15 DE JUNHO DE 2023

60ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: CARLOS GIANNAZI, MAJOR MECCA, CONTE LOPES e GIL DINIZ

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Endossa o pronunciamento do deputado Reis. Defende o cumprimento da data-base salarial dos servidores públicos.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

        

6 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Tece comentários acerca do reajuste dos policiais do estado de São Paulo.

        

8 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

        

10 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

13 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - GIL DINIZ

Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento do deputado Major Mecca.     

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes. Tece comentários acerca do atual cenário de criminalidade no estado de São Paulo.

        

18 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

19 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defende a inclusão dos oficiais operacionais e administrativos na Polícia Penal.

        

21 - SIMÃO PEDRO

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

22 - SIMÃO PEDRO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

23 - SIMÃO PEDRO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

24 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 16/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Dando início à lista oradores no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Com a palavra a deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Com a palavra o deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Com a palavra a deputada Ediane Maria. (Pausa.)

Com a palavra a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra a deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Com a palavra a deputada Marta Costa. (Pausa.) Com a palavra a deputada Ana Perugini. (Pausa.) Com a palavra a deputada Beth Sahão. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rui Alves. (Pausa.) Com a palavra a deputada Márcia Lia. (Pausa.) Com a palavra a deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Com a palavra a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra a deputada Dani Alonso. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Com a palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra o deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a palavra o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Reis, que fará o uso regimental da tribuna.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Quero saudar o presidente Carlos Giannazi, saudar o deputado Suplicy, os funcionários desta Casa, o público presente, os integrantes da Polícia Civil, os integrantes da Polícia Militar, os integrantes da Polícia Técnico-Científica, os integrantes da Polícia Penal e todos aqueles e aquelas que estão em suas residências e nos acompanham pela Rede Alesp.

Presidente Carlos Giannazi, vou falar um pouquinho hoje sobre o nosso presidente Lula, que tem feito um trabalho extraordinário. Vou apresentar algumas medidas. Desde 1º de janeiro, o nosso país está mudando bastante, mudando para melhor.

A correção da tabela do imposto de renda. Inclusive, fiz uma sugestão ao presidente Lula, mandei por escrito, e ele pediu para o Ministério da Fazenda e também para o Ministério da Justiça fazerem os estudos, porque o presidente Lula tem a meta de corrigir a tabela do imposto de renda em seu mandato até o montante de cinco mil reais. Já passou para 2.600 neste primeiro ano e, até o término de seu mandato, vai ter essa correção, que é muito importante para a nossa população.

Eu fiz uma sugestão para que estendesse aos policiais, a todos os policiais, inclusive às guardas civis, que fosse uma tabela diferenciada, que fosse considerado, para a questão do imposto de renda, a partir de cinco salários mínimos, ou o equivalente a cerca de 6.500 reais.

É uma forma de beneficiar principalmente o cabo, o soldado, os praças de pré, que, mesmo com o aumento que foi dado aqui em São Paulo, ainda não atingem esse montante. E também os guardas civis, que hoje têm feito um trabalho extraordinário nos municípios distantes, porque, com a redução do efetivo da Polícia Militar em várias cidades, quem está segurando o rojão são as guardas civis municipais.

Então, a correção na tabela do imposto de renda, que, desde 2015... A última correção foi feita no governo Dilma. Os governos que vieram depois não tocaram nessa questão da correção da tabela do imposto de renda. Então, desde 2015. Fazia oito anos que o Brasil não tinha uma correção da tabela. Ao subir a faixa de isenção para 2.640 reais, 13,7 milhões de pessoas vão deixar de pagar imposto de renda.

Também o aumento do salário mínimo. Desde 2016 que não havia aumento acima da inflação. Lula pegou o salário mínimo em 1.212 reais e reajustou para 1.308, ou seja, um reajuste de quase 100 reais. Depois, deu mais um aumento acima da inflação de 18 reais. Então, nesta gestão do Lula, ele estabeleceu que, a partir de então, os aumentos, as correções no salário mínimo serão sempre acima da inflação.

O reajuste dos servidores federais. Presidente Carlos Giannazi, deputado Major Mecca, a quem eu saúdo, aqui presente, deputado Suplicy, aqui estamos aguardando o reajuste dos demais servidores públicos, porque o governador mandou um aumento, uma recomposição das perdas salariais dos policiais civis, dos policiais militares e dos policiais técnico-científicos.

Ainda não chegou a dos policiais penais e dos demais servidores, como professores, auxiliares administrativos, profissionais da Educação como um todo, porque Educação não são só professores. Tem os professores, mas tem os diretores de escola, os inspetores de alunos, os agentes de educação.

Então, estamos esperando que o governo mande, o quanto antes, o aumento também para os servidores da Educação, da Saúde. No governo federal, foi um aumento para todos os servidores, foi um aumento linear para todos os servidores. Aqui a gente já sabe que alguns servidores terão um tratamento diferenciado do outro, como o próprio aumento que foi dado para as carreiras policiais foi bastante diferenciado.

Alguns tiveram um pouco mais, outros um pouco menos, mas que bom que teve. Mas que a gente possa cobrar e eu acho que seria importante que todos os deputados aqui, principalmente os deputados que têm relação com o serviço público, que cobrassem do governo o quanto antes que ele mande para esta Casa o projeto de reajuste dos demais servidores.

Eu vou continuar num próximo momento porque eu fiz uma relação de várias questões que foram já colocadas em prática no nosso País, como Farmácia Popular, Programa Desenrola, que vai ser apresentado para a população.

E num próximo momento, nesta tribuna, eu quero continuar esse debate, mas desde já cobrando que o governo Tarcísio de Freitas mande o quanto o projeto para o reajuste dos demais servidores públicos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy, que fará uso regimental da tribuna.

Quero lembrar ao deputado Reis, que fez um importante pronunciamento agora, que eu já ingressei com duas representações, uma no Ministério Público estadual, uma no Tribunal de Contas, contra o não cumprimento da data-base salarial dos servidores públicos do estado de São Paulo.

A data-base é em março. Como disse V. Exa., não foi apresentado nenhum tipo de reajuste, muito menos de reposição das perdas inflacionárias para os servidores do estado de São Paulo, deputado Reis.

Então nós já acionamos o Tribunal de Contas e o Ministério Público, porque o governador Tarcísio de Freitas está afrontando a lei estadual da data-base e também o Art. 37 da Constituição Federal.

Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Carlos Giannazi, querida deputada Bebel, comandante Mecca, deputado Reis, eu considerei um artigo muito bom publicado hoje na “Folha de S. Paulo” pelos membros do Conselho Participativo Municipal: “Por uma gestão democrática da cidade de São Paulo”, que é sobre a revisão do plano diretor, que exige interrupção imediata e efetiva participação popular, que gostaria aqui de assinalar.

O Conselho Participativo Municipal de São Paulo, organismo autônomo da sociedade civil reconhecido como instância de participação popular, composto por mais de 500 voluntárias e voluntários escolhidos por eleição direta, distribuídos pelas 32 subprefeituras, está legalmente instituído para levar a voz dos diferentes distritos ao poder público e assegurar a gestão democrática e participativa da cidade.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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Uma de nossas atribuições é garantir que as demandas da sociedade civil, com todos os contrastes de cada território, estejam contempladas nas políticas públicas, incluindo o Plano Diretor Estratégico, cuja revisão intermediária deve passar por votação nos próximos dias.

Por isso, nós, conselheiras e conselheiros participativos municipais, sentimo-nos no dever de manifestar nossa indignação diante das más escolhas e da má série de equívocos que têm permeado o processo de revisão do PDE.

O texto do PDE encaminhado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento à Câmara Municipal deveria, em nossa visão, propiciar a todos os setores da sociedade, indistintamente, a oportunidade de contribuir para o aperfeiçoamento dos dispositivos legais para promover uma cidade mais inclusiva, solidária, socialmente justa, ambientalmente sustentável, em vez de somente promover o lucro para a indústria da construção civil.

Inúmeras ressalvas ao processo realizado pelo Executivo na elaboração do texto, sobretudo porque nos deparamos com um processo aparentemente ilegal entregue pela Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente ao Legislativo municipal, a proposta reflete, tanto em sua forma, como em seu conteúdo, o oposto do que deveria contemplar, caráter democrático e foco no desenvolvimento socioambiental paulistano.

A revisão que obrigatoriamente deveria acontecer de forma participativa primou contrariamente pelo desestímulo e restrição à participação popular nos processos decisórios. Executivo e Legislativo têm alegado cumprir a exigência de participação, mas na prática exercem de maneira formalista e deficiente a escuta aos munícipes e ignoram suas contribuições, observações e reivindicações por melhorias na lei. Os dois poderes distorcem o propósito da revisão, qual seja, o refino e ajuste da lei para melhor atender aos seus objetivos originais, e promovem uma verdadeira deformação dos seus princípios ao incorporarem mecanismos que alteram profundamente e em conflito direto com as diretrizes iniciais, as feições da cidade e a morfologia urbana, incentivando o uso de transporte individual, adensando miolos de bairro, promovendo a verticalização excessiva, o desequilíbrio ambiental, entre outros contrassensos.

Como conselheiros e munícipes, temos alertado para os problemas de implementação deste PDE, assim como as vozes de especialistas e da academia, que vêm apontando os graves riscos das propostas, na contramão dos princípios sociais e ambientais da Lei de 2014, ao não embasarem nenhuma das alterações em justificativas cientificamente construídas.

Por isso tudo, nós, conselheiras e conselheiros participativos municipais, rechaçamos essa revisão e propomos que o processo seja interrompido, retomado na sua dimensão participativa, que a Câmara apresente o conteúdo das propostas populares de maneira organizada, sistematizada, em função dos princípios e objetivos originais da Lei, que as propostas incorporadas ao texto do projeto sejam fruto da relevância dos temas para a população, sua representatividade expressa e a vontade popular, que o texto a ser encaminhado futuramente para votação seja amplamente debatido junto à população no âmbito de todos os conselhos de gestão democrática municipais, assim como por subprefeituras, e no setor acadêmico, com fundamentação social e técnica para a sua adoção.

Finalmente, que os princípios de pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, do uso socialmente justo, ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território de forma a assegurar o bem-estar e a qualidade de vida de seus habitantes que regem a política de desenvolvimento urbano do município sejam efetivamente contemplados. Eu cumprimento os que assinaram esta carta: Durval Tabach, arquiteto, Fábio Amaral, publicitário, Michel Chaui, arquiteto e paisagista, e Og Dória, geógrafo e administrador público.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado, deputado.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Deputada Professora Bebel, só vou chamar o próximo orador e concedo a palavra à senhora. Dando sequência aos oradores inscritos neste Pequeno Expediente, deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais. Tem a palavra a deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, Sr. Presidente. Satisfação vê-lo aí. Cumprimento também todos e todas que estão aqui entre nós, os funcionários à minha direita e esquerda.

E dar uma informação, que para mim é de suma importância. Nós acabamos de sair agora de uma audiência pública tratando do funcionalismo público e tem tudo a ver com o que o deputado Reis está dizendo. Olha, tem que ter reajuste para os... Achamos justo que os policiais tivessem, mas queremos para nós também.

E a gente tem uma bandeira de luta. A Apeoesp construiu essa bandeira de luta há muitos anos, no tempo que todo mundo não acreditava no piso salarial profissional nacional. Nós queremos que o piso salarial profissional seja implantado de forma correta, implantada a Meta 17.

Para terminar, para terminar não, que eu tenho um minuto ainda. Para dizer o seguinte: Nós saímos fortalecidos dessa audiência, de que a gente vai ter luta no segundo...

Agora, se entrar agora, por exemplo, a redução de verbas da Educação, vai nos causar uma perda de quase nove bilhões de reais. Então, nós vamos ter que fazer luta, porque se não fizer a luta, eu acredito que vai ser uma perda muito grande, que já temos tido, na Educação pública do estado de São Paulo.

E o último, não menos importante, é a greve das Fatecs, das Etecs e dessa forma aligeirada que o Governo do Estado de São Paulo quer fazer, em termos de profissionalização.

Não, já tem uma referência. As Fatecs, as Etecs e os Institutos Federais de Educação têm um modelo de profissionalização e nos preocupamos muito que, sem nenhum debate, deputado Giannazi, vai ser de cima para baixo de novo, fragmentar tudo.

Primero foi fragmentado lá atrás, e agora fragmenta de novo, então não pode. Nós temos que entender o seguinte: a Fatec já deu uma resposta, as Etecs também e nós queremos o fortalecimento da Educação pública básica.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, professora Bebel. Nós não podemos deixar de registrar aqui o agradecimento ao governador Tarcísio de Freitas pela preocupação que teve com os policiais, que está tendo com os funcionários públicos. O reajuste desses profissionais irá chegar aqui.

Todos têm o nosso apoio, não é, professora? A gente sempre trabalhou muito por todos eles aqui, sabendo da importância desses profissionais para a prestação de serviço, para o povo do estado de São Paulo.

Com a palavra, o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, eu quero aqui dar visibilidade e também anunciar um estudo muito importante que foi organizado pela Rede Escola Pública e Universidade, conhecida como a REPU, que soltou agora uma nota técnica muito importante que eu estou encaminhando oficialmente para o governador do Estado, Tarcísio de Freitas, ao secretário de Educação, Renato Feder e ao Conselho Estadual de Educação.

O tema desse estudo técnico, dessa nota técnica é a seguinte: “Para valorizar o Magistério paulista, é preciso corrigir as distorções da carreira antiga. Não à Nova Carreira!” Esse “não à Nova Carreira” significa uma dura e objetiva crítica à Lei nº 1.374, de 2022, aprovada, infelizmente. O projeto de lei foi aprovado aqui na Assembleia Legislativa. Nós não votamos a favor desse projeto logicamente, porque sabíamos iria destruir a carreira do Magistério.

O estudo também faz uma crítica à Lei Complementar nº 836, de 1997, da época ainda da ex-secretária Rose Neubauer, também que ajudou na destruição da carreira do Magistério.

O estudo é muito importante porque ele faz um diagnóstico científico de toda a situação e, na verdade, reforça as várias denúncias que nós já estamos fazendo desde o momento que o projeto foi apresentado pelo ex-governador aqui na Assembleia Legislativa, pelo ex-secretário Rossieli e, infelizmente, aprovado.

Críticas que nós mantemos durante todo esse período. Então, nós nos sentimos extremamente contemplados nessa nota técnica da Rede Escola Pública e Universidade. Ela tem que ser lida por todas as pessoas, na verdade, não só as pessoas da área da Educação, mas pelos deputados, sobretudo aqueles que votaram nesse perverso projeto que está destruindo a carreira do Magistério.

O estudo, a nota técnica coloca que a questão do tempo de serviço é desconsiderada, é desvalorizada, ou seja, não incentiva a permanência dos professores, sobretudo nas escolas. A experiência, o tempo de atuação na rede pública, nas escolas não é considerado nesse plano de carreira, que esse plano, na verdade, gera uma economia para o estado e perdas salariais para os professores e professoras da rede estadual.

Que ele, por não incentivar a permanência e nem a atratividade mais na carreira, porque é um plano perverso que destrói a própria carreira, nós estamos tendo cada vez mais o aumento da saída, das exonerações dos professores e professoras da rede estadual.

É o diagnóstico perfeito, Sr. Presidente, que quero assinar embaixo e que traz aqui várias referências também de vários estudiosos, pesquisadores da área, nomes importantes da área da Educação são citados como referência para esse estudo.

Então, olha, fica aqui a sugestão para que todos os deputados leiam esse artigo, essa nota técnica, que é pública, está lá no site, nas redes sociais da REPU, da Rede Escola Pública e Universidade.

Mas eu quero aqui hoje, Sr. Presidente, da Assembleia Legislativa de São Paulo, da tribuna, encaminhar esse estudo ao governador Tarcísio, ao Renato Feder, secretário da Educação, e ao Conselho Estadual de Educação para que revoguem imediatamente essa perversa Lei 1.374, que está destruindo a carreira do Magistério.

A nota técnica trata também de uma questão que nós estamos denunciando toda semana aqui na Assembleia Legislativa, que é a questão das APDs, que estão matando os nossos professores e as nossas professoras. Não é possível que elas sejam realizadas nas escolas. Por isso que a nossa palavra de ordem que as APDs sejam feitas em local de livre escolha.

Tem a questão do fim da falta aula, enfim todas as críticas que nós estamos fazendo, que o Magistério estadual está fazendo a essa farsa da nova carreira, todas essas críticas estão expostas aqui nesse documento importante, Sr. Presidente.

Então, eu gostaria daqui da tribuna também da Assembleia Legislativa de solicitar que as cópias do meu pronunciamento, juntamente com a cópia desse documento sejam entregues, sejam encaminhadas ao governador Tarcísio de Freitas, ao secretário da Educação, Bruno Feder, e ao Conselho Estadual de Educação, e que essa legislação perversa seja revogada imediatamente.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental o pedido de V. Exa. e será encaminhado à Presidência efetiva desta Casa.

Próximo deputado inscrito, nobre deputado Alex Madureira. (Pausa.) Nobre deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Nobre deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.)  

Lista Suplementar, nobre deputado Luiz Claudio Marcolino. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, amanhã, às 10 horas da manhã, vai acontecer uma assembleia do SindSaúde-SP, que vai realizar junto aos trabalhadores da Capital e do Interior uma assembleia como parte da campanha salarial de 2023, lembrando que a data-base dos servidores da Saúde é março de 2023, mas até agora não conseguiram concluir o processo de negociação com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Então essa assembleia do dia de amanhã vai reforçar não só as condições de trabalho pelas quais passam os servidores da Saúde, vai dialogar um pouco também sobre a falta de servidores e servidoras na Saúde Pública no estado de São Paulo. Estamos chegando em um patamar superior a 30 mil servidores a menos no estado de São Paulo, nos hospitais, na estrutura de Saúde.

Além disso, reivindicações apresentadas pelos servidores de um reajuste salarial de 50%, que tem inclusive os percentuais retroativos dos anos anteriores e 5% de aumento real.

Aplicação do piso nacional da enfermagem com paridade para os contratados e contratadas da administração direta, autarquias municipalizadas, aposentados e aposentadas, para que nenhum profissional da enfermagem tenha prejuízo.

Reajuste 50% no prêmio de incentivo e a publicação do decreto para estabelecer o coeficiente que garanta um reajuste anual no prêmio de incentivo. Reajuste no vale-refeição de 43,27, que hoje o valor que o trabalhador e a trabalhadora recebem praticamente não paga hoje nem um café. Inclusive, já é um debate feito aqui não só para os servidores da Saúde, mas hoje para diversos servidores do estado de São Paulo, em que o vale-refeição, bem pequeno, não ultrapassa o valor de 20 reais.

Garantia de isonomia de todos os aposentados e todas as aposentadas, estendendo os reajustes concedidos aos trabalhadores e às trabalhadoras ativos, com e sem paridade. Revogar a reforma administrativa, que acabou com as faltas abonadas e com o reajuste automático anual do adicional de insalubridade.

Retorno do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, Iamspe, para a Secretaria de Saúde. Abertura de concursos públicos, tanto para os equipamentos da administração direta quanto para as autarquias e Iamspe. E a jornada de 30 horas semanais para as autarquias, que é um debate que vem sendo feito pelo Sindsaúde já há um bom tempo.

Agora, além dessas pautas que já são de conhecimento da Secretaria de Saúde, nós não podemos correr o mesmo risco e debate que aconteceram em relação aos servidores da Segurança Pública.

É um debate que vem sendo feito entre o sindicato e a Secretaria da Saúde, só que você não tem uma resposta efetiva para o conjunto dos servidores e, mesmo o governo apresentando que vai fazer e mandar um projeto para adequação do reajuste dos servidores para Assembleia Legislativa, até agora não aparece, não dialoga também com os representantes de classe dessa categoria.

Então esperamos que nos próximos dias o secretário possa atender os servidores. Enquanto não acontece isso, tem essa primeira assembleia já no dia de amanhã, a partir das 10 horas da manhã, em frente à Secretaria de Saúde, no estado de São Paulo, ali, na região da Paulista.

Daí, não melhorando ou não tendo a negociação, com certeza, nos próximos dias, a população deve acompanhar uma greve dos servidores da Saúde no estado de São Paulo.

É importante deixar aqui registrado que não é por falta de tentativa de diálogo dos trabalhadores da Saúde. Desde março, que é a data-base, a campanha começou inclusive antes do começo do mês de fevereiro. Já estamos no mês de junho, e até agora não tem uma resposta por parte da Secretaria de Saúde.

Então, em breve, pode ser que os servidores da Saúde entrem em greve no estado de São Paulo, e não é dos trabalhadores, dos servidores a responsabilidade de uma eventual greve na Saúde do Estado.

Para reforçar, Sr. Presidente, um dos pontos colocados também, o sindicato tem defendido a volta da Sucen para que ela, efetivamente, possa fazer o controle de endemias no estado de São Paulo.

Nós estamos vendo, inclusive, pessoas que já morreram na região de Campinas. Hoje o problema da proliferação de carrapato estrela no estado de São Paulo vem, inclusive, pela extinção da Sucen no nosso Estado.

A Superintendência de Controle de Endemias, Sucen, foi uma autarquia criada em 1970. Ela foi extinta agora, em 2020. Era o controle de endemias, tais como dengue, chikungunya, zika vírus, leishmaniose, esquistossomose, Chagas, febre maculosa, febre amarela, entre outras doenças.

Com a extinção da Sucen, as trabalhadoras e os trabalhadores foram transferidos para a Coordenadoria de Controle de Doenças e passaram a atuar apenas no combate aos vetores. O trabalho de pesquisa foi interrompido e a fiscalização foi se precarizando.

Então, se hoje nós temos aqui uma epidemia no estado de São Paulo em relação, inclusive com mortes de pessoas no estado de São Paulo, em virtude do carrapato, a responsabilidade é do Governo do Estado de São Paulo, que extinguiu a Sucen.

Hoje um trabalho importante de prevenção de endemias no estado de São Paulo, o nosso estado não tem mais, nobre deputado Mecca. Fica a cargo dos munícipios que não têm a mesma condição, a mesma qualificação e nem equipamentos suficientes para poder fazer o combate necessário.

Então, fica aqui, Sr. Presidente, a nossa reclamação e a solicitação de que a Sucen possa ser... Como foi feita com a CDHU, retomada e não será extinta, que a Sucen possa ser retomada também no estado de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Próximo orador inscrito, nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente deputado Conte Lopes. Boa tarde a todos os deputados presentes no Pequeno Expediente. Boa tarde Major Mecca, deputado Giannazi, deputada Ediane, público que nos assiste aqui pela Rede Alesp, público aqui na galeria. Meu boa tarde aos nossos assessores, policiais militares e civis.

Presidente, venho aqui a esta tribuna na data de hoje, dar ciência aos nobres pares que ontem fui eleito o presidente da CPI que vai investigar os procedimentos no Hospital das Clínicas. Procedimentos, estes, presidente Conte Lopes, de transição de gênero em crianças a partir dos três anos de idade.

Você que nos assiste, é isso mesmo, o Hospital das Clínicas tem um grupo chamado Amtigos, que faz, deputado Major Mecca, o acompanhamento de crianças e adolescentes para fazer ali a chamada transição de gênero. Alguns chamam de mudança de sexo e há outras definições para isso também.

Sou o presidente e indiquei o tenente Coimbra como o relator dessa CPI. Nós poderíamos ter eleito um outro vice-presidente, até alinhado a nós, mas para tornar essa comissão mais ampla, mais plural, decidimos eleger a deputada Beth Sahão, do Partido dos Trabalhadores. Nós confiamos também, Major Mecca, no trabalho dela, um trabalho sério que ela vai fazer, como eu confio também no trabalho dos outros parlamentares.

Então, vamos chamar, sim, esses médicos que atuam no HC para que nos mostrem, que nos definam o que é uma criança transexual, como que eles chegam a esse diagnóstico, como que é, deputado Conte Lopes, a transição, o processo de transição de gênero e quais são os hormônios que eles utilizam no HC, para bloquear, Major Mecca, a puberdade dessas crianças.

Se tem contraindicação, se na bula esses hormônios foram feitos justamente para isso ou se há a contraindicação. Se essa medicação não é aquela chamada “off label”, fora da bula. Nós queremos entender todo esse processo.

E dentro dessa Comissão Parlamentar de Inquérito, nós vamos investigar, sim, se o Estatuto da Criança e do Adolescente está sendo respeitado, se o direito integral da criança e do adolescente está sendo respeitado, deputado Major Mecca. Porque, olha, é difícil, muitas vezes, de entender esse processo.

É um processo consolidado? Há estudos? É embasado, realmente, cientificamente? Ou nós estamos vendo aqui em São Paulo, deputado Conte Lopes, um experimento com crianças e adolescentes? Nós queremos entender.

Para isso, vamos chamar os ditos especialistas que fazem esse processo no HC, e vamos chamar outros também, os que concordam e os que discordam. Vamos a fundo. Se houve ou se há ilegalidade, alguma irregularidade nesse processo.

Vamos identificar quais, e quem. Vamos individualizar a culpa, já que hoje todo mundo é criminoso aqui. Faz uma manifestação, vai mil presos para dentro de um presídio. Mas essas pessoas serão responsabilizadas se houve ou se há algum ato ilícito ali. Isso, os meus eleitores, o povo de São Paulo, têm o meu compromisso, a minha palavra.

Sr. Presidente, para finalizar a minha fala, eu gostaria de dar ciência ao plenário, e cumprimentar o meu amigo, Claudinei Schileman, de Mairiporã. Ele é da Ordem Terceira dos Arautos do Evangelho. Eu sempre digo a vocês que eu frequento o Tabor, lá em Caieiras. Em Cotia também, a Contemplação Marial.

Tenho bons amigos nos Arautos do Evangelho. O deputado Giannazi é católico, mas é da ala progressista da Igreja Católica, da Teologia da Libertação. O deputado sabe da minha admiração por Plinio Correa de Oliveira, por Monsenhor João Clá, fundador dos Arautos do Evangelho.

Muito me orgulho dessa amizade, dessa aproximação, de frequentar as basílicas, as igrejas, por estar me aproximando novamente da Igreja Católica através dos Arautos do Evangelho.

Então, senhor Claudinei, leve o meu abraço a todos os Arautos do Evangelho, e a todos da Ordem Terceira também, ao padre Manuel Errada, a todos os sacerdotes dos Arautos.

Fica aqui o meu compromisso de sempre defender as nossas posições, os nossos valores, aquilo que a nossa população acreditou em nós, para estar aqui. Isso, vocês podem esperar sempre de mim.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Próximo orador inscrito, nobre deputado Simão Pedro. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Nobre deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem a palavra. Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Uma breve comunicação, enquanto o deputado Mecca se aproxima da tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa Excelência tem o prazo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - O deputado Gil Diniz falou da Igreja Católica. Eu quero dizer que eu admiro é Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Pedro Casaldáliga, e tantos outros representantes da Teologia da Libertação, das comunidades eclesiais de base.

Mas eu queria discordar radicalmente das afirmações feitas pelo deputado Gil Diniz, com essa CPI que foi instalada aqui. Parece que nós estamos regredindo à Idade Média.

Primeiro, que me parece que o deputado Gil Diniz virou médico, psicólogo, psiquiatra, virou um estudioso da área. Primeiro, é importante saber que o Hospital das Clínicas só trabalha com pessoas sérias, competentes, com pesquisadores, cientistas, e com o aval do Conselho Federal de Medicina.

Eu digo que essa CPI que foi instalada aqui é um verdadeiro absurdo, um retrocesso. E que não é um experimento, não, Sr. Presidente. Experimento foi o que o governo Bolsonaro fez com a cloroquina, ajudando a matar milhões de pessoas. Esse governo genocida e fascista!

Eu não vi nenhuma manifestação, do deputado Gil Diniz, criticando a cloroquina, que foi utilizada, comprada e produzida pelo Exército Brasileiro no auge da pandemia, incentivando e estimulando as pessoas a usarem um medicamento que é para malária. Disso, ele não fala.

Então eu queria manifestar a minha posição pública contra essa CPI que é um abuso de autoridade, um absurdo. Porque nós temos o apoio do Conselho de Medicina, dos pesquisadores, dos médicos.

O que um deputado, como o Gil Diniz, entende de Medicina, de Psicologia? Não entende nada. Essa CPI na verdade é para desviar o foco das investigações, que nós queremos realizar, contra o governo estadual.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra, o nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Com a anuência do orador na tribuna, uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Uma comunicação.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para ficarem claras as nossas posições em plenário, que o deputado Giannazi acaba falando de tudo, e no final não fala de nada.

Olha só, fique claro aqui a todos. Ele é contra o uso de cloroquina. Mas ele é a favor que injetem em crianças hormônios que nós aqui desconhecemos. É o novo normal, talvez.

É isso que nós estamos aqui, presidente, colocando e investigando. Eles colocam a mão no fogo por todos esses médicos. Eu não quero criminalizar ninguém; obviamente que não.

Mas nós queremos trazer luz a esse grupo e mostrar ao povo de São Paulo o que está acontecendo neste momento dentro do HC. Está na ordem do dia: todo mundo em São Paulo, todas as pessoas em São Paulo estão comentando sobre aquele bloco na Parada LGBT chamado Criança Trans. Eles concordam? Parabéns a eles.

Eu tenho a minha visão de mundo, eu tenho os meus valores. E, sim, nós vamos investigar - doa a quem doer, deputado Major Mecca - o que está acontecendo ali dentro.

Porque veja: quem discorda do Giannazi é genocida. Usou cloroquina é genocida. Pegar 300 crianças e adolescentes e injetar hormônio, sabe-se lá qual - e eu já até adianto aqui aos pares: hormônio que não pode ser utilizado em estuprador para castração química -, aí tudo bem, tranquilo.

Olha, senhores, nós vamos, sim, defender aqui as nossas crianças, os nossos adolescentes, doa a quem doer, custe o que custar, seja lá “a”, “b” ou “c” que esteja no governo de São Paulo, na Presidência da República, no raio que os parta. Nós vamos, sim, defender sempre as nossas crianças aqui no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Major Mecca.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra, o nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nós, que somos pais de família, pedimos encarecidamente: deixem em paz as nossas crianças. Não bastasse essa maligna ideologia de gênero, que levaram para dentro de sala de aula, para crianças que estão em fase de aprendizado de matérias básicas para sua evolução intelectual. São as matérias de matemática, português, história, geografia. Querem enfiar ideologia de gênero.

E agora pior: deram um passo a mais, deputado Gil Diniz. Querem levar essa questão, como fizeram na Parada LGBT, colocando cartazes nas mãos de crianças, falando que crianças trans existem.

Pelo amor de Deus. Defendam as nossas crianças. Onde está o Conselho Tutelar para adotar providências junto ao Ministério Público em relação a essas pessoas que colocam nas mãos de uma criança inocente uma placa dessa? A criança nem sabe o que está acontecendo.

Cuidem das nossas crianças, incentivem diariamente que os pais, junto com seus filhos, façam uma refeição todos ao redor da mesa; façam uma oração, independentemente da religião que pratiquem.

Mas ensinem, a partir do lar, das escolas, o respeito ao próximo, independentemente da sua raça, independentemente da classe social. Ensinem valores, e não desconstruam o que essas crianças precisam ter para serem um cidadão de bem, uma pessoa com discernimento e respeito ao próximo quando atingirem idade madura.

Essa CPI tem todo o nosso apoio, deputado Gil Diniz. E a verdade tem que ser trazida à tona. Se houver responsabilidade criminal a ser atribuída a pessoas que tomam esse tipo de atitude, isso tem que ser feito.

Nós estamos fazendo o nosso papel de fiscalização. E, se essa CPI chegar a algum termo que indique a responsabilização de alguém, essa documentação tem que ser enviada ao Ministério Público, para que ofereça a denúncia e a pessoa responda pela prática criminosa que está fazendo.

Agora eu gostaria de abordar uma outra pauta, não menos importante no estado de São Paulo, que é a Segurança Pública. Será que a Segurança Pública, será que a preservação da ordem pública cabe somente aos nossos patrulheiros, aos policiais que estão na ponta da linha, à Polícia Militar, à Polícia Civil, à Polícia Técnico-Científica, à Polícia Penal? Será que cabe somente a esses operadores?

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Ontem eu chamei esse debate, essa discussão na Comissão de Segurança Pública, a qual eu presido. Quero mostrar um vídeo a todos vocês que nos acompanham aqui deste plenário, às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados, bem como a todos que nos acompanham pela TV Alesp e pelas redes sociais. Eu gostaria que soltassem imagens de ocorrências policiais acontecidas nas últimas duas semanas, por gentileza.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Este primeiro vídeo foi na data de ontem, na zona oeste de São Paulo. Um policial, perseguindo um criminoso, dobrou a esquina. Ouviram os tiros? O policial caiu baleado. O policial caiu baleado, tomou um tiro no peito. A viatura está encostando. O policial encontra-se baleado. Rotina diária dos policiais militares em São Paulo.

Ocorrência no final de semana. Olha o que estão fazendo com a moto da Rocam. Olha o policial acuado. Estão tentando arrebatar a arma do policial. Olha a situação do policial militar, olha o respeito das pessoas.

Vê se isso é postura diante de uma autoridade. Olha os policiais em patrulhamento na semana passada. Volta um pouco, para que as pessoas possam ver melhor a patrulha da Rocam em atividade de patrulhamento. Volta um pouquinho, por favor.

Pode deixar, esta é a primeira ocorrência. A segunda. O policial com um preso. O indivíduo veio com um veículo e atropelou as duas motocicletas. Não bastasse, ele retornou para tentar atropelar o policial.

Olha lá, o veículo voltou. E a ocorrência do início do mês, do soldado Matos e do soldado Robert. Olha lá, arrancando a arma do policial, acertou um tiro no rosto. Vai balear novamente, três tiros na perna do outro policial.

Os nossos policiais estão perdendo a guerra para o crime no estado de São Paulo. É preciso que seja construída imediatamente neste Estado uma força-tarefa envolvendo o Ministério Público, envolvendo o Judiciário, onde sejam designados promotores, juízes para fazer frente ao crime no estado de São Paulo.

Ontem, na Comissão de Segurança Pública, eu citei o velório em que estive na semana passada, do sargento Sérgio Pereira, veterano da Polícia Militar, morto no dia do seu aniversário.

No dia em que ele completou 52 anos de idade, estava em uma barraca de frutas com seu filho e foi executado por 14 tiros. Ele foi o quarto veterano policial militar executado em 15 dias, no Guarujá.

Nós não podemos assistir o crime acabar com a nossa paz no estado de São Paulo, executar os nossos policiais, e nós só observarmos, e acharmos que o policial militar é um número nesse estado. Não. Não são números. Trata-se de seres humanos, de homens e mulheres que fazem um juramento, de defender o povo do nosso Estado.

E será que são com medidas, como a que teve a semana passada, por um ministro do Superior Tribunal de Justiça, dando a soltura de um líder do PCC, porque acolheu como irregular a abordagem feita por uma equipe de Rota?

Porque a equipe de Rota fez uma abordagem diante de uma fundada suspeita, porque esse integrante do PCC, que carregava dois quilos de cocaína, demonstrou nervosismo quando da presença da viatura. Isso é fundada suspeita, prevista nos nossos códigos, e o bandido, traficante, foi colocado nas ruas. Soltura imediata, porque o ministro do STJ entendeu que a prisão foi ilegal.

O que o nosso povo vai esperar do estado e das autoridades, com esse tipo de comportamento, vendo esse tipo de acontecimento diariamente, que eu acabei de passar aqui?

Para concluir, Sr. Presidente, na noite de hoje, às 19 horas, peço aos senhores deputados que possam comparecer na segunda audiência que nós realizamos aqui nesta Casa, deputado Gil Diniz, deputado Conte, deputado Suplicy, com moradores e comerciantes da área central, que vivem na pele o problema da Cracolândia, para ouvir essas pessoas.

Ouvir essas pessoas, mães que saem de dentro da sua casa de manhã com o filho para levar para escola e têm que atravessar o fluxo, com viciados, o cheiro da droga. Por muitas vezes a criança é parada, abrem a bolsa e a mochila da criança para ver o que tem dentro.

Agradeço, Sr. Presidente, a tolerância do tempo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito obrigado, deputado Major Mecca. Parabéns pelo vosso discurso, pelas vossas palavras. Tem aqui o nosso apoio. Encerrado o Pequeno Expediente, abro agora o nosso Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Já convido a fazer o uso da palavra o deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha na TV Assembleia, nobre, sempre senador, Suplicy. Já dizia De Gaulle, o Brasil não é um país sério. Aos meus 76 anos, 55 de Polícia, vendo aí o que o Major Mecca falou, essa noite realmente eu fiquei meio cabisbaixo.

Acho que eu nunca fiquei, mas eu fiquei, quando o ministro do Tribunal Superior de Justiça solta um líder do PCC, do crime organizado, um tal de Batatinha, porque ele achou que a prisão do tal de Batatinha foi irregular, porque não foi motivo dos policiais da Rota abordarem um cara de moto só porque ele ficou nervoso com a presença da polícia. E o ministro esqueceu dos dois quilos de cocaína pura que foram apreendidos com o bandido. E também que é um dos chefes do PCC.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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Inclusive, e isso me deixou até chateado, estou vendo o promotor Lincoln, que é do Gaeco, que anda pelas ruas com um monte de seguranças porque está ameaçado de morte pelos bandidos.

E nós estamos nessa vida há 55 anos combatendo o crime pesado desde a nossa época da Rota, quando nós chegamos em 84. Como é que pode? Um ministro. É brincadeira, isso é piada.

De graça você colocar um cara na rua, sem perguntar para o promotor, sem saber dos outros crimes, das outras abordagens, na manhã isso. Alguém acredita, honestamente?

Alguém acredita que o ministro solte um André do Rap, um dos maiores criminosos, para ir embora? E depois se sente pressionado e diz “prendam de novo”. Só que ficam cinco, seis, dez anos para prender o cara. Para o juiz são inocentes, não é? São puros de alma, são puros. Tão velhos quanto eu, mas são puros de alma.

Ele simplesmente assina embaixo, “livre é” e libera. Manda devolver o helicóptero para o André do Rap, que era do crime. Então, honestamente, não é sério este País aqui mesmo. Não é não.

E alguém ainda acredita que isso tudo é natural? Então, quando eu vejo o Major Mecca colocar isso aí, os ataques aos policiais. Não dá nada, é uma piada. O cara vai para a cadeia, ele tem namorada na cadeia, se não tiver namorada ele contrata a mulher de programa e vai lá, paga. Arruma filho na cadeia e a sociedade paga tudo, até para a criarem a criança. Tem saídas temporárias, saidinha.

Aquele cara que baleou os dois policiais ali, dá para você colocar aquela parte? Ele estava em uma saidinha. Os policiais também deram vacilo, né? Eu não gosto de comentar a ocorrência dos outros, mas também é o seguinte, deram vacilo, né?

Eu respondi na vida a 50, 100 processos, o Caco Barcellos sabe mais do que eu, quando ele escreveu o livro Rota 66 lá, ele sabe mais do que eu os processos “O Deputado Matador”, ele me deu um capítulo, ele sabe mais do que eu. Eu prefiro estar aqui do que estar com um tiro na cara. Ou com dois tiros na barriga. Eu prefiro estar aqui.

Minha cara era bem bonita, não foi feita para tomar tiro de vagabundo. Até hoje, não é? Se eu puder, Deus me permitir, até dou, mas não para tomar, eu não tomo. Agora você vai lá, não dá. O cara está de saidinha, me perdoa, essa noite aqui, realmente, para mim foi... Volta lá, começa para eu ver de novo o início da ocorrência.

E todo mundo acha normal, acha que isso é normal, e chamam de herói. Herói o quê? Isso é uma cagada. No meu tempo era, né? Eu treinava meus homens para não acontecer isso, era a minha função, não é? Eu não sou professor de economia, como o nobre senador Suplicy, eu era professor de polícia.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

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Ele estava preso pela Justiça por tráfico, foi solto numa saidinha e não voltou. E baleia os dois policiais desse jeito. Evidentemente que os policiais falharam. Pelo menos onde eu trabalhei, na Rota, no tático móvel, até como instrutor de banco, eu ensinava o cara a não entrar em uma dessas. É melhor você ser julgado por sete do que ser carregado por seis, né? Mas, hoje em dia, a polícia está aí.

Agora, quando a gente vê um caso desses, quando um ministro do Superior Tribunal de Justiça libera, com uma penada, bandidos dessa natureza, ou pior que esses ainda, a gente vai achar que é inocência, que é justiça?

Agora eu pergunto: o cara foi julgado na primeira instância em São Paulo. É julgado pelo Tribunal de Justiça em São Paulo. Ele tem direito a mais um recurso lá em Brasília? Ninguém muda uma lei dessas?

Cadê o monte de deputado federal, o monte de senador que o Bolsonaro elegeu? Cadê? Dá para alguém fazer alguma coisa? Hoje em dia o político é só TikTok, né? O cara filma ele mesmo e sai soltando por aí.

Para ele está bom para cacete, vai ter votos para caramba. Ele é artista. Todos são um Silvio Santos da vida. Ele mesmo faz a vida dele e tal. Uns até se ferram, como o vereador lá, esqueci o nome agora, ou o outro daqui. Eles mesmos se ferram, mas viraram artistas. Não se cobra nada.

É justo isso aí? Soltar um cara que é líder do crime? O promotor falando, o Lincoln falando que ele é líder. Não sou eu, não; é o promotor. Ah, não estou duvidando da honestidade de ninguém, não.

Pelo amor de Deus! Senão vou ser preso. São todos inocentes. Eles são bons de coração. Eles têm um elevado espírito de altruísmo, de amor ao próximo. Ele foi preso porque ficou nervoso. Isso não é motivo para prender ninguém, mesmo que ele esteja com dois quilos de cocaína. Não é motivo. Vamos soltar.

É sério um país desses? E todo mundo aceita. A Globo aceita, todo mundo aceita. É uma maravilha. “A inocência de alguém.” Não se pode comentar, é decisão judicial.

Agora, escreve embaixo depois para ir buscar o cara, um cara que está em outro país, que já foi embora cheio de dinheiro, com avião, com canhão na mão. Então, infelizmente é isso.

A gente está aí, realmente, como falou o Major Mecca, ouvindo discurso. Vamos para Israel fazer curso para combater não sei o quê, vai não sei aonde, mas o crime é isso. O crime é isso aí, está tomando conta de São Paulo.

Os policiais, com uma câmera no peito, sendo mortos nas ruas. Em Santos já mataram não sei quantos, dez, vinte, trinta. Eles matam PM em Santos, velhos, aposentados, como eu. Vão matar pelo prazer de matar. O cara desarmado, vendendo lá, tomando banho de praia, eles vão lá e enchem o cara de bala e ninguém fala merda nenhuma. Tudo natural.

E quando se move alguma coisa de lei, se move para prejudicar mais o polícial, como ontem fui falar com o comando, até ultrapassando o Major Mecca, que apresentou um projeto contrário. Eu falei: “Olha aqui, ó”. A corregedoria faz um, agora, para punir mais o policial que trabalha?

Então, eu acho que o governador tem que tomar uma atitude, o comando da PM, o secretário. É minha função. Eu sou base, eu sou situação, fui lá falar porque temos que mudar isso aí. Por que eu fui falar? Porque tem que mudar isso aí.

É o fim do mundo, né? Já está uma caca que Deus manda, agora eles andam na rua com dez viaturas, Major Mecca. Eles andam na rua e tem dez viaturas de segurança para todos eles, é uma maravilha. Os outros, que não tem porcaria nenhuma, como nós outros, têm que ficar rezando.

Agora, mesmo rezando, o ministro do Supremo Tribunal Federal solta o bandido, porque ele achou que deveria soltar, porque não é motivo pegar alguém com dois quilos de cocaína, mesmo sendo o chefe do PCC, porque ele ficou nervoso.

Aí é piada, é brincadeira, não tem nem o que falar. É uma vergonha. Cabe aos senadores, aos deputados federais mudarem uma porra dessas aí. Não dá para todo mundo trabalhar aqui, a polícia, o promotor, o juiz, e, quando chega a Brasília, dão uma penada e mandam todo mundo para a rua.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Corroboro o discurso de Vossa Excelência. Tivemos a oportunidade - o deputado Conte Lopes, eu, o Capitão Telhada, estávamos juntos, o deputado Gil Diniz - de falar para o governador Tarcísio a situação com que nós nos deparamos no Guarujá, no litoral sul de São Paulo, e desse absurdo que acontece no estado de São Paulo, não é, deputado Conte? Não é possível que não se adote uma medida enérgica em cima do crime no estado de São Paulo.

Chegou-se a um ponto que se ultrapassou a fronteira do absurdo, do tolerável. Não dá, tem que ser tolerância zero, tem que ir todo mundo para a rua. Tem que ir do coronel ao soldado, todo mundo montar numa viatura e ir para a rua caçar o ladrão. Que é o que deveriam estar fazendo no Guarujá desde o início do mês, que era para estar sendo feito em São Paulo há muitos anos: subirem numa viatura e caçar ladrão.

Parar com esse discurso de gestor, de não sei mais o quê. Comandar tropa, montar numa viatura e caçar ladrão e trazer paz para o estado de São Paulo e colocar bandidos no lugar deles, porque bandido tem que ter medo de polícia. O bandido tem que saber que se ele atacar um policial, ele vai ter resposta nas próximas horas. O cidadão não pode ficar à mercê de bandidos como está no nosso Estado.

Então, dando continuidade aos oradores inscritos neste Grande Expediente, chamo a deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)

Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.)

Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.)

Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Já fiz uso da palavra.

Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, tem V. Exa. dez minutos regimentais para uso da tribuna.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezado presidente Major Mecca, deputado Conte Lopes, deputado Carlos Giannazi, prezadas deputadas e deputados, primeiro, uma breve reflexão sobre o assunto que moveu ambos com respeito à criminalidade.

Eu tenho dedicado minhas energias, sobretudo aos instrumentos de política econômica que possam elevar o grau de justiça na sociedade brasileira e fazer com que cada pessoa tenha o direito a viver com dignidade e com uma renda básica de cidadania, pois tenho a convicção de que será um instrumento de extraordinária eficiência para diminuir a criminalidade sobre a qual os senhores têm tanta preocupação.

Eu também tenho, mas uma coisa é simplesmente estar vendo a forma de reagir contra aqueles que fazem os atos ilegais e a outra é buscar a energia suficiente para conseguirmos modificar todos os fatores que levaram essas pessoas a se inclinar para o crime. Mas hoje eu gostaria de aqui registrar que a Standard & Poor’s elevaram a perspectiva do Brasil para uma situação econômica positiva pela primeira vez, desde 2019.

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating, nota de crédito do Brasil, de estável para positiva nesta quarta-feira. A classificação positiva para o Brasil não acontecia desde 2019.

A Standard & Poor’s também reafirmou o rating de crédito soberano que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em BB, nota que o País tem desde 2020. Essa classificação ainda indica um grau especulativo, o que, segundo a agência, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

Este movimento reflete sinais de maior certeza sobre a estabilidade das políticas fiscal e monetária que podem acabar beneficiando o crescimento do produto interno bruto do Brasil.

Então, obviamente, os integrantes do governo acharam muito positiva essa alteração. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicou a decisão em seu Instagram, nesta quarta-feira. No Twitter, o ministro afirmou que a economia do País já demonstra uma capacidade grande de apresentar resultados positivos: o dólar caindo, o PIB crescendo, a inflação sob controle e a classificação do Brasil melhorando frente ao mundo.

Mas ainda há muito o que fazer. Acho muito importante o registro desta classificação positiva por parte da Standard & Poor’s. Quero aqui cumprimentar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem demonstrado uma capacidade muito grande.

Se de um lado não foi eleito governador do estado de São Paulo, o presidente Lula o convocou para a missão tão importante de estar à frente da condução econômica do Brasil. Fernando Haddad tem feito, de maneira muito positiva, e eu quero continuar a acompanhar os seus passos, inclusive o passo maior, que eu gostaria muito de ver realizado, que é a gradual instituição e universalização da renda básica de cidadania para todos os brasileiros e brasileiras, inclusive para o Major Mecca, o Conte Lopes, o Carlos Giannazi e todos nós aqui nesta Casa.

No dia em que houver uma renda básica para cada pessoa, ela não precisará mais se sujeitar a encontrar apenas nos caminhos do crime a forma de sobrevivência.

Mas quero também aqui expressar a minha solidariedade às seis deputadas da bancada feminina que estão sendo ameaçadas pelo Conselho de Ética da Câmara, que instaurou seis processos contra as deputadas Célia Xakriabá, do PSOL; Sâmia Bomfim, do PSOL; Talíria Petrone, também do PSOL; Erika Kokay, do PT; Fernanda Melchionna, do PSOL; Juliana Cardoso. Todas as representações foram apresentadas pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que diz que as deputadas quebraram o decoro parlamentar durante a votação do projeto do marco temporal das terras indígenas, no fim de maio.

A bancada feminina afirma que a ação para instalação do processo foi orquestrada, e acusa a Comissão de Ética de machismo. A sessão foi marcada por um bate-boca, ironias e troca de acusações, quis o destino, diz Hauly, ao assumir a vaga de Deltan Dallagnol.

Bem, o projeto do marco temporal foi aprovado no plenário da Câmara, seguiu para o Senado. Segundo o projeto de lei, as deputadas citaram ao microfone “assassinos do povo indígena”.

Apesar de terem sido cortados, o PL afirma que as deputadas continuaram ofendendo os parlamentares que fazem oposição ao governo, principalmente o deputado Zé Trovão, autor do requerimento de urgência para votação do projeto.

Talíria Petrone foi uma das que se manifestaram e argumentaram que o processo para instalação dos processos estava contaminado por machismo. Coincidentemente, os focos são corpos femininos, uma bancada específica, é um ataque conjunto com anuência desta comissão.

E Juliana Cardoso, que foi minha colega na Câmara Municipal, uma pessoa tão digna, também se considera algo constante de ataques ali às deputadas. Por vezes são chamadas de abortistas, de vagabundas, e não vê nenhum parlamentar revoltado.

Quem nos chama desta forma com os microfones desligados esses mesmos deputados que agora estão doidos e indignados por terem sido chamados de assassinos. Curioso, não?

Precisamos conversar com a Mesa Diretora sobre os procedimentos desta Comissão de Ética, precisa servir como método de proteção de parlamentares e não como forma de cassar alguém pelo seu gênero, disse a Juliana Cardoso.

Eu gostaria aqui, de na conclusão, recomendar a todos os parlamentares que possam assistir ao filme “Os Invasores”, que trata da questão de quem é que invade as terras indígenas.

Trata-se de um filme que foi premiado em diversos festivais internacionais, e na parte segunda “Os Invasores” trata justamente dos políticos ligados aos grandes proprietários, senão eles próprios que têm agido para que no Brasil se realize como que uma reforma agrária às avessas.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy.

Dando sequência à relação dos oradores inscritos no Grande Expediente, deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Tem V. Exa. dez minutos regimentais para o uso da tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje, gostaria de dizer que nós conseguimos uma vitória importante em Brasília, na Câmara dos Deputados, na CPI, a famigerada CPI que tenta investigar irregularidades no MST.

Eu me refiro a uma vitória porque aqui em São Paulo a gente não consegue convocar nenhum membro do governo para depor nas comissões permanentes da Assembleia Legislativa, porque a Assembleia Legislativa continua sendo um puxadinho do governo estadual.

Inclusive, eu tinha apresentado já, Sr. Presidente, um requerimento, apresentei um requerimento convocando o presidente executivo, diretor executivo do Itesp, para depor aqui, na Assembleia Legislativa, e explicar a entrega das terras devolutas do Estado, do povo do estado de São Paulo, para os grandes empresários, sobretudo naquela região do Pontal do Paranapanema.

E explicar também o vídeo que foi gravado mostrando, o nome dele é Guilherme Piai, que foi nomeado agora pelo governador Tarcísio de Freitas, em que ele orienta esses grandes empresários que invadiram as terras públicas do Estado, terras devolutas, para que eles agilizassem rapidamente o que determina uma lei, uma famigerada lei, a regularização das terras, por conta de uma lei aprovada aqui, na Assembleia Legislativa.

Nós denunciamos, no final do ano passado, um projeto de lei que foi apresentado por deputados ligados, direta ou indiretamente, a esses grupos. O projeto foi aprovado aqui a toque de caixa. Na época, nós denunciamos que se tratava de uma reforma agrária para os ricos, para os desmatadores, para quem, de fato, invadiu terras do Estado, terras devolutas.

Votamos contra, obstruímos, fomos à Justiça, acionamos o Ministério Público Estadual contra a lei, mas, infelizmente, a lei ainda está em vigor. Tem, inclusive, uma Adin no Supremo Tribunal Federal, ou seja, a lei está judicializada no Supremo. Mesmo assim, o presidente do Itesp orienta os grandes desmatadores, os grandes empresários da área a regularizar com rapidez, porque a lei pode cair a qualquer momento.

O fato é esse, Sr. Presidente. Mas na CPI do MST, na Câmara dos Deputados, foi aprovado ontem um requerimento da deputada federal de São Paulo, Luciene Cavalcanti, que faz parte também dessa CPI.

Ela aprovou um requerimento fundamental para nós, convocando, deputado Simão Pedro, que acompanha bastante essa área, convocando o presidente do Itesp para que ele vá explicar todas essas denúncias e como o Estado está entregando, a preço de banana, as áreas públicas, as áreas devolutas do povo do estado de São Paulo.

São terras que não estão sendo destinadas à reforma agrária, para produção agrícola, para a agroecologia, para a agricultura familiar, não, para os grandes empresários dessa época, que invadiram essas terras já há um bom tempo e estão lá. Agora eles vão receber praticamente de graça.

Nós denunciamos, a imprensa já também reverberou algumas dessas terras. Por exemplo, lá no Pontal do Paranapanema tem, acho, que a Fazenda São João, que tem um valor de mercado de 70 milhões de reais, que foi uma invasão de grandes proprietários.

Ela vale hoje, aproximadamente, valor de mercado, 70 milhões, e o governo estadual está dando quase que de graça para os proprietários, por quatro milhões de reais.

É um absurdo, Sr. Presidente. Isso é um crime contra o patrimônio público do estado de São Paulo. O fato é que ele foi convocado, o requerimento foi aprovado e ele irá, nos próximos dias, à Câmara dos Deputados e será cobrado. Mas, ao mesmo tempo, a deputada federal, tem aqui inclusive a matéria que saiu ontem e hoje no “UOL”. Gostaria que o Machado colocasse de novo para nós.

Ela também, a deputada federal aqui de São Paulo, do PSOL, professora, supervisora de ensino da rede municipal, também apresentou um requerimento convocando o governador Tarcísio. Ele tem que explicar isso.

O governo estadual não pode entregar as terras do povo do estado de São Paulo, as terras devolutas, que são nossas, para grandes empresários, para pessoas que não têm nenhum compromisso com o meio ambiente.

Pessoas que usam agrotóxicos, inclusive, muitos deles, que nem são permitidos no Brasil, e no estado de São Paulo, por consequência. E eu apresentei um projeto de lei para revogar essa famigerada lei que foi aprovada. O projeto está tramitando na Assembleia Legislativa. Já tinha, no início de maio também, acionado o Ministério Público estadual e o Tribunal de Contas do Estado.

Questionando os valores apresentados nesses editais publicados no Diário Oficial, que entregam a preço de banana as terras do povo do estado de São Paulo para esses grandes grupos econômicos. O que nós defendemos é reforma agrária para quem produz, quem está lá, no Pontal do Paranapanema, por exemplo, para os assentados.

Esses são os grandes produtores, por exemplo, de arroz integral orgânico, sem agrotóxicos. Isso é importante. É importante que as pessoas saibam que, quem coloca comida na mesa do povo brasileiro, não é o famigerado “ogronegócio”, desmatador, invasor de terras indígenas, invasor de terras quilombolas, que envenena o solo, que desmata. E não é esse setor.

Esse setor exporta, ganha muito dinheiro, e não paga imposto ainda. Não paga. A Lei Kandir, por exemplo, eles são isentos. É um bom negócio ser do “ogronegócio”. Quem põe comida na mesa do povo brasileiro é o pequeno e médio agricultor, é a agroecologia, é o MST que coloca comida na merenda escolar de muitos municípios.

Então é muito importante essa convocação. Já que a Assembleia Legislativa não vai convocar mesmo, não vai convidar. Mas nós conseguimos essa vitória através da deputada federal Luciene Cavalcante.

Quero, para encerrar a minha participação hoje, no plenário da Assembleia Legislativa, fazer um apelo ao governador Tarcísio de Freitas, à Casa Civil, ao governo estadual, para que atenda as reivindicações dos servidores do sistema prisional. No final do ano passado, nós aprovamos, depois de muita luta e muita pressão, a PEC da Polícia Penal.

Foi uma vitória dos servidores do sistema prisional, que organizaram muitas mobilizações. Enfim, a PEC foi aprovada. Agora falta regulamentar, através da Lei Orgânica. O governo disse que vai encaminhar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa.

Nós queremos, em nome dos servidores do sistema prisional, fazer tantas reivindicações! Eu quero destacar duas. Outras, eu farei em outros momentos oportunos. Mas duas são essenciais.

A primeira delas é que os servidores, os oficiais operacionais, os motoristas, sejam incluídos na Polícia Penal. Que eles tenham a transformação dos seus cargos, porque eles são policiais penais na prática. Eles já exercem essa função.

A legislação autoriza essa transformação, no caso dos motoristas da SAP. E que também os oficiais administrativos sejam colocados, sejam incorporados na Lei Orgânica da Polícia Penal.

É muito importante. Porque eles estão trabalhando, fazendo um trabalho muito específico dentro do sistema prisional. Isso não vai ser nenhuma novidade, porque na Polícia Civil já é assim, já existe a inclusão desses servidores na Lei Orgânica da Polícia Civil.

Então não há nenhum tipo de óbice, de estorvo constitucional, legal, para que isso ocorra. E nem orçamentário. Então fica aqui o nosso apelo. Transformação dos cargos dos servidores, dos oficiais operacionais, dos motoristas, transformação dos cargos da Polícia Penal. E também a incorporação, a inclusão, dos oficiais administrativos, todos eles, na Lei Orgânica da Polícia Penal.

Essa é a nossa luta, a nossa reivindicação, antes que o projeto chegue à Assembleia Legislativa. Que ele já venha com essas incorporações, para que a gente possa aprovar o projeto em caráter de extrema urgência.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Registrando, deputado Giannazi. Com a palavra, deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Para usar a tribuna pelo Art. 82, em nome do Partido dos Trabalhadores, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental. Eu só vou solicitar a V. Exa.: eu vou terminar a leitura dos oradores inscritos. Se o senhor quiser já ir se dirigindo à tribuna.

Só deixar registrado que, na última visita do secretário de Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, à Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, nós deixamos registrado o nosso posicionamento.

O deputado Conte Lopes encontrava-se também presente na reunião da comissão. Nós deixamos registrado ao secretário e à Casa Civil, ao governo de São Paulo, o nosso posicionamento favorável à inclusão dos oficiais operacionais e administrativos na Polícia Penal.

Próximo orador, deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.)

Tem a palavra o deputado Simão Pedro, pelo Art. 82.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente desta sessão, nobre deputado Major Mecca, deputado Conte Lopes; estavam aqui agora há pouco o deputado Giannazi e o deputado Suplicy.

Sr. Presidente, estou usando este tempo do Partido dos Trabalhadores para primeiro registrar que houve, hoje, no metrô de São Paulo, nas Linhas 1, 2, 3 e 4, um caos. Atrasos, problemas terríveis, que vão alegar que foi por conta das chuvas etc.

Lembrar que na segunda-feira houve uma grande assembleia dos trabalhadores metroviários no seu sindicato, mais de 3.000 trabalhadores que decidiram não fazer a greve que estava marcada a partir da zero hora do dia treze.

Eu achei que foi uma boa decisão do sindicato. Estive numa das assembleias do Sindicato dos Metroviários; eles resolveram aceitar a proposta feita. Eles estavam em campanha salarial, a categoria, uma categoria muito importante.

E decidiram por aceitar a proposta do Metrô, de reajuste salarial de 4,52%, que na verdade é uma reposição da inflação da Fipe. Um reajuste do mesmo patamar no vale-refeição, mas teve outros benefícios.

Mas eu queria chamar atenção que, neste acordo que o Sindicato dos Metroviários fez com o Metrô - que é importante a gente registrar aqui, porque nós vamos acompanhar e vamos cobrar -, o Metrô se comprometeu a realizar concurso público para repor mais de 150 trabalhadores, principalmente na área da segurança.

O Metrô tem sido enfraquecido, bombardeado; não vou dizer “sucateado”, né. Mas uma das reivindicações nesta campanha salarial era a reposição de trabalhadores, porque há um déficit, reconhecido pelo próprio Metrô.

A outra coisa, Sr. Presidente, que eu julguei importante, foi que o Metrô se comprometeu a, nos próximos dois meses, abrir uma negociação com o jurídico, ou seja, sentar o jurídico do Metrô e o jurídico dos metroviários, para discutir a situação dos mais de 130 aposentados do Metrô, que foram demitidos já há três anos, porque eram aposentados especiais. Receberam aposentadoria especial, mas continuavam trabalhando.

E, numa decisão apressada da direção do Metrô, se resolveu demitir esses trabalhadores, sem direito a nada, Sr. Presidente. Trabalhadores que têm 30 anos de trabalho no Metrô, na manutenção, na condução, criando-se uma situação de injustiça.

Os metroviários estão recorrendo aos tribunais da área trabalhista. A gente espera que tenhamos uma decisão em breve, favorável aos trabalhadores. Mas que bom que o Metrô reconheceu que é uma situação que precisa de um encaminhamento, de uma negociação.

Eu quero continuar acompanhando. Dar os parabéns aos metroviários, ao seu sindicato, pela decisão que tomou, por essas pautas, pelas conquistas que foram tidas, mas também por encaminhar essas duas situações.

Reposição de trabalhadores no Metrô, principalmente na área da segurança, do acompanhamento ali dos usuários, que são milhões, e também rediscutir a situação desses 130 trabalhadores que têm aposentadoria especial, mas que continuavam trabalhando no Metrô - é um direito deles -, mas que foram demitidos como se fossem criminosos, por justa causa, sendo que estavam no seu direito. Interpretação errônea, ao meu ver, da direção dos metroviários.

Mas que bom que agora o Metrô se comprometeu, nesses dois meses, a fazer um debate sobre esse assunto.

Sr. Presidente, para terminar, eu estive hoje acompanhando a manifestação dos movimentos de pessoas idosas, ou da melhor idade, ou da terceira idade, aqui no Centro de São Paulo.

Hoje é o Dia Nacional de Combate à Violência contra as Pessoas Idosas. A gente sabe que isso ocorre dentro de casa, ocorrem violências de todo tipo, violência financeira, filhos, enteados, nessa situação que acabam tirando os parcos rendimentos de pessoas idosas, pessoas que moram sozinhas.

Então, é necessário, Sr. Presidente, que esta Assembleia se debruce sobre esse assunto. É necessário que o governo dê mais atenção, não deixar só para o município, políticas públicas para atender essa população, que cada vez cresce mais, que cada vez tem mais influência política.

Hoje, mais de 20% dos eleitores estão acima de 60 anos, e que demandam políticas públicas para melhorar sua qualidade de vida, para que possam ter um final de vida com mais qualidade, com mais atenção.

Então, eu quero aqui saudar os manifestantes de hoje, que foram até a Prefeitura, foram falar com o prefeito Ricardo Nunes, para que o município também crie mais centros de convivência, mais creches para idosos, e assim eles possam ter uma vida, uma qualidade de vida um pouco melhor.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, eu queria só fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Posso usar daqui mesmo?

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Sim, fique à vontade.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, ontem me manifestei aqui, a respeito de uma reintegração de posse que está ocorrendo desde antes de ontem no município de Jardinópolis, mas é uma área ali no Rio Pardo, ocupada por cerca de 1.500 famílias.

São chacareiros, pequenos sitiantes, mas também moradores comuns, e o Ministério Público lá da região de Jardinópolis entrou com pedido de reintegração, o Tribunal de Justiça local concedeu, a Vara de Justiça lá da cidade, e ontem começou a reintegração.

Nós alertamos o Ministério Público, alertei aqui na tribuna, alertamos o Conselho Nacional de Direitos Humanos, que direitos de muitos moradores ali estavam sendo desrespeitados.

Porque há uma recomendação, inclusive do Supremo Tribunal Federal, que, quando houver uma reintegração, se verifique se os mínimos direitos, se a Prefeitura está dando uma alternativa habitacional, uma assistência. Não simplesmente se joga essas pessoas nas ruas, agravando uma situação social que já é grave.

Hoje o Ministério Público soltou uma nota. Eu queria só fazer um registro, porque eu achei muito importante a manifestação do Ministério Público. Ontem eu conversei com o Dr. Sarrubo, com a sua equipe, para que pudesse dialogar com o Ministério Público local lá da região de Jardinópolis, Ribeirão Preto, porque pega Sertãozinho, pega vários municípios ali essa situação.

E hoje o Ministério Público soltou uma nota que eu considero muito importante. É uma nota à imprensa, dizendo que o Gaema, que é um grupo de acompanhamento dessas situações lá do Ministério Público, salientou que não pode e não vai concordar com desocupações, demolições de casas, como vêm acontecendo, quando constatada a existência de moradores em situação de vulnerabilidade social, sem que antes seja providenciada a realocação pelo Poder Público, de forma condizente com o princípio da dignidade humana.

São mais de 100 famílias de pessoas vulneráveis que estavam sendo vítimas dessa situação. Então, essa manifestação do Ministério público é um bom instrumento para que a Justiça seja feita a essas famílias, algumas delas que moram, vivem ali há 30 anos, 25 anos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Sr. Presidente, peço o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 50 minutos.

 

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