3 DE MAIO DE 2024

57ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: CARLOS GIANNAZI, REIS e EDUARDO SUPLICY

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h.

        

2 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Endossa o pronunciamento do deputado Reis.

        

5 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - REIS

Assume a Presidência.

        

7 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência.

        

9 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - REIS

Assume a Presidência.

        

11 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência. Tece considerações acerca do aumento de violações contra direitos humanos registrados no Disque 100.

        

13 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

14 - REIS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

15 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 06/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h56min.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Dando início à lista dos oradores inscritos para o Pequeno Expediente. Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra a deputada Marina Helou. (Pausa.) Com a palavra o deputado Donato. (Pausa.)

Com a palavra a deputada Leci Brandão, que fará uso regimental da tribuna.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Giannazi; deputado, sempre senador, Suplicy, deputado Reis; Sras. Deputadas e Srs. Deputados; funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa TV Alesp; corpo militar; corpo civil; e também os funcionários dos nossos serviços gerais.

Sr. Presidente, a gente está observando que depois de 1º de maio, está vindo aí uma onda de publicações e também de opiniões tentando é culpar... Eles estão chamando de fiasco o que aconteceu no 1º de maio, pela falta de público. Enfim.

Eu acho que o 1º de maio sempre foi o dia dos trabalhadores e trabalhadoras, todos os anos as centrais sindicais sempre convocaram os atos unificados para celebrar a luta dos trabalhadores e defender os direitos conquistados. Nós também sabemos que o movimento sindical, sobretudo quando ele é progressista, incomoda muita gente, porque ele é a força política popular organizada mais preparada para enfrentar a exploração e o abuso no mundo do trabalho.

Não é à toa que o movimento sindical sempre foi combatido pelas elites deste País. E o maior porta-voz desses interesses tem sido historicamente, a imprensa, não é? Quantas vezes decretaram o fim da esquerda e a derrocada do Lula, inclusive? E quantas vezes opiniões políticas disfarçadas de análises neutras foram publicadas?

Acontece, e eu também concordo, que a esquerda precisa se reorientar, mas não seguindo as opiniões de porta-vozes que falam somente em um dos interesses dos patrões e dos gigantes da tecnologia, que hoje estão explorando os trabalhadores como nunca se viu.

Nós também sabemos quais grupos são beneficiados com esse discurso, que busca seduzir as pessoas para a ideia de que elas não precisam de legislação trabalhista ou de proteção social. Já que a direita, que se sente tão à vontade para dar opinião sobre como a esquerda deve agir, então nós vamos também dar alguns pitacos, não é?

Saibam que não existe fundamentalismo moderado, não existe fascismo, nazismo bons, não existe discurso de ódio ameno. Sabendo que a única força política com condições de enfrentar a onda de ódio, que todos nós vivenciamos nos últimos anos, ainda é um movimento social, ainda é um movimento popular muito bem representado pela nossa Presidência, que é a pessoa do presidente Lula.

A direita brasileira vai ter que decidir se ela é realmente democrática. Como diz que é ou se vai continuar a fortalecer, ainda que vergonhosamente, forças políticas que almejam destruir o Estado Democrático de Direito.

Afinal, se a esquerda precisa se atualizar, como eles estão dizendo, sabem o que a direita liberal, aquela que se diz democrática também não anda muito bem. Já que adotou 11 táticas como crítica ao nosso presidente, acima de tudo, mesmo que o resultado seja fortalecer os extremismos.

 Temos que ter é muita coisa ainda para fazer, muita lição de casa, para aprender, mas a gente não pode dizer que a esquerda está acabando, que a esquerda acabou, absolutamente.

Eu confio na nossa luta, confio nos nossos parlamentares e confio que o povo brasileiro uma hora vai ter que entender que as coisas que estão sendo feitas, às vezes, nem sempre são culpa direta do presidente.

O presidente tem seus ministros, seus ministérios, enfim. Não sei se os ministros são todos coesos e afinados com o que o presidente pensa, mas a gente tem que entender que nós estamos vivos, nós estamos atentos a tudo isso. E essa enxurrada de matérias que têm saído, dizendo que está sendo um fiasco, a esquerda, a gente não pode admitir nem adotar de jeito algum.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito obrigado, deputada Leci Brandão. Com a palavra, agora, o deputado Reis, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Saudar o presidente, deputado Carlos Giannazi, saudar também a deputada Leci Brandão, o deputado Suplicy, o público presente, os funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-científica e também todos aqueles e aquelas que estão em suas residências e estão nos acompanhando pela Rede Alesp.

Sr. Presidente, nós temos vários assuntos para tratar na data de hoje. Um dos assuntos - muito ruim - foi a autorização, a mudança, a alteração legislativa que a Câmara Municipal fez para abrir a porteira, abrir a cancela para o Tarcísio efetivar o seu plano privatista, o seu plano de dilapidação do patrimônio público estadual, que é a privatização da Sabesp.

Ontem, lá na Câmara Municipal, foi um palco de guerra. Uma batalha em que o povo saiu derrotado. Ganhou o Governo, representando ali essa lógica privatista do governo Tarcísio de Freitas. O projeto de lei recebeu 37 votos favoráveis e 17 contrários.

Eu vou passar aqui a relação dos vereadores que votaram por mais esse descalabro. Essa sanha privatista que tem esse Governo - bem pior do que os tucanos. Bem pior do que a privataria tucana, agora é a privataria Bolso-Tarcísio.

O projeto que privatiza a Sabesp na Capital paulista foi aprovado por volta das oito horas, nesta quinta-feira. O texto recebeu 37 votos favoráveis e 17 contrários. Os vereadores dos partidos que compõem a base do Governo - MDB, Republicanos, PSD, Novo, Podemos, PL, União Brasil e PP - votaram a favor da privatização da estatal, enquanto os vereadores da oposição - PT, PSOL, PSB e PV - foram contrários.

O vereador Adilson Amadeu foi o único que não participou da votação. Eu estranhei, porque na primeira votação ele votou contra - viu, deputado Carlos Giannazi. Eu até... Ele esteve aqui no dia da entrega do Colar de Mérito Legislativo ao conselheiro João Antônio da Silva, e eu perguntei assim para ele: “V. Exa. vai votar contra no segundo turno?” Mas ele não apareceu.

Votaram “sim”, o bispo Atílio Francisco, Republicanos; o vereador Aurélio Nomura, do PSD; o vereador Carlos Bezerra Jr., que até outro dia era do PSDB e agora é do PSD; o vereador Coronel Salles, PSD; a vereadora Cris Monteiro, do Novo; o vereador Danilo do Posto, Podemos; o vereador Dr. Milton Ferreira, Podemos; o vereador Dr. Nunes Peixeiro, MDB; a vereadora Dra. Sandra Tadeu, do PL; a vereadora Edir Sales, do PSD; o vereador Eli Corrêa, do União Brasil, a vereadora Ely Teruel, do MDB, o vereador Fábio Riva, do MDB - até outro dia era do PSDB -, o vereador Fernando Holiday, do PL, vereador George Hato, MDB, vereador Gilberto, do PL.

Vereador Gilson Barreto, MDB - até outro dia era do PSDB -, vereador Isac Félix, do PL, vereadora Janaína Lima, do PP, vereador João Jorge, que até outro dia era do PSDB, agora MDB, vereador Jorge Wilson Filho, filho do nosso Xerife aqui, do Republicanos, vereador Major Palumbo, do PP, vereador Marcelo Messias, do MDB, vereador Marlon Luz, MDB, vereador Milton Leite, União Brasil, vereador Paulo Frange, MDB, vereador Ricardo Teixeira, União Brasil.

Vereador Rinaldi Digilio, União Brasil, vereador Rodrigo Goulart, PSD, vereador Rubinho Nunes, União Brasil, vereadora Rute Costa, do PL, vereadora Sandra Santana, do MDB, vereador Sansão Pereira, Republicanos, vereador Sidney Cruz, MDB, vereadora Sonaira Fernandes, do PL, vereador Thammy Miranda, PSD, vereador Xexéu Tripoli, União Brasil.

Então esses foram os 37 vereadores, deputado Carlos Giannazi, que votaram pela privatização da Sabesp. Então, como 60% da cidade é contra a privatização, é importante que esses 60% de moradores, de eleitores da cidade de São Paulo, gravem bem esses nomes e escrevam esses nomes em algum papelzinho para não esquecer no dia. Esses são aqueles em que não se deve votar de forma alguma, porque votaram contra a maioria do povo.

A maioria do povo é contra a privatização da Sabesp. Então preste bem atenção nesses vereadores que votaram contra o povo. E agora eu vou passar a relação para fazer justiça, deputado Carlos Giannazi, dos vereadores que votaram contra a privatização, que votaram a favor do povo, que votaram junto com a vontade popular.

Vereador Alessandro Guedes, do PT, vereador Arselino Tato, do PT, vereador Celso Giannazi, do PSOL, vereador Dr. Adriano Santos, do PT, vereadora Elaine do Quilombo Periférico, do PSOL, vereador Eliseu Gabriel, PSB, vereador Hélio Rodrigues, PT, vereador Jair Tatto, PT, vereador João Ananias, PT.

Vereadora Jussara Basso, PSB, vereadora Luana Alves, do PSOL, vereadora Luna Zarattini, do PT, vereador Manoel del Rio, do PT, vereador Toninho Vespoli, do PSOL, vereador Roberto Tripoli, do PV, vereador Senival Moura, do PT, e vereadora Silvia da Bancada Feminista, do PSOL.

Esses foram os vereadores que votaram de acordo com os mais de 60% da população de São Paulo que são contra a privatização da Sabesp. Que se fique registrado aqui nesta Casa Legislativa aqueles que foram contra o povo e aqueles que são a favor do povo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Parabéns, deputado Reis, por esse importante pronunciamento dando nome aos bois, como se diz, porque quem votou a favor desse projeto, na verdade, votou a favor do aumento da tarifa de água em São Paulo, votou na piora dos serviços como já aconteceu com a Enel - está acontecendo - aqui em São Paulo, com o sistema funerário, onde houve um acréscimo, um aumento de 400% no velório aqui em São Paulo, a privataria da morte.

Hoje não dá para morrer mais na Capital, porque ficou caro morrer em São Paulo, com o que aconteceu no Rio de Janeiro, em Tocantins, em Manaus. Em todos os lugares onde houve a privatização da água, houve o aumento da tarifa e a piora dos serviços. Então esses vereadores que votaram a favor da privatização votaram, como V. Exa. muito bem colocou, contra o povo da cidade de São Paulo.

Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rui Alves. (Pausa.) Com a palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, deputado Carlos Giannazi, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minha primeira palavra hoje é de solidariedade com o povo do Rio Grande do Sul, pois lá já registraram 31 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingem o estado desde o final de semana.

A informação é da Defesa Civil do Estado, que na manhã desta sexta-feira, 03, mencionou que há um total de 74 pessoas desaparecidas. “De acordo com a Defesa Civil estadual, 235 municípios foram afetados pela chuva. Há 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 estão desalojadas. No total, são 351 mil afetados e 56 feridos nesta manhã.

Durante live realizada na noite desta quinta-feira, o governador Eduardo Leite afirmou que ‘as pessoas devem levar a sério essa situação, busquem se proteger’, disse. ‘Estamos fazendo milhares de resgates, mas é absolutamente impossível atender a todos com as condições climáticas que estamos vivendo’, disse. ‘O clima tem sido impiedoso.’

Durante a madrugada desta sexta-feira, o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu o maior nível desde 1941. O rio chegou a 4,23 metros no cais Mauá. O nível de alerta para a região do centro histórico é de 2,5 metros, sendo 3 metros para inundação. Entre as consequências da cheia, está o fechamento da base da Guarda Municipal na orla do Guaíba. A área será patrulhada preventivamente até a normalização.

Um abrigo instalado na Casa dos Correios também precisou ser desativado devido ao avanço das águas. As pessoas que estavam no local foram transferidas para uma escola municipal. Ao todo, 387 pessoas estão em abrigos temporários na cidade.

Até o momento, a região das ilhas é a mais afetada, pois a inundação nesta região ocorre após o nível do rio atingir 2,2 metros. Moradores da região foram resgatados durante toda a madrugada por botes e foram levados para abrigos municipais.

A Prefeitura de Porto Alegre decretou estado de calamidade pública no município na noite de quinta, após a classificação do desastre provocado pelas fortes chuvas como de grande intensidade. A Defesa Civil do município divulgou um novo alerta, indicando a possibilidade de continuidade das chuvas extremas até o meio-dia de segunda-feira.

O estado do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade na noite de quarta-feira. Os alagamentos arrastaram construções e isolaram moradores. Segundo a Defesa Civil, 4.600 pessoas já foram resgatadas no estado e encaminhadas para atendimento médico ou para abrigos públicos.”.

Ainda ontem, a ministra Marina Silva deu entrevista na “GloboNews” prolongada mostrando toda a sua preocupação com o que pode ser feito. Ela, como ministra do Meio Ambiente, e muito preocupada em como acudir as pessoas, seja lá no Rio Grande do Sul, seja em Santa Catarina, onde também houve fortes chuvas, e em outros lugares do Brasil.

É importante o alerta que, há muitos anos, diversos cientistas vêm colocando para a sociedade no Planeta, de que é necessário que venhamos a realizar as ações mais adequadas possíveis para proteger a população, sobretudo diante de fatos como inundações, cheias, algo que prejudica tanto as moradias que não têm toda a adequação para a proteção.

Nós temos visto nas imagens de televisão que muitas das vezes são inundações tão fortes que fazem com que as águas do rio cheguem para cima dos telhados de diversas residências.

Toda a minha solidariedade ao povo gaúcho. Avalio que seria importante que não apenas o governo federal esteja abrindo portas para ajudar a todas as famílias atingidas, mas que também o próprio governo de São Paulo tenha algumas atitudes de solidariedade para com o povo do Rio Grande do Sul, bem como o de Santa Catarina, onde as chuvas estão muito fortes.

Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de oradores, chamo para fazer uso da palavra o deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, deputado Suplicy, telespectador da TV Assembleia, este governo não tem mais limites com a sua crueldade, com a sua perversidade em relação aos servidores do estado de São Paulo. Eu me refiro agora, especificamente, aos professores e professoras da rede estadual de ensino, sobretudo aos professores da categoria “O”, aqueles contratados pela Lei 1093. São quase, ou aproximadamente, cem mil professores nessa situação.

Sr. Presidente, esses professores não podem mais tirar a licença médica, praticamente não podem adoecer, porque, caso isso ocorra, caso um professor da categoria “O” precise tirar uma licença médica acima de 15 dias, perde as aulas atribuídas a ele no processo de atribuição. E pior: dependendo do caso, se extrapolar os 45 dias, Sr. Presidente, ele perde o contrato, ele perde praticamente o emprego, né?

É tão perverso isso que atinge até o professor efetivo, em caso de aula de substituição. Até um professor efetivo, concursado, que esteja lecionando aulas em substituição, caso extrapole uma licença acima desse período de 45 dias, ele também perde essas aulas. Sr. Presidente, é um absurdo isso, é de uma desumanidade sem precedentes.

Nós temos vários professores e professoras fazendo tratamento oncológico, com câncer, Sr. Presidente, com licenças acima, logicamente, desse período e com outras doenças gravíssimas, porque a doença não escolhe horário e não escolhe também se o professor é efetivo ou da categoria “O”, não escolhe o regime de contratação do professor.

Esses professores que estão fazendo tratamento de câncer e de doenças gravíssimas estão perdendo as suas aulas e perdendo os seus contratos, Sr. Presidente, porque a Secretaria da Educação, comandada pelo empresário das plataformas digitais, da antiga Multilaser, não tem nenhuma preocupação com esses professores a não ser a preocupação com as plataformas digitais.

Então tem uma legislação, a Lei 1374, a que nós somos totalmente contra, da farsa da nova carreira, as resoluções que versam sobre essa situação que eu coloquei de perversidade contra os professores da categoria “O”, como, por exemplo, a Resolução nº 74, de 2023 e a Resolução nº 2, agora, de 2024, que dão amparo a esse tipo de ataque à dignidade humana dos professores do Magistério estadual.

Então é isso, eu queria deixar bem claro, Sr. Presidente, aqui em São Paulo, professor que tira licença médica, fica fora, perde as suas aulas, perde o contrato ou fica desempregado. Professor da rede estadual em São Paulo não pode adoecer, não pode ter nenhum tipo de doença, não pode. Caso ele precise faltar também, Sr. Presidente, essa legislação é tão perversa que o professor categoria “O” só tem direito a uma falta injustificada e a apenas três justificadas.

Não tem como ele cuidar da sua própria saúde, nem da saúde da sua família. Ele é refém dessas resoluções e dessa legislação totalmente autoritária, desumana e perversa. Nós já acionamos aqui o Ministério Público, o Tribunal de Contas, apresentamos PDLs, projetos de decretos legislativos, para revogar partes ou a totalidade dessas resoluções que são apresentadas pela Secretaria da Educação.

Mas nós vamos continuar lutando, Sr. Presidente, denunciando e exigindo que os professores, sobretudo os professores categoria “O”, tenham direito a uma licença médica sem que haja prejuízo, sem que eles percam as suas aulas.

Isso é uma afronta ao direito trabalhista, Sr. Presidente. Nós inclusive já estamos entrando também com uma representação no Ministério Público do Trabalho, porque é um direito do trabalhador cuidar da sua saúde.

Mas aqui em São Paulo esse direito foi praticamente extinto. O professor não pode tirar licença acima de 15 dias, porque perde as aulas, acima de 45 dias, ou dependendo aqui dos parágrafos das duas resoluções, ele perde as aulas também e perde o contrato.

É um absurdo o que vem acontecendo aqui, é desumano, é uma agressão à dignidade humana de todos os nossos professores categoria “O” e até os efetivos entram também nesses critérios, Sr. Presidente.

Por isso nós vamos continuar pressionando e denunciando esse método autoritário e desumano do governador Tarcísio de Freitas e do seu secretário da Educação. Quero aproveitar ainda, Sr. Presidente, para fazer uma outra denúncia gravíssima.

Nós estamos recebendo aqui várias reclamações dos professores da rede estadual contra os materiais digitais, esses materiais que estão nas plataformas digitais. Quero me referir aqui a um específico, que é o material de língua portuguesa que está sendo aplicado para o segundo ano do ensino médio da rede estadual.

Um material altamente ideológico, parcial que, na verdade, promove um grupo político que é considerado por muitos a antessala do fascismo, é considerado por muitos uma espécie de porteiro do fascismo, Sr. Presidente, que apoia o governo e que tem ligações profundas com o governo estadual.

Esse grupo é promovido, dentro do currículo escolar da rede estadual da Secretaria da Educação, Sr. Presidente. Vejam só: aqui tem um material, eu queria colocar, que é esse material de língua portuguesa “Ler para Conhecer o Protagonismo da Escola”, do segundo bimestre, a aula cinco do ensino médio.

Um material digital, currículo em ação, segundo ano do ensino médio. Passando aqui o slide, tem o Conteúdo, os Objetivos, até aí tudo bem. Vamos para o próximo slide: Protagonismo Juvenil, continuando, Reflexão e Atuação na Escola; vamos continuar...

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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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Aí, Qual a Função do Grêmio Estudantil? Na verdade, trata dessa questão da participação nas escolas, deputado Reis, é importante. O Grêmio Estudantil é regulado por lei federal, o Grêmio Estudantil tem que existir em todas as escolas do ensino fundamental e do ensino médio. É umas uma das entidades de organização da escola.

Nós temos o Conselho de Escola, a APM e o Grêmio Estudantil, mas aí eles remetem os alunos a esse vídeo aqui: Qual é a função do grêmio estudantil? Esse vídeo é do MBL.

Vejam só, tem aqui até outro slide mostrando claramente que esse vídeo que o aluno vai assistir - pode colocar o próximo, por favor, pessoal da Técnica -, mas é um vídeo do MBL, é o que está abaixo, esse daqui. Olha: qual é a função do grêmio estudantil?

Para entender melhor o que é o grêmio, assista ao vídeo ao lado. Daí a pessoa, o aluno entra no vídeo do MBL, deputado Reis, deputado Suplicy. Aí não dá, isso é escola com partido. Eles falam tanto em escola sem partido, mas eles são altamente ideológicos, remeteram os alunos para assistir a um vídeo do MBL, que dá sustentação ao governo aqui na Assembleia Legislativa.

O vice-líder do governo, parece-me que desse movimento, não sei se ainda é, porque alguns saíram, não sei se continua, mas está aqui, Sr. Presidente. Nós estamos aqui acionando, logicamente, o Ministério Público, a Comissão de Educação, convocando o secretário da Educação para explicar essa manipulação ideológica. É escola com partido fazendo propaganda do MBL.

Um absurdo isso, é uma educação altamente ideológica, do ponto de vista de beneficiar grupelhos de extrema-direita, Sr. Presidente. Isso é grave, o secretário tem que explicar. Nós vamos pedir a convocação dele na Comissão de Educação e vamos acionar o Ministério Público Estadual.

É isso que está por detrás desses aplicativos da ditadura das plataformas digitais que têm retirado a autonomia pedagógica dos professores e que vêm dificultando aprendizagens dos nossos alunos. Os alunos estão estafados, não aguentam mais essas plataformas, muito menos os professores.

O Magistério estadual é justamente contra essa máfia, essa ditadura dessas plataformas que são, muitas vezes, ideológicas, com conteúdos extremamente direcionados, Sr. Presidente.

Então, por tudo isso, nós vamos acionar o MP novamente e pedir a convocação do secretário da Educação.

E, por fim, Sr. Presidente, para concluir, eu quero ainda aqui fazer mais uma denúncia contra a Secretaria da Educação. No último dia 26, agora, de abril, houve uma grande manifestação na frente da Secretaria da Educação, uma assembleia com uma paralisação muito numerosa da rede estadual de ensino, promovida pela Apeoesp, que é o sindicato oficial do Magistério estadual.

O governo, com medo dessa manifestação, antecipou-se e anunciou a remoção dos professores, anunciou o pagamento do ALE, o pagamento do bônus, para tentar esvaziar a manifestação.

Não adiantou; a manifestação foi numerosa, ela aconteceu, e agora o governo, para punir os professores que participaram, orientou os diretores e diretoras das escolas estaduais a darem falta injustificada para os professores.

A falta justificada ou injustificada fica a critério sempre da direção da escola, mas, no caso, o governo está orientando, mandando. Inclusive, soltou um documento com a prova do crime, que eu quero mostrar aqui, Sr. Presidente, no telão.

Não é esse, não, é o próximo.

Assunto paralisação, controle das faltas.

“Prezados diretores.

Este Centro de Legislação de Pessoal e Normatização informa que o registro de faltas recorrentes de paralisações deve ocorrer de forma rotineira, cabendo ao diretor injustificar as ausências.”

Olha que absurdo.

Tem que ter negociação, a reposição dessas aulas que não foram dadas, porventura, até porque o evento foi à tarde, foi às 16 horas. Então, muitos professores nem chegaram a faltar a suas aulas.

Mas a orientação aqui é muito clara e autoritária para colocar medo, para tentar interromper um direito, de atacar um direito do professor de se manifestar, de fazer greve, de fazer paralisação, uma tentativa de intimidar o Magistério estadual, que não será intimidado por isso.

Nós vamos recorrer também. Isso é um ataque ao direito de organização sindical, de organização de luta pelos direitos trabalhistas, e eu tenho certeza de que o Ministério Público do Trabalho vai agir, porque nós vamos acioná-lo. Isso é um ataque frontal aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e haverá uma forte reação contra esse método autoritário de tentar impedir que os professores da rede estadual se manifestem fazendo essas denúncias gravíssimas que a gente tem feito, repercutido aqui na Assembleia Legislativa, contra a Educação pública e contra os profissionais da Educação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus cumprimentos, deputado Giannazi, por sua atenção sempre com a Educação. Passo a palavra, agora na Lista Suplementar, ao deputado Major Mecca. (Pausa.) Ao deputado Gil Diniz. (Pausa.) Ao deputado Reis. Tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Suplicy, eu retorno à tribuna para falar sobre a nomeação dos policiais civis. Nós tínhamos um concurso, o edital foi publicado em 2022, na gestão João Doria/Rodrigo Garcia, e esse concurso, passou o ano de 2022, foi totalmente finalizado em 2023.

E o governador Tarcísio de Freitas, após cerca de 17 meses à frente do governo, na data de ontem, nomeou 4.017 policiais civis. Foi publicado no “Diário Oficial” de hoje. São cerca de 2.208 escrivães de polícia, 1.260 investigadores de polícia, 353 delegados de polícia e 196 médicos legistas.

Então isso foi objeto de muita cobrança do nosso mandato, deputado Suplicy. Praticamente todos os meses que subi a esta tribuna eu cobrei do governador a nomeação desses policiais. Claro, não vai suprir a defasagem, nós estamos falando de mais de 17 mil policiais, 17 mil cargos em aberto, e que, segundo uma última reportagem que eu vi semana passada no “Metrópoles”, já estava chegando a 19 mil. Ou seja, com essas nomeações, se realmente essa matéria estiver certinha, nós estamos dizendo que ainda restarão 15 mil vagas para serem recompostas.

Mas, obviamente, essas 4.017 vagas que foram, então, supridas com essas nomeações já vão dar um fôlego assim que esses policiais saírem da Escola Superior de Polícia, que agora eles vão fazer o curso na Escola Superior de Polícia, porque não é mais Academia de Polícia.

Segundo a nova Lei Orgânica Nacional, o nome que se dá agora à instituição de ensino policial é Escola Superior de Polícia. Então eles vão fazer o curso na Escola Superior de Polícia, provavelmente daqui uns quatro, cinco meses estarão frequentando já as delegacias e os departamentos.

Mas eu quero cobrar do governador, desde já, que tem um novo concurso em andamento para mais 3.500 vagas, que foi publicado ano passado e que as suas provas iniciaram em novembro do ano passado.

Então cobrar do governador também para que se dê celeridade aos procedimentos para que, o quanto antes, esse concurso que foi aberto em 2023 seja finalizado e esses policiais também sejam nomeados, para que a gente possa reabrir as delegacias, as delegacias possam funcionar diuturnamente, possam funcionar aos sábados, aos domingos, aos feriados, à noite.

E tirar a carga que hoje tem nos policiais que estão aí nos plantões, policiais que trabalham por dois, três, quatro, cinco... No atendimento à população, nas atividades investigativas.

Que realmente o governo tenha esse olhar. Esse olhar de que isso não seja feito ao final do seu governo, de que isso seja feito o quanto antes. E que se abra um novo edital para que possa, durante esse período, ao final do seu governo, completar todas as vagas que estão em aberto na Polícia Civil.

Isso é muito bom para a cidade, para o estado, é muito bom para a sociedade e é muito bom para o governo. É muito bom para o governo, porque é uma resposta que se cobra, que a sociedade vem cobrando há muito tempo dos governos que passaram e do governo atual.

Então, é importante que ao concurso em andamento seja dada celeridade, é importante que esse concurso do qual foram feitas agora essas nomeações, que o quanto antes esses policiais possam ser designados para as delegacias e para os departamentos. E que as vagas em aberto, que ainda continuarão existindo, porque se eu tenho 3.500, mais 4.000, são 7.000; para 17.000, ainda faltam 10.000 policiais para serem contratados.

Então, que se coloquem editais na praça, para que essas 10.000 vagas sejam supridas e seja dada resposta para a sociedade, que vem cobrando uma política de Segurança Pública adequada.

Mas não só isso, Sr. Presidente. Também a valorização salarial, porque é de conhecimento público que o governador até agora não mandou o projeto para esta Casa para reajustar o salário dos policiais e dos demais servidores públicos.

Então, isso é uma cobrança que tem que ser feita por nós, deputados, representantes do povo, todos os dias em que subirmos a esta tribuna. É cobrar do governador que ele faça a lição de casa, assim como a Assembleia Legislativa está fazendo, assim como a Câmara Municipal fez, assim como o Tribunal de Justiça vai fazer: ele vai mandar um projeto para cá para reajustar o salário dos funcionários do Tribunal de Justiça.

E que o governador de São Paulo mande um projeto para esta Casa para também reajustar os salários de todos os servidores públicos e também a tão prometida valorização dos servidores da Segurança Pública, Sr. Presidente.

Eu vou subir para assumir a Presidência, para que o deputado Suplicy possa continuar o debate.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Agradeço muito, deputado Reis. E meus cumprimentos por sua fala.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Reassumindo a Presidência dos trabalhos aqui no Pequeno Expediente, chamo, para fazer uso da palavra, o deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, estive, na manhã de hoje, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo, convidado que fui para o momento aberto do Conselho Superior da Defensoria Pública, na rua Boa Vista 200.

Na ocasião, eu ressaltei a importância da criação, no âmbito do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, de que poderia haver mais dois cargos. O primeiro cargo, exclusivo para a Coordenação de Atendimento à População em Situação de Rua, e de acompanhamento das políticas públicas da própria rua.

Segundo dados do Cadastro Único, de março de 2024, o estado de São Paulo possui 110 mil 761 famílias em situação de rua. Esse número mostra um assustador crescimento da população em situação de rua, formada, em geral, por pessoas em extrema vulnerabilidade, muitas vezes em vulnerabilidades sobrepostas, com dificuldade no acesso à Justiça.

O atendimento à pessoa em situação de rua requer um conhecimento prévio da política pública voltada à população em situação de rua, além de respeitar e acolher a heterogeneidade de demandas trazidas pelas pessoas.

Em segundo lugar, um cargo exclusivo para atendimento de casos individuais de violência institucional. A justificativa é que a letalidade policial, que atinge majoritariamente jovens pobres e negros, dobrou no primeiro trimestre deste ano, segundo dados oficiais do Governo do Estado de São Paulo. Foram 179 casos nos primeiros três meses de 2024, contra 75 no mesmo período do ano passado, perfazendo um crescimento de 138 por cento.

A criação de um cargo exclusivo para atendimento de casos individuais de violência institucional, acredito, é imprescindível para que a Defensoria Pública do Estado possa dar maior efetividade às suas atribuições legais, no que diz respeito à promoção e defesa dos direitos das vítimas, de maneira integral.

Eu quero muito agradecer a atenção do doutor Rafael Pitanga, bem como da doutora Camila, ouvidora geral da Defensoria, que, por ter tido um nenê, nesses dias, ela não pôde estar presente. Mas a cerimônia do Conselho Superior da Defensoria Pública foi presidida pelo doutor Rafael Pitanga.

Na ocasião, eu muito agradeci a colaboração de Fernanda Balera e da doutora Surrailly Youssef, ambas do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, que muito tem colaborado com o meu mandato.

Na ocasião, eu também fiz referência à criação de um grupo de trabalho. Inclusive, de iniciativa do presidente Lula, acatando minha sugestão, para estudar quais os passos para a gradual implantação e transformação do programa “Bolsa Família”, na renda básica de cidadania, que um dia será universal e incondicional. Eu vou subir novamente, para que o deputado Reis possa fazer ainda outra observação aqui, outro pronunciamento.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Deputado Reis, sobre o tema que eu estava falando, é importante ressaltar que um levantamento do Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania apontou 24% nas suspeitas de violência contra pessoas em situação de rua de janeiro a abril deste ano. Por meio de denúncias no “Disque 100”, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos registrou 6.177 violações contra essa parcela da população.

No mesmo período no ano passado, foram 4.962, e São Paulo e Rio de Janeiro lideram o ranking em relação ao país, de acordo com o painel do Disque Direitos Humanos.

O Rio está em segundo lugar, com 696 suspeitas de violação e seguindo São Paulo na primeira posição, com 1.964, as relações mais denunciadas neste quadrimestre são as que envolvem agressões físicas, maus tratos, torturas psicológicas, entre outras.

O “Disque 100” é o canal de denúncia e violação de direitos humanos da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. É um serviço gratuito que funciona ininterruptamente, inclusive aos feriados. “Disque 100”. Tem a palavra o deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Suplicy, eu retorno à tribuna para fazer coro com V. Exa., porque V. Exa. começou o seu discurso na data de hoje, falando sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. Eu quero aqui registrar a minha solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, por conta dessa tragédia, os quais estão sendo vítimas, trata-se de mais um evento extremo em que já se contabilizam 37 mortes, mais de 15.000 pessoas desabrigadas e cerca de 150 cidades em situação trágica.

As forças armadas se encontram lá com mais de 600 militares; 45 viaturas; oito aeronaves; duas embarcações e botes; e um hospital de campanha foi montado em Lajeado, com 40 leitos. Assim, o governo federal está dando total apoio ao estado do Rio Grande do Sul. O presidente Lula foi até a área em que se encontra a tragédia, desembarcou em Santa Maria, acompanhado de vários ministros.

O presidente foi recebido pelo governador Eduardo Leite e apontou a preocupação que temos que ter com o planeta Terra e colocou o governo federal para ajudar, em um primeiro momento, para salvar vidas, resgates de pessoas que estão sendo realizados lá, tanto pelo governo do estado, pelas prefeituras e também pelo governo federal, que o governo Lula colocou todo apoio, toda a estrutura necessária das forças armadas para garantir o salvamento de pessoas, o resgate de pessoas.

São cidades que estão submersas. Nunca choveu tanto nessa região, segundo levantamento, desde 1941, presidente Eduardo Suplicy, e obviamente que no segundo momento após esses eventos...

Eventos climáticos passarem, é preciso pensar na reconstrução dessas cidades, na reconstrução de casas, de moradias, empresas, comércio, tudo o que está sendo destruído por esse evento climático. Então é deixar registrado aqui, deputado Suplicy, assim como V. Exa. deixou registrado, a nossa solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul.

E também dizer, reconhecer o trabalho do nosso governo, do governo do presidente Lula que, em contato contínuo com o governador e também se fazendo presente e designando os seus ministros para que tudo aquilo que o estado do Rio Grande do Sul necessite, que os ministérios se coloquem ali para realizar e para dar resposta para a nossa população, para a nossa população do Rio Grande do Sul, tão sofrida e tão vítima dessa tragédia climática que assola o estado do Rio Grande do Sul.

 

O SR. REIS - PT - Sr. Presidente, para que nós possamos, então, encerrar as nossas atividades, eu peço, havendo acordo de lideranças, o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

Muito obrigado.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 56 minutos.

 

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