9 DE MAIO DE 2024
61ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: VITÃO DO CACHORRÃO, REIS e CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - VITÃO DO CACHORRÃO
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - REIS
Assume a Presidência.
4 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE REIS
Endossa o pronunciamento do deputado Vitão do Cachorrão.
6 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE REIS
Determina, a pedido do deputado Eduardo Suplicy, que se faça um minuto de silêncio em homenagem ao ex-deputado Antonio Mentor de Mello Sobrinho, em razão do seu falecimento.
9 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
11 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Cumprimenta o público presente nas galerias.
13 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
16 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
17 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 10/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h04min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Vitão do
Cachorrão.
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- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e recebe o expediente.
Vamos iniciar a lista de oradores do
Pequeno Expediente. Deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputada Thainara Faria. (Pausa.). Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado André Bueno. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.)
Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado
Carlos Gianazzi. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Vinicius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Deputada Márcia Lia.
(Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.)
Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado e
amigo Reis, que já se encontra na tribuna e tem o tempo regimental, no Pequeno
Expediente, de cinco minutos.
Que Deus abençoe os nossos trabalhos,
que Deus abençoe e continue abençoando o meu amigo deputado Reis.
O
SR. REIS - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Bom, quero cumprimentar o presidente deputado Vitão do
Cachorrão, do qual já falei várias vezes aqui nesta tribuna, porque ele tem, lá
em Sorocaba, o Vitão Lanches, e eu sempre dou o exemplo do Vitão Lanches,
porque o vale que o governador Tarcísio paga para os servidores públicos não dá
para alimentá-los lá na Vitão Lanches.
É tão pouco,
deputado, é um preciosíssimo, mas eu sempre dou o exemplo de Vossa Excelência.
Quero cumprimentar o público presente, cumprimentar os integrantes da Polícia
Militar, da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal,
cumprimentar todos os funcionários desta Casa e também todos aqueles e aquelas
que estão nos acompanhando pela Rede Alesp.
Presidente
Vitão, eu trouxe um vídeo de um fato que aconteceu lá em José Bonifácio para
passar. Claro que esse vídeo não representa o que é a instituição Policial
Militar, ou a instituição Polícia Militar. Eu gostaria de que o Machado, nosso
assessor técnico, pudesse colocar o vídeo de um jovem de 26 anos que foi
ameaçado e espancado em José Bonifácio.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
O SR. REIS - PT - Tem aí o policial sozinho tentando segurar esse jovem,
quando chega uma viatura... Até falar isso, não tem problema porque é a
cogitação, cogitação não constitui crime, ele não quebrou a cadeira. Agora aí é
que é grave, isso é um tenente, olha, isso aí que é grave, isso aí não se
aprende na Academia de Polícia.
Isso aí não se
aprende na Academia de Polícia. O deputado Conte Lopes, que acaba de chegar,
foi aluno do professor José Vicente. Esse tenente não teve aulas com o
professor José Vicente, esse tenente não teve aulas com o professor José
Vicente. O deputado Conte Lopes teve, com certeza, porque ele falou para mim.
Então, por isso que o deputado Conte Lopes sempre teve uma conduta
irrepreensível no trabalho policial.
Mas eu mostrei
esse vídeo para demonstrar que o rapaz levou esses pontapés, socos. Imagine
aquela pesada que ele levou no peito? Imagine se fosse um animal, um cachorro?
Era uma comoção nacional. O Joca, que mudou de aeroporto e acabou morrendo, já
foi uma comoção nacional. Agora, imagine um ser humano?
E a Polícia
Militar não ensina isso em suas academias. Eu frequentei a Academia do Barro
Vermelho, lá em Pirituba, não se ensina isso lá, deputado Conte Lopes. O que eu
quero crer, é que há um problema de adoecimento policial, de estresse. Pode ter
sido isso, excesso de trabalho. Faz o bico, faz lei delegada, faz Dejec.
E o policial
fica com os nervos à flor da pele. Vê como ele desce da viatura. Vê como ele
desce da viatura. Aí é muito fácil, depois que acontece isso, o governo fala: “nós
afastamos ele. Nós o tiramos da rua”.
Está aqui na
matéria: “a versão dos policiais sobre os fatos que aconteceram na sequência
não condiz com as cenas exibidas na gravação”. Existe uma versão, mas as cenas
exibidas na gravação são outras. “Questionada, a Secretaria de Segurança
Pública informou que a PM afastou os policiais envolvidos na ocorrência.
A conduta dos
policiais contraria os protocolos operacionais da PM, bem como os valores e
princípios da instituição, a qual orienta e capacita continuamente, todo o seu
efetivo, sobre as corretas técnicas de abordagem”, - realmente, as técnicas de
abordagem não foram observadas -, “Ainda segundo a Secretaria de Segurança
Pública, um IPM foi instaurado”.
Então, eu quero
dizer para vocês que esse vídeo que foi passado aí não reflete o que se aprende
na Academia da Polícia Militar, o que se aprende na Academia do Barro Vermelho,
na Escola de Soldado, mas há uma violência que está sendo transferida. Uma
violência interna, uma violência que está ligada ao policial pelo excesso de
trabalho, pelo estresse. E essa violência acaba sendo transferida para o
cidadão. Essa violência acaba sendo transferida para o cidadão e isso que
aconteceu nesse vídeo é uma transferência de violência.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista aqui, estou vendo o meu amigo que
chegou aqui, deputado Gil Diniz, também o deputado Conte Lopes, deputado
Suplicy também está aqui na Casa. Vou seguir a lista aqui, dos pequenos
oradores.
Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.)
Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado
Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) E agora vou pedir
para assumir a Presidência aqui porque o próximo é o deputado Vitão do
Cachorrão que vos falará. Deputado Reis, por favor, assuma a Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - O deputado Vitão do
Cachorrão já se autoindicou. Eu quero dizer para ele que ele tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Obrigado,
presidente Reis, que Deus abençoe o nosso trabalho.
Eu quero aqui
agradecer por mais um dia de trabalho, agradecer o pessoal da limpeza, Gil
Diniz - V. Exa., que foi carteiro e estava ali no sol entregando as cartas, um
cara trabalhador, um deputado que eu admiro muito, que tenho um carinho e um
respeito enorme -, a gente não pode se esquecer desse povo que limpa o banheiro
aqui, meu irmão, que limpa nossos gabinetes.
E eu tenho
muitas pessoas que vieram da faxina, muitas tias, minha mãe fez faxina também,
então, para mim é um orgulho trabalhar aqui, junto com eles, na Casa.
Quero agradecer
aqui também, Gil Diniz, ontem eu estive com o pastor Josué, e junto com o seu
irmão, em uma igreja lá, próxima de Itaquera, o pastor Joel também, com o Josué
Rocha e também o Joel Rocha. E o culto foi abençoado por Deus, onde a gente foi
pedir proteção, sabedoria para continuar ajudando o povo.
Gil Diniz,
agradecer ao governador Tarcísio de Freitas. Eu estava lá agora assinando mais
de 220 convênios, cidades que há muito tempo não recebiam casas populares, que
não recebiam regularização fundiária, que não recebiam infraestrutura, que não
recebiam verba para a Saúde.
E tenho que
agradecer a todos os deputados e deputadas aqui, Conte Lopes, que isso aqui é
um pedido que a gente fez. Já teve muita gente na semana passada, muitos
prefeitos, e agora pouco mais de 220 prefeitos, inclusive alguns pedidos meus
atendidos.
Sorocaba, por
exemplo, quase 28 anos que não recebia casas populares. E recebeu, na
assinatura desses convênios, 150 casas, 350 cartas de crédito e está para sair
mais 2.700 casas populares.
E outra coisa,
o governador, atendendo pedido nosso aqui também - eu fiz uma indicação, está
aqui o número da indicação, a Indicação nº 3.651, de 2024, que foi na semana
passada -, e olha só que maravilha: para os verdadeiros heróis, as pessoas que
estudaram e que sonharam, que estavam desde 2022, muitos policiais, delegados,
policiais civis chegando ao gabinete, esperando esse chamamento, escrivães da
polícia e investigadores, esperando esse chamamento porque ele sonhou em ser
chamado, e desde 2022 parados.
Fizemos essa
indicação, tenho a certeza que outros deputados também fizeram aqui. Sozinho, a
gente não é nada, a gente está aqui unido. E amanhã é o chamamento: 356
delegados da polícia, 196 médicos legistas, 2.028 escrivães da polícia e 1.260
investigadores da polícia.
São Paulo faz a
maior nomeação da história, com mais de quatro mil aprovados para a Polícia
Civil nesse chamamento. Olha que bacana, são milhares de novos profissionais
que vão compor o time de forças de segurança. Estarão presentes nas delegacias
do interior, da capital e no litoral - algo que não era requerido pela
sociedade há muito tempo -, e agora vão fazer a diferença, proteger a nossa
população, reforçar o combate permanente ao crime, não só em São Paulo, mas no
interior.
Olha, a decisão
contempla os candidatos do concurso de 2022, além de todos os remanescentes. A
medida prevê a formação e a contratação. Eu já falei o número aqui e repito,
356 delegados de polícia, 196 médicos legistas, 2.028 escrivães da polícia e
1.260 investigadores de polícia.
Falando em
polícia aqui, quero cumprimentar a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia
Científica. Ontem recebi no meu escritório, e eu fiz uma indicação para o governador,
porque não pode ser projeto de lei, Gil Diniz, mas um incentivo de trabalho
para a Polícia Militar e, pelo que me parece, em Minas Gerais é assim.
O policial
entra como soldado, Gil Diniz, é difícil entrar na polícia, e ele entra como
soldado. E eu conversei aqui com alguns policiais na rua, alguns amigos que vão
lá na lanchonete, que eu vendo cachorro-quente até hoje, e tem policial que
está há 15 anos como cabo.
Então, esse
incentivo, que é de cinco em cinco anos. Ele não tendo falta, ele cumprindo com
as suas obrigações, em cinco anos ele, de soldado, passe para cabo, não é,
Reis?
Depois para
sargento, 3º sargento, Reis? Terceiro, depois 2º, 1º. Eu sei que ele vai ter
uma aposentadoria muito mais digna e melhor. Por exemplo, o meu sogro, no Corpo
de Bombeiros, e abrange aqui, vou ser breve também, plano de carreira para a
Polícia Militar, Civil, Científica, para todas as polícias.
O meu sogro
trabalhou 35 anos ou 30 anos, ele entrou como soldado e se aposentou, no
máximo, como 3º sargento. Nesse plano de governo ele vai poder se aposentar
como tenente, subtenente.
Então a Polícia
Militar merece. Foi uma indicação do deputado Vitão do Cachorrão. Peço, com o
Gil Diniz, os outros deputados, Conte Lopes, que
ajudem. Se o governador já deu aumento no primeiro ano para a Polícia
Militar do salário, reconhecendo - acho que foi o único governador que fez isso
-, que faça esse plano de carreira também, para que de cinco em cinco anos ele
possa subir a sua patente, para que ele não fique a vida inteira como soldado
ou cabo.
Que Deus
abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Vitão do
Cachorrão, parabéns pela ideia que você deu, a sua indicação para o governador
criar um plano de carreira para os policiais militares, para os praças, um plano
de carreira. Também, para os investigadores, tem que criar a classe imediata.
Vamos chamar para fazer uso da palavra
o deputado Gil Diniz.
Vossa Excelência está inscrito.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, deputado Reis, obrigado, deputado
Vitão do Cachorrão, pelas palavras aqui. Cumprimentar a todos vocês, deputado
Conte Lopes, deputado Eduardo Suplicy, cumprimentar os nossos assessores,
policiais militares e civis e quem nos assiste pela Rede Alesp.
Vitão, sempre
que você sobe aqui, faz essa referência. Obrigado, te agradeço muito. Falou,
deputado Conte Lopes, que a mãe dele trabalhou na limpeza, faxina. Minha mãe
também, minha mãe foi faxineira. Dona Nena carrega ainda em suas mãos muitos
calos, que as minhas jamais terão. Tem um ou outro aqui, mas a dela carrega
essa história. Então eu sou muito grato à minha mãe.
Também
reconheço o trabalho de todo o pessoal aqui da equipe de limpeza, fazem um
trabalho sensacional. As nossas assessorias, como um todo, também, mas esse
pessoal que nós vemos todos os dias nos corredores acabam passando
despercebidos, mas, sempre que os encontro, digo que lá no quarto andar podem
ir tomar uma água, tomar um café. São muito bem-vindos, deputado Conte Lopes.
Presidente,
subo nesta tribuna, retornarei adiante com outros assuntos, me chamou a
atenção, presidente, uma norma, digamos assim, vinda do governo federal
proibindo proselitismo dentro dos presídios. Complicado, deputado Vitão do
Cachorrão.
O governo
federal, via Ministério da Justiça, deputado Conte Lopes, está proibindo,
dizendo o seguinte: se o preso não professa nenhuma fé, que ninguém vá lá o
incomodar. Não pode mais, basicamente, não pode fazer uma oração, olha só, isso
agora dentro dos presídios.
Então, por
exemplo, vai lá um pastor no presídio, na cadeia. Se for abordar o cidadão
criminoso que está ali cumprindo sua pena, ele, dependendo do que fale, vai ser
cerceado do seu direito. Por quê? Porque vai estar tentando converter aquele
preso. Isso, para esse desgoverno que está aí, não pode. O “presidengue” nos
surpreende a cada dia.
Já vi, em São
Paulo, algumas barbaridades vindas, inclusive, do Ministério Público. Uma das
últimas que vi até relatei aqui na tribuna, a proibição de alguns alunos
rezarem o “Pai Nosso” na sala de aula. Uma oração universal, deputado Conte
Lopes, proibiram ali.
Dias atrás, vi
o MP entrando com ação e desembargadores do TJ aceitando esse argumento, que
para mim é um argumento raso, proibindo, deputado Reis, que as sessões em
algumas câmaras municipais pelo Interior - logo mais vai chegar aqui, na
Assembleia, obviamente - proibindo o início, de a sessão começar “sob a
proteção de Deus”. Proibindo, Vitão. Está proibido.
Olhe que a
nossa Constituição começa, no seu preâmbulo, dessa maneira. Então a Constituição
é inconstitucional também agora? Estão decidindo isso? Algumas Câmaras
Municipais já foram proibidas por conta dessa ação do Ministério Público e
algum desembargador do TJ aceitou esses argumentos.
Já conversei
com o meu líder, deputado Carlos Cezar, que é bem atuante na frente parlamentar
evangélica, para que esta Casa tome uma posição, deputado Conte Lopes, porque
logo mais vão chegar aqui. Vão nos proibir de começar os nossos trabalhos
dizendo “Sob a proteção de Deus”. Logo mais então, nós não vamos poder
professar nossa fé, nós não vamos poder...
Sob esse argumento do estado laico, você vai
chegar aqui e vai desejar uma feliz Páscoa, Jesus Cristo, nosso Senhor,
ressuscitou e vão dizer que é fake news, que é mentira, porque ninguém
ressuscita.
Vão te dizer
que você é um funcionário público e como recebe o seu salário do estado, e o
estado é laico, você só vai poder professar sua fé de dentro da tua casa, da
porta da tua casa para dentro. Para fora não, publicamente não, porque o Estado
é laico.
E cada vez mais
esse laicismo, que de laicismo não tem nada, é um “anticristianismo” absoluto,
avança. E a gente não faz nada. E agora, ali na cadeia, onde está, digamos
assim, o “chorume da sociedade”, pastores evangélicos, padres católicos, grupos
religiosos, de várias denominações espíritas, tentam resgatar essas pessoas
desse momento de vida que eles estão. E se não tiver um processo de conversão
dessas pessoas, elas não vão mudar a sua conduta, a sua atividade criminosa.
Aí vem o
desgoverno do “presidengue” e diz que não se pode ter proselitismo dentro dos
presídios. Já vi que tomaram uma invertida, deputado Reis, no Congresso
Nacional, bancada evangélica atuante, e aqui é de se admirar a atuação dela, já
estão voltando atrás, mas fiquemos atentos aí, porque os inimigos de Cristo
nunca dormem.
Então estamos
atentos aqui nesse parlamento também para verificar o que o “presidengue” e seu
desgoverno vão fazer nesse sentido agora, inclusive, dentro dos presídios,
proibindo os religiosos de trabalharem.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores, deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Teixeira
Ferreira. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Rui Alves.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Felipe Franco. (Pausa.)
Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Carlos Cesar. (Pausa.) Deputado
Eduardo Suplicy. (Pausa.)
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhor Presidente, o presidente da Assembleia
Legislativa ontem avaliou que era importante suspender os trabalhos em função
do falecimento do ex-deputado Antonio Mentor, que estava em tratamento de um
câncer e faleceu nesta terça-feira, dia sete.
Expressa a nota
de pesar que Antonio Mentor foi deputado estadual da Alesp por quatro
legislaturas, da 14ª à 17ª, atuando principalmente nas áreas de Transporte,
Cidadania, Democratização do Estado, Desenvolvimento Sustentável. Paulistano de
nascimento, foi um dos fundadores do PT, Partido dos Trabalhadores, vereador em
Americana por três mandatos, cidade onde construiu grande parte de sua carreira
política.
Nesta
Assembleia, foi líder da bancada do PT, presidente da CPI da Eletropaulo. Em
2002, foi reeleito com a maior votação na Região Metropolitana de Campinas.
Ainda na Alesp, Mentor foi autor da proposta que extinguiu o voto secreto dos
deputados e de projetos que combatem o assédio moral no serviço público.
Trabalhou ainda
pela garantia do transporte gratuito aos idosos, a regulamentação dos
comerciais e medicamentos. Foi um grande batalhador pela democracia, pelas
“Diretas Já”, em todos os níveis.
O velório foi
realizado no Hall Monumental da Alesp, e o enterro foi ontem, no Cemitério de
Congonhas. Ele deixa a esposa Maria Cleonice Coelho, os filhos Stephania
Brisola de Mello de Miranda, Nathalia Brisolla de Mello, Diogo Mentor Brisolla
de Mello, Nora Juliana Consulin de Mello, e os netos Theo Mentor, Thiago Mentor
e Thomas Mentor. E eu, aqui, estendo o meu pesar a todos os familiares citados.
Sr. Presidente,
após a minha fala, eu requeiro um minuto de silêncio em memória do querido
deputado Antonio Mentor.
Mas gostaria
apenas de transmitir que, na última semana, o ouvidor das polícias Cláudio
Aparecido da Silva lançou na OAB o relatório de prestação de contas da
Ouvidoria da Polícia de São Paulo.
Presentes o
Ministério Público, Secretaria da Segurança Pública e várias autoridades de
movimentos sociais. Esse relatório já nos foi apresentado na Comissão de
Direitos Humanos desta Casa em 13 de março, a qual eu presido.
Ocasião em que
se explicitou, mais uma vez, a necessidade de se fortalecer o diálogo e o
trabalho conjunto com as polícias, fundamentais para uma sociedade mais justa,
para um provimento da Segurança Pública cada vez mais igualitário, eficiente e
legalista.
A Ouvidoria é
uma instituição de fortalecimento democrático, na medida em que desempenha o
papel de ser um elo de escuta entre a população e as polícias, conferindo maior
controle e transparência para essas instituições. O relatório traz dados
importantes para que se possa avaliar o desempenho das polícias paulistas,
indicando pontos críticos, propondo medidas para a melhoria do trabalho
policial.
Dentre os
pontos críticos ocorridos em 2023, destacam-se os seguintes: aumento da
letalidade policial, aumento do número de crianças e adolescentes mortos por intervenção
policial, crescente desinvestimento das câmeras corporais, aumento dos casos de
suicídio das polícias
E as seguintes
propostas foram apresentadas pela Ouvidoria: defesa intransigente das câmeras
corporais e sua adoção pela integralidade da tropa; constituição do grupo de
trabalho em saúde mental, composto pela Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia
Técnico-Científica e Ouvidoria da Polícia; retorno da Comissão de Letalidade;
constituição do grupo de trabalho Abordagem Policial; efetivação do Conselho
Consultivo da Ouvidoria; reforma e modernização do prédio da infraestrutura da
Ouvidoria, para a qual, inclusive, destinei emenda parlamentar.
Assim,
cumprimento e parabenizo Claudinho da Silva por seu trabalho como ouvidor.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Atendendo a
requerimento do deputado Eduardo Suplicy, um minuto de silêncio em decorrência
do falecimento do ex-deputado Antonio Mentor.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Muito obrigado.
*
* *
- É respeitado um minuto de silêncio.
*
* *
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Continuando a lista
do Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra a deputada Beth Sahão.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Primeiramente eu queria
cumprimentar a Flora, filha da nossa deputada colega Paula. Muita sorte na
vida. E também queria dar os meus sentimentos, os meus pêsames à família do
deputado Antonio Mentor, que foi deputado conosco nesta Casa por algumas
legislaturas.
Hoje de manhã
nós estivemos no Palácio do Governo, onde estiveram quase 400, em torno de 400
prefeitos, não contei. E aonde foram as emendas, dadas por deputados da Casa.
Inclusive,
deputados de vários partidos. Quase todos os partidos estavam no Palácio. É a
demonstração de um belo trabalho que o nosso governador está fazendo, não
visualizando a política, mas visualizando simplesmente o povo, na área da
Saúde, da Educação. Então isso é muito importante.
Também
acompanhava a colocação do deputado Reis. E também cumprimento o governador por
ter colocado, à frente da Secretaria de Segurança Pública, policiais. O capitão
Derrite, que é o secretário, o coronel Cássio, o coronel Artur Dian, pessoas
experientes na Polícia. E que abriu um espaço até para que V. Exa., deputado
Reis, possa vir a ser um secretário de Segurança Pública.
Porque, na
verdade, quando se falava em Secretaria de Segurança Pública, o único que não
podia ser secretário era o policial. Todo mundo podia, o coronel, o general, o
juiz, promotor, advogado. O único que não podia ser secretário da Segurança
Pública é o homem que é da Segurança Pública.
Ele quebrou
esse paradigma, ele colocou um secretário de Segurança Pública. Vi as imagens
que o deputado Reis colocou. Deputado Reis foi policial, foi soldado, foi cabo
da Polícia Militar.
E não é fácil
ser cabo da Polícia Militar. Precisa estudar muito para ser cabo da Polícia
Militar. O Montoro ajudou muita gente. Promoveu um monte de gente: todo mundo
virou capitão, coronel.
Aliás, capitão,
só ficou eu, e o Virgulino Ferreira, o Lampião. O resto foi lá para cima, todo
mundo. Foi um bom governo para muita gente, só que ficou todo mundo pagando
depois, e dificultando os da ativa.
Vamos fazer o
quê? São coisas da vida. Mas é essa a colocação. As imagens, não tem o que
falar. Agora, é uma imagem de um cara que faz aquilo lá. O deputado Reis falou
que é um tenente. Eu não sei quem é, se é tenente, se é soldado. E o pior de
tudo: ele vai sofrer as consequências disso.
Quando eu era
tenente da Rota - comecei como soldado na Rota - a gente tinha uma hora de
educação física antes de começar o trabalho e uma hora de instrução na sala de
aula.
Por que,
deputado? Para explicar para a tropa desses erros, onde ele pode sofrer. Na
verdade, é isso. Uma ocorrência dessa, seja tenente, cabo, soldado, o que ele
for, sargento, dificilmente ele vai escapar de ser condenado.
Porque estão aí
as imagens. As imagens valem mais que mil palavras. Vai falar o quê? Que ele
não fez? Então, veja, ninguém defende isso aí. É lógico. Quem vai defender?
Ninguém defende. O pior de tudo: esse soldado, tenente, cabo, coronel, não sei
o que ele é, ele vai entrar, não por lesões corporais. Ele vai ser enquadrado
por abuso de poder e tortura.
Ele vai ser
enquadrado por tortura, pode ter certeza disso. Vai os Direitos Humanos, vai o
Ministério Público, vão enfiar “o tortura” em cima dele, e vai pegar um bocado
de anos na cadeia, no Romão Gomes, como está cheio de gente no Romão Gomes.
Porque as
pessoas pensam que nós, policiais militares e civis... Que a gente comete erro
e fica na boa. Não fica, não. É só ir ao presídio da Polícia Militar, está cheio
de gente lá, no Romão Gomes, como o presídio da Polícia Civil, está cheio de
gente lá.
Então, sei lá,
o cara tem que ter um pouco de cérebro também. O cara tem que ter um pouco de
cérebro para tomar certas atitudes. Hoje todo mundo é filmado. O próprio
governador falava hoje, na colocação dele, que ele pretende fazer a segurança
da muralha, da grande muralha, não sei o que, que vai ser o quê? Intercalar
todas as câmeras para a Segurança Pública, em todos os sentidos. Quer dizer, um
barzinho que tem uma câmera, vai pegar, vai pegar tudo. É tecnologia.
Agora, o cara
que faz isso aí, o outro que bate na mulher no metrô, ele vai ser filmado. Como
é que você explica para o juiz que você não fez? Vai falar o quê? Que você
estava nervoso? Vai adiantar alguma coisa? Não vai. Vai perder a farda, vai ser
condenado e vai parar na cadeia, como tem um monte. Então, na verdade,
infelizmente é assim.
Infelizmente, a
gente aproveita este espaço para que o policial se conscientize. Se ele fizer
coisas erradas, ele vai parar na cadeia. Ele tem que trabalhar dentro da lei.
Se ele trocou tiro com bandido, acertou bandido, não faz mal que o bandido tem
15 anos, 13 ou 12.
Vai ficar
comprovado que houve tiroteio, tem testemunha, tem arma, tem tudo, ele vai ser
absolvido. Se ele faz isso que o deputado Reis demonstrou com as imagens,
obviamente ele vai ser condenado. Ele não tem por onde sair. Não tem advogado
para isso aí. Vai falar o quê? Que ele não bateu, que ele não espancou? E digo
mais: não vai entrar em lesões corporais. Abuso de poder e tortura.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Vou pedir para V.
Exa. assumir a Presidência. Enquanto isso, vou correr a lista dos oradores no
Pequeno Expediente.
Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Maria
Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Rafael Silva.
(Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Letícia
Aguiar. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada Ana Perugini.
(Pausa.)
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Entrando na
lista suplementar, nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Reis,
V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado capitão Conte Lopes, comandante Conte Lopes,
V. Exa. fez um belo discurso, demonstrando que aquelas imagens não devem ser
aceitas de forma alguma. É verdade o que V. Exa. falou. Na preleção, você
fazer, apresentar para corrigir, para que se corrijam erros, é muito
importante. É muito importante, porque muitos erros que a gente comete no dia a
dia podem ser corrigidos a partir da sala de aula.
Então, tenho
plena certeza de que a instituição não compactua com aquilo que aconteceu, mas
a gente tem que analisar o que levou também o policial a agir daquela forma.
Não é um soldado, não é um cabo, não é um sargento.
É um oficial da
Polícia Militar, muito bem treinado, muito bem preparado, quatro anos na
Academia de Polícia, mas, conforme eu disse para V. Exa., provavelmente ele não
teve aula com o coronel José Vicente, que foi o grande mestre de Vossa
Excelência.
Eu quero
repercutir também o que saiu nessa semana na “Folha de S. Paulo”, o salário do
secretário de Segurança, o secretário Guilherme Derrite. Segundo a matéria na
“Folha”, ele vai ter um salário de 67 mil reais.
O secretário de
Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi indicado pelo governo Tarcísio de
Freitas ao Conselho Fiscal do Metrô, no mês passado, engordando ainda mais seus
vencimentos, como revelou o Painel. Derrite também foi colocado pela gestão
estadual no Conselho da Cetesb, Companhia Ambiental de São
Paulo, em setembro
do ano passado. O histórico profissional do secretário não tem relações com
essas duas áreas das estatais.
A gratificação
para participar de cada um dos conselhos é de 6.581 reais por mês. Além disso,
o secretário optou por receber o salário de parlamentar, e não o salário de
secretário de Segurança Pública.
O salário de
parlamentar é em torno de 44 mil reais. Como capitão da reserva, ele ganha mais
9.663 reais. Na somatória dos rendimentos, com esses dois conselhos, vai chegar
a 67 mil reais brutos e 50 mil reais líquido.
Especialistas
ouvidos pela coluna analisaram o caso abstratamente, sem saber que se tratava
do secretário de Segurança e afirmaram que os valores não são abatidos pelo
teto constitucional do funcionalismo, que atualmente está em 44 mil reais.
Eu só trouxe
essa matéria para a repercutir, presidente Conte Lopes, mas eu não tenho nada
contra o secretário de Segurança
Pública ganhar 60 mil, 70 mil, ou governador o nomear em todos os
conselhos para que ele possa ganhar mais.
O que eu sou
contra é um soldado ganhar menos de cinco mil reais. Soldado tinha que ganhar
pelo menos dez mil reais. O que eu sou contra é que os investigadores e o
escrivães de polícia, que desde 2008 se exige o curso superior, não foram
devidamente enquadrados no salário de nível superior, continuam com salário de
nível médio.
Então, pode se
pagar bem para o secretário de Segurança, pode colocar ele em outros conselhos?
É uma escolha do governador. Claro, a imprensa está ali, se você ganha um real
a mais, no outro dia ela publica.
Então, eu quero
registrar aqui que eu não tenho nada contra que o secretário de Segurança ganhe
67 mil, 70 mil, 100 mil reais. O que eu não concordo é com o salário dos
policiais, por mais aumento...
“Deu aumento”,
esse ano não vai ter aumento, porque até agora não veio nenhum projeto para cá
para reajustar o salário dos servidores públicos e, principalmente, a tão
prometida valorização dos policiais. Eu sou contra não vir esse projeto para
cá.
Esse projeto já
tinha que estar tramitando aqui para tratar da valorização dos policiais
militares, dos policiais civis, dos policiais técnico-científicos e dos
policiais penais. Então, não pode ser aos amigos tudo e aos demais o rigor da
lei.
Tem que analisar
os casos omissos que tem no Estado, no governo e buscar corrigi-los. Nós temos
várias questões e várias demandas que já foram trazidas a esta Casa, como as
dos oficiais administrativos, que ganham menos de um salário mínimo - eles
recebem um bônus para complementar o salário mínimo.
A questão dos
investigadores e dos escrivães, que nós estamos falando há tempos, e o salário
do soldado que é muito baixo. O governador deu 32% de aumento do salário do
soldado; era 1.500 reais o padrão, aumentou 450 reais no padrão.
Então, nós
temos que ter um salário melhor para os policiais, principalmente o início,
principalmente o salário inicial que está muito baixo. Nada contra o secretário
ganhar um salário de mais de 67 mil reais, ou de 70 mil reais, ou de 50 mil
reais. O que eu não estou concordando é com os baixos salários que ainda hoje
tomam conta das instituições policiais e também dos servidores públicos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos as
palavras. Cumprimentando o público presente nas galerias da Assembleia Legislativa. Chamando o
próximo orador inscrito, nobre deputado Gil
Diniz, V. Exa. tem um prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado presidente deputado Conte Lopes. Presidente,
retorno aqui à esta tribuna para repercutir um pouquinho as notícias que nós
estamos vendo nas mídias sociais, na grande mídia também, deputado Reis.
E me chegou
aqui a notícia que o ministro Paulo Pimenta, apelidado carinhosamente, deputado
Reis, nas redes sociais de Paulo “Pimente” - outros chamam ele de “Montanha”,
parece que ele tinha um apelido ali numa das listas acho que da Odebrecht...
Então o Paulo
“Pimente”, ministro das Comunicações de Luiz Inácio, solicitou ao Ministério da
Justiça que se investigue as críticas feitas nas redes sociais ao “desgoverno”
de Luiz Inácio, que afeta ali a operação no Rio Grande do Sul.
O jornalista
Samuel Pancher escreve aqui, deputado Reis: o ofício da Secon pedindo
providências ao Ministério da Justiça contra desinformação sobre as enchentes
do Rio Grande do Sul inclui - dê uma olhada aqui no que inclui esse ofício -
uma das tuitadas que deram, deputado Conte Lopes, que ofenderam o Paulo
“Pimente”.
Tenho o de Steh
Papaiano. Steh trabalhou aqui na Assembleia Legislativa. Ela está nesse ofício
e vai ser investigada agora pela Polícia Federal porque ela deu essa tuitada.
No ofício está no Item 9, está assim: A usuária Steh Papaiano, 73.800
seguidores, publicou: “o Estado como um ente centralizador até agora só
entregou dificuldade e ineficiência”.
É sério que uma
cidadã brasileira que ousou, deputado Conte Lopes, dizer que o Estado está
centralizando ali, está criando algumas dificuldades, vai entrar num inquérito,
vai ser investigada por conta de uma tuitada dessa? É sério Paulo Pimenta
“Montanha”, ministro de “Lule”? Isso aqui é um tapa na cara do brasileiro.
Pior,
presidente, tem uma aqui. Thiago Asmar, conhecido na rede social como “Pilhado”
- ele é jornalista na Jovem Pan - afirmou que o empresário Luciano Hang está
ajudando mais o Rio Grande do Sul que o governo federal.
Segundo a fala
do jornalista: “os helicópteros do Exército Brasileiro nem saíram da base Santa
Catarina, enquanto Luciano Hang teria salvado várias vidas com seus helicópteros
particulares”.
Nossa, que
ofensa ao governo federal! Isso é crime onde, em que lugar do mundo? Talvez na
Venezuela de Maduro, amigo de “Lule”, talvez em Cuba, talvez lá nos aiatolás do
Irã, mas meu Deus do céu!
Dias atrás saiu
matéria da “Goebbels News”... Goebbels, para quem não sabe, é o ministro da
propaganda nazista e nós temos aqui os seus representantes, talvez os seus
descendentes na imprensa brasileira. Mentem tanto, mentem tanto!
Uma jornalista
da Globo defendendo esse “desgoverno” dizendo que era mentira as denúncias que
estavam bloqueando as doações nas estradas, que estavam multando caminhões,
deputado Reis, com a ajuda humanitária ao povo do Rio Grande do Sul.
E essa
jornalista dizia que era mentira, era o Pablo Marçal, coaching pregando fake
news, pedindo aí censura a ele. Só que a própria ANTT reconheceu que estava sim
multando e que as multas que foram aplicadas seriam revogadas.
Estavam
dificultando, deputado Conte Lopes, por conta de excesso de peso. Olhe só! A
população aqui do sudeste, de todos os cantos do Brasil, mandando doação para o
Rio Grande do Sul e os caminhões ali pesados, obviamente, sendo parados e
multados com ajuda humanitária.
Mas nem período
de guerra isso acontece em algum lugar do mundo. Mas, nesse desgoverno
acontece. A equipe do SBT fez uma matéria ali e desmascarou essas, essas, sim,
mentiras, essas, sim, inverdades. Eles gostam de falar de fake news. Mas como
que fica? A grande mídia, a Goebbels News mentindo o tempo inteiro, e não
acontece nada.
Aí uma tuiteira
vai lá, coloca a sua opinião na rede social e entra em um inquérito de ofício
ali de Paulo Pimenta para o Lewandowski, para ser investigada pela Polícia
Federal. Ah, faça-me o favor.
Então deixo
registrada a nossa indignação neste momento contra essas, sim, mentiras da
grande imprensa. E que o cidadão comum seja preservado, seja aqui na rede
social, ou as vítimas da tragédia ali no Rio Grande do Sul, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos
as palavras. O próximo orador inscrito é o nobre deputado Reis. Vossa
Excelência tem o prazo.
O
SR. REIS - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, quero repercutir a Resolução n.º 2 da Secretaria de Educação, Seduc, no
seu Art. 8, incisos IV e V, os quais tratam sobre normas para contratação de
professores.
Especificamente
neste Art. 8, inciso IV, determina que os professores contratados, ao se
afastarem por incapacidade temporária, motivados ou não pela mesma doença, seja
período consecutivo ou intercalados pela soma dos dias igual ou superior a 45
dias no respectivo ano civil, poderão ter seus contratos extintos.
Em outras
palavras, caso o professor se afaste por doença de mesma ou outra classificação
internacional de doença por 45 dias ou mais durante o mesmo ano, poderá ficar
desempregado.
Esse tipo de
afastamento referido fundamenta-se no documento tipo auxílio-doença que
considera o afastamento de dois ou mais dias consecutivos. Além disso, mais
adiante, no inciso V, os professores contratados que sejam aposentados não têm
mais o direito ao auxílio-doença caso necessitem, restando-lhes somente o
benefício do INSS.
Ou seja, suas
próprias aposentadorias durante seus afastamentos como professores. No Art. 11
e seus incisos sobre as faltas do professor paulista temporário, impõe-se o
direito a três faltas justificadas, podendo ser realizado durante o ano
vigente, estabelecido o máximo de um ano ao mês, de um ao mês, e uma falta
injustificada, que pode se realizar durante o período contratual, considerando
os descontos em folha salarial sobre os dias referidos a essas ausências.
Além desses
tipos de falta, embora essa resolução abordada não tenha normatizado, deve ser
considerado que há falta médica, sendo seis ao ano e no máximo um ao mês, o que
pode ser aproveitado ainda para fins de saúde.
Quanto ao
direito à falta-aula, que geralmente era utilizado pelos professores para
necessidades maiores, principalmente como saúde - que havia sido revogada mais
tarde -, foi vigorada ao final de 2023, via um projeto de lei.
No entanto,
embora haja esse direito, não há resolução que descreva e oriente de modo exato
o funcionamento dessa possibilidade. Portanto, caracteriza-se mais uma falta de
valorização para os professores por parte da Seduc.
De qualquer
forma, conclui-se sobre a necessidade de que os professores contratados deste
Estado tenham muito cuidado com suas saúdes, haja vista que seus direitos
trabalhistas relacionados a saúde são precários.
Ademais, tudo
indica que isso continue, devido ao retrocesso trabalhista que se deu no ano
passado. Contudo, evidentemente, há um novo direcionamento para os professores
temporários, em uma perspectiva de trabalho intermitente: trabalhou, ganhou;
não trabalhou, perdeu - restringindo ou sucumbindo cada vez mais os direitos
básicos para a dignidade humana.
Enfim,
ficou hospitalizado por causa de algum acidente ou alguma doença, professora,
cuidado com os 45 dias, porque, chegando a 45 dias, os contratos dos
professores serão extintos. Ou seja, eles ficarão desempregados, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Encerrado o
Pequeno Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Como vice-líder do Partido Liberal, falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Pela ordem,
deputado Gil Diniz. É regimental. Vossa Excelência tem o prazo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PELO
ART. 82 - Obrigado, presidente. Presidente, prometo que é a última intervenção
aqui nesta tarde, mas não podia deixar de subir aqui para prestar condolências
aos familiares e amigos do ex-deputado Antonio Mentor, a todos os colegas de
partido.
Foi do Partido
dos Trabalhadores, trabalhava aqui na Assembleia Legislativa. Ontem foi o seu
velório aqui no Hall Monumental. Não conseguimos participar dos funerais, mas
deixo registrado aqui desta tribuna os nossos sentimentos.
Presidente,
também desejar aqui as condolências aos meus amigos do Instituto Plinio Corrêa
de Oliveira. Seu presidente, ou presidente de honra, fundador do IPCO,
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Adolpho Lindenberg, faleceu no último dia
dois. Adolpho Lindenberg foi arquiteto e engenheiro, formado no Mackenzie.
Tinha a sua construtora, que carregava o seu nome.
Primo e irmão
do professor Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP, Tradição, Família e
Propriedade. Sem dúvida nenhuma, o Sr. Adolpho Lindenberg marcou a construção
civil aqui na cidade e no estado de São Paulo, construções com a sua marca,
essa marca colonial, neoclássica. Então, eu deixo registrado aqui também.
Um senhor quase
que centenário, deputado Conte Lopes, 99 anos. Faleceu no último dia dois. No
dia três do próximo mês faria cem anos, e sem dúvida nenhuma ele deixa a sua
marca registrada, não só na construção civil, mas nesse movimento que foi a
Tradição, Família e Propriedade e agora o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.
Um católico
fervoroso, militante, um contrarrevolucionário, como nós dizemos nas fileiras
do IPCO. Alguém que sempre buscou na fé, na igreja, o seu mote de vida. Sem
dúvida nenhuma, que nossa senhora o tenha. Que ele esteja neste momento com
aquele que ele sempre buscou em vida, nosso senhor Jesus Cristo.
Então, deixo
aqui registrado as minhas condolências aos amigos e irmãos do Instituto Plinio
Corrêa de Oliveira, a todos os familiares e amigos do Sr. Adolpho Lederberg,
todos os seus funcionários. Quantas pessoas não foram impactadas com a obra de
Adolpho Lindenberg.
Estive no seu
velório, no seu sepultamento, no cemitério da Consolação, na última
sexta-feira, e alguns amigos ali relatavam as histórias dos seus familiares,
dos seus pais, dos seus entes também, as suas trajetórias de vida, que em algum
momento se cruzaram com a desse grande homem, esse grande exemplo de cidadão
que foi o engenheiro e arquiteto, o católico contrarrevolucionário Adolpho
Lindenberg.
Então, deixo
registrado aqui as minhas condolências mais uma vez.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, se houver
acordo aqui entre os líderes, levantar a presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Está levantada
a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 04
minutos.
*
* *