27 DE SETEMBRO DE 2023

39ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO

Secretaria: TENENTE COIMBRA e GIL DINIZ

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão. Coloca em discussão o PL 1246/23.

        

2 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta o vereador de São Paulo, Jorge Wilson Filho, presente neste plenário.

        

4 - DR. JORGE DO CARMO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

5 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Solicita verificação de presença.

        

6 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando constatado quórum.

        

7 - PAULO FIORILO

Discute o PL 1246/23.

        

8 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Discute o PL 1246/23.

        

9 - PAULO MANSUR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

10 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

11 - EDIANE MARIA

Discute o PL 1246/23.

        

12 - DONATO

Discute o PL 1246/23.

        

13 - TEONILIO BARBA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - SIMÃO PEDRO

Discute o PL 1246/23.

        

15 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a discussão e coloca em votação o substitutivo ao PL 1246/23, apresentado pelo congresso de comissões.

        

16 - PAULO FIORILO

Encaminha a votação do substitutivo ao PL 1246/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

17 - TEONILIO BARBA

Encaminha a votação do substitutivo ao PL 1246/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

18 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do substitutivo ao PL 1246/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

20 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta a vereadora de Espírito Santo do Pinhal, Francine Félix. Coloca em votação e declara aprovado o substitutivo ao PL 1246/23, restando prejudicado o projeto e as emendas.

        

22 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Solicita verificação de votação.

        

23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação pelo sistema eletrônico.

        

24 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Parabeniza o deputado Dr. Eduardo Nóbrega pelo aniversário.

        

26 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

27 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

28 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

29 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

30 - LEONARDO SIQUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.

        

31 - VALDOMIRO LOPES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

32 - LUCAS BOVE

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

33 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

34 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

        

35 - ATILA JACOMUSSI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Solidariedade.

        

36 - JORGE CARUSO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

37 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão. Convoca a Comissão de Constituição, Justiça e Redação para uma reunião extraordinária a realizar-se hoje, cinco minutos após o término desta sessão.

        

38 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

39 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Discussão e votação do Projeto de lei nº 1.246, de 2023, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Para discutir contra, o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Jorge Wilson.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Para uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Tem dois minutos Vossa Excelência.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Comunicar aqui a presença hoje do meu filho, Jorge Wilson Filho, vereador da cidade de São Paulo, visitando o nosso Parlamento, visitando esta Assembleia.

A gente fica muito orgulhoso e, como um pai coruja, quero aqui anunciar a presença dele em visita aqui a esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Seja sempre bem-vindo, Jorge Wilson Filho, honrando aí seu pai na vereança na nossa Capital.

Seja bem-vindo a esta Casa.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Com a anuência do orador, uma breve comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Sr. Presidente, eu quero aproveitar esta oportunidade para falar rapidamente de um evento importantíssimo que vai acontecer no próximo domingo, dia 1º de outubro de 2023.

Trata-se, Sr. Presidente, do processo de escolha das conselheiras e conselheiros tutelares de todo o Brasil, deputadas e deputados. E é importante que a sociedade saiba que os conselheiros e conselheiras são regidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - que é a Lei federal nº 8.069 - que em todas as cidades, no caso de São Paulo, em todos os distritos, tem conselheiras e conselheiros.

E é importante que a sociedade saiba que o papel da conselheira e do conselheiro é muito importante, porque o conselheiro vai requisitar, vai exigir dos poderes públicos, seja do social... Quando qualquer criança ou adolescente estiver tendo os seus direitos violados, os conselheiros e conselheiras são chamados na sociedade.

São remunerados, é bem verdade, mas têm um papel fundamental que é a escolha dos conselheiros e conselheiras no Brasil, no estado de São Paulo também, principalmente. Por isso eu quero conclamar e dizer de a importância de a gente poder participar desse processo.

Cada um sabe o seu candidato, a sua candidata que queira escolher, mas não deixar de fazer. Até porque, nós só estamos falando de um processo de escolha que é voluntário.

O eleitor não é obrigado a ir até a escola onde deve votar. Mas é importante, porque nós estamos falando da garantia de direitos da criança e do adolescente no nosso Brasil. E, por isso, eu quero dizer da importância desse processo para que cada um de nós e que cada um da sociedade possa participar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Uma verificação de presença.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Solicito ao deputado Coimbra, juntamente com o deputado Reis, que está aqui conosco, que façam a verificação de presença. O deputado Reis teve que se ausentar, então convido o deputado Gil Diniz para a verificação de presença.

 

* * *

 

- Verificação de presença.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado o quórum regimental, devolvo a palavra ao nobre deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, iniciamos agora um debate importante sobre dois projetos de lei, o primeiro é esse, mas a gente vai discutir um segundo, que trata da possibilidade do aumento de arrecadação para o estado de São Paulo. O deputado Vinicius Camarinha é o deputado que foi responsável pela relatoria dos projetos.

O PL nº 1.246, de 2003, que trata de alterações nos acréscimos punitivos e moratórios relacionados ao ICMS foi enviado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e foi publicado no “Diário Oficial” no dia 16 de agosto.

O governador solicitou a apreciação da propositura em caráter de urgência. No prazo regimental foram protocoladas sete emendas; uma delas, inclusive, acatada pelo relator, com a anuência da Secretaria de Finanças, da lavra do deputado Reis.

Aliás, é importante ressaltar aqui que recebeu elogios públicos por conta da emenda apresentada. É um reconhecimento importante, porque a oposição mostra sua capacidade de produzir emendas que possam contribuir com projetos que são importantes, não só para o governo, mas para quem também vai ser beneficiado.

O projeto de lei altera a legislação relativa ao ICMS para modificar a relação entre o momento do pagamento dos autos de infração relacionados a esse imposto e o momento de pagamento dos débitos que venham a ser constituídos, além de instituir novas hipóteses e faixas de desconto.

Segundo o governo, a proposta visa estimular a conformidade, reduzir a litigiosidade administrativa e promover a melhoria no ambiente de negócios. Além de aumentar os prazos e descontos para pagamento de débitos de ICMS, permite pagamento com crédito acumulado e créditos de ressarcimento de substituição tributária do ICMS.

Esse é um projeto que ao analisarmos entendemos que tem os seus méritos e que deveria tramitar e ser discutido e debatido também aqui no plenário, para que tivesse a sua aprovação ou não.

Vou fazer aqui só a referência à emenda do deputado Reis, que é a emenda que autoriza a concessão de descontos adicionais da multa no caso de o autuado estar cumprindo regularmente o recolhimento das parcelas de acordo com o parcelamento, ou seja, para o bom pagador, e como incentivo, continuar honrando a exigência fiscal.

Tenho certeza, depois, com muito mais conteúdo e qualidade, o deputado vai fazer a defesa da sua emenda.

Mas o que é importante a gente destacar: uma das questões que a bancada do PT apresentou como uma emenda de plenário foi a ideia de que a gente pudesse ajudar os pequenos municípios, que estão vivendo um momento difícil por conta da redução do ICMS, em especial em duas áreas, no setor elétrico e no setor de petróleo, que acaba fazendo com que os municípios recebam uma parte da transferência menor do que aquilo que eles precisam.

Tem prefeitos e prefeitas que estão vivendo uma situação delicadíssima, porque não conseguem fechar a folha de pagamento ou cumprir com as suas necessidades. A bancada apresentou uma emenda de plenário sugerindo que uma parcela daquilo que for amealhado com essa proposta apresentada pelo governo pudesse ser revertida aos prefeitos e prefeitas que estão vivendo esse momento delicado.

Primeiro, é preciso entender que não estamos propondo uma transferência fixa; nós estamos dizendo que como o governo pode aumentar sua arrecadação para além da cota-parte dos municípios, que o governo também pudesse dispor recursos, e que necessariamente, como observou o deputado Camarinha, não sejam recursos do ICMS, por conta do que regra a Constituição.

Nós insistimos nesse debate, deputado Valdomiro, no congresso de comissões. Nós dissemos que era importante e necessário que o governo tivesse a sensibilidade de resolver o problema dos pequenos municípios.

Não houve, por parte dos deputados da base governista, a aceitação desse apelo tão importante. Por isso a bancada votou contra a proposta, mesmo tendo a emenda do deputado Reis acatada. Porque nós entendemos que não era admissível não ter um olhar para os prefeitos e prefeitas deste Estado.

Diferente do que fez o governo federal, quando já garantiu aos prefeitos e prefeitas que não haverá redução no fundo transferido aos municípios. Isso pode ser já um alívio, mas é insuficiente.

Por que nós estamos insistindo nessa tese, mesmo que ainda não tenha sido aprovado o projeto? Porque o Governo do Estado tem recurso em caixa. E não é pouco. Aliás, ele segue o exemplo do prefeito da Capital. Guardou dinheiro, estrangulou a gestão pensando em uma coisa: no processo eleitoral.

E agora, deputado Suplicy, deputada Márcia Lia, que andam pela cidade, a gente tem asfalto para todo lado. Recape, tapa buraco. Ontem à noite, quase meia-noite, eles estavam fazendo um serviço de tapa buraco ao lado da minha casa.

Então assim, guardaram muito dinheiro para gastar ou para tentar investir nessa modalidade que aqui alguns conhecem bem - aqueles que já foram prefeitos, como o prefeito de Marília, o de Rio Preto - que é também... O prefeito de Presidente Prudente, que sabe que nesse momento, às vezes uma política de asfalto pode tentar reverter a péssima qualidade de um mandato.

Essa é uma tentativa. Parece-me que o governo Tarcísio olha o prefeito como exemplo, o prefeito da Capital, para tentar o mesmo caminho. Com uma dificuldade enorme porque o governo Tarcísio deixou na máquina vários tucanos que ainda dominam a máquina pública. Disse o governador que agora vai começar a demitir o segundo e o terceiro escalão. A ver, a conferir se os tucanos serão apeados dos poleiros.

Mas o governador continua não aceitando uma sugestão que poderia ajudar muitos prefeitos, que é essa que nós apresentamos hoje no debate do Congresso de Comissões. O secretário de Finanças, o Dr. Samuel, ontem aqui nesta Casa, pelos corredores onde o encontrei...

Fiz esse diálogo com ele. E disse a ele: os prefeitos vivem um momento muito difícil. Era preciso olhar para eles. E ele concordou, deputado Valdomiro. Disse: “É verdade, o senhor tem razão”.

Mostrei a ele o problema das reduções que ocorreram do ICMS, mas era preciso aproveitar os 20 bilhões que não têm compromisso, que não têm vínculo, que não têm nenhuma amarra constitucional, que estão no caixa do Governo do Estado, e poderiam ser utilizados para isso.

E eu tenho certeza que não é uma forma perene, mas pontual. Por dois motivos: primeiro porque nós estamos vendo o PIB crescer. Portanto, a gente vai ter de novo uma economia pujante, que vai fazer com que mais recursos sejam repassados aos prefeitos.

Mas esse momento é um momento de mudanças. Mudanças de paradigmas. A gente teve um governo que não se preocupou com as prefeituras. Preocupou-se em fazer motociatas, preocupou-se em divulgar fake news, em negar a Covid, em não usar máscara e não olhar para os municípios. Mas esse é um outro debate, que faremos oportunamente, possivelmente na próxima semana ou na outra, que não diz respeito a esse projeto.

O que nós queremos chamar atenção aqui é que o governo perde uma oportunidade enorme de olhar para esses municípios com recursos em caixa. É isso o que nós travamos o debate hoje, mas que, infelizmente, não houve - de maneira nenhuma - por parte da base interesse em atacar essa proposta. Nós achamos ruim. Vamos continuar insistindo e vamos propor mais uma emenda de plenário para que a gente possa fazer o debate no próximo projeto.

No próximo projeto, a expectativa do governo é de arrecadar 700 milhões já na primeira tacada. Então é possível o governo olhar para os municípios propondo a criação de um fundo emergencial temporário aqui.

Vários deputados e deputadas dialogam com o Interior, dialogam com as pequenas prefeituras, sabem o que eu estou falando. Mesmo aqueles que não dialogam com as pequenas, possivelmente são procurados pelos prefeitos. Região de Rio Preto, as prefeituras menores, mesmo possivelmente a cidade de Rio Preto, a região de Marília, aqui a gente tem representantes daquela região.

Eu falei isso ao deputado Camarinha, Echaporã, que é uma cidade pequena, que o deputado visita, tem votos, assim como a deputada Dani Alonso. É preciso olhar para esses municípios, não só os tão distantes da cidade de São Paulo, mas eu podia falar de Sorocaba, que aqui a gente tem deputados e deputadas que atuam na região.

Eu tenho certeza, deputada Maria Lúcia Amary, que lá também, em Sorocaba, há um problema grave de finanças e que o prefeito precisa da ajuda do governador, assim como está tendo ajuda do governo federal.

Todo o nosso argumento utilizado hoje, deputado Conte Lopes, foi insuficiente para convencer a base do Governo, insuficiente para poder sensibilizar o secretário de Finanças, ou o secretário adjunto, ou o governador Tarcísio, mas nós não vamos desistir, porque esse é um ponto importante.

Por isso que a gente votou contra um projeto, porque faltou sensibilidade do governo para poder acatar uma emenda fácil. E eu vou dizer mais, se fosse por programa constitucional, como lá arguiu o deputado Camarinha, eu tenho certeza de que nós poderíamos resolver na redação, porque ainda havia tempo de apresentar em um relatório essa mudança.

Mas, de novo, insisto, não houve a sensibilidade. Vejo aqui o deputado Madalena, que também é de uma região distante e que sabe a situação dos prefeitos daquela região em que ele milita, não só da cidade em que mora, mas no entorno. Poderia lembrar de Pedrinhas Paulista, que o deputado Bragato, o deputado Madalena, o deputado Camarinha e a deputada Dani conhecem muito bem. Uma cidade pequena, quatro mil habitantes. O prefeito tem um problema gravíssimo de recurso.

Está na hora de o governo parar com discurso, parar de criar fatos e tentar governar. A gente podia ficar falando aqui da situação que vive a Educação. Cada dia tem uma notícia triste, ruim. Podia falar da situação da Saúde, que falta médico, remédio.

Mas se o governo pudesse pelo menos olhar para as prefeituras neste momento em que ele tem recurso, em que ele vai aumentar a arrecadação por conta desse projeto, seria, com certeza, um gesto nobre por parte do governador. Agora, eu não sei o que pensa o governador sobre isso.

Aliás, queria sugerir aqui aos prefeitos e às prefeitas que pudessem começar uma pressão em cima do governador, dizendo “governador, nós precisamos de um fundo emergencial, três, quatro meses, para a gente fechar a folha de pagamento, para a gente conseguir cumprir com as nossas obrigações, pagando coleta de lixo, pagando água, pagando luz”, porque nós vamos viver um momento difícil e delicado.

Mas, de novo, as minhas palavras não passaram de um farfalhar das folhas secas. É triste, deputado Valdomiro. Triste, triste. Mas espero que o farfalhar das folhas secas se transforme em um grande movimento, que balance as árvores, que remova os obstáculos e que o governador tenha a sensibilidade de pensar em um fundo para ajudar os prefeitos, já que há muito dinheiro parado no caixa do governador.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Nós vamos continuar insistindo nesse debate.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência à lista de oradores inscritos para discutir, com a palavra, para discutir contra, a deputada Monica Seixas. 

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos e todas. Bom, a gente está discutindo um projeto que poderia ser tranquila a votação, facilitar a condição das pessoas que têm dívidas, que deixaram de pagar o ICMS, para que paguem e entre dinheiro no caixa do governo.

É uma política boa, porque pode significar para quem deve uma facilitação e pode significar dinheiro em caixa do governo para aplicar em políticas públicas que podem também beneficiar a população mais pobre. Poderia ser um projeto bom se a gente tivesse tido acesso e tempo de debate o suficiente para conhecer a matéria.

Destaco aqui que o projeto, por exemplo, não apresenta um estudo de impacto financeiro dessa nova padronização do pagamento das dívidas do ICMS. Sem o estudo de impacto financeiro, a gente não consegue saber quanto o governo esperava receber, quanto vai deixar de receber, qual é a matemática final da coisa. Então tem aí uma grande incógnita no meio dessa votação, não respondida, que nos traz aqui para debater a questão.

O ICMS, nos próximos anos e até hoje, é e será um grande volume de arrecadação do Governo do Estado de São Paulo, importante para muitas coisas, inclusive para sustentar, por exemplo, a Universidade de São Paulo. A USP, constitucionalmente, é financiada por uma parcela da arrecadação do ICMS, e hoje está em greve.

Está em greve porque estudantes denunciam que faltam professores para cumprir a grade curricular dos mais diversos cursos. Uma universidade que tanto orgulha o estado de São Paulo e que configura entre as 100 melhores do mundo hoje está sem condições de ter cursos básicos porque faltam professores.

Ainda por falar nisso, os estudantes ontem fizeram uma grande passeata por São Paulo denunciando as graves condições em que está a Universidade de São Paulo. Ontem a gente teve um episódio no mínimo vexatório, porque o governador, que foi à Universidade por uma outra agenda, ao se deparar com os estudantes grevistas, o carro oficial do Governo do Estado de São Paulo passou sobre o pé de uma estudante. Isso é muito grave.

Não abrir negociação sobre a situação das universidades e, ao ser abordado por estudantes o resultado tenha sido um acidente desses, é muito grave. Estudantes ontem denunciavam na internet que não conseguiram conversar com o governador, mas que estavam socorrendo uma jovem estudante que teve o seu pé machucado pelo carro oficial do Governo do Estado de São Paulo.

Quero aqui aproveitar também e demonstrar toda a minha solidariedade aos estudantes grevistas na USP, aos professores e trabalhadores da Unicamp, que denunciam cotidianamente o desmonte da universidade pública. Essa universidade pública, como eu repito, financiada quase que integralmente pela arrecadação do ICMS, que a gente está discutindo aqui hoje e que nos últimos anos está sendo desmontada.

Uma faculdade que outrora foi a menina dos olhos de muitos governos e governadores, e a gente sabe o porquê isso acontece nesse momento histórico. Isso acontece nesse momento histórico porque, finalmente, as universidades paulistas atingiram a política de cotas e hoje a gente tem, em quase todas elas, cravado 50% de alunos oriundos da escola pública ou negros e negras.

É por isso que deixa de ter valor a universidade pública nesse momento. Então não dá para a gente vir aqui e votar mais um cheque em branco sem entender exatamente o quanto isso vai custar para o Governo do Estado de São Paulo e onde é que vai ficar desassistido, caso a gente aprove reparcelamento e redução de juros para aqueles que deixaram de contribuir com as suas obrigações, que é o pagamento do imposto do ICMS.

A gente sobe aqui mais uma vez para obstruir essa matéria também porque, na sequência, a gente vai discutir uma outra matéria que tem a ver com aqueles que devem para o Governo do Estado de São Paulo. E nessa segunda matéria, que a gente está o dia inteiro obstruindo nos Congressos de Comissões, dialogando, etc., tem um jabuti, velho conhecido da política.

No 1.245, que é uma segunda matéria sobre cobrança de pagamento de dívidas públicas, tem um artigo que... E é o único perdão que o Governo do Estado de São Paulo vai dar nesse pacote todo para aqueles que descumpriram medidas sanitárias durante a pandemia.

Eu falei isso agora no Congresso de Comissões e vou repetir: eu acho um absurdo e uma vergonha que a Assembleia Legislativa esteja tratando com tanta celeridade e tanta naturalidade o ensejo de perdoar dívidas daqueles e daquelas que descumpriram a medida sanitária durante a pandemia, ao mesmo tempo que tenta incentivar que outros paguem.

Todos os outros devedores terão que pagar. É disso que se trata os dois projetos: condições para que todos os outros devedores paguem o que devem, menos, menos aqueles que descumpriram medidas sanitárias da Covid.

A gente teve mais de 700 mil mortes pela Covid-19 no País. A gente teve centenas de milhares de mortes pela Covid-19 no estado de São Paulo que, se eu não me engano, ainda hoje se configura como o estado com o maior número de mortes de Covid.

Perdoar, justamente e unicamente, aqueles que não pagaram as suas multas relativas ao descumprimento de medidas sanitárias, é uma... Qual mensagem a gente passa? Que os outros devedores devem renegociar e pagar, mas aqueles que tiveram desprezo pela vida das pessoas serão perdoados.

Eu contei, agora mais cedo, no congresso de comissões, que meus dois pais, meu pai biológico e meu padrasto que me criou, e eu considero como pai, foram vitimados pela Covid. Lembrei que em julho de 2020, o meu pai biológico, que tinha se afastado do tratamento...

O meu pai biológico, que tinha se afastado de um tratamento da saúde para não frequentar os hospitais, teve uma dificuldade e precisou ir a um atendimento médico. Ele saiu do hospital morto uma semana depois de Covid. Ele tratava diabetes e teve que amputar o pé. Durante e no pós-cirurgia, contraiu Covid e morreu.

Naquele mesmo julho, o presidente Bolsonaro anunciou, pela primeira vez, que tinha contraído Covid publicamente e disse que estava bem. Ele provocava as suas tradicionais aglomerações ali no cercadinho da Presidência, mas aqui no estado de São Paulo e Brasil afora, os noticiários traziam à tona festas durante a pandemia, eventos durante a pandemia, gente que se aglomerava durante a pandemia.

 A gente está falando de bares, a gente está falando de políticos, a gente está falando de gente que descumpriu medidas sanitárias. Meu pai morreu assim como muita gente morreu.

Um ano depois, o meu padrasto, que se afastou do tratamento de insuficiência cardíaca, para justamente não ir ao hospital e contrair Covid, também morreu.

Em 2020, a Assembleia Legislativa do estado de São Paulo foi fechada. Quem estava aqui se lembra disso. Inclusive, foi uma ação minha, porque pós-morte dos meus pais tinham colegas que subiam a esta tribuna para tripudiar das vítimas de Covid e daqueles que usavam máscaras.

Havia aqueles que subiam aqui na tribuna desrespeitando a vida dos deputados, mas também os trabalhadores da Assembleia Legislativa, se recusando a usar máscara e participando de sucessivas aglomerações. Nós temos deputados desta Casa que foram multados por não seguirem medidas sanitárias. A Justiça determinou que a Casa fechasse até se enquadrar nas medidas sanitárias.

Anos depois, centenas de mortes depois, muitas piadas depois, muitas humilhações depois, das vítimas, dos sobreviventes, dos seus familiares, o Governo do Estado de São Paulo propõe para esta Casa, que foi fechada em um período democrático por não cumprir medidas sanitárias, que perdoe aqueles que fizeram festas durante a pandemia.

Propõe que perdoe aqueles que promoveram eventos, que perdoe aqueles que subiram aqui para tripudiar da morte do meu pai, que perdoe aqueles que subiram aqui para dizer para todos que perderam seu ente querido, sua mãe, o idoso, que muitas vezes sustentava a casa com a sua aposentadoria, impactando sobremaneira toda uma geração de crianças.

 A gente está sentindo isso na escola pública, a gente está sentindo isso nas favelas e periferias, porque muitas crianças perderam o seu arrimo, que eram os seus idosos. A gente está dizendo que essas pessoas que tripudiaram da dor, da morte, do sofrimento de muitas famílias serão as únicas beneficiadas.

Porque a gente não está perdoando dívida ativa do comerciante que deixou de trabalhar durante a Covid para cumprir as medidas sanitárias. A gente não está perdoando a dívida daqueles que sacrificaram a sua atividade laboral para cumprir as medidas sanitárias. A gente está anistiando justamente, e unicamente, aqueles que descumpriram, enquanto outros se sacrificaram, inclusive acumulando dívidas com o Estado.

Que mensagem o Governo do Estado de São Paulo e esta Casa querem passar para aqueles que estão cobrando e que serão cobrados por essas duas leis que a gente vai votar aqui? Que tratam justamente de renegociar, de apresentar novo parcelamento, de reduzir juros e de incentivar que, aqueles que devem, paguem o Governo do Estado de São Paulo.

É um absurdo que a gente tenha chegado a esta tarde, no presente momento, sem tirar o artigo do Projeto no 1.245 que quer anistiar as dívidas daqueles que não cumpriram as medidas sanitárias.

É um absurdo que a gente esteja dizendo para centenas de famílias que a gente está achando normal que todo mundo seja cobrado pelas dívidas que tem com o Estado, mas que 72 milhões de reais serão perdoados, justamente daqueles que não se sacrificaram no auge da Covid-19.

Vale lembrar também que entre os maiores beneficiados estará justamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, que disse que pagou a dívida, mas que na verdade pagou em juízo. O que isso significa? O valor está condicionado ao processo.

E o processo pode chegar ao fim e, a partir do momento em que o Governo do Estado de São Paulo falar “ah, eu não quero mais receber a multa da Covid; está tudo bem, a gente terminou com esse negocinho de tentar fazer as pessoas cumprirem medidas sanitárias”, ele pode receber todo o dinheiro depositado em juízo de volta. E, sim, quase um milhão de reais - que inclusive o ex-presidente Bolsonaro fez vaquinha, cobrando de inocentes ajuda para pagar essa dívida - pode ser perdoado.

Por isso, eu acho um absurdo que haja uma tentativa de normalização dessas duas votações. A gente quer que o contribuinte, que aquele que empreende, o empresário tenha condições de pagar as dívidas que tem com o Governo do Estado de São Paulo.

A gente quer que o Governo do Estado de São Paulo, de fato, organize o seu pagamento. Mas isso não pode acontecer ao mesmo tempo em que a gente diz para aqueles que estão com dificuldade, justamente porque tiveram duros anos durante a pandemia, para cumprir medidas sanitárias, que serão feitos de bobos. Porque aqueles que não cumpriram serão os únicos - os únicos - anistiados.

É uma mensagem muito ruim que a Assembleia Legislativa, com sua exemplar teimosia... Hoje, no congresso de comissões, eu ouvia o caro deputado Barros Munhoz falar que a Assembleia Legislativa tem pouco poder e que é pouco produtiva. Mais uma vez, a Assembleia Legislativa deixa de ser um Poder e deixa de produzir - quando se recusou, em todo esse processo de debate - até a chegada dos projetos ao plenário...

E a gente quer votar os dois projetos juntos, porque eles tratam, ainda que de etapas diferentes... Eles, no cerne, têm o mesmo objetivo. É um absurdo que a Assembleia Legislativa tenha se recusado a tirar esse jabuti que está no Projeto no 1.245 para beneficiar, mais uma vez, uma atitude egoísta e mimada do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Obrigada, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para continuar a discussão, com a palavra a deputada Ediane Maria, para discutir a favor.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - Fazer uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Antes de a deputada começar a discussão, tem dois minutos Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - A deputada Monica Pretas, eu acho que não leu todo esse processo, porque no Art. 36, parágrafo primeiro, está lá falando que quem já pagou as suas dívidas não terá o recurso de volta. Ou seja, o presidente Bolsonaro já pagou a dívida dele, ele não vai receber de volta esse recurso, deputada Mônica.

Então, a parlamentar está falando para milhares de pessoas dentro da TV Alesp algo que é mentiroso, infelizmente. É só ler o que a gente está discutindo aqui. Outra coisa: o governador Tarcísio foi eleito por paulistas que entenderam o raciocínio dele em relação à Economia, que é disso que a gente está falando aqui; que ele quer rapidamente trazer dinheiro para os cofres públicos com essa iniciativa que ele está colocando aqui.

A gente tem hoje uma dívida de 110 bilhões que está parada no Estado. Com tudo isso que ele está fazendo, ele está fazendo com que esse recurso chegue mais rápido, dando desconto para aquelas pessoas que não pagaram as suas dívidas por tudo que a gente passou. A gente passou pela maior pandemia da história mundial da Saúde. Na Irlanda - só para você ter uma ideia, deputada - tem 110 bilhões de euros em caixa e eles não sabem o que fazer.

Por que eles não sabem o que fazer? Porque eles incentivaram as empresas a irem para a Irlanda com impostos baixos, e hoje as empresas dos Estados Unidos, todas as empresas da Europa estão lá - é bom você se situar desse assunto.

Por quê? Porque eles desceram os impostos para os empresários. O estado de São Paulo não produz, quem produz é o empresário, e o empresário produzindo faz com que o estado arrecade mais.

Isso é óbvio, isso é um fato.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Com a anuência da oradora eu posso responder em uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, dando início ao tempo da nossa oradora Ediane Maria, com a palavra, com a anuência da deputada, a deputada Mônica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria dizer ao deputado Paulo Mansur, que me admira muitíssimo, como jornalista, que ele seja parte de uma empresa de comunicação e passe tanto tempo na televisão falando com muita dificuldade de ler e interpretar os fatos. O depósito em juízo não significa o pagamento da conta, significa que está depositado em juízo.

Qualquer advogado pode te ajudar a entender o que isso significa. Uma vez que o Governo do Estado extinguir a multa, não existe mais processo em que se deposite multa em juízo, para o senhor entender um pouco. Aí eu acho que ele fica nervoso mesmo.

Porque deve ser muito difícil se esforçar tanto para defender o governo estadual, dizendo que ele é bom para empresário, tendo vários empresários se esfolado durante a Covid para cumprir as medidas sanitárias.

E que estão com dificuldade, inclusive, de pagar as suas contas e eles não foram anistiados. Os que serão anistiados são justamente os que fizeram algazarras e não cumpriram as medidas sanitárias.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, sem anistia, né? É sobre isso. Eu quero pegar um pouco da parte da nossa líder Monica Seixas para falar um pouquinho.

É impressionante, é impressionante como a gente vê ao vivo uma distorção. A impressão que eu tenho, de verdade... Assim, tem horas que eu chego aqui e falo: “não, vou ficar mais tempo distorcendo do que fazendo o trabalho certo, o trabalho que a gente veio para fazer nesta Casa”.

Então, eu espero que não tenha esses incômodos. Eu entendo que para alguns é difícil ver uma mulher preta, ver mulheres pretas avançando, ocupando a política, convivendo no mesmo espaço e tendo os mesmos direitos. Não deve ser fácil. Não consigo imaginar como que deve ser essa situação, mas isso também é um processo de reconstrução da sociedade.

Bom, vamos lá, a gente está falando de várias coisas, o que a gente acompanhou? Porque eu quero primeiro... Deixe eu começar pelo início, porque assim, tem coisas em que a gente tem que intervir, não tem jeito, né? A gente não tem sangue de barata, a gente vai para cima.

Eu quero agradecer a todos que estão assistindo agora, pela TV Alesp, eu quero saudar todos que estão acompanhando aqui a tribuna, a todos que estão acompanhando em casa. E a todos que vão acompanhar, inclusive, ver o que está acontecendo aqui, a tremenda palhaçada que está acontecendo, agora, nesse processo de anistia, de isenção.

Eu queria fazer uma pergunta muito breve. E gostaria que, logo em seguida, como em seguida sei que vai vir uma resposta, muitas vezes, uma distorção, mas não é resposta, eu gostaria de perguntar o seguinte. O trabalhador, aquela pessoa que compra o feijão, que compra a cesta básica, essa pessoa vai ser isenta de pagar impostos? Porque nós comemos, né!

É necessário colocar o que está em jogo nesse momento. É necessário colocar, com clareza, quais são os gestos, de fato, do governador Tarcísio. Porque, quem vai ser atingido diretamente, vai ser aquele trabalhador que vai continuar pagando os seus impostos.

Nós vimos, em 2020, vários trabalhadores, é só olhar quem foi a primeira mulher que morreu de Covid aqui no nosso País. Foi uma empregada doméstica lá no Rio de Janeiro.

Foi uma mulher preta que morreu. Não tinha plano de saúde. Naquela época, nós não tínhamos nem o diagnóstico, não tinha nem para aonde a gente correr. Sabe o que nós vimos?

Nós vimos um presidente, que muita gente grita e fala “meu presidente, eterno presidente”, mas que, na história, foi o único que não foi reeleito. Não foi reeleito porque fez um péssimo governo.

Um governo genocida, um governo fascista, um governo que hoje nós enfrentamos nas Assembleias, no Congresso. Na política, nós enfrentamos essa política de distorção da realidade. Não é possível, senhores! Não é possível que nós tenhamos que estar aqui falando o óbvio.

Em 2020, todo mundo viu, escancaradamente, um presidente que falava que a Covid-19 era uma gripezinha, que eram os idosos que iam morrer. Parecia um extermínio, parecia uma cena de horror. Porque, enquanto vários de nós ficou esperando que chegasse a vacina, e vários de nós sendo obrigados, inclusive, a trabalhar.

Está aqui o Vitão do Cachorrão, que luta com os trabalhadores informais. Vamos lá. Em 2020, você recebeu várias reclamações, de vários trabalhadores que estavam sendo obrigados a trabalhar.

Aquele pequeno comerciante que tinha que ir trabalhar. Muitas mulheres reclamavam falando assim: “Gente, eu não quero ir trabalhar, mas o meu patrão quer que eu vá trabalhar”. Porque existia um desestímulo para o uso da máscara.

E a máscara, nós vivemos um cenário de guerra. Nós vivemos, neste País, um cenário de guerra com o descaso de um presidente que poderia, sim, ter dado resposta. Que poderia, sim, ter ajudado as pessoas. Só que não foi essa a ajuda que veio.

Inclusive, eu acho trágico e vergonhoso quando tripudiam, falando que o presidente Bolsonaro, na época, fascista, que ele que trouxe o auxílio emergencial de 600 reais. Isso é vergonhoso.

Porque nós chegamos, sim, a receber 600 reais, graças à luta da sociedade civil e dos movimentos sociais. Que, inclusive, foram para Brasília, no meio da pandemia, para dizer que 200 reais não iam conseguir fazer com que as pessoas ficassem dentro de casa, que ninguém ia sobreviver com 200 reais dentro de casa.

Porque a grande maioria das pessoas do povo brasileiro trabalha na informalidade. Trabalha no trabalho doméstico. A grande maioria. O que nós vimos foi o aumento no preço das máscaras, do álcool em gel. A guerra foi tanta, que aí chegava no mercado, para conseguir pegar um resto de coisa, não tinha mais. Não tinha álcool em gel.

Foi obrigado, sim, porque em 2020 levantaram várias lideranças comunitárias. Foram essas lideranças que fizeram um trabalho formiguinha pela base. Não morreu mais gente porque nós nos organizamos. Entregando, sim, máscaras. Entregando, sim, produtos de higiene.

Combatendo a fome e a morte das pessoas. No meu bairro eu vi várias pessoas que morreram dentro de casa. Dentro de casa morreram porque tinham medo de sair das suas casas, tinham medo do que iam encontrar fora das suas casas. Vários morreram de fome, vários morreram do Covid.

E hoje a gente tem que ver isenção para empresário, agora que nós chegamos na USP, Monica Seixas, agora que nós conseguimos uma política de cotas porque, senhores deputados e quem está em casa assistindo, eu não sabia que a USP era gratuita, que nós poderíamos acessá-la. Chegar na USP, chegar na universidade para nós que viemos da periferia, que temos muitas vezes que escolher entre trabalhar ou estudar.

Assim como eu que fui terminar meu ensino fundamental com mais de 30 anos, com quatro filhos e terminei graças ao EJA. Eu não fiz universidade, só que eu tenho orgulho de falar que a minha filha faz, graças a política de cotas e graças ao investimento de governos sérios que olham e precisam reparar a desigualdade nesse País.

Eu não cresci com a expectativa de fazer uma universidade, hoje nós sonhamos. Mas não é só um sonho, nós lutamos para que os nossos filhos ocupem a universidade, ocupem esses espaços e que falem que é necessário que haja políticas públicas e políticas sociais. Nós estamos falando disso.

Quando você isenta a cobrança de impostos, você não vai chegar na ponta, você não vai fazer políticas sociais de reparação, você não vai conseguir. De onde que vai sair esse dinheiro?

Qual é o plano do governador de isentar empresários? Porque o trabalhador vai continuar pagando seu imposto. Se o pacote de feijão está custando quatro reais, se nós pagamos - vou colocar aqui - 75 de imposto, não vai diminuir o feijão para nós, vamos continuar pagando o mesmo valor.

Por que vamos anistiar, isentar a cobrança de impostos, sendo que esse dinheiro vai para políticas públicas e sociais? Qual que é o intuito, qual que é o gesto desta vez? É isso que nós precisamos entender, é isso que a sociedade aqui do estado de São Paulo, todos os paulistanos precisam entender o que está em jogo e qual que é essa política.

Até porque os pequenos trabalhadores não vão ser atingidos, gente. Nós vamos continuar pagando impostos como sempre foi na história, nós nunca fomos isentados de nada, nunca houve, deputado Suplicy, anistia para nós. Nós sempre tivemos que fazer e cumprir a nossa parte. Nós sempre tivemos que fazer, muitas vezes, sem nem sequer saber para onde que vai o dinheiro.

A gente está falando de dinheiro, a gente está falando também de Saúde, a gente está falando também de Educação, de política de permanência nas escolas porque o que nós acompanhamos são jovens que estão lutando hoje.

Graças a Deus o nosso presidente Lula voltou, agora a gente consegue ver universidades que finalmente tem um refeitório. Nossos filhos conseguem comer na universidade, voltamos a comer na universidade.

Finalmente, agora nós estamos lutando por uma política de permanência estudantil, sabe por quê? Naquele grande funil, no funilzão, quando você entra na universidade, que você vai lá e festeja, deputado Donato...

Porque nós festejamos: “Finalmente o filho do pedreiro entrou na universidade”, mas é necessário que haja uma política de permanência, porque vai ser somente aquela festa do “entrou na universidade”.

A outra parte da história vai ser aquele jovem que vai ter que sair da universidade porque não conseguiu permanecer nela, porque ele teve que parar de estudar para trabalhar, porque ele teve que parar de estudar para ajudar a sua família. Vai ser mais um jovem, vai ser mais uma família que vai lamentar por um Estado que não deu nenhum tipo de condições.

Eu falo aqui de cabeça erguida que na hora que eu estava dentro da minha casa passando fome, olhando, sem conseguir dormir pensando no que eu ia dar para os meus filhos de manhã, não teve ninguém que lutou por mim, a não ser, realmente, presidentes responsáveis, que olharam e falaram: “É necessário, sim, que haja um Bolsa Família”.

Bolsa Família essa que muita gente critica tanto. Mas vocês sabem o que é o Bolsa Família para quem não tem nada? Vocês sabem o que foi o auxílio emergencial para nós, que não tínhamos nada dentro de casa, que não tínhamos uma faxina para fazer, que não tínhamos uma obra, uma construção para fazer?

A gente não pode pensar a partir da nossa vivência. É necessário olhar quem hoje não tem nenhuma condição de sobrevivência. O desemprego está aí, e aí, quando a gente fala de políticas sociais, eu vou voltar lá no PL da minha autoria, o PL 584, que é para isso que nós vamos lutar, para que não sejam isentos, para que não tenha anistia, e que os anistiados sejam os trabalhadores, que foram obrigados a trabalhar quando, na grande maioria, seus patrões, e o presidente, na época, da República, o ex-presidente  estava andando de iate, andando sem máscara, e falando que era uma gripezinha.

Eu quero, de fato, que o Tarcísio fale para a sociedade se o trabalhador que vai lá comprar cesta básica, se ele vai ser anistiado, se nós não vamos mais precisar pagar nossos impostos. Porque os empresários vão continuar recebendo nossos impostos.

Vão continuar recebendo os impostos do arroz e feijão, do macarrão, do ovo. E por que não vai ser revertido, se os impostos são para políticas sociais? E por que que nós temos que engolir que o PL da Casa, da doméstica, e foi vetado por total, porque a classe das trabalhadoras domésticas, nós já somos assistidas?

Olha, Conte Lopes, deputado. Nós já somos assistidas. Olha, já tem o acompanhamento. É muito triste quando o governador não vive a realidade do povo, e é necessário e fundamental estarmos aqui, sim, neste plenário, gritando todos os dias que vai ser sem anistia.

Porque os trabalhadores continuarão pagando seus impostos, e que esse dinheiro volte para o trabalhador com políticas sociais. Que volte para nós, com medicamento no posto, com investimento na Saúde, na Educação, no Transporte, no lazer, na diminuição da cesta básica.

Inclusive, têm alguns deputados - viu, Suplicy? - que adoram falar que aumentou o preço da carne. Eu vi o vídeo ontem, que eu amei...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputada Ediane.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Já vou concluir. Eu vi um vídeo ontem falando que realmente o Lula é comunista, porque a carne chegou a 19 reais, tem lugar que chegou a 13 reais.

Realmente, agora sim, nós voltamos a comer, e nós não vamos anistiar ninguém, até porque quem tem que ter anistia, quem tem que ser isento de pagar impostos é o trabalhador, porque somos nós que pagamos impostos, e somos nós que precisamos desse investimento lá na ponta, que é na Saúde, na Educação, no Transporte, no lazer, para que nós continuemos vivendo e produzindo.

Até porque, no bojo da economia, se tem uma pessoa que produz, se tem uma pessoa que investe muito, para que o estado de São Paulo seja o mais rico da América do Sul, é o trabalhador, é o pobre, porque todo o dinheiro que pega é para gastar com comida, é para gastar com remédio.

Somos nós que estamos investindo, e somos nós que iremos gritar que é sem anistia para empresário aqui no estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência aos deputados inscritos, para discutir contra, com a palavra o deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos aqui debater o PL nº 1.246, de 2023. Eu me inscrevi, e acompanhei atentamente a fala dos que me antecederam.

O deputado Paulo Fiorilo colocou um aspecto em relação à arrecadação, aos prefeitos do interior, à dificuldade das prefeituras. A deputada Monica e deputada Ediane também discutiram esse projeto, ainda que elas tenham discutido um aspecto que é do 1.245, que tem aquele famoso parágrafo das multas da Covid, mas eu gostaria de discutir um pouco o mérito do projeto mesmo, porque o que me leva a ser contra é a estrutura do projeto, mas para isso preciso fazer uma pequena digressão aqui.

Eu queria que o pessoal ali da cabine de som pudesse me ajudar, porque a gente está em um projeto de cunho arrecadatório.  O governador está se empenhando, está falando com todo mundo, tentando agilizar, mandou em regime de urgência para cá.

E aí a gente vê: “Com crises em série e Bolsonaro delatado, Tarcísio dribla a imprensa”. Faz mais de um mês que ele não fala com a imprensa. Ele não sabe o que falar.

Por que caiu o número dois da Educação naquele desastre das apostilas, dos slides com absurdos? Por que caiu o número dois da Saúde? E vários outros problemas do governo. E não sabe falar principalmente sobre a situação da delação do Mauro Cid em cima de seu padrinho político, Bolsonaro.

Então, ele fica mudo. Fica mudo e se enterra lá no palácio. Se enterra no palácio. O esporte preferido dele - é só acompanhar a agenda - é reunião com prefeito para falar da Sabesp.

Não é para falar dos problemas das prefeituras, para ajudar as prefeituras. Não, é para falar de um samba de uma nota só, que é “como eu vou vender a Sabesp”. E tentando vender um mundo de fantasia para os prefeitos. Espero que eles não caiam nessa.

Agora, já que ele está lá enterrado no palácio - alguns até já o estão chamando de “governador princesa”, porque adora ficar no palácio -, ele poderia cuidar um pouco da execução orçamentária do seu governo.

Aí eu queria o segundo slide. Ele está aqui com um projeto de arrecadação. Podemos ir para o segundo slide. A gente vai olhar a execução orçamentária, que é o que mede a qualidade de um gestor, a sua capacidade de executar um orçamento, seja ele um governador, seja ele um secretário, e a gente vê os investimentos, comparando setembro de 2022 com setembro de 2023. Execução: quase 32% a menos.

É um governo que não consegue executar o dinheiro que tem em caixa, mas está preocupado em arrecadar mais. Não consegue executar o dinheiro que tem em caixa, com uma execução pífia de 32% a menos no que diz respeito a investimentos, comparando setembro do ano passado com setembro deste ano. E vem com projeto a toque de caixa para aumentar arrecadação.

Aí vamos para o projeto em si. É aí que estão minhas discordâncias. Acho que o debate foi feito sobre a importância de ajudar os prefeitos, sobre a importância de debater o que está no outro projeto, porque são dois projetos com o mesmo sentido. Um diz respeito às dívidas, digamos, administrativas da Secretaria da Fazenda, e o outro projeto, o 1.245, diz respeito à dívida ativa e tem o famoso artigo que anistia as multas da Covid por não uso de máscara.

Eu não quero entrar nesse debate, até porque esse debate nós vamos fazer no projeto certo. Às vezes esse debate acaba tomando uma dimensão que esconde os problemas dos dois projetos.

Quais são os problemas? Aqui se falou de passagem, a deputada Monica falou: é um projeto de arrecadação, mas não tem estimativa de impacto financeiro, o que já é um problema. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige que se tenha uma estimativa de impacto financeiro. Não tem aqui.

Pior do que isso: lendo a justificativa do projeto, lendo as razões, a gente vai descobrindo algumas coisas, porque pode parecer uma coisa simpática. “Ah, vamos ajudar a pagar dívidas, a parcelar dívidas, dar mais descontos nas multas, dar mais prazo.” É uma coisa simpática, mas para quem? Esse é o problema do projeto: quem vai se beneficiar?

Aí a gente faz uma conta simples. Se puder projetar a primeira página, tem um dado aqui: 5.834 autos de infração, administrativos ainda, da Secretaria da Fazenda, que correspondem a 117 bilhões. Bom, vamos dividir 117 bilhões por 5.834 autos. Dá 20 milhões por auto.

Não estamos falando do dono da padaria, do dono da lojinha, nós não estamos falando do dono da quitanda, do bar que sofreu... Nós estamos falando de grandes empresários. Vamos fazer um outro exercício, porque aí é a média, eu estou trabalhando com a média.

Vamos pôr por uma ponta, vamos dividir por 100 os 20 milhões. Dá R$ 200.000 reais. Bom, razoável você fazer algum acordo de 200 mil reais. Mas vamos pôr a outra conta, multiplicar por 100. Dá dois bilhões de reais.

Então nós estamos falando dessa ordem de dívidas e isso não está explicitado no projeto, não teve uma audiência pública, a Secretaria da Fazenda não veio aqui para dizer quem vai ser beneficiado.

Não vai ser o dono da padaria, nem o dono do mercadinho, da floricultura. Vão ser beneficiados os mesmos de sempre, aqueles que contratam escritórios de advocacia tributária para fazer o chamado planejamento tributário, que é “como eu não pagar imposto e ganhar lá na frente”. É disso que se trata.

Quem vai ganhar são esses, os de sempre, os grandes devedores do Estado, que vão escolher a melhor hora para eles pagarem. Porque é incompreensível por que que tem que mudar uma lei, e o deputado Barros Munhoz está aqui há muito tempo. A lei do ICMS é de 1989, mas ela teve uma mudança em 2009, já pondo vários benefícios de desconto e multa e desconto em prazo.

E agora se mexe de novo para dar mais desconto e multa e mais desconto em prazo. Por quê? Vai se arrecadar mais quanto com isso? Quem vai ser beneficiado? O projeto não traz e é isso que não dá para a Assembleia mais uma vez se submeter a esse tipo de coisa, porque é evidente.

Vamos definir faixas de dívidas, vamos ver quem são os pequenos devedores, os médios devedores que precisam ser beneficiados, mas grande devedor no Brasil é planejamento tributário. É aquela sonegação planejada para entrar na contabilidade das empresas e poder ganhar mais dinheiro.

Então não dá para a gente ser a favor de um projeto que vai nesse sentido. Eu estive outro dia na CDHU - conversa ruim lá com a CDHU -, mas eu tive um dado importante lá do Iapequino: quatro mil pessoas serão despejadas dos seus apartamentos da CDHU.

A CDHU ganhou uma ação aí no Supremo, não sei bem exatamente, e vai despejar e pôr a leilão quatro mil apartamentos. Dívidas de dez mil, de vinte mil, de quarenta mil. Essas ninguém se preocupa. Ninguém se preocupa como parcelar essas dívidas, como evitar que aquela pessoa tenha uma chance de pagar e possa pagar.

É evidente que lá tem um contrato, tem que ser respeitado - eu não discuto isso -, mas a gente sempre se preocupa em como os grandes vão ser beneficiados e é mais um projeto nesse sentido.

O outro é pior ainda, mas quando a gente for discutir o outro eu vou falar, porque o outro joga toda discricionariedade para a Procuradoria Geral do Estado dizer quem pode e quem não pode. Toda a negociação vai ser feita lá sem parâmetro, mas aí a gente discute no outro projeto.

Porque a gente fica discutindo aqui o problema da multa da máscara, que eu acho que tem que discutir, é um problema político sério, mas a gente deixa de olhar para coisas importantes dos projetos. Então a gente discute um assunto e passa a boiada no outro assunto. Então não dá para a gente, enfim, discutir isso dessa maneira.

Você dá outra página? Só para dar uns exemplos rápidos aqui que a gente não entende bem por que isso aconteceu. Veja lá um quadro comparativo da lei atual, que a última alteração é de 2009, no Art. 95, e o que eles estão propondo agora... O que era 70% de desconto na multa desde que se pagasse em 15 dias passou a 70% se pagar em 30 dias. O que era 60% passou para 55% no prazo de...

E aí ele vai mudando os prazos, mas sempre a favor do devedor. Então qual o estudo disso? Qual o impacto disso? Quem vai ser beneficiado? É a resposta mais elementar que a gente precisa ter para poder votar nesse projeto.

Não dá para a gente votar mais um projeto que vai beneficiar muita gente graúda que a gente nem sabe quem é. E esta Casa, mais uma vez, simplesmente dá um aval para o governador e gente graúda segue ganhando dinheiro nas costas do estado com esse tipo de benefício.

Então é um projeto que eu não consigo entender a razão dele. Alguém poderia tentar explicar, mas aqui não se tem esse costume de fazer audiências públicas sobre projetos desse tipo. Quando muito vai alguém ao Colégio de Líderes, se eu entendi. Mas como eu não sou líder, eu não falei com ninguém, ninguém pôde me explicar nada desse projeto. E também não veio ninguém do governo aqui para explicar o projeto.

Então eu fico aqui, qual a minha condição de votar a favor disso? Se ninguém explica, se não vem um técnico explicar e eu tenho essas dúvidas aqui. Dúvidas que eu acho que são importantes, porque se a gente não tem parâmetros de quem a gente vai beneficiar - eu tenho quase certeza, para não ser leviano - mas eu tenho quase certeza de que nós vamos beneficiar os grandes de sempre, os grandes de sempre que planejam aí a hora melhor de eles pagarem, não é?

Eles vão influenciando dentro da máquina, eles podem conversar com governadores, podem conversar com o secretário. Agora, os quatro mil que vão ser despejados da CDHU não conseguem falar com ninguém. Eu fui cuidar de um caso...

É isso, está despejado, dane-se, como se esse problema não fosse voltar para o próprio estado. A pessoa despejada vai para onde? Vai voltar para uma condição de sub-habitação, vai para uma área de risco, volta para o estado mesmo, mas o estado não se preocupa com isso. É uma empresa, o CDHU, é uma empresa, tem que cuidar da sua saúde financeira, não importam as pessoas.

Então essas são as minhas considerações aqui, porque me preocupa muito esse tipo de projeto. Ele vem chegando sorrateiramente. Parece que é uma coisa boa, mas quando você vai ler você não consegue enxergar as coisas boas do projeto. Você não consegue entender de fato quem vai ser beneficiado e essa é a razão principal pela qual a gente vai defender o voto contrário.

Tem as razões apontadas aqui pelo líder Paulo Fiorilo, que é necessário também que o estado tenha uma preocupação, que tudo que entre em recursos seja compartilhado com as prefeituras, que vivem uma situação difícil.

Tem as preocupações colocadas pelas deputadas do PSOL aqui, mas a minha principal é essa: quem vai ser beneficiado? Isso eu não consigo enxergar. Eu consigo imaginar, enxergar eu não enxergo. Mas, como eu tenho imaginação fértil, eu fico preocupado com a minha imaginação fértil, de quem vai ser beneficiado com esse projeto.

Então eu queria registrar aqui o nosso voto contrário, dizer que no Projeto 1245 tem aspectos mais negativos na minha opinião, porque dá uma discricionariedade grande para a PGE fazer os acordos, os descontos, isso é um poder absoluto.

A Assembleia tem que dar parâmetros, porque senão a gente vai abrindo mão de qualquer prerrogativa nossa e o Executivo vai assumindo todas as prerrogativas que são deste plenário. E esse não é um bom jeito de a gente fortalecer a Casa, que é uma tarefa primeira aqui de todos nós, fortalecer o Parlamento.

Eu acredito no Parlamento. Eu acho que se ele for exercido com seriedade a gente pode contribuir muito, mas a gente não pode abrir mão das nossas prerrogativas. Por isso que eu estou aqui para dizer que a bancada do PT vai votar contrária a esse projeto pelas razões que eu coloquei, pelas razões que o nosso líder também colocou.

Muito obrigado, Sr. Presidente, meu tempo se esgota exatamente agora.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Donato. Dando sequência aos oradores inscritos, com a palavra deputado Simão Pedro.

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, com a anuência do orador, para fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental, V. Exa. tem dois minutos. 

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para fazer um... Declarar um parabéns para a Associação Comercial de São Bernardo do Campo, na data de hoje eu estive lá tomando um café com eles, o café da manhã.

Eles completam hoje 79 anos. É uma associação extremamente importante. Todas as associações comerciais são importantes, mas em uma cidade igual a São Bernardo ela tem um peso bastante importante e grande, não é?

E um dos grandes debates feitos lá hoje é exatamente o que impacta o aumento das taxas judiciais que nós votamos aqui, nós fomos contrários, obstruímos, mas foi aprovado, é o que impacta na vida. Nas grandes empresas, o impacto eles superam muito fácil, não é, deputado Simão Pedro?

Agora, pega uma microempresa que tem até nove empregados, uma pequena empresa, que vai de dez a 49, essas empresas sofrem e têm muita restrição. Não dá para tratar uma microempresa como um grande mercado, como as grandes empresas das indústrias fármacos, que devem na casa de bilhões. Não dá para tratar igual se tratam as montadoras e as petroleiras. Então tem um setor micro e pequeno que nós precisamos considerar muito.

Estive lá hoje a convite do presidente Valter Moura para poder tomar um café com eles. Então, queria neste momento homenagear. Eles vão ser homenageados amanhã na Câmara de São Bernardo, é uma sessão convocada, sessão solene, pelo presidente da Casa, o vereador Danilo Lima, que me convidou. Infelizmente, não poderei estar lá.

Mas, como eu tenho uma relação com eles eu acho que seria importante aqui fazer essa homenagem e parabenizar a Associação Comercial de São Bernardo do Campo, Acisbec.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu dou a palavra ao deputado Simão Pedro, para fazer o uso da palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, André do Prado, ladeado pelo nobre deputado Vitão do Cachorrão, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha, eu sempre que posso, mas na quase totalidade, eu tenho vindo à tribuna discutir os projetos que o governo manda para cá.

Acho que este espaço é muito importante; não só este, mas também o Pequeno e o Grande Expediente, para a gente expor nossas ideias, fazer o debate, trocar impressões. Então são espaços importantes, que eu valorizo. A gente vem à tribuna agora para discutir o projeto do governador Tarcísio de Freitas, de número 1.246, que é posterior a um outro projeto, que é o 1.245; esse outro o governo não quis colocar em discussão hoje.

A base aqui vai deixar para a semana que vem, que é um escândalo gigantesco que, por trás de uma série de argumentos aqui, que é difícil cobrar multas, etc., dá muito trabalho, mas por trás está a ideia de anistiar o ex-presidente Bolsonaro, que durante a pandemia abusou de cometer infrações, desdenhou do povo, não querendo usar máscaras, estimulando aglomerações.

O estado, por meio de seus órgãos, de forma correta, aplicou multas no valor de quase um milhão, e agora o governador Tarcísio embute uma anistia para ele, quem sabe, até para deputados desta Casa e outros, que acompanharam o presidente naquelas motociatas, possam ser beneficiados. Mas nós vamos discutir isso semana que vem, quando o projeto vier a plenário.

Este projeto, como já falou muito bem o deputado Donato, tem a seguinte característica: muitos governantes pelo mundo que no Brasil receberam o apelido de, por exemplo, Getúlio Vargas, o pai dos pobres, deputado Suplicy, esse do Tarcísio, não só esse, mas outros também, como aquele que ele está aplicando aquela lei que entrega as terras públicas devolutas para os grandes grileiros lá no Pontal do Paranapanema, principalmente, ele está se tornando pai dos ricos.

Essa é a característica do governador, porque este projeto, como bem já falou aqui o deputado Donato, nosso líder, ele beneficia os grandes devedores, os malandros que sonegam e, depois, utilizam escritórios de advocacia, utilizam o dinheiro que têm para não pagar.

Agora, além de tudo, recebem o beneplácito do governador, que manda um projeto aqui facilitando, dando descontos, assim, maiores do que a lei já prevê, maiores parcelas, para beneficiar mais ainda esses grandes devedores, que não pagam imposto aqui, no estado de São Paulo, não recolhem ICMS. Então isso é escandaloso.

Eu concordo com os argumentos de que esse projeto não tem transparência. Sabemos de forma genérica quem ele beneficia os grandes sonegadores, os grandes devedores, os grandes empresários, mas não está denominado aqui. Então precisaria ser explicitado de uma melhor forma.

Eu não quero ficar passando cheque em branco para um governador como o governador Tarcísio. A Assembleia não está aqui para simplesmente ficar homologando os desejos e o programa desse governo, que só beneficia poucos. Insensibilidade para os pobres, insensibilidade generalizada para as pessoas que passam dificuldades. Ontem eu citei aqui o caso dos desempregados que recebiam o “Bolsa Trabalho”, que o governador simplesmente retirou o programa, prejudicando milhares de pessoas.

A outra coisa desse projeto que dificulta a nossa aprovação é essa questão, o governo se propõe a melhorar a arrecadação de ICMS, mas, e o Vinicius Camarinha, o relator, não aceitou colocar isso, de já prever, conforme emenda da nossa bancada, que esse projeto possa reservar aquilo que for arrecadado para repassar para os municípios ou repassar a quota-parte para as universidades.

Então é uma arrecadação que visa beneficiar só o governo naquilo que ele vai conseguir, e vira as costas para os municípios, vira as costas para o Governo do Estado. Então é muito complicado a gente aprovar uma proposta dessas, com essa falácia de que está beneficiando.

É uma cópia meio piorada do projeto do governo federal, que, esse sim, beneficia o pequeno devedor, cria subsídios, cria facilidades para que aqueles que têm débito, dívida com os bancos, etc. possam ter sua vida facilitada e, assim, tirar seu nome dos sites que registram os devedores aqui, no Brasil.

Então, por essas e outras, Sr. Presidente, é que eu acho muito difícil a gente aprovar um projeto desses. Fica registrado o nosso voto contrário a esse projeto. Vamos debater aquele na semana que vem, que está embutido aí uma anistia também para o presidente Bolsonaro, que desdenhou da sociedade, foi culpado por milhares de mortes com o seu comportamento durante a Covid, e que agora pretende ser beneficiado por uma lei. Aí não dá, deputado Fiorilo, a gente aprovar uma coisa dessas.

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. O senhor vai entrar agora... 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - No processo de votação. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar pela Federação. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, em votação o substitutivo apresentado pelo congresso de comissões. Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo, para encaminhar em nome da Federação PT/PCdoB. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, depois de todos os discursos feitos aqui, tanto pelos deputados do PT, deputado do PSOL, fica claro quais são as dificuldades do projeto. Nós entendemos e insistimos que o governo poderia ter a sensibilidade de acatar emenda de plenário, a sensibilidade para poder ter gastos de forma mais coerente.

Nós estamos chegando já ao último trimestre, e o governo está muito aquém daquilo que deveria executar orçamentariamente.

E dizer que, apesar de a gente ter uma emenda do deputado Reis incorporada, que ajuda a melhorar o texto da lei, nós apresentamos uma série de outras questões que infelizmente não tiveram, por parte do governo, a capacidade, a sensibilidade de aceitar as nossas sugestões, o que nos leva, portanto, a votar de forma contrária ao projeto.

E, para que não haja dúvida, presidente, nós vamos pedir a verificação de votação. Então, acho que é importante isso, para que os deputados e deputadas que vão aprovar saibam que serão necessários aqui os 48 votos dos deputados e deputadas.

Em seguida, ou na próxima semana... Aliás, aproveitar aqui o deputado Eduardo para fazer uma deferência, até porque hoje é o aniversário do deputado. Ele tem compromissos pessoais, mas infelizmente a gente ainda não terminou esse processo.

O senhor ainda terá que aguardar aqui por mais um período. Mas eu fiquei sabendo que vai haver um pequeno gesto de comemoração à passagem do seu aniversário. Então, eu quero aqui aproveitar para parabenizá-lo de público, mas dizer que a gente ainda continua aqui nesse processo.

Só não faremos a discussão do 1.245 porque infelizmente não houve, também, por parte do governo, a sensibilidade de tirar o Art. 36, já citado aqui. Eu não sei se o deputado Barba fez referência ao diálogo com o governador; vou deixar depois o deputado Barba fazê-lo, que eu acho melhor, mais justo e mais verdadeiro. (Fala fora do microfone.) Quer na Minoria? Não, né. E verdadeiro. Isso ajudaria muito, porque a gente começa a construir uma relação de confiança.

Quando eu dou aqui a minha palavra, eu preciso cumpri-la. E é muito ruim, deputado Conte Lopes, quando esse tipo de gesto começa a não ter validade nenhuma, quando a palavra... Porque a palavra, no Parlamento, tem um peso grande, aliás muito grande. Quando a gente se compromete, a gente se compromete e vai até o final.

Então, acho que nesse caso específico a gente teve um desgaste desnecessário. Mas ele fará parte, deputado Barba, do debate do projeto seguinte, que é o 1.245. O 1.246, a gente já trouxe aqui quais são os problemas, e o que nós vamos fazer. O deputado Alex Madureira, por quem eu tenho um respeito muito grande, também acompanhou essa discussão.

Quando eu pedi ao deputado Alex que pudesse votar na nossa emenda para ajudar a cidade de Piracicaba e as cidades do entorno, para que pudessem pagar a folha de pagamento, cumprir com suas obrigações... Mas infelizmente o meu apelo não teve eco.

Quem sabe a gente continue insistindo e, na próxima, a gente tenha condições de sensibilizar mais os corações que, ao longo desses meses, foram convertidos ao “tarcisismo”. Alguns que me surpreendem, porque tinham uma verve, aqui, feroz contra o governo. Não da oposição, da situação - é bom deixar claro.

Agora a verve se transformou numa relação amistosa, numa relação para lá de comprometida com o governo. Eu imagino que esse deputado, cujo nome eu não vou declinar aqui, porque ele sabe, tenha conseguido indicar o representante da Educação, porque era o único pleito que ele fazia aqui publicamente.

Então, o governador deve ter chamado o deputado lá e ter dito para ele: pode indicar o cara da Opus Dei, da sei lá qual era... Arautos. Parece que é daí então, né. Arautos. Para indicar na Educação.

Parece que o pleito foi acatado. Então, conseguiu colocar o representante dos Arautos. Aliás, estavam aí outro dia. Não sei se estavam procurando o deputado que está devendo a indicação, se vieram cobrar.

Mas eu acho que o governador deve ter passado mel na boca de muitos deputados. Então eu vou terminar aqui, e ceder o restante do meu tempo, Sr. Presidente, ao nobre deputado Barba, que trará aqui uma informação verídica e bombástica.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra, o deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, meu líder Paulo Fiorilo, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.

Hoje, no congresso de comissões, eu estava com duas reuniões e eu não consegui chegar no congresso. Porque, se chegasse no congresso, poderia fazer uso da palavra, e poderia dar uma informação, e pedir para que o deputado Paulo Fiorilo levasse essa informação.

Quando o governador sancionou o meu projeto, no dia 12, eu liguei para o governador no dia 13, para poder agradecer, e dizer para ele que foi um gesto importante ele ter aprovado o projeto do Dia da Consciência Negra, e o feriado no estado de São Paulo. Aí conversamos um pouco.

Depois ele me fez o seguinte pedido: “Deputado, em função de um problema de uma empresa que o senhor me apresentou - eu levei um problema de uma empresa para o governador - eu mandei dois projetos para a Casa”. Qual que é o problema da empresa?

A empresa tem uma dívida ativa de ICMS, no estado de São Paulo. Ela estava sofrendo uma penhora, do pagamento dos seus fornecedores, na ordem de 10 por cento. Porque tem uma sentença, de uma decisão judicial contra essa empresa. Estou preservando o nome da empresa, uma empresa metalúrgica do ABC. Estou preservando o nome dela.

Mas falei com o governador. Pedi para ele mediar uma conversa com a Procuradoria Geral da Fazenda, que é onde estava a execução da penhora dos 10% do ICMS. Então, em função disso, ele mandou para a Casa dois projetos.

E aí, um dos projetos é o projeto que trata da dívida ativa do ICMS aqui no estado de São Paulo. Eu estive com a empresa na Procuradoria. Teve participação do Ministério Público.

Eu deixei claro que a minha relação com a empresa era a relação de dirigente sindical, porque negociei muito com essa empresa a data-base, negociação de PLR, negociação de plano de cargos e salários.

Então deixei claro que a minha relação com a empresa era essa. Mas que era importante olhar para aquela empresa, porque ela tem 500 trabalhadores, 1.500 vidas no plano médico, e estava correndo o risco de não conseguir pagar a folha de pagamento dos trabalhadores.

Então o governador pediu se eu poderia ajudar nesses dois projetos. Esse projeto de hoje, eu não estou discutindo ele. Eu vou discutir o outro, da dívida ativa.

Eu falei. “Governador, vou ser muito franco. Da maneira como foi o projeto da dívida ativa, está muito difícil debater, por conta do Art. 36. O Art. 36 é um jabuti dos grandes, colocado em cima da árvore, para anistiar o Bolsonaro.”

Aí ele respondeu da seguinte ordem.

Falei para o governador: “Se o senhor mexer no projeto, aí é possível a gente fazer um debate”.

 Mesmo entendendo que existe uma mão muito pesada da Procuradoria da Fazenda, mas a Fazenda está aí para fiscalizar mesmo. É para ajudar a arrecadar, para fiscalizar.

Agora, não adianta a gente ficar com a dívida ativa da empresa, de 8 bilhões. A dívida real pode ser 1 bilhão. O resto é os encargos da dívida. O resto é multa e juros. No caso da empresa não é isso. Não é bilhões, é milhões, mas é um dinheiro importante.

Falei: “Você não consegue recuperar. Então é importante ter um projeto que realmente dê conta disso, de você reduzir o tamanho dos encargos da dívida”.

Os encargos de uma dívida são juros e multa. Às vezes a dívida é de 10 milhões, a empresa está devendo 40 a 50 milhões. Não consegue pagar a dívida, não executa, e o governo arrecada.

Ele falou assim: “Olha, deputado, eu não tenho problema de mexer no projeto. Até porque, o presidente Bolsonaro já fez a arrecadação, depositou em juízo, e tal”.

Mas aqui tem o endereço correto. Na leitura política, o endereço ali é a anistia ao Bolsonaro.

Então, essa foi minha conversa com o governador por telefone. Já havia dito para o Xerife ali no café, ali em cima, pra conversar com o governador, para ver como a gente mexe nesse Art. 36.

Obrigado pela tolerância.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente., para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Deputada Monica.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem. Para indicar o deputado Carlos Giannazi para encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Carlos Giannazi segue então ao nosso púlpito, para fazer o encaminhamento pela Federação PSOL REDE, e dois minutos ao nosso líder do Governo, deputado Jorge Wilson, para uma comunicação.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, a líder do PSOL, a deputada Monica Seixas, fez um comentário aqui neste Parlamento, dizendo que ontem, em uma visita à USP, o governador esteve lá e se deparou com alguns alunos em greve, e havia passado com o carro em cima do pé de uma aluna, o que não procede, Sr. Presidente.

É importante ficar claro aqui para nossa líder, deputada Monica Seixas, o que ocorreu. Ocorreu realmente um incidente com o carro do governador. O governador, com a sensibilidade que tem, o governador Tarcísio de Freitas jamais deixaria de parar o carro, até para atender, descer e cumprimentar o aluno ou a aluna. Esse incidente ocorreu em outro carro, no carro do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, não o do governador Tarcísio de Freitas.

Então, gostaria de pedir à deputada Monica Seixas que se retratasse, por favor, porque é grave quando se faz uma acusação, uma acusação tão grave, dizendo que o governador havia passado com o seu carro em cima do pé de uma aluna. Quem conhece o governador Tarcísio de Freitas sabe da sensibilidade dele, do respeito que ele tem com as pessoas e jamais ele faria isso.

Então, esse incidente ocorreu, ocorreu, sim, ocorreu, segundo informações da Secretaria de Comunicação do Estado, ocorreu no carro do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

É isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Devolvo a palavra ao deputado Carlos Giannazi, para encaminhar pela Federação PSOL Rede.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, deputados, deputadas, público aqui presente, o deputado Xerife aqui abordou uma questão que nós estamos acompanhando, deputada Monica, que é a greve da USP, que tem todo o nosso apoio, dos estudantes e dos professores também.

Porque há muitos anos que não há concurso público para contratação de professores na Universidade de São Paulo, em várias faculdades.

A Universidade de São Paulo vem passando gradativamente, ano a ano, por um processo de degradação, de destruição, e por isso que os alunos estão reagindo, porque a USP implantou também a contratação precarizada, deputado Barba.

O professor categoria “O” que existe no Estado também existe da Universidade de São Paulo, a maior universidade do Brasil, a mais importante, talvez, da América Latina, uma das melhores do mundo.

Tem professor categoria “O” lá. O professor é contratado apenas por um ano, ao invés de realizar concurso público para contratar professores. Essa é a crise da Universidade, de esvaziamento. Não tem concurso para funcionário nem para professor, por isso que os alunos não estão aguentando mais.

Entraram em greve, depois os professores que estão lá. Então, é uma greve importante, que chama a atenção de toda a sociedade, inclusive do governo estadual, para que nós possamos aumentar o investimento nas nossas três universidades, na USP, na Unicamp, na Unesp, e nas Etecs e Fatecs, e também no Centro Paula Souza.

Então, daqui da tribuna da Assembleia Legislativa, quero manifestar mais uma vez todo nosso apoio à greve dos estudantes e professores da Universidade de São Paulo.

Quero ainda, Sr. Presidente, aproveitando aqui a oportunidade... Estou acompanhando aqui, recebendo, na verdade, várias denúncias de empresas terceirizadas da rede estadual que estão abandonando as suas trabalhadoras. Olha essa empresa Fusion, o Grupo Fusion, que atende, que é uma empresa terceirizada, contratada pelo pela Secretaria da Educação. Ela está em várias Diretorias de Ensino.

Eu estou acompanhando aqui uma denúncia gravíssima lá, que as escolas estão reclamando. Vinte e três escolas da Diretoria de Ensino de Diadema estão sem essas servidoras de limpeza, porque essa empresa deu calote, não está pagando as trabalhadoras da limpeza. No entanto, elas estão praticamente em greve, não estão trabalhando. Olha, são 23 escolas em Diadema. Tem aqui denúncias também de Campinas, onde essa empresa também abandonou as suas trabalhadoras.

Eu digo isso porque é uma constante, isso vem acontecendo o tempo todo na rede estadual. A terceirização é algo perverso para a Educação do estado de São Paulo. Constantemente, nossas escolas são abandonadas por essas empresas e ficam sem as servidoras, as funcionárias de limpeza.

Peço, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, que a Secretaria da Educação tome as providências necessárias em caráter de extrema urgência, para que essa empresa seja punida, seja responsabilizada, e que se resolva a situação dessas 23 escolas de Diadema que estão sem o serviço de limpeza.

Aproveito ainda, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, para cobrar mais uma vez: hoje estão fazendo 205 dias praticamente que a Secretaria da Educação não resolveu a situação das APDs, das Atividades Pedagógicas Diversificadas.

O secretário Renato Feder, dono da Multilaser, grande empresário da Multilaser, que tem contratos milionários com sua própria secretaria... Ele vende produtos para sua própria secretaria. Tem um contrato que é do ano passado, mas é ele que paga a empresa dele. São quase 200 milhões em contratos para fornecer produtos eletrônicos para a rede estadual.

Esse secretário se comprometeu várias vezes, inclusive aqui na Assembleia Legislativa, na nossa Comissão de Educação, no semestre passado, a encaminhar o projeto flexibilizando as famosas Atividades Pedagógicas Diversificadas, de tal forma que os professores possam fazê-las de acordo com sua livre escolha.

Ele prometeu na Comissão de Educação. Tive uma audiência com ele no dia 13 de julho, no gabinete da Seduc, com a assessoria, e ele se comprometeu a encaminhar o projeto. Mais recentemente ele fez uma live se comprometendo novamente, mas até agora o projeto não chegou à Assembleia Legislativa de São Paulo. Estamos sem essa possibilidade.

Eu tenho certeza de que, na hora em que o projeto chegar, no momento em que ele for protocolado, ele será aprovado em caráter de extrema urgência, porque é um projeto prioritário, para garantir que o professor tenha acesso às APDs, mas em local de livre escolha.

O secretário até agora não resolveu essa questão e muitas outras que estão pendentes, Sr. Presidente, mas essa é uma das questões mais urgentes que temos que resolver, porque essas APDs estão destruindo o Magistério estadual, criando um verdadeiro terrorismo no processo ensino-aprendizagem, atacando os nossos professores e as nossas professoras.

Então é isso, Sr. Presidente. Encerro aqui a minha intervenção dizendo que vamos votar contrariamente a esse projeto de lei.

Muito obrigado.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Para uma breve comunicação, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, deputado Suplicy. Dois minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Caro presidente André do Prado, eu ontem recebi uma visita aqui na Assembleia Legislativa de excepcional qualidade e importância, de Ciro Gomes.

No diálogo com ele, eu conversei sobre a formação do grupo de trabalho que tenho sugerido ao presidente Lula e aos seus ministros para estudarem as etapas que estão expressas na Lei nº 16.401, que recriou o Bolsa Família, que diz que constitui uma forma da universalização e implementação da renda básica de cidadania; portanto, que um dia terá caráter universal.

Eu fiz um diálogo com Ciro Gomes que eu gostaria de transmitir e passar aqui na Alesp para todos os deputados estaduais dos mais diversos partidos, porque acredito que todos têm interesse nesse assunto.

E eu apresentarei o vídeo de meu diálogo com Ciro Gomes amanhã ao me inscrever para o Grande Expediente. Se trata de um diálogo de sete minutos, mas acredito que terá muita relevância.

Agradeço muito, presidente André do Prado, por esta oportunidade.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Suplicy. Comunicar que está entre nós, a convite da deputada Monica Seixas e do deputado Carlos Giannazi, a nossa presidente da Câmara da cidade de Espírito Santo do Pinhal, a nossa Francine. Seja bem-vinda a esta Casa, Francine. Salva de palmas. (Palmas.)

Em votação o substitutivo apresentado pelo congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Prejudicado o projeto e as emendas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa., deputada Monica Seixas. Então faremos agora a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder neste momento à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para colocar o Republicanos em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Dr. Eduardo Nóbrega, aniversariante do dia. Aqui já aproveito para desejar um feliz aniversário e muita saúde e paz. Que Deus continue te abençoando.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Valeu, André. Quero colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL REDE também em obstrução.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Leo Siqueira.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Partido Novo em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Novo em obstrução.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Valdomiro Lopes.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Lucas Bove.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Como vice-líder, colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Oseias de Madureira.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Dr. Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Meu querido, ponha o Progressistas em obstrução. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas em obstrução.

 

O SR. ATILA JACOMUSSI - SOLIDARIEDADE - Solidariedade em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Solidariedade em obstrução.

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB - O MDB em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais deputados que estão votando no sistema eletrônico, abriremos agora então para os microfones de aparte, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não conseguiram fazer o seu voto possam assim fazê-lo.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, presidente. Quero agradecer a bancada do PT, que teve toda essa compreensão com o meu aniversário hoje, acelerando o processo. Agradeço o Paulo e toda a bancada, deixo meu voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Eduardo Nóbrega vota “sim”.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Apenas para uma comunicação. O voto do deputado Edmir não entrou, e ele está ali, tentou votar, não entrou o voto dele.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Edmir fará seu voto no microfone de aparte, deputado Jorge Wilson.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Agradeço a todos os deputados da base aliada, inclusive cumprimento aqui o nosso secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita; parabenizar o nosso secretário-executivo Rogério, que, pelo trabalho brilhante nesse projeto, que vai avançar, São Paulo, desburocratizando e colocando a presença do estado na vida das pessoas. Voto “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Jorge Wilson vota “sim”.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Primeiro, parabenizar o governo do estado, o governador Tarcísio de Freitas, por ter a coragem de tomar uma atitude dessas. Parabenizar todos os deputados, o nosso secretário que está aqui, o Samuel Kinoshita, o nosso secretário executivo, Rogério, que fizeram excelente trabalho, que a gente tem acompanhado.

Nós votamos, com certeza, “sim”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Altair vota “sim”.

 

O SR. HELINHO ZANATTA - PSD - Eu quero aqui parabenizar o nosso governador Tarcísio, por ter feito esse brilhante projeto junto com o nosso secretário da Fazenda e dizer parabéns pela coragem, por ter mudado a história da dívida, do estoque da dívida do estado de São Paulo. Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Helinho Zanatta vota “sim”.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Presidente, parabéns à Presidência, secretário Samuel, meu xará Rogério. Projeto tão importante ao estado de São Paulo. Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Rogério Nogueira vota “sim”.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal. Por um estado com responsabilidade fiscal, voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Leo Siqueira vota “sim”.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, votação expressiva aqui. Cumprimentar o secretário Samuel Kinoshita. Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Gil Diniz vota “sim”.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, saudando aqui a Secretaria da Fazenda, que é autora do projeto, evidentemente que junto com o governador, o secretário Samuel, o secretário Rogério, o chefe de gabinete Dr. Eduardo. Brilhante projeto.

Consignar aqui a satisfação de ter trabalhado junto com todos os líderes em assembleia. E consignar, com certeza, o meu voto “sim”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Vinicius Camarinha, líder da Federação PSDB Cidadania, vota “sim”.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Como não tem garantia do recurso do ICMS, além da quota-parte, para os municípios... Apenas os 25% da quota-parte, a bancada do PT vota “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Luiz Claudio Marcolino vota “não”.

 

O SR. DONATO - PT - Eu voto “não”. Presidente, só uma pergunta. Tem Jetom quando elogia o Governo, ou não?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Donato vota “não”, deputado. Sem Jetom.

 

O SR. DONATO - PT - Então é de graça mesmo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É de graça.

Mais algum dos Srs. e Sras. Deputados gostaria de fazer o seu voto? (Pausa.) Não havendo mais deputados querendo fazer o seu voto, passaremos agora para a alteração do voto. Pergunto a V. Exas., Sras. e Srs. Deputados, algum dos senhores gostaria de alterar o seu voto? (Pausa.) Não havendo deputados querendo alterar o seu voto, passaremos, agora, à proclamação do resultado de votação.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votaram “sim” 56 deputados, votaram “não” 14 deputados, mais este presidente, totalizando 71 votos, quórum suficiente para aprovar o projeto substitutivo apresentado pelo congresso de comissões, ficando prejudicados o projeto e as emendas.

Lembrando-os, ainda, Sras. e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 40ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 28/09/2023.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a realizar-se hoje, cinco minutos após o término desta sessão, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer a redação final para o Projeto de lei nº 1.246, de 2023, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, parabenizar V. Exa. como presidente desta Casa, deste Parlamento, o maior parlamento da América Latina, pela forma como V. Exa. vem conduzindo este Parlamento, ao mesmo tempo parabenizar cada líder desta Casa, da base aliada, deputado Carlos Cezar, deputado Altair, todos os deputados líderes aqui.

Fazer uma homenagem ao líder, deputado Vinicius Camarinha, que muito foi importante no seu relatório, no seu parecer. Ao mesmo tempo, parabenizar também o secretário executivo da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, o Rogério, que muito ajudou na questão de esclarecimentos aos deputados, mostrando a questão técnica, a importância desse projeto.

Parabenizar também o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita, parabenizar este Parlamento, Sr. Presidente, que todos estes deputados vieram atender aos anseios da população, fazendo com que o sentimento do governador do estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas, querendo colocar a presença do Estado na vida do cidadão, na vida das pessoas, desburocratizando a máquina pública.

Então eu faço agora a minha homenagem, as nossas homenagens a todos os deputados desta Casa, todos os deputados da base aliada, os deputados da oposição também, que muito contribuíram em relação às emendas importantes, para melhorar o projeto.

Aí, fazer a nossa homenagem ao nosso governador Tarcísio de Freitas por ter a sensibilidade que ele tem e o respeito que ele tem com todos os deputados, inclusive os deputados da oposição.

É só isso que eu queria colocar nesta comunicação, Sr. Presidente, e, mais uma vez, ratificar os parabéns a Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Jorge Wilson. Também quero cumprimentar a todos os Srs. Parlamentares pela aprovação desse importante projeto, que vai gerar receita para o estado de São Paulo, facilitar a vida do contribuinte que está em débito com a Fazenda do Estado, propiciando recursos para que o nosso Estado possa investir mais em todas as suas áreas, bem como possa ser feita a transparência de recursos para os nossos municípios do estado de São Paulo, que estão passando por enormes dificuldades financeiras.

Esgotado o tempo desta sessão e o objeto, está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas e 8 minutos.

 

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