11 DE OUTUBRO DE 2023

119ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: REIS e CARLOS GIANNAZI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - REIS

Assume a Presidência e abre a sessão. Tece considerações acerca da campanha de conscientização Outubro Rosa.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - OSEIAS DE MADUREIRA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência. Critica o Governo do Estado de São Paulo por não elaborar o projeto das APDs.

        

6 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - REIS

Assume a Presidência.

        

8 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - PRESIDENTE REIS

Tece considerações sobre a sua visita ao Guarujá. Informa que solicitou uma CPI referente ao tiroteio em Paraisópolis, durante a campanha eleitoral do governador Tarcísio de Freitas.

        

10 - CAPITÃO TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CAPITÃO TELHADA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

13 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

14 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

15 - EDUARDO SUPLICY

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

16 - EDUARDO SUPLICY

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

17 - PRESIDENTE REIS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 16/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Reis.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Só para avisar que nós estamos no Outubro Rosa, mês de várias ações da Prefeitura, do estado, da sociedade civil, no combate ao câncer de mama, estendido ao câncer de ovário. Por isso, hoje, eu estou aqui com o “botton” do Outubro Rosa. Também tentei arrumar uma gravata, o mais próximo do rosa possível, Srs. Deputados.

Dando início ao Pequeno Expediente, quero chamar, para fazer uso da palavra, o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Reis, deputados e deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, eu quero dizer que a primeira emenda ao Orçamento de 2024, que foi publicada, é logicamente a Emenda nº 1. É a emenda que obriga o estado de São Paulo, o governo estadual, a devolver tudo aquilo que foi confiscado, roubado e assaltado dos aposentados e pensionistas, durante aproximadamente dois anos.

Refiro-me ao período do governo anterior, Doria/Rodrigo Garcia, com a aprovação da Reforma da Previdência, aprovada aqui em 2020, fruto da Reforma da Previdência de 2019, do ex-governo Bolsonaro, que autorizou os estados e municípios a cobrarem contribuição previdenciária de quem já estava aposentado, e ganhava abaixo do teto do INSS.

Então o que aconteceu? O governo Bolsonaro abriu as portas do inferno para que os municípios e os estados pudessem praticar esse verdadeiro crime contra os aposentados e pensionistas, que já estavam aposentados, já tinham contribuído com o seu regime previdenciário.

Mas, mesmo assim, aqui em São Paulo, imediatamente, em 2020, foi aprovada a reforma previdenciária do ex-governador Doria e, em seguida, no auge da pandemia, ele publicou o decreto confiscando as aposentadorias e pensões de todos os servidores e servidoras do estado de São Paulo que ganhavam abaixo do teto do INSS.

Nós fizemos uma intensa luta no estado de São Paulo, junto com os servidores, junto com as entidades, principalmente, junto com as twiteiras, e conseguimos reverter essa situação, aprovando um projeto de lei aqui na Assembleia Legislativa. Isso depois de muita luta. E o confisco foi revogado.

Porém, Sr. Presidente, agora nossa luta é para que seja devolvido o dinheiro confiscado. Então, a Emenda nº 1 que eu apresentei, que já está publicada - essa daqui que eu coloquei aqui no telão - é importante porque ela faz justiça com os aposentados e pensionistas.

Então peço já o apoio aqui de todos os 94 deputados e deputadas, para que nós possamos aprová-la e que ela integre esse Orçamento para 2024, que é um Orçamento de mais de 328 bilhões de reais. Então nós temos condições econômicas, orçamentárias, de devolver o que foi retirado dos aposentados e pensionistas durante esse período.

Lembrando que esse Orçamento, Sr. Presidente, destina mais de 65 bilhões de reais aos grandes grupos econômicos, na forma de isenções fiscais e benefícios fiscais. É um Orçamento que aumentou o pagamento da dívida pública, foi de 13 para 15 bilhões de reais.

Então, quer dizer, para pagar os grandes grupos econômicos tem dinheiro, para pagar a dívida pública que vai enriquecer ainda mais os especuladores da dívida pública, os bancos nacionais e internacionais, a gente tem dinheiro.

Agora, para pagar os servidores, para pagar o que foi roubado, porque isso foi um assalto à mão armada, Sr. Presidente, do ex-governador Doria contra os aposentados e pensionistas, então vai ter dinheiro, também, para devolver.

E não é muito, Sr. Presidente, nós temos o cálculo aproximado de 2 bilhões e 300 milhões de reais. Não vai fazer falta para os cofres do estado porque, como eu disse, o Orçamento é bilionário e prioriza outras áreas, que não são as áreas sociais.

Inclusive, ele reduz o investimento nas áreas sociais e a gente vai denunciar isso exaustivamente durante o debate, agora, do Orçamento, aqui na Assembleia Legislativa.

Então, Sr. Presidente, muito importante a aprovação dessa emenda. A Emenda nº 1 é uma forma de se fazer justiça com os aposentados e pensionistas.

E, ao mesmo tempo, nós temos a luta no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, com a PEC que foi apresentada pela deputada Luciene Cavalcante, do PSOL aqui de São Paulo, professora, supervisora de ensino, que revoga um dos artigos da Emenda no 103, que impôs a aprovação desse dispositivo que autoriza governos estaduais e municipais a confiscarem as aposentadorias e pensões, como acontece agora aqui na cidade de São Paulo.

O prefeito Ricardo Nunes está confiscando através do Sampaprev, Sr. Presidente. Lá nós temos luta também, em São Paulo, V. Exa. estava lá, há pouco tempo, ajudando nessa luta, votou contra o Sampaprev. Mas o Sampaprev também confisca 14% de todos os servidores aposentados, servidores e servidoras aposentados, da Prefeitura de São Paulo.

Lá nós temos a luta também, com o PDL 92, do vereador Celso Giannazi, que está tramitando e visa derrubar também o decreto do confisco do Ricardo Nunes.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputado Carlos Giannazi. Seguindo a lista de oradores, próximo orador, deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)

Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)

Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Deputado Marcos Damásio. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso. Entrando na lista suplementar, deputado Agente Federal Danilo Balas. (pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.

Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre presidente desta sessão, deputado Reis, deputado Carlos Giannazi, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, deputado Oseias, aqui no plenário. Queria saudar aqui os funcionários da Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, hoje eu trago aqui algumas informações em relação às emendas do Partido dos Trabalhadores para o estado de São Paulo. Nós sabemos que hoje o Partido dos Trabalhadores administra apenas quatro cidades: a cidade de Mauá, a cidade de Diadema, a cidade de Matão e a cidade de Araraquara.

Os nossos deputados federais, lá em Brasília, encaminharam para o estado de São Paulo - queria, Machado, que pudesse colocar aqui a apresentação - um total de 201 milhões. Esse é o montante que os nossos deputados federais encaminharam para o estado de São Paulo.

Desses 201 milhões de reais que foram encaminhados para o estado de São Paulo, foram 144 transferências do Ministério da Saúde para os fundos municipais e estadual da Saúde, emendas já pagas. Quarenta e nove cidades paulistas beneficiadas, incluindo a Capital. Foram 72 repasses para o estado de São Paulo, para custeio de serviço de atendimento hospitalar, ambulatorial e à população no Sistema de Saúde, o sistema SUS.

Nós temos aqui algumas cidades, totalizando 642 milhões e 250 mil reais. Para Americana, 650 mil; Amparo, 450 mil; Araraquara, um milhão e meio; Araras, 650 mil; Assis, 350 mil; Avaré, 650 mil; Barretos, um milhão e meio; Barueri, dois milhões e 100 mil; Bauru, 100 mil; Bragança Paulista 650 mil; Campinas, seis milhões; Caraguatatuba, um milhão e meio; Francisco Morato, 650 mil; Guaratinguetá, 350 mil; Guarujá, um milhão e meio; Guarulhos, dois milhões e 350 mil; Indaiatuba, um milhão e meio; Itápolis, 350 mil; Itupeva, 100 mil; Jacareí, um milhão e meio.

Jaú, um milhão e meio; Jundiaí, dois milhões e 100 mil; Limeira, um milhão e 500 mil; Lins, 650 mil; Marília, um milhão e 750 mil; Mauá um milhão e meio; Mogi das Cruzes, um milhão e meio, Mogi Guaçu, 750 mil; Olímpia, 350 mil; Ourinhos, um milhão e meio; Penápolis, 650 mil; Pindamonhangaba, 650 mil; Piracicaba, três milhões; Pirassununga 350 mil; Ribeirão Preto, dois milhões e 150 mil; Rio Claro, 650 mil; Santa Isabel, 350 mil; Santo André, três milhões e  150 mil.

Santos, um milhão e meio; São Bernardo do Campo, dois milhões e 200 mil; São Carlos, um milhão e meio; São João da Boa Vista, 650 mil; São José do Rio Preto, dois milhões e 100 mil; São José dos Campos, três milhões e meio; Sorocaba, dois milhões e 150 mil; Suzano, 350 mil; Taubaté, um milhão e meio; Valinhos, 350 mil; São Paulo, Capital, 10 milhões, 449... Quase dez milhões e meio.

E também o estado de São Paulo recebeu 125 milhões e 809; mais os 10 milhões para a Capital e mais de 64 milhões distribuídos nas diversas cidades do estado de São Paulo, totalizou 201,4 milhões de reais.

Então, essas são as emendas dos deputados federais encaminhadas para o estado de São Paulo. É importante que a gente tenha uma dimensão. Isso só para a área da Saúde. Só para a área da Saúde. Então, esses são os deputados federais do Partido dos Trabalhadores ajudando a Saúde no estado de São Paulo.

Muitas vezes, a gente ouve falar: “Ah, mas o que o PT encaminha para as cidades?” Lembrando: o Partido dos Trabalhadores administra quatro cidades no estado de São Paulo. São 645 municípios. Mandamos emendas para a maioria dos municípios do estado de São Paulo terem uma estrutura de Saúde estruturada. Então, essa é a nossa parte, a nossa contribuição para ajudar o estado de São Paulo.

Essa é a parte só de emendas parlamentares dos deputados federais. Nós mandamos 144 milhões para cirurgias eletivas. O governo federal tem mandado muito recurso para os hospitais diretamente, fundo a fundo, para as prefeituras.

Então, é importante. Vamos trazer aqui todas as informações referentes a quanto o Partido dos Trabalhadores está ajudando na Saúde do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de oradores, o próximo orador é o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Oseias de Madureira. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, caros colegas, deputadas e deputados, boa tarde. Hoje eu me dirijo a esta Casa, como deputado estadual comprometido com os valores evangélicos, para falar sobre um assunto que tem ocupado os corações e mentes de pessoas em todo o mundo: a guerra em Israel.

Primeiramente, gostaria de destacar que os eventos no Oriente Médio são profundamente preocupantes e dolorosos para todos aqueles que valorizam a paz e a justiça. Como evangélico, somos chamados a orar pela paz em Jerusalém, conforme nos ensina a Bíblia, em Salmo 122:6: “Orai pela paz de Jerusalém e vão prosperar aqueles que te amam”.

Entendemos que essa é uma situação complexa, com raízes históricas profundas e de tensões duradouras. No entanto, nossa fé nos ensina a buscar a paz, a reconciliação e a justiça e a condenar a violência e a destruição. O sofrimento humano, independentemente da nacionalidade ou religião, nos toca profundamente e devemos expressar a nossa solidariedade às vítimas inocentes desse terrível conflito.

É importante lembrar que, como cristãos, somos chamados a amar nossos vizinhos, a buscar a paz, a apoiar os esforços diplomáticos e humanitários e a buscar maneiras de contribuir para um mundo mais pacífico. Entretanto, não vamos equiparar a legitimidade política e histórica de Israel a grupos criminosos, sanguinários e terroristas.

Devemos lembrar também que Israel é um lugar de profundo significado espiritual. Como está escrito na Bíblia, em Gênesis, 12:3: “Deus prometeu a Abraão: ‘Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem’”. Portanto, devemos ser cuidadosos em nossas abordagens e buscar maneiras de apoiar os esforços pela paz em todo o território, quer seja nacional ou fora do nosso país.

Nesse sentido, não tenho dúvidas de que, onde houver uma igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério de Madureira, ali haverá um clamor em prol da paz entre as nações e pela prosperidade de Israel. Este é o mandamento do nosso Deus e também uma orientação do nosso líder e presidente bispo Samuel Ferreira e bispa Keila Ferreira.

Ouso dizer, também, que onde houver uma igreja evangélica todos estão se unindo e clamando pela paz em Israel. Nossos corações se entristecem ao ver vidas sendo perdidas, famílias deslocadas e comunidades destruídas. Além disso, é importante reconhecer que esse conflito tem ramificações globais e afeta as comunidades em nossos próprios estados.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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Gostaria de reiterar a importância de orar pela paz em Jerusalém e em toda a região do Oriente Médio. Devemos lembrar que, como cristãos, somos chamados a ser pacificadores e a buscar a justiça.

Que possamos continuar a trabalhar juntos para promover a paz, a reconciliação e a compreensão entre todas as pessoas. Que Deus abençoe a todos nós e que possamos ser instrumentos de paz e esperança em um mundo cheio de desafios e conflitos. Que Deus abençoe Israel.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente e na lista suplementar, com a palavra o deputado Reis. Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna eu quero mais uma vez aqui da Presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo cobrar o envio do PLC das APDs.

O governo prometeu, o secretário Renato Feder, dono da Multilaser, prometeu inúmeras vezes, deputado Reis, encaminhar o projeto para flexibilizar as APDs, as Atividades Pedagógicas Diferenciadas. Porém, até agora, hoje é dia 11 de outubro, 14 horas e 22 minutos, e o PLC não foi ainda protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo.

E com isso os professores e as professoras estão sofrendo nas nossas escolas, sendo vítimas de um verdadeiro, também, terrorismo psicológico, Sr. Presidente, porque as APDs estão massacrando o Magistério estadual. Por isso que é importante que o projeto seja encaminhado e que nós possamos votar em Regime de Urgência.

Muito obrigado.

Com a palavra o deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT – Quero cumprimentar o presidente Carlos Giannazi, o deputado Major Mecca, o deputado Suplicy, o deputado Oseias de Madureira, o público presente, os funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica e, também, todos que nos acompanham pela Rede Alesp.

Presidente Carlos Giannazi, quero dar conhecimento a todos, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lança hoje o Plano de Ação na Segurança, o PAS, e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci.

O evento está sendo na arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife, e reúne prefeitos, ministros, deputados estaduais, deputados federais.

A agenda inclui a entrega simbólica de 22 viaturas, para reforço da Patrulha Maria da Penha e policiamento ostensivo, e entrega de equipamentos e veículos para o sistema penitenciário.

Também há a autorização para a construção de uma Casa da Mulher Brasileira, no valor de R$ 16 milhões, e a formalização do repasse dos valores do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Operação Escola Segura, que, juntos, somam R$ 41 milhões.

Oito municípios são os primeiros beneficiados: Altinho, Camaragibe, Camocim de São Félix, Caruaru, Igarassu, Olinda, Recife e Serra Talhada.

Na verdade, eu quero falar, também, do trabalho do ministro Flávio Dino, um excelente trabalho à frente do Ministério da Justiça.

Mas eu quero aqui, presidente Giannazi, reforçar que mesmo com todo esse trabalho, com a eficiência que tem o ministro Flávio Dino, com as respostas que ele tem dado todas as vezes que ele foi chamado ao Congresso, chamado à Câmara dos Deputados, chamado ao Senado Federal, mas nós temos que cobrar do presidente Lula que se crie o Ministério da Segurança Pública.

O Ministério da Segurança Pública fez parte do programa de governo na campanha eleitoral e, depois que o presidente assumiu, tomou posse, acabou ali o Flávio Dino convencendo o presidente de que a pasta da Segurança Pública deveria ficar junto com a Justiça.

E por tudo que a gente vem acompanhando e que vem acontecendo no País, é importante um Ministério da Segurança Pública para entregar, interagir, integralizar as ações de Segurança Pública em todo o País, no combate ao crime organizado, em investimentos nas polícias.

E, principalmente, a gente não pode, de forma alguma, tolerar o que aconteceu no Rio de Janeiro com a morte daqueles médicos brutalmente assassinados, e que depois os assassinos também assassinados por ordem do próprio crime organizado.

Em um Estado Democrático onde impera a lei, isso não pode acontecer. Se nós defendemos que o direito à vida é inviolável, é inalienável, como pode o crime agora fazer o seu tribunal e decidir quem vive e quem morre?

Então há, sim, necessidade de que tenhamos o Ministério da Segurança Pública, de que tenhamos um ministério que possa atuar contando com toda a tecnologia disponível para mapear o crime.

É preciso ter pessoal altamente especializado e comprometido, de total confiança do Estado brasileiro, capaz de se responsabilizar pelas fronteiras, por exemplo, capaz de atuar no combate aos criminosos que instalam seus negócios nas comunidades. É necessário que o País tenha uma força que oriente a ação das polícias nos estados, a partir de dados e do serviço de rastreamento da ação organizada dos criminosos.

Hoje vemos a criminalidade aumentando nos centros urbanos, nos extremos do País. Vemos criminosos quase se apossarem da Amazônia, enquanto outras vertentes se abancam nos morros do Rio de Janeiro, no Guarujá e outras cidades. Por isso, precisamos de uma estrutura especializada para fazer frente a esses núcleos que disseminam o crime.

O Flávio Dino é um excelente ministro, ele responde muito bem, ele conhece muito bem a Bíblia, volta e meia ele já se defende, defende as questões falando sobre um versículo da Bíblia. Mas isso não é suficiente para combater o crime organizado. Nós queremos que o governo federal institua, crie o Ministério da Segurança Pública. Fez parte do seu programa de governo na campanha eleitoral e isso tem que se materializar.

Por isso, Sr. Presidente, eu peço, inclusive, que V. Exa. encaminhe as notas taquigráficas, encaminhe essa minha fala ao Sr. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - As notas taquigráficas serão enviadas ao presidente da República, atendendo a sua solicitação. Com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca, que fará uso regimental da tribuna.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. e Sras. deputados.

A verdade, deputado Reis, é que nós não podemos ser condescendentes com grupos criminosos, com grupos terroristas, a exemplo do que o mundo vem acompanhando e assistindo. O terror implantado pelo grupo extremista Hamas é o que nós temos que acabar.

Crime, terrorismo, não se combate com flores. O crime, o terrorismo, se combate com homens que representam a lei, bem armados, bem treinados, como é o que vai acontecer agora com o grupo Hamas em relação às forças de Israel. Podem esperar. Israel acabará com o grupo Hamas, porque é um grupo terrorista, muito diferente do que são os palestinos que buscam a paz. Eu falei hoje, na Comissão de Direitos Humanos, quando arde a barba do vizinho, nós temos que colocar a nossa de molho.

O Brasil compactua e é condescendente com facção criminosa. Por que os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas acham que o nosso povo diariamente tem que conviver com morte de médicos, como aconteceu no Rio de Janeiro.

Os médicos, que serviam aqui no Hospital das Clínicas, que foram participar de um curso no Rio de Janeiro, foram executados, reunidos durante uma noite, para conversar e se recompor para o dia seguinte de trabalho. Foram executados por integrantes de facção criminosa. Por que isso acontece?

Porque, Sr. Presidente, e eu gostaria que as notas taquigráficas da minha fala também fossem enviadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque o seu partido, Sr. Presidente, o PT, é condescendente com facções criminosas.

É porque o seu partido, presidente Lula, afaga a cabeça de bandido. É porque os senhores permitiram que o crime organizado ocupasse territórios não só aqui em São Paulo, mas em todos os demais estados, a exemplo do Rio de Janeiro.

Por que o ministro da Justiça e Segurança Pública, o ministro Flávio Dino, adentra sozinho dentro de um território controlado pelo crime organizado, quando nós, policiais, deputado Reis, sabemos que ninguém entra em uma área dessas se não for com autorização dos traficantes, que no Brasil são terroristas criminais, que subjugam a nossa população de bem, quando eu citei hoje na Comissão, o governador Tarcísio de Freitas foi recebido a tiros de fuzil dentro de Paraisópolis.

Eu digo, porque eu conheço a comunidade de Paraisópolis, como inúmeras outras em São Paulo, que são formadas por mais de 95% de pessoas de bem, pessoas que são reféns do crime organizado.

O que acontece quando a polícia adentra em um território desses para combater o crime e defender o cidadão de bem? Descem os deputados do PT e do PSOL, como aconteceu lá no Guarujá, para defender bandido, para passar a mão na cabeça de bandido. Cadê que a Rede Globo, que colocou um repórter escondido dentro da comunidade, conseguiu mostrar algum abuso de policial lá na comunidade?

Não conseguiu mostrar. Mostrou os criminosos empunhando fuzil e pistola andando dentro da comunidade, filmaram e mostraram? Não filmaram e não mostraram. Por quê?

Porque são condescendentes com o crime. E nós não podemos permitir, porque quem paga por essa condescendência são as pessoas de bem, os trabalhadores. Eu, como deputado estadual representante do povo de bem, tenho que chamar a atenção dos deputados desta Casa.

Não podemos ser condescendentes com facção criminosa.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Carlos Mecca, com todo respeito ao seu discurso, mas eu estive lá no Guarujá e eu entrevistei umas 30 famílias lá e não eram bandidos não, viu. Eram pessoas trabalhadoras e do bem.

A questão de Paraisópolis, eu propus uma CPI para a gente apurar a verdade real, mas a base do governo não deixou que a CPI pudesse ganhar vida nesta Casa, né.

Então eu defiro o pedido de V. Exa., que é encaminhar as notas taquigráficas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva da sua fala, mas gostaria de deixar essas considerações com relação... Porque eu sou um deputado do PT e eu fui até o Guarujá. Mas as pessoas que eu conversei lá eram pessoas, eram famílias. Não se tratava de bandidos não.

Seguindo a lista dos oradores, o próximo orador, o senador Eduardo Suplicy. Suplicy, só... Foi um erro aqui na lista, que estava riscado aqui. Não, seguindo aqui, voltando aqui a lista é a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) E deputado Capitão Telhada.

Aí depois do deputado Capitão Telhada é Vossa Excelência, Suplicy.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Uma excelente tarde a todos que nos acompanham pela Rede Alesp, pela galeria da Assembleia Legislativa, a todos os deputados. Nesta quarta-feira, véspera de feriado, cá estamos cumprindo com o nosso dever como legisladores.

E não poderia deixar de trazer à público nossa missão em Brasília, ontem, oficialmente representando a Assembleia Legislativa, estivemos no lançamento da Frente Parlamentar pela Defesa da Segurança Privada, para trazer esse assunto com maior visibilidade: as demandas, as necessidades, as dores, a regulamentação da carreira dos nossos seguranças privados, dos nossos vigias, controladores de acesso, vigilantes, aqueles que fazem a escolta de valores, o transporte de valores, a escolta de carga.

Então eu gostaria de colocar uma fotografia aqui, ao lado do meu pai, ao lado do deputado federal Coronel Telhada, ontem, em Brasília, nesse lançamento da frente parlamentar - que foi um sucesso -, com a presença da Fenavist - que é a Federação das Empresas de Transporte de Valores, Escolta de Carga e Segurança Privada -, para defender não só o assunto Segurança Pública mas também a segurança privada.

Até porque trata-se de um sistema onde tem um segurança privado, onde tem um vigilante, onde tem uma pessoa lá fazendo seu serviço, acompanhando e realizando a segurança de um patrimônio, ou de uma vida; ali o local está seguro. Não precisa de um policial militar, não precisa de um policial civil, de um guarda civil metropolitano, porque ali já está seguro.

Então é um sistema de forças de segurança. Então é um tema importantíssimo. E já propus ao deputado federal Coronel Telhada que um segundo fórum, futuramente, seja realizado aqui em São Paulo - quem sabe até nos espaços da nossa Assembleia Legislativa - para discutir esse assunto, para trazer à tona. E podem ter certeza que todos serão convidados a estarem participando conosco.

E, também, eu gostaria de trazer nesta tarde o nosso repúdio total, a nossa indignação ao que nós temos assistido de agruras, o que nós temos assistido com total repulsa como ser humano, o que vem acontecendo no Oriente Médio, o que vem acontecendo no Estado de Israel, na Faixa de Gaza.

Um grupo terrorista, Hamas. Sim, terrorista. Não são manifestantes, não são militantes, não são combatentes. Aqueles desgraçados ali são terroristas que invadiram casas e assassinaram pessoas dormindo, embaixo da cama, tentando se esconder, em seu veículo pessoal.

Pessoas civis, crianças, bebês, adultos, homens, mulheres, deficientes físicos sem chance nenhuma de defesa, sem a mínima possibilidade de lutar. Eles não estavam combatendo forças policiais ou forças militares, eles estavam executando, sequestrando, estuprando, violentando, cortando a cabeça de judeus, de cidadãos israelenses e não somente cidadãos de Israel.

Eles atacaram a humanidade, porque quando eles vão a um show musical, a uma rave e fazem disparos a esmo, levando a óbito 260 pessoas, eles estão matando qualquer um que pintasse na frente. E ali morreram brasileiros, morreram americanos, morreram judeus, israelenses e diversas outras pessoas de outras nacionalidades.

Então o nosso repúdio é total a esse tipo de atitude, não só o terrorismo, porque é claro, é fácil se indignar com o terrorismo, só que não é tão fácil as pessoas assumirem isso, por incrível que pareça, não é tão fácil para as pessoas, inclusive deputados, principalmente de esquerda.

E isso nós temos visto nos discursos, nós temos visto isso nas colocações de rede social, muitos parlamentares, inclusive autoridades do Poder Executivo, ministros, funcionários de casas legislativas tendo uma dificuldade enorme de assumir e de falar claramente que aquelas pessoas são terroristas. Qual é a dificuldade?

Porque para eles terroristas são aqueles que estavam lá oito de janeiro em frente ao Congresso Nacional. Aqueles lá eram terroristas para vocês? Aqueles eram manifestantes, terroristas são esses caras que entram com uma AK-47 dentro de uma casa e enchem de tiro a cara de uma pessoa dormindo. Isso é terrorista. Vocês têm que aprender o que é terrorismo, porque é muito fácil, é muito fácil.

Vocês têm dificuldade e falta de vergonha na cara para assumir algo desse tipo. Quem passa pano para terrorista já tomou o lado da briga faz muito tempo. A mídia que passa pano para terrorista, que coloca nas notícias como militante, como combatente, já escolheu o seu lado. E eu digo pra vocês, esse lado não é o lado do bem.

Quem está passando pano para terrorista do Hamas, fazendo lá o que está fazendo, com centenas de sequestrados agora, pode ter certeza que essas pessoas sequestradas estão sofrendo os piores tipos de tortura imagináveis no mundo, que nem os nazistas fizeram, nem os alemães nazistas fizeram isso, cortar a cabeça de nenê, de recém-nascido. E esses extremistas religiosos estão fazendo.

Eles não fazem isso só com o povo de Israel. Eles fazem isso com o próprio povo palestino, que também sofre na mão desses terroristas, desses religiosos extremos, desses que não têm tolerância com a liberdade religiosa e querem acabar com o outro povo, querem exterminar, é esse o objetivo deles. Não é uma briga por um estado, por uma libertação, não é uma briga geopolítica, é uma briga religiosa, de exterminar o outro.

Nós não podemos aceitar ou relativizar isso. Inclusive, presidente, para encerrar, eu quero levar a público que eu apresentei na segunda-feira, dia nove de outubro, uma moção de repúdio a tudo isso que eu disse sobre o grupo Hamas, contra esses terroristas. Assim como eu, outros deputados o fizeram depois.

Eu espero que a Assembleia Legislativa rapidamente tramite essas moções de repúdio contra o grupo terrorista e a gente se posicione de maneira exemplar no Brasil, repudiando e tornando isso público, essa manifestação pública em relação ao que nós pensamos.

Deixo a solicitação para o nosso presidente André do Prado, que é uma pessoa que tem essa sensibilidade, e que nas comissões em que essas moções forem apresentadas na semana que vem, rapidamente elas tramitem e seja colocado bem claro o pensamento da Assembleia Legislativa paulista, que não aceita terrorismo, que não aceita morte dessa maneira que nós estamos vendo lá no Oriente Médio.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a Lista Suplementar, próximo orador é o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Reis, deputado Capitão Telhada, deputado Paulo Fiorilo, nosso líder, queridas deputadas e queridos deputados, eu venho aqui registrar o apelo do presidente Lula em defesa das crianças palestinas e israelenses.

Diz o presidente Lula em pronunciamento hoje divulgado: “Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim a mais grave violação dos direitos humanos no conflito do Oriente Médio. Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo.

É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra.

É urgente uma intervenção humanitária internacional, é urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito, e continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos do mundo” - Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil.

Considero muito importante essa manifestação do presidente Lula, porque não podemos mais aceitar essa guerra terrível, assim como aquela que também acontece entre a Rússia e a Ucrânia.

É preciso que o nosso planeta Terra viva em paz, que as nações venham a se entender melhor, que os seus líderes representantes possam melhor se entender e colocar em prática aquelas ações que significam a realização da justiça para todos e, consequentemente, da paz. 

Quero também hoje assinalar uma informação importante divulgada pela Unicef: o analfabetismo infantil dobrou no Brasil entre 2019 e 2022. Apesar da queda na quantidade de crianças vivendo na pobreza no Brasil, o analfabetismo segue crescendo no País. O percentual de meninos e meninas vivendo na pobreza caiu cerca de três pontos percentuais entre 2019 e 2022.

No mesmo período, a proporção de crianças de até sete anos que não sabem ler e escrever dobrou, subindo de 20 para 40 por cento. Os dados estão no novo relatório de pobreza multidimensional da infância e adolescência no Brasil, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, a Unicef.

O estudo analisou como a pobreza afeta, de diferentes formas, as crianças e os adolescentes brasileiros, a chamada pobreza multidimensional. Mesmo com a diminuição observada, quase 32 milhões de jovens são privados de um ou mais direitos. Santiago Varella, especialista em políticas sociais da Unicef, alerta para o impacto da pobreza na formação.

A pobreza na infância e na adolescência vai além da renda, precisa ser olhada em suas múltiplas dimensões. Estar fora da escola ou sem aprender, viver em moradias precárias, não ter acesso à renda, à água e ao saneamento, não ter uma alimentação adequada e não ter acesso à informação são privações que fazem com que crianças e adolescentes estejam na pobreza multidimensional.

Além da Educação, o relatório também mapeou o acesso à moradia, água e saneamento básico. Trinta e sete por cento das crianças e adolescentes ainda não tinham acesso a esse direito em 2022, contra 39,5% em 2019. Apesar da melhora em alguns índices, o estudo expõe os desafios ainda encontrados na universalização de acesso a direitos básicos no Brasil.

O levantamento destaca, por fim, as diferenças regionais com relação à pobreza no país. Norte e nordeste apresentam os maiores índices de meninas e meninos privados de um ou mais direitos. A Pnad enfatiza a necessidade de ações coordenadas e urgentes para garantir que cada criança e adolescente tenha acesso pleno aos seus direitos no Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Próximo orador, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Presidente, uma comunicação, enquanto o deputado se dirige à tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pode falar. Dois minutos tem V. Exa., deputado Telhada.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado. Três lembranças aqui. Primeiro, parabenizar os guardas civis metropolitanos, por mais um aniversário, completaram em 10 de outubro. Então, a todos os guardas civis principalmente, parabéns pela função que vocês exercem em todo o Brasil, em todos os municípios.

Parabéns pela luta que vocês vêm travando em Brasília pela regulamentação da carreira e pelo avanço das diversas demandas que vocês têm, principalmente, por um estatuto justo, por uma aposentadoria especial e pelo ingresso no rol taxativo do Art. 144. Podem ter certeza que, no que depender do nosso apoio, vocês estarão amparados.

Quero parabenizar também o meu pai, o Coronel Telhada, por estar completando 62 anos de idade. Já é um guerreiro sexagenário, mas é um grande exemplo de pai, de marido, de profissional, policial e político que eu tenho. O maior na minha vida. O maior exemplo que eu tenho na minha vida. Parabéns, pai, pelo seu aniversário.

Nesse um minuto, Sr. Presidente, falar aqui que nós temos uma frente parlamentar aqui nesta Casa que trata do assunto da segurança escolar. Ontem, nós tivemos mais um atentado no Brasil em escola.

Lá em Poços de Caldas, um menino de 14 anos, um agressor de 14 anos, invadiu às 17 horas, final do período escolar, a escola e esfaqueou alunos, adolescentes. Um morreu - infelizmente, um veio a óbito -, outros três feridos.

Então, demonstra a importância da discussão que nós temos aqui na nossa frente parlamentar, procurando criar protocolos de segurança para o ambiente escolar: para o professor, para o diretor, para o funcionário e para os alunos. Lembrando que protocolos que todos devem conhecer. Todos devem saber como agir diante de uma crise.

Mais importante de tudo, mais importante do que porta com detector de metais, mais importante do que botão do pânico, mais importante do que câmera, é ter um segurança, é ter uma pessoa no ambiente escolar responsável por cuidar do ambiente.

Não precisa ser um policial, não precisa ser um guarda, não precisa ser alguém fardado; que seja alguém da segurança privada, alguém da Secretaria da Educação treinado para aquilo, mas tem que ter um ser humano, uma pessoa.

Não adianta só a tecnologia, tem que ter uma pessoa no ambiente escolar que saiba fazer frente ao mal que se apresenta, igual a esse garoto de 14 anos que chegou com uma faca, esfaqueou e matou quatro adolescentes. Ele matou um e esfaqueou três, feridos.

Se tivesse alguém preparado lá, faria frente a ele, enfrentaria e não deixaria ele causar a morte de mais uma pessoa inocente. Essa é a nossa briga e essa está sendo a apresentação, a propositura da nossa frente parlamentar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, na véspera do Dia das Crianças, que é amanhã, hoje é dia 11, amanhã é dia 12, Dia das Crianças, e, também, praticamente, na véspera do Dia do Professor e da Professora, dia 15 de outubro, que vai ser no próximo domingo, nós assistimos mais um crime, mais um ataque, citado aqui pelo deputado Telhada, a uma escola do Brasil, agora em Minas Gerais, em Poços de Caldas.

É grave essa situação. Nós estamos vivendo, na verdade, no Brasil, uma verdadeira guerra contra as escolas, contra a Educação brasileira. Esse já é o quarto ataque com mortes no Brasil.

É importante que os governos, que as autoridades continuem fazendo uma operação de investigação e de banimento, na internet, de posts, de cards que estão incentivando esses jovens, esses adolescentes a entrarem armados nas escolas.

Nós temos, na internet, muitos sites, muitas páginas, muitos comentários; a internet virou um pântano onde se estimula essa intolerância e essa violência, sobretudo de grupos nazifascistas, que estão estimulando esse tipo de ataque.

Não é à toa que muitos desses assassinos, dessas pessoas que matam, que atacam as nossas professoras e os nossos alunos estão acompanhando essas mensagens e são estimuladas por esses grupos.

E esse caso é um caso gravíssimo, Sr. Presidente, porque uma criança foi morta; uma criança matando uma outra criança e ferindo mais três. Na verdade, um adolescente matando um adolescente e ferindo mais outros três adolescentes. Isso na Escola Dom Bosco, que é uma escola particular, uma escola privada de Poços de Caldas.

Agora, eu queria chamar a atenção, Sr. Presidente, porque, olha, aqui em São Paulo, por exemplo, o governador Tarcísio acabou de vetar um projeto de lei que obrigava o estado a cumprir a lei federal que obriga a Secretaria da Educação a manter atendimento psicológico, a ter psicólogos nas nossas escolas, ou nas nossas diretorias de ensino, de tal forma que os nossos alunos tenham acesso ao tratamento, ao atendimento psicológico.

É a terceira vez que o governo estadual veta um projeto aprovado aqui na Assembleia Legislativa instituindo a obrigatoriedade da presença do psicólogo ou do atendimento psicológico aos nossos alunos. Isso é fundamental - que nós tenhamos atendimento psicológico na rede estadual de ensino. Então, pela terceira vez no estado de São Paulo há veto.

Mas olha, eu digo que já há uma lei federal que obriga o estado a manter esse tipo de atendimento, e também na área da Assistência Social. A lei federal foi aprovada em 2019, no Congresso Nacional; o projeto lá foi vetado pelo ex-presidente Bolsonaro, mas o Congresso derrubou o veto.

A Assembleia Legislativa tem que derrubar esses vetos também. A presença do psicólogo é importante, do assistente social, como determina a lei federal.

E faltam funcionários nas escolas estaduais, faltam agentes de organização escolar. Tem concurso aberto. Teve um concurso, Sr. Presidente, inclusive, em que os servidores foram chamados, escolheram, fizeram exame médico, mas até agora não foram nomeados pelo governo estadual.

Um absurdo essa omissão do governo. A escola da Vila Sônia, deputado Suplicy, que teve a nossa colega professora esfaqueada e morta... Eu fui no dia do atentado que aconteceu e conversei com as professoras.

Elas me disseram que é uma escola PEI, do Programa de Ensino Integral, e a escola só tinha três servidores, três agentes de organização escolar. E esse é o quadro, é a fotografia da rede estadual de ensino: faltam servidores do quadro de apoio escolar, que são, inclusive, extremamente mal remunerados, têm os piores salários, talvez, do estado de São Paulo, e um dos piores do Brasil, porque não são valorizados. Eles são profissionais da Educação, deveriam ser valorizados também, Sr. Presidente.

Então, é grave a situação. Eu não sei por que esses governos têm medo dos psicólogos, seja o governo Tarcísio, o governo do PSDB, o governo Bolsonaro. Eles temem os psicólogos; eu não sei qual é o medo de um psicólogo numa escola. Porque os governos vetam. E a lei, mesmo aprovada, não é implantada.

Então essas medidas são fundamentais, Sr. Presidente, para que nós possamos avançar no combate à violência contra as escolas.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, antes de eu terminar, eu gostaria de fazer um pronunciamento, pelo Art. 82 do Regimento Interno, se V. Exa. me permitir.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental. Eu vou encerrar então o Pequeno Expediente. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Eu gostaria, em seguida, de também pedir pelo Art. 82, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, eu quero ainda fazer uma gravíssima denúncia. Estou recebendo relatos de professores e das professoras da rede estadual, de uma possível censura, pela Secretaria da Educação, na internet das escolas estaduais.

Eles estão reclamando que não estão conseguindo acessar alguns canais, para ilustrar as aulas, para fazer pesquisa de canais no Youtube, por exemplo, que são mais críticos, mais, eu diria, progressistas. Nem estou falando de esquerda, não. Progressistas, que defendem o processo civilizatório, republicano.

Os professores estão reclamando bastante que eles não conseguem acessar, que os conteúdos desses canais ficam indisponíveis na escola. Mas, quando ele abre na sua casa, no seu computador, ou mesmo no celular, na sua linha particular, privada, na própria escola, daí abre para ele.

Mas, se ele pretende colocar numa aula, para o aluno, para ilustrar uma aula... Que isso é comum, os professores utilizam trechos de documentários, de reportagens, para ilustrar as suas aulas, em todas as disciplinas. Aí esses canais não abrem, ficam indisponíveis. Por exemplo, vamos colocar alguns aqui, Sr. Presidente.

Esse é um documentário da BBC. Não vamos colocar ele todo, mas só a capa dele. Olhem, documentário BCC. BBC, gente! É a representante da BBC de Londres aqui no Brasil. Logo, não é comunista, não é socialista. Esse documentário da BBC de Londres, da BBC Brasil, sobre o dia 8 de janeiro, não é aberto.

O professor não consegue colocar as cenas. Aí sim, um ato de terrorismo contra a democracia, contra a República, contra o povo brasileiro, que aconteceu no dia oito. É a tentativa de um golpe, orquestrado pelos apoiadores do ex-presidente, inelegível, Bolsonaro.

Então esse documentário da BBC, “8 de Janeiro”, ele não abre. O professor tenta abrir para ilustrar, mostrar para o aluno, professor de História, de Geografia, de Sociologia, ele não consegue abrir. Tem mais um outro, por exemplo, que é, olha só, sobre a Lei Maria da Penha. A Lei Maria da Penha, nem isso o professor consegue abrir.

Aqui é um depoimento da própria Maria da Penha, falando da história dela, história de vida, como que foi depois produzida, elaborada e aprovada a famosa Lei Maria da Penha.

É uma lei importante, e sobretudo é a história dessa pessoa, que é uma heroína brasileira, que tem que ser homenageada, exaustivamente, em todo o Brasil e no mundo. Então esse daí não abre também.

Se V. Exa. estiver numa escola, e usar a internet da escola, não abre. Se a pessoa coloca ali “Maria da Penha”, ou se colocar “8 de Janeiro”, vai abrir o quê? Vai abrir a Jovem Pan. A Jovem Pan abre lá, no Youtube do estado, a CNN abre, mas não abre a BBC Brasil. Por que será que abre a Jovem Pan e a CNN, e outros?

É muito estranho. E aí fica assim: “vídeo indisponível”, nesses canais que eu citei aqui, progressistas, críticos, que levam o aluno ao pensamento, que são mais imparciais. Então isso significa censura prévia da Seduc, da Secretaria da Educação, dos conteúdos. Olha a que ponto nós chegamos aqui em São Paulo.

O governo bolsotucano, me parece, todos os indícios levam a acreditar nisso, que eles estão censurando os nossos professores e as nossas professoras, para que os alunos não tenham acesso a conteúdos críticos.

Eles querem manipular até isso, Sr. Presidente. Já não basta a portaria que obriga o diretor a entrar na sala de aula e vigiar, a patrulhar, a policiar os professores, preenchendo relatórios, entregando para as Diretorias de Ensino. Portaria do Feder, do dono da Multilaser.

Isso é patrulha. Nem a ditadura militar fez isso dessa maneira, porque a ditadura militar, ela colocava um agente do Dops, um agente policial, para fiscalizar as aulas, ali, infiltrado.

É o que fazia a ditadura militar. Ela não colocava o diretor para vigiar o professor, colocava o policial ali, muitas vezes disfarçado, em uma faculdade, até mesmo em uma escola de Ensino Médio, Sr. Presidente.

Agora, esse governo do Tarcísio inovou. Ele coloca o diretor, e agora o supervisor de ensino também está sendo orientado a entrar. Então é o diretor para fiscalizar, e eles não querem.

O diretor tem mais o que fazer em uma escola, Sr. Presidente. Eu sou diretor de escola pública. Diretor tem muito trabalho para fazer. Não é função dele vigiar, patrulhar e policiar professores em sala de aula, muito menos o supervisor de ensino, que não tem que cumprir essa função também.

Mas, além disso, agora eles estão censurando, e nós vamos acionar aqui, Sr. Presidente, o Ministério Público, porque isso é grave, e é gravíssimo. Estamos recolhendo aqui várias denúncias de várias escolas, e vamos tomar providências, porque isso inclusive é crime. Censura no Brasil é crime.

Então, a Secretaria da Educação, além de vigiar e punir os professores, através dessa tentativa de obrigar diretores e supervisores a entrarem em sala de aula, agora também está censurando os canais mais críticos, mais progressistas, que têm compromisso com o processo civilizatório.

Eles estão aí e deixando lá “Jovem Pan”, “CNN”, e outros podem ser acionados. Talvez o “Universo Paralelo” também. Agora, esses outros canais não.

Então, nós vamos investigar e denunciar, Sr. Presidente, ao Ministério Público estadual, para que providências sejam tomadas.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - O próximo orador, pelo Art. 82, deputado Suplicy. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, o nosso líder, Paulo Fiorilo, deputado Reis, encaminhou para a nossa bancada uma nota para ser apreciada e aprovada por todos nós, e me autorizou que eu possa ler agora a nota da bancada pelo fim da violência entre israelenses e palestinos.

“A bancada de deputadas e deputados estaduais da Federação PT/PCdoB/PV na Assembleia Legislativa de São Paulo se soma as vozes que conclamam a construção imediata de um caminho de paz entre israelenses e palestinos.

Repudiamos os ataques terroristas a civis israelenses e, do mesmo modo, não compactuamos com a escalada de violência contra civis palestinos que vivem na Faixa de Gaza. A violência não é e nunca será resposta para conflitos de qualquer natureza.

Nossa posição de bancada corrobora o caminho apontado pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores, e também a posição do governo brasileiro em reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Há urgente e imediata necessidade de demarcação de dois estados, um israelense e um palestino, com autonomia territorial e de subsistência, ambos permitindo assim um caminho de paz para uma região que vive em constante conflito há décadas.

É chegada a hora de a comunidade internacional exigir o cumprimento dos acordos e convenções já estabelecidos, inclusive os tratados humanitários que impedem o bloqueio de um povo a bens essenciais, como água, comida e energia, mesmo em estado de guerra, como preconiza o direito internacional.

Do mesmo modo, conclamamos os líderes do Brasil e do mundo a somarem esforços pelo fim da escalada da violência e pela construção imediata de novos parâmetros que garantam território, paz e dignidade para os israelenses e palestinos.”

Assinam Paulo Fiorilo e os deputados e deputadas da Liderança da bancada da Federação PT/PCdoB/PV na Alesp.

Gostaria também, Sr. Presidente, de dar uma boa nova: o Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus, criador do Grameen Bank, do Banco do Vilarejo, em Bangladesh, estará visitando o Brasil na próxima semana.

Ele estará lançando o seu livro e fui convidado para ali estar, em 16 de outubro, às nove horas da manhã, no Teatro Santa Cruz, Rua Orobó, 277, Portão 11, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, quando haverá a comemoração do décimo aniversário da Escola de Negócios Sociais Muhammad Yunus.

Com muita alegria, ali estarei, pois, quando Muhammad Yunus esteve no Brasil, durante o tempo em que eu era senador, eu procurei assistir às suas palestras e vi como ele estimulou a expansão do microcrédito, tanto nas instituições oficiais, como o BNDES, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil, e também nas instituições privadas, como Itaú, Bradesco e tantas outras.

Então, quando eu era senador, em certa ocasião, fui convidado pelo professor Götz Werner, da Alemanha, para dar uma palestra na Karlsruhe University, em Karlsruhe, sobre o microcrédito e a renda básica de cidadania, junto com Muhammad Yunus, como instrumentos para erradicar a pobreza.

Na ocasião, Muhammad Yunus falou sobre a história do Grameen Bank e eu falei a respeito da lei que, como senador, tive a ocasião de ver aprovada pelo Congresso Nacional brasileiro.

Lá falamos para mais de 600 estudantes. Na ocasião, ele me convidou, assim como a Sra. Mônica Dallari, para visitar o Grameen Bank, em Dhaka. Fomos lá e pudemos ter uma excelente impressão de todos os avanços das experiências de microcrédito ali em Bangladesh.

Agora, estaremos muito felizes de encontrar Muhammad Yunus outra vez, na próxima segunda-feira, em São Paulo. Em seguida, Muhammad Yunus estará em Fortaleza e eu encaminhei para Muhammad Yunus uma carta que João Joaquim de Melo, criador do Banco Palmas, escreveu para Muhammad Yunus, convidando-o para visitar o Banco Palmas durante a próxima semana, em Fortaleza.

Eu tenho a certeza de que ele ficará muito feliz de conhecer de perto uma das mais formidáveis experiências no mundo do microcrédito.

Então, muito obrigado.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente, eu peço, com a concordância de todos os líderes, que haja o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo o acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão. Tenham todos uma boa tarde.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 15 minutos.

 

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