6 DE MAIO DE 2024

25ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DAS COMUNICAÇÕES NO BRASIL E AOS 160 ANOS DO SEU PATRONO, MARECHAL RONDON

        

Presidência: LUCAS BOVE

        

RESUMO

        

1 - LUCAS BOVE

Assume a Presidência e abre a sessão às 10h35min. Anuncia a composição da Mesa. Considera brilhante a história de Marechal Rondon, contada pelo livro do homenageado Dr. Maurício Melo Meneses. Diz ser comemorado hoje o Dia das Comunicações no País.

        

2 - CINTIA CHAGAS

Noiva do deputado Lucas Bove, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE LUCAS BOVE

Convida todos a ouvirem, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar de São Paulo. Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene, para realizar a "Comemoração ao Dia das Comunicações no Brasil e aos 160 anos do seu patrono, Marechal Rondon", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos.

        

4 - ALEXANDRE ANTUNES PEREIRA

Reverendo, capelão do Mackenzie, faz pronunciamento.

        

5 - GUILHERME GANDRA

Assessor do deputado Lucas Bove, faz pronunciamento.

        

6 - YGOR LUCAS GOMES DA COSTA

Assessor do deputado Lucas Bove, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE LUCAS BOVE

Elogia o trabalho da secretária de Comunicação do Governo Tarcísio. Ressalta a importância da comunicação para políticos e para o governo.

        

8 - LAIS VITA

Secretária de Comunicação do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.

        

9 - IVES GANDRA DA SILVA MARTINS

Doutor e professor emérito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, faz pronunciamento.

        

10 - MARCO TULLIO DE CASTRO DE VASCONCELOS

Professor doutor e magnífico reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, faz pronunciamento.

        

11 - MILTON FLÁVIO MOURA

Doutor e presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, faz pronunciamento.

        

12 - NEHEMIAS CURVELO PEREIRA

Membro do Conselho e presidente do MACK Pesquisa - Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação, faz pronunciamento.

        

13 - LUCIANA GUERREIRO SABADINI

Mestre de cerimônias, anuncia a obliteração do selo que comemora a terceira edição do livro "Rondon: o Marechal da Paz" e do lançamento do carimbo em comemoração ao patrono das Comunicações, Marechal Rondon, prestando homenagem a todos os integrantes da Mesa Diretora.

        

14 - JORDANA FILOMENA DE OLIVEIRA

Subgerente de venda dos Correios de São Paulo Metropolitana, faz pronunciamento.

        

15 - PRESIDENTE LUCAS BOVE

Faz leitura de texto sobre o Colar de Honra ao Mérito Legislativo. Anuncia apresentação do Instituto Ethnos, pelo homenageado Dr. Maurício Melo Meneses. Discorre sobre o instituto, gerido pela família do Dr. Maurício. Menciona a atuação do instituto em nove países, contra a fome e a pobreza.

        

16 - LUCIANA GUERREIRO SABADINI

Mestre de cerimônias, faz leitura do currículo do homenageado. Anuncia a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Dr. Maurício Melo Meneses.

        

17 - MAURÍCIO MELO MENESES

Homenageado, faz pronunciamento.

        

18 - LUCIANA GUERREIRO SABADINI

Mestre de cerimônias, anuncia a apresentação do Coral Madrigal da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sob a regência do maestro Parcival Módolo.

        

19 - PRESIDENTE LUCAS BOVE

Considera o Dr. Maurício uma inspiração. Menciona o apoio do homenageado na distribuição de seu livro para colégios públicos e na realização de concurso de redação sobre o assunto. Diz ser ele um grande exemplo a ser seguido. Lê frases na parte traseira do livro do Dr. Maurício, sobre o Marechal Rondon. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 12h34min.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Lucas Bove.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Bom dia, senhores e senhoras. Sou o deputado estadual Lucas Bove, proponente desta sessão de hoje. Vocês vão ver que as sessões, apesar de solenes e de terem toda a liturgia que merecem aqui nesta Assembleia Legislativa...

Eu procuro conduzir da forma mais tranquila possível, da forma mais - digamos assim - amena possível, para que seja de fato um momento de alegria, de celebração, sem tanta pompa e circunstância, como às vezes são conduzidos os trabalhos desta Casa.

Eu vou iniciar chamando, para que façam a composição da Mesa comigo. Eu vou fazer eu mesmo o cerimonial. Perdão. TV Alesp, se já estiver... TV Alesp funcionando. Muito bom dia a todos e a todas novamente.

A quem nos acompanha pela TV Alesp e pelas mídias sociais; quem nos acompanha aqui nas galerias; aos civis e militares aqui presentes; Polícia Civil; Polícia Militar, que sempre nos ladeia e faz a nossa segurança; os servidores da Casa, desejar um bom dia a todos.

Hoje faremos uma sessão solene em comemoração ao Dia das Comunicações no Brasil e aos 160 anos do seu patrono, Marechal Rondon. Nesta data, também faremos a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao nosso amigo Maurício Melo de Meneses.

Eu inicio a nossa cerimônia convidando para compor a Mesa - dois deles já estão à Mesa: Lais Vita, querida e brilhante secretária de Comunicação do Estado de São Paulo. Obrigado pela sua presença, secretária. (Palmas.)

Um homem que dispensa apresentações, eu vou apenas citar o nome dele, porque são tantos os títulos, é tanto reconhecimento que acho que não teríamos tempo para a sessão solene. Então, meu amigo, professor emérito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Dr. Ives Gandra da Silva Martins. (Palmas.) Obrigado pela presença, professor.

Convido ainda o nosso homenageado da noite, Maurício Melo Meneses. (Palmas.) O reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marco Tullio de Castro Vasconcelos. (Palmas.)

O presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, Dr. Milton Flávio Moura. (Palmas.) O membro do conselho e presidente do Mack Pesquisa, Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação, Dr. Nehemias Curvelo Pereira. (Palmas.)

Senhores, como eu disse, eu procuro conduzir essas sessões da maneira mais informal possível. O pessoal do Cerimonial ficou um pouco bravo comigo, mas eu gosto de quebrar um pouquinho os protocolos.

Como é padrão da classe política, o negócio é um pouco egocêntrico aqui. O deputado proponente tem diversas falas, fala diversas vezes. Hoje é um dia de homenagens.

Hoje é um dia muito importante. Marechal Rondon tem uma história brilhante, muito bem contada pelo Prof. Maurício em seu livro. Livro que nós estamos distribuindo nas escolas estaduais, com o apoio da Secretaria de Educação. Faremos um concurso de redação; esse concurso terá uma premiação para os alunos da rede pública.

Então, realmente é um trabalho muito bacana que está sendo feito. Não só de contar a história, de valorizar os nossos verdadeiros heróis, mas também de dar oportunidades para os jovens.

Hoje também é o Dia das Comunicações. Nós celebramos o Dia das Comunicações no Brasil. Então, a primeira quebra de protocolo. Eu queria convidar, para falar um pouco sobre a importância da comunicação - a comunicação na vida das pessoas, como a comunicação tem o poder de transformar a vida das pessoas - em uma fala breve, de talvez cinco minutos, não mais do que isso, minha noiva, Cíntia Chagas, por favor.

Eu sei que a gente não tinha combinado. Mas quem sabe faz ao vivo. (Palmas.)

 

A SRA. CÍNTIA CHAGAS - Bom dia. Os melhores discursos que eu fiz de improviso foram treinados cotidianamente. Porque nada, nada, nada na comunicação é de fato um improviso.

Tudo vem daquilo que nós estudamos, daquilo que nós lemos, daquilo que nós somos, a partir dos nossos conhecimentos e das nossas vivências. A comunicação é de fato o maior poder que um ser humano pode ter. De nada vale o conhecimento que adquirimos na faculdade, nos livros, no colégio, se não soubermos nos comunicar.

Ela é hoje o conhecimento mais valioso em todas as empresas. Se pegarmos um currículo “x” e um currículo “y”, de valia semelhante, com certeza o candidato que obterá êxito será aquele que souber se comunicar.

Quando vemos esse valor advindo de pessoas tão ilustres, de pessoas, de fato, importantes para a nossa sociedade, nós - pessoas como eu, professores de oratória e de língua portuguesa - passamos a ter mais esperança de que a comunicação possa vir a ser, para todos, um presente, algo valioso em que nós possamos nos amparar. Porque quem não se comunica não chega a lugar absolutamente algum. Nós sabemos disso.

Se vocês estão aqui hoje, é porque vocês exerceram de forma positiva a comunicação. Temos aqui - fico muito honrada - um grande comunicador, cujos versos encantam a todos que tiveram a oportunidade de ler os seus sonetos, o Dr. Ives.

Doutor Ives, o senhor... Veja bem, eu não sou advogada, apenas... Advoguei, não. Ato falho. Apenas palestrei para diversas OABs. Mas tenho o senhor como uma grande inspiração na minha vida pelo comunicador que é, pelo escritor que é e pela forma, tão menos arrogante que a minha, de se expressar.

Aí vai uma dica que eu costumo dar em todos os meus cursos. Estamos hoje na era do Instagram. Não estar no Instagram hoje é como não estar - agora eu vou falar a minha idade, não é verdade? - nos catálogos de antigamente. Lembram-se dos catálogos? Pois, então, isso mostra o quão velhos estamos. Não estar no Instagram hoje é a mesma coisa de não estar nos catálogos.

O sucesso das pessoas no Instagram... aqui está o Dr. Ives, que tem tanto sucesso nessa rede, vem de um pilar na credibilidade sobre o qual devemos pensar e muito. Tem credibilidade comunicativa quem se apropria de si mesmo.

Se a pessoa é erudita, como o Dr. Ives, ela precisa ser erudita no Instagram. Se ela é divertida na vida real, ela precisa ser divertida no Instagram. Se ela é doce na vida real, ela precisa ser doce no Instagram. Se ela é arrogante... Digo, não, se ela é diferente na vida real, ela precisa ser diferente no Instagram. É a minha vivência e é a minha maior ferramenta, foi o que mudou a minha vida e que trouxe, inclusive, o meu noivo para mim.

Então, parabenizo todos vocês pela brilhante ideia de fazer uma homenagem à comunicação, que quando bem-feita, sempre nos leva além, até mesmo em um casamento.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Muito bem. Feita a abertura, eu gostaria de solicitar a todos os presentes - aqueles que a condição física permite - que, em posição de respeito, possamos ouvir o Hino Nacional Brasileiro, que será executado Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Ivan Berg.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

Uma salva de palmas para a nossa camerata da nossa brava Polícia Militar, que tanto honra essa farda cinza bandeirante. Muito obrigado, senhores, parabéns.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores aqui presentes, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, o deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a Maurício Melo Meneses, e celebrar o Dia das Comunicações do Brasil e o ano 160 do seu patrono, o Marechal Rondon.

Neste momento, convidamos para realizar um momento devocional e de reflexão a Deus o reverendo Alexandre Antunes Pereira Santos, capelão do Mackenzie.

 

O SR. ALEXANDRE ANTUNES PEREIRA SANTOS - Muito bom-dia a todos. Eu quero fazer a saudação à Mesa, na pessoa do deputado Lucas Bove, às autoridades da Mesa; certamente ao Dr. Neemias também, representando as autoridades do Mackenzie; às autoridades aqui nesta amanhã; às autoridades civis, militares, eclesiásticas. Meu bom dia como capelão, aqui representando o chanceler, reverendo Robinson Grangeiro.

Quero deixar uma reflexão muito breve para vocês, que se encontra no primeiro livro de crônicas, capítulo 12, verso 32, que diz assim: “Dos filhos de Issaca, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens”. Eu costumo pensar que, quando Deus quer abençoar uma nação, um povo, uma geração, ele concede pessoas visionárias.

Esse texto aqui é muito interessante, porque é justamente o momento da história da nação de Israel em que eles estão voltando do cativeiro e estão contando a história, que foi a história da vida deles, para a nova geração, para que eles pudessem guardar essa história; para que eles pudessem ter a memória de onde eles vieram; e agora começar a ter novos sonhos do que eles poderiam construir após o período de cativeiro.

Nessa recontagem, na descrição da história, eles têm essa citação de uma das tribos, que tinha uma característica que me chama atenção: os filhos de Issacar. Diz o autor bíblico que os filhos de Issacar tinham uma característica interessante: eles eram conhecedores de sua época, eram gente habilidosa naquela geração, que conseguiam, de maneira graciosa, abençoada por Deus, ser visionários e conseguiam antecipar os problemas que viriam.

Quando Deus quer abençoar um povo, ele concede pessoas visionárias. Porque é muito fácil a gente olhar para o passado, e é muito importante olhar para o passado. Mas encontrar pessoas que, no presente, conseguem antecipar o futuro, isso é, de fato, um presente de Deus.

É interessante, porque a gente está falando aqui hoje em homenagem ao Marechal Rondon e, vendo a biografia dele - inclusive, disso eu não sabia -, Rondônia tem esse nome por causa de Rondon, porque ele foi um visionário na sua época. Foi alguém que, na área da comunicação, percebeu que isso seria algo de potência, de futuro, e investiu.

Chama a minha atenção - permitam-me dizer isso aqui -, porque o Lucas falou que a gente podia ser aqui uma pessoa mais informal, certamente você está olhando para a minha cara e falando assim: de onde saiu esse índio aí? Eu não sou índio, sou descendente, evidentemente, mas não de linha direta, da minha terceira ou quarta geração de família indígena.

Mas o Marechal Rondon também foi conhecido como visionário no tratamento de paz com os povos indígenas. É interessante, em um dia de comemoração, ter um capelão que tem traços indígenas falando, não é, Maurício?

E é impressionante perceber que existem marcas de pessoas que, na sua época, foram visionárias. Eu gosto muito disso, porque a gente geralmente caminha sobre os passos ou sobre estradas que foram abertas por pessoas que foram visionárias no passado.

Eu fui pastor por muitos anos em uma cidade chamada Goianésia. E, quando eu cheguei em Goianésia, duas coisas me chamaram a atenção: a primeira coisa que me chamou a atenção é o fato de que a cidade de Goianésia é uma cidade muito pequenininha e que hoje está ali beirando os seus 70 mil habitantes.

Eu fui pastor lá durante 12 anos. É uma cidade de poucas pessoas, mas com ruas largas. Eu cheguei em Goianésia e falei assim: “Gente, por que essa cidade tem ruas tão largas?”. Eu, acostumado a morar em cidades com ruas pequenas, fui pesquisar a história dos fundadores.

Falaram assim para mim: “Olha, passou por aqui, entre os fundadores, um visionário”. Na época em que só tinha carroça na rua, ele se reuniu na construção e na pavimentação da cidade e disse o seguinte: “Olha, daqui a alguns anos vão ter carros, e vão ter muitos carros, portanto, a cidade precisa ter ruas largas para receber esses carros”.

Você anda pela cidade hoje e não tem problema de trânsito, porque alguém lá atrás, quando tinha carroça, foi visionário na sua geração. Eram duas coisas em Goianésia. A segunda coisa foi quando eu cheguei lá, o meu querido, Dr. Maurício Meneses, que é um querido do meu coração... Eu fui ser pastor em uma igreja pela qual o pai dele tinha passado, o reverendo Amador.

Quando eu cheguei lá, conhecendo a igreja, sendo pastor na igreja, uma das coisas que mais me marcou foi as pessoas falando assim: “Olha, passou por essa igreja, pastor Alexandre, um visionário, anos atrás, o reverendo Amador, que fez muito como um bandeirante”. Lá em Goiás a gente falava isso, um bandeirante do cristianismo: por onde ele ia, ele abria uma igreja, sendo visionário, montando campos e escolas para a glória do senhor.

O que eu quero dizer para vocês aqui nesta manhã, nesta breve devocional? Quando Deus quer abençoar uma nação, ele concede pessoas como os filhos de Issacar, conhecedores de sua época.

Eu fiz um breve olhar para o passado, mas a minha oração para você e por nós aqui, nesta manhã, neste dia especial de comemoração, é que Deus nos conceda, na nossa geração; que Deus conceda para nós, nesta época, filhos de Issacar, pessoas visionárias.

É muito bom celebrar os visionários do passado, mas que Deus conceda visionários na nossa geração, que olhem para o futuro, que sejam corajosos, sonhadores e que busquem, de Deus, direção para suas vidas. Aliás, porque o nosso Deus, diz a escritura, é o conhecedor do Kairós e do Chronos, assim Jesus disse.

E ele disse para que nós descansássemos nele, porque ele é senhor do tempo e do espaço e ele é aquele que tem, para cada época, aquilo que é necessário. Que Jesus nos abençoe com um futuro e uma benção especial, para que tenhamos, no futuro, pessoas que consigam antecipar os problemas, sonhar sonhos novos, abrir e pavimentar novos caminhos para nós, além da comunicação debaixo da benção de Deus.

Que Deus nos ajude, que Jesus abençoe a cada um. Eu gostaria, neste momento, que nós ficássemos em pé para que nós orássemos e invocássemos a benção de Deus sobre a cidade de São Paulo, sobre o estado de São Paulo e sobre o nosso País.

Senhor, muito obrigado por este momento especial aqui de reflexão, em que nós estamos falando que o senhor, quando quer abençoar um povo, concede pessoas visionárias a esse povo. O senhor já fez isso com o Brasil há alguns anos, há muitos anos, dando gente visionária a várias áreas - à área civil, à militar, à eclesiástica.

Hoje nós estamos aqui celebrando pessoas e personalidades importantes, mas a nossa oração, ó Deus, é também olhando para o futuro, pedindo ao senhor: concede à nossa geração filhos de Issacar - gente corajosa, gente destemida, gente desbravadora, gente que sonha os sonhos que o senhor coloca no coração.

Abençoe o nosso País, abençoe o nosso estado de São Paulo, abençoe a nossa cidade de São Paulo, abençoe o nosso deputado Lucas Bove, que o senhor seja sobre ele a tua benção, e sobre cada autoridade que está aqui nesta manhã. Assim oramos, agradecidos, em nome de Jesus. Amém.

Que Deus abençoe todos. Podemos nos sentar. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado, reverendo Alexandre. É uma honra tê-lo aqui conosco hoje, abençoando este dia. Queria aproveitar também e cumprimentar a Ana Cláudia Scalquette, presidente da Comissão de Estágio e Exame da Ordem; Rodrigo Arnoni Scalquette, líder do Polo de São Paulo da Comissão de Estágio e Exame da Ordem, muito obrigado pela presença de vocês, muito prazer em revê-los.

Seguindo o cerimonial, são as minhas palavras de abertura agora, como eu disse que eu vou tocar a cerimônia de uma maneira diferente. Assim como, a exemplo do Marechal Rondon e do Prof. Maurício, eu gosto de sempre repetir uma frase, é um mote, um pouco do meu mandato aí, um mandato que em um ano já aprovou dois projetos importantes e tem feito, modéstia à parte, tantas ações relevantes...

É que ninguém faz nada grande sozinho, e eu, de fato, tenho uma equipe muito competente. Então, eu queria chamar aqui, para dividir a fala, dois expoentes do meu gabinete, dois mackenzistas - não podia ser diferente, os outros que me perdoem aí. Um que está finalizando a sua graduação em direito, Guilherme Gandra; e outro que está já no seu mestrado, Ygor Gomes, também.

Dois assessores aí apaixonados pelo Mackenzie, apaixonados pela obra do Dr. Maurício. Peço que dividam a tribuna aqui por três minutinhos cada um para fazer uma saudação em meu nome.

Por gentileza, Guilherme e Ygor.

Por favor, de surpresa, também. (Palmas.)

 

O SR. GUILHERME GANDRA - Bom dia a todos, celebrar também as autoridades presentes na Mesa. Nós nos reunimos hoje para celebrarmos a memória de um grande e ilustre brasileiro, o Marechal Rondon, que mais do que um militar exemplar, Rondon foi um visionário e, como disse o reverendo, um desbravador.

Em sua longa carreira, Rondon mapeou vastos territórios do Brasil central, desbravando regiões inóspitas, estabelecendo contato pacífico com povos indígenas. E a obra de Rondon transcende também os limites da geografia, não é?

Mais do que um herói nacional, Rondon é um símbolo daquilo que há de melhor no povo brasileiro. A coragem, a tenacidade, o amor à pátria e o respeito à diversidade. E ninguém melhor do que um mackenzista, o Prof. Maurício Meneses, que é conselheiro do Mackenzie, para introduzir esse autor na nossa bibliografia.

É mackenzista, assim como o meu avô, professor emérito do Mackenzie, que me passou, através de sua vida, diversos valores e virtudes que agora eu estou buscando concretizar trabalhando com o deputado Lucas Bove, deputado que nesta Casa vem trazendo todos esses valores e virtudes para o seu gabinete, tentando buscar os valores cristãos e, também, acabar com este estado burocrático em que nós vivemos.

Eu lembro agora do Prof. Roque Carrazza, que dizia que a burocracia é a arte de tornar difícil o que é fácil, valendo-se do inútil. Então nós buscamos, através de muito trabalho, acabar com essa burocracia e trazer mais valor para a administração pública, o que está faltando muito.

Então queria dar essa saudação a todos.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Parabéns, Guilherme. Muito obrigado. Dizem que o fruto não cai longe do pé, não é, Dr. Ives, veja só. Vou chamar o Ygor agora também. Eu sou mackenzista de formação, me formei em administração com ênfase em comércio exterior e faço um mestrado agora em educação também no Mackenzie.

Mas eu diria, presidente Milton, que não tem mackenzista mais mackenzista do que o Ygor. Ele já é empolgado por natureza, é realmente um rapaz que, assim como o Guilherme e todos os outros no meu gabinete, me ajuda demais. Mas, quando o assunto é Mackenzie, a empolgação é em dobro. É um presbiteriano raiz e um mackenzista de coração.

Ygor, sua saudação para os nossos amigos, por gentileza. 

 

O SR. YGOR LUCAS GOMES DA COSTA - Obrigado, chefe. O deputado nos pegou de surpresa ali, o Guilherme e eu. Não sabemos nem direito o que falar, mas... 

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Vocês eu ainda avisei no comecinho que iam ter fala. A Cíntia nem isso eu fiz, coitada. Vocês eu ainda avisei: “vocês vão falar, se preparem”. Ainda deu tempo, vai?

 

O SR. YGOR LUCAS GOMES DA COSTA - Eventos com o Mackenzie são uma paixão nossa, do gabinete. O Lucas fez Mackenzie; nosso chefe de gabinete fez Mackenzie; eu, a Valentina, o Guilherme... Então é um gabinete repleto de mackenzistas.

Por mim, 100% das emendas do Lucas iam para o Mackenzie. O Palácio libera a emenda, eu já trago um projeto para ele. Nem sempre ele compra, mas, até para fazer propaganda, um milhão já foi em projetos que envolvem o Mackenzie diretamente para a nossa rede. O Dr. Maurício, com essa obra fantástica.

Desculpa falar de um assunto pessoal, presidente, mas eu estudei no Mackenzie graças ao presidente Maurício e ao Dr. José Paulo Fernandes. A nossa instituição privilegiando, quando possível, os presbiterianos.

Então, sempre que eu posso, eu falo com a nossa comunidade presbiteriana. Temos que trabalhar pela nossa igreja e pelo Mackenzie, e o Lucas tem nos ajudado nesse sentido, ajudado muito nesse sentido aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Eu só queria realmente agradecer por esta oportunidade e dizer que esse projeto da terceira edição da obra do Marechal Rondon vai contemplar quatro mil escolas e 525 mil alunos aqui no estado de São Paulo.

O primeiro colocado do concurso redação vai ganhar uma bolsa de graduação no Mackenzie. Então, isso é transformar a vida do estudante paulista, é divulgar também o trabalho do Mackenzie e prestigiar com meritocracia aqueles que mais estudam, que mais trabalham.

Então, sem abusar da palavra, obrigado pelo privilégio de estar aqui. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Parabéns, menino Ygor. Dando sequência aqui aos oradores - e aí vocês fiquem à vontade, quem quiser falar aqui da mesa, quem quiser falar do púlpito ali, à vontade -, eu vou dar início com as mulheres.

A nossa querida secretária de comunicação, Lais Vita, que vem fazendo realmente um excelente trabalho. A comunicação do governo está excelente, ela é linha dura lá com o Tarcísio, com toda aquela turma.

Realmente, como a Cíntia disse aqui, como todos nós dizemos... Outro dia o pessoal brincou, falou: “Olha, a sua equipe de comunicação está quase maior que a sua equipe do jurídico”, mas, para um político, a comunicação sem dúvida é muito importante.

A comunicação já foi classificada - estamos aqui na presença de diversos militares ilustres - como arma de guerra, e de fato, também é, por que não? Mas, aqui no Governo do Estado de São Paulo, a comunicação é para fazer o bem, só o bem.

O governador Tarcísio, por intermédio de seus secretários, com o apoio desta Casa de Leis, tem realmente feito ações no sentido de, como disse muito bem o Guilherme Gandra, desburocratizar o Estado, facilitar a vida de quem quer empreender, de quem quer gerar emprego, melhorar a Educação.

Foram duas obras de infraestrutura por dia entregues em 2023, e o salário dos policiais com aumentos exponenciais. Em todas as searas, a tabela SUS Paulista na Saúde, que está socorrendo as Santas Casas, que passam por tanta necessidade São Paulo adentro.

Tudo isso é brilhantemente comunicado pelo governo. Todas as ações, todos os programas, através do trabalho da Lais e certamente de sua equipe.

Então, uma calorosa salva de palmas. (Palmas.)

Lais, por favor, as suas palavras. 

 

A SRA. LAIS VITA - Bem, obrigada, Lucas. Com porta-vozes tão bem instruídos, fazendo o dever de casa certinho, fica fácil fazer a comunicação. As entregas estão todas na cabeça, muito bom.

Já que a gente está em uma cerimônia mais informal, vou aproveitar e fazer um comentário. Você agradeça a Deus todo dia pela mulher, viu? Porque, se fosse eu, meu marido ia ter um problema muito sério em casa depois disso.

Mas, obrigada. Eu tenho que agradecer duplamente: a você, pelo convite, por estar aqui; e duplamente por, além de fazer parte de uma cerimônia tão importante, uma homenagem tão honrosa, dividir uma mesa com o Dr. Ives Gandra é realmente uma coisa... Não conseguiria vislumbrar, é uma honra. E, agora, triplamente pelos elogios. Obrigada.

Agradeço a todos que estão aqui e cumprimento quem divide a Mesa aqui comigo em nome do Dr. Ives Gandra. E, no dia de hoje, a gente está celebrando essa homenagem ao patrono das comunicações e ao Dia da Comunicação. O Marechal Rondon foi um desbravador, um pacifista, um explorador e promoveu uma transformação na integração nacional por meio do telégrafo.

Quando a gente começa a estudar comunicação, uma das primeiras frases que fica ali na nossa cabeça é “o meio é a mensagem”. Vou fazer mais uma referência informal à Cíntia, que é um excelente exemplo de como adaptar a mensagem a meio. A Cíntia não poderia fazer brilhantemente o que ela faz no Instagram por uma carta, não é, Cíntia? Então, isso faz toda a diferença.

Depois do telégrafo, vieram outros meios. Veio o telefone, vieram os meios massivos - rádio, TV, a rede que deu lugar à internet, que deu lugar a tudo isso que a gente está vendo acontecer hoje. Isso muda tudo, cada meio muda tudo. A gente tem um luxo de canais para comunicar, um luxo de meios, uma prateleira para escolher com quem que a gente fala.

Então, vendo a nossa realidade hoje, percebam que há 100 anos foi feita a primeira transmissão de rádio. Olha quanta coisa mudou de lá para cá. E, pensando nesse histórico e pensando na nossa realidade hoje, como é que a gente...

Para mim é muito difícil vislumbrar o que que o Marechal Rondon encontrou ali, como é que ele conseguiu vislumbrar o que ele faria através do telégrafo, a visão de futuro que ele teve.

Mas, graças ao legado do Marechal Rondon, hoje a comunicação pública - como o Lucas mencionou - é o que a gente faz na Secretaria de Comunicação do Governo do Estado. Graças a isso a gente tem essa diversidade de meios e a gente trabalha para construir mensagens muito assertivas de questões muito nobres e que precisam ser transmitidas para a sociedade.

O meio é a mensagem, e entender esse conceito muda tudo em relação a uma comunicação de qualidade, uma comunicação assertiva e eficiente. A própria tecnologia do telégrafo mudou o País, integrou o País, foi essencial para o desenvolvimento do País naquele momento. E, a cada novo meio, uma transformação na comunicação acontece.

A cada novo meio, uma transformação na sociedade acontece, e eu não acho que é exagero nenhum falar isso. Trazendo essa transformação para os dias de hoje, a gente percebe o quanto que o avanço das comunicações é essencial para a comunicação pública.

A sociedade é moldada pelos meios. Posso dar uma série de exemplos sobre isso, mas eu acho que hoje todos que convivem são impactados por todos os meios em todos os momentos e, com as redes sociais, entenda perfeitamente do que que eu estou falando.

A relação das pessoas com os meios impacta profundamente como elas enxergam o tempo e espaço, por exemplo. Trabalhar, saber trabalhar cada um deles é extremamente desafiador; e lidar com esse desafio é parte da nossa rotina na Secretaria de Comunicação do Governo do Estado hoje.

A gente entende lá que a comunicação pública vem com um propósito muito nobre. A gente precisa passar mensagens, a gente molda percepções, percepções moldam comportamentos e a gente trabalha conscientizando as pessoas, educando as pessoas, salvando vidas.

Essa responsabilidade de se comunicar com a sociedade é enorme, mas ela é possível graças aos meios, e aí a gente volta ao legado do Marechal Rondon. Sem os meios, nada disso seria possível.

Vocês conseguem imaginar o que seria o Rio Grande do Sul hoje sem os meios e sem as mensagens? Porque todo mundo aqui está sendo impactado sobre o que é que acontece lá. Seria outro mundo, não é?

Então, eu aproveito aqui para parabenizar o Prof. Maurício pela justa honraria, pelo reconhecimento do trabalho aqui hoje. Parabenizo mais uma vez o Lucas pela iniciativa, pela iniciativa de levar, permitir com que os alunos da rede estadual possam acessar esse legado.

A gente sabe o quanto é importante, nessa fase da vida, que os nossos alunos, que os nossos jovens tenham em quem se espelhar, tenham boas referências para construir um futuro e isso faz muita diferença.

Então muito obrigada.

Muito obrigada ao Prof. Maurício, ao Lucas, por ajudar a espalhar esse legado.

Obrigada mais uma vez pelo convite, obrigada a todos.

Bom dia. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado, secretária. Eu aproveito aqui para relatar e agradecer também a presença do coronel Emerson Massera, representando o coronel Cássio Araújo de Freitas, meu amigo, comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Obrigado pela presença, comandante.

Gianpaolo Smanio, ex-procurador de Justiça; Prof. Marcelo Barreto da Silva, conselheiro do Mackenzie; William Favero, o presidente da Sociedade de Amigos do II Exército, da Sasde; Carlos Romagnoli, presidente da Sociedade de Veteranos de 32 - MMDC, obrigado pela presença.

Professora Dra. Yêda Camargo, representando o Dr. Claudio Parisi, diretor da Escola de Negócios da Universidade de Mackenzie; Nathan William Pimentel, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo, obrigado pela presença; meu amigo conselheiro Gustavo Tambelini Brasileiro, representando o presidente Roque Theóphilo Júnior, do Conselho Estadual de Educação, obrigado pela presença.

Felipe Chiarello, grande amigo também e diretor da Faculdade de Direito do Mackenzie; Douglas Ramos, presidente da Sociedade de Amigos do CPOR; Antônio Carlos Fernandes, representante a Sociedade Philatélica Paulista.

Major brigadeiro do ar Luiz Cláudio Macedo, comandante do IV Comando Aéreo Regional, representando o tenente brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica; general de brigada Rodrigo Ferraz Silva, chefe do estado maior do Comando Militar do Sudeste, neste ato representando o general do Exército Guido Amin Naves, comandante militar do Sudeste.

Agradeço também ao capitão de mar e guerra José Maria Sobrinho, assessor de inteligência do 8º Distrito Naval; ao general de Exército veterano Francisco Carlos Modesto, chefe do escritório do Sistema de Defesa, Indústria e Academia.

Ao capitão de mar e guerra Black, chefe do gabinete da diretora geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; e ao capitão de mar e guerra Cláudio Luiz Pereira Batista, chefe do estado maior do 8º Distrito Naval, neste ato representando o vice-almirante Marco Antonio Trovão, comandante do 8º Distrito Naval.

Muito obrigado pela presença de todos os senhores e senhoras, que só abrilhantam o nosso evento. Convido agora para fazer a sua saudação e proferir algumas palavras aqui a todos vocês, assim como eu tenho a honra de poder ouvi-lo pessoalmente...

Eu já o ouvi algumas vezes e é sempre um aprendizado, é sempre engrandecedor. Professor Dr. Ives Gandra da Silva Martins. (Palmas.)

 

O SR. IVES GANDRA DA SILVA MARTINS - Informalmente, hoje, nosso caro deputado Lucas Bove, a reunião está tendo um toque informal familiar e ao mesmo tempo uma memória da figura de Marechal Rondon, que faz todos nós sentirmos de alguma forma o patriotismo que devemos ter e o amor ao País, que foi a grande marca, o grande legado do Marechal Rondon para todos nós.

E as palavras que nos antecederam em primeiro lugar, dessa magnífica comunicadora que é a Cíntia Chagas, pela secretária Lais, pelos dois jovens assessores - um deles, o meu neto -, do Lucas, enfim está demonstrando que estamos realmente em uma reunião que é a reunião ao mesmo tempo de patriotismo de um lado e, de outro lado, uma reunião de homenagem ao Maurício, que é essa grande figura.

Procurar, pesquisar tudo o que Marechal Rondon fez e essa comemoração de Mackenzie, das Forças Armadas - Marechal Rondon era das nossas Forças Armadas -, o que demonstra uma sessão de grande importância para vivermos alguma coisa que hoje nós temos tido falta no País: viver a cidadania. Cidadania que o Marechal Rondon viveu com uma profundidade extraordinária.

Nascido em Mato Grosso do Sul, ele levou o telégrafo a todo o Brasil, se comunicou com outros países até a Bolívia, inclusive, e foi dando nome aos rios, aos lagos, aos morros, ao próprio estado, como foi lembrado. Representa a volta de um estado ao nome de “Rondônia”, o nome do marechal.

Mas eu gostaria de, muito brevemente, exatamente lembrar o Marechal Rondon, que é o pai da comunicação no Brasil, aquele que dá o seu patronímico à comunicação no Brasil. Essa é a importância que a Cíntia deixou muito claro.

Vivemos um momento em que precisamos da arma da palavra. Eu, que fui conselheiro da Ordem no tempo da redemocratização, lembrava que a palavra é a melhor de todas as armas.

É por meio da palavra que se pode defender a cidadania, e é a palavra que nós todos temos que lutar para que se possa viver em um país com a liberdade de expressão apresentada ao máximo.

Temos, na nossa Constituição, os Arts. 220 a 224 (Inaudível.), a comunicação social. A expressão colocada pelo constituinte foi: “a comunicação social”. Quem lê o Art. 220 - o Instagram é uma das formas de comunicação social -, percebe que lá estão alguns princípios, dos quais dois são fundamentais: a liberdade ampla de expressão, de um lado, e de outro lado, já no Art. 5.º da Constituição, que essa liberdade representa o verdadeiro exercício da democracia.

Temos que lutar pela nossa democracia. A democracia é um conceito dado pelo povo. É através da palavra que se pode exercer a democracia. A democracia não é um conceito dado por autoridades, muito menos por um tribunal eleito por um homem só que diga o que é democracia, o que o povo pode dizer e não dizer.

Com todo o respeito, data venia, o valor que têm todos os ministros, é o povo que define o que é a comunicação, o que é a democracia, o que se deve dizer, de que maneira se deve viver em um país a verdadeira democracia.

Não se podem ter prisões por liberdade de expressão. Temos que lutar no Brasil para o exercício da cidadania. Durante 67 anos de advocacia, 60 de professor universitário, presidindo instituições de advocacia, eu sempre disse que nós, advogados, usávamos a principal de todas as armas que existem, que é a palavra.

E nós não podemos ser cerceados na palavra, nem podemos ser presos por exercer o direito de falar, o direito de dizer que cansamos, de contestar, se for necessário, porque a própria Constituição dá o único caminho para eliminar o abuso da liberdade de expressão, que é o direito de entrar com ações de indenização por danos morais, ou a denunciação caluniosa, na recepção do Código Penal.

Então, no Dia das Comunicações, temos que lembrar o que está escrito na Constituição: a liberdade é ampla, que Alexandre de Moraes, de uma forma extraordinária, nos seus comentários da Constituição, diz que qualquer cerceamento - é o que está nos seus comentários ao 221 - da liberdade de expressão, na comunicação social, representa, de verdade, uma manifesta inconstitucionalidade. É o que diz o jurista Alexandre de Moraes quando se leem os livros muito bem escritos que fez.

Então, no Dia da Comunicação, de um homem que desbravou o Brasil, um homem que mereceu o título, dado pelo Congresso Nacional, de marechal, nós devemos lutar.

E é o que sentimos na nossa universidade, Maurício, onde temos a liberdade de expressão, onde o que eu quero dizer, eu digo, apesar de desde 92 já não estar mais no curso normal, mas sendo sempre lembrado. O que me honra sobremaneira, me sinto efetivamente em casa, na minha casa, na minha universidade.

Então, no Dia das Comunicações, na nossa universidade, que tem o início em 1870, quando São Paulo tinha 25 mil habitantes... Hoje a universidade tem entre seu corpo docente e discente mais de 150 mil professores e alunos.

Em nome das Forças Armadas, como professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior das Forças Armadas, que sempre fez a integração deste País, e que continua fazendo até hoje, o Marechal Rondon é o símbolo dessa integração.

As Forças Armadas, que respeitam a Constituição e dela são escravas, em homenagem às Forças Armadas, em homenagem ao Mackenzie, em homenagem ao Dia das Comunicações e ao Marechal Rondon.

Mas, fundamentalmente, meu caro Lucas Bove, este jovem que eu admiro profundamente e que tenho o prazer de saber para quem rezarei na missa em que estarei no dia 11 de maio - o casamento com Cíntia Chagas, o que representa uma grande alegria para todos os que os conhecem. É a palavra, a maior arma que, em uma democracia, um cidadão pode exercer.

Eu gostaria, ao terminar, em homenagem ao Marechal Rondon, às Forças Armadas, à Universidade Mackenzie, lembrar: se todos nós, neste País, usássemos do direito de exercer a cidadania, usando a palavra da forma que pudéssemos, no meio em que estivéssemos, nós realmente poderíamos fazer deste País a verdadeira democracia que todos nós desejamos.

É isso que eu, um velho de 89 anos, desejo para o meu País, para o meu povo.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Eu avisei vocês, não é? Tem alunos do curso de comunicação do Mackenzie aí em cima. Bom dia, pessoal. Bom dia. Bom dia. Bom dia. Vocês viram que aula de comunicação aqui, não é? Obrigado, Prof. Ives, pelas palavras, pelas brilhantes palavras, por mais uma aula mesmo. Conteúdo realmente ímpar, como sempre em suas falas, tanto em suas falas mais aguerridas, quanto em seus mais tenros sonetos. O conteúdo é sempre brilhante.

Aproveitar também a oportunidade e agradecer a presença do meu amigo, o Dr. Antônio Cabrera Mano Filho, conselheiro do conselho deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, ao qual eu também já tive a honra e a oportunidade de outorgar a Medalha de Honra ao Mérito Legislativo.

Acho que era a única que lhe faltava, agora não falta mais. Assim como o Dr. Ives, que já tem também essa e todas as outras, o Maurício, hoje, entra para esse seleto grupo que recebe a mais alta honraria do estado de São Paulo, assim como nosso amigo Cabrera.

Presbítero Ernesto de Jesus Herrera, membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, obrigado pela presença; Dr. Dante Venturini de Barros, diretor do Cidade Mackenzie, do Instituto Presbiteriano Mackenzie, muito obrigado.

Dr. José Paulo Fernandes Júnior, diretor de Educação do Instituto Presbiteriano Mackenzie; Dr. André Ricardo Almeida Ribeiro, diretor de Estratégia e Negócios do Instituto Presbiteriano Mackenzie; professor Dr. Cleberson Pereira de Almeida, pró-reitor de Extensão e Cultura. Obrigado a todos vocês também pela presença.

Gostaria agora de convidar, para realizar sua saudação e proferir as palavras aqui, o reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor Dr. Marco Tullio de Castro Vasconcelos. (Palmas.)

 

O SR. MARCO TULLIO DE CASTRO VASCONCELOS - Muito bom dia a todos. É difícil falar depois do Dr. Ives, não é? É uma responsabilidade muito grande, mas queria cumprimentar todos aqui, especialmente o deputado Lucas Bove, que preside esta sessão, e a todos que compõem esta distinta Mesa.

Faço alusão especial aqui ao Dr. Ives, que ele é nosso professor, professor emérito. E ele faz questão, sempre que se pronuncia nos jornais, nos artigos que assina, de fazer referência a sua condição de professor emérito. Sinto-me muito honrado com este seu ato e agradecido pela sua trajetória na nossa universidade.

Também o nosso presidente do Instituto Presbiteriano, Milton, nosso presbítero Neemias, que representa o presidente do nosso conselho; também a Sra. Lais Vita, secretária de Comunicação.

É um dia muito especial este Dia das Comunicações. Sei que hoje também estou afetado pelo Dia da Matemática, Dia do Matemático, que nós devemos aqui fazer a louvação a todos aqueles que se dedicam à formação de professores. Também temos essa missão dentro da universidade, não só na Matemática, mas dentro de outras áreas.

Deixar aqui os nossos cumprimentos a todas as autoridades presentes, nossos representantes, militares e civis aqui. É uma alegria revê-los aqui. Cumprimentar nossas Forças Armadas, parabenizá-las pelo trabalho que tem feito, sobretudo em momentos tão difíceis e atos como nós estamos passando no presente momento.

E a gente vê que a comunicação, seja com tecnologia ou com pouca tecnologia, é muito importante. No último sábado, vi um vídeo de uma pessoa que trabalha com defesa civil, e ela estava com a prancheta anotando o nome daquelas pessoas que a fila de transeuntes, de familiares... chegava para listar aqueles que ainda estavam desaparecidos.

E de uma forma simples, com uma caneta e um papel anotando o nome de pessoas que precisariam ser buscadas. E eu espero em Deus que tenham sido encontradas e encontradas bem.

Mas eu desejo também cumprimentar aqui os familiares do presbítero Maurício - esposa, os filhos, genros e amigos, são muitos amigos. Maurício, de fato, tem conquistado, ao longo da sua trajetória, da sua vida, muitas pessoas que o admiram. E eu faço aqui o seu cumprimento.

Quero cumprimentar o nosso Coro Madrigal, que vai cantar daqui a pouco aqui. Agradecer a nossa Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Dar as boas-vindas aos nossos alunos e alunas do curso de jornalismo que nós temos da nossa universidade. Sejam muito bem-vindos.

Vocês estão tendo a oportunidade de participar da vida em sociedade e um pouquinho da vida legislativa, que aqui é a Casa do Povo, que precisa estar aberta para recebê-los.

Então vocês, como profissionais, precisarão, imagino eu, estar presentes nestes momentos especiais e em tantos outros da vida legislativa, seja aqui na nossa Assembleia, na Câmara Municipal desta cidade ou no Congresso Nacional.

Desejo também aqui cumprimentar os mackenzistas, todos os professores, alunos, funcionários que estão aqui. Eu faço, em nome do prof. Marcel Mendes, que foi vice-reitor da Instituição por três anos, chanceler também, historiador, e que nos brinda com a sua presença.

A universidade continua com seus passos - que creio que são passos maravilhosos - de uma universidade que nós dizemos que é a maior instituição educacional superior de todas as Américas quando nós olhamos para uma instituição cristã reformada. Ela, ainda que existe... que ela faz a formação do “hard skill” daqueles alunos da melhor formação técnica profissional dos nossos estudantes.

Mas também tem cuidado do desenvolvimento, das habilidades socioemocionais, que envolvem também comunicação, envolve liderança, porque nós estamos tratando aqui de comunicação, que é pessoal, que é familiar, que é profissional, que é estratégica, que envolve defesa; a comunicação que atrai, que permite colaboração, que permite mútua ajuda. Eu acho que a comunicação, em todos os sentidos, é fundamental para a vida em sociedade.

Então, eu desejo aqui cumprimentar a todos que fazem a nossa universidade, o nosso Instituto Presbiteriano Mackenzie. Na universidade, hoje, nós somos um contingente de 35 mil pessoas. São 1.100 professores, 700 funcionários e mais 33 mil alunos.

É uma responsabilidade muito grande que nós temos com o mackenzista, que nós esperamos sempre, que nós torcemos e lutamos para que ele seja alguém íntegro na sociedade, para que ele seja alguém que faça um papel diferenciado, como advogado, como engenheiro, em qualquer profissão que ele exercer, mas que ele faça a diferença no ambiente onde ele está. Que ele ajude o outro, que ele colabore e que ele seja um comunicador verdadeiro, íntegro, fiel.

Sempre me vem à mente o que o apóstolo Thiago recomenda, falando sobre o uso da língua. Ele diz lá que a língua abençoa, mas a língua também amaldiçoa. A língua dá vida, mas a língua também pode matar. Em Provérbios, o sábio diz que a palavra dura suscita a ira; a palavra branda desvia o furor.

Então, nas nossas comunicações, para o nosso próprio bem, e eu sei que aqui nós estamos cercados de pessoas e instituições do bem, nós precisamos saber manejar muito bem o uso da palavra. O Dr. Ives já defendeu aqui a liberdade do uso da palavra para defender a democracia, e ele está de parabéns por essa defesa.

Então, eu faço aqui a nossa homenagem ao Dia da Comunicação, reafirmando o compromisso institucional de continuar a formar profissionais que sejam de primeira linha para cumprir o desiderato de todas as áreas de comunicação e das empresas e dos governos.

Destacar aqui... eu não vou falar muito sobre o Marechal Rondon, porque eu fui antecedido por outras pessoas que falaram tão bem, mas eu estava me lembrando de como isso tem mudado.

Eu me lembro do telefone fixo, do telefone móvel, e a tecnologia tem avançado muito bem para o desenvolvimento do País. Mas a gente não pode esquecer do passado heroico de muitas pessoas que desbravaram esse País de uma condição não tão boa como presentemente nós usamos aqui - em termos de hospedagem, de hotéis, de estradas, de aviões... as situações eram muito mais difíceis.

Então, foram homens bravos e corajosos que desbravaram, fazendo o estabelecimento do País que nós temos aqui, como suas fronteiras e a sua característica.

Então, desejo cumprimentar o Dia das Comunicações, o papel do Marechal Rondon que deu a sua vida para apoiar o estabelecimento daquilo que hoje nós conhecemos como Nação brasileira.

Imaginando, ou tendo certeza, de que o presidente Maurício fará também todos os devidos destaques. Eu queria deixar aqui a você, Maurício, os nossos cumprimentos, porque você está recebendo uma justa e devida homenagem.

Então, parabenizando a Assembleia, você e todos os presentes por participarem deste momento aqui, deixando a universidade à disposição de todos.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado pelas palavras. Dando sequência à lista dos nossos oradores, eu gostaria de convidar para fazer a sua saudação, proferir também algumas palavras, o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, o nosso amigo, Dr. Milton Flávio Moura. (Palmas.)

 

O SR. MILTON FLÁVIO MOURA - Muito bom dia, presidente desta Casa, neste momento, deputado Lucas Bove. Eu quero cumprimentar também a Mesa, esta distinta Mesa, na pessoa da dona Lais Vita, secretária de Comunicação do estado de São Paulo.

Quero cumprimentar também, representando o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, do nosso conselho, o Prof. Dr. Nehemias Curvelo Pereira. Quero cumprimentar o meu amigo, magnífico reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que me antecedeu, Dr. Marco Tullio de Castro Vasconcelos.

Quero cumprimentar também o Dr. Ives Gandra da Silva Martins, que também nos antecedeu e nos inspira muito a sua palavra, nos dizendo que nós somos agentes políticos. Eu vou falar um pouquinho disso na minha palavra, a respeito da importância da comunicação, como o senhor muito bem citou.

Eu quero cumprimentar, em especial, o Dr. Maurício Melo Meneses, meu amigo, hoje homenageado. E homenageado em um momento muito especial, que fala sobre comunicação. Se o senhor é alguma coisa, é comunicador.

Quero cumprimentar todas as autoridades presentes, civis, militares, em especial, faço um destaque aqui para o Mackenzie presente. Eu acho que o Mackenzie, de alguma maneira, de alguma forma, tanto nos alunos quanto nos mais experientes, está presente.

Dr. Maurício, e aí eu peço autorização, deputado Lucas Bove, para me dirigir a ele, dizendo que tudo isso está acontecendo por causa da comunicação que o senhor faz. O senhor é um grande mobilizador.

Eu louvo a Deus pela sua vida. Louvo a Deus pela sua vida, neste momento, porque eu acho que, se existe um legado que nos honra, é aquele que nós vamos deixar, a nossa descendência. Aqui está a sua descendência junto à dona Ramilza, a Flavianne.

O reverendo Maurício - que não está aqui, porque está em missão - é um pequeno Rondon. Ele está fora do País cumprindo com missão, é um chamado que ele recebeu do senhor Deus. Isso honra a gente também, porque eu já falei com o irmão, que eu tenho um chip nele, eu sei onde ele está agora. Vê-lo caminhando com essa boa nova de salvação pelo mundo é algo que enche o nosso coração de alegria.

Eu quero destacar algumas coisas na sua vida, Dr. Maurício. Permita-me, deputado Lucas, destacar que existe um paralelo nesses perfis, que o senhor tão bem destacou no seu livro do Marechal Rondon, que continua a estar presente na sua trajetória.

Eu acho que o senhor, como, dentre muitas coisas, presidente do nosso instituto, presidente do conselho, hoje presidente de comissões, dentro do nosso conselho, tem nos dado o toque de condução que lhe marca muito. A palavra de Deus, em certo momento, fala que: “Diga ao povo que marche”. O senhor é aquele que dá o comando para marchar.

Eu quero dizer isso a este dileto Plenário, que essa distinção nos faz não ficar imóveis. Recentemente, nós estávamos conversando a respeito disso, dos diferentes perfis que compõem aquilo que a gente chama de corpo. A gente gosta de tratar integração no Mackenzie, mas gosta também de tratar no Mackenzie o termo comunhão.

Eu queria defender um pouco este termo, contrapondo, e aí pegando o gancho do Dia da Comunicação para dizer que a comunicação mais eficiente que podia existir, olhando para a integração, na verdade, é a comunhão.

A comunhão tem a mim, tem a cada um dos senhores aqui, ao nosso presidente deputado Lucas Bove, mas o senhor Deus está no centro. Isso nos empodera a realizar. Se isso não acontece por aquilo que está brotando no coração, acontece pela identidade de princípios e valores que foram tão bem destacados aqui hoje.

Nesse sentido, e desse paralelo entre o perfil do Marechal Rondon, aquele que representa as comunicações no nosso País, e o seu perfil, Dr. Maurício, existe o poder da palavra, que foi muito bem destacado, como eu disse, pelo Dr. Ives Gandra, que através dela nós convencemos, transformamos e defendemos posições.

Isso é tão relevante para nós, em especial no Mackenzie, que a palavra transforma, ela produz fé, porque nós vemos na palavra de Deus que a fé vem pelo ouvir, pelo pregar, pelo falar, e falar da palavra de Deus.

Então, esse poder é tão grande, a ponto dessa dimensão... E, nisso, Dr. Maurício, o que lhe move, e o que move também o nosso coração, é que o senhor proclama essa palavra a todo o tempo.

Isso está representado muito na sua família, nos seus netos - aqui, por sinal, temos um deles. Lembra para mim o nome dele, Flavianne? Caio. Isso. Ele fala tanto do Caio. Pregador Caio. Já fiquei sabendo disso. Usa também o poder da palavra para levar conforto, para levar palavra de salvação àqueles que ouvem.

Nós somos agentes políticos. Nós comunicamos, e o Mackenzie tem feito isso ao longo da sua história. Só para não deixar de completar as palavras do nosso magnífico reitor, o Mackenzie hoje atua não somente na educação, mas atua também na saúde, recentemente. Eu costumo dizer que, quando a gente estava aprendendo a educar, o nosso conselho trouxe para nós a saúde também, então agora a gente está começando a aprender a cuidar.

Temos o maior hospital de Curitiba, um hospital também em Dourados. Hoje nós somos quase nove mil funcionários, nós temos por volta de 120 mil alunos na educação básica, portanto, com a educação superior, nós estamos ultrapassando 150 mil alunos, isso é uma benção que nós temos.

Nós costumamos chamar isso de alunos, mas também chamamos de “almas”, pelo cuidado que a gente gosta de ter no coração para dispensar a estes nossos alunos - e também aos mais de dois milhões e meio de ações, iniciativas - que nós temos nos nossos hospitais, em especial em Curitiba, o maior hospital de Curitiba.

Então, eu queria deixar essa palavra, que tudo isso tem acontecido pelo poder da comunicação. E, Dr. Lucas Bove, muito obrigado por esta oportunidade e, em especial, pela a sua iniciativa de trazer esta honraria a um mackenzista, ao Dr. Maurício.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado, presidente. Obrigado pelas palavras, agradecemos.

Convidamos agora, para realizar a sua saudação, o Dr. Nehemias Curvelo, membro do Conselho e presidente do Mack Pesquisa-Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação. (Palmas.)

 

O SR. NEHEMIAS CURVELO - Bom dia a todos. Gostaria de saudar os membros da Mesa, na pessoa do nosso presidente, desta sessão, o deputado Lucas Bove; nossa secretária de comunicação; e não poderia deixar de ser, estou ali sentado ao lado - é uma honra estar ao lado -, do Dr. Ives Gandra.

É um prazer estar neste momento e com os demais, mas especialmente nesta manhã, nesta homenagem que o estado de São Paulo, por meio da Assembleia Legislativa, está prestando a um conselheiro do Mackenzie, o Dr. Prof. Maurício, “muy amigo” nosso.

Maurício foi presidente do conselho que eu estou aqui representando nesta manhã; o nosso presidente, o reverendo Cid Pereira Caldas, que se encontra no exterior. Dr. Maurício foi presidente também do Instituto Presbiteriano Mackenzie, que é o mantenedor de toda essa instituição.

Para vocês terem ideia, o Mackenzie, hoje, está espelhado no Brasil fazendo um pouco daquilo que o Marechal Cândido Rondon fez no passado, que trouxe abertura para a comunicação no nosso País.

E eu me recordo, quando estudante universitário, participando do famoso Projeto Rondon, indo para lugares que eu jamais imaginava que existiam, participando de atividades e representando ali um pouco daquilo que o Marechal Rondon fez no passado.

A comunicação é muito importante. Todos aqueles que me precederam aqui falaram, e eu trago aqui as palavras da Cíntia para a gente: como é importante você poder se comunicar. Maurício representa isso na comunicação, com esse livro tão importante sobre a vida do Marechal Rondon.

E o grande comunicador que nós temos como exemplo é Jesus Cristo, que há dois mil anos se comunicava, e continua se comunicando conosco, basta a gente querer. A palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, tem tudo aquilo que nós precisamos para dirigir a nossa vida.

E nós, que cremos nisso, que buscamos seguir a Jesus Cristo, temos ele como exemplo de um grande comunicador. Como foi, como tem sido e continua sendo o Marechal Rondon.

Deputado Lucas Bove, é uma alegria muito grande, em nome do Conselho do Instituto Presbiteriano Mackenzie, estar aqui neste momento. E eu diria que o conselho está representando grande parte do Brasil.

Só para vocês terem uma ideia, nós temos, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, dois campi aqui na cidade de São Paulo; campus em Campinas; nós temos unidades do Mackenzie no Rio de Janeiro, em Brasília, em Curitiba, em Dourados; e escolas espalhadas pelo Brasil afora, como o Dr. Milton Flávio acabou de falar, com cerca de 120 mil alunos do Ensino Básico e Fundamental.

Então, esta homenagem, que o deputado Lucas Bove faz nesta manhã para o conselheiro Maurício, traz alegria ao Conselho do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Família, está de parabéns pela homenagem tão merecida que está sendo feita neste local tão importante do estado de São Paulo.

Tenho certeza de que nós estamos alegres juntamente do Dr. Maurício e de todos aqueles que fazem parte da sua família. Toda a honra, toda a glória seja dada a Deus, inicialmente, mas nós temos só a agradecer pelo trabalho e por aquilo que está sendo feito pelo nosso deputado Lucas Bove.

Obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Professor Nehemias, agradeço as belas palavras e gostaria de, antes de passar adiante aqui, agradecer, mais uma vez, a presença do Prof. Ives, que já havia nos informado que tem outro compromisso na sequência. Já está, inclusive, talvez até um pouco atrasado, mas fez questão de ouvir a abertura, as falas de todos aqui. Neste momento, então, o Prof. Ives nos deixa.

Agradeço, mais uma vez, em nome, certamente, do Maurício e de todos aqui, a todos os presentes, pela oportunidade de estarmos, mais uma vez, na sua presença, Prof. Ives. Muito obrigado, muito obrigado mesmo. Uma calorosa salva de palmas para o nosso professor. (Palmas.)

Obrigado, mais uma vez, Prof. Ives. Para dar sequência aqui, nós temos algumas ações que tomaremos agora, na sequência. Eu gostaria de convidar a professora Dra. Luciana Guerreiro Sabbadini, que é coordenadora de Relações Públicas e Cerimonial do Mackenzie, para tomar o microfone aqui e dar andamento à nossa cerimônia.

Vamos agora a algumas das formalidades previstas para este dia muito especial hoje.

Obrigado, Luciana.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Obrigada, deputado. Bom dia. Passamos para o ato de lançamento do selo postal personalizado: “Rondon, o marechal da paz”, e do carimbo comemorativo dedicado ao patrono das comemorações do Brasil.

O Ministério das Comunicações, os Correios, o Instituto Presbiteriano Mackenzie e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo têm a honra de lançar nesta sessão solene o selo postal personalizado, dedicado à terceira edição da obra “Rondon, o marechal da paz”, de autoria de Maurício Melo de Meneses.

Também está sendo lançado nesta ocasião o carimbo comemorativo com a temática: “Marechal Rondon, herói nacional”, em homenagem ao patrono das comunicações no Brasil.

Iniciamos o rito de obliteração, que consiste no ato de carimbar o selo, tornando-o, simbolicamente, lançado. As autoridades que participarão do rito carimbarão o selo e receberão o álbum contendo a peça filatélica.

Para conduzir o lançamento, convidamos a subgerente de vendas dos Correios de São Paulo Metropolitana, Sra. Jordana Oliveira, que está representando o superintendente estadual dos Correios de São Paulo Metropolitana, Renato Aparecido Rosa. (Palmas.)

Para realizar a primeira obliteração dos selos, os Correios convidam o homenageado desta manhã, o autor do livro “Rondon, marechal da paz”, Dr. Maurício Melo de Meneses. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - O Maurício recebe neste momento o álbum contendo a peça filatélica. (Palmas.)

Para a próxima obliteração, os Correios convidam o deputado estadual Lucas Bove. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Para a obliteração seguinte, os Correios convidam a Sra. Lais Vita, secretária de Comunicação do estado de São Paulo. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Os Correios convidam para a próxima obliteração o Dr. Nehemias Curvelo Pereira. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Para a próxima obliteração, os Correios convidam o Dr. Milton Flávio Moura. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Os Correios convidam para a próxima obliteração o Prof. Dr. Marco Tullio de Castro Vasconcelos. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a obliteração do selo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Gostaríamos de pedir à Sra. Jordana que se una às autoridades da Mesa solene, para que possamos fazer um registro fotográfico com apresentação da peça filatélica.

Neste momento, convidamos a Sra. Jordana Oliveira para realizar a sua saudação. (Palmas.)

 

A SRA. JORDANA OLIVEIRA - Bom dia a todos, senhoras, senhores. Hoje eu represento aqui um mackenzista, o presidente dos Correios, Fabiano Silva. Mais uma vez os Correios, por meio da filatelia, se aproximam da figura do brasileiro Marechal Rondon.

Desta vez, nós temos a honra de homenagear cidadãos que ajudaram a preservar a nossa história por meio da literatura e da filatelia. Essa última é um ramo que os Correios têm como essencial.

Nós reconhecemos hoje o trabalho do Instituto Mackenzie, que, por meio da sua editora, traz às novas gerações o volume que reúne tanto a história quanto a filatelia.

Reconhecer o valor de uma obra que traz mais luz aos feitos de Rondon, para nós dos Correios, soa como uma obrigação, porque o nosso trabalho hoje funciona como uma extensão do trabalho de integração nacional iniciado heroicamente por ele.

A integridade e o patriotismo de Marechal Rondon, como nós aprendemos lá nos bancos escolares, o tornam patrono das comunicações e, portanto, um defensor da nossa jornada e da jornada dos empregados dos Correios, que percorrem esse Brasil de fronteira a fronteira, presencialmente e também por meios tecnológicos, que foi o telégrafo, e hoje são outros meios que também derivam do trabalho do Rondon.

Em nome dos Correios, eu agradeço ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, à Assembleia Legislativa de São Paulo, que tão bem nos acolheu nesta manhã, ao pesquisador Maurício Melo de Meneses, cuja paixão pela filatelia e por Rondon nos propiciou esta manhã de justo reconhecimento ao grande herói desta Nação.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Luciana, enquanto você se dirige à tribuna, eu queria aproveitar também para cumprimentar a Sra. Graziela Andrada, tetraneta de José Bonifácio de Andrada e Silva. Um prazer tê-la aqui, Graziela, muito obrigado pela sua presença também.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - E agora, concluído o lançamento das peças filatélicas, comunicamos que o carimbo comemorativo ficará à disposição do público e colecionadores até o dia 04 de junho na agência de correios Augusta, situado na rua Matias Aires, 404, no centro de São Paulo.

Com os nossos agradecimentos às autoridades presentes, encerramos neste momento o ato de lançamento do selo postal e do carimbo comemorativo dedicados respectivamente à 3ª edição da obra Rondon, o Marechal da Paz, e ao patrono das comunicações do Brasil.

Convidamos, agora, o deputado estadual Lucas Bove para conduzir a homenagem ao Dr. Maurício Melo de Meneses.

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado, Luciana. Nós agradecemos as palavras das autoridades aqui presentes. Neste momento, daremos início à outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao meu amigo, Prof. Maurício Melo de Meneses.

O Colar de Honra ao Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi criado em 2015 e é concedido a pessoas naturais ou jurídicas brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso estado, como forma de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem.

Esta sessão solene homenageia, com a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Sr. Maurício Melo de Meneses.

Nós temos um vídeo agora - é isso? - com apresentação acerca do projeto missionário do filho do Prof. Maurício.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Enquanto aguardamos o vídeo... Ah, conseguimos.

 

O SR. - Pessoal, bom dia. Infelizmente, o filho do Dr. Maurício está na África, sem conexão. O vídeo não chegou, não é, Dr. Maurício? Mas fica aqui a apresentação do Instituto da Família, que inclusive o Dr. Maurício sempre fala.

Parte da venda dos livros - quando é feito por venda, não por emenda - vai para a atividade missionária e fica aqui. Se o Dr. Maurício quiser comentar um pouquinho sobre os países nos quais tem a atuação do instituto, acho que é importante.

 

O SR. MAURÍCIO MELO DE MENESES - É com muita emoção que eu falo nesta hora. Esse Instituto Ethnos, que é liderado pelo meu filho e pela nossa família - todos da família tem um envolvimento muito forte -, nasceu há sete anos com o ideal de ajudar os povos nativos que nunca tiveram chances de ir a um seminário ou a um instituto bíblico em várias partes do mundo. Então o nosso foco é esse, de chegar até essa pessoas e poder ajudá-las. E também no Brasil, nos estados do Pará e Amazonas.

Esse livro veio também, conforme já foi dito pelo Dr. Ygor, com uma fonte de receita. Sabem que vender livro é coisa dificílima em nossa Pátria. Então, 100% da receita que vem para esse livro, na parte do autor, é encaminhada para esse projeto histórico, praticamente quase único no mundo, que se dedica a esses povos esquecidos. Então, eu fico muito feliz de poder estar mostrando para os senhores.

Meu filho está, neste momento, no Nepal e amanhã vai estar em um país chamado Butão. São somente lugares difíceis, e também nem sempre fácil - da liberdade. Então, eu mais a mãe dele, nós, toda a família e amigos, em toda viagem - geral modesto -, a gente coloca os joelhos no chão, pedindo a Deus pela proteção dele.

Muito obrigado por esta surpresa, que eu não esperava que fosse me acontecer neste dia informal, como disse o deputado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - A organização atua em nove países, além de atuar aqui no Brasil, na Amazônia... No Pará e no Amazonas, em dois estados amazônicos. De fato, faz um trabalho muito bonito, que chega a quem mais precisa.

A gente diz que... no agro, a gente brinca - já falei aqui com o Dr. Ives anteriormente - que o fruto não cai longe do pé. Então, é, sem dúvida, fruto da Dona Ramilza, do senhor, meu amigo Maurício, assim como todo o ambiente familiar - a Flaviane, o Eduardo, o Caio, os seus netos.

Sem dúvida, todos vocês - cada um, a sua maneira - contribuem para o desenvolvimento, contribuem para a melhoria desta questão da pobreza, da fome, que, de fato, assola não só o Brasil, mas o mundo todo.

Estou vendo aqui minha amiga Zoe Martínez; acabou de chegar aqui. Nossa amiga Zoe, pré-candidata a vereadora aqui em São Paulo. Uma menina que saiu aos 12 anos lá de Cuba. Hoje vai completar 25 anos, então está há 12 mais um aqui no Brasil.

Já mais da metade da sua vida longe da sua pátria, longe dos seus avós. Sem dúvida, sentiu as mazelas de regimes que limitam, sem sombra de dúvidas, sobretudo, a liberdade de expressão. Esse é o primeiro passo para que um povo pereça: limitar a liberdade de expressão dos seus cidadãos. Zoe passou por isso.

Neste dia das comunicações, é motivo de muita honra tê-la aqui, Zoe, porque você não só sabe o valor da liberdade de expressão, mas também, até por uma ironia do destino, fez seu sucesso, ganhou fama e realmente constituiu raízes aqui no Brasil através da comunicação.

Quem não se lembra dos seus embates na Jovem Pan, sempre defendendo a população de bem, defendendo a liberdade religiosa, defendendo as nossas forças de segurança, as nossas polícias, aqueles que defendem o cidadão de bem. Então, Zoe, se você puder se levantar, eu queria pedir uma salva de palmas para a nossa paulistana-cubana. (Palmas.)

Minha amiga, nossa pré-candidata a vereadora aqui em São Paulo, que também teve a oportunidade de conhecer o Maurício e foi um papo excelente. Zoe, obrigado pela sua presença. Eu sei que você está cheia de compromissos de pré-campanha por aí, mas ficamos muito satisfeitos com a sua presença.

E vamos agora dar sequência às homenagens.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Gostaríamos de fazer a leitura de um currículo resumido do Dr. Maurício. Maurício Melo de Meneses é engenheiro florestal, graduado pela Universidade de Mato Grosso. Possui especialização no setor educacional pela Rupert Educação e em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra de Mato Grosso.

É membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, tendo sido presidente da instituição de 2013 a 2016. É membro dirigente da Associação Educativa Evangélica, mantenedora da Universidade Evangélica de Goiás e do Colégio Couto Magalhães.

É membro da Academia Evangélica de Letras, onde ocupa a cadeira de número vinte. É membro também da Academia Mackenzista de Letras, onde ocupa a cadeira de número 38, cujo patrono é Dom Pedro II.

É membro permanente, diretor do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, presidente do Comitê do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

É autor dos livros: “Cristianismo Reformado”, lançado pela editora Mackenzie em 2012, e em 2013 na versão em inglês; e “Rondon, o Marechal da Paz - A vida de um herói nacional contada por meio da filatelia”, também lançado pela editora Mackenzie e que está na sua terceira edição.

Atualmente, esse livro é best-seller dentre os 24 livros publicados sobre o Marechal Rondon e atualmente também é best-seller dos livros de filatelia e da editora Mackenzie.

Senhoras e senhores, neste momento passamos a condução ao deputado Lucas Bove.

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Gostaria de chamar à frente aqui o Dr. Maurício Melo de Meneses para que seja outorgado o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

* * *

 

- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Gostaríamos de convidar os familiares do Dr. Maurício para que possam tirar uma foto com o homenageado. (Palmas.) Parabenizamos o Dr. Maurício pela homenagem e agora gostaríamos de convidar o deputado Lucas Bove e o homenageado para que possam tirar uma foto com as autoridades da Mesa solene.

E agora gostaríamos de convidar o homenageado Dr. Maurício Melo de Meneses para realizar sua saudação. (Palmas.)

 

O SR. MAURÍCIO MELO DE MENESES - Gente, é com muita emoção mesmo, pode ter certeza, viu? Mas eu quero agradecer ao visionário deputado Lucas Bove por tamanha honraria, por ter proporcionado o resgate desse dia tão importante para a nossa Pátria, que é o Dia das Comunicações, cujo patrono é o Marechal Rondon.

 Eu fico imaginando aqui. Deputado Lucas Bove está há um ano e pouca coisa nesta augusta Casa de Leis como deputado, seu primeiro mandato. E não é porque ele está promovendo isto, mas ele já tem um histórico criado nesse período de atividades, que deixa todos felizes por novas lideranças em nossa Pátria. Um homem, como disse o visionário, equilibrado, que usa da ética e das boas ações para fazer a sua biografia.

E eu sei que ele vai ficar chateado comigo, mas o que eu quero dizer para este Plenário tão importante... Não sou profeta, mas acredito que esse representante do povo, essa liderança, vai ter um caminho muito longo em nossa Pátria de boas práticas, baseado nessa pessoa que é o Marechal Rondon.

Então, quero saudar em seu nome todos deputados, quero saudar também a secretária Lais, que representa o Governo do Estado de São Paulo. Este governo tão importante para nós, esse momento tão sério, que tem feito tanta coisa pelo povo. Que Deus continue abençoando você, nosso governador, para que ações iguais às que nós temos visto possam continuar acontecendo.

Também quero agradecer aos meus amigos e colegas presbíteros, Nehemias, Milton Flávio e Marco Tullio, que aqui representam a instituição Mackenzie em seu nome saúdo a todos.

Gostaria também de saudar o brigadeiro Macedo, que representa o comandante da Aeronáutica do Brasil, que me ligou e, pelo seu procedimento cirúrgico, não pôde estar aqui. Ele que escreve no meu livro, em seu nome, como maior autoridade das forças, eu quero saudar a todas as forças aqui presentes. Com motivo de muita alegria de vê-los aqui conosco.

Também quero saudar, em nome dos amigos e dos filatelistas aqui, o meu mestre Geraldo Ribeiro, e assim eu saúdo a todos. Mas eu não poderei a deixar de agradecer à Ramilza, minha esposa, que é filha do engenheiro agrimensor Ramis Bucair, que um ano após a morte de Rondon, em 59, juntamente com pessoas famosas do Mato Grosso, construíram a Associação dos Amigos de Rondon e assim meu sogro presidiu até a sua morte, em 2010.

Então vocês imaginem, eu namorei com a Ramilza, noivei, casei escutando histórias do Rondon assim todo mundo pergunta: “Maurício, porque é essa paixão por Rondon?”. Então, a paixão foi ali. Em nome de você, amor da minha vida, eu quero agradecer a todos aqui presentes (Palmas.)

E quero dizer para vocês rapidamente. Normalmente minhas palestras são todas... Já... Eu não faço nenhuma sem ler, mas nesse dia de hoje não será uma palestra. São algumas palavras, e eu não tive tempo adequado para memorizá-las.

Então eu queria falar deste Rondon. O grande Rondon, patrono das comunicações do Brasil, aquele menino que tinha tudo para dar errado, pois perdeu o seu pai cinco meses antes do seu nascimento e sua mãe dois anos e meio após o seu nascimento.

Mas, pela visão estratégica do seu pai, um sonhador iletrado, que fez dele, e para muitos, o maior herói brasileiro pelo conjunto de suas realizações, Rondon comunicou ao “Jornal da Academia da Praia Vermelha”, onde ele fez engenharia, matemática e ciências físicas e naturais, lá no Rio de Janeiro, ser favorável à abolição da escravatura.

Levava a comunicação entre o Exército e a Marinha nos dias que antecederam à proclamação da República, como já uma pessoa de confiança, e exatamente no dia 15/11/89 comunicou em alta voz: “República! República!”, em coro com o seu mestre idealizador da República, Prof. Benjamim Constant.

Em que, em seguida, se juntou a eles o Marechal Deodoro da Fonseca, que também bradou: “República!”, e assim estava proclamado a nossa República lá nas dependências do que é hoje o Quartel Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Também comunicou, levou a comunicação da capital do Brasil, Rio de Janeiro, na época, até o Oiapoque, em Roraima, integrando assim todo o oeste brasileiro. Fez-se comunicar com maestria e sabedoria com os povos indígenas, onde ensinou-lhes as boas práticas e não deixou escapar a oportunidade de lhes passar o ensino da profissão de telegrafistas.

Foi a ponte de comunicação do Brasil com os Estados Unidos da América, liderando a famosa Expedição Roosevelt-Rondon, visando descobrir a nascente do Rio da Dúvida, que durou seis meses pela Floresta Amazônica.

Foi um pacifista de grande habilidade e firmeza, que, aos 67 anos de idade, conduziu por quatro anos o conflito entre os povos colombianos e peruanos demarcando seus territórios sem nenhum derramamento de sangue.

Deixou algumas frases que são hoje inesquecíveis: “Missão dada é missão cumprida”, “O que eu fiz, qualquer um poderia fazer. Basta querer”, “Morrer, se preciso for. Matar, nunca”.

Concluindo, Rondon não deixou que sua existência passasse de forma silenciosa nos anais da história. Não se permitiu ser um mero espectador da vida. Rondon quebrou a inércia, superou obstáculos, pacificou, expandiu, ligou e amou o seu País, gravando assim o seu nome com letras douradas na história da Nação Brasileira.

Viva Rondon.

Viva o Brasil. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUCIANA GUERREIRO SABBADINI - Agradecemos ao Dr. Maurício pelas palavras e o parabenizamos pela homenagem e pela terceira edição do livro “Rondon, Marechal da Paz”, ressaltando que após esta solenidade teremos uma sessão de autógrafos no Salão de Espelhos.

Agora, gostaríamos de convidar o Coro Madrigal da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sob a regência do maestro Parcival Módolo, para realizar sua apresentação.

 

O SR. PARCIVAL MÓDOLO - (Inaudível.) Comunica muitas coisas há bastante tempo. Acho que não preciso, eu (Inaudível.) a minha voz, dá para ouvir lá no fundo. O Salmo 150 é o último dos salmos do Hinário, uma coleção de canções. (Inaudível.) O Salmo 150 diz: “Tudo o que tem fôlego louva o senhor”. E passa a descrever o som deste instrumento, daquele, da flauta, etc.

O compositor, chamado Ernani Aguiar, brasileiríssimo, há bem pouco tempo, compôs música para o salmo. Ele tomou o salmo em latim, porque assim a sua música teria um alcance maior. E, de fato, é uma das peças de compositor brasileiro mais executadas no mundo todo. Ernani Aguiar, nosso grande brasileiro, o Salmo cento e cinquenta.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PARCIVAL MÓDOLO - Vamos cantar mais uma canção, desta vez de outro compositor brasileiro. Estamos bem nacionalistas. Primeiro, o escritor.

Creio que muitos dos senhores conheçam, senão todos: Manoel de Barros, um escritor que viveu no Mato Grosso do Sul, escreveu uma série de histórias, de contos infantis, de como deveria ser o mundo infantil, o mundo da criança. Visto por um adulto? Não. Talvez um adulto tornado criança, como ele gostava de dizer.

Ele escreveu um conto chamado “Sombra Boa”, e vale a pena falarmos sobre ele. “Sombra Boa”, diz o texto, “não tinha email. Escreveu um bilhete. Amarrou o bilhete no pescoço do cachorro e atiçou. Vai, Ramela”,

A gente aprende que o cachorro se chama Ramela. “Vai, Ramela, passa”. Amarrou então o bilhete no pescoço do cachorro (Inaudível.) “Ramela alcançou a cozinha em um átimo. Maria leu o bilhete e sorriu. Quando a lua ficou ‘arta’, Maria estava”, Sombra Boa não tinha email, mas escreveu um bilhete e se encontrou com Maria.

Vamos ouvir.

O arranjo desta canção é do Flávio, que ali está, nosso compositor.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Muito obrigado ao Coro Madrigal, da Universidade Mackenzie, ao maestro Parcival Módolo e a todos os seus brilhantes componentes do coro.

Meus amigos, dia de muita alegria, dia de muita emoção e dia de, sobretudo, de fato saudarmos pessoas que fazem a diferença, tanto as que fizeram, como o Rondon, como as que fazem até hoje, como o Prof. Ives, como a secretária Lais, como o Prof. Maurício e todos os representantes do Mackenzie aqui, porque a própria Instituição Mackenzie é uma instituição que faz a diferença na vida das pessoas.

Professor, o senhor fez alguns elogios à minha pessoa aqui. Eu queria dizer que o senhor é uma inspiração. A sua vontade de fazer o bem, de fato o seu altruísmo é algo que nos motiva, principalmente a nós - não é, Lais? - que estamos no poder público e que diuturnamente presenciamos, infelizmente, cenas que não gostaríamos de presenciar. Muita gente passando muita necessidade, muita gente pedindo ajuda por coisas que nós nem conseguimos imaginar como elas conseguem passar por isso.

Muita gente, também, trabalhando em prol de causas próprias, e aí nós vemos pessoas, como o Dr. Maurício, que, de maneira altruísta, reúne fatos e dados em uma bela obra como é essa; consegue apoiar iniciativas como a nossa, de distribuir esse livro a preço de custo, sem nenhum tipo de lucro, para os colégios do ensino médio; nos permite fazer um concurso de redação, para que os nossos jovens aí de fato leiam, absorvam, aprendam e escrevam depois.

E esse concurso culmina em premiações, em algo que de fato muda a vida das pessoas, como uma bolsa de estudos. A gente sabe que só a educação de fato vai transformar esse Brasil.

Então, o senhor, Prof. Maurício, é, guardadas as proporções, obviamente, assim como Rondon, um grande exemplo para todos nós da política, da comunicação, das Forças de Segurança Pública, sem dúvida alguma.

Eu finalizo este dia de hoje com duas frases muito interessantes, que estão aqui na parte de trás do livro. Uma delas é, simplesmente, de Theodore Roosevelt, presidente dos Estados Unidos que foi integrante da Expedição Roosevelt-Rondon, que diz: “Rondon, como um homem, tem todas as virtudes de um sacerdote.

É um puritano de uma perfeição inimaginável na época moderna. E, como profissional, é tamanho cientista, tão grande é o seu conjunto de conhecimentos, que se poderia considerar um sábio”.

E a outra frase aqui - essa para mim muito marcante - é de Manuel Bandeira, poeta brasileiro, que disse: “a vida de Rondon é um conforto para todo brasileiro que ande descrente de sua terra”.

E eu, aqui, ouso alterar as palavras de Manuel Bandeira, guardando todo o respeito a ele e também a Rondon, e dizer que: “a vida de Maurício Meneses é um conforto para todo brasileiro que ande descrente da sua terra”.

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, assim como agradeço à presença de todos os presentes. Teremos uns autógrafos ali fora.

Nós vamos dar para cada um de vocês que tiver interesse - eu recomendo que se interessem -, um exemplar da obra do Prof. Maurício, devidamente autografado pelo autor no Salão dos Espelhos, agora, finalizando aqui esta cerimônia tão bonita.

Obrigado, Lais.

Obrigado a todo o corpo diretivo aqui do Mackenzie, a todos os militares e civis aqui presentes.

Está encerrada esta solenidade.

Parabéns, Prof. Maurício Meneses. (Palmas.)

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 12 horas e 34 minutos.

 

* * *