14 DE DEZEMBRO DE 2023

157ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: GILMACI SANTOS e CARLOS CEZAR

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - DR. ELTON

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - DR. ELTON

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - DR. ELTON

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

12 - DR. ELTON

Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.

        

13 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido e suspende a sessão às 14h56min, reabrindo-a às 16h33min.

        

ORDEM DO DIA

14 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PDL 43/23.

        

15 - PAULO FIORILO

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 50 minutos, por acordo de lideranças.

        

16 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Anota o pedido. Convoca, para hoje, reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização e Controle, a realizar-se às 16 horas e 40 minutos.

        

17 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido do deputado Paulo Fiorilo. Suspende a sessão às 16h36min.

        

19 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h55min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

        

20 - PAULO FIORILO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

21 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 15/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada, hoje, dez minutos após o término desta sessão. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Passamos, então, ao nosso Pequeno Expediente, convidando para fazer uso da palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.)

Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)  Deputada Professora Bebel. (Pausa.)  Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.)  Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.)  Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gilmaci Santos, deputado Suplicy, deputado Reis, telespectador da TV Assembleia. Sr. Presidente, nós estamos acompanhando aqui, já preparando uma grande mobilização, não só no estado de São Paulo, mas no Brasil, contra a tentativa de um golpe na Educação.

Eu me refiro aqui à tentativa da Câmara dos Deputados em votar o projeto de lei, o relatório, na verdade, feito pelo deputado Mendonça Filho, que foi ministro da Educação do Temer, que baixou a Reforma do Ensino Médio, a farsa da Reforma do Ensino Médio, que causou todo este caos que nós estamos vendo no ensino médio, prejudicando mais de sete milhões de alunos no ensino médio, sobretudo das escolas públicas do Brasil.

O governo federal encaminhou um projeto de lei modificando essa proposta que foi aprovada por medida provisória, inclusive, na época... Que os estudantes foram contra, os professores, toda a sociedade praticamente foi contra a Reforma do Ensino Médio, a farsa da Reforma do Ensino Médio do governo Temer.

Só quem defendeu a reforma foram as instituições, as entidades empresariais. Essas, sim, defenderam, porque o objetivo central da reforma apresentada pelo Temer era de formar mão de obra barata para o mundo do trabalho precarizado, impedindo que os nossos alunos pudessem ter formação geral, formação crítica, formação voltada para o pleno exercício da cidadania.

No entanto, o governo federal, após uma ampla mobilização de estudantes, de professores no Brasil, encaminhou um projeto de lei, que tem defeitos, mas avançaria bastante no sentido de... Uma espécie de revogação da reforma do Temer.

No entanto, Sr. Presidente, nós tivemos um caso surreal. O Arthur Lira, que manda hoje na Câmara dos Deputados, designou como relator desse projeto - do governo Lula - o Mendonça Filho, deputado federal, que foi o autor da reforma do Temer.

Um escárnio total. E eles conseguiram aprovar ontem, na Câmara dos Deputados, o regime de urgência desse projeto. Ele vai entrar em votação na próxima semana, já no mérito, na próxima terça-feira.

Isso representa um verdadeiro golpe em toda a mobilização, golpe nos alunos do ensino médio, porque esse modelo de Educação é um modelo que, na verdade, repito, forma o aluno para entregar pizza, para andar de bicicleta entregando alimentação. Não forma o aluno para entrar na universidade, porque é um modelo que reduz drasticamente o número de disciplinas obrigatórias e importantes.

É uma redução drástica, sobretudo, de Filosofia, Sociologia, Artes, Biologia, História, Geografia... Essas disciplinas são todas escanteadas por essa reforma. O aluno fica sem condições de prestar, por exemplo, um vestibular, ela vai com muita dificuldade.

É o que já está acontecendo aqui porque o Renato Feder, secretário da Educação, publicou há um mês atrás uma resolução diminuindo já as aulas de filosofia e sociologia no ensino médio, de história e artes também. Até mesmo no ensino fundamental houve a diminuição de aulas de história e de artes, para introduzir ensino religioso e educação financeira, já nessa linha da reforma do Temer.

Mas vai ter muita mobilização em todo o Brasil dos estudantes, dos professores, das entidades representativas que lutam, de fato, por uma educação pública gratuita e de qualidade social para todos, uma Educação que, de fato, prepare o nosso aluno para o pleno exercício da cidadania e para o mundo do trabalho.

Essa é a Educação que nós queremos, uma Educação libertadora, emancipadora e esse não é o projeto, o relatório defendido pelo Mendonça Filho. Ele quer reeditar aqui uma outra reforma do ensino médio 2.0. É isso que está em jogo hoje, então é muito importante a mobilização.

Quero dizer que quem pediu o regime de urgência dessa vez foi o Partido Novo, deputado Reis, e conseguiu pegar as assinaturas, porque hoje a Câmara dos Deputados é constituída basicamente por deputados da direita e da extrema direita. Todos, em geral, comprometidos com essa visão neoliberal e com o mercado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Carlos Giannazi. Convidando agora para fazer o uso da palavra o nobre deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o presidente Gilmaci Santos, nosso candidato designado. Cumprimentar o deputado Carlos Giannazi, o deputado Suplicy, o público presente, os integrantes da Polícia Penal, da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica, público presente e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.

Presidente, eu... Teve um ato ontem, onde participou o governador Tarcísio de Freitas e o presidente Lula, e foi para anunciar a liberação de mais de dez bilhões para obras de mobilidade em São Paulo. Os dez bilhões serão transferidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.

Esses dez bilhões representam um terço dos 32,1 bilhões que serão liberados para os estados e faz parte do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Eu gostaria de passar um vídeo, porque estava um clima muito afável, um clima bastante amistoso em que foi anunciado a liberação desses dez bilhões. Pedir à assessoria técnica, por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Eu fiz questão de passar esse vídeo aqui, Suplicy, para registrar esse ato. Ao que me parece, o Lula “tarcisou”, ele está ajudando bastante São Paulo com esse empréstimo, com essa liberação de recurso, mas ajudando principalmente o governador na sua agenda.

Irão para o projeto do trem entre São Paulo e Campinas 6,4 bilhões, o Trem Intercidades que, inclusive, nós aprovamos aqui a autorização para que pudesse ter esse empréstimo. O Trem Intercidades tem um custo estimado de 13,5 bi. Será feito por parceria público-privada, PPP, cujo leilão está marcado para fevereiro.

O governo de São Paulo deve arcar com 8,5 bilhões desse custo. Os 3,6 bilhões restantes irão para as obras, que já estão em andamento, do prolongamento da Linha Verde do Metrô, do trecho que vai da Estação Vila Prudente até a Estação Penha, onde haverá integração à Linha 3 Vermelha e à Linha 11 Coral, da CPTM.

Cabe destacar o caráter republicano do governo Lula que, antes de tudo, se preocupa e trabalha para o povo, por isso determinou ao BNDES a liberação desses recursos para o governo de São Paulo e outros governos. Esse é o caráter dessa deliberação, melhorar o transporte, os meios de locomoção, para o povo de São Paulo.

Eu fico pensando, analisando aqui, o que estão pensando os bolsonaristas, que os bolsonaristas já dizem que “a esquerda é inimiga deles”. Se os bolsonaristas dizem que a esquerda é inimiga deles, eles também são nossos inimigos. Não são adversários, são inimigos. Mas o Bolsonaro deve estar falando assim: “Tarcísio, eu vou proibir isso aí, está ok?”.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão.

 

O SR. REIS - PT - Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Com a palavra deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)

Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.)

Passamos à Lista Suplementar. Com a palavra deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezado presidente Gilmar Santos, primeiro gostaria de reiterar apoio às palavras do deputado Reis com respeito ao bom encontro que houve em Brasília, entre o presidente Lula, a sua equipe de ministros, o presidente do BNDES e o governador Tarcísio de Freitas, para um passo fundamental no programa de aceleração do crescimento, onde o presidente Lula e o BNDES concederam ao governo do estado de São Paulo mais de 10 bilhões de reais, para que possa ser realizada a construção e funcionamento desta estrada de ferro que vai ligar São Paulo a Campinas, uma das principais, se não a principal cidade do interior, e isso beneficiando muitas outras cidades e localidades ao longo desse trajeto. Foi importante esse clima de cooperação mútua havido ali no Palácio do Planalto.

Mas gostaria, Sr. Presidente, de hoje assinalar a boa matéria que “O Globo” publica hoje sobre a Cannabis medicinal: “As decisões judiciais para obrigar o fornecimento, saltam de 377,9%, e estimulam leis para a inclusão no SUS.

A alta de decisões judiciais que obrigam o Poder Público a garantir o fornecimento de produtos terapêuticos da base de Cannabis tem motivado a criação de leis estaduais para inclusão dos fármacos no Sistema Único de Saúde. Levantamento feito pelo ‘O Globo’ com alguns dos estados mais populosos do país, com números do Ministério da Saúde, mostram que foram gastos 40 milhões de reais em 2023, até outubro, para atender os pacientes.

Em âmbito federal, dados mais recentes contabilizados pela pasta da Saúde mostram que somente no primeiro trimestre foram gastos R$ 767.906,00, um aumento de 377,9% em relação ao contabilizado durante todo o ano de 2021, que foi de R$ 160.690,00. No ano passado o montante já havia chegado a R$ 1.671.701,00, valor que deve ser ultrapassado em quase duas vezes em 2023.

Nos estados, o levantamento do ‘O Globo’ com as unidades da Federação mais populosas mostram que até outubro foram destinados ao menos 39,1 milhões, de acordo com dados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo. Apenas o estado de São Paulo responde por 25,6 milhões de reais. Procurados, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e Pará não informaram os valores.

Temos uma legislação que permite importar, mas não permite o cultivo para a produção no país. Então, na prática, o custo é pouco acessível e a pessoa que não tem uma condição financeira confortável fica privada do acesso. Diante disso, desse cenário, a judicialização é uma forma de garantir o acesso mediante custeio público, explica Natan Duek, ex-advogado membro da comissão de direito do setor da Cannabis medicinal da UAB do Rio de Janeiro, mestre da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

O segundo anuário da Cannabis medicinal no Brasil, elaborado pela empresa de dados do universo Cannabis Kaya Mind, e publicado neste ano, estima que o montante despendido pela rede pública em todo o país pode chegar a 80 milhões de reais até o fim do ano.

 Considerando todos os estados, nós ainda temos casos de loteria judicial. Algum juiz tem insegurança em proferir sentenças favoráveis ao acesso, mas isso tem reduzido muito. Boa parte dos pacientes têm conseguido, desde que cumpram os requisitos”.

Sr. Presidente, eu espero poder continuar a leitura e comentário sobre esta matéria quando tiver a palavra ainda mais uma vez nesta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Tem a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, o governador Tarcísio, após anunciar alguns dias atrás que é contra a tarifa zero, que ela é inviável no estado de São Paulo, mesmo com as experiências já bem-sucedidas em várias prefeituras do Brasil e do mundo, o governador se manifestou contrariamente à tarifa zero, e também após dizer que vai aumentar, sim, a tarifa da conta de água da Sabesp com a privatização, ele cometeu um estelionato: para aprovar o projeto, ele disse que não iria aumentar a tarifa; ao contrário, iria diminuir.

Uma semana após a aprovação da privatização da Sabesp aqui pela base do governo, que foi enganada pelo próprio governador, ele, no encontro na XP, que é uma corretora financeira controlada pelo Banco Itaú, lá, ele tem os seus patrões, o governador Tarcísio, porque ele é um servo, um serviçal do mercado financeiro. É por isso que ele está privatizando a Sabesp. Lá ele anunciou que haverá um aumento, sim, da tarifa da Sabesp no estado de São Paulo.

Ou seja, ele mentiu aqui para a sua própria base do Governo e para toda a população. Agora ele está anunciando o aumento da passagem do Metrô, da CPTM, do transporte público, que isso automaticamente leva também ao aumento da passagem de ônibus na cidade de São Paulo. Tem aqui a matéria hoje já anunciando, da “Folha de S. Paulo”, tem aqui no telão, vamos colocar.

 

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- É exibida a imagem.

 

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O anúncio foi feito, está sendo divulgado hoje pela imprensa. Ou seja, vai ter um aumento de praticamente 14% na passagem do Metrô, do trem, nos ônibus da EMTU. E aqui em São Paulo também, na Capital, a passagem vai para cinco reais, sem contar que ele já aprovou aqui o famoso trem da alegria, a farsa da reforma administrativa, em que ele deu um aumento de 48% para os cargos de confiança que ele pode indicar. São 21 mil pessoas que terão esse reajuste de 48%, cargos de até 26 mil reais. Foi o trem da alegria, que foi aprovado aqui pela base do governo também, que eles chamam de “reforma administrativa”.

Sem contar outras aprovações aqui pela Alesp: a anistia para os negacionista, para quem transgrediu e contribuiu para as mortes das pessoas em São Paulo não acatando as orientações sanitárias durante a Covid. Foram mais de 70 milhões que ele perdoou de dívida.

Enfim, agora, para completar, de presente de Natal para o povo do estado de São Paulo, ele apresenta esse reajuste de 14% na passagem do Metrô, do trem e dos ônibus da EMTU, impactando também a cidade de São Paulo.

A gente vive aqui uma contradição. O prefeito Ricardo Nunes estava ventilando a ideia, estudando a ideia, de dar tarifa zero na cidade de São Paulo, para tentar se reeleger com essa bandeira, mas parece que ele já recuou dessa intenção, mas disse que vai liberar os ônibus, vai dar tarifa zero no final de semana agora, fazer uma experiência. Tem até uma charge que nós colocamos aqui, ou seja, no domingo ele libera a passagem, mas no dia 1º de janeiro ele aumenta para cinco reais.

Então é um absurdo o que estamos vivendo aqui no estado de São Paulo, são vários ataques à população, ao erário público, e agora esse reajuste, que a população já está com os seus salários arrochados, defasados e vai ter que passar por isso com o aumento das passagens de metrô e de trem.

Lembrando ainda, para concluir a minha intervenção de hoje, que o governador... Eu falei de salários arrochados e defasados e isso também acontece com os nossos servidores, que tiveram apenas, em geral, 6% de reajuste. Os servidores da Educação, os servidores da Fundação Casa, do sistema prisional e outras secretarias. Os salários continuam também arrochados para os próprios servidores públicos do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Dr. Elton.

 

O SR. DR. ELTON - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado também ao plenário e a todos os nossos pares que acompanham os trabalhos aqui desta Casa. Eu venho nesta tarde primeiramente parabenizar todos os trabalhos que foram realizados e encerrados no dia de hoje, por meio da CPI que avalia a transição de gênero, a utilização de medicações para transição de gênero realizados pelo Hospital das Clínicas por meio do programa Amtigos.

Eu venho parabenizar em virtude de todo o trabalho que foi feito. Coisas importantes aconteceram ali, oitivas importantes foram realizadas para que a gente traga à mostra, a gente venha expor o que está sendo realizado e para que a gente possa alinhar adequadamente aquilo que deve ou não deve acontecer por meio do tratamento diante da ideologia de gênero.

Eu quero salientar alguns pontos importantes. Primeiramente, o posicionamento direto, objetivo e também adequado por parte da direita na exposição de todos aqueles quadros. Infelizmente, a gente notou também que a esquerda se posicionou na tentativa de desmerecer os posicionamentos do contrário.

Apresentou um relatório dizendo que a CPI foi desnecessária e é importante que a gente diga que esta é uma Casa democrática onde deve acontecer a possibilidade da discussão, mesmo do contrário, para que a gente possa chegar às conclusões adequadas e apresentar um relatório, que vai ser apresentado à nossa população.

Como médico e como parlamentar, eu tenho uma extrema responsabilidade em saber dos dados, trazer informação técnica também a esta Casa quando se trata de pautas de saúde.

Diante do exposto nas oitivas, houve grandes questionamentos sobre os efeitos colaterais e qual é o tempo que pode ser permitido para realização de qualquer tipo de tratamento como esse.

Tivemos a presença da Dra. Akemi, que trouxe dados importantes de trabalhos científicos vindos principalmente do exterior, como da Holanda. Também tivemos a presença de dois profissionais médicos advindos do ambulatório Amtigos, que apresentaram também os seus dados.

Eu quero dizer que, apesar de que o convite aos dois foi feito por meio da oposição, eles nos trouxeram dados importantes. Primeiro: de que não há possibilidade da redução da idade para a transição de gênero, conforme está na possibilidade pelo governo federal de acontecer por meio do SUS. Os próprios diretores desse serviço disseram que não há possibilidade da redução da idade para 14 anos, conforme está no protocolo que deve ser tentado e vai ser tentado colocar em prática aqui pelo SUS.

Outra coisa que foi entendida também por meio das oitivas é que o SUS não tem capacidade técnica para realizar esse tipo de tratamento, e essa foi uma fala do Dr. Durval.

Inclusive, recentemente, uma pesquisadora holandesa trouxe aqui no Congresso Brasileiro de Pediatria e Endocrinologia e expôs os dados a todo o congresso ali de médicos endocrinologistas, pediatras sobre os tratamentos realizados por lá.

E ali ela expôs o que nós não ouvimos falar por meio das oitivas, que são os efeitos colaterais, com perda óssea, com redução da altura, em virtude do tratamento e, além disso, da grande casuística que eles têm, diferentemente do que acontece no Brasil, mostrando que muitos cancelaram o uso dos bloqueadores e a maioria por remissão da disforia de gênero.

É necessário que a gente cumpra a possibilidade de que, aqueles que buscam esse tipo de tratamento, tenham na sua infância e adolescência a possibilidade de passarem por esse tempo, tendo a possibilidade de depois mudarem, inclusive, essa premissa ou esse desejo de realizar a disforia de gênero, deixando para que isso aconteça apenas numa maior idade.

E daí eu encerro também falando que muitos efeitos colaterais aconteciam e foram bem descritos ali por todos os trabalhos da Holanda e em diversos locais do mundo.

Então, o tratamento em adolescentes é multidisciplinar, mas com os dados muito limitados sobre os resultados a médio e longo prazo, nós entendemos que a progressão da redução da idade ou tratamento no SUS não está adequado.

Eu agradeço a todos, Deus abençoe.

Muito obrigado pela oportunidade.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado.

Com a palavra o deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente Gilmaci, eu retorno a esta tribuna porque como está previsto votar o Orçamento na data de hoje, e após votar o orçamento as atividades parlamentares se encerram aqui nesta Casa, eu quero fazer uma pequena prestação de contas desse período em que estive aqui à frente do mandato parlamentar deputado estadual por São Paulo.

Eu quero dizer que eu fiz 222 intervenções aqui dentro desta Casa, na tribuna, ou seja, durante esse período, do dia 15 de março até a data de hoje, agora 223 vezes com essa fala minha, participei da... Eu sou integrante da Comissão de Constituição e Justiça, participei de 17 reuniões da Comissão de Constituição e Justiça, 16 reuniões da Comissão de Segurança Pública, nove reuniões da Comissão de Fiscalização e Controle.

Participei do lançamento das frentes parlamentares. A Frente Parlamentar, da qual sou coordenador, em Defesa da Polícia Civil, fizemos o lançamento, plenárias, audiência pública, Ato Solene do Dia de Valorização do Policial Civil. Também a Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Penal fizemos o lançamento, depois fizemos outra reunião além de diligências no CDP de Pinheiros.

Também a Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe, do Hospital do Servidor Público, lançamos no dia 16 de maio. Tivemos reunião com secretário de Gestão e Governo Digital, audiência pública, que foi feita aqui nesta Casa, diligências nas dependências do Hospital do Servidor Público para se apropriar dos problemas, das demandas que há no Hospital do Servidor. Reunião com a comissão mista, a comissão consultiva mista que acompanha os trabalhos do Hospital do Servidor Público.

Também participei do lançamento da Frente Parlamentar de Promoção de Igualdade Racial em Defesa dos Povos Indígenas e Originários. Várias viagens ao interior, à cidade de Riolândia, Ubarana, Aparecida do Norte, Suzano, Lorena, Monte Mor, Hortolândia, Campinas, Jundiaí, Sorocaba, Piracicaba, Votuporanga, Cardoso, Matão, Itaberaba, Valinhos, Miracatu, Guarujá, Mauá, Itaquaquecetuba, Itapevi, Jacareí, Taboão da Serra, Praia Grande, Caçapava, Limeira e São Carlos.

Participamos de uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa e lideranças dos profissionais da segurança pública. Participei da inauguração das novas dependências do Departamento de Inteligência Policial do Estado de São Paulo.

Fizemos duas reuniões com o procurador-geral de Justiça, Dr. Mário Luiz Sarrubbo. Fizemos o descerramento da placa de identificação da Praça África Liberdade, ou seja, Praça da Liberdade África Japão, uma lei de minha autoria.

Também diligências ao Guarujá sobre a Operação Escudo. Ato público pela democracia. Ato em defesa da duplicação da Estrada do M’Boi Mirim e pelo metrô até o Jardim Ângela. Participei da posse de secretários municipais de Habitação, Milton Vieira, da Fazenda, Luis Felipe Vidal Arellano, e de Mudanças Climáticas, Gilberto Natalini.

Participei da sessão solene de entrega do Colar Guilherme de Almeida, na Câmara Municipal de São Paulo. Fizemos a plenária de avaliação dos 100 dias do mandato com eleitores, com os nossos colaboradores. Fizemos diligência ViaMobilidade, com vários deputados que participaram junto.

Participamos da sessão solene pelo Dia da África. Fizemos visita ao Cross. Participação da 27ª Marcha pela Democracia. Também participação em ato solene em homenagem ao companheiro Carlos Neder, com a entronização da placa de renomeação da AMA Jardim Coimbra para a AMA Dr. Carlos Neder.

Também participamos de reunião com o secretário de Gestão e Governo Digital, Leonardo Sultani, sobre insalubridade para oficiais administrativos da Segurança Pública. Também, reunião com o secretário da Fazenda e Planejamento de Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita.

Encontro Nacional de Parlamentares Negros e Negras. Também participei da instalação da Frente Parlamentar pró-Instituto Federal e Campus da Unifesp, na região sul da cidade. Também da entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao professor Sidnei Barreto.

Também participei da sessão solene de abertura do Mês da Consciência Negra e de abertura da Marcha da Consciência Negra. Participei também de audiência pública sobre Segurança Pública em Diadema.

Participação da Expo Internacional do Dia da Consciência Negra. Participei também da cerimônia de entrega do programa “Selo da Igualdade Racial”. Também participei da audiência pública sobre a privatização da Sabesp em Diadema. Reunião sobre a Sabesp em Pirituba e em Taipas.

Apresentei aqui, nesta Casa, Sr. Presidente, 21 projetos de lei, 13 projetos de lei complementar, 7 PECs em conjunto, 1 PDL, 6 projetos de resolução, 39 indicações, 7 moções, 36 requerimentos e 22 requerimentos de informação ao Sr. Governador, e 36 indicações.

Então, é um pouco do balanço que eu faço desses poucos meses que passei por esta Casa. Para terminar, Sr. Presidente, quero agradecer aqui, inclusive, V. Exa., todos os meus pares e todos os funcionários desta Casa, porque toda a nossa produção legislativa não decorre só da nossa ação, mas da ação conjunta de todos.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Gilmaci Santos, parabéns, deputado Reis, pelo seu desempenho tão positivo neste ano aqui, na Assembleia Legislativa.

E eu prossigo na análise deste artigo publicado hoje, em “O Globo”, sobre a Cannabis medicinal. A exposição de casos tem levado a um aumento da procura por esse direito de plantar a Cannabis, de utilizá-la. “É difícil estimarmos com precisão, mas imaginamos algo por volta de dois a quatro mil casos de habeas corpus para o cultivo. São medidas importantes individuais para agora, mas não é a solução a longo prazo - diz Duek.

A demanda em alta pelos medicamentos do tipo e as decisões judiciais têm levado estados a avançarem na criação de leis que incluam a modalidade terapêutica na rede pública - ainda que a regulamentação delas e a implementação na prática tenham se mostrado um novo desafio.

O tema ganhou força depois que São Paulo, maior estado do País, por iniciativa do deputado Caio França, com cerca de 44,4 milhões de habitantes, sancionou uma lei do tipo.

Mais recentemente, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo também passaram legislações semelhantes e leis parecidas são encontradas em locais como Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, entre outros.

Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde diz que ‘até a presente data, não há protocolado na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, pedido para análise de incorporação, no âmbito do SUS, do canabidiol, para quaisquer indicações, seja por parte das empresas fabricantes ou qualquer outro demandante’.

Mas ressalta que o SUS é tripartite, e estados, assim como municípios, podem ‘dispensar tecnologias em saúde que não estejam nas listas federais’. As leis estaduais, no entanto, ainda não se traduzem numa realidade. Os desafios passam pela falta de padronização dos produtos à base de Cannabis e pela delimitação de quais diagnósticos poderão ser atendidos.

‘Não estão regulados. É o caso de São Paulo, em que a lei foi muito celebrada’, sancionada pelo governador Tarcísio, ‘mas o decreto de regulamentação ainda não veio, então ainda não tem efeito.

Essa é a pior opção do estado, porque quando depende da judicialização, a secretaria tem que correr e comprar no preço de mercado, pagando valores muito mais altos. Se fosse adequadamente regulado, seria possível fazer licitação, avaliação de preços, ter em estoque, teria uma sensível economia aos cofres públicos’, diz Fürst.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo diz que o decreto de regulamentação da lei foi ‘tecnicamente finalizado pela pasta e está em avaliação juntamente com a Casa Civil’.”

Então, aqui quero fazer um apelo ao chefe da Casa Civil e ao secretário da Saúde, para que logo seja publicada a regulamentação referente à legislação que foi aqui aprovada, de iniciativa do deputado Caio França.

Uma das questões que interferem na regulamentação das leis é a não padronização dos produtos à base de Cannabis no Brasil, classificação criada pela Anvisa em 2015, quando passou a permitir a importação individual de terapias do tipo, mediante prescrição médica.

Com o tempo, farmácias também passaram a ser autorizadas a comercializar uma lista de algumas dezenas de fármacos aprovados. No entanto, os itens importados são óleos e outras formulações extraídas da Cannabis - sálvia, sativa -, que apresentam concentrações distintas de cannabidiol e do tetrahidrocanabinol, duas das centenas de substâncias produzidas pela planta.

A maioria desses óleos, embora de fato possam auxiliar no tratamento de determinadas condições, não têm indicação clínica específica e não passaram individualmente por ensaios clínicos rigorosos, motivo pelo qual são enquadrados como produtos de Cannabis, e não como remédios, pela Anvisa.

Eu quero, presidente Gilmaci Santos, recomendar a todos o livro de Sidarta Ribeiro, professor do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, “As Flores do Bem - a Ciência e a História da Liberdade da Maconha”, um livro de excepcional qualidade.

Para além de todos os riscos reais ou percebidos do consumo da Cannabis, é preciso discutir o maior de todos os perigos causados pelo amor às flores: o fato de serem proibidas, o que cria riscos não apenas para os usuários, mas para todas as pessoas ao seu redor.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Com a palavra, o deputado Reis, para completar 225 intervenções nessa tribuna nesta 20a Legislatura, não é isso?

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, eu fiz questão de, nesse período, usar todo o tempo possível para falar aqui da tribuna, porque o ano que vem vai ser um ano de muita luta, um ano em que nós vamos estar no fronte aí para eleger o nosso prefeito, os nossos candidatos.

Então não vou poder ficar tanto tempo aqui, porque vou ter que cuidar dessa outra agenda. Eu falei: “Não, esse primeiro ano é tribuna, tribuna, tribuna, tribuna e tribuna”, e me parece que eu ganhei de todos, né? Aliás, acho que tinha que ter um prêmio para quem mais usar a tribuna aqui, criar até um colar.

Mas, presidente, eu não vou fazer uso de todo o tempo, eu só fiz questão de voltar aqui para falar de mais um presente que o governador vai estar dando, o governador Tarcísio de Freitas vai estar dando.

O Tarcísio de Freitas vai estar dando, entregando para todos os nossos cidadãos paulistas o aumento da tarifa. Está em todos os jornais de hoje que a tarifa vai subir, vai subir cerca de 60 centavos, ou seja, de 4,40 para cinco reais.

Então, eu acho que nós estamos em um momento em que tem previsão de queda inflacionária, de que a inflação seja reduzida no tempo, a taxa de juros regressivamente, lentamente está caindo, mas tá caindo, devagar, mas está caindo, né? Mas eu acho que esse aumento só prejudica o nosso povo, só prejudica o nosso povo porque o povo não está tendo esses ganhos, mais de 13% de aumento na tarifa.

E o prefeito, parece-me, pelas reportagens também, que ele decidiu manter os 4,40 e não vai aumentar a tarifa. Lógico, ele é candidato à reeleição, para ele seria muito ruim, mas o governador tem tido a sua popularidade reduzida no tempo.

É claro que ele tem muita gordura para queimar, ele tinha 62%, e as pesquisas agora, que foram trazidas pelo Instituto Paraná, estão dando 52%, ou seja, ele caiu cerca de 10% nas pesquisas, mas ainda tem gordura para queimar.

Com essas atitudes, aumento de taxas judiciais, aumento da tarifa e privatização da Sabesp, essa agenda privatista dele a qual o povo de São Paulo não é muito favorável - a gente tem andado e conversado com o povo, não é favorável essa agenda -, isso vai levar a mais uma queda acentuada em sua popularidade. Aumentar a tarifa em um momento de dificuldade, a gente entende que é deplorável, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Com a palavra, o deputado Dr. Elton.

 

O SR. DR. ELTON - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado também a esta Casa por uma nova oportunidade de poder estar trazendo dados, informações e também por estar lutando aqui pelo estado de São Paulo. Meu papel como médico, mas também como parlamentar, traz uma imensa responsabilidade quando falamos de pautas relacionadas à Saúde.

Em diversos momentos eu estive visitando ali a Secretaria de Saúde, o secretário Eleuses e levando demandas importantes. Creio que, ao todo, tive por volta de sete reuniões na Secretaria de Saúde e ali eu pude externar minha preocupação com diversos assuntos. Dentre eles as demandas, por exemplo, da endometriose, que por muitas vezes não é atendida na ponta, em virtude da não existência de serviços adequados que possam estar realizando esse tipo de tratamento em todo o nosso estado de São Paulo.

Infelizmente, esse tratamento está locado mais na cidade de São Paulo, e dessa maneira eu venho também cobrar para que a gente consiga externar outros pontos de serviço como esses, para que haja a adequada regionalização.

A regionalização, inclusive, é uma das pautas desse governo, e é necessário que centros com adequação técnica possam estar tendo a possibilidade da realização do tratamento para que as pontas ou a periferia do estado não precise estar se deslocando para São Paulo para a realização desse tipo de tratamento.

Existem outras situações importantes que eu acabei externando também na Secretaria, como a realização de disponibilização de procedimentos e também de medicamentos de alto custo, o que é uma responsabilidade do estado.

Nós, como parlamentares, estamos sendo diariamente cobrados, ainda mais eu, na minha posição como médico, como sendo um representante da Saúde aqui nesta Casa. É importante e eu peço encarecidamente que o governador tenha um olhar para tudo isso que eu tenho apontado.

Tenho a possibilidade de construir em parceria com o estado e mostrar as demandas da minha região, principalmente ali no Vale do Paraíba, mas também em todo o estado, no quesito de Saúde.

E aí eu venho falar também sobre a necessidade de que a gente tenha um olhar para outras demandas também. Por exemplo, o investimento nos nossos hospitais regionais, a adequação dos nossos protocolos, para que todo mundo que está na ponta, adequadamente atendido na rede primária de atendimento - que é realizado por meio das UPAs, das UBS e também dos hospitais municipais, e depois das especialidades, que é um tratamento secundário -, possa ter o encaminhamento adequado para o seu tratamento de saúde.

As nossas filas são enormes. Nós não temos ideia completa sobre todas as demandas que temos aqui no estado, mas sabemos que muito turismo de Saúde acontece no estado de São Paulo, fazendo com que pessoas de outros estados venham em busca de Saúde ao estado de São Paulo, o estado mais rico, com possibilidades técnicas e de infraestrutura para o atendimento da Saúde.

É uma responsabilidade imensa, tendo em vista que a gente precisa da parceria do governo federal mandando também recursos para que esse ônus não fique exclusivamente sobre o Governo do Estado de São Paulo.

Bem, da mesma forma, eu também quero utilizar o meu tempo de fala para falar um pouquinho sobre o projeto que aconteceu, tão importante, aqui na Alesp, que foi a privatização da Sabesp.

Por mais que haja divergência de ideias por muitos parlamentares, sabemos que a Sabesp está instituída e trabalhando no estado de São Paulo por aproximadamente 50 anos. Diferentemente do que muitos parlamentares falam, que é uma empresa inadequada, eu discordo. É uma empresa adequada, mas que está barrada em virtude da impossibilidade de aumento do seu investimento.

Muitos servidores da Sabesp trabalham e tecnicamente têm apresentado todo o seu trabalho e conhecimento em prol da população, mas infelizmente, em 50 anos, a possibilidade de chegar a ter a meta para toda a população em 100% de disponibilização de água e esgoto não aconteceu. É necessário que venha esse investimento, que é de cerca de 66 bilhões, para que seja utilizado, por meio da Sabesp, pós-privatização.

Eu quero levantar os dados do que acontece ali em São José dos Campos e também no Vale do Paraíba. Ali em São José, nós temos 96 milhões de investimentos pela Sabesp, que vão aumentar para 180 milhões.

Além disso, nós temos cerca de 9.200 domicílios dentro de São José dos Campos que não são contemplados por meio do contrato, e agora, no Vale do Paraíba, nós temos 82 mil domicílios. Isso quer dizer que em torno de 320 mil pessoas não recebem um atendimento pela Sabesp.

Por isso o meu voto foi favorável para que a gente realize a privatização...

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado Dr. Elton, como já passou um minuto, vou dar para V. Exa. o tempo regimental para uma comunicação.

 

O SR. DR. ELTON - UNIÃO - Ok, já estou encerrando, presidente. Desculpe.  

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Fique tranquilo. Vossa Excelência tem dois minutos para a comunicação, fique tranquilo.

 

O SR. DR. ELTON - UNIÃO - PARA COMUNICAÇÃO - Sigo aqui dizendo que, por exemplo, em Salesópolis, apenas metade da população tem atendimento pela Sabesp.

Então, mais uma vez, venho reforçar a necessidade de que a privatização precisava acontecer para que a gente possa reduzir a meta para disponibilização desse atendimento que, inclusive, pode ajudar bastante no quesito Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cada um real investido em saneamento é o mesmo que investir cinco reais em Saúde. Então, como defensor da Saúde aqui, no estado, o meu voto foi favorável à privatização. É isso que eu tinha a dizer para os senhores.

Muito obrigado a todos os parlamentares.

Deus os abençoe.

 

O SR. DR. ELTON - UNIÃO - Gostaria de solicitar para que a gente suspenda a sessão para que ela seja agora levantada somente às 16 horas e 30 minutos? Suspensão da sessão para às 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. É regimental.

Havendo acordo de lideranças, estamos suspendendo a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

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- Suspensa às 14 horas e 56 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Há sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de decreto legislativo nº 43, de 2023, de autoria da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Em discussão.

Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovado o requerimento.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de lideranças, eu solicito a suspensão até as 16 horas e 50 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Antes, porém, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização e Controle a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de decreto legislativo nº 43, de 2023, de autoria da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu gostaria de expressar que será muito importante que lá entre a Guiana e a Venezuela, inclusive, no encontro dos presidentes que está se dando neste momento, está presente o nosso ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que hoje é o assessor principal para assuntos internacionais do presidente Lula.

Eu quero aqui fazer um voto para que haja efetiva paz entre a Venezuela e a Guiana, que eles possam ter um diálogo em que venham a respeitar o desejo, sobretudo da população da Guiana, que não participou desse plebiscito organizado pelo presidente Maduro.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Havendo acordo de lideranças, a nossa sessão está suspensa até as 16 horas e 50 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 36 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 55 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlos Cezar.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Reaberta a sessão. Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 64a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 15/12/2023.

 

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O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 56 minutos.

 

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