uma objeção, que esse projeto, que já está na Ordem do Dia, possa ser aprovado, o transporte funcionar 24 horas, o Metrô, a CPTM, EMTU e Monotrilho.

Que os Republicanos possam retirar a objeção o Projeto 621, de 2011, que nós apresentamos nesta Casa, no primeiro mandato. Que ele possa ser aprovado e, do mesmo jeito que o The Town vai ser beneficiado pelo transporte 24 horas, a população de São Paulo também merece ter o transporte funcionando 24 horas por dia.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Deputado Marcolino, parabéns por essa iniciativa. Todo o nosso apoio a esse importante projeto.

Com a palavra, o deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Dani Alonso. (Pausa.)

Com a palavra, o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Itamar Borges. (Pausa.)

Com a palavra, o deputado Major Mecca, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sr. Presidente, demais deputados que encontram-se nesta Casa hoje, desenvolvendo suas atividades, a todos que nos acompanham pela TV Alesp, e pelas redes sociais.

Eu venho tratar, na data de hoje, uma pauta extremamente importante e extremamente séria, que é o Transporte público, que trata da gratuidade aos policiais. Policiais militares, policiais civis, policiais penais. 

Desde o dia 17 de junho que nós estamos envolvidos na resolução, na solução desse impasse na ViaMobilidade, na Artesp, em relação a essa gratuidade.

Gostaria de que colocasse aqui no telão o ofício da data de 17 de junho para a ViaMobilidade. Inclusive, cobrei do secretário de Transporte atenção a essa pauta. Então, está aí. No dia 27 de junho, ao Sr. Francisco Pierrini.

O que vem acontecendo em relação a essa gratuidade ao transporte dos policiais militares? Os nossos irmãos de farda estão sendo barrados quando apresentam a sua identidade funcional nas estações de trem, de metrô, por conta da revogação de um decreto, que é o Decreto nº 64.864.

A revogação desse Decreto nº 64.864 foi feita no dia 17 de julho, através de um Decreto nº 67.801, do governador Tarcísio de Freitas. No entanto, os senhores presidentes da ViaMobilidade, da Artesp, o decreto que trata da gratuidade dos policiais militares, é o Decreto nº 64.884, não o oitocentos e sessenta e quatro. Sabe por que eu peço aqui e cobro dos senhores atenção e respeito aos nossos policiais militares? Por conta desse exemplo de servidor ao povo de São Paulo.

Coloca o primeiro exemplo - eu só vou citar dois aqui, não vou citar mais que isso. Está aqui o sargento Zatarin, policial militar Carlos Henrique Zatarin, que morreu após ser baleado quando entrava em um ônibus de viagem, na Rodovia Anhanguera. Próximo policial militar, por favor. Coloca a outra imagem. Está aí o soldado Thiago Rodrigues de Oliveira, que foi atacado em um ponto de ônibus, na Av. Getúlio Vargas, ele estava fardado.

Então, senhores presidentes da ViaMobilidade, da Artesp, da CPTM, eu solicito aos senhores que tenham o mínimo de respeito de ao menos ter uma mínima interlocução com nós parlamentares, com o comando da Polícia Militar, com o secretário de Segurança Pública, porque é inaceitável os senhores suspenderem a gratuidade e quererem exigir que o policial militar faça o seu deslocamento fardado.

Por que eu cobro esse respeito através de uma interlocução? Porque os senhores não sabem, os senhores não conhecem a vida de um policial militar. Para tomar esse tipo de atitude, como a Artesp lançou em um comunicado externo, é porque os senhores não respeitam os policiais do estado de São Paulo.

Nós estamos aqui para cobrar. Liguei para o governador Tarcísio de Freitas, estou agendando e vou despachar pessoalmente com o governador a respeito dessa pauta, porque tal desrespeito que os senhores estão praticando com os nossos policiais é inaceitável.

Durante a pandemia, tudo bem, os senhores liberaram, mas porque os senhores fizeram home office, os policiais militares permaneceram nas ruas atendendo ocorrências e socorrendo pessoas doentes dentro da sua viatura aos prontos socorros.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

* * *

 

Agora que passou a pandemia, “coloca esses patetas, esses idiotas para pagar a passagem durante o transporte”, porque é dessa forma que os senhores estão tratando os policiais do estado de São Paulo.

E falo dessa maneira aqui, ao presidente da ViaMobilidade, porque a sua resposta dada ao meu gabinete é inaceitável. Eu e os policiais do estado de São Paulo, os policiais militares, não aceitamos a resposta do senhor, da ViaMobilidade. Está rasgado.

Trate os policiais com respeito. Estão morrendo para defender o povo paulista. Não aceitaremos a sua resposta.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Obrigado, nobre deputado Mecca. Dando sequência aos oradores do Pequeno Expediente, com a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. pelo tempo regimental de cinco minutos, no Pequeno Expediente.

Eu queria solicitar ao deputado Mecca, se puder, assumir aqui a Presidência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Luiz Claudio Marcolino, deputados, deputadas presentes aqui no plenário.

Aqui também, pessoas que estão acompanhando a sessão das galerias, telespectadores da TV Assembleia.

Sr. Presidente, estou acompanhando aqui uma gravíssima denuncia, no município de Severínia, que fica ali naquela região de Barretos.

Sr. Presidente, nós temos aqui na Assembleia Legislativa, no nosso mandato, o observatório de acompanhamento do pagamento do Piso Nacional do Magistério, onde nós fiscalizamos, logicamente, o governo estadual, que não paga corretamente o piso nacional, e os municípios do estado de São Paulo.

Então nós temos contatos com várias redes municipais de Ensino e nós recebemos uma denúncia gravíssima, Sr. Presidente, porque a cidade de Severínia não paga o Piso Nacional do Magistério para as suas professoras, o piso que é instituído por lei federal desde 2008, a Lei nº 11.738, de 2008. É uma lei, tem que ser seguida pelos estados e municípios.

Inclusive, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, considera uma irregularidade na análise das contas, o não pagamento desse piso. Como agora, nós conquistamos o piso da enfermagem no Congresso Nacional.

Porém, Sr. Presidente, essas professoras estão em luta, logicamente, pelo ensino fundamental, pela educação infantil, pela cidade de Severínia, para que o piso seja pago e lá o sindicato, que é um sindicato que representa as professoras, as nossas colegas do magistério municipal, o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Severínia.

Esse sindicato, Sr. Presidente, colocou uma placa, um outdoor na cidade, cobrando o piso, fazendo a cobrança pública do pagamento do piso.

Tem até a placa aqui, Sr. Presidente, eu quero colocar aqui no telão para que os deputados possam entender o que eu estou denunciando aqui: “Prefeita Glaucia, pague o piso. O piso é lei. Pague o piso a todos os funcionários do magistério municipal de Severínia, como determina a lei”. Então, é uma exigência legal de uma lei federal.

O sindicato representa, tem legitimidade para fazer essa luta em nome das professoras. Então, esse terreno onde foi colocada a placa, Sr. Presidente, é um terreno que foi alugado, me parece, pelo sindicato e ele coloca ali várias placas.

Mas, essa placa foi colocada no último domingo agora pelo sindicato. Até conversei com o presidente do sindicato, o Clebson Paulo da Silva, que é um servidor público, ele disse que eles colocaram a placa. Quando eles saíram, imediatamente veio a chefe de gabinete que fiscalizou, da prefeita, e funcionários da prefeitura com a Guarda Civil Metropolitana, de uma forma autoritária, sem comunicar o presidente do sindicato, retirou, Sr. Presidente, a placa sem nenhum comunicado, sem nenhum aviso prévio, nada foi feito.

Isso aqui é um absurdo, Sr. Presidente, é um cerceamento da liberdade de expressão das professoras, do sindicato e pode caracterizar, inclusive, um crime, porque a placa foi retirada de um terreno que não é um terreno público, é um terreno particular.

Então, isso é grave, Sr. Presidente, se isso aí vira moda, imagina, as pessoas não vão poder mais se manifestar em defesa do pagamento do piso. Estou acompanhando esse caso, haverá uma representação ao Ministério Público contra essa atitude, porque para nós representa uma improbidade administrativa, isso é grave.

O Ministério Público vai apurar essa infração da prefeita - que eu não conheço - prefeita Gláucia Camacho do PSDB, tucana, não sei se ela é da mesma linhagem do Doria ou do Rodrigo Garcia, o fato é que o PSDB tem um histórico de ódio, de intolerância em relação aos professores, às professoras e aos servidores públicos.

Então, nós não vamos admitir, Sr. Presidente, nós exigimos que a placa seja reintroduzida no mesmo local. É a liberdade de expressão, de manifestação do Magistério municipal, que é representado, no caso, pelo sindicato. Então, o Ministério Público está sendo acionado e nós vamos acompanhar aqui pela Assembleia Legislativa.

E aqui da tribuna, Sr. Presidente, nós queremos exigir que a Prefeitura reinstale imediatamente essa placa, tem inclusive um boletim de ocorrência feito pelo sindicato, dando conta dessa situação, que será entregue ao Ministério Público. Isso é um absurdo. É uma improbidade administrativa, talvez até um crime de responsabilidade.

A prefeita envolveu servidores públicos para remover uma placa, porque é uma placa que cobra o pagamento do piso nacional salarial, é inacreditável, Sr. Presidente, esse tipo de autoritarismo, de coronelismo, que existe em várias cidades do interior, eles pensam que mandam em tudo, mas não, tem lei e a lei tem que ser seguida.

Tem que pagar o piso para as nossas professoras da cidade de Severínia, não adianta ficar reprimindo movimento, retirando placa, porque agora nós vamos acionar o Tribunal de Contas, porque a Prefeitura não paga o piso, será acionada por nós, já estou levando o nome dessa prefeitura para o Tribunal de Contas, a qual está cometendo uma irregularidade gravíssima, não cumprindo a lei federal, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Assumindo a Presidência no Pequeno Expediente e dando continuidade aos oradores inscritos: deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso.

Tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

A SRA. FABIANA BARROSO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente. Primeiro, gostaria de parabenizá-lo, deputado Major Mecca, pelas palavras aqui, e dizer que tem todo meu apoio como parlamentar. Devemos, sim, defender as polícias, que tanto nos defendem e nos protegem aqui.

Excelentíssimos colegas, deputadas e deputados, funcionários desta Casa Legislativa, cidadãos presentes e todos telespectadores que nos acompanham através da TV Alesp, hoje estou aqui para uma fala breve e para compartilhar com vocês os avanços significativos que temos alcançado por meio das reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Prevenção de Deslizamentos de Encostas, ou seja, a CPI de Deslizamentos.

Nossa determinação em entender e resolver essa questão crítica tem nos conduzido a um vasto material de conhecimento, obtido através de oitivas com especialistas técnicos de institutos renomados no nosso Estado, como, o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Gostaria de destacar a importante participação do Sr. Fabrício Mirandola na reunião anterior realizada pela CPI, e hoje do Sr. Eduardo Soares, também do IPT.

O Sr. Fabrício, técnico altamente capacitado, contribuiu significativamente com nosso trabalho, trazendo informações importantíssimas para o esclarecimento dos fatos, que contribuíram para aquela tragédia, assim como outros especialistas que têm contribuído enormemente com a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Sua participação enriqueceu nossos trabalhos na medida em que, com sua experiência e vasto conhecimento, apresentou informações cruciais para o objetivo ali tratado, que tem como escopo final a apresentação de medidas voltadas à prevenção, a fim de que situações como aquelas vivenciadas pela comunidade de São Sebastião não mais se concretizem. Esse é o nosso compromisso com essa CPI.

Aproveito este momento para convidar a todos os nobres deputados e deputadas a se juntarem a nós nas reuniões de CPI que ocorrem todas as quintas-feiras às dez horas da manhã, nesta Casa Legislativa, e dizer que seu envolvimento é fundamental para que possamos abordar essa questão com a profundidade e seriedade que ela merece.

Não posso deixar de elogiar o nosso governador Tarcísio de Freitas e toda a sua equipe, especialmente o coronel André Marcelo Warol Porto Rodrigues, que eu conheço como coronel André Porto.

Uma pessoa muito gentil, que me atendeu na minha visita a São Sebastião e me mostrou toda a realidade do trabalho do governo. Exemplar realidade que inclusive preciso deixar registrado aqui, porque o governo não brincou em nenhum momento com a vida de ninguém, nem brinca.

É um trabalho de excelência que está acontecendo. Estão trazendo tecnologia de todos os lugares do mundo para poder colocar e agilizar o procedimento, para dar casa para essas pessoas que foram desabrigadas. Inclusive tem uma vila chamada a “Vila de Passagem” para as pessoas não ficarem jogadas em escolas nem em lugar nenhum.

Essas pessoas têm um lugar para ficar, para ir para o lugar definitivo a que vão, que é uma vila de passagem que tem todos os assistencialismos, segurança e o que mais for necessário, inclusive lista de emprego para quem precisar.

Sua liderança, no caso do governador e do coronel André Porto, no gabinete de gerenciamento de crise, tem sido essencial para coordenar os esforços de recuperação após o desastroso temporal. Suas palavras de apoio e reconhecimento à ação conjunta nas forças de segurança em São Sebastião são inspiradoras.

Eu estive agora, no recesso, no município de São Sebastião e vi de perto tudo o que aconteceu. Como diz o coronel: “são as cicatrizes que o evento deixou no município”.

É um evento irreal, a quantidade de água realmente foi algo inesperado e é inesperado em qualquer lugar. Qualquer lugar que caísse aquela chuva, em que houvesse população, ocorreria um grande desastre.

Inclusive tem uma cachoeira gigantesca que lá no decorrer da CPI, na visita, vai passar na TV Alesp, a gente vai até essa cachoeira para vocês verem. Lá dá para entender o que foi de água que choveu.

Essa cachoeira tinha uma pedra enorme, imensa - não se tem o peso dela, mas vou pegar as medidas -, que estava lá no topo, que com a água, com a enxurrada, não se via onde estava essa pedra.

Eu sei que com a água ela caiu no chão e ali a gente conseguiu entender a gravidade do que aconteceu lá. Mas, graças a Deus, temos um governo eficiente que, mesmo em uma época de feriado, esteve lá presente a todo momento para sanar qualquer problema da população.

E é isso, uma excelente tarde a todos e muito obrigada pela palavra, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputada Fabiana Barroso. Dando sequência à lista dos oradores, deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes, tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria aproveitar aqui, desta tribuna, e falar um pouco sobre o deputado Márcio Nakashima.

Vinte e quatro de maio, se não me falha a memória, de 2010, o Márcio Nakashima, hoje deputado nesta Casa, procurou-nos em nosso gabinete - era jovem, né? - falando a respeito do sumiço - perdoe-me, Márcio, comentar, mas a gente tem de falar, né? - da sua irmã, a Mércia Nakashima.

Dizia ele que a Mércia, no domingo - isso foi na segunda-feira - foi almoçar na casa da avó, como fazia sempre, e depois não conseguiu chegar em casa, sumiu no caminho. Ele chegou à delegacia, foi difícil até fazer um boletim de ocorrência de desaparecimento, que era de 24 horas, 48 horas, sei lá o que, mas nenhum caráter Geral, porque ele estava com um carro, foi colocado nas redes.

A partir daí, a gente começou a analisar, a trabalhar em cima disso, ver o que estava acontecendo, inclusive com o apoio do major Luiz Carlos, que também é amigo da família, trabalha comigo no meu gabinete e o próprio Márcio chegou a falar a respeito do Mizael Bispo, policial militar e também advogado, meio desconfiado.

Procuramos até o doutor Olim na época para um apoio na ocorrência e esse Mizael, quando se viu suspeito, andou procurando a imprensa dizendo que ele não devia nada, que pelo contrário. Foi difícil de trabalhar, foram 15 dias com bombeiro, com COI, com telefone, lembra que tinha problema de rádio na época? E a gente recebia informação de vários locais, inclusive no nosso gabinete.

Até que um pescador diz que, naquela noite de domingo, viu um homem forte empurrando um carro para dentro da represa em Piracaia e, inclusive, ouviu gritos de pedido de socorro, porque esse Misael Bispo, filho da mãe - para não falar um palavrão - deu dois tiros na ex-namorada, que não queria mais nada com ele, e depois empurrou o carro para dentro da represa.

Como que acha um carro na represa? É difícil, não é? Foram 15 dias procurando. E as brigas que ele jurou de pé junto que não era ele. Ele era um advogado, foi Polícia Militar, é Polícia Militar, foi afastado de lá, machucou a mão, sei lá. Então, eu fico vendo o que o Marcio Nakashima deve estar sentindo com isso aí.

E ontem, eu assistindo à televisão, está a foto do filho da mãe... Tem a foto dele aí? Forte, bonito, elegante, de terno. Mais forte, mais bonito que eu esse filho da mãe, para não falar um filho da... Queria falar. E daí? Foi liberado, ele simplesmente já foi liberado.

Pegou 20 anos de cadeia, não funciona isso, puxou 12 anos, ficou cumprindo pena no Presídio Militar Romão Gomes, a gente brigou com o próprio Marcio Nakashima para ele sair do presídio, foi para Taubaté porque ele tinha curso superior e agora está na rua.

Ontem mesmo, nos Estados Unidos, saiu uma sentença de um brasileiro que matou a ex-namorada lá, ele pegou prisão perpétua. E aqui a gente vê um monstro desse sendo colocado nas ruas, ele e o amigo dele, um segurança que o apoiou no crime, um tal de Evandro.

Então, eu acho que... O que o nosso amigo Marcio Nakashima - que eu volto a repetir, essa história começou há 13 longos anos atrás - deve estar sentindo com isso, perdeu a irmã, a Mércia não volta mais, era uma advogada, uma moça bonita e o monstro está aí. Ele é capaz de casar de novo e matar de novo, que é o pior de tudo ainda, casar com outra mulher e matar de novo.

Veja a periculosidade, enfiou um carro dentro d’água, a mulher morreu afogada, foram feitos os exames, foi afogada que ela morreu. Ele atirou nela antes, mas ela morreu afogada, o exame comprovou isso. Fica aí o meu repúdio à Justiça brasileira, que facilita a vida de bandido desse tipo, que está nas ruas tranquilamente como se nada tivesse acontecido. A gente fica ouvindo falar de Maria da Penha, para ir não sei o que, para ir não sei aonde, infelizmente a realidade é essa.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Infelizmente é uma verdade, nesse País o bandido tem mais valor que o policial, que o cidadão de bem trabalhador.

Dando sequência aos oradores inscritos, deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)

Deputado Gil Diniz, tem V. Exa. cinco minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde presidente nobre deputado Major Mecca. Boa tarde nobre deputado Conte Lopes, deputado Carlos Giannazi. Boa tarde a nossos assessores, policiais militares e civis, público que nos assiste aqui na galeria e pela Rede Alesp.

Presidente, eu acompanhava vosso discurso agora pelas redes sociais da Assembleia Legislativa e concordo em gênero, número e grau. Tem o nosso apoio e o nosso endosso.

Parece que é uma sistemática tirar direitos dos nossos policiais, e não ampliar os poucos, mínimos que já existem. Recebi de vários policiais hoje... Não sei se há uma nota técnica, se há um ofício, se há uma ordem, o que é, só sei que eles estão mais uma vez cerceando o direito dos nossos policiais no transporte público.

Eu fico triste, porque não foi isso que nós prometemos na nossa campanha vitoriosa, deputado Conte Lopes, do ano passado, mas parece que quem venceu foi a oposição. Parece que quem venceu foi justamente aqueles que odeiam a Polícia Militar, a nossa força de Segurança como um todo.

Eu tenho certeza, Major Mecca, de que V. Exa. e o deputado Conte Lopes, que representam, sim, a nossa tropa aqui neste Parlamento, e o Capitão Telhada e outros também, o deputado Danilo Balas, sequer foram comunicados ou foram perguntados sobre o que achavam da construção desse documento. Simplesmente “publique-se”, e menos um direito de ir e vir dos nossos policiais.

Nós sabemos hoje, neste momento, a situação aqui no Estado e por todo o Brasil, o risco que é de morte de qualquer policial militar, policial civil, policial penal que vá pegar o transporte público - um ônibus, um metrô, um ônibus principalmente, na periferia aqui da região metropolitana de São Paulo. Então eu quero assinar qualquer documento que V. Exa. faça nesse sentido de devolver esse direito aos nossos policiais.

Lamento. Se não me engano, saiu ali da Artesp, é uma nota da Artesp. Vamos aqui convocar - não vamos convidar não, vamos convocar - os diretores da Artesp na Comissão de Segurança Pública, na Comissão de Direitos Humanos, para se explicarem.

Não adianta ficar mandando bilhetinho, recadinho, passar de vez em quando no gabinete para tentar justificar o injustificável, Major Mecca. Então parabéns pelo vosso discurso. Tenho certeza de que o deputado Conte Lopes também apoia essa propositura.

Sr. Presidente, venho a esta tribuna hoje falar um pouco sobre a questão da Nicarágua, presidente. Sou vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais, já subi a esta tribuna para denunciar a escala autoritária, a ditadura de Ortega, amigo de Lula, amigo de Lula, que vem perseguindo sistematicamente os católicos naquele país.

Primeiro prendeu o bispo local e o condenou, antes mesmo do julgamento, Major Mecca, a 26 anos de cadeia por atos antidemocráticos, por espalhar fake news. Talvez vocês, aí em casa, já tenham visto esse enredo por aí.

Agora, semana passada, o ditador Ortega - repito, amigo de Lula - mandou fechar uma das maiores universidades privadas da Nicarágua e confiscar os seus bens, Major Mecca. Uma universidade.

Creio que o deputado Carlos Giannazi é contrário ao fechamento, principalmente ao fechamento autoritário de um regime ditatorial como esse de Ortega, confiscando, deputado Giannazi, uma universidade e todos os seus bens. Essa universidade é ligada também a uma instituição religiosa, mas não se justifica, senhores.

E agora, como uma das últimas medidas desse ditador - repito, amigo de Luiz Inácio, não temos a condenação do governo brasileiro dessa ditadura -, eles fecharam a Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas; colocaram, Major Mecca, na ilegalidade.

Para quem não conhece, a Companhia de Jesus é a ordem onde o Papa Francisco fez sua trajetória na Igreja Católica, onde ele foi ordenado. A Companhia de Jesus atuou muito aqui no processo de colonização do estado de São Paulo, do Brasil, da América Latina.

Então hoje, após prender bispo, padre, mandar embora, deputado Conte Lopes, expulsar do país apátridas, freiras, após fechar universidades, agora colocam na ilegalidade a Companhia de Jesus. E mais, deputado Conte Lopes, confiscando todos os bens, sob o argumento de que são antidemocráticos, que pregam contra o regime, repito, ditatorial de Daniel Ortega, amigo de Luiz Inácio.

Então, presidente, como vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais aqui desta Casa, como parlamentar e como católico, fica o meu repúdio a essa ditadura, que persegue aí não só o povo católico, obviamente, no seu país, mas toda a população com mão de ferro.

Isso, presidente, nós não podemos deixar chegar ao Brasil, obviamente. Lá são os religiosos, aqui são aqueles que vestem verde e amarelo e protestam aí contra o regime de Luiz Inácio e seus companheiros.

Fica aqui registrado mais uma vez o meu repúdio a essa ditadura, e peço presidente, para que a Mesa encaminhe esse meu discurso ao embaixador da Nicarágua, e vou tomar todas as devidas providências que nós possamos fazer aqui, pra deixar registrado nos Anais desta Casa esse absurdo que é a ditadura de Daniel Ortega, que nunca foi rechaçada por Luiz Inácio, do Partido dos Trabalhadores, presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Tem todo o apoio da nossa bancada. Dando sequência à relação dos oradores inscritos, deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)  Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Lista Suplementar. Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)

Deputado Delegado Olim. (Pausa.)  Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Felipe Franco. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Mecca, deputados, deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Alesp. De volta à tribuna, Sr. Presidente, eu quero aqui fazer mais uma gravíssima denúncia em relação à Secretaria da Educação, em relação à FDE, que é uma autarquia da Secretaria da Educação, responsável pela construção de escolas, reformas escolares, compra de material didático, que administra milhões de reais.

Sr. Presidente, existe aqui um programa no estado de São Paulo, onde a Prefeitura cede o terreno e a FDE, a Secretaria da Educação constrói o prédio da escola. No caso aqui, eu quero me referir à construção de uma creche que é um prédio para abrigar a Educação Infantil, a primeira etapa da Educação Infantil, que é de zero a três anos.

Esse convênio foi feito com a cidade de Pardinho, isso em 2018. Teve início então a parceria, a construção pela FDE de uma creche, para atender a demanda de um bairro importante.

Na verdade, não só de um bairro, mas pelo menos quatro bairros, mas o bairro onde a creche está sendo construída é o bairro de Maristela, um bairro distante, da periferia, que fica a 15 quilômetros do centro da cidade. Uma região pobre, onde a população precisa dessa creche, que vai atender, como eu disse, pelo menos quatro bairros.

No entanto, Sr. Presidente, a obra começou em 2018, e até agora a obra não foi concluída. Ela está parada, abandonada pela FDE, que é uma autarquia da Secretaria da Educação estadual. Tenho aqui umas fotos, Sr. Presidente, eu queria mostrar, para os deputados terem noção da gravidade da situação, do abandono, da impropriedade administrativa.

Vejam só aqui o prédio semiconstruído, já abandonado. Lembra-me daquela música do Caetano Veloso, “Fora da Ordem”, ele fala aqui no Brasil a construção já vira ruína imediatamente, porque ela está abandonada. Ele não fala exatamente assim, mas o sentido é esse, a construção que já vira ruína imediatamente, porque a obra foi abandonada.

Então, de um lado, uma obra abandonada pela FDE, sem o prosseguimento da sua construção e, do outro lado, centenas de crianças sem acesso à educação infantil. Olha só o prédio abandonado, um prédio público.

O terreno é da prefeitura e o prédio é do estado de São Paulo, o estado está financiando, está pagando, é parceria, Sr. Presidente. No entanto, olha a situação do prédio. É um absurdo, é o patrimônio público sendo abandonado.

Essa denúncia foi trazida para nós, na Assembleia Legislativa, pelo vereador que é presidente da Câmara Municipal de Pardinho, o Antônio Rodrigues. Ele esteve aqui indignado. Já foi à FDE e foi muito mal atendido lá. Não foi atendido pelo presidente da FDE e nem pela assessoria. Ele reclamou do péssimo atendimento que ele teve na FDE. Ficou lá esperando, ele que tem mandato popular e foi levar exatamente essa denúncia. E também a denúncia veio por meio do vice-prefeito, que é o Rildo Rocha.

Eles estão indignados com essa situação, esse abandono dessa importante obra de educação infantil. A educação infantil compõe hoje a educação básica. Está na LDB que a educação básica brasileira é composta pela educação infantil - creche, pré-escola -, ensino fundamental e ensino médio. Então, a primeira etapa mais importante, que é a educação infantil, vive esse drama na cidade de Pardinho.

Então, faço aqui um apelo e uma exigência para que a FDE faça a retomada imediata e urgente dessa obra. Vamos acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas. A FDE tem que explicar por que essa obra está abandonada, por que ela começou em 2018, parou em 2021 e até agora nada. Já estamos em 2023. A obra parou em 2021.

É uma vergonha para o estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil. A Secretaria da Educação tem um orçamento de quase 50 bilhões de reais. Então, nós queremos que a obra seja retomada imediatamente, Sr. Presidente.

Nós vamos acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas, e quero parabenizar o trabalho do vereador que veio e denunciou, o presidente da Câmara Municipal, Antônio Rodrigues, e do vice-prefeito também, o Rildo Rocha.

Era isso, Sr. Presidente. Peço que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas à FDE e ao secretário da Educação. Ao invés de o secretário ficar pensando em tirar o livro didático das nossas escolas e em vigiar os professores em sala de aula, ou mesmo o governador cortar o Orçamento da Educação em cinco por cento, como ele prometeu... Ele está dizendo que vai reduzir o orçamento da Educação de 30 para 25 por cento. Olha só a situação da nossa Educação no estado de São Paulo.

Então, peço que cópias sejam encaminhadas, Sr. Presidente, ao presidente da FDE e também ao secretário da Educação.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Solicito à Mesa o encaminhamento das notas taquigráficas da fala do deputado Carlos Giannazi ao presidente da FDE e ao secretário de Educação.

Dando sequência à relação de oradores inscritos no Pequeno Expediente, deputado Conte Lopes. Já fez uso da palavra. Deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Major Mecca. Retorno a esta tribuna, rapidamente, só para tratar sobre um projeto de lei que aprovamos aqui nesta Assembleia Legislativa, o Projeto de lei nº 523, de 2023, do nobre deputado Rafael Saraiva.

Presidente, esse projeto foi protocolado no início desta legislatura, teve um pedido de urgência e foi aprovado aqui em um acordo entre os líderes, entre as bancadas, e eu venho recebendo vários comunicados de criadores de cães, gatos, referentes a esse projeto, deputado Conte Lopes.

A principal reclamação é que eles não foram ouvidos nas discussões. E eu até entendo, porque realmente não houve essas discussões. Recebi aqui um ofício que foi encaminhado, deputado Major Mecca, a S. Exa., o senhor governador Tarcísio Gomes de Freitas, um documento da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação, do Ministério da Agricultura e Pecuária, Conselho Nacional de Política Agrícola.

Ou seja, é um documento do governo federal pedindo que o governador vete totalmente esse projeto por uma série de circunstâncias, principalmente pela inconstitucionalidade do projeto.

Conversei ontem com o deputado Rafael Saraiva, disse a ele que eu entendo a preocupação que ele tem com os animais, porém esse projeto apresenta muitos problemas, entre eles um artigo, deputado Major Mecca, que veda a venda de, por exemplo, cães ou gatos em pet shops.

Ele me explicou que é na questão de revenda, ele tem aí a sua explicação, mas esse artigo também diz, deputado Conte Lopes, que pessoa física não pode vender, por exemplo, um cão.

Por exemplo, se o senhor tiver um casal ali de cães e tiverem ali cinco filhotes, por exemplo, o senhor não vai poder vender nenhum desses filhotes, ou dar, e a gente sabe o que vai acontecer, Major Mecca, muitos jogarão nas ruas do nosso Estado esses filhotes.

Então, é uma lei que tem uma boa intenção, mas no mundo real ela vai trazer enormes problemas. E vários setores têm entrado em contato conosco, colocando esses problemas, justificando esses problemas, porém esse projeto já foi aprovado aqui. E o único que agora pode dar encaminhamento nisso é o governador do estado de São Paulo.

E aí eu venho aqui, a esta tribuna, já coloquei os meus apontamentos, já expliquei aqui os meus motivos. Eu peço ao governador, aos seus secretários, aos seus assessores que, quando forem se debruçar sobre essa matéria, ouçam, se não este deputado, ouçam as pessoas que serão impactadas diretamente nesse tema.

Nós aqui, deputado Major Mecca, deputado Conte Lopes, deputado Carlos Giannazi, nós somos contra quaisquer maus tratos aos animais, nós somos contra e queremos prender donos de canis clandestinos, que violam todas as leis de criação e usam indevidamente a alcunha de criadores.

Não são. São criminosos, mas, repito, esse projeto aqui é problemático e, tentando resolver um problema, ele vai trazer outros problemas também. Vai colocar na ilegalidade milhares de pessoas, a começar por aí.

E, deputado Major Mecca, quem já vive na ilegalidade vai adorar a sanção desse projeto, porque já são ilegais, já vendem pets na ilegalidade. Não há fiscalização devida. O que nós precisamos trabalhar enquanto Parlamento é para que haja essa fiscalização e para que esses que maltratam animais sejam punidos.

Então, eu venho aqui a esta tribuna deixar pública a minha solicitação ao governador do estado de São Paulo, para que vete esse projeto, que atenda aos órgãos técnicos que entendem da matéria e, obviamente, pedir aos pares que matérias como essas sejam devidamente discutidas, debatidas, porque nós não podemos aprovar um projeto tão grandioso como esse, que impacta ali, inclusive, na cadeia produtiva aqui do estado de São Paulo, que a gente possa aprovar um projeto dessa magnitude correndo, votando por acordo, sem a mínima discussão, o +que é necessário para todos os projetos.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Na sequência dos oradores, deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais. Sejam muito bem-vindos todos os que estão na galeria acompanhando os nossos trabalhos legislativos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, quero aqui dizer que a Secretaria da Educação publicou uma resolução, a Resolução n.º 21, de 2023, e também um decreto.

Primeiro o decreto, depois a resolução. É o Decreto n.º 635, de 2023, e, em seguida, uma resolução, a Resolução n.º 21, de 2023, que trata da questão da educação especial na rede estadual.

O que está me chamando a atenção, na verdade, não a minha atenção só, mas dos professores da rede estadual e dos pais de alunos, é que as diretorias de ensino estão informando as escolas que a partir de agora não haverá mais professores contratados para o atendimento na área da educação especial, Sr. Presidente; que o Governo vai contratar pessoas sem formação, não terão licenciatura, não são professores, e de forma terceirizada.

Eles vão terceirizar esse atendimento da rede estadual, mas esse atendimento não será mais feito com professores com formação na área de educação especial, Sr. Presidente.

Isso é um absurdo total. Isso é uma afronta à Constituição Federal e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que obriga a formação nessa área, na área da educação especial. Que os nossos alunos possam ter um atendimento com professores com licenciatura.

O que o governo vai fazer, segundo as denúncias que nós estamos recebendo em nosso gabinete, é que haverá uma precarização desse tipo de atendimento na rede estadual. Isso é grave.

Nós estamos estudando a Resolução, o Decreto, e já estamos tomando medidas para que haja a reversão dessa decisão desastrosa que atenta contra o direito das nossas crianças, dos nossos adolescentes e dos nossos jovens que frequentam a rede estadual de terem um atendimento digno nessa área da inclusão, pessoas com deficiência. Essas pessoas têm que ter todo um amparo, todo um aparato fornecido pelo Estado.

Agora, terceirizar e precarizar o atendimento, isso é uma afronta à legislação e uma afronta também à dignidade dessas pessoas, Sr. Presidente. Então vamos tomar medidas, talvez acionando o Ministério Público com a nossa Comissão de Educação, para que essa decisão seja revertida imediatamente.

Sr. Presidente, o Estado tem que contratar professores com licenciatura, professores habilitados, professores preparados, com formação para dar o atendimento em todos os níveis nessa área chamada “educação especial”. Consta na LDB, mas para os nossos alunos com deficiência da rede estadual.

Quero ainda, Sr. Presidente, para terminar meu último pronunciamento de hoje, fazer um apelo para que a Prefeitura de Agudos, que é um município aqui do interior de São Paulo, cumpra a lei, a Lei Federal do Piso Nacional do Magistério.

Recebemos denúncias de que a Prefeitura não paga o Piso Nacional do Magistério referente à Lei Federal n.º 11.738, aprovada no Congresso Nacional, sancionada pela Presidência da República e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal: o piso é lei, lei federal.

Todos os prefeitos, prefeitas, todos os governadores, governadoras, são obrigados a pagar o Piso Nacional Salarial do magistério, que inclusive é muito baixo. Lembrando que os prefeitos recebem os repasses do Fundeb, do Fundo Nacional, Sr. Presidente.

Então tem o recurso, tem que pagar o Piso Nacional na Prefeitura de Agudos para as professoras do ensino fundamental e da educação infantil, elas têm direito a esse piso. Mas o piso não é pago, Sr. Presidente.

É um absurdo isso, sendo que, repito, que a Prefeitura recebe as verbas do Fundeb, e a cada ano haverá um aumento dessas verbas. E a lei é muito clara, a lei diz que se a Prefeitura não tem, por acaso não tem condições de pagar o piso, o MEC tem que fazer a suplementação orçamentária, de tal forma que o piso seja pago.

Então, fica aqui a primeira exigência: pagamento do piso, a Prefeitura de Agudos tem que pagar, valorizar o Magistério municipal. Segundo lugar, caso não haja recurso, se é isso, a prefeitura tem que requisitar, tem que oficializar o MEC.

O MEC, por lei, é obrigado a fazer a suplementação orçamentária. Então, o piso é lei, a Prefeitura paga o piso para as professoras, para o Magistério municipal de Agudos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças e nem um orador mais inscrito, eu solicito o levantamento dessa sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e um minuto.

 

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