31 DE OUTUBRO DE 2023
130ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, REIS e EDUARDO SUPLICY
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término desta sessão.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - REIS
Assume a Presidência.
5 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE REIS
Tece comentários acerca do vale refeição dos servidores públicos estaduais.
9 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
11 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - REIS
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Reis. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 01/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 30 minutos. Levanta a sessão.
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-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
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O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Ordem
do Dia.
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-
Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje,
às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término da presente sessão, em
cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º, do Art. 100, do Regimento
Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
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- NR - A Ordem do Dia
para a 49ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 01/11/2023.
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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Neste
momento passaremos então ao Pequeno Expediente, convidando para fazer uso da
palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Reis.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Já estou
aqui a postos, Sr. Presidente. Cumprimentar V. Exa., cumprimentar os
integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia
Técnico-Científica, cumprimentar todos os funcionários desta Casa, o público
presente e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Presidente,
nós temos vários assuntos para tratar na data de hoje. Primeiro, quero
agradecer o presidente André do Prado, que hoje, às 15 horas e 30 minutos, vai
estar recebendo aqui os integrantes classistas da Polícia Civil a um pedido meu
que ele está atendendo.
Vai
receber o Sindicato dos Delegados de Polícia, dos Escrivães de Polícia, dos
Investigadores, dos Agentes Policiais, dos Agentes de Telecomunicação de
Polícia. Então eu agradeço ao presidente. Inclusive hoje, presidente Gilmaci
Santos, o nosso “designated candidate”, o nosso candidato designado, está na
pauta para a derrubada de veto o PL 61.
Inclusive
vai ser um pedido nosso para o presidente, quem sabe, derrubar esse veto de um
projeto tão importante para as carreiras policiais. Mas eu quero repercutir
também, presidente Gilmaci, o que saiu na “Folha de S. Paulo” na data de hoje
sobre o secretário Kassab.
Segundo
a “Folha”, o secretário Kassab está usando da sua influência governamental, ou
seja, do seu posto de secretário de governo para fazer um processo de cooptação
das prefeituras. E, segundo a matéria, ele já domina, o partido dele, o PSD,
51% das prefeituras do estado de São Paulo. São cerca de 329 prefeituras ou
prefeitos que agora assinaram a ficha do PSD.
Mesmo
a “Folha” fazendo essa crítica, o secretário não está errado. Ele chegou ali na
máquina e o que ele puder fazer ele vai fazer para ir levando as prefeituras
para o partido dele. E isso fortalece o partido dele e coloca o partido dele
numa condição de disputa muito positiva para as eleições de 2024 e para as
eleições de 2026.
E
outros partidos perderam, o PSDB perdeu bastantes prefeituras, o União Brasil
perdeu bastantes prefeituras. O partido de V. Exa. também cresceu bastante,
viu? Me parece que dobrou. Vossa Excelência também está trabalhando direitinho,
mas o que o Kassab está fazendo é a lição de casa.
Ele
é o secretário de governo. Se ele puder levar tudo para ele, ele leva. Aqueles
que estão dormindo, que estão aí dormindo em berço esplêndido, o cavalo passa
arreado e vai embora, viu, deputado Vitão do Cachorrão?
É
fato que quando eu estive lá na Secretaria de Governo para tratar de emendas e
o secretário de governo para tratar de emendas e o secretário de governo,
Gilberto Kassab, porque ele recebeu um título aqui como o maior articulador do
País, recebeu aqui um colar como o maior articulador.
E
aí, eu falei: “Secretário, sobre as emendas”. Ele falou: “Não, nós vamos
atender vocês”, os novos deputados, que chegaram agora, “igualzinho aos demais,
aos antigos”. Eu falei: “Como é isso?” Ele falou: “A mesma emenda impositiva, o
mesmo valor que os atuais deputados têm, vocês também terão”, e nós estamos
esperando essa promessa.
Eu
quero crer que o secretário Kassab, além desse título de articulador, que ele
recebeu aqui, que ele não receba também nesta tribuna, porque logo, logo, eu
vou ter que fazer isso, se assim as coisas não acontecerem, de também um
enrolador, um dos maiores enroladores, porque não é possível o cara fazer,
falar uma coisa, e não fazer. Imagina, ele falou dessa forma comigo, é como ele
trata os prefeitos que vão lá pedir recursos para as suas cidades.
Os
prefeitos chegam lá, e ele: “Não, prefeito, nós vamos atender, nós vamos
resolver, e acaba o prefeito assinando ali a ficha de filiação”, saindo do
partido em que ele está, e indo para o partido do Kassab. E aí o partido do
Kassab está inchando. Então ele recebeu esse título aqui de maior articulador
que tem no País, recebeu um colar inclusive nesta Casa, eu estava presente.
Mas
as questões das emendas parlamentares até agora não se deram. Aquelas promessas
que foram faladas lá no Palácio do Governo não se deram. Nada contra. Eu sou a
favor, deputado Vitão do Cachorrão, deputado Carlos Giannazi, deputado Suplicy,
eu sou a favor da palavra cumprida. Se a pessoa falar, ela que cumpra.
Então
não fale. Então não fale. Mas, se falou, cumpra-se a palavra.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Convido V. Exa. para assumir a Presidência. Convido para
fazer uso da palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson.
(Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da
TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, há muitos
anos acompanhamos a situação do Iamspe, que é uma situação gravíssima. Não há
investimento no Iamspe.
Mas
a situação tem piorado cada vez mais. Os nossos servidores estaduais estão à
deriva, sofrem imensamente com a falta de assistência médica, com a falta de
convênios, com clínicas, com laboratórios, com hospitais regionais, em todo o
interior paulista, na Baixada Santista, mesmo aqui na Capital.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Reis.
* * *
A
situação do Hospital do Servidor Público Estadual é grave, porque não há
investimento lá dentro, há um processo de terceirização de quase todos os
serviços. Até mesmo os médicos e as enfermeiras do pronto-socorro são
terceirizados, deputado Vitão do Cachorrão. Então é uma degradação, uma
tentativa de sucateamento do Hospital do Servidor Público Estadual. Mas a situação
só tem piorado.
Eu
fiquei perplexo agora com a Lei Orçamentária, que está sendo debatida aqui na
Assembleia Legislativa para o Orçamento de 2024. Olha só, tem um dado aqui
tenebroso, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, porque o Iamspe terá hoje um orçamento
de aproximadamente dois bilhões e quinhentos milhões de reais. Esse é o
orçamento previsto do Iamspe para 2024. No entanto, o governo estadual só
contribui com 0,1% desse valor de dois bilhões e quinhentos milhões.
Ou
seja, quem está sustentando o Iamspe são os próprios servidores, por meio do
desconto de 2 ou 3 por cento. São eles, os servidores de todo o estado, que
estão sustentando financeiramente o Iamspe, sem a contribuição, sem a cota
parte do governo de 2 ou 3% por servidor que paga a sua cota. Então nesse
orçamento, olha só, nem 1% o governo contribui, é zero vírgula um por cento.
Sr.
Presidente deputado Reis, é uma afronta à saúde dos servidores estaduais. Nós
apresentamos emendas, logicamente, corrigindo esse ataque ao Iamspe. Emendas
que estão sendo debatidas aqui na Assembleia Legislativa e espero que elas
sejam incorporadas ao Projeto da Lei Orçamentária, de tal forma que o Iamspe
tenha um financiamento digno.
Por
isso que nós defendemos que o governo dê a mesma contribuição que os servidores
estão dando, porque são eles que estão sustentando. Mas esse valor é
insuficiente para financiar o Iamspe, por isso que nós vivemos uma eterna
crise, tanto no Hospital do Servidor Público como também nos convênios pelo
interior paulista. Tenho certeza que o deputado Vitão tem acompanhado isso lá
na cidade, em Sorocaba e região.
Tem
várias reclamações, do deputado Suplicy, do deputado Reis, da deputada Bebel,
todos nós recebemos inúmeras reclamações de falta de atendimento no Iamspe, mas
a culpa não é dos servidores que estão lá, a culpa é do governo que não
financia.
Então,
por isso que a nossa luta é para que o governo dê a sua contribuição para cada
servidor que contribui com dois ou três por cento, que o governo também dê a
sua contribuição de dois ou três por cento, que haja democracia, gestão
democrática.
O
governo não paga nada mais, do Hospital do Servidor Público, mas ele quer
mandar, deputado Reis. O governo que dirige o Hospital e daí não há gestão
democrática.
Uma
das grandes lutas, exatamente, é que o servidor público possa ter voz ativa na
gestão, na administração do Iamspe, porque o Iamspe é financiado aqui, olha, a
Lei Orçamentária é muito clara, o governo não contribui com nem 1% do
financiamento do Iamspe, é 0,1%, deputada Bebel, daí não dá.
Por
isso que os nossos servidores estão à deriva, estão abandonados em todo o
estado. É difícil conseguir uma consulta aqui no Hospital do Servidor Público,
nas várias regiões, sobretudo no interior e na Baixada Santista; a situação é
muito grave porque não há clínicas, laboratórios conveniados, hospitais
regionais, Santas Casas, muitas delas rompem os contratos porque o Iamspe paga
muito mal as consultas.
Então
esse é o quadro, Sr. Presidente, mas tem emendas, eu apresentei várias emendas,
os deputados aqui presentes também, tenho certeza que apresentaram emendas, e
nós queremos o financiamento correto para que o Iamspe tenha, de fato,
condições de atender a todos os servidores do estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela
ordem, deputada Professora Bebel.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para
fazer uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É
regimental. Tem, V. Exa., dois minutos.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Bem, ontem - até aproveitar a presença do deputado Giannazi,
deputado Suplicy que está aqui, deputado Vitão do Cachorrão -, nós tivemos uma
reunião muito importante, bastante significativa, que foram dos sindicatos que
fizeram greve, os quatros principais que fizeram greve e todo o funcionalismo
público.
Nós
fechamos uma data unificada, que no dia 28, nós vamos parar, todo o estado de
São Paulo, contra todos esses projetos de leis privatistas, que retiram verbas
da Educação. Enfim, todo o ataque que é feito ao povo paulista, retirando os
direitos e serviços públicos.
Mas
é importante também deixar claro que nós vamos ter ações mais efetivas, como,
por exemplo, esta Casa, junto com ... - e não é de bancada nenhuma, é nossa, de
oposição, junto com todos aqueles que têm compromisso com Educação pública, com
as verbas da Educação -, nós vamos lançar, já lançamos, um projeto de lei de
iniciativa popular.
Se
é de iniciativa popular, não é de autoria de deputado nenhum, é do povo. Tem
que ter 300 mil assinaturas com título de eleitor, então quer dizer, é um
trabalho de gigante, mas não impossível. Nós somos, eu, por exemplo, sou
oriunda de uma categoria bastante representativa, que são os professores e o
sindicato, também.
Então
nós temos condições, sim, de trazer 300 mil assinaturas para enfrentar a PEC. É
uma PEC enfrentando uma PEC. Uma PEC nossa, de iniciativa popular, que enfrente
a PEC do governador, que quer reduzir/ flexibilizar os recursos da Educação em
10 bilhões de reais.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT -
Seguindo a lista de oradores do Pequeno Expediente, chamamos para fazer o uso
da palavra a deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy. Tem V. Exa. o
tempo regimental de cinco minutos para fazer o uso da tribuna.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Caro deputado Reis, presidente; deputado Vitão do Cachorrão; deputada
Bebel; deputado Carlos Giannazi, (Inaudível) importante hoje da “Rede Brasil
Atual”:
“Hoje,
o Supremo Tribunal Federal vai julgar a ação que pode reverter a “reforma
agrária” de Tarcísio. Terra para quem tem. Entre 10 e 20 de novembro, o
plenário virtual do Supremo Tribunal Federal vai julgar a inconstitucionalidade
de lei estadual que respalda vendas de grandes fazendas a latifundiários com
até 90% de desconto.
O
Supremo Tribunal Federal marcou para 10 de novembro o início do julgamento da
ação que poderá reverter a chamada reforma agrária de Tarcísio de Freitas, do
Republicanos.
Em
14 de setembro, com festa em reduto ruralista em Presidente Prudente, o
bolsonarista entregou títulos de grandes fazendas públicas, vendidas com até
90% de desconto, a latifundiários que as ocupavam de maneira irregular há
décadas. Para isso, seu governo baixou decretos respaldados justamente na lei
sobre a qual os ministros vão se debruçar para determinar se é constitucional
ou não.
Trata-se
da Lei 17.557, de 2022, que estabelece o Programa Estadual de Regularização de
Terras. Sancionada no governo anterior, é alvo de ação - ADI 7.326 -
protocolada pelo PT em dezembro do mesmo ano.
Para
mim mesmo, que no final de maio enviei ofício à ministra relatora Cármen Lúcia
pedindo celeridade na tramitação, a legislação está a serviço de uma espécie de
reforma agrária às avessas.
Ou
seja, permite que grandes quantias de terras públicas devolutas sejam alienadas
por valores ínfimos. E desperdiça a oportunidade histórica de destinar parte
dessas áreas para a instalação de assentamentos de agricultores familiares.
Diante
da iminência do julgamento, com a expectativa de declaração de
inconstitucionalidade da lei, Tarcísio se apressou e correu para que o
Instituto de Terras de São Paulo, a Fundação Itesp, providenciasse os trâmites
legais para a liquidação das terras. E assim o fez, premiando ruralistas que há
décadas ocupavam essas terras de maneira ‘mansa e pacífica’.
Entre
essas terras ocupadas mansamente, está a Fazenda Miralua, no município de
Marabá Paulista. Com 1.539 hectares, foi avaliada em R$ 19.181.044,00. Mas o
Itesp recomendou a alienação por R$ 1.918.104,00 aos ocupantes, entre eles, um
desembargador.
Ou
seja, um valor correspondente a 10% da chamada terra nua, nome dado a imóvel
rural que não tem qualquer investimento, nenhum equipamento ou construções que
permitam a atividade rural. Outro
exemplo é a Fazenda São João, no mesmo município do Pontal do Paranapanema.
A ruralista Cláudia Irene Tosta Junqueira
ocupava fazenda com 1.344 hectares, avaliada em R$ 20.133.864,00. Mas o valor
da alienação foi calculado em R$ 4.429.450,00. Criadora de gado zebu, a
pecuarista tem fazenda em Guará e dirige os negócios da família. Segundo a
mídia especializada, esses negócios incluem fazendas de gado comercial em
Camapuã e Bataguassu, no Mato Grosso do Sul.
Figura constante em feiras, foi diretora da
Associação Brasileira de Criadores de Zebu, entidade que tem laços estreitos
com o governador paulista. A Procuradoria-Geral da República e Advocacia-Geral
da União já deram parecer favorável à ação movida pelo Partido dos
Trabalhadores, o que pode azedar a reforma agrária às avessas de Tarcísio.
Os fazendeiros, por meio de entidades
representativas do agronegócio, tentaram ingressar como amicus curiae,
para influenciar o voto dos ministros. No entanto, a ministra Cármen Lúcia
indeferiu a maioria dos pedidos. Aceitou apenas a Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de São Paulo, o Centro das Indústrias de São Paulo e a
Associação Brasileira de Reforma Agrária.
Muito obrigado, presidente Reis.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT -
Seguindo na lista de oradores, o próximo orador é o deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.)
Entrando na
Lista Suplementar, chamamos o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputado Simão
Pedro. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada.
(Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Vitão do Cachorrão.
Tem V. Exa. o
tempo regimental de cinco minutos, e, se puder, me responda quanto custa um
cachorro-quente em Sorocaba, se o “vale-coxinha” do estado paga o
cachorro-quente e um suco lá.
O SR. VITÃO DO
CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, deputado Reis. Cumprimento também
o deputado Suplicy, todos os funcionários da Casa, a imprensa, aqueles que nos
assistem e, em especial, a juventude aqui, o pessoal que está no plenário. Aqui
é a Casa do povo. Sejam todos bem-vindos. O nosso gabinete é o T55, onde tem
uma colher de pedreiro, para eu não me esquecer de onde eu vim.
O
meu pai me sustentou trabalhando de pedreiro. A porta está aberta para vocês
fazerem uma visita e conhecerem o Vitão do Cachorrão, o deputado Reis, o rei
dos votos aqui também, o Suplicy. A Casa é do povo, sejam bem-vindos.
Deputado,
o cachorro-quente, você quer saber o preço? Está em média 12 reais na cidade de
Sorocaba, com purê de batata, tomate, milho, ervilha, batata palha, prensado. O
suco, se for de lata, seis reais a média, deputado Reis.
Deputado
Reis, quero fazer um pronunciamento, aqui no plenário, da cidade de Ribeira. A
situação de calamidade pública no município de Ribeira. Prestar aqui a minha
solidariedade, e também agradecer.
Eu
recebi informações e imagens - eu quero que passe aí - do Silvio Brito, do
nível do Rio Ribeira de Iguape, no interior de São Paulo. Acho que foram 400
desabrigados, e o rio subiu oito metros acima da média do volume da chuva, e
atingiu a região.
Falei
também... olhem as imagens... Liguei imediatamente para o prefeito Ari. Olhem
só a situação, muita gente perdeu tudo. A gente que veio lá da periferia, a
gente que é assalariado, Reis... Eu já vi V. Exa. rebocando um muro em um
vídeo. Eu sei que V. Exa. veio lá de baixo.
Aí,
eu liguei, porque não posso deixar de agradecer. A gente tem que falar. Liguei
para o governador Tarcísio e também para o seu assessor, que me atendeu
imediatamente - o Arthur Lima - e pedi para que a Defesa Civil, o Fundo Social,
para que chegasse alimento lá. Eles estão aceitando doações de alimentos e de
produtos de limpeza.
Hoje,
nesse momento, o governador está lá. Eu liguei ontem à noite. A gente, Reis, eu
sei que V. Exa. também já foi no Iamspe, até não deu certo de eu ir naquela
oportunidade. Vossa Excelência trabalha pelo povo.
Eu
vendo isso aí, em nome das pessoas que me procuraram, o Silvio Brito, fica aqui
a minha solidariedade para a cidade de Ribeira. Muitos perderam tudo. Eles
estão aceitando doações. Pontes foram destruídas, estradas. Tem ponte que está
debaixo da água ainda. É importante.
O
governador, atendendo a minha ligação, do deputado Vitão do Cachorrão, Reis...
Ele atendeu o Vitão, filho de pedreiro aqui com muito orgulho, e foi até a
cidade. Hoje ele está lá.
Já
mandou, também, o Fundo Social, já orientou o prefeito. Ele falou na mesma hora
com o prefeito, porque acho que tem que decretar - V. Exa. e o Suplicy que são
mais experientes - estado de calamidade pública, para que a cidade tenha essa
ajuda necessária. Foram 400 famílias desabrigadas. Média de cinco pessoas por família.
Faça a conta.
Eles
estão pedindo doações de alimentos e materiais de limpeza. Vou dar o telefone
aqui, é 99618-7400. Hoje, em torno de 60 famílias estão desabrigadas e alojadas
em órgãos públicos.
Então,
a nossa missão é essa. Eu, como deputado estadual, continuo atendendo lá. Hoje
eu passei em uma escola... Eu estava de vereador e, hoje, estou de deputado,
Reis. Passei em uma escola municipal, a CEI 27, lá em Sorocaba, porque a
professora não perdeu o contato comigo.
Vossa
Excelência, com a sua simplicidade... eu vi V. Exa. rebocando lá, faz um
trabalho brilhante também, você não deixou de frequentar a mesma casa, os
mesmos amigos. Eu continuo assim, com o mesmo número de WhatsApp. Muitas das
vezes eu estou até precisando... Vou lá fazer barba, cortar o cabelo no CDHU.
“Ah,
você é deputado” E daí? A gente é empregado do povo, a gente está aqui porque o
povo colocou a gente aqui. A gente tem que trabalhar pelo povo. Por isso que eu
gosto da simplicidade de Vossa Excelência. O Suplicy também, um grande amigo
aqui. Ele tem um milhão de votos e é uma pessoa humilde, cumprimenta todo mundo
e atende a todos.
Ontem,
eu tive a felicidade de atender a cidade de Ribeira, e a CEI 27 que crianças de
... A maior criança da escola tem três anos. Os pisos em Sorocaba estavam se
soltando. É do munícipio?
É
do munícipio, mas se eu puder mandar uma emenda para a educação e reformar
todos os pisos do CEI 27, eu vou fazer isso. Não posso deixar, Reis - já
resumindo, encerrando - que lasque um piso lá e uma criança engula um pedaço de
um piso da CEI 27 da Vila Barão.
Então,
a escola precisa de reforma, e a região onde eu estudei e sou grato, aprendi a
ler e a escrever. Parabéns aí pelos jovens. Que Deus abençoe a todos. Um abraço
do Vitão do Cachorrão.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT
- Parabéns, deputado Vitão do Cachorrão, pelo seu trabalho. Eu só perguntei o
valor lá para mostrar que o governo precisa reajustar o vale-refeição dos
servidores públicos. Doze reais são insuficientes. Não compra um
cachorro-quente e um suco lá no Vitão do Cachorrão. Chamando o próximo orador,
deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Caro presidente Reis, como o deputado Vitão do Cachorrão, quero
também cumprimentar os jovens que estão visitando aqui a Assembleia Legislativa
de São Paulo e lhes transmitir que se quiserem conhecer o meu gabinete, como
ele os convidou, também se quiserem conhecer, dialogar comigo, o meu gabinete
fica no andar “M”, Monumental, números seis e sete. Podem me visitar.
Mas
eu volto a falar a respeito da questão das câmeras utilizadas pela PM. O
governador Tarcísio de Freitas afirmou não ter planos para comprar novas
câmeras corporais para uso da Polícia Militar. A fala ocorreu no momento em que
a letalidade policial cresceu 86% no terceiro trimestre no estado de São Paulo,
em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“A
gente vai continuar estudando a partir do momento em que tiver uma folga no
Orçamento; a gente pode voltar a fazer esse investimento e ampliar. No momento,
existem outras prioridades para a aplicação do recurso”, disse o governador
durante a inauguração, nesta segunda-feira dia 30, do primeiro Ambulatório
Médico de Especialidade com atenção exclusiva à saúde feminina, no bairro do
Belenzinho, zona leste da capital.
Tarcísio
usou a justificativa de que houve uma frustração importante da receita neste
ano, e que possui outras prioridades. Segundo o governador, investimentos devem
ser feitos em outras áreas da Segurança Pública, como aumento do policiamento
ostensivo e pagamento da Dejem, considerado um “bico” oficial, em que o
policial recebe uma remuneração por trabalhar durante a folga. Tais
investimentos, segundo o governador, proporcionam ganhos para o cidadão.
O
governador declarou que pretende manter os cerca de 10 mil equipamentos
existentes atualmente. No início do mês, Tarcísio havia cortado 15,2 milhões
das câmeras corporais da Polícia Militar paulista. Em nova redução do programa,
em agosto, o governo já havia retirado 11 milhões de reais do programa de
câmeras. O valor remanejado nesta quarta-feira corresponde a 10% dos 152
milhões de reais aprovados para o programa de câmeras corporais em 2023.
Segundo
os dados da Secretaria da Segurança Pública, divulgados na quarta-feira 25,
foram 106 mortes entre julho e setembro deste ano, contra 57 em 2022. O número
de mortes causadas por PMs de folga passou de 26 para 33. No terceiro
trimestre, estão tabulados os 28 mortos durante a Operação Escudo em Guarujá e
Santos.
Foram
40 dias de ações de tropas da Polícia Militar, na tentativa de prender os
suspeitos pela morte de um soldado da Rota, tropa de elite da PM paulista, para
asfixiar o tráfico na Baixada Santista. Boa parte dos policiais que atuaram nas
ações no litoral não usava câmeras, o que dificulta na identificação de
possíveis irregularidades.
O
governo nega que tenha havido abusos na ação. Durante a campanha ao governo, em
2022, Tarcísio chegou a dizer que iria retirar a obrigatoriedade de policiais
terem uma câmera nas fardas, mas depois recuou e afirmou que iria ouvir
especialistas. A implantação da tecnologia teve resultados positivos na redução
das mortes de suspeitos e de policiais, e se tornou um novo meio de coleta de
provas.
Acredito,
pelo balanço feito, que essas câmeras têm uma utilidade positiva para o serviço
de Segurança no estado de São Paulo.
Muito
obrigado.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem
a palavra o deputado Reis, pelo tempo regimental.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente
Suplicy, eu retorno a esta tribuna para também registrar e parabenizar a equipe
econômica do presidente Lula, parabenizar o nosso ministro Fernando Haddad, uma
vez que a taxa de desemprego caiu e agora está em 7,7% no trimestre encerrado
no mês de setembro.
Então,
todo o esforço que o governo vem fazendo para gerar emprego... Nós já estamos
com uma taxa bem baixa em relação ao que foi no ano passado e nos anos
anteriores. Com essa taxa, o Brasil bateu o recorde de população ocupada e
chegou a 99,8 milhões de brasileiros trabalhando.
Esse
número é o maior desde o início da série histórica da PNAD, em 2012. No último
trimestre foram criadas 929 mil novas vagas de emprego no setor privado. Isso é
muito interessante, deputado Suplicy, porque, quando a gente anda nas
periferias, nas reuniões, nas comunidades, sempre tem alguém pedindo: “olha, eu
preciso arrumar uma vaga, preciso arrumar um emprego”, e eu vejo que isso está
diminuindo muito.
Isso
estar diminuindo muito é reflexo dessa política acertada, que se preocupa em
gerar emprego. A notícia boa não fica por aí, a maior parte desse aumento no
número de pessoas empregadas foi pela criação de empregos formais, ou seja,
trabalho com carteira assinada, que garante todos os direitos presentes na
legislação vigente, tais como décimo terceiro salário, as férias, o Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço e o seguro-desemprego de demissão.
Foram
631 mil novos empregos formais e 299 mil empregos informais, ou seja, sem
carteira assinada. No Brasil, o total de pessoas empregadas com carteira
assinada é de 37,4 milhões de trabalhadores. Os setores que mais contribuíram
para o aumento de vagas de emprego com carteira assinada foram informação,
comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas.
O
presidente Lula e sua equipe continuam trabalhando e colocando a Economia nos
eixos, criando empregos e oportunidades para todos. Já é sentido também, presidente
Suplicy, na Economia, que os preços estão estabilizados. Nós tínhamos, por
exemplo, na gestão anterior, o quilo de contrafilé, que chegou a 60 reais e já
se encontra por 29, 27 ou 30 reais nos açougues da periferia.
O
povo estava comendo pé de frango, comendo osso. Também a estabilização no preço
dos combustíveis, um litro de óleo de soja, presidente Suplicy, chegou a
custar, na gestão anterior, 15 reais, hoje já se compra por 4,70 ou 5 reais.
Então, é o governo Lula fazendo a lição de casa, fazendo o seu trabalho, o seu
papel.
A
gente espera que isso continue, que os preços possam cair mais, possam se
estabilizar, que empregos sejam criados, e que a gente possa apostar nessa
geração de emprego, geração de riqueza para toda a nossa população. Isso, sim,
tem sido empenho do governo Lula, o empenho do ministro Fernando Haddad.
Essa
notícia que hoje foi repercutida nos jornais tem que ser falada aqui nesta
Assembleia Legislativa para que também todos os nossos seguidores, aqueles que
nos acompanham pela TV Alesp e inclusive os deputados, os nossos colegas aqui,
tomem conhecimento dessa tão importante notícia que é a taxa de desemprego
caindo, geração de emprego e renda, melhorando a vida do povo brasileiro.
O SR. REIS - PT - Havendo acordo
de lideranças, Sr. Presidente, solicito o levantamento da presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Cumprimento
o deputado Reis por seu pronunciamento, que registra a melhora significativa no
nível de empregos e também na diminuição da pressão inflacionária que estava
acontecendo, por causa das iniciativas do presidente Lula e do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe.
Então,
atendendo sua solicitação, havendo acordo de lideranças, esta Presidência,
antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje,
lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e
30 minutos.
Está
levantada a sessão. Obrigado.
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Levanta-se a sessão às 14 horas e 41 minutos.
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