25 DE JUNHO DE 2024
33ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO, GILMACI SANTOS e CARLOS CEZAR
Secretaria: ALTAIR MORAES e ITAMAR BORGES
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h57min. Coloca em votação o PLC 32/24.
2 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação do PLC 32/24, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
3 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
4 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Encaminha a votação do PLC 32/24, em nome da Federação PSOL REDE.
5 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha a votação do PLC 32/24, em nome da Minoria.
7 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de presença.
8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 32/24.
9 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Solicita verificação de votação.
10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
11 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
12 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
13 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
14 - ITAMAR BORGES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
15 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
16 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
17 - CAPITÃO TELHADA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
18 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
19 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
20 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
21 - LEONARDO SIQUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
22 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PLC 32/24. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PL 1510/23.
24 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
25 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência.
26 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Rebate o pronunciamento do deputado Eduardo Suplicy.
28 - GUILHERME CORTEZ
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome da Federação PSOL REDE.
29 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 1510/23, em nome da Minoria.
31 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para reclamação, faz pronunciamento.
32 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência. Registra a manifestação. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 1510/23.
33 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Solicita verificação de votação.
34 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
35 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
36 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
37 - LEONARDO SIQUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
38 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
39 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
40 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
41 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
42 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
43 - CAPITÃO TELHADA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
44 - ITAMAR BORGES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
45 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
46 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que não atinge quórum regimental, restando adiada a votação do PL 1510/23. Coloca em votação o PL 389/24, salvo emendas.
47 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha a votação do PL 389/24, salvo emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
48 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência.
49 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do PL 389/24, salvo emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
50 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
51 - BETH SAHÃO
Encaminha a votação do PL 389/24, salvo emendas, em nome da Minoria.
52 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão. Coloca em votação e declara aprovado o PL 389/24, salvo emendas.
53 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
54 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
55 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
56 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
57 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
58 - RICARDO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
59 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
60 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
61 - LEONARDO SIQUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
62 - JORGE CARUSO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
63 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
64 - BARROS MUNHOZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
65 - VALDOMIRO LOPES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
66 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 389/24, salvo emendas. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 36 minutos. Encerra a sessão às 19h26min.
* * *
- Abre a sessão o Sr. André do
Prado.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior.
Ordem do dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Item Nº 1 -
Votação adiada do Projeto de lei Complementar nº 32, de 2024, de autoria do Sr.
Governador. Em votação.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, para encaminhar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. O deputado Paulo
Fiorilo fará encaminhamento pela Federação PT/PCdoB/PV.
O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos acompanha pelas galerias e que nos acompanha
pela Rede Alesp, o Projeto de lei Complementar 32, de 2024, de autoria do
governador, altera a Lei Complementar 939, de 3 de abril de 2003, que institui
o Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte do Estado de São
Paulo.
A proposta que
o governo apresenta aqui a esta Casa trata da inclusão de uma entidade nesse
conselho, no Codecon, Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte. Para que
todo mundo saiba, o Codecon é o órgão do contribuinte de tributos estaduais,
ICMS e outros impostos do estado de São Paulo, para fazer suas reclamações e
reivindicar os seus direitos.
O Codecon tem
como atribuições elaborar, propor, coordenar e executar a política estadual de
proteção ao contribuinte paulista, como também receber, analisar e dar
seguimento a reclamações encaminhadas pelo contribuinte.
Ele deve
receber, analisar e responder às consultas ou sugestões formuladas pelos
contribuintes, prestar orientação sobre seus direitos e garantias, informando,
conscientizando e motivando a exercer os seus direitos. Portanto, é um conselho
importantíssimo no que diz respeito às questões tributárias, e aí nós temos uma
série de entidades, representações.
O governo
propõe incluir o Sescon pela sociedade civil, que é o Sindicato das Empresas de
Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e
Pesquisas no estado de São Paulo. O Sescon é a entidade mais representativa do
setor de serviços do estado de São Paulo que atua para a valorização das mais
de 100 mil empresas de contabilidade, assessoramento, pesquisas e holdings da
sua base.
Qual
é o problema que a bancada do PT levantou? É por que o Sescon, deputado Gil Diniz,
e não outros sindicatos que poderiam fazer parte desse debate. Aliás, no congresso
de comissões, o deputado Luiz Claudio acompanhou, nós sugerimos, por exemplo, a
representação do Sindicato dos Bancários ou de federações ou confederações que
tratam do tema, que são análogos a esse tema.
Mas,
infelizmente, o Governo tem feito ouvido de mercador nesse caso e em outros
casos. Nós achamos importante o conselho, entendemos que a mudança é
necessária, ampliar a representação, não tem nenhum problema. Agora, por que um
e por que não outros que poderiam contribuir nesse debate tão importante. A bancada
não é contrária ao projeto, é favorável, mas aqui é preciso deixar claras
algumas questões.
Ao
longo das últimas sessões, nós temos dialogado com os deputados e deputadas
dessa Casa, em especial com o líder do Governo, por conta das reivindicações que
foram apresentadas ao longo desses últimos meses, em especial com relação às
emendas impositivas, com relação aos projetos dos deputados e deputadas que
precisam ser aprovados.
Há
um compromisso da Presidência dessa Casa de aprovar um projeto de cada deputado
ainda esse semestre. O semestre está caminhando para o final. Nós estamos muito
próximos de concluir esse semestre.
E
ele será concluído com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que nós
trouxemos e apresentamos ao governo uma série de problemas, uma série,
problemas com relação a emendas das audiências públicas, com relação à Fapesp,
e eu acho que esse é um dos principais problemas.
O
governo estadual está propondo, deputada Ediane, retirar 30% dos recursos da
Fapesp, o que nós achamos um absurdo. E o argumento do governo é que a Fapesp
tem um fundo, tem recursos.
Bom,
se tem um fundo, se tem recursos, por que o governo não dialoga com a Fapesp e
proponha projetos que possam ser executados, inclusive com os recursos da
Fapesp e com a orientação, com a supervisão da Fapesp?
Mas
o governo não está preocupado com isso, o governo quer tirar dinheiro da
pesquisa, um problema gravíssimo. E nós, da Federação, do PSOL e outros
partidos, temos nos colocado contrários a essa posição.
A
outra questão que é gravíssima é a execução das emendas que o governo está
propondo na LDO, que uma parte possa ser executada no ano e a outra parte no
outro ano, o que é um outro absurdo.
Não
é possível a gente ter emendas impositivas que o governo não cumpra com a sua
obrigação de pagar os deputados e deputadas que apresentaram, que dialogaram
com os prefeitos, com as entidades, com a sociedade civil organizada.
Esse
é um problema grave que envolve, inclusive, a base do governo, porque não é só
um problema da oposição. Os deputados da base também não recebem as emendas, ou
as emendas não são pagas como deveriam ser pagas.
Bom,
o que nós estamos propondo aqui é que até 5 de julho a maior parte delas possam
ser executadas, possam ser pagas e possam ser executadas. Infelizmente, nós
ainda não tivemos a resposta do governo, em que pese o esforço do deputado
Carlão Pignatari. Mas ainda não houve avanço, mesmo com a disposição do
deputado do PSDB de tentar ajudar nesse diálogo tão importante que é uma
prerrogativa dos deputados à apresentação e à execução das suas emendas.
Uma
outra questão importante diz respeito aos projetos de lei. Nós temos na bancada
do PT o deputado Luiz Claudio Marcolino que não teve um projeto aprovado até
agora, um. E é óbice atrás de óbice. Eu nunca vi isso. Como é possível os
deputados colocarem óbice em projetos de colegas que poderiam ter seus projetos
aprovados?
Aqui
eu estou vendo o Rafael, que teve projetos aprovados importantes, negociou com
o governo, veio a essa tribuna de forma veemente para cobrar um projeto de sua
autoria que o governo também tentou obstruir, tentou postergar.
Então,
está na hora de o governo dar as respostas antes que o semestre termine e, se o
governo não der resposta, quem sabe o semestre só termine em julho, quando a
gente puder votar a LDO. Enquanto isso nós vamos continuar aqui, debatendo,
discutindo, aguardando as respostas do governo.
Eu tenho
certeza, deputado Gil Diniz, de que as respostas que nós esperamos, o senhor,
que é da base do governador Tarcísio, apoiador do governador, bolsonarista de berço,
também sofre dos mesmos problemas que os outros deputados desta Casa sofrem, o
não pagamento das emendas impositivas, a ausência de projetos de lei.
Mais do que
isso, o veto em projeto aprovado. O governador continua tratando esta Casa com
o desleixo que não deveria, até porque fez um discurso dizendo que seria
diferente dos 28 anos anteriores. Parece que o vício continua igualzinho ao que
aconteceu com os anos dos governos do PSDB nesta Casa.
Portanto, é
preciso mudar essa lógica. Eu espero, deputado Gil Diniz, contar com o seu
apoio nessa tarefa dura, difícil e árdua, até porque o governo acaba
aglutinando uma ampla maioria aqui para derrotar os pleitos dos deputados e
deputadas.
Não só o
senhor, eu acho que outros deputados aqui que têm a clareza e a importância das
emendas, dos projetos de lei, estarão juntos e cerraremos fileiras, independentemente
da posição ideológica, da visão de cada um dos deputados e deputadas.
Agora, nós não
podemos perder a oportunidade de ter os nossos projetos votados, quem sabe,
sancionados. A gente tem projetos importantes, que poderiam ter sido
sancionados pelo governador, mas a forma como ele trata esta Casa é muito ruim,
o que faz com que deputados e deputadas que produzem projetos importantes...
Aliás, eu vejo
aqui a deputada de Santo André, a deputada que tem atuado muito e que tem acompanhado
o Colégio de Líderes, porque tem um projeto, deputada Ana Carolina, da sua
autoria, que tem interesse que seja aprovado, sabe do esforço que a gente tem
feito. Agora, infelizmente, o governo não observa o esforço e, pior, desdenha
do esforço.
Então eu queria
deixar esse apelo ao deputado líder do Governo, Jorge Wilson, um apelo
necessário, para que ele possa olhar, primeiro, os projetos dos deputados, que
precisam ser aprovados. Eu falei do Luiz Claudio, mas vale para todos os
deputados, os noventa e quatro.
Segundo, as
emendas impositivas. Nós não sairemos para o recesso sem que a gente tenha as
respostas necessárias. Isso, deputada Paula, é um direito nosso, é um direito
constitucional, é um direito previsto nas regras constitucionais desta Casa. Nós
não podemos abrir mão porque o governo diz “nós vamos resolver, fica tranquilo,
a gente resolve”. Essa história a gente está ouvindo faz tempo.
Eu termino,
deputado Luiz Claudio, com uma outra demora que esse governo parece que não
consegue resolver, que são os agentes penitenciários. Nós aqui debatemos no ano
passado de forma dura com o governo, que prometeu encaminhar um projeto de lei,
e, Sr. Presidente. até agora não encaminhou absolutamente nada.
Esse é o
governo do banquinho, senta e se esquece da Assembleia.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Para indicar a deputada Paula da Bancada Feminista para encaminhar pela
liderança da Federação PSOL REDE.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
A deputada Dra. Paula tem o tempo regimental para encaminhar pela Federação PSOL
Rede.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Para uma breve comunicação, enquanto a oradora...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Diniz. Tem dois minutos Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Deputado
Paulo Fiorilo disse aqui da nossa dificuldade na aprovação de projetos, na
sanção de projetos. Eu que, dentro da Comissão de Transportes, aprovei,
deputada Paula, uma denominação de estação de metrô, espero que esse projeto
seja sancionado, mas sabendo que ele pode vir a ser vetado.
O que eu
gostaria é que a quem de direito, dentro da Casa Civil ou de algum setor do
governo, pudesse, presidente, comunicar aos deputados se esse diálogo com o
deputado, nós, que somos, sim, da base do governador, defendemos, sim, os
projetos da base do governador, mas muitas vezes sentimos essa indiferença, não
por parte do governador, mas por parte do segundo, terceiro escalão. É
inadmissível, presidente, que um deputado desta Casa passe 15, 20, 30 dias
tentando uma reunião com um secretário, com uma secretária, e não consiga.
Obviamente, com
todo o respeito à oposição, mas oposição é oposição. Agora, os deputados da
base, que dão quórum, que ajudam o governo, que votam com o governo, não terem,
dentro desse segundo escalão, terceiro escalão, o respeito devido e necessário,
e não falo só pelo deputado Gil Diniz, falo por todos os deputados que sentem
isso também e que muitas vezes não têm a coragem de vir ao microfone e externar
aquilo que eles carregam dentro de si, no seu coração.
Então faço esse
apelo aqui ao governo, aos secretários e ao terceiro escalão... Poxa... Escutem
estes deputados, principalmente aqueles que estão votando e aprovando essa boa
política do governador, para fazer o estado de São Paulo maior do que ele já é
presente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra,
a deputada Dra. Paula.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente. Boa
tarde. Boa tarde a todos os deputados e deputadas presentes. É sempre bastante
importante ver esta Casa cheia, infelizmente, ainda com número ínfimo perto dos
94 deputados que foram eleitos na Casa, mas já com número maior do que
usualmente nós vemos de deputados e deputadas presentes por aqui. Também
cumprimentar as pessoas que nos acompanham da galeria, que nos acompanham pela
Rede Alesp, também os funcionários e funcionárias desta Casa.
Bom está em
discussão... Na verdade, vai ser votado aqui agora, Sr. Presidente, o Projeto
de lei Complementar nº 32, de 2024, que altera a Lei Complementar nº 939, de 03
de abril de 2003, que institui o Código de Direitos Garantias e Obrigações do
Contribuinte no estado de São Paulo.
Esse é um
projeto que foi encaminhado a pedido do... Conforme justificativa aqui
apresentada pelo secretário Samuel Kinoshita, foi encaminhado a pedido do
deputado estadual Itamar Borges, que é presidente da Frente Parlamentar do
Empreendedorismo da Assembleia Legislativa e que nada mais é do que um projeto
que visa alterar atualizar a denominação de algumas entidades, que compõem o
Codecon. Entidades que mudaram de nome e que precisam ter esse nome atualizado
aqui no conselho.
Quero dizer que
a Federação PSOL REDE, nossa bancada, não é contrária a esse projeto. Nós
votaremos a favor, não temos nenhum problema com relação a ele, mas nós fizemos
questão de vir aqui discutir esse tema, porque esse é mais um projeto do
Governo do Estado que nós estamos discutindo aqui nesta Casa de Leis e sem
dúvida uma das funções que a Assembleia Legislativa tem é justamente debater e
votar projetos que são encaminhados pelo Governo do Estado.
Essa semana vai
ser uma semana inclusive bastante exaustiva nesse sentido em que nós
discutiremos, debateremos e votaremos uma série de projetos de lei que nos
foram encaminhados pelo Governo do Estado, mas é importante dizer que a função
da Assembleia Legislativa não é exclusivamente debater e votar projetos que nos
são encaminhados pelo Governo do Estado.
Na verdade, a
Assembleia Legislativa, os deputados e deputadas eleitas e presentes nesta
Casa, tem uma função, que é essencial para o bom funcionamento da máquina do
Estado, que nada mais é a função de legislar.
Legislar sobre
temas diversos, legislar sobre temas não só que correspondem aos nossos anseios
aos nossos interesses, que correspondem às bases às quais nós respondemos, mas
que podem transformar todo o estado de São Paulo. Uma parte importantíssima da
nossa tarefa por aqui é conseguir aprovar projetos de lei elaborados pelos
deputados, discutidos nas comissões e que poderão de fato transformar o estado
de São Paulo.
Eu digo isso,
Sr. Presidente, porque infelizmente existe uma grande dificuldade de deputados
e deputadas de terem seus projetos aprovados aqui nesta Casa. Diante das
negociações com as bancadas é muito difícil, cada vez mais difícil emplacar a
votação de projetos que poderiam transformar e muito a realidade das pessoas no
estado de São Paulo e a gente segue chancelando, votando, sempre projetos que
são encaminhados pelo Governo do Estado, e quase nunca discutindo, elaborando,
formulando e votando projetos que são elaborados pelos deputados desta Casa.
Agora a gente
provavelmente vai ter, essa semana, uma nova rodada de votação de projetos de
deputados e deputadas e mais uma vez existe uma dificuldade imensa de aprovação
dos projetos de lei que são formulados pela bancada do PSOL.
Nós, quando nos
são encaminhados os projetos dos demais deputados, das outras bancadas,
analisamos com bastante critério - o que não significa colocar óbice em todos
os projetos -, mas, sim, com bastante critério quais projetos que podem ser
úteis ao desenvolvimento do estado de São Paulo.
Projetos, por
exemplo, do deputado Gil Diniz - a quem eu faço franca oposição nesta Casa e
todas as pessoas sabem -, eu sei que tem projetos que podem ser úteis para o
desenvolvimento do estado de São Paulo, projetos de outros deputados, como da
deputada Dani Alonso, a quem também faço oposição aqui nesta Casa, mas que teve
projetos aprovados que eu considero importantíssimos aqui para o
desenvolvimento do estado de São Paulo; do deputado Rafael Saraiva e de tantos
outros deputados e deputadas aqui presentes. E o que nós queremos é poder,
assim como os demais deputados, também aprovar os nossos projetos.
Eu pretendo,
inclusive, aprovar aqui, esse semestre ainda, nesta Casa, um projeto de lei que
autoriza o Governo do Estado a criar, em prédios públicos, espaços exclusivos
de amamentação e de fraldário, porque eu acho que um prédio público que não
acolhe bebês, que não acolhe crianças, não é um prédio público que acolhe
também as suas mães, pais e cuidadores.
Todo mundo sabe
que eu acabei de ter uma bebê; eu falo muito disso, porque ter uma filha de
cinco meses é algo que marca muito a minha trajetória até aqui. E ter uma filha
de cinco meses que vive do aleitamento exclusivo faz com que eu tenha que quase
sempre andar com a minha filha de cinco meses. Daqui a pouco, inclusive, ela
vai estar aqui no plenário, sem nenhuma dúvida, porque ela precisa mamar,
porque ela precisa estar comigo e se servir do meu alimento, que é o alimento
que eu disponho para ela.
Muitas mulheres
aqui presentes também passaram e passam por isso. Eu converso com funcionárias
desta Casa, converso com parlamentares desta Casa que também vivem essa
realidade. E felizmente o deputado André do Prado, presidente desta Casa, teve
uma grande sensibilidade, que foi de construir, aqui na Assembleia Legislativa,
depois de uma conversa comigo durante a minha gestação, um espaço que não
existia, que é um espaço adequado de fraldário e de amamentação.
Essa foi uma
ótima iniciativa do presidente desta Casa. E a gente pode transformar isso
também num projeto de lei que vai servir para todo o estado de São Paulo, para
todos os prédios públicos do estado de São Paulo.
Isso para falar
de um projeto da nossa bancada, que é o meu. A gente pode falar de um projeto
do Guilherme Cortez que visa o combate às mudanças climáticas; de projetos da
deputada Monica Seixas; de um projeto importantíssimo da deputada Ediane, que
acabou de virar lei; de projetos do deputado Carlos Giannazi, que sempre visam
a proteção dos servidores e servidoras do estado de São Paulo.
Então, esse é
um grande tema para a gente. A gente só quer encerrar este semestre quando a
gente de fato conseguir negociar, falar e aprovar os projetos de lei também da
oposição desta Casa. Isso para a gente é fundamental.
Mas também tem
um outro tema importantíssimo que foi colocado aqui pelo deputado Paulo
Fiorilo, líder da Federação PT/PV/PCdoB, que é o tema relacionado às emendas
impositivas.
Infelizmente, o
que tem acontecido por aqui e a forma de distribuição e pagamento das emendas
impositivas, ou melhor, que deveriam ser impositivas, é algo que nos choca
muito.
A bancada do
PSOL, até agora, até perto do dia sete de julho, que é o prazo final para o
pagamento pelo governo nesse momento, tem em torno de 20% das emendas de cada
parlamentar efetivamente pago.
Ora, como a
gente fala que é possível tratar os deputados e deputadas desta Casa com
igualdade se sequer existe um esforço concreto do governo para que as emendas
impositivas de cada deputado e deputada sejam efetivamente pagas?
Então, eu acho
que a gente precisa de fato entender qual é o papel, qual é a função de um
deputado aqui nesta Casa Legislativa. Eu não acho, e insisto que não é papel
dos deputados desta Casa apenas chancelar projetos de lei que nos são
encaminhados pelo Governo do Estado. O Governo do Estado até pode encaminhar
projetos de lei, os quais nós da bancada de oposição não somos contra, votamos
a favor; projetos de lei, inclusive, importantes. E mesmo nós da oposição temos
sempre o rigor de olhar para projetos de lei encaminhados pelo Governo do
Estado que são importantes e aprová-los.
Mas esta Casa
também precisa fazer o esforço, o grande esforço de ter aprovados os projetos
de lei de deputados e deputadas. Essa é a função da Casa Legislativa. É por
isso também que cada um dos 94 deputados e deputadas aqui foram eleitos.
Além disso, é
necessário que as emendas impositivas - repito, impositivas - sejam
corretamente destinadas, sejam deputados da oposição, sejam deputados da base
do Governo. E é um absurdo que a gente só tenha cerca de 20% das emendas de
cada deputado da bancada do PSOL pagos por aqui.
Então, fica
aqui o alerta. Fica aqui o pedido de que haja de fato atenção por parte do
Governo. Enquanto não houver atenção seja para a aprovação dos nossos projetos,
seja para a destinação correta das nossas emendas impositivas, nós
continuaremos obstruindo todos os projetos do governo que passarem por aqui nos
próximos dias. Os projetos em pauta hoje, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
E nós estamos
aqui em peso, toda a oposição, para garantir que essa obstrução aconteça da
forma correta e para garantir também que todos os deputados e deputadas dessa
Casa sejam ouvidos como devem ser ouvidos.
Obrigada,
presidente.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Eduardo Suplicy
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Em nome da Minoria,
o deputado Luiz Claudio Marcolino irá usar da palavra também.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido. Então o deputado Luiz Claudio Marcolino fará encaminhamento pela
Minoria.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem,
Sr. Presidente. Trinta segundos, rapidamente uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a palavra
Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Parabenizar
a deputada Dani Alonso pelo aniversário. Completou 36 anos no último domingo.
Faz parte da nossa bancada. Então fica o registro aqui, felicidades e muitos
anos de vida.
Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra,
deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Agradecer ao deputado
Eduardo Suplicy pela indicação para poder falar pela Minoria sobre o PLC 32, de
2024. Nosso líder da bancada, deputado Paulo Fiorilo, já fez um questionamento
em relação a essa indicação.
Essa mesma cobrança, que o deputado
Fiorilo fez no dia de hoje, ele fez no Congresso de Comissões. E o deputado
Itamar Borges acabou não esclarecendo qual foi o motivo, o porquê foi escolhido
o Sescon São Paulo para integrar o Codecon dessa nova representação. Para a
gente, é importante que esse esclarecimento fosse feito num Congresso de
Comissões. E pudesse ser feito hoje inclusive, aqui no plenário...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, uma
questão de ordem. Sr. Presidente, o deputado Luiz Claudio está iniciando o seu
discurso, e eu vejo que nós não temos aqui os 24 deputados. Então eu peço uma
verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido do deputado. Solicito ao deputado Altair Moraes, juntamente ao deputado
Itamar Borges, que possam fazer a verificação de presença.
* * *
-
Verificação de presença.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado o
quórum regimental, agradeço ao deputado Altair Moraes e ao deputado Itamar
Borges, e devolvo a palavra ao deputado Luiz Claudio Marcolino para continuar o
seu encaminhamento.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, até aproveitando a presença agora do nobre
deputado Itamar Borges, nós tínhamos cobrado lá no congresso de comissões,
deputado Itamar Borges, e também aqui no nosso plenário, referente à indicação
do Sescon para fazer parte do Codecon.
Sabemos que é
importante o Codecon aqui no estado de São Paulo, e hoje nós temos várias entidades.
Nós temos aqui entidades importantes no estado de São Paulo, como a Fecomercio,
como a Fiesp, a Fasp, (Inaudível.) do estado de São
Paulo, o Sebrae, que é o serviço de apoio a micro e
pequena empresa. A Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, o Conselho Regional de
Contabilidade.
Nós temos a Fresp, que é a associação dos agentes fiscais de rendas do
estado de São Paulo, nós somos o Sindicato dos Agentes Fiscais de Renda do
Estado de São Paulo, Sinafresp, temos a Coordenadoria da Administração
Tributária da Secretaria da Fazenda a Corregedoria do Fisco Estadual, a
Ouvidoria Fazendária, a Escola Fazendária do Estado de São Paulo, a
Procuradoria Fiscal da Procuradoria do Geral do Estado de São Paulo, a
Secretaria da Educação, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, a
própria Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, a Facesp, que é a
Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a Fetcesp, que é
Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo, a
Diretoria Executiva Tributária, o Deat.
Quando a gente
fala aqui do Codecon, o Codecon tem como quatro atribuições elaborar, propor,
coordenar e executar a política estadual de proteção ao contribuinte paulista,
como também tem aqui como uma das suas funções receber, analisar e dar
seguimento a reclamações encaminhadas pelo contribuinte. Ela deve receber,
analisar e responder às consultas ou sugestões formuladas pelo contribuinte,
prestar orientação ao contribuinte sobre os seus direitos e garantias,
informando, conscientizando e motivando a exercer os seus direitos.
E nós estivemos
juntos, nobre deputado Itamar Borges, na Frente Parlamentar em Defesa do
Empreendedorismo e do Combate à Guerra Fiscal no mandato de 2011 até 2015. Até
hoje estamos acompanhando a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Região
das Cidades Metropolitanas, estamos na Frente Parlamentar que dialoga sobre o
desenvolvimento na inclusão e tecnologia do estado de São Paulo, e nós
acompanhamos ali na frente parlamentar diversas outras entidades.
Então seria
importante que V. Exa. pudesse colocar pra gente qual foi o critério da
indicação do Sescon para fazer parte desse grupo. Não somos contra. Acho que é
importante o Sescon participar, mas podemos ter outras entidades também
participando.
Então, eu
queria dialogar com V. Exa., dialogar com o presidente da Casa se é possível
ainda fazermos aqui uma emenda aglutinativa, apresentar outras entidades,
outras associações que possam também representar os contribuintes do estado de
São Paulo.
Então, é importante
que o Sescon participe do Codecon, mas seria importante que outras entidades
também pudessem ter participação nesse debate tão importante com os
contribuintes do estado de São Paulo.
Eu queria
aproveitar também e fazer um diálogo com a deputada Paula, com o deputado
Fiorilo, que falaram aqui dos projetos de lei que os deputados apresentam e têm
apresentado aqui nesta Casa, que muito ajudariam no desenvolvimento do nosso
Estado.
Nós tínhamos
feito um compromisso com os líderes, no início da gestão, em 2023, que nós
teríamos, praticamente, pelo menos um projeto no mínimo aprovado a cada
semestre.
Nós estamos
chegando praticamente agora, que seria no final deste semestre, pelo menos a
três projetos aprovados por deputado, e têm muitos deputados que sequer ainda
tiveram projetos aprovados nesta Legislatura.
Eu vou trazer
aqui alguns dos projetos que nós apresentamos, e tem objeção aqui,
principalmente por parte do Governo do Estado de São Paulo, a partir do seu
líder de governo na Alesp, colocando três projetos importantes para esta Casa.
O primeiro é o
pagamento por serviços ambientais. E o que que é o pagamento por serviços
ambientais? Temos hoje as cooperativas de reciclagem, os catadores avulsos,
principalmente na região do Aracati, onde há muitos catadores de material
reciclável avulso que não estão vinculados a cooperativas ou associações e não
recebem apoio da prefeitura de São Paulo ou de outras prefeituras.
Então esses,
hoje, que são catadores de material reciclável, ou mesmo os pescadores que hoje
fazem um trabalho importante para o meio ambiente, nos mares, tanto no litoral
sul quanto norte do nosso Estado, não têm um pagamento hoje pelo Governo do Estado
de São Paulo.
Já existe uma
lei federal, que é o pagamento por serviço ambiental. Já tem hoje várias leis
municipais sendo aprovadas pelos municípios e o Governo do Estado de São Paulo
deixa de receber esse recurso do governo federal, o governo de São Paulo deixa
de receber um recurso do governo federal para aplicar essa lei.
Então é uma lei,
nobre deputada Mônica, que não teria que ter óbice por parte do governo. É uma
lei que não vai tirar recurso do cofre do Estado. É uma lei que vai trazer
recurso para o estado de São Paulo, que vai chegar na mão dos catadores. E o
governo colocou um óbice a esse projeto que nós apresentamos.
Um outro
projeto que apresentamos aqui na Casa é pra tentar ajustar, hoje nós somos
muitos trabalhadores que depois que é feito um processo de licitação, e muitas
vezes na licitação, nobre deputado Milton Leite, as pessoas, as empresas que
ganham a licitação, muitas vezes, como é o menor preço, apresentam um preço
menor do que as demais concorrentes e depois não têm condição de executar o
serviço, seja para a Sabesp, Enel; também nós temos aqui as secretarias do estado
de São Paulo, nós temos a Fundação Casa, nós temos a CDHU.
Todas as
empresas do estado de São Paulo hoje que prestam serviço ao Estado ou a secretarias,
quando fazem uma licitação, muitas vezes a empresa quebra e não é só empresa de
limpeza, de segurança.
Tem empresas de
tecnologia, tem empresas hoje vinculadas a projetos de desenvolvimento do estado
de São Paulo que a empresa quebra e quando a empresa quebra deixa de pagar os
seus funcionários, porque não tem recurso suficiente para honrar aquela
licitação de que ela participou.
Então, é para a
gente ter um projeto de lei para garantir que 5% dos contratos dessas empresas
se transformem em um fundo para garantir o pagamento para os trabalhadores caso
a empresa venha a quebrar. É o pagamento do direito do trabalhador. Ele
trabalhou, ele fez o serviço corretamente.
Não foi o
problema dele que a empresa veio a quebrar, foi da empresa que participou da
licitação para o serviço público do estado de São Paulo. Então é o mínimo de
garantir o seu direito. E esse projeto, pasmem, nobres deputados, também o
líder do Governo colocou uma objeção, nobre deputado Rômulo, a um projeto que
podia resolver o problema das empresas que hoje quebram para garantir o
pagamento dos seus trabalhadores.
Aconteceu isso
aqui na Assembleia Legislativa, no final do ano passado. Tivemos um problema
com o pessoal do acesso, tivemos um problema com o pessoal aqui da área de
manutenção dos ares-condicionados.
E aí, muitas
vezes, você tem que resolver um problema que pode recorrer no processo
administrativo contra os secretários, contra os representantes do espaço de
gestão da prefeitura, porque não tem uma lei como essa. E o Governo do Estado
de São Paulo colocou objeção a um projeto importante que podia resolver o
problema dos calotes que hoje as empresas acabam fazendo com seus
trabalhadores.
Um outro
projeto foi o projeto que nós apresentamos também da cota de tela, que é para
garantir que nos cinemas do estado de São Paulo hoje tenha muita produção
audiovisual no estado de São Paulo.
E esse projeto
de cota de tela é para garantir que hoje o cinema independente possa ter, como
tem hoje o cinema nacional, um percentual, uma cota, para garantir que a sua
produção audiovisual no estado de São Paulo possa ser exibida.
E mais uma vez
o governador também coloca seu óbice a partir do líder de Governo aqui na
Assembleia. Estou colocando só três. Tem vários outros, deputado Paulo Fiorilo,
que nós apresentamos também, e tem óbice projeto após projeto.
Então nós vamos
estar conversando aqui em todos os projetos, a apresentar os demais, mas
cobrado o Governo do Estado de São Paulo valorização ou respeito aos projetos
que os nobres deputados da Assembleia, os 94, apresentam e muitas vezes não têm
o valor devido.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais interessados em encaminhamento, passaremos agora, então, à votação.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Faremos então uma verificação de votação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
A partir deste momento estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos para que os Srs. Deputados e as
Sras. Deputadas que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - União Brasil em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil em
obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Federação
PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL REDE em
obstrução.
O
SR. ITAMAR BORGES - MDB - MDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para colocar o
Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Podemos em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Colocar o
Progressistas em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas
em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Colocar o Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Colocar a Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Para colocar em
obstrução a Federação PSDB Cidadania.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania em obstrução.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Partido Novo em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Novo em
obstrução.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução. Tendo transcorridos então os quatro minutos, o sistema eletrônico
ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”,
“não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, o deputado Jorge Wilson.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Para
pedir aos deputados da base aliada que permaneçam em plenário que nós teremos
mais votações.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais alguém das
Sras. Deputadas e Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto?
Não havendo mais deputados
interessados em consignar o seu voto nos microfones de aparte, passaremos à alteração
de voto. Pergunto às Sras. Deputadas e Srs. Deputados se gostariam de alterar
os seus votos. Não havendo deputados interessados em alterar o seu voto,
passaremos à proclamação do resultado.
Votaram 64 deputados, mais esse
presidente, quórum que aprova o projeto.
Item 2 - Votação adiada de Projeto
de lei nº 1510, de 2023, de autoria do Sr. Governador. Há sobre a mesa o
requerimento de método de votação apresentado pelo deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que foram favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o
método.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vamos dar
encaminhamento ao método de votação pela Federação PT/PCdoB/PV, pelo deputado
Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, quem nos acompanha pela Rede Alesp; a gente acabou de votar o
projeto do Governo, o Projeto de lei Complementar nº 32, e a gente percebe aqui
que o Governo tem feito poucos gestos para a sua base também.
Óbvio
que, nesse caso específico, nós insistíamos, e vamos continuar insistindo, que
é preciso ter respostas, em especial na questão dos projetos de lei e das
emendas impositivas.
Parece
que o governo, do tamanho que é, tem uma dificuldade muito grande para poder
responder pequenas coisas, só responde as grandes coisas. Então, eu queria
insistir aqui de que uma parte da oposição, inclusive aquela que vem até a
tribuna para poder dizer que não tem emendas pagas, que tem projetos vetados,
que tem dificuldade com o governo, poderia, no mínimo, no mínimo manter a
coerência e ter esperado, conforme anunciado, os 48 votos.
Nós
entendemos que o método de votação precisa considerar as emendas que
apresentamos aqui, em especial aquelas que propõem a inclusão dos carros
elétricos. O problema é que o método do Governo, aliás, desde o início,
deputado Teonilio Barba, é excluir qualquer possibilidade de mudança no
projeto.
E aqui eu
queria dialogar com a deputada Carla Morando. A deputada Carla Morando
apresentou uma emenda para que houvesse a possibilidade de restringir o
benefício aos carros produzidos no estado de São Paulo.
Eu tenho a
impressão, deputada Carla Morando, mas é impressão, que a senhora nem resposta
teve. Mas eu tenho a impressão. Portanto, como eu não apresentei a emenda, eu
vou continuar com a impressão de que a senhora não teve resposta.
Esse é o tipo
de governo que tem a dependência de deputados e deputadas para aprovar os seus
projetos, mas continua não dialogando com a sua própria base. Porque eu podia
dizer que aqui, na bancada da Federação, deputado Donato, deputada Bebel,
deputada Beth apresentaram emendas, e eu vou entender, as emendas serão
rejeitadas, não tem interesse, sem problema.
O governo não
se dispõe nem a responder, deputado Leo. Eu disse ao deputado Leo que esta Casa
pode voltar a ter protagonismo se atitudes como a do deputado Leo, na semana
passada, possam continuar sendo adotadas nesta semana.
Então eu faço
um apelo ao deputado Leo, que a gente possa fazer com que o governo olhe para
os deputados da base e da oposição, para que contemple os deputados da base
pagando as suas emendas, assim como deveria pagar as emendas da oposição,
porque elas são impositivas.
Portanto, esse
método de votação, primeiro que ele não contribui para que a gente possa
agregar emendas importantes ou que a gente possa destacar essas emendas para a
votação. O governo não se dispõe a isso, deputado Leo. Isso é muito ruim, e o
senhor percebeu isso na semana passada quando, apenas com o seu voto, pôde
possibilitar um debate que não estava sendo feito.
O que nós
estamos propondo é exatamente isso. Se a base não der 48 votos, a gente tem a
possibilidade de abrir um debate muito claro, muito concreto. Agora,
infelizmente, mas é infelizmente mesmo, a gente percebe a base contribuindo
mesmo sem ter a retribuição do governo.
Por isso, nós
vamos insistir que esse projeto poderia ser melhor do que veio, nós vamos
insistir que esse projeto não pode beneficiar só a Toyota, nós vamos insistir
que esse projeto deixa de observar o que está acontecendo no mundo, a
possibilidade de você ajudar quem produz carros elétricos, quem compra carros
elétricos. Nós não estamos falando da produção, nós estamos falando da compra,
porque estamos falando do IPVA.
Mas, nesse
caso, tem um problema gravíssimo, que eu tenho certeza que depois a deputada
Bebel vai tratar dele nesta tribuna, que é a retirada de recursos para a
Educação.
É inadmissível
que aqui os deputados e deputadas votem sem se preocupar com essa questão dos
recursos da Educação. E eu disse aqui, deputada Bebel, tenho certeza que a
senhora no encaminhamento vai mostrar o que significa para os municípios, em
especial para os pequenos, a retirada de recursos na área da Educação.
Se fosse só Educação,
já seria um crime. O problema é que os municípios também vão perder recursos
nos repasses, porque, de novo, esse governo não ouviu o debate desta
Assembleia, debate que a gente está fazendo já há algum tempo.
Mas o governo
continua com a sua postura de ouvido de mercador, sem se preocupar não só com a
base ou não só com os deputados da oposição, mas sem se preocupar com a
sociedade, se preocupar com o meio ambiente. Como é possível a gente aprovar um
projeto que vai dar isenção apenas para carros híbridos? Por que não se inclui os
com GNV, o carro elétrico?
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.
* * *
Essa é uma
decisão em que o governo e aqueles que votarem “sim” a esse projeto vão ter que
se explicar para a sociedade em função do que nós estamos vendo no mundo, mas em
especial aqui.
Ontem, de novo,
o Rio Grande do Sul sofreu com chuvas, várias cidades inundadas. A gente está
vendo o que aconteceu na Alemanha, na Suíça. A gente está vendo o que está
acontecendo no Pantanal, na Amazônia. Mas isso não interessa, não é aqui, não
é?
Quando
acontecer aqui, quem sabe a gente vá começar a se preocupar e falar “por que a
gente não aprovou também carros elétricos?” Quem sabe a gente não vai ter que
se preocupar e dizer “por que será que a gente aprovou dar as terras devolutas
para os grileiros?” Por que a gente não propôs um projeto de plantação de
árvores, criaríamos um cinturão verde no Pontal do Paranapanema para aqueles
que conhecem o Pontal.
Não. É mais
fácil entregar para grileiro, para fazendeiro que invadiu as terras do Pontal,
terras devolutas que deveriam ser utilizadas para reforma agrária. O que faz esse
governo? Prefere entregar para grileiro, para fazendeiro que não fez
absolutamente nada do que fazer reforma agrária.
Ou mais, porque
o MST propôs: vamos plantar árvores e vamos dar a possibilidade para as pessoas
serem guardiões da floresta. Não. Não foi isso que o governo optou. Não foi
isso que a sua base votou.
Esse é o peso
daqueles que querem fugir do debate climático e que vão ser cobrados e não vai
demorar, aliás não demora mais nada, porque a gente já está vivendo isso no dia
a dia em várias cidades deste País, deste Estado e do mundo.
Portanto, Sr.
Presidente Gilmaci Santos, que além de presidir a sessão nesse momento é
presidente da comissão de Finanças e Orçamento, o método está equivocado,
infelizmente, porque o método impossibilita o debate das emendas, impossibilita
a inclusão de emendas, que poderiam ajudar a melhorar esse projeto. E a emenda
aglutinativa faz apenas uma correção, que é quanto à data, ao prazo. Isso é
insuficiente, deputado Gilmaci.
Mas não
adianta, porque aqui me parece que se a base não está recebendo emendas, se a
base não é ouvida, se a base é maltratada, deve ter alguma outra promessa que
logo, logo a gente vai saber, porque para convencer aqueles que disseram aqui
que não votariam a votar, deve ter tido alguma proposta muito boa de última
hora para que a base se movesse.
Eu espero, mas
espero mesmo, que agora, nas votações que nós vamos fazer, 48 tenham a
observação de alguns deputados e deputadas, para que não tenham depois que se
explicar para sua consciência ou para aquilo que falou.
Porque, como já
dizia aqui um deputado desta Casa, que já faleceu, aliás, que nós homenageamos
recentemente, Campos Machado, “palavra dada e flecha lançada não voltam atrás, oportunidade perdida”.
Então, assim,
se a gente tivesse aprendido com o Campos aqui desta tribuna, talvez a gente
não tivesse que falar coisas e ter que engoli-las, até porque depois que a
palavra foi lançada, é como flecha que não volta mais. Eu tenho certeza de que
o deputado Gil conhece bem essa fala do Campos.
Deve ter
debatido muito ao longo da última legislatura. Aprendemos muito com o Campos.
Infelizmente, deputado Gil, nem todos aprenderam o que significa a palavra
dada, a palavra lançada, a flecha lançada. Infelizmente.
Mas eu vou
insistir, porque eu tenho certeza de que apesar de todo o meu esforço, ele não
será em vão. Não será. Eu acho que nós vamos poder avançar, até porque o
governo tem várias outras votações. Falei isso para a deputada Marina.
Nós temos
várias outras votações. Não tem problema. Nós vamos ter que continuar aqui.
Quem sabe a gente continue aqui em julho. Falava isso hoje para o deputado Gilmaci,
julho está logo ali, semana que vem.
Se a gente
conseguir avançar, muito bem. Se não, a gente volta aqui, não tem problema.
Aliás, o deputado Milton Leite fez uma proposta excelente. Não sei se o
deputado Milton Leite está aqui agora, mas eu vou reproduzi-la aqui. Vamos
congelar as votações. E, no dia cinco de julho, todos nós voltamos aqui e
aprovamos os projetos por consenso, depois das emendas pagas, depois dos
projetos dos deputados e deputadas aprovados, o que nos daria uma garantia
enorme do cumprimento da palavra de quem precisa ter palavra.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Monica.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Para indicar o deputado Guilherme Cortez para encaminhar pela Federação PSOL
REDE.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Com a anuência do líder em plenário, deputado Carlos Giannazi, o deputado
Guilherme Cortez para encaminhar pela Federação PSOL REDE. Deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Uma breve informação,
enquanto o deputado Guilherme Cortez...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pois
não, deputado, tem dois minutos.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Se trata de decisão que acaba de ser concluída pelo Supremo
Tribunal Federal, sobre a descriminalização do porte de maconha. O processo
vinha se arrastando havia nove anos, foi retomado na semana passada e concluído
hoje.
O ministro Dias
Toffoli pediu para pronunciar novamente seu voto, disse que talvez não o
tivesse explicado corretamente e o apresentou de maneira diferente, votou com a
maioria, considerando que o porte de drogas não é crime.
Votaram a favor
os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de
Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Já os ministros Cristiano
Zanin, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça
votaram para que o consumo continue a ser criminalizado. Mas, com o voto da
ministra Cármen Lúcia, o resultado conclusivo foi sete a quatro.
Dentre os
principais argumentos dos votos a favor da descriminalização, estão o fato de
que o porte ser crime aumenta o encarceramento de pessoas vulneráveis; o
respeito à liberdade e autonomia privada nos limites que devem existir na
interferência estatal sobre o indivíduo.
As estatísticas
mostram que descriminalizar a maconha não produz impacto relevante sobre o
consumo da substância. Portanto, não faz sentido o Estado continuar gastando
com prisões, mantendo o alto índice de encarceramento.
A população
carcerária aumentou, significativamente, graças ao porte de pequena quantidade
de entorpecentes passar a ser qualificado como tráfico. A mera tipificação,
como crime, do porte para consumo pessoal, potencializa o estigma que recai
sobre o usuário, acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação
ao atendimento, ao tratamento e à recepção econômica e social de usuários e
dependentes.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado, por
gentileza.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Considerei que era uma notícia importante
para todos nós, Sr. Presidente. Por isso que pedi pela ordem aqui. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Só temos a lamentar tal notícia; é lamentável.
Com a palavra, o deputado Cortez.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, presidente, deputado Gilmaci, todos os meus
colegas deputados e deputadas, o público presente e quem nos acompanha através
da Rede Alesp. Presidente, eu, com muito orgulho, presido, aqui na Assembleia
Legislativa, a Frente Parlamentar de Combate às Mudanças Climáticas.
Aliás, o
combate da emergência climática e a luta por uma transição climática energética
e ecológica aqui no estado de São Paulo tem sido, destacadamente, uma das
prioridades do meu mandato, assim como qualquer deputado consegue testemunhar.
Eu me assusto
com o quão atrasado o estado de São Paulo está em políticas de prevenção,
adaptação e mitigação dos riscos da mudança climática. Um mês atrás, todo mundo
estava aqui, de cima desta tribuna, lamentando e se solidarizando com a
tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul.
Tragédia essa
anunciada, porque a ciência, há décadas, há pelo menos 15 anos, já nos anuncia,
já nos informa, para quem quiser ouvir, que o Rio Grande do Sul sofreria os
efeitos da mudança climática, como epicentro dessa emergência no nosso País.
Infelizmente,
os avisos dos pesquisadores, dos cientistas, não foram suficientes para que
sucessivas legislaturas de deputados estaduais, sucessivos mandatos de
governadores, prefeitos, vereadores tomassem medidas pra preparar o estado do
Rio Grande do Sul para ser resiliente, para se prevenir aos efeitos das grandes
chuvas, de eventos climáticos extremos.
E,
lamentavelmente, quem paga essa conta é sempre a população. No caso do Rio
Grande do Sul, as milhares de pessoas que foram impactadas, que perderam tudo,
que tiveram que sair de casa, que ficaram desalojadas ou que perderam entes
queridos por conta da chuva.
Eu digo isso,
presidente, porque eu acho que é da primeira importância a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo pensar em políticas de transição energética
e ecológica para o nosso Estado.
Primeiro, para
que a gente adapte as nossas cidades para os efeitos dos eventos climáticos
extremos, que já são previsíveis. Mas, em segundo lugar, para que a gente zere
as nossas emissões de gases de efeito estufa, que são a causa da mudança
climática.
E a gente faz
isso, deputado Vitão, repensando o nosso transporte à base do automóvel
individual, à base de gasolina; a gente faz isso investindo em transporte
público; a gente faz isso repensando a nossa forma de produção da agropecuária,
da agricultura baseada no latifúndio, no agronegócio, com métodos atrasados e
prejudiciais para o nosso Meio Ambiente.
Agora,
esse projeto do governador Tarcísio é aquele projeto que tem uma roupagem, uma
lavagem ecologicamente sustentável, mas que na prática é um projeto com
interesses obscuros, interesses escusos. É o que a gente chama, no movimento
ambiental, de “greenwashing” ou lavagem verde.
É quando você
dá uma fachada, uma lavada, você pinta um produto, pinta uma política, pinta um
projeto com uma cor verde, mas que na prática essa política não vai às últimas
consequências, não vai à raiz do problema.
Porque esse
projeto de lei prevê a isenção do IPVA para ônibus e caminhões movidos
exclusivamente a hidrogênio, ao gás natural, inclusive para o biometano e para
os carros movidos exclusivamente a hidrogênio, ou aos carros híbridos, com
motor elétrico e motor à combustão, que utilizem alternativa ou exclusivamente
o etanol.
Até aí tudo
muito bem. Agora, o que o projeto não prevê, e o que os deputados que apoiam o
Governo não sabem explicar: qual é o cabimento de um projeto para isentar esses
setores, essas modalidades de automóvel do pagamento do IPVA, mas você não
isentar os carros elétricos?
Eles são
fundamentais para a gente pensar uma transição energética ecológica, para a
gente reduzir a dependência da população do estado de São Paulo do carro movido
à gasolina, à combustão, que emite poluentes, que emite gás de efeito estufa,
gás carbônico na atmosfera. Isso vai aumentar o tamanho da crise que a gente
vive por conta da emergência climática.
Ou seja, se é
um projeto que privilegia apenas um determinado tipo de carro, apenas um
determinado modelo de carro, e não todos os carros que podem utilizar
tecnologia combustível verde sustentável. É um projeto arbitrário. É um projeto
que, na verdade, não tem uma preocupação real com o meio ambiente, não tem uma
preocupação real em reduzir as emissões de gases de efeito estufa no estado de
São Paulo.
É um projeto
que só tem a preocupação de beneficiar um determinado setor da indústria
automobilística. Não por coincidência, a Toyota e as montadoras nas quais o
Governo tem interesses políticos, econômicos, geográficos, como é o caso da
Toyota.
Ou seja, esse é
um projeto de lei que, sob uma premissa superjusta e nobre, que é a redução das
nossas emissões de gases de efeito estufa, uma transição, que tem que passar
pela indústria automobilística, que tem que passar pelo nosso sistema de
transporte, na verdade ele é um projeto apenas para incentivar a atividade da
Toyota.
É apenas para
dar incentivo fiscal para um determinado ramo da indústria automobilística. A
gente tem vários estados no nosso País que já isentam o IPVA do carro elétrico.
Como é o caso
do Distrito Federal, do estado de Pernambuco, do estado do Rio Grande do Norte,
do estado do Paraná e do Rio Grande do Sul. No ano passado, foi aprovado nessa
Casa um projeto de lei, do deputado Donato e do meu amigo deputado Ricardo
França, para conceder a isenção para todos esses veículos.
Mas, de forma
vergonhosa, o governador Tarcísio vetou, e agora envia esse projeto pela
metade, feito exclusivamente para atender os interesses da Toyota e de meia
dúzia de montadoras, nas quais eles têm, ele tem interesse político e
econômico. Quero dizer que a transição energética que a gente precisa aqui no
estado de São Paulo é coisa séria. E é a primeira urgência que todos os
deputados deveriam ter.
Amanhã a gente
vai começar a discutir aqui o Projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias do
Estado de São Paulo. E o projeto de LDO enviado pelo Governo, pasmem, não faz
uma vez sequer a menção à palavra clima.
Não está dentro
das diretrizes orçamentárias do estado de São Paulo a transição energética, a
preparação do nosso Estado para resistir e para minimizar os efeitos da mudança
climática, um plano de incentivos econômicos, tributários e financeiros para
que a gente possa de fato fazer uma transição energética e ecológica aqui no
nosso Estado.
Na verdade, o
governador Tarcísio só utiliza dessa pauta de maneira conveniente quando é para
beneficiar um ou outro setor; quando é para fazer politicagem, que é o que esse
governo mais sabe fazer.
Então eu quero
dizer que nós, da bancada do PSOL, vamos votar favoráveis a esse projeto, porque um avanço pequeno é melhor do que avanço
nenhum, e é importante que a gente isente esses setores, para que a gente possa
fazer o mínimo que seja.
Mas esse
projeto é absolutamente insuficiente, porque é um projeto que isenta de IPVA
apenas alguns setores da indústria automobilística e exclui os carros elétricos
e outras tecnologias que são tão fundamentais e que precisam ser incentivadas
para a gente pensar em zerar as nossas emissões de gás de efeito estufa.
Não é um
projeto completo, não é um projeto suficiente, não é um projeto que atende ao
objetivo que tem que atender, mas, para concluir, presidente, eu quero dizer
que para a gente sair dessa enrascada da crise ambiental que a gente vive, da
crise climática que a gente vive, para a gente repensar o nosso sistema de
transporte, de mobilidade urbana aqui no estado de São Paulo, a saída não é o
automóvel individual, não.
A saída é o
transporte público coletivo acessível com investimento, com tarifa zero, para
que a população não precise comprar uma moto, um carro, mas tenha um ônibus,
mas tenha um metrô, um trem de qualidade. Sabe? Que a população possa usufruir
do transporte público coletivo, e a gente reduzir a dependência do automóvel
individual.
Mas,
lamentavelmente, na contramão das prioridades desse governo, um governo que só
sabe falar de militarização e privatização, o projeto do governo é terminar de
vender as linhas do Metrô e da CPTM para a iniciativa privada, para expandir o
padrão de não qualidade que a ViaMobilidade oferece nas linhas que ela
administra hoje para todo sistema de transporte sobre trilhos do estado de São
Paulo, o que é um retrocesso ambiental também.
Porque quando a
gente precariza, quando a gente deteriora o serviço de transporte público, a
gente também está empurrando mais pessoas a preferirem parcelar um carro, fazer
um empréstimo para comprar um carro, uma moto, um veículo individual, emitindo
mais poluentes na atmosfera do que tirando esses carros da rua.
Então, a
bancada do PSOL e da Rede encaminha favorável ao modelo de votação, ao método
de votação e ao projeto, ressalvando que é um projeto insuficiente para a
transição energética do estado de São Paulo, e que é um projeto voltado para
atender apenas aos interesses econômicos de algumas companhias.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Enio Tatto.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Para indicar o
deputado Barba, para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
É regimental, o deputado Barba para encaminhar pela Minoria.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Breve
comunicação enquanto o deputado se dirige à tribuna.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Tem V. Exa. o tempo regimental de até dois minutos.
O
SR. LUCAS BOVE - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, é com
muita tristeza que eu venho a este microfone questionar. Mas não questionar os
deputados aqui presentes, questionar “A”, “B” ou “C”, questionar a sociedade
brasileira. Para onde nós estamos indo? Que absurdo que ocorreu hoje em
Brasília, onde o Supremo Tribunal Federal formou maioria para descriminalizar o
porte de drogas, o porte de maconha?
Que absurdo é
esse, senhoras e senhores? Para onde o Brasil está indo? Esse é um absurdo em
vários aspectos, mas eu posso citar só três aqui, para não exaurir o meu tempo.
O primeiro deles do ponto de vista de competência legal. É uma matéria que cabe
ao Legislativo.
O nome já diz,
o Legislativo legisla. O juiz tem que cumprir a lei, e se o juiz quiser
legislar, ele que venha disputar voto conosco aqui, sentar nesta cadeira e
legislar. Enquanto isso, ele é um mero juiz que tem que cumprir a lei. Esse é o
primeiro ponto.
O segundo
ponto, que é tão absurdo quanto, é a questão que envolve a violência. É
comprovado, e não só nos Estados Unidos, como em vários países, que quando as
drogas são liberadas, as outras drogas ilícitas vêm na mesma esteira, e o
consumo é aumentado, e isso traz um aumento da violência, um aumento da
criminalidade.
E o pior de
todos os pontos. O pior de todos os pontos. Você descriminaliza a posse de
drogas, a posse da maconha, e não descriminaliza a venda. Oras. Então eu posso
comprar um carro roubado, mas não posso roubar um carro? Qual é a lógica? Sabe
qual é a lógica? É a lógica perversa da desigualdade social que a esquerda
institui nesse País. Porque para eles, quanto mais pobre o povo, melhor é.
Porque, dessa
forma, o playboy que estuda em universidade pública com nosso dinheiro vai
continuar andando com o baseadinho enrolado no bolso e não vai ser preso,
enquanto o filho do pobre, que vai ser cooptado pelo crime e vai ser taxado
como traficante, esse sim vai continuar indo pra cadeia.
Então, um
absurdo, uma vergonha o que está acontecendo nesse País, indo no caminho oposto
do que a sociedade deseja.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL
- Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Deputada, nós vamos depois...
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Uma
comunicação para cada lado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Não, nós estamos fazendo um só para cada intervalo. Deputado Barba, depois V.
Exa. fala.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, volto a esta tribuna para discutir o projeto do IPVA, porque ele é um
projeto importante do ponto de vista da questão climática. É um debate, em um
momento importante, já que nós estamos discutindo no Brasil o projeto da
descarbonização no Brasil.
Em 2022, nós
tínhamos 86% de capacidade de energia limpa neste País, deputado Enio Tatto,
você que me indicou aqui para fazer o uso da palavra. Hoje nós já temos a
capacidade de 94% de energia limpa, seja na estrutura da construção civil, nos
nossos móveis e imóveis, nossas redes elétricas, ou seja, nos nossos
combustíveis. Então nós temos uma capacidade muito grande, realmente, de
produção do álcool.
Qual é o grande
problema que nós identificamos nesse projeto? Três grandes problemas. O primeiro
problema é a retirada de dinheiro da Educação, de algo em torno de 37 a 39
milhões de reais, professora Bebel, a senhora que é nossa especialista aqui em Educação.
Tem uma senhora
que é professora, deputado Simão Pedro, deputado Paulo Fiorilo. Vários
deputados aqui são professores e sabem quanto que se retira da educação pra
poder devolver para os magnatas, para os ricos.
O outro grande
problema é a questão da tecnologia. Nós não somos contrários ao projeto; nós
queremos apenas que inclua no projeto a questão do carro elétrico e desde que
produzido no estado de São Paulo. Minas Gerais fez isso, Minas Gerais aprovou
em 2023, está valendo o projeto, é para os carros produzidos no estado. Então
contempla o carro elétrico, contempla o carro híbrido, contempla o biometano,
contempla o gás natural, acaba contemplando até a gasolina.
Nosso potencial
de produção de etanol, ele é muito mais rico, porque é um etanol mais barato
que o dos Estados Unidos, que é só a base de milho. O nosso é a base de cana,
mas nós temos capacidade de produzir à base do milho também, da biomassa. Mas o
absurdo, vocês que nos acompanham aqui na galeria, pasmem, quanto que é o IPVA?
O IPVA é 4% do valor de um carro. Nós estamos discutindo a renúncia fiscal por
dois anos para quem consegue comprar um carro de 250 mil reais.
Vocês, que nos
acompanham de casa, vocês, que nos acompanham aqui na galeria, que nos
acompanham pelas redes sociais, pasmem, vocês, prefeitos do estado de São
Paulo, pasmem porque vocês vão perder a receita do IPVA por dois anos.
Depois, começa
a subir a partir de 26, de maneira gradativa. Um por cento em 2026, 2% em 27,
3% em 28 e 4% em vinte e nove. E quem é que perde esse dinheiro? O Estado está
abrindo mão de 2% e os outros 2% atendem a questão da educação e a questão dos
municípios.
Vocês acham,
vocês, que estão aqui na galeria, que quem vai lá numa loja comprar um carro de
250 mil reais está preocupado com dez mil reais de IPVA? Quem é que compra um
carro de 250 mil reais nesse País? São os ricos.
É novamente a
base aliada, bancada da Toyota, bancada dos japoneses, fazendo um gesto para os
mais ricos desse País. Mas e o carro do pedreiro, que faz o puxadinho da nossa
casa? E o carro do aplicativo? E o motoboy? E o carro de várias pessoas que
trabalham como autônomos no mercado, que tem um carro semi-usado,
deputado, Léo Siqueira, que custa 30 mil reais, 40 mil reais? Esse não tem
isenção.
A isenção é de dez
mil reais para quem é mais rico. É mais uma vez o governo Tarcísio, um exímio
bolsonarista, porque ele é bolsonarista, fazendo gesto para os mais ricos deste
País.
Foi dessa mesma
maneira que foi debatido aqui e votado o projeto das terras griladas pelos
fazendeiros que ocupam essa terra desde 1850, quando não existia nem cartório
no Brasil, registrava-se as terras na cúria da Igreja Católica.
Olhe só, e nós
estamos debatendo aqui novamente e aí vão vir alguns deputados e eu quero ver
os deputados da base aliada subirem para defender o projeto, mas digam: “Nós
estamos subindo aqui para defender que nós queremos dar dinheiro para os mais
ricos do estado de São Paulo, assim como nós já fizemos até agora”.
Foi com a
privatização da Sabesp, que era uma empresa que deu 3,2 bilhões de lucro. Não é
receita, é lucro, em 2022, e foi votada a privatização dela aqui em 2023. Você
privatiza uma empresa quando ela dá prejuízo. Foi a mesma coisa que fizeram com
o projeto das terras devolutas. Terras devolutas são da União.
Se quiser fazer
alguma coisa é da União e do Estado, no caso aqui que foi feito com um milhão
de hectares ali na região do Pontal do Paranapanema. Então o debate que nós
estamos fazendo aqui - nós não somos contra o projeto -, mas estamos
perguntando para a base aliada e para o governador: “Como é que você vai
compensar, governador, a perda que vocês estão tirando das prefeituras? Como é
que você vai compensar, governador, a questão da perda que vai ter a
Educação?”.
Não apresentou
o projeto. E a questão tecnológica, nós queremos que inclua o carro elétrico
porque nós queremos discutir pesquisas e desenvolvimento, laboratório, modal de
ferramentaria, modal de carroçaria.
Antigamente, eu
que trabalhei na indústria automotiva cinco anos de Volkswagen e 25 de Ford, há
uns dez, 15 anos atrás, uma empresa para desenvolver o motor, Luiz Claudio
Marcolino, o senhor que é um bancário e trabalha em bancos, demorava de sete a
oito anos para desenvolver o motor.
Com o avanço
tecnológico que se teve, hoje você desenvolve um motor na casa dos três anos. E
nós vamos avançar nesse debate e se o estado de São Paulo quer resolver um
problema, que é o problema que foi criado por conta da vinda da BYD lá para a
Bahia e a Stellantis entrou na briga e conseguiu prorrogar a isenção dela que é
de seis bilhões de reais por ano, que é uma isenção muito grande e não
desenvolve a região.
E eles estão
achando que com essa briga aqui de votar a renúncia do IPVA vai resolver o
problema com a Stellantis. Não, vocês têm que conversar com as bancadas de
todos os partidos para que esse acordo da Stellantis não fosse prorrogado,
porque eu dialoguei com a Toyota, com a direção da Toyota. Eu conheço o Luiz
Amaral, que é das Relações Governamentais.
Esteve lá no
meu gabinete conversando comigo. Para explicar tudo, falei: “Luiz, eu conheço a
Toyota há muito tempo. Já fiz assembleia dentro da Toyota. Eu já negociei com a
Toyota em nome do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em nome dos trabalhadores
da Toyota”. O grande debate é que vocês têm que sinalizar que querem produzir o
carro elétrico aqui no estado de São Paulo e vamos criar uma regra, criar a
mesma lei que Minas Gerais aprovou.
Agora, não, a
base aliada vai lá e vota. Vota para dar isenção lá para o magnata que compra o
carro de 250 mil reais, para o playboy que foi citado aqui agora há pouco por
um determinado deputado, que anda com o baseado no bolso e quando ele é pego
não é tratado como os nossos negros da periferia ou os nossos meninos brancos
da periferia, que se forem pegos com um baseado são julgados como traficantes e
às vezes são exterminados pela polícia.
Então o que o
STF votou lá hoje foi para tratar, discutir igualdade de classe; foi no mínimo
isso. Por que o rico dos Jardins pode andar com baseado e não ser considerado
traficante? É tratado como dependente. É tratado como o portador, não como
traficante. É tratado como uso pessoal.
Mas o pretinho
lá da favela, lá da minha comunidade, é tratado como criminoso, como
traficante. Ele é apenas um usuário. Ele não é tratado como usuário. Então, eu
quero parabenizar o STF pela decisão que tomou hoje de tratar que quem usa é
usuário e não pode ser criminalizado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.
O SR. TEONILIO BARBA - PT - Quero parabenizar o STF, porque
foi uma decisão importante e aqui nós estamos discutindo renúncia de dez mil
reais para os playboys que compram carro de 250 mil reais, e não o carro do
pedreiro, do carpinteiro, do jardineiro ou do pessoal da limpeza que trabalha
aqui nesta Casa.
Muito obrigado
pela tolerância, Sr. Presidente.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente. Uma reclamação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada Monica. Até dois minutos, deputada.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Três.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Até
dois minutos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA
RECLAMAÇÃO - Na verdade são duas, então vou gastar um minuto para cada uma.
Primeira reclamação: corrigindo uma informação dada ao microfone pelo deputado
Lucas Bove, que disse que o STF está legislando.
Embora eu seja a favor da legalização
das drogas, o STF não está legislando. Na verdade, desde 2006, há exatos 24
anos, existe a lei de drogas no Brasil, que, no seu Art. 28, diz que o porte de
drogas não é crime.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. André do
Prado.
* * *
O que acontece é que somente aqui no
estado de São Paulo, nos últimos dez anos, 31 mil pessoas negras - isso dá 90%
da capacidade das nossas penitenciárias -foram presas com quantidade de drogas
que pessoas brancas foram libertas.
A gente tem 90% da capacidade do
presídio do estado de São Paulo ocupada por pessoas que portam pequenas
quantidades de droga, quando a mesma justiça, o mesmo TJSP, não criminalizou
pessoas brancas com a mesma quantidade. Então, já que o estado não regulamenta,
que bom que o estado vai descriminalizar a vida pobre, preta, periférica.
A outra questão que eu queria reclamar,
presidente, é que não é possível, apesar de ter me indicado, fazer...
Presidente? Uma reclamação. A minha reclamação é que não é possível fazer
comunicações ou indicações e encaminhamentos à bancada durante o processo de
votação. E aí eu gostaria de registrar, porque está sendo recorrente o líder de
governo encaminhar pedidos à bancada durante o processo de votação.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento de método de votação.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem. Verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa
Excelência. Faremos, então, a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, vamos proceder a verificação de votação pelo sistema eletrônico. A
partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro
minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram
em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, presidente.
União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil em
obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar a Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Barros Munhoz. PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem,
presidente. Partido Novo em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Leo Siqueira. Novo em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar. Partido Liberal em obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Altair Moraes. Republicanos em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL
REDE em obstrução.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Progressistas em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas
em obstrução.
O
SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o MDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos
em suas mesas.
Já estão
abertos os microfones de aparte. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que já
fizeram seus votos no sistema eletrônico, agora poderão fazer pelos microfones
de aparte.
Mais alguém das Sras. Deputadas e dos
Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto nos microfones de aparte?
Pergunto mais uma vez se tem mais algum deputado que gostaria de fazer o seu
voto nos microfones de aparte. Mais alguém das Sras. Deputadas e dos Srs.
Deputados gostaria de consignar o seu voto?
Não havendo mais deputado interessado
em consignar o seu voto pelos microfones de aparte, passaremos à alteração de
voto.
Consulto as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados se algum dos senhores gostaria de alterar o seu voto. (Pausa.) Não
havendo mais deputados interessados em alterar o seu voto, passaremos à
proclamação do resultado. Votaram “sim” 34 deputados, uma abstenção, mais este
presidente, total de 36 votos, quórum insuficiente para a aprovação, que fica
com votação adiada o projeto.
Item nº 03, votação adiada do Projeto
de lei nº 389, de 2024.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minutinho,
deputado Paulo Fiorilo, nem terminei ainda de fazer a convocação. Votação
adiada do Projeto de lei nº 389, de 2024, de autoria do Sr. Governador. Em
votação o projeto, salvo emendas. Para encaminhar a favor da Federação...
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Nós vamos encaminhar
o Projeto nº 389, é isso, Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Três, oito,
nove.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Então, o deputado
Luiz Cláudio Marcolino vai encaminhar o Projeto nº 389.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de V. Exa., então, para encaminhar pela Bancada PT/PCdoB/PV, que é a
Federação, o deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras.
Deputadas e Srs. Deputados. Antes de tratar do projeto em relação ao Cadin,
quero falar um pouco sobre a LDO.
Tanto eu como o
deputado Enio fomos designados pela nossa bancada para acompanhar a Comissão de
Finanças e Orçamento e nós passamos praticamente, deputado Enio Tatto, o
primeiro semestre inteiro dialogando com o estado de São Paulo uma forma de
democratizar o nosso Orçamento do Estado. Foram 25 audiências públicas do
Orçamento.
Agora nós
estamos debatendo a LDO e percebemos que falta, ou pelo menos acabou não
entrando no Orçamento do relator da LDO deste ano, alguns pontos importantes. O
primeiro ponto ou item que faltou foi em relação à Fapesp.
Nós sabemos que
a Fapesp hoje é um instrumento importante, nobre deputado Barba, para o
desenvolvimento da pesquisa, e, se nós queremos ser um Estado pujante, a
pesquisa é fundamental.
Acabou de se
debater aqui um projeto, e V. Exa. comentou por diversas vezes, em relação à
necessidade de fazer investimento na área do setor automobilístico, e
precisa-se de muita pesquisa. Isso vale para a área automobilística, para a
indústria química ou mesmo para áreas de tecnologia, área da medicina, da
farmácia, a pesquisa é muito importante, e a Fapesp tem esse papel.
Pasmem: na LDO
o governo já aponta uma diretriz que vai acabar retirando dinheiro da pesquisa
no estado de São Paulo, e o estado de São Paulo indo na contramão do que o
mundo tem feito ao investimento na pesquisa. Então, o debate da Fapesp é
importante para debater a LDO aí nos próximos dias.
Outro ponto
importante ainda em relação à LDO, quando você tem as emendas impositivas, nós
temos o resto a pagar das emendas impositivas que você tem 25%, nobre deputada
Ediane, e pode jogar para o ano seguinte.
Na diretriz do
Orçamento que veio agora, da LDO que veio agora, para que se fosse debatido na
comissão e depois aqui no plenário, altera e majora para cinquenta por cento.
Com isso você terá um prejuízo, você, em vez de ter uma execução das emendas
impositivas no próprio ano, você pode ter 50% remetido para o ano seguinte.
Então é um item que tem que ser revisto no relatório da LDO que foi apresentado
no dia de ontem.
Outro tema
importante ainda em relação à LDO: nós temos hoje uma reclamação de diversos
prefeitos pelo estado de São Paulo de que cada vez mais os prefeitos têm
aumentado os gastos no município, que são gastos do Estado. “Eu quero montar
uma base da Polícia Militar”, o prefeito tem que estruturar aquela base da
Polícia Militar. “Eu quero ter uma base de bombeiro na minha cidade”, o
prefeito tem que custear aquela base de bombeiro na cidade quando ele quer
estruturar uma base dos bombeiros.
O prefeito quer
fazer um trabalho - e hoje é uma demanda cada vez mais ampla -em relação ao
TEA, que é o transtorno do espectro autista. Em todas as audiências públicas do
Orçamento por que nós passamos, alguém fez uma solicitação e um debate sobre o
autismo. Em todas elas, a gente percebe que tem uma boa vontade dos prefeitos
de montar uma estrutura multidisciplinar para atender a população da sua
cidade.
Alguns não dão
conta na sua cidade e têm feito isso de forma regional. Tem ali um grupo de
cidades, montam um projeto, começam atender a população, mas depois o custeio
acaba sendo do município, e o estado não entra com nenhum apoio para os
municípios em relação à questão do autismo.
Isso não é
diferente para outras áreas também das prefeituras com relação ao Estado. Hoje
a maioria das prefeituras do estado de São Paulo, além de custearem a alimentação
do município, custeiam também parte da alimentação das escolas estaduais. Então
nós estamos falando que hoje boa parte dos prefeitos acaba assumindo uma
responsabilidade que é do estado e não tem por parte do estado uma
contrapartida.
Nós temos hoje
um exemplo na área da Saúde, que é tanto o Samu como a UPA nas cidades. O Samu
é do município e do governo federal a responsabilidade. A UPA é do município e
do governo federal a responsabilidade. O governo do Estado não entra com nenhum
centavo, nenhum repasse para os municípios.
Então nós
apresentamos um projeto de lei, a partir das solicitações que foram feitas nas
audiências públicas do estado, porque o Estado tem que começar a custear.
O argumento que
o governo tem é que ele não pode fazer esse tipo de repasse porque não está na
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Então esta é a oportunidade de o Governo do
Estado de São Paulo dialogar com os municípios e, na parte das demandas que os
municípios têm e que são do estado, voltar a fazer uma contrapartida para os
municípios no estado de São Paulo.
Outro item que
nós debatemos, e é necessário, porque este ano as audiências públicas do
Orçamento já definiram, nobre deputado Jorge Carmo, o valor de 40 milhões para
ser distribuído entre as audiências públicas do Orçamento, mas não está na LDO.
Então tem que
aparecer na LDO uma diretriz que trate, que fale sobre esse recurso para o ano
de 2025, senão todo o trabalho que foi feito nas audiências públicas do
Orçamento neste ano, nas 25 audiências do Orçamento, acaba sendo um trabalho em
vão.
Tem um
compromisso tanto do presidente da Casa como da Comissão de Finanças e
Orçamento e dos 94 deputados para que esse recurso da audiência, que foi
debatido, seja executado em 2025. Então, tem que ter um item na LDO que trate
sobre essa questão.
Então tem
vários itens ainda a ser resolvidos, a ser debatidos na LDO para que ela possa
ser apreciada pelos 94 deputados estaduais aqui da Assembleia Legislativa,
deputados e deputadas, para fazer um debate importante, porque por enquanto é
diretriz.
Se é diretriz,
nós não estamos debatendo ainda o montante, não estamos debatendo ainda
valores, mas nós precisamos ter uma diretriz na LDO que ajude o desenvolvimento
do estado de São Paulo.
Então o
relatório está bem produzido pelo deputado Barros Munhoz, mas faltam alguns
itens ainda. Deputado Barros Munhoz, V. Exa. apresentou um bom relatório, mas
tem algumas emendas, alguns itens que ainda acho que é importante a gente
aperfeiçoar para ter uma boa peça da LDO para ser debatida nos próximos dias.
Então é
importante que os deputados estaduais prestem atenção em relação a esses itens,
deputados e deputadas, que nós temos hoje para resolver. A Fapesp acho que é um
debate importantíssimo para se resolver. A Fapesp, como eu disse, é um
instrumento de pesquisa no estado de São Paulo que é importantíssimo para a
nossa construção.
Em relação à
tramitação da propositura aqui em relação ao Cadin estadual, nós sabemos que
alguns repasses de valores de convênios ou pagamentos referentes a contratos,
concessão de auxílios e subvenções, concessão de incentivos fiscais e
financeiros, liberação de crédito oriundo do projeto da Nota Fiscal Paulista
têm que ter uma adequação, têm que ter uma alteração. Então, hoje esse projeto
ora apresentado de não consultar o Cadin, a verificação de pendências
financeiras não pode ser da forma como está colocada.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlos Cezar.
* * *
Então, nós propusemos
aqui algumas alterações em relação ao Cadin, fizemos algumas emendas, a Emenda
1, da deputada Ediane Maria, também a Emenda 2, apresentada pela liderança do
Partido dos Trabalhadores, Emendas 3 e 4, a Emenda 5, do Carlos Giannazi, que
melhora o projeto ora apresentado.
Embora tenha
ressalvas sobre essa problemática da baixa transparência do Cadin, nós vamos
votar favoravelmente a esse projeto. Mas é importante que as emendas
apresentadas pela bancada do PT, pela bancada do PSOL sejam analisadas pela
base do Governo após sofrerem as suas alterações, para que os projetos que somos
favoráveis também possam ser aprovados.
E voltando ao
Orçamento, a LDO tem várias sugestões que foram realizadas, e é importante que
façamos um bom debate sobre elas, porque a LDO hoje é a peça orçamentária mais
importante da Assembleia Legislativa. O relatório, pelo relator Barros Munhoz,
está um bom relatório, mas é necessário ainda fazer algumas mudanças, alguns
aperfeiçoamentos, para que possamos debater com profundidade mais um dia.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem o deputado
Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para encaminhar pela
liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental.
Vossa Excelência tem o tempo de dez minutos para encaminhar o Projeto de lei
389, de 2024.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Senhor presidente,
deputado Carlos Cezar, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente,
telespectador da TV Assembleia; venho à tribuna para encaminhar o Projeto de
lei 389, de 2024, que trata da questão do Cadin, que registra o nome de pessoas
físicas e jurídicas que possuem pendências com os órgãos e entidades da
administração pública estadual.
É um projeto importante
que queremos debater, Sr. Presidente, mas antes eu gostaria de dar uma
informação importante aqui para a Assembleia Legislativa, para os deputados e
deputadas, para o telespectador que está nos acompanhando.
Eu me refiro ao
julgamento que houve na semana passada no Supremo Tribunal Federal, que julgou
13 Adins, 13 ações diretas de inconstitucionalidade que questionavam a reforma
previdenciária do ex-presidente inelegível Bolsonaro, aquela famigerada reforma
de 2019, que autorizou o confisco de aposentadorias e pensões para os
municípios e estados.
E logo em
seguida houve a reforma da Previdência estadual, aqui inclusive com a presença
da Tropa de Choque espancando servidores, professores e movimentos presentes
aqui na Assembleia Legislativa. E em seguida, o Doria implantou o famigerado
confisco, cruel e perverso confisco das aposentadorias e pensões, que, após
dois anos de ampla mobilização dos aposentados e das aposentadas, foi derrubado
aqui nesse plenário da Assembleia Legislativa.
No entanto, a
Constituição Federal, do jeito que ela foi aprovada no período de 2019, permite
ainda o confisco. E agora, recentemente, como eu disse, na semana passada, na
verdade, no último dia 19, na quarta-feira, o Supremo formou maioria já de sete
ministros que votaram contra o confisco, dizendo que esse confisco de
aposentadorias e pensões para quem ganha abaixo do teto do INSS é
inconstitucional, seguindo, inclusive, o parecer da Procuradoria Geral da
República, que deu esse parecer. Então, já está formada a maioria no Supremo
Tribunal Federal. Ficou faltando só um voto.
Foram sete
votos a favor dos aposentados e pensionistas, dizendo que é ilegal, que é
inconstitucional confiscar aposentadorias e pensões de quem ganha abaixo do
teto. Então, isso ficou já consolidado. E três ministros votaram a favor do
confisco. Faltou apenas um voto do ministro Gilmar Mendes, que, até no seu
pronunciamento, me parece que se colocou favoravelmente ao fim do confisco
também.
Mas ele pediu
vista e tem prazo de 90 dias para devolver o processo, de tal forma que o
julgamento seja encerrado. Mas, independentemente do voto dele, já foi formada
a maioria, espero que nenhum ministro altere o seu voto.
Eu digo isso
porque nós tivemos uma luta intensa na Assembleia Legislativa para revogar o confisco
do Doria. Nós derrotamos o confisco e agora a nossa luta é para que haja
devolução de tudo o que foi confiscado durante os dois anos, que haja devolução
com juros e correção monetária.
Essa decisão do
Supremo é muito importante porque reafirma, consolida essa nossa luta agora
pela devolução do que foi roubado, do que foi assaltado, do que foi confiscado
dos aposentados e pensionistas na gestão do Doria.
Então eu queria
fazer esse informe aqui, dar conhecimento dessa decisão do Supremo Tribunal Federal,
que também impõe uma derrota para o prefeito Ricardo Nunes, que continua
confiscando as aposentadorias e pensões de 100 mil servidores e servidoras que
já se aposentaram, inclusive, na cidade de São Paulo. É uma vitória importante,
que vai se consolidar assim que o julgamento terminar definitivamente.
Quero, ainda, Sr.
Presidente, dizer que enquanto nós estamos aqui discutindo esse tema importante
do Cadin, que versa sobre uma questão econômica e nos remete também ao debate
da dívida pública do estado de São Paulo, da dívida ativa dos grandes devedores
do estado de São Paulo, as grandes empresas, os grandes grupos econômicos que
deram calote, não pagando os impostos e são devedores da dívida ativa, já
perderam em todas as instâncias da Justiça e estão também inscritos na dívida
ativa do estado de São Paulo, grupos econômicos que devem bilhões de reais e
que nós não estamos vendo essa dívida sendo cobrada, Sr. Presidente, porque se
fosse cobrada minimamente essa dívida ativa dos grandes devedores, dos grandes
grupos econômicos, o estado de São Paulo teria mais recursos para investir nas
áreas sociais, na Educação pública, no SUS, na Assistência Social, na Cultura,
enfim, em todas as outras áreas que são essenciais para garantir o estado de
bem-estar da população do estado de São Paulo.
Mas, enquanto
nós estamos aqui fazendo esse debate, o governador Tarcísio está agora viajando
nos Estados Unidos, ele está nos Estados Unidos, parece que amanhã ele estará
em Lisboa, lá no evento do Gilmar Mendes.
Ele está
fazendo um tour internacional, Estados Unidos e Europa, para vender a Sabesp,
ele está procurando os compradores, os fundos de investimentos da Sabesp,
porque já começou o leilão da Sabesp e ele já estipulou o prazo.
Ele quer
liquidar essa fatura com rapidez, deu um prazo até o dia 22 de julho para que
se consolide a venda da Sabesp, que, infelizmente, foi aprovada aqui pela base
do Governo, sem o nosso voto, logicamente.
Ao mesmo tempo,
o governador conseguiu extrapolar todos os limites do que nós chamamos de
privataria tucana, agora privataria bolso-tucana. Ele
está agora privatizando escolas públicas, mas não é uma privatização qualquer,
deputado Enio Tatto.
O governador
Tarcísio está inovando, ele vai leiloar escolas públicas na Bolsa de Valores de
São Paulo. É algo inédito, nunca aconteceu isso na história do nosso País,
leilão de escolas públicas na Bolsa de Valores de São Paulo. Com agravante,
saiu no “Diário Oficial” na última sexta-feira, saiu no “Diário Oficial” a
publicação da concorrência internacional.
Então, além de o
governador leiloar escolas públicas na Bolsa de Valores do estado de São Paulo,
ele vai entregar essas escolas para empresas internacionais, para que elas
possam explorar os serviços de Educação, como limpeza, segurança, manutenção,
reforma escolar, ou seja, o dinheiro público do Orçamento do estado de São
Paulo vai ser direcionado para grandes grupos econômicos de fora do País.
Está lá na
concorrência internacional. Então essas empresas vão ganhar dinheiro em cima da
Educação Pública, da escola pública. Isso é um escárnio, é um escândalo, que
nós não podemos aceitar, deputada Beth Sahão, é grave essa situação. Nós temos
que reagir à altura e nós já estamos preparando uma ação judicial, porque isso
é inconstitucional. Leiloar escola pública, escola estadual na bolsa de
valores.
Repito. O
governador Tarcísio de Freitas, está no “Diário Oficial”, ele publicou um
decreto e depois uma concorrência internacional, deputado Enio Tatto. Isso é
muito grave, nós temos que reagir à altura, porque se virar moda, ele vai
leiloar...
Ele já queria
vender vários prédios e equipamentos públicos quando nós denunciamos o site
aqui que colocava São Paulo à venda. Até o prédio da Assembleia Legislativa
estava à venda, o Hospital das Clínicas, o prédio da Rota da polícia militar
estava à venda.
E nós
denunciamos e ele retirou imediatamente o site do ar, mas ele está fazendo
vários leilões e nós temos aqui também informação de que ele vai realizar até o
final do seu mandato, senhores deputados e deputadas, só para concluir, 44
leilões na área de água, energia, mobilidade, rodovias - significa pedágio - e
em áreas sociais.
Então o
governador Tarcísio virou um corretor de imóveis, parece que ele montou uma
imobiliária no Palácio dos Bandeirantes para vender São Paulo, para leiloar o
nosso Estado.
Muito obrigado.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
deputado Enio Tatto.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Para indicar a
deputada Beth Sahão para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental.
Tem a palavra a deputada Beth Sahão, pelo tempo regimental.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
deputado Danilo Balas, enquanto a oradora...
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Uma breve
comunicação, enquanto a nossa colega se dirige à tribuna?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem V. Exa. o
tempo de dois minutos.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente Carlos
Cezar, eu trago aqui uma matéria muito importante, de 2023, mas é importante
trazer aqui para quem nos acompanha e faço frente ao que o colega deputado
Giannazi do PSOL diz sobre o nosso governador Tarcísio de Freitas, que viaja,
sim, em busca de recursos para o estado de São Paulo, para investir na Saúde,
na Educação e na Segurança do povo paulista todos que vivem no nosso Estado.
Só que eu lembro aqui que, em 2023, em
um ano de governo Lula, um bilhão de reais em viagens, matéria da revista
“Veja”. Estou trazendo a “Veja” aqui, publicação de 18 de novembro de 2023, não
tinha acabado o ano ainda e já gastou um bilhão.
Só com giros internacionais, foram 164
milhões destinados a pagamentos de diárias, compra de passagens, alimentação,
despesa, milhões, milhões e milhões de reais somando, em 2023, matéria do dia
18 de novembro, um bilhão.
E nada foi trazido de investimentos de
fora para o Brasil e o nosso governador vai, sim, ao exterior, mostrando que
aqui tem um trabalho transparente buscando investimentos para o estado de São
Paulo.
Obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa,
telespectadores que acompanham a Rede Alesp, público presente. Dizer para o
deputado Danilo Balas, que transparência é o que mais falta a esse Governo.
A começar pelo
projeto que nós estamos votando agora. Esse projeto, esse PL nº 389, que é
exatamente o que está faltando aqui é transparência, porque a gente não sabe
para onde e por que essa questão do Cadin. Quais municípios que vão ser
beneficiados? Quais benefícios que não são? Será que o Governo do Estado vai
beneficiar é municípios que são governados por partidos que o apoiam?
Então isso,
sim, é falta de transparência porque se o governo federal tem transparência,
porque se não tiver transparência esses recursos que ele acabou de citar não
estariam... Não teriam sido publicados por uma revista de circulação nacional.
Isso é transparência.
Você pode até
questionar se esses valores são poucos, são razoáveis, são muitos. Mas a
verdade é que o governo vai em busca de grandes investimentos. E o Governo do
Estado, passado um ano e meio até agora, a gente não viu qualquer retorno e
qualquer investimento deste governo.
Na semana
passada, deputada Bebel, V. Exa. que é uma deputada muito vinculada ao
funcionalismo, aos servidores públicos, principalmente na área da Educação: nós
tivemos uma visita, fizemos uma diligência no Hospital do Servidor.
Andamos por lá;
quando você anda com os dirigentes do hospital, dá a impressão de que tudo é às
mil maravilhas. Mas na hora em que você para pra conversar com os usuários, que
foi o que eu fiz, aí você percebe que as deficiências são imensas, que a fila
de espera é enorme, que as pessoas... Uma senhora estava lá, deputado Enio,
aguardando um exame; há mais de sete meses aguardando para refazer o exame,
para ver se ela ia operar ou não.
O próprio
diretor do Hospital do Servidor nos disse sobre a falta de funcionários: só de
médicos, são 400 médicos que teriam que ser concursados para suprir a ausência
e a necessidade do Hospital do Servidor.
Um médico que
eu encontrei ali, que é pediatra, falou: “Nós trabalhamos de manhã, de tarde,
de noite, de sábado, de domingo”. Quer dizer, isso é absurdo. Até a questão do
cuidado que esse profissional vai ter pode ficar comprometida, de tantas horas
de trabalho, de jornadas extenuantes.
E o governo não
abre concurso. Entre técnicos de enfermagem e enfermeiros, são 1.200 que estão
faltando. Isso são palavras que não são nossas; foram faladas durante a
exposição do dirigente do Hospital de Servidor.
Então, que
governo é esse que permite que o hospital, que é um hospital importante, que
faz muitas coisas boas também, mas que tem falhas muito profundas e que
prejudicam todos aqueles servidores que fazem uso desse hospital? Já é
complicada a questão do Iamspe; já é complicada.
A maioria dos
profissionais da medicina, dos médicos, não querem mais se submeter aos
convênios com o Iamspe.
Então você vai
às cidades, os profissionais que atendem pelo Iamspe já estão quase se
aposentando, muitos se aposentaram; não tem mais especialidades. Porque ninguém
quer, deputada Marta Costa, ninguém quer. Não quer, porque as condições de
trabalho são muito ruins.
Por isso mesmo
que a gente tem que fazer vários apelos aqui para ver se quem sabe saem algumas
migalhas de investimentos para a área da Saúde, que é uma das áreas mais
importantes que tem. Eu tenho frequentado muito, por razões pessoais, o
Hospital das Clínicas e o InCor.
Apesar de ser
um hospital de excelência... Aliás, excelência essa que não foi esse governo
que mexeu qualquer palha para que o Hospital das Clínicas fosse o maior
complexo hospitalar da América Latina e talvez um dos mais importantes do
mundo. Só que outro dia não tinha luva; não tinha luva na UTI.
Então, é
maravilhoso? É maravilhoso, mas falta muito recurso. Precisa aportar dinheiro
ali, precisa concursar médicos, porque os médicos se formam por ali,
normalmente na Universidade de São Paulo - e se não é na USP, é em outras
universidades -, e vão fazer suas residências ali.
E na hora em
que eles terminam esse processo, eles vão embora. Eles vão para os hospitais
privados, porque os hospitais privados pagam salários muito mais atraentes do
que os salários que são pagos para os profissionais na rede pública de Saúde.
Então, isso
precisa melhorar, isso precisa avançar. É uma pena, porque é um hospital de
excelência, que tem médicos maravilhosos, mas que poderia dar muito mais para a
população, oferecer muito mais do que oferece.
A quantidade de
leitos fechados no Hospital das Clínicas, no Instituto Central, passa de 100
leitos fechados, que não têm condições de funcionar, porque não têm recursos. O
Instituto da Criança é a mesma coisa: leitos fechados, porque não há recursos
para que eles possam funcionar de uma forma adequada.
Então esse é o
governo que aí está. Um governo que até agora não falou ao que veio. Não nós
não sabemos qual é a possibilidade... Eu acho que o deputado Giannazi está
certo quando ele cita que é um grande corretor, que é isso que o governo tem
feito: preparando tudo para poder acabar com patrimônio do povo paulista.
Preparando vendas, preparando concessões, preparando privatizações. E nós vamos
ficar sem nada.
Esses recursos,
eu pago pra ver se esses recursos serão revertidos nas áreas mais importantes,
como o deputado Danilo acabou de dizer. Na Saúde, na Educação ou nas áreas
sociais. Eu pago para ver. Sabe para que se faz esses recursos? É para ser
acumulado, para ser utilizado depois pra agradar os prefeitos e prefeitas nas
vésperas das eleições, em 2026.
Como aconteceu
em governos passados, como aconteceu no governo do Rodrigo, por exemplo. E
ainda ficou, não consegue gastar. Não consegue gastar, sabe por quê? Porque não
dá tempo. Porque eles acumulam, acumulam, acumulam das vendas que eles fazem.
Aí, quando
chega no último ano, eles querem distribuir esse dinheiro à revelia, para as
prefeituras, de modo que esses prefeitos possam reverter esses recursos em votos
pra eles. Mas nem sempre isso dá certo. A prova cabal disso foi agora, no
governo do governador Rodrigo Garcia. Ele fez exatamente isso, deputada Bebel.
Ele acumulou
tinha 53 ou 57 bilhões em caixa, tentou distribuir, tentou licitar, não
conseguiu. Não conseguiu. Malemal conseguiu fazer uns
recapes. E o deputado Carlão sabe disso, porque ele é do interior, “cê viu”? “Cê” pode falar que não,
mas “cê” viu? Malemal
conseguiu fazer uns recapes, em algumas rodovias até vicinais, porque não teve
onde, não dava tempo de fazer grandes licitações.
É isso que
acontece. Quer dizer, você prejudica a população. Você tira dela serviços
importantes, que são mantidos e prestados pelo Estado. Você deixa de fazer
investimentos em áreas que poderiam devolver para esta população resultados
importantes. Como, por exemplo, os institutos de pesquisa. Muitos deles estão
caindo aos pedaços porque o governo não coloca um real lá sequer.
Há institutos
que há mais de 15 anos não tem concurso público, não conseguem concursar pesquisadores
que fazem pesquisas importantes para o desenvolvimento do estado de São Paulo.
Não conseguem
porque o governo não autoriza. E não autoriza porque quer exatamente fazer esse
acúmulo. É lamentável que isso aconteça, e a gente vai continuar trazendo pra
essa tribuna nesses dias. Principalmente agora nessa discussão da LDO.
Trazer a nu
essas questões, para que as pessoas em casa e para que a população paulista
possa acompanhar pari passu o que é o descaso desse governo, o desprezo que ele
tem com o serviço público no Estado de São Paulo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes de
colocar em votação, nos termos do Art. 100º, inciso 1º, do Regimento Interno,
convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária a realizar se hoje, dez
minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de
ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 34ª Sessão Extraordinária foi
publicada no D.O. de 26/06/2024.
* * *
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, o
senhor vai colocar o projeto e tem as emendas, correto?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim. Então, as
Sras. Deputadas e Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram continuar como
se encontram (Pausa.) Aprovado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Solicito verificação de
votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
pedir Vossa Excelência. Faremos então a verificação de votação. Srs. Deputados,
vamos proceder a verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir desse momento estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil
em obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Republicanos
de obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
Colocar a bancada do PSOL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Bancada do
PSOL e Rede em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Colocar a bancada do
PSOL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Bancada do PSOL
REDE em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem Sr.
Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Correa Jr. PSD em obstrução.
O
SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem,
presidente. Partido Novo em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Leo Siqueira. Novo
em obstrução.
O
SR. JORGE CARUSO - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. MDB em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Jorge Caruso. MDB
em obstrução.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado
Paulo Fiorilo. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar
em obstrução o Cidadania e o PSDB, a Federação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, nobre deputado Barros Munhoz.
Federação PSDB Cidadania também em obstrução.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Presidente, é possível
uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Neste momento,
deputado Barros Munhoz, não é possível. Estamos em processo de votação.
O
SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar
o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Valdomiro Lopes. PSB em obstrução.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados
votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas
mesas.
Não havendo
mais deputados para fazer o seu voto... Um minutinho só, o deputado Rafael
Silva vai fazer o voto no sistema eletrônico. Não havendo mais deputados
interessados em fazer o seu voto no sistema eletrônico, passaremos agora para
os microfones de aparte, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
não conseguirem fazer o voto no sistema eletrônico possam assim o fazer nos
microfones de aparte.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Sr. Presidente, esse é um projeto que precisa de 48 votos com 24
“sim”, é isso?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Maioria
simples.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Maioria simples.
Então eu queria registrar meu voto “sim”.
* * *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não
havendo deputados interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do
resultado. Votaram “sim” 66 deputados, mais este presidente, totalizando 67
votos, quórum que aprova o projeto, salvo emendas.
Esgotado o projeto da
presente sessão. Lembrando-os, ainda, que dez minutos após o término da sessão
teremos a nossa segunda sessão extraordinária.
O SR. PAULO FIORILO - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr.
Presidente, ainda temos que votar as emendas, correto?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Então
voltamos na segunda extra ainda com esse projeto?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por isso que eu convoquei o Projeto nº 389, de 2024, na segunda
extraordinária, que iremos votar as emendas.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nada mais havendo a tratar, está encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 19
horas e 26 minutos.
* * *