23 DE NOVEMBRO DE 2023

142ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: SIMÃO PEDRO, CARLOS GIANNAZI e REIS

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - SIMÃO PEDRO

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

5 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - REIS

Assume a Presidência.

        

7 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

10 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

12 - PRESIDENTE REIS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 24/11, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Simão Pedro.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Vou passar agora a palavra aos oradores inscritos para o Pequeno Expediente. Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)

Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)

Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Presente, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Simão Pedro, quero aqui repudiar veementemente a decisão da Secretaria Estadual de Educação, da Seduc, com suas publicações, suas resoluções que foram publicadas na semana passada, alterando o currículo escolar do ensino fundamental e do ensino médio, trazendo para São Paulo um verdadeiro retrocesso nessa área curricular.

Eu queria destacar, entre os retrocessos, a retirada, a diminuição de aulas no ensino fundamental, de aulas... Olha só, o governo está reduzindo aulas de história e de artes, duas disciplinas importantes, obrigatórias no currículo escolar, que tem a ver com a formação dos nossos alunos, com a formação geral dos nossos alunos, com a formação criativa e crítica dos nossos alunos do ensino fundamental. Então, o governo retirou, mexeu na carga horária, diminuindo aulas de história e de artes.

No lugar, Sr. Presidente, o governo está introduzindo outras disciplinas, como, por exemplo, o ensino religioso no ensino fundamental. Acontece, Sr. Presidente, que o ensino religioso, conforme a lei federal, a LDB, a Lei nº 9.394, de 96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o ensino religioso no ensino fundamental nas escolas públicas é facultativo para os alunos.

Os alunos não são obrigados a frequentar as aulas de ensino religioso. Está na lei federal, na lei que regulamenta o capítulo da Educação. Logo, o que vai acontecer com a implantação, no ensino fundamental, dessa disciplina do ensino religioso?

Muitos alunos não vão assistir a essas aulas, até porque tem uma questão gravíssima: temos uma diversidade religiosa no Brasil, então o aluno tem o direito de se negar... Mesmo quando a aula é oferecida, quando a disciplina é oferecida.

Esses alunos vão ficar onde, Sr. Presidente, em uma escola estadual, se ele não vai frequentar essa aula no horário normal de aula? Ele vai ficar no pátio da escola? Onde? Quem vai ficar com esses alunos, se as escolas estaduais carecem de servidores, de agentes de organização escolar?

Porque o governo não contrata, não faz concurso. Quando faz, não chama. Até agora estamos cobrando que o governo dê a posse para os agentes de organização escolar que foram chamados no final do ano passado e até agora não assumiram. É um absurdo. Então, primeiro tem esse problema gravíssimo, que o governo não vai conseguir solucionar porque as escolas não têm infraestrutura para isso.

E também o governo vai introduzir, já no ensino fundamental, a farsa da educação financeira, Sr. Presidente. Isso é um absurdo, mexer no currículo, com as matérias obrigatórias.

E a justificativa da Educação financeira é para que o aluno não faça dívidas, para que o aluno não seja inadimplente, para que o aluno saiba administrar o seu dinheiro. Mas, Sr. Presidente, os alunos não têm dinheiro, as famílias estão desempregadas, não tem sentido.

Na verdade, essa disciplina é uma tentativa de criminalizar a pobreza, criminalizar as pessoas endividadas. As pessoas não estão endividadas porque elas não conseguem administrar os seus parcos recursos, é porque o custo de vida é alto, porque a vida é difícil para quem ganha um salário mínimo, sobretudo para uma boa parte dos nossos alunos da rede estadual.

No ensino médio também, Sr. Presidente, houve redução na carga horária de filosofia, sociologia e de artes também. Vossa Excelência, que é um filósofo, sabe disso, da importância da filosofia, da sociologia e também das artes.

Ou seja, o Governo é um governo de extrema direita e que ataca disciplinas relacionadas à crítica, que ajudam o aluno a desenvolver o senso crítico, a entender melhor o funcionamento da sociedade, a entender as verdadeiras causas das desigualdades sociais e econômicas, filosofia e sociologia ajudam bastante nessa área. E ele ataca também a criatividade porque artes, Sr. Presidente, é uma disciplina, é uma área muito importante do ponto de vista do desenvolvimento da criatividade.

Governos autoritários, governos protofascistas têm medo da crítica e têm medo da criatividade, por isso que no Brasil e no mundo essas áreas são sempre atacadas. A ditadura militar retirou do currículo escolar também a filosofia, a sociologia.

Nós ficamos anos e anos sem essas duas disciplinas no currículo escolar, V. Exa. se lembra. Depois, com muita luta, nós conseguimos que elas voltassem. Mesmo assim, elas são atacadas o tempo todo, como são atacadas agora com a redução da carga horária.

Mas nós estamos tomando providências, Sr. Presidente, para que elas voltem imediatamente ao currículo escolar do ensino fundamental... Voltem a carga horária, eu digo, porque elas continuam, mas com as cargas reduzidas. Que as cargas originais voltem tanto no ensino fundamental, como no ensino médio.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, deputado Giannazi, pelo vosso pronunciamento. Queria chamar o próximo orador inscrito, deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Reis, tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. REIS - PT – Quero cumprimentar o presidente deputado Simão Pedro, o deputado Carlos Giannazi que agora está assumindo a Presidência no lugar do deputado Simão Pedro.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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Quero também cumprimentar os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal, o público presente, o deputado Suplicy, todos os funcionários desta Casa e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.

Quero reafirmar o meu apoio à candidatura do Eduardo Suplicy para vice-prefeito, pré-candidato a vice-prefeito na chapa do pré-candidato Guilherme Boulos. Eu já havia dito aqui na tribuna há uns dias, e como hoje saiu matéria na “Folha de S. Paulo” matérias especulativas, eu quero dizer que a minha palavra não faz curva. Estamos apoiando o Eduardo Suplicy, porque ele vai agregar muito nessa chapa Boulos. Convido todos para de manhã tomarem café com o Boulos.

Presidente, hoje é o dia “D” para a sanção na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. A Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis foi apresentada em 2007 e caberá ao presidente Lula a sanção. Só que está tendo uma guerra silenciosa em Brasília por conta do lobby dos Srs. Governadores. Governadores que muitas vezes se aproveitam da sua condição de governador para impor aos policiais a sua lógica governamental, sacrificando-os.

Como é o caso aqui de São Paulo, que nós temos usado a tribuna para fazer denúncias de que os policiais civis, quando se aposentam, se não tiverem cinco anos na classe, têm que voltar cinco anos no tempo. Isso é uma agressão.

Agora os policiais civis perderam o direito ao transporte intermunicipal, um direito que eles tinham. Moram em uma cidade e trabalham em outra. Isso é normal. É comum as distâncias que existe entre as cidades. Muitas vezes não há policial morando naquela cidade. Então, ele chamado de outro local para poder prestar o trabalho ali. Então, cada ônibus poderia levar até dois policiais.

Agora também o governador, o seu governo, editou portaria extinguindo, revogando esse direito. Então, é só maldade. E essa Lei Orgânica que foi discutida, ela realmente dá uma luz, dá uma condição melhor para os policiais civis. Porém, os governadores, inclusive o do nosso estado, e de outros estados, estão fazendo lobby para que vários artigos sejam vetados.

Para V. Exa. entender o que está acontecendo, de 50 artigos, ontem tinha proposta da AGU para vetar 28 artigos. Um absurdo! É acabar com a lei, é uma lei que nasce morta.

Então, a Adepol e as associações representativas da Polícia Civil estão em Brasília, conversando com os ministros, os nossos ministros, a Casa Civil e as Relações Institucionais, para poder reverter esse lobby que os senhores governadores fizeram por vetos, porque eles não concordam com aquilo que serão obrigados a cumprir. E aí eles vão aos ministros e falam: “não, não concordo com isso, o Pacto Federativo”.

A respeito do Pacto Federativo, eu até recebi um parecer da Adepol, que argumenta acerca do respeito ao Pacto Federativo, na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. Diz aqui o parecer:

“Os dispositivos que remetem à regulamentação de determinados assuntos, direitos, estruturas organizacionais, aos estados, com a impressão na forma da lei do ente federativo, justamente foram inseridos com pedido e apoio do governo, para atender as restrições do Pacto Federativo e respeitar a autonomia legislativa e organizacional dos estados.

A Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis é uma lei geral, que define normas gerais, de organização, direitos, competências específicas, deveres e garantias às polícias civis, sem prejuízo da competência suplementar dos estados de disporem sobre esses parâmetros gerais, conforme suas realidades locais e condições.

Desta forma, muito do que é previsto na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, será regulamentado conforme a realidade orçamentária, obedecendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias do respectivo estado, e conforme a sua possibilidade e realidade específica.

Isso somente se o estado considerar que haverá gastos quando regulamentar determinado ponto de acordo com sua vontade política. Portanto, não cria despesa obrigatória, e nem imediata.

Ademais, a imensa maioria do que está na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, e remete aos estados, já está contemplado em legislações locais que tratam das polícias civis, como promoções, aposentadorias e estrutura organizacional. Muitos estados sequer precisarão regulamentar, pois a Lei Orgânica Nacional das Polícias deixa claro que permanecem válidas as leis locais, no que não for contrário às polícias civis.

Sobre o dispositivo que trata da aposentadoria do policial civil, nada mais que reproduz o que está no § 4º “b”, da Emenda Constitucional nº 103, de 2019, que tratou da Reforma da Previdência, conferindo que a lei poderá dispor sobre critérios diferenciados de cálculo de proventos para policiais civis, algo já consolidado nos estados com suas leis previdenciárias próprias pós Emenda Condicional nº 103.

Também sobre o dispositivo da aposentadoria, sacramento o que foi julgado no Recurso Extraordinário nº 1.162.672, no STF, em repercussão geral, prevendo que é constitucional a lei que assegure a integralidade e paridade para os policiais civis. Portanto, não há de se falar que a lei orgânica é um dispositivo que contraria a ordem constitucional”.

Então, os governadores têm feito esse lobby. Porque, vamos pegar o caso de São Paulo, que a lei previdenciária aqui de São Paulo não está de acordo com a Emenda Constitucional nº 103, e nem com a Emenda Constitucional nº 49.

Ela ultrapassa aquilo que está previsto taxativamente nas emendas constitucionais quando ela diz que o policial tem que voltar cinco anos no tempo. A lei falou de cargo, a lei não falou de classe. A lei constitucional não falou de nível, mas eles puseram para mais, e a lei orgânica busca corrigir isso aí.

Então, eu quero entender que o presidente Lula não vai se curvar a governos que, inclusive, são contrários ao seu governo e nem em determinadas pessoas que estão ali no reino, porque o reino, sabe como que é, está cheio de bajuladores, de pessoas que chegam no ouvido do presidente ou do governante e vão falando, dizendo o que ele tem que fazer.

Eu espero que ele não se curve e sancione a lei orgânica, conforme ela foi debatida, discutida durante todo esse período. Não foi uma lei que foi debatida e discutida em um dia, em um mês, uma semana; desde 2007 para ter o apoio unânime do Congresso, o apoio unânime.

Seria muito ruim para a gente que esses vetos fossem realizados pelo presidente. Seria um tapa na nossa cara, por aquilo que a gente defende e por aquilo que a gente entende sobre o que a Polícia Civil precisa e sobre o que as polícias precisam. Então, presidente Lula, sancione a Lei Orgânica na íntegra.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Reis. Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Com a palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra o deputado Conte Lopes. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Simão Pedro, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Carlos Giannazi, muito obrigado. Deputado Suplicy, deputado Reis e todos que nos acompanham nesta tarde de quinta-feira seja aqui, seja através da TV Assembleia e das nossas redes. Sr. Presidente, eu fiz questão de hoje estar aqui para parabenizar o presidente Lula, o seu governo, pelo lançamento ontem - o anúncio, perdão - do reinício do programa “Minha Casa Minha Vida”.

O Lula anunciou ontem, junto com ministros e demais representantes da sociedade do seu governo, o início de 187 mil unidades habitacionais, Suplicy, que serão construídas em 560 municípios do Brasil. E dessas 187 mil unidades, 1.270 empreendimentos. É para contemplar a população mais pobre com renda familiar até R$ 2.640,00, a chamada Faixa 1.

E tem novidades, Suplicy. Cada um desses empreendimentos, os apartamentos, as unidades terão que ter uma varanda e na maioria deles terá biblioteca, uma parceria do Ministério das Cidades com o Ministério da Cultura, para promover qualidade no pós-morar.

Então uma coisa muito impressionante. Dessas 187 mil unidades anunciadas, aqui não estão, Suplicy, ainda, as unidades que serão construídas pelas entidades dos movimentos de moradia.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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Essas terão cerca de 16 mil unidades através dos projetos de mutirão de autogestão que são iniciativas assim muito importantes e cada vez se consolidam mais. Aliás, queria anunciar que na segunda-feira, dia 27, às 14 horas, a Comissão de Política Urbana da Câmara Federal, Câmara dos Deputados, fará aqui uma audiência pública para discutir o projeto de lei para os programas de autogestão na construção de moradia.

Eu e o deputado Barba seremos os anfitriões, abrigaremos essa audiência pública aqui nesta Casa na segunda-feira. Queria dizer que o estado de São Paulo foi o estado mais contemplado por essas novas unidades que serão construídas pelo Minha Casa Minha Vida: 41.987 unidades habitacionais, Suplicy. É muito longe ainda da demanda.

O Brasil com o programa Minha Casa Minha Vida, construído nos governos Lula e Dilma, se avançou muito. Construíram-se muitas moradias, milhões, mas o déficit habitacional ainda é de sete milhões. No entanto, nós temos aqui para o estado de São Paulo, contando com as entidades que serão contempladas também com o “Minha Casa Minha Vida - Entidades”, quase 50 mil unidades.

Vou falar aqui rapidamente das cidades que foram contempladas, mostrando que o governo Lula não discrimina estado por ser governado por um partido diferente ou algum partido que faça oposição ao governo, nem cidades.

Suplicy, aqui tem uma gama de cidades que apresentaram projetos, projetos consistentes, justificados, dentro das regras estabelecidas pela lei do programa “Minha Casa Minha Vida”. E, então, essas cidades foram contempladas.

Cidade de Americana, 200 unidades; Araçatuba, 300 unidades, dois empreendimentos; Araraquara, dois empreendimentos de 400 moradias; Arujá, 150; Atibaia, 400 unidades em dois projetos; Barretos, três projetos de 22, 20 e 24 unidades; Batatais, 150; Bauru, 198 e 202 unidades em dois empreendimentos; Bertioga, aqui no litoral, 150 unidades; Birigui, no interior, 200 unidades; Boituva, aqui na Castello Branco 144; Botucatu, ali ao lado de Bauru, 68 e 204 unidades.

Caieiras, 150 unidades, aqui na Grande São Paulo; Campinas, dois projetos de 240 e 80 unidades; Cotia, aqui na Raposo Tavares, 196, e mais 196 unidades; Diadema, três empreendimentos de 108 e 136; Embu das Artes; Ferraz de Vasconcelos; Franco da Rocha; Guarujá.

Guarulhos, seis empreendimentos; Hortolândia; Ibitinga; Itanhaém; Itapecerica da Serra; Itapetininga; Itapeva; Itapevi; Itaquaquecetuba; Jacareí; Jundiaí; Limeira; Lorena; Louveira; Marília; Matão; Mogi das Cruzes; Mogi Mirim; Mongaguá; Monte Mor; Olímpia; Osasco; Ourinhos; Penápolis; Peruíbe; Piedade; Piracicaba; Pirapora do Bom Jesus; Praia Grande; Presidente Prudente.

Ribeirão Pires; Ribeirão Preto, três empreendimentos; Rio Claro; Salto; Santa Bárbara d'Oeste; Santo André; Santos; São Carlos; São José do Rio Preto; São José dos Campos, seis empreendimentos; São Paulo, nove empreendimentos; São Roque; São Vicente; Sorocaba; Suzano.

Aliás, em Suzano, o ministro das Cidades, Renan Filho, junto com o vice-presidente, o Sr. Geraldo Alckmin, estarão no final deste mês, dia 29, dando início às obras de um empreendimento naquela cidade da Grande São Paulo. Taboão da Serra; Tatuí; Ubatuba; Valinhos e Votorantim.

Então, parabenizo essas prefeituras, parabenizo o governo Lula, mais uma vez, por dar início a esse importante programa e dar uma perspectiva de futuro para milhares de famílias que aguardam a oportunidade de ter uma moradia, de ter proteção.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputado Simão Pedrão, vamos continuar aqui no Pequeno Expediente. Na lista de oradores, o próximo é o deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.)

Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.)

Entrando na Lista Suplementar, chamamos para fazer uso da palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, deputado Simão Pedro, Sras. Deputadas, Sr. Deputado Carlos Giannazi, Srs. Deputados, no último dia 20 de novembro a Oxfam Internacional publicou uma pesquisa que diagnosticou que o 1% mais rico da população mundial é responsável pela mesma quantidade de emissões de carbono que os dois terços mais pobres do planeta.

A informação é de que 77 milhões de pessoas são responsáveis por 16% das emissões mundiais relacionadas ao consumo. Este é o mesmo percentual de emissões registrado por 66% da população mundial com menor renda, o que equivale a 5,11 bilhões de pessoas.

Parte dessa emissão de carbono dos super-ricos está no uso de jatinhos particulares e superiates. Por essa razão protocolei na Assembleia Legislativa o PL 1.604, que cria a taxa de preservação ambiental como medida de mitigação de danos causados por aeronaves privadas e particulares no estado de São Paulo.

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero, 2.200 voos de helicóptero são realizados todos os dias na capital, um a cada 45 segundos, o que coloca a cidade de São Paulo na liderança mundial do tráfego deste tipo de aeronave. De acordo com o Instituto Brasileiro de Aviação, 20% dos voos particulares no Brasil acontece em aeroportos no estado de São Paulo.

A taxação será calculada por tonelada de carbono emitido por avião ou helicóptero voltado ao transporte individual. É sabido que a propriedade de jatos, helicópteros e outras aeronaves, além de barcos de luxo não é tributada no Brasil.

A taxa aqui proposta significará, na prática, no ano de 2023, um custo de R$ 513,90 por tonelada emitida por avião ou helicóptero voltado ao transporte individual, valor considerado baixo frente aos custos exorbitantes dessa atividade.

Para este cálculo, toma-se como base a Unidade Fiscal do Estado de São Paulo, regulada por legislação própria, equivalente, no presente ano, a R$ 34,26, multiplicado por 15, a cada tonelada informada para a operação.

A cobrança cai para R$ 342,60, (Ufesp 10) no caso de uso de combustíveis sustentáveis (Sustainable Aviation Fuel), uma preocupação crescente da indústria de aviação e que tem levado a inovações e desenvolvimento tecnológico crescente.

Além de promover a justiça tributária, este projeto pretende inserir o estado de São Paulo na vanguarda da justiça climática, ao propor uma forma de taxação que não apenas significa ônus às práticas poluidoras de cidadãos mais ricos, como também, destinar os recursos arrecadados às atividades de preservação e recuperação ambiental, como, por exemplo, a criação e manutenção de parques e áreas verdes, o pagamento por serviços ambientais por catadores, a promoção da agricultura familiar sustentável, a recuperação de áreas degradadas e assim por diante.

Assim, o Projeto de lei nº 1.604 institui a taxa de preservação ambiental como medida de mitigação de danos causados por aeronaves privadas particulares e executivas no estado de São Paulo.

No Art. 1º, fica instituída a taxa de preservação ambiental com o objetivo de mitigação e compensação de danos ambientais decorrentes de operações de aeronaves que atuam na aviação particular e executiva no estado de São Paulo.

As aeronaves compreendidas no caput deste artigo são aquelas certificadas para o serviço aéreo privado e táxi aéreo pela Agência Nacional de Aviação Civil que executam aterrissagem ou decolagem no estado de São Paulo. Não são passíveis de taxação previstas nesta lei as operações das seguintes categorias: instrução, serviço aéreo especializado, aviação experimental e demais categorias de interesse público.

Aeronaves em prestação de serviço a entes governamentais, em missões humanitárias ou em atenção a procedimentos de saúde são consideradas de interesse público. A TPA é devida por pessoa física ou a pessoa jurídica, operadora do voo, calculada com base no peso da aeronave a ser recolhida por operação de decolagem e aterrissagem.

Sr. Presidente, eu solicito que seja transcrito, no seu todo, o texto dessa lei nas notas taquigráficas.

Gostaria, na minha conclusão hoje, saudar a boa notícia de que, ontem, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto de lei, também de minha autoria, que cria o Parque do Rio Bixiga ali no Itaim Bibi, algo que certamente está deixando muito feliz o José Celso Martinez Corrêa lá no céu.

O projeto também contou com a colaboração entusiasta da vereadora Luna Zarattini e de diversos outros vereadores que, por maioria, aprovaram esse projeto de lei, que teve o Gilberto Natalini, hoje secretário do Verde, um dos que pioneiramente o apresentaram.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Está deferido o pedido de V. Exa. para que seja publicado o teor do projeto. Seguindo na Lista Suplementar, chamamos para fazer uso da palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, é um absurdo o que a Secretaria da Educação, a Seduc, o que o secretário Renato Feder, dono da Multilaser - agora Multi -, e o governador Tarcísio estão fazendo com a Educação, Sr. Presidente.

Além de enviar uma PEC aqui para a Assembleia Legislativa reduzindo o orçamento da Educação de 30% pra 25%, retirando mais de 9 bilhões de reais, quase 10 bilhões de reais por ano da Educação, o governo agora, Sr. Presidente, está anunciando, através da Secretaria da Educação, que vai demitir milhares de professores.

Haverá uma demissão em massa de professores categoria “O”, de professores contratados pela malfadada Lei nº 1.093. Milhares de professores. Vai ser a maior demissão em massa da história do funcionalismo público do estado de São Paulo. Talvez a maior demissão em massa do Brasil, da história do Brasil, Sr. Presidente. Milhares e milhares de professoras e professores serão demitidos dos contratos de 2018, 2019 e 2020.

Esse é o anúncio da Secretaria da Educação, da Seduc: demissão em massa de milhares de docentes da rede estadual. Nós estamos, Sr. Presidente, aqui apelando ao governo para que ele prorrogue os contratos e realize a chamada imediata dos aprovados no concurso, porque nós temos uma verdadeira precarização da contratação de professores.

São quase 100 mil professores contratados pela Lei nº 1.093, conhecidos como professores categoria “O” na rede estadual. Então tem vaga para todo mundo, o governo pode prorrogar os contratos, pode chamar os aprovados. Mas há boatos, há informações de que o governo vai chamar em 2024 para assumir só em 2025.

Me parece, Sr. Presidente... Me parece, não. Esse governo não quer professores efetivos, concursados. Ele tem medo de professor com estabilidade, o professor que questiona. Então ele evita chamar professores aprovados em concurso público.

Nós exigimos aqui, Sr. Presidente, que haja, primeiramente, a prorrogação de todos os contratos, como nós já fizemos em anos anteriores. O governo encaminha o projeto de lei, nós aprovamos e prorrogamos todos esses contratos, enquanto o governo vai fazendo a chamada dos aprovados.

Pelo menos nesse primeiro momento, dos 15 mil aprovados, depois ele pode aumentar o número de vagas e efetivar todos os professores da categoria “O”, porque a maioria fez o concurso e passou no concurso público. Essa é a nossa exigência, Sr. Presidente.

Mais grave ainda, lógico que haverá demissão em massa, haverá um forte, um gravíssimo e desumano prejuízo e transtorno para as professoras e os professores, mas também haverá um transtorno e um impacto, Sr. Presidente, extremamente perverso ao ensino, ao processo ensino-aprendizagem, ao projeto pedagógico das escolas, aos projetos pedagógicos das escolas que perderão seus professores.

Esses professores vão perder o vínculo com as suas respectivas escolas, professores que já criaram vínculo, que já estão implantando, trabalhando o projeto pedagógico da escola.

Então haverá um rompimento desse vínculo e haverá um forte impacto no processo ensino-aprendizagem, também prejudicando milhões de alunos, alunas, crianças e adolescentes, jovens e adultos da rede estadual de ensino.

Olhe só a gravidade da situação, Sr. Presidente. Então, muito importante, nós estamos exigindo que o governo tome providência, porque está cometendo aí dois crimes contra a Educação, contra os professores e as professoras: demissão em massa, a maior demissão na história do Brasil, Sr. Presidente, vai acontecer exatamente agora, no dia 31 de dezembro, se nada for feito, e, depois, um impacto também jamais visto no processo ensino-aprendizagem e nos projetos pedagógicos das escolas que serão afetadas.

Uma boa parte desses professores, Sr. Presidente, estão nas escolas, todas as escolas serão impactadas, porque esses professores com esses contratos desses anos que eu citei estão espalhados por toda a rede de ensino, no Interior paulista, na Capital, na grande cidade de São Paulo e na Baixada Santista.

Então, eu quero aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, exigir que o governo tome providências para evitar esse crime de lesa-humanidade contra a Educação, contra o Magistério e contra os nossos alunos.

E gostaria, Sr. Presidente, que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas à Secretaria da Educação e ao governador Tarcísio de Freitas, para que esse desastre, esse crime seja impedido enquanto há tempo para isso, Sr. Presidente. Demissão em massa de professores e professoras, é isso que a Secretaria está anunciando com o rompimento dos contratos dos professores da categoria “O” de 2018, 2019 e 2020.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Defiro o pedido de V. Exa. para que as cópias sejam encaminhadas.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, deputado Reis, deputado Carlos Giannazi, demais deputados e deputadas desta Casa, eu gostaria de transmitir um convite que o presidente André do Prado está encaminhando a todos os deputados e deputadas, para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Renda Básica de Cidadania, que acontecerá na próxima segunda-feira, às 18 horas, no Plenário Dom Pedro.

Então, deputado Carlos Giannazi, deputado Reis, gostaria até de formular um convite pessoal a ambos. Se quiserem, serão muito bem-vindos para participar desta Frente Parlamentar em Defesa da Renda Básica, para que ela logo se torne uma realidade no caminho de se tornar universal e incondicional, o direito de toda e qualquer pessoa, não importa a sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou socioeconômica.

Há três semanas atrás, eu enviei uma carta ao presidente Lula, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, aos diversos ministros das áreas econômica e social, inclusive, o Wellington Dias, para que possam criar uma comissão, um grupo de trabalho, para estudar as etapas em direção à evolução, desde o “Bolsa Família”, até a renda básica universal.

Eu avalio que essa frente parlamentar poderá ajudar muito nesse propósito. Estão, portanto, convidados todas as Sras. Deputadas e todos os Srs. Deputados, para fazerem parte dessa frente parlamentar em defesa da renda básica universal.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje. Sr. Presidente, eu quero aqui cobrar da Secretaria da Educação, da Seduc, que retire esse critério punitivista, que visa punir o Magistério estadual agora, sobretudo no processo de atribuição de aulas para 2024.

Nesse critério de assiduidade, ou presença na escola, o governo estipulou, criou um novo critério de pontuação para o processo de atribuição de aulas do ano que vem, Sr. Presidente, extremamente perverso, nefasto, que visa atacar a dignidade dos nossos professores e das nossas professoras. Ele criou esse critério de assiduidade, presença na escola, Sr. Presidente.

O que acontece? Ele desconta, nessa pontuação, nesse critério, licença-nojo, licença-maternidade, faltas do TRE, doação de sangue, até licença-prêmio, Sr. Presidente, o governo está descontando da assiduidade. Ou seja, o professor que vai usufruir de um direito garantido na legislação, no estatuto do funcionalismo público estadual, uma lei de 1968...

Ele, ao se beneficiar, exercer esse direito da licença-prêmio, que ele conquistou, será punido na sua pontuação, aqui no processo de atribuição de aulas. Se morreu um familiar e tirou uma licença-nojo, ele será punido também, Sr. Presidente, aqui no processo de atribuição de aulas. Se ele ficou doente, tirou uma licença de uma semana, uma licença-médica para fazer uma cirurgia, punição para o professor.

Está aqui, Sr. Presidente, na resolução e, também, no projeto de lei que foi encaminhado, deputado Suplicy, aqui para a Assembleia Legislativa, que trata da questão das APDs. Olha só a gravidade da situação. Se o professor for fazer uma doação de sangue em um determinado dia, então, ele será punido também aqui na pontuação para o processo de atribuição de aulas.

É um absurdo isso, Sr. Presidente. Esse governo não sabe mais o que fazer para punir o Magistério e os servidores da Educação. Então, esse critério tem que ser retirado imediatamente da resolução, do projeto de lei que foi encaminhado para a Assembleia Legislativa, projeto que versa sobre a questão da falta-aula, APDs....

Eu apresentei emendas corrigindo todos esses ataques, todos esses erros. Emendas aos PLC do governo, mas a resolução também tem que ser alterada, Sr. Presidente. Isso é um absurdo. Isso mostra o quanto o governo tem ódio do Magistério estadual, mas nós estamos tomando todas as providências para que haja alterações nesse critério e em outros também.

Mas, eu quero destacar, no dia de hoje, esse da assiduidade punitivista, presença na escola punitivista, que pune os professores, porque... E, é inconstitucional, porque temos o estatuto do funcionalismo público, que é uma lei estadual importante, que garante os direitos e os deveres dos servidores estaduais.

Essa decisão da secretaria está afrontando, está violando a legislação existente. Por isso que nós queremos repudiar veementemente, dizer que estamos tomando as providências necessárias para alterar, Sr. Presidente, esse critério.

Por fim, Sr. Presidente, tenho aqui uma última intervenção no dia de hoje, sei que já vai levantar a sessão, que é em relação à Escola Estadual João Kopke, uma escola que fica aqui no centro da cidade, pertinho da Secretaria da Educação.

No ano passado, Sr. Presidente, nós aprovamos o Orçamento, a Lei Orçamentária para ser executada neste ano, de 2023, e a nossa deputada Erica Malunguinho apresentou uma emenda para a comunidade escolar, para a escola João Kopke.

Uma Emenda que foi aprovada, logicamente, incorporada à Lei Orçamentária, e hoje as emendas parlamentares são impositivas, elas entram no Orçamento, na Lei do Orçamento.

A lei foi aprovada com a destinação de um valor para a reforma, para a manutenção da Escola João Kopke, no entanto, Sr. Presidente, olha só, a emenda foi aprovada no ano passado e, até agora, até exatamente o dia de hoje, a emenda não chegou à escola João Kopke.

Então, o governo não faz a reforma, o que já é um absurdo, porque ele deveria... Tem dinheiro, nem precisaria de emenda parlamentar de deputado. Eu acho um absurdo isso, que as escolas tenham que recorrer aos deputados para reformar, para fazer a manutenção das escolas, sendo que a Secretaria da Educação tem quase 50 bilhões de reais no seu cofre, no seu orçamento, para fazer a manutenção e o desenvolvimento do ensino.

Ela disse que não tem dinheiro, os deputados ajudam, eu também ajudo, porém, mesmo assim, Sr. Presidente, a emenda não foi executada até agora, da Escola João Kopke, que precisa de reforma.

Eu fui lá várias vezes, é uma escola que fica em uma região ali perto da Cracolândia, ali perto da Sala São Paulo. Essa escola já foi depredada algumas vezes, o portão, enfim...

Eu venho acompanhando a situação dessa escola, no entanto, Sr. Presidente, até agora nada foi feito, a Secretaria da Educação não está liberando o dinheiro, não está respeitando a lei, Sr. Presidente, é emenda impositiva, está no Orçamento, na Lei Orçamentária.

Olha só, eu acho que só pode ser um boicote. É muita incompetência, é muito descaso, Sr. Presidente, ou é muita irresponsabilidade dos setores burocráticos, dos tecnocratas e dos burocratas da Secretaria da Educação em liberar, ou é descaso mesmo, Sr. Presidente.

 É o que o nosso querido e grande intelectual Darcy Ribeiro, um dos maiores intelectuais do Brasil, já dizia, que a crise da Educação não é uma crise, crise da Educação é um projeto das elites, e eu acrescento: das elites econômicas e políticas para manter exatamente isso, as escolas sucateadas e degradadas.

 Então, não é incompetência, parece que é um projeto da Seduc manter as escolas exatamente nessa situação. Também, Sr. Presidente, eu quero aqui dar... Mas eu já fiz um pronunciamento pedindo a execução dessa emenda parlamentar, coloquei aqui no telão que tem fotos da escola, tem o recurso que foi destinado na Lei Orçamentária...

Repito: não estamos pedindo nenhum favor, Sr. Presidente, estamos pedindo o cumprimento da lei para uma escola estadual que fica muito próxima ali da Secretaria da Educação.

Então, que o governo libere, em caráter de extrema urgência, Sr. Presidente, esse recurso para a Escola João Kopke, que está precisando, Sr. Presidente, de uma ampla reforma, de uma ampla manutenção.

O estado tem recursos para isso e tem que liberar essa emenda da nossa ex-deputada Erica Malunguinho, porque ela foi uma deputada importante aqui na Assembleia Legislativa, combativa, que marcou a história do parlamento paulista.

Gostaria, Sr. Presidente, para finalizar, que cópias do meu pronunciamento em relação a esse tópico fossem encaminhadas exatamente ao governador Tarcísio de Freitas e ao secretário estadual de Educação, e que a emenda, que o recurso seja liberado para a escola.

Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, e nenhum orador mais interessado em utilizar a tribuna, eu peço aqui o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Também defiro o pedido para que as cópias sejam encaminhadas para o Sr. Governador e para o Sr. Secretário da Educação do Estado de São Paulo.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão. Tenham todos uma excelente tarde.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 55 minutos.

 

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