14 DE ABRIL DE 2023
5ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DE 81 ANOS DO SINTETEL - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES NO ESTADO DE SÃO PAULO
Presidência: LUIZ FERNANDO
RESUMO
1 - LUIZ FERNANDO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - ISABELA
Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Homenagem aos 81 anos do Sintetel - Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações no Estado de São Paulo", por solicitação deste deputado.
4 - ISABELA
Mestre de cerimônias, convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
5 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Anuncia as autoridades presentes. Faz saudações gerais. Tece considerações sobre a história do Sintetel - Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações no Estado de São Paulo.
6 - JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Vice-presidente do Sintetel e presidente da Contcop - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade, faz pronunciamento.
7 - MAURO CAVA DE BRITTO
Secretário-geral do Sintetel, coordenador do departamento de negociações da entidade, e coordenador nacional das negociações da Fenattel, faz pronunciamento.
8 - VIVIEN MELLO SURUAGY
Presidente da Feninfra - Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, e presidente da Icomon, faz pronunciamento.
9 - LUIZ ANTÔNIO MEDEIROS
Sindicalista, faz pronunciamento.
10 - CANINDÉ PEGADO
Membro da UGT - União Geral dos Trabalhadores, faz pronunciamento.
11 - HELCIO CECCHETTO
Delegado do Trabalho, faz pronunciamento.
12 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Anuncia a entrega de homenagens.
13 - GILBERTO DOURADO
Presidente do Sintetel, faz pronunciamento.
14 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Discorre sobre o exercício de seu mandato parlamentar. Enaltece o setor de telecomunicações. Tece considerações sobre a reforma tributária. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
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- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.
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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISABELA - Senhoras e senhores, bom dia. Sejam
todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão
solene tem a finalidade de Homenagear os 81 anos do Sindicato dos Trabalhadores
em Empresas de Telecomunicação no Estado de São Paulo, o Sintetel. Comunicamos
aos presentes que essa sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV
Alesp e pelo canal Alesp no YouTube.
Convidamos para compor a mesa diretora o deputado estadual
Luiz Fernando Teixeira. Chamamos Gilberto Dourado, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de Telecomunicação no Estado de São Paulo e
presidente da Fenattel - Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de
Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas e vice-presidente do setor
ICTS nas Américas pela UNI Global Union;
José Roberto da Silva, vice-presidente do Sintetel no estado
de São Paulo, preside a Contcop - Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Comunicações e Publicidade; o senhor Mauro Cava de Britto, Secretário-Geral do
Sintetel no estado de São Paulo, coordenador do departamento de negociações da
entidade e coordenador nacional das negociações da Fenattel; e a senhora Vivien
Mello Suruagy, presidente da Feninfra - Federação Nacional de Call Center,
Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de
Informática e presidente da empresa Icomon.
Para a abertura desta sessão solene, ouviremos o deputado
estadual Luiz Fernando Teixeira.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Muito bom dia a todas e todos. Eu não
sabia que podia trazer torcida, senão eu teria trazido a minha também, e na
hora que me anunciassem, o pessoal iria também aplaudir. É uma honra.
(Aplausos). Dizem que quem não chora não mama, não é? Foi só chorar que recebi
as palmas. Muito obrigado, gente.
É uma honra tê-los aqui, e é uma honra estar prestando esta
homenagem e, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos
regimentais. Essa presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior.
Senhoras e senhores, essa sessão solene atende minha
solicitação, deputado estadual Luiz Fernando Teixeira Ferreira, com a
finalidade de homenagear o Sindicato dos Trabalhadores e Empresas de
Telecomunicações no Estado de São Paulo - Sintetel - pelos 81 anos de fundação.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISABELA - Convido a todos os presentes para, em
posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro executado pela banda
do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do
maestro subtenente Mota.
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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ISABELA - Agradecemos o coro do Corpo Musical da
Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do subtenente Mota.
Neste momento, assumindo os trabalhos dessa sessão solene, convidamos o
deputado Luiz Fernando Teixeira para o seu pronunciamento de abertura.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Agradecer mais uma vez ao subtenente
Mota. É uma honra tê-los aqui nessa Casa, essa Casa do povo. Quero, em teu
nome, agradecer a corporação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que tem
trabalhado diuturnamente pela segurança de toda a nossa população. É a melhor
polícia do nosso país, e os meus cumprimentos a vocês, que aqui estão. Muito
obrigado.
Quero saudar o querido amigo, que mora na minha cidade, a
cidade em que eu nasci, São João da Boa Vista: Gilberto Dourado, presidente do
Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo. Saudar
o querido José Roberto da Silva, vice-presidente do Sintetel.
Saudar o Mauro - eu não sei se vocês sabem: o Mauro, ele
tentou ser um atleta de futebol, dedicou a vida toda a isso; não teve êxito,
mas o filho dele foi campeão da Copa Paulista em um time em que eu fui
presidente, o São Bernardo Futebol Clube. E, assim, ele não deu certo, mas o
Cezinha deu.
E o Mauro, ele é sogro da capitã da seleção brasileira de
futebol feminino, a Tamires. O que não deu certo para ele, deu pro pro filho e
para nora. O neto, segundo Mauro, está na base do Corinthians; só que na base
do Corinthians, dizem que se você conversar direito, eles aceitam você lá; nós
precisamos checar. Mauro é o Secretário-Geral do Sintetel.
Queria saudar também a minha querida amiga Vivien Mello
Suruagy, que é presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e
Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, em
nome de quem eu quero saudar todas as empresas que estão aqui, nesse evento de
aniversário de 81 anos do Sintetel.
Saudar o Maurício (Inaudível.), primeiro-tesoureiro, neste
ato representando a (Inaudível.); Leandro Marafon, representando o Delegado-Geral
de Polícia do estado, Arthur Dian; Márcio Afonso, diretor da Telefônica,
AlmavivA; Fernando Leal Braga Godoy, diretor de RH da AlmavivA, e o Rodrigo
Alex de Rosa, superintendente; José Luiz Froes, gerente da TIM - torce para o
Fluminense? Então está bem, quem não está bem são os flamenguistas.
Queria saudar a Camila (Inaudível.), diretora de RH da
Teleperformance, assim também o Lucas (Inaudível.) Abrantes. Saudar o Luís
Pierre, da Sencinet; Luiz Felipe Almeida Pereira, do jurídico e compliance da
Procisa; senhor Julio Cesar, diretor de RH da Fidelity; Claudineia Amorim,
gerente de RH da British Telecom; o Sr. Marco Jardini, diretor de operações da
Icomon; também a nossa Juliana Rufino, gerente de RH da Icomon; a Maria de
Lourdes Rondina, da Concilig; também a Erica Moriizumi, diretora de RH da
Concilig.
Em nome deles, quero citar todos os demais que normalmente
deixam de nos entregar. Sintam-se todos cumprimentados. Quero saudar os
trabalhadores, com certeza, trabalhadoras e trabalhadores, pela quantidade de
palmas que deram ao Gilberto, ao Mauro e ao nosso vice-presidente - com certeza
são trabalhadores. Saudar os demais empresários. Quero, em nome dos
sindicalistas aqui presentes, saudar o Medeiros, nosso sempre deputado
Medeiros, que aqui se faz presente.
Como já dito, essa sessão solene tem a finalidade de essa
Casa do povo paulista homenagear o Sindicato dos Trabalhadores e Empresas de
Telecomunicações no Estado de São Paulo, o Sintetel, pelos seus 81 anos de
história, fundada em 15 de abril de 1942. Sua base abrange mais de 250 mil
trabalhadoras e trabalhadores que atuam em diferentes empresas de
telecomunicações, como a Vivo, Claro, TIM, Atento, AlmavivA, Teleperformance,
(Inaudível.), (Inaudível.), Icomon, Ericsson, Brasil Fibra, Fidelity, Highway,
Nokia, Procisa, Sencinet, Telemont, V.tal e muitas outras.
Nesses anos de atuação, são diversas conquistas, como o
abono de Natal, quando não existia ainda o décimo terceiro salário; trinta dias
de férias, quando eram disponibilizados apenas vinte; e a redução da jornada de
trabalho dos telefonistas para seis horas diárias.
É um sindicato fundamental, principalmente em tempo de
retirada de direitos trabalhistas consolidados e ataques aos trabalhadores e ao
nosso Estado democrático de direito.
As instituições sindicais precisam ser fortalecidas para que
tenhamos empregos de qualidade e uma indústria forte. O Sintetel sempre foi
autêntico nas suas atuações e mantém o objetivo de defender a dignidade e o
direito dos trabalhadores, motivo mais do que justo para esta homenagem.
Eu quero aqui, também, agradecer todas as empresas, todos os
empresários, porque sem a empresa nós não temos o trabalhador, nós não temos o
emprego, não podemos falar em direitos; porque sem a empresa e o empresário,
nada disso aconteceria. Sequer o sindicato dos trabalhadores existiria. Então,
quero cumprimentar a todos, agradecer a todos.
No Brasil, nós vivemos um momento de reconstrução, e nós
queremos - juntos com vocês, empresas, empresários - gerar crescimento,
desenvolvimento, mais emprego. E vamos lutar muito por mais direitos para a
classe trabalhadora, e que os empresários possam fazer valer os seus
investimentos. Eu acho que é isso que todos nós aqui procuramos.
Quando você vê a quantidade de empresas presentes no aniversário
do sindicato do trabalhador, é porque a relação, com certeza, é muito
respeitosa. E eu quero parabenizá-los também nesse sentido.
Nesse momento, quero convidar, para fazer uso da palavra
aqui, na tribuna, o querido José Roberto da Silva, vice-presidente do Sindicato
dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicação no Estado de São Paulo e
presidente da Contcop -Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações
e Publicidade.
O SR. JOSÉ ROBERTO DA SILVA - Bom dia a todos. (Aplausos). Queria
agradecer a presença aqui, porque eu sei, como trabalhador sindicalista, que o
pessoal saiu de madrugada para vir.
E também agradecer as empresas, os representantes das
empresas que se deslocaram. Vêm até de outro estado, e também de outras
regiões; a confederação aqui de nosso companheiro, Secretário-Geral Canindé
Pegado. Estamos aqui.
E também agradecer aos 81 anos do sindicato. Todos os que
estão aqui participaram, de um modo ou outro, no crescimento desse sindicato.
Tanto a diretoria como os delegados sindicais, como os funcionários do
sindicato e também as empresas com que nós negociamos, respeitando, tendo
credibilidade e respeito.
Eu só queria pegar e quebrar o protocolo, se o deputado Luiz
Fernando me permite, senão eu não vou estar em paz com a minha consciência.
Tenho um companheiro aqui antigo, que é o Medeiros. Eu sou do tempo antigo,
Medeiros.
Você esteve em Ribeirão Preto e nós fomos lá no Pinguim,
quando você era candidato, e eu fui te buscar no aeroporto, e eu falei para
você e para sua filha da consideração que o sindicato tinha por você, quando
você era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Que era o Rossato, o
presidente.
Nós estávamos numa dificuldade financeira e o Sindicato dos
Metalúrgicos emprestou dinheiro para o Sintetel. Nesses 81 anos, eles têm um
crescimento que eu vi - você pode não lembrar, eu queria quebrar esse protocolo
e agradecer na frente de todos aqui: meus companheiros da diretoria, os
delegados sindicais, os funcionários e as empresas.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Queria agradecer as falas do nosso
vice-presidente. Queria também, da mesma forma, saudar o querido Canindé
Pegado, da UGT. (Aplausos). Eu queria jogar uma partida de truco com ele hoje,
mas ele está com a mão quebrada, não é, Pegado? Então, eu ganhei por WO.
Queria, nesse momento, abrir a palavra pro meu amigo Mauro
Cava de Britto, Secretário-Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de
Telecomunicação no Estado de São Paulo e coordenador do departamento de
negociações da entidade, e também coordenador nacional das negociações da
Fenattel.
O SR. MAURO CAVA DE BRITTO - Bom dia, pessoal. Antes até de falar,
eu fiquei aqui visualizando o nome de algumas pessoas que acabaram deixando de
ser citadas. Talvez até por uma falha nossa, lá na hora de organizar. E eu
assumo essa falha para mim.
O João Pedro, da I-Systems, que é uma joint venture da TIM
com um fundo nigeriano; O meu querido amigo Xavier: me permita fazer um KKK
para você, Xavier - porque ele é flamenguista - mas tudo bem, gente da melhor
qualidade.
Meu querido amigo também da (Inaudível.), Artur, que está
aqui presente; o Eric, da BrasilSeg, a dupla dinâmica de duas empresas
portentosas de 5G que estão aqui; o Benê, que a gente vai falar até da forma
coloquial que a gente se trata, não é, Benê? E o Sebastião, as meninas da
Huawei também estão aí - a Huawei também foi convidada, não sei se se
apresentou aqui.
Também presente aqui o nosso vereador, ex-vereador de São
José dos Campos, Osmar Ferreira, aposentado da categoria. Estão aqui também o Diego
do Sinstal, o Diego que também não foi anunciado - o chefe do Júlio está aqui,
não é, Júlio? Você foi anunciado, seu chefe não foi. O Helcio, que é o senhor
da empresa; o Gerardo presidente da Tgestiona Uruguai, corintiano.
O Alexandre, também, que é o diretor de recursos humanos; o
Bartolomeu, que veio do Rio de Janeiro, um companheiro sindicalista genuíno,
autêntico; o nosso amigo Alexandre, da Oi - cadê você, Alexandre?
A Eval, a simpatia em pessoa, da Fibrasil, está aqui também
- diretora, uma das mulheres mais importantes do segmento de telecom; muito
obrigado pela sua presença. E o Fernando Branquinho, nosso querido amigo da
Claro, também. Jogo duro de negociar, mas ótima pessoa.
Pessoal, antes de falar de alguma coisa - viu, Luiz? - a
gente primeiramente queria agradecer a você, por termos essa sessão aqui, essa
solenidade que muito nos orgulha. Agradecer as autoridades e os gerentes de
empresa, diretores presentes, os delegados e diretores de base. Mas
principalmente os funcionários do sindicato - que são eles, na minha visão, as
peças mais importantes do nosso sistema. São vocês. Do fundo do meu coração, eu
amo vocês. (Aplausos).
Uma outra questão, pessoal: quando a gente fala - viu, Luís,
eu vou estar sempre me dirigindo a você. Porque ele fica me cutucando, mas eu
vou cutucando ele, porque a gente é amigo - a gente ouve falar da palavra
diversidade, da palavra inclusão, não é verdade? E aí você vê, onde que você vê
isso? No Sintetel. E vocês vão concordar comigo, eu tenho certeza.
Porque o que que é a diversidade? A diversidade é um lugar
onde todos podem sentar no mesmo lugar, e o Sintetel é assim, não é assim,
companheiros? Uma outra coisa: a inclusão. No Sintetel, todos têm o poder de
falar. E isso daí é inclusão. Falam, mas principalmente o acolhimento; falam,
mas são ouvidos.
Então, o Sintetel, hoje nós temos, aqui, velhinhos que nem
eu, que nem o Gilberto, que nem o Zé Roberto, e temos novos.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - A Mesa… eu queria que você se referisse
a você. Não cita a Mesa, não.
O SR. MAURO CAVA DE BRITTO - Eu vou falar: tem magrinho que nem Zé
Roberto, tem gordinho que nem eu; tem heterossexual, homossexual, branco,
negro, nós vivemos numa total harmonia, não é, pessoal? Lá se aplica a
diversidade pura - tem até o Pantera, cadê o Pantera? (Aplauso.)
O Pantera é sapiossexual, não é, Pantera? Acho que você não
sabe o que é isso, mas é sapiossexual. Por mim você nunca vai se apaixonar,
porque sapiossexual é a pessoa que se apaixona por pessoa inteligente. Então,
como eu não sou inteligente, eu estou… está legal pessoal?
Essa é uma forma, assim, do sindicato, do Sintetel - que nós
temos, assim, dois pilares que nós trabalhamos firme em cima deles, que são a
negociação e a mobilização. Nós sabemos fazer muito bem negociação e sabemos
muito melhor ainda fazer mobilização. Mas nós somos um sindicato que privilegia
a negociação.
Nós esgotamos todos os canais possíveis e imagináveis para
que as negociações aconteçam e terminem, comecem e terminem na mesa. Então,
assim, nós - e hoje, pessoal, o Gilberto depois vai falar mais, nós somos o
sindicato, sem falsa modéstia, mais importante do Brasil, na minha opinião.
Tudo hoje passa pelo nosso setor. O Gilberto falará depois.
Eu falei que não ia falar, mas eu tenho que falar. A gente
tem - e isso é vocação de sindicalista - algumas questões para melhorar. Quando
a gente faz uma análise geoeconômica do Brasil, do nosso sindicato, Luiz, a
gente pega assim, fazendo uma analogia com o mundo: os trabalhadores das
operadoras são os trabalhadores que sintetizariam, representariam a Europa; as
condições mais robustas, melhores.
Quando a gente pega os trabalhadores das prestadoras, eles
representariam a América do Sul, que está lá mais ou menos um pouquinho para
cima, um pouquinho para baixo. Mas quando a gente pega o call center,
infelizmente a gente representaria a África, porque a situação no call center
precisa melhorar, e nós contamos muito com você.
Nós temos algumas situações de êxodo laboral de São Paulo
para outros estados, por conta de várias situações de estados e sindicatos que
dão isenção do ISS. Por exemplo, o Doria bloqueou muito emprego aqui. Que ele
criou aquela tabela, está todo mundo indo embora. Nós precisamos rever isso aí.
Nós queremos ver o nosso povo desempregado? Precisamos
pensar de uma forma madura e inteligente, que essas tabelas de imposto sobre
serviço só nos atrapalharam. Assim, a gente quer melhorar, queríamos que os
trabalhadores tivessem salário melhor, mas nós vamos continuar na luta,
companheiros e companheiras.
Queria também agradecer todas as empresas presentes aqui.
Muitas, a gente desenvolve uma relação de antagonismo na mesa, mas acabamos
sendo - até pela coloquialidade que a gente coloca, o clima leve - a gente
acaba virando amigo de muitos de vocês.
São empresas nacionais, empresas globais que estão aqui.
Muito orgulho o Sintetel tem dessa relação e dessa força que nós estamos aqui
trazendo para o deputado, e ele conhecendo a relação que existe entre nós. E
para terminar, pessoal: todos nós, pessoas, seres humanos, somos efêmeros. Mas
o Sintetel não é efêmero.
Então, o amor pelo Sintetel sempre será eterno. É amado hoje
por nós, que estamos aqui; foi amado pelos que estiveram aqui, e com certeza
será amado pelos que vierem a nos suceder.
Muito obrigado a todos e viva Sintetel!
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Falando assim, a gente já desconfia que
quer ser deputado. Começa assim, não é, Medeiros? Começa desse jeito. Me
avisaram, já: “cuidado, que ele vem”. Mas também queria vir jogar futebol, não leu
nada. Ele está contando de um vídeo que ele postou semana passada, ele fazendo
uma embaixadinha.
Mas, assim - sabe quando você faz, aí você repete, então
parece que é mil batidas, e tal. Aí ele impulsionou. Parece que gastou sete mil
reais em impulsionamento, e deu dez mil curtidas. Ele está com quinze mil
curtidas, e ele está falando o tempo todo. Esse é meu querido Mauro.
Gente, eu, representando a todos os empresários, a gente
quer convidar agora, para fazer uso da palavra, a presidente da Federação
Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de
Telecomunicações e de Informática, e também presidente da empresa Icomon, a
minha amiga Vivien Mello Suruagy, presidente da Feninfra.
A SRA. VIVIEN MELLO SURUAGY - Bom dia a todos. Eu gostaria primeiro
de cumprimentar o Sintetel através do Gilberto Dourado, que é nosso parceiro,
nosso companheiro de longa data - uma pessoa agitada, que não para. Tem um
cunho também político, como o Mauro. Mauro e Zé Roberto são nossos interlocutores
a vida toda, lá no Sintetel.
E fazer uma menção especial ao nosso deputado Luiz Fernando.
Luiz, você é uma pessoa em quem eu confio muito, e eu gostaria que vocês também
confiassem no trabalho dele. Ele é uma pessoa, é um parlamentar que leva as pautas
para frente. Ele luta por essas pautas, é uma pessoa honesta, trabalhadora,
eficiente, extremamente simpático.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Não para, não. Não para, não. Continua.
A SRA. VIVIEN MELLO SURUAGY - Bom, gente. É um prazer estar aqui, na
comemoração dos 81 anos do Sintetel. É um sindicato que é reconhecido por lutar
sempre pelos direitos dos trabalhadores. Sob a égide do Sintetel, com auxílio
de todos os trabalhadores que estão representados por vocês, nosso setor de
telecomunicações cresceu nesses mais ou menos vinte anos.
Então, nós temos aí, agora, em torno de 250 milhões de chips
de celular. Nós temos mais ou menos 240 de banda larga, de interconexão de
banda larga. Quer dizer, eu fico imaginando algum tempo atrás, quando nós não
tínhamos a banda larga, ou quando nós não tínhamos internet. Como seria isso
atualmente?
Eu estava falando com a Áurea - eu sou meio feminista -
então, imagina a gente ficar escutando marido dentro de casa reclamando, sem
ter uma internet para gente ficar olhando. Não tínhamos a saída para a
pandemia, de ficar fazendo as reuniões on-line, os estudos on-line, as crianças
na escola on-line, isso é muito importante.
Então, todo esse trabalho foi feito por algo em torno de 137
mil empresas, mais de dois milhões e meio de trabalhadores, que estão aqui
representados pelos trabalhadores, pelas empresas, pelos fornecedores, pelas
operadoras de telecomunicações, pelas empresas de infraestrutura, de redes, de
- a nova categoria, agora, que nós estamos tendo, de rede neutra, que estão
aqui presentes. Ou seja, o nosso mercado está num boom violento.
Como bem falou Mauro, nós temos negociações. Nós precisamos
ter uma relação equilibrada: capital e trabalho. E essa relação, aparentemente,
às vezes é conflituosa. Nós temos brigas, nós temos discussões acaloradas. As
nossas negociações sindicais, elas são muito fortes. Mas nós vemos todos aqui
presentes, a defesa do Sintetel em prol dos seus trabalhadores. Isso é muito
importante.
Agora, sempre observando que nós não estamos no país das
maravilhas. Não existe, aliás, no mundo, um país das maravilhas. Estamos aqui
no Brasil, com suas facilidades e com suas dificuldades, e nós precisamos
colocar, ajudar o Brasil a ir para frente.
Então, eu vejo, às vezes, em conversas tanto com empresa
como com trabalhadores, falando assim: “puxa, melhor a gente viver fora do
Brasil. Nossa, lá as condições são muito melhores.”
Aí eu fico pensando - inclusive eu já falei com alguns aqui:
a gente vai analisar a Alemanha, a Alemanha diminuiu a população ao longo
desses últimos dez anos. No mesmo tempo, a França, nesse mesmo período, a
França aumentou três mil pessoas, e o Brasil, mais de trinta milhões.
Então, o negócio está aqui, o futuro está aqui, é aqui que
nós precisamos colocar toda a nossa energia e eficiência. Nós temos aqui uma -
por exemplo, o estado de São Paulo, em que nós estamos, moramos: nesse estado,
com o PIB aproximado ao PIB da Inglaterra; nós temos o município de São Paulo,
tirando o ABC, que tem um PIB maior do que o Chile e da Finlândia.
Então, gente, vamos crescer. Nós estamos com o 5G,
implantando rede, implantando torre, implantando equipamentos: nós temos um
mundo pela frente. Agora, nós temos algumas dificuldades. Como nós temos aqui,
presente, um ambiente misto de trabalhador e empresário, é importante que todos
nós tenhamos a mesma consciência a respeito.
Primeiro, deputado
Luiz. Com as suas conexões, nós precisamos da sua ajuda com relação à reforma
tributária. É muito importante nós termos a votação do arcabouço fiscal para
dar estabilidade aqui, inclusive a investimentos de segurança internacional e
nacional.
E também é importante votar a reforma tributária. Mas nós
temos que ter cuidado, porque reforma tributária, para mim, ela significa
unificar e simplificar. Jamais, jamais aumentar tributos das empresas que
ralam, que suam o tempo todo para pagar os seus compromissos todo mês.
Então, nós vemos, no setor de telecomunicações, quando a
gente cobra - quando as empresas, as operadoras cobram em torno de cem reais
por um ticket de serviços, quarenta reais perde para imposto. O que nós estamos
ganhando com isso? Isso aí precisa ser revertido.
E no caso específico do setor de serviços de
telecomunicações, nós, as empresas de infraestrutura de rede de
telecomunicações e as outras categorias de serviço, nós vamos ter um aumento
médio previsto de 11% sobre o faturamento. Isso é totalmente inviável.
Então nós apoiamos, sim, a questão da reforma tributária,
mas nós temos que ter segurança da viabilidade das empresas, da
sustentabilidade das empresas, como bem falou o nobre deputado.
E nessa questão tributária se inclui também a desoneração.
Nós vamos precisar do auxílio dos senhores. A desoneração que reduz a carga
tributária em cima da folha de salário, ela termina no final do ano, e nós
precisamos pensar para frente, tornar essa desoneração efetiva permanente, para
nós termos incentivo para contratação.
Porque caso contrário, com este cenário que pode estar se
avizinhando, se nós não fizermos nada nós vamos ter uma demissão prevista -
somente em infraestrutura de telecomunicações futuras - de cem mil trabalhadores;
e em telemarketing, teleatendimento, call center, em torno de trezentos mil
trabalhadores. Ou seja, nós não podemos aceitar este assunto.
Nós vemos que os governos, historicamente, eles têm um
receio de quando se fala assim, “puxa, está parando, vamos parar os caminhões.”
Pararam os caminhões. Mas nós sabemos que o país tem em torno de dezessete dias
de suprimento para aguentar uma parada de caminhões.
Mas telecomunicações, a conectividade que permeia toda a
sociedade, se parar um segundo, para o país. Então, nós precisamos que o
governo veja a importância de telecomunicações e a importância das empresas e
dos trabalhadores.
E por último, para não ficar falando muito de problema, nós
temos a questão que precisamos combater: é a questão da pirataria, das
empresas-fantasma que ainda rondam o nosso setor.
Não é possível, não é aceitável que tenha empresas vendendo
banda larga se dizendo empresas de telecomunicações, ou tenha empresas de
infraestrutura de redes de telecomunicações se dizendo empresa deste tipo que
não registram funcionário, não dão segurança para os funcionários, têm risco de
vida, não pagam seus impostos, têm facilidades tributárias, não seguem as leis
fiscais, não seguem as leis trabalhistas.
Então, por quê que nós, que estamos aqui, e os senhores, nós
cumprimos com todas as regras e outras são beneficiadas? Como eu falei
anteriormente: se tem uma cobrança de cem reais para a população, para o
consumidor, no uso dos serviços, quarenta reais vai para tributos. Agora, para
essas empresas, eles não pagam nada de tributo, ou pagam muito pouco. Então, a
palavra, na minha cabeça, é isonomia.
Para finalizar - desculpa eu ter me alongado - Sintetel,
presidente Gilberto, os trabalhadores dependem muito da atuação de vocês para
trazer o sustento para casa. E eu aprendi com vocês, ao longo dos anos - estava
vendo eventos desde 2009.
Antes, quando nós juntamos os trabalhos e as discussões, que
vocês me ensinaram assim: “Vivien, não dá para fazer tudo, mas quando você
fizer, faça bem feito”. E eu tenho certeza de que, na cabeça de vocês, a
esperança é uma razão de viver.
Então viva o Brasil, viva o Sintetel, viva os trabalhadores,
viva as empresas, todos nós. Que Deus abençoe todo mundo.
Gente, muito obrigada, viu? Tenho muito carinho.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Antes de partir para a gente homenagear
o nosso Sintetel através do presidente, eu queria convidar o Medeiros para
saudar os trabalhadores em breves palavras. Medeiros: faz favor.
Pode vir por aqui. A verdade é que você é pego, ele foi pego
de surpresa, mas está sempre preparado, Medeiros.
O SR. LUIZ ANTÔNIO
MEDEIROS - Pessoal,
eu realmente fui pego de surpresa. Para mim é uma honra estar aqui no
aniversário do sindicato das telecomunicações. Quero cumprimentar o Gilberto,
quero cumprimentar o Luiz, deputado estadual. Eu nunca tinha visto você dirigir
uma sessão. Você tem uma boa qualidade: você tem um humor fino, um humor muito
legal.
Quero cumprimentar a doutora Vivien, quero cumprimentar
todos os diretores, as empresas que estão aqui, os trabalhadores, os
funcionários. Dizer: “olha, eu vim aqui hoje porque eu acho que, mais do que
nunca, nós precisamos de sindicato; mais do que nunca, nós precisamos de
sindicato forte.”
Há uma certa campanha contra sindicato, feito no passado,
que muita gente fica até reticente quando ouve falar em sindicato. Mas sem
sindicato não há conquistas; sem sindicato, não há acordos coletivos.
Então, mais do que nunca a gente precisa de sindicato.
Sindicato crítico, sindicato que tenha independência em relação às empresas,
independência em relação ao governo.
Não é segredo para ninguém que durante a campanha nós
apoiamos o atual governo, mas nós precisamos ser críticos, não é? Gente para
abrir porta está cheio; todo mundo hoje quer abrir porta. Todo mundo hoje quer
bajular. Nós temos que ter… a forma de a gente ajudar o governo é sermos
críticos. É ter posições críticas, dar sempre querendo mais.
Então, eu estou aqui para dizer estou com vocês. Hoje eu já
sou um cara aposentado. Chegar a quase oitenta anos, para mim, é uma conquista.
E eu conquistei isso a duras penas, está certo? E trabalho hoje nas redes
sociais defendendo previdências sociais. Hoje eu sou um ativista
previdenciário.
Pessoal, boa sorte para vocês. Eu quero dizer: “olha, contem
comigo como um soldado.” Obrigado ao companheiro lá que me fez a homenagem que
me agradeceu.
Muito obrigado.
É muito difícil uma pessoa reconhecer, não é? Quando a gente
ajuda o outro, a gente sempre espera a ingratidão. Então, num momento desses,
eu até fiquei emocionado. Muito obrigado e eu sou um soldado, está bom?
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Obrigado, querido Medeiros. Quero
convidar o nosso querido Canindé Pegado, da UGT, também, para fazer as suas
saudações aqui.
Canindé, faz favor.
O SR. CANINDÉ PEGADO - Bom dia companheiros, companheiras. Bom dia, nobre deputado
Luiz Fernando. Meu grande amigo Gilberto Dourado, de mais de quarenta anos de
atividade.
Não se preocupe com essas datas, essa coisa toda, isso é uma
bagagem vivencial importante para a atividade sindical, também. Também o
presidente da Contcop, meu nobre amigo José Roberto. Ele não gosta que o fale,
mas eu acho que antes de ser corintiano, ele foi santista, está certo?
Mauro Cava, meu grande companheiro. Dra. Vivien
representando aqui as empresas, Fernando Branquinho representando também as
empresas de outros segmentos do grupo de telecomunicações. Companheiros e
companheiras, dirigentes sindicais, funcionários de sindicatos, trabalhadores.
Serei breve aqui, agradecendo preliminarmente ao nobre
deputado por esse convite. Para dizer que eu conheço esse sindicato, deputado,
há mais de quarenta anos. É um sindicato que realmente foi parceiro, como o
Luís Roberto disse aqui, de todos os sindicatos de telefônicos do Brasil. O
Sintetel São Paulo, ele ajudava, ele apoiava, ele conseguia fazer essa parceria
com os sindicatos de telefonia do Brasil inteiro.
Ou seja, sempre foi um sindicato atuante, no sentido de
saber que a categoria, no plano nacional, ela era mais forte se estivesse mais
unificada, se tivesse mais condições de lutar. E o Sintetel São Paulo é
responsável pelo sucesso dos trabalhadores telefônicos do Brasil.
Então, nesse reconhecimento, deputado, eu digo também para
contextualizar que existem vários tipos de sindicatos. O Medeiros aí é craque
nisso. É um homem que também, no meu início no sindicalismo foi colaborador,
companheiro mesmo, está certo? Nós nos ajudamos, ele me ajudou também,
inclusive no meu sindicato, eu sou oriundo de telecomunicações também.
E dos sindicatos… a gente vê, assim, sindicatos que têm
problemas e empurram para a casa dos outros. Tem sindicato que não quer ter
problema e tem sindicato que sabe que o desafio é esse, não é? Que existe é
para negociar e reivindicar.
Esse é o papel do sindicato: negociar e reivindicar. E
sindicato que acha que os problemas têm que estar distantes. E o Sintetel é
diferente. O Sintetel pega os problemas e resolve os problemas. É muito fácil
empurrar problema para a casa dos outros.
Então é esse reconhecimento que faz, hoje - 81 anos de
existência do sindicato. Se fosse um sindicato que não quisesse ter problemas,
ele não seria reconhecido. Então aquele sindicato ou a empresa - isso vale
também para o segmento empresarial, qualquer segmento - é importante quando ele
é reconhecido. E ele só é reconhecido quando ele é demandado.
Então, quando os problemas vierem, companheiros, a gente tem
a capacidade, tem a responsabilidade - resolver jogar para casa dos outros,
isso não interessa. No dia em que a gente não for demandado, no dia em que não
nos procurarem, é porque a gente está sendo esquecido e a gente não vale nada.
Então, por isso mesmo quero desejar mais longos anos de
atividade, de luta, de mobilização, de fortes negociações, de conquistas
constantes para a classe trabalhadora, representada aqui pelo Sintetel São
Paulo.
E nós somos parceiros então dessa luta: sindicatos,
federação, confederação, central sindical. Trago aqui o abraço do Ricardo
Patah, que está nesse momento em missão na China com o presidente Lula, com o
presidente da nossa UGT, central sindical à qual as entidades aqui são
filiadas. E desejar a todos vocês, companheiros e companheiras, sucesso nessa
empreitada. Confiem no sindicato, apesar das adversidades.
Muita gente, muita gente não gosta de sindicato. Mas a razão
de ser - o tripé de uma democracia é justamente a existência de sindicato,
trabalhadores e empresas, para que a gente possa realmente reivindicar da
melhor maneira possível.
Muito obrigado, deputado, por essa sessão solene, pelo
reconhecimento dessa categoria. E saiba que você tem toda a nossa estima.
Parabéns.
Obrigado, companheiros e companheiras.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Vocês perceberam que a gente vem
citando, fora de hora, empresas, pessoas, mas graças ao cerimonial do Mauro: o
Mauro é que ficou de organizar isso tudo. Eu quero saudar Juliana e o Arthur,
da Logictel, e o Paulo Souza, da V.tal.
Queria aqui convidar, representando o Ministério do
Trabalho, o ministro Luiz Marinho, o Helcio Cecchetto, que é delegado do
trabalho, para usar a tribuna e deixar a sua saudação. Faz favor.
O SR. HELCIO CECCHETTO - Bom dia a todos, a todas. Ele está fazendo isso comigo
porque eu sou palmeirense. Meu time está ganhando tudo, então ele quis me
colocar nessa gelada. Mas não tem problema. Gente, eu não estou representando o
ministro Marinho.
Eu fui convidado gentilmente pelo Sintetel, e o Ministério
do Trabalho - como eu sou autônomo, eu não informei o Ministério do Trabalho em
Brasília que eu estaria aqui.
Mas a razão de existir do Ministério do Trabalho, além das
empresas, são, realmente, os trabalhadores. E o Sintetel, ele realmente sempre
trouxe para a mesa de negociação, sempre foi muito atuante, e eu gostaria
realmente de parabenizar o Sintetel pelos seus anos e pela sua dedicação aos
trabalhadores.
Ultimamente - não está acontecendo isso com as empresas de
telecomunicações - mas nós estamos tendo muita dificuldade, com as outras
empresas, em mesa de negociação. O Ministério do Trabalho, ele foi colocado
muito em segundo plano, e desacreditado por vários outros setores pela política
que se fez recentemente.
Então, eu peço às empresas aqui presentes que continuem
dando a importância que sempre deram; e aos outros sindicalistas, que voltem a
participar juntamente com o Ministério do Trabalho, porque nós não estamos - o
Ministério do Trabalho não existe para punir ninguém; o Ministério do Trabalho
é um órgão apenas administrativo.
Nós atuamos junto com as empresas e junto com os
trabalhadores. E é esse o papel que eu gostaria de ver o meu ministério
continuar praticando, e dependemos de todos vocês para que isso seja
efetivamente posto em prática.
Parabéns Sintetel, muito obrigado por estar aqui,
representando o Ministério do Trabalho, a entidade de Santo André onde eu faço
parte, obrigado.
O SR. MAURO CAVA DE BRITTO - Eu vou quebrar um protocolo aqui. Ele
é grandão assim, é brutão, mas é gente boa, o Helcio - viu, Luiz? Desculpa, eu
queria também aqui, a Lurdinha, tomei uma bronca pública da Lurdinha aqui da
Telemont.
Cadê você, Lurdinha? A Lurdinha veio de Minas Gerais,
Telemont, a maior prestadora de serviço de telecomunicações do Brasil, não é? A
maior. Em São Paulo, aqui, tem outras grandes também.
Muito obrigado pela sua presença, minha querida.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Nós delegamos a ele, Lurdinha, fazer o
cerimonial. E em teu nome e em nome de todos aqueles que não foram citados, eu
quero apresentar as nossas escusas. Mas a gente promete que, no octogésimo
segundo ano do Sintetel, nós vamos citar todo mundo. Até porque, Vivien, aí eu
vou assumir essa parte.
Gente, eu queria, nesse momento, passar a palavra que
representa todos nós do Sintetel: o nosso presidente. E em nome dele agradecer,
Gilberto, a toda a tua luta, toda a tua dedicação.
O trabalhador, ele tem uma jornada de trabalho; mas o
presidente, a diretoria do sindicato, não tem não. É correndo para cima, para
baixo, e está em Brasília, e está atrás do deputado XY, atrás do ministro YZ,
correndo.
E então, assim: em teu nome, eu queria apresentar os nossos
agradecimentos, em nome de todos os trabalhadores e trabalhadoras. E, em teu
nome, saudar toda a diretoria. Esse cara que tem de fato feito um trabalho
diferenciado, negociado, brigado.
A gente vê ele, a Vivien se dando tão bem aqui, não é? Pensa
numa mesa de negociação. E não é só ele, não, ela também: pensa duas coisas
duras. Eu perguntei se, pagando o ingresso, eles não permitem a gente assistir
uma negociação deles.
Porque a Vivien, como toda mulher, é dura; e o Gilberto
pensa - como todo baixinho, é metido a bravo, não é? Todo homem baixinho é
metido a bravo. Esse aqui é valente e tal.
Então Gilberto, quero te agradecer. O Gilberto, ele é o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações, o
Sintetel. Nessa entidade, o Gilberto atuou como delegado, diretor adjunto,
diretor regional de Campinas, diretor de relações sindicais e diretor de
finanças; simultaneamente, exerceu a função de diretor de finanças da Fenattel,
que é a Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações, até ser
eleito presidente do Sintetel.
Posteriormente, foi vice-presidente e secretário-geral do
Sintetel. Também presidiu a Contcop, que é a Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Comunicações e Publicidade, por dois mandatos, no período de
2013 a 2021.
Ele também preside a Fenattel, que é a Federação Nacional
dos Trabalhadores de Telecomunicações, e é vice-presidente do setor ICTS nas
Américas, pela UNI Global Union, sindicato global ao qual o Sintetel é filiado.
Eu quero aqui entregar um certificado simples, que nosso
gabinete organizou, a toda a Mesa - mas, de forma destacada, representando a
Mesa, queria entregar a você. E te parabenizar pelos 81 anos do Sintetel.
(Aplausos.).
Queria, da mesma forma, entregar ao nosso vice-presidente
esse certificado. (Aplausos.). Queria entregar ao ex-santista, hoje corintiano,
Mauro. (Aplausos.).
Em nome de todas as empresas, queria homenagear a Vivien
aqui, também. (Aplausos.).
Queria, para fazer uso da tribuna, o nosso querido
presidente, Gilberto Dourado. (Aplausos.).
O pessoal está treinado, vocês repararam?
O SR. GILBERTO DOURADO - Você viu, deputado, como é que é bom trazer a galera? Só
que a minha plateia. Bom, cumprimentando aqui o deputado, aqui o Mauro, Zé
Roberto, doutora Vivien, as empresas presentes e os meus companheiros lá de
cima, que no dia a dia ajudam a levantar, a trabalhar o nosso sindicato, o
nosso propósito. O esforço que vocês fazem é muito importante, e a gente só tem
a agradecer. Vocês são peça fundamental nesses 81 anos.
Antes eu vou fazer aqui algumas considerações, depois eu vou
fazer uma leitura aqui, nossa, do sindicato. Primeiro, eu queria, aqui - me
permite o deputado Luiz - eu acho que, assim, na vida a gente encontra… é igual
relacionamento, não é? Marido e mulher.
Eu acho que eu, que estou nessa lida de líder de sindicato,
Congresso Nacional - já lidei com gente boa, com gente ruim, com gente falsa,
com gente traidora, já lidei com várias espécies - então, realmente fazia tempo
que a gente vinha aí lutando, tentando - doutora Vivien também, incansável no
Congresso Nacional, nas lutas, sempre junto - e encontramos aí, de pronto, um
par perfeito para nossa categoria, que possa nos alavancar aqui, no estado de
São Paulo, ou em Brasília, com contatos com deputados, com senadores, com
ministros. É o companheiro deputado Luiz Fernando.
Eu sou muito grato pelo que você tem feito e nos apoiado.
Acho que você é uma pessoa - você transmite uma coisa, uma serenidade, um cara
tranquilo, acho que em uma hora de tensão você fala um negócio - às vezes você
fala do Medeiros, do Pegada, do Mauro - eu acho que isso dá uma segurança para
as pessoas, uma tranquilidade. E você realmente veio a calhar. Você veio cair
nos braços do Sintetel.
Eu acho que essa coisa seja duradoura, que você vai chegar
nos noventa, nos cem junto com a gente e, se Deus quiser, que seja eleito
prefeito de São Bernardo com nossa ajuda e com o nosso apoio, que você merece.
Você realmente é um deputado da Casa que batalha no dia a dia, luta, atende
todo mundo. Parabéns e muito obrigado por você ter feito por nós.
Agora, a fala do último é difícil: ele não pode esquecer
nada. Se ele esquecer, acabou. Eu queria, aqui, fazer jus a uma pessoa que não
pode estar presente que é o companheiro Almir Munhoz, companheiro que faz parte
de muitas lutas, de todas essas lutas desses anos todos - 80, 81 anos - e o
companheiro Almir Munhoz, infelizmente, não pôde estar presente. Ele está
cuidando da sua saúde.
Mas é um companheiro que merece ser lembrado, elogiado, de
muitas conquistas, muito trabalho desenvolvido dentro do sindicato na fase de
privatização - que foi uma grande luta, o companheiro Almir esteve à frente do
sindicato, foi um baluarte, conseguiu levar à frente. O sindicato veio a
crescer e isso foi graças ao ex-presidente Almir Munhoz. Infelizmente, não pôde
estar presente.
Então, queria aqui que todos os meus companheiros que
conhecem o Almir Munhoz, que trabalham com ele, que a gente saudasse ele e
orasse que, se Deus quiser, ele vai estar bem de saúde, bem e no meio nosso,
aqui, com toda proteção de Deus.
E agradecer aqui as empresas. Uns eu conheço mais, uns eu
conheço menos. Como diz o Luiz Fernando, o Mauro é dono do negócio, eu só
participo. Então quando ele tem negócio para uma empresa, vou para uma empresa.
Então alguns eu não conheço aqui, eu conheço mais alguns com que eu falo
direto. Às vezes, a doutora Vivien intermedia comigo.
Mas, realmente, estou feliz com vocês. Eu acho que a gente
tem que continuar com essa parceria, com essa seriedade que a gente sempre
teve. E a gente sempre teve grandes avanços, brigando, respeitando um ao outro
com a tolerância possível. Que o bem comum nosso é o ganho do trabalhador.
E depois do que a doutora Vivien falou aqui, eu fiquei
feliz. Hoje estou feliz. Nos 81 anos agora, dia 15. Como o discurso dela foi
muito bom, agora em abril, com a negociação das prestadoras, eu acho que ela
vai abrir o coração, não é?
Então, é a hora dela, é o momento de ela abrir o coração;
agora é hora de ela abrir o coração, eu acho que é o grande momento. Ela não
precisa voltar aqui na tribuna para dizer, mas eu sei que ela vai abrir esse
coração dela.
Bom, eu agora aqui queria ler uma umas considerações, as
coisas do sindicato, um pouco da história do sindicato. Tem alguns companheiros
que não conhecem a história do sindicato, eu queria contar para vocês.
Sintetel, 81 anos e novos tempos. Em 15 de abril de 1942
nascia, no centro da capital paulista, aquele que viria a ser o maior sindicato
do setor das Américas: o sindicato dos trabalhadores em telecomunicações de São
Paulo.
Diante do arrocho salarial, total descontentamento pelo
regime de exceção vivido por trabalhadores na década de 1980. A história deste
sindicato é marcada pela grande mobilização dos trabalhadores telefônicos, que
aproveitaram o clima, por conta das diretas já de 1985: greve da categoria que
foi decretada por mais de sete mil trabalhadores. Isso foi no dia 7 de abril,
não é, Mauro? 7 de abril, não é, Cristiane?
Nesses 81 anos de história, o Sintetel acumulou muitas
vitórias e conquistas importantes, como o abono salarial quando não existia
décimo terceiro; trinta dias de férias, quando todos os trabalhadores contavam
apenas com vinte; o adicional de periculosidade; fomos pioneiros na conquista
do vale-refeição, só para citar alguns exemplos.
O Sintetel é o maior sindicato da categoria nas Américas.
Hoje, são mais de 250 mil trabalhadores na base, que atuam em diferentes
empresas do setor de telecomunicações. Fruto do nosso intenso trabalho, no ano
passado fizemos nove mil sócios, graças a esses trabalhadores, diretores de
base, delegados e funcionários.
Eu acho que hoje, no Brasil, não sei se tem algum sindicato
que tenha esse trabalho preocupado com a sindicalização. Esses nove mil foram
feitos no ano passado; foi de janeiro a novembro, que nós conseguimos essa
sindicalização dos trabalhadores do setor nosso.
Só neste ano, presente momento, fizemos mais. De agora, de
janeiro até março fizemos mais de dois mil sócios: 2.200 sócios. Parabéns a
todos aqueles que contribuíram com esse excelente resultado. Mais uma vez, eu
tenho que elogiar vocês. Que vocês são meu braço direito e esquerdo e minha
perna direita. Sem vocês a gente não atingiria essas metas.
Muito obrigado a vocês.
Além de lutar pela manutenção e ampliação dos direitos e
conquistas, o Sintetel também oferece benefícios a seus associados: colônia de
férias, clube, atendimento jurídico, entre outros.
Novos tempos. Hoje, a telecomunicação é a protagonista da
história. Tecnologia 5G é o novo desafio dos tempos. Os benefícios serão
enormes, especialmente para a coletividade.
Com o 5G, a administração pública - governo federal, estadual
e municipal - poderá fazer projetos eficientes como iluminação pública,
segurança e controle de tráfego de inteligência.
O 5G ainda vai impulsionar a economia digital, aumentando a
produtividade dos mais diversos segmentos econômicos da competitividade do
país, proporcionando produtos e serviços inteligentes para o consumidor.
Enquanto as quatro primeiras gerações das redes móveis se
esforçam para oferecer comunicação de voz e dados eficiente, localizar e
conectar pessoas, o 5G promete tudo isso em uma imersão digital para o usuário,
a instituição e a empresa, e permite uma continuidade na transformação digital
da sociedade.
Porém, as mudanças de tecnologia precarizaram e extinguiram
postos de trabalho. A importância de estar inserido nesse mundo de tecnologia
trouxe um mecanismo de novo modelo tanto em relação às negociações com as
empresas, quanto a realizações das ações de reivindicações e demandas da
categoria.
Uma coisa nós temos que deixar claro, doutora Vivien: nós
entendemos a terceirização. Foi difícil a terceirização. O Medeiros é do tempo,
o cara ainda é pegado. Nós entendemos a terceirização; para nós, foi uma luta.
Hoje a gente entende a terceirização; a precarização, nós
não entendemos, e a precarização nós não vamos aceitar. Precarização,
quarteirização, fidelização e o gato. Para isso a gente conta com o apoio de
vocês, das empresas que não vão precarizar.
Temos visto algumas coisas aí - acidentes de trabalho - tudo
fruto da precarização. Isso não pode acontecer no nosso setor. Setor de ponta,
adiantado, eu acho que a gente tem que aí, doutora, fazer uma frente, fazer
junto com o deputado aí algum seminário, algumas audiências, e que a gente
possa tocar de frente esse projeto aí.
Durante a pandemia do covid-19, o trabalho remoto se tornou
uma necessidade. Todavia, essa tendência não foi passageira. O formato, para
muitas empresas, se tornou normal e rentável, e mais uma vez o Sintetel foi
pioneiro ao negociar os acordos exclusivos de teletrabalho com medidas
protetivas da categoria.
Ter relações trabalhistas eficazes, aliadas a uma tecnologia
que permita sustentabilidade do trabalho e a valorização da mão de obra é
fundamental. O 5G é um marco das relações pessoais e corporativas, mas o maior
desafio estará na preparação de pessoas e profissionais para lidar com esse
novo momento.
Eu acho que a qualificação profissional, a preparação, é um
dado fundamental. Estivemos já, na Anatel, estivemos em vários órgãos para
gente tentar se preparar aí pro 5G, porque hoje a mão de obra especializada
precisa do 5G.
Mas o maior desafio está na preparação de pessoas novamente
para lidar com esse novo momento: acreditamos que só o investimento em formação
profissional, com qualificação profissional, assegura a manutenção de postos de
trabalho, de forma que o cidadão esteja preparado para novas áreas de profissão
que seguirão num futuro próximo.
As causas trabalhistas são evidentes. Sintetel está atuante
e mantém o objetivo de defender a dignidade e o direito dos trabalhadores.
Ainda hoje, outras categorias lutam para obter avanços que nós já conseguimos,
como cesta básica, vale-refeição.
A luta persiste. A regulamentação da profissão do
teleoperador é um objetivo que o Sintetel busca incansavelmente e, para além
dessas mesas de negociações, buscamos nas bases de formação os trabalhadores
mais conscientes.
Deputado: o teleoperador - precisamos da sua ajuda em
Brasília, e eu acho que nós podemos contar com o seu apoio. Eu acho que a gente
precisa regulamentar o teleoperador para que a gente possa dar uma condição
melhor, que a gente consiga fugir do salário mínimo um pouco e dar uma condição
mais digna e honesta e cheia de benefícios para os trabalhadores que, na
pandemia, foram os baluartes.
Não ficaram na empresa, mas ficaram em casa. Então acho que eles
merecem todo o respeito e a regulamentação. Acho que o deputado pode nos ajudar
muito encaminhando, aí, alguma bancada lá em Brasília.
Continuaremos por mais noventa, cem, cento e cinquenta anos
defendendo as causas que nos fizeram chegar até aqui, como valorização
salarial, segurança e saúde, direitos da mulher, dos aposentados, negros,
população LGBTQIA+ e de todos aqueles que fazem parte da classe trabalhadora. O
Sintetel é composto de toda a sua diretoria, delegados sindicais e
funcionários.
Antes de dar o obrigado final, de coração mesmo, agradeço a
presença de todos. Agradeço mais ao deputado. Fico feliz, estou muito feliz e
dia 15 de abril é a data - 15 de abril de 1942 -, é a data que nós faremos 81
anos.
Mas, de coração, muito obrigado a vocês das empresas: muito
obrigado pelo respeito, vamos continuar dessa forma que eu acho que a gente tem
um ganho e tem resultado pro trabalhador, respeitando ambas as partes.
Meus queridos companheiros e companheiras, vocês são o ar
que eu respiro. Eu estou conseguindo tudo isso porque vocês existem.
Muito obrigado.
Muito obrigado.
Viva o Sintetel, viva a classe trabalhadora.
Parabéns, Deus abençoe a todos.
Muito obrigado.
Muito obrigado. (Aplausos.).
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT- Eu queria chamar atenção
da minha assessoria: nas próximas sessões solenes, eu quero torcida também. Faz
favor, aí. Fica bonito.
Bom, gente, terminando já. Eu queria de fato agradecer a
todas, a todos. Estou deputado estadual, iniciando o meu terceiro mandato. Tive
a honra, nos dois primeiros mandatos, de ter sido escolhido pela bancada do
Partido dos Trabalhadores para ser o primeiro-secretário dessa Casa.
Consegui, nesses dois primeiros mandatos, ajudar a pautar…
presidi a principal comissão permanente da Casa, que é a Comissão de
Infraestrutura - que por acaso ela discute o tema de vocês.
Fiz parte da comissão de transporte e comunicações também;
comunicação estava ao largo - não tinha nada a ver, caminhar ao lado de
transportes - e essa Casa tem produzido muito pouco, essa é a verdade; muito
pouco no tocante, sobretudo, a essas empresas de telecomunicações.
Nós vivemos um momento que, em plena pandemia, essa Casa
aprovou aumento de impostos. Um absurdo, um absurdo, e aí eu quero dizer da
importância desse setor para o desenvolvimento do nosso Estado.
O Mauro é amigo de longa data. Tive a honra de conhecer mais
de perto a doutora Vivien, mais de perto o próprio Sintetel. Tive a honra de
ter tido o apoio deles na última eleição e quero me comprometer com vocês.
Eu acho que tem um debate em Brasília que interessa a vocês.
Interessa a eles, trabalhadores, mas sobretudo às empresas. Que é: o que é que
vai sair dessa reforma tributária? Tem uma lógica de discutir de uma forma com
a indústria, mas, na prestação de serviços, de outra, não é?
E eu vou dizer uma coisa: ou nós vamos para cima, ou o setor
será prejudicado.
Nós precisamos mostrar claro para o nosso governo, para o
meu governo, que nós empregamos mais que a indústria, inclusive. E eu acho que
nós temos que ter competência nessa negociação. Eu quero me colocar à
disposição do setor. Eu pretendo lançar aqui, na Assembleia Legislativa, uma
frente parlamentar em defesa do setor.
Eu - por incrível que pareça - eu sou do Partido dos
Trabalhadores, e não entrei no PT hoje: eu fui vereador pelo PT, eu tinha
apenas 24 anos de idade. 1989. E achei que já estava recuperado para sociedade,
como ex-vereador.
Aí me botaram, me convocaram para ser deputado; estou aqui
exercendo meu terceiro mandato. Sou empresário e fiz a opção de defender uma
sociedade mais justa, uma sociedade mais fraterna, igualitária que todos possam
ter direitos. Por isso eu escolhi o PT, eu fui escolhido pelo PT.
E, mais incrível, eu coordeno duas frentes parlamentares
nessa Casa - em defesa da indústria química e em defesa da indústria
farmacêutica. Um trabalho, alguém do Partido dos Trabalhadores defendendo a
indústria.
Porque sem a indústria você não tem trabalho. Você não tem
emprego. E eu sou do ABC, e a indústria química está no ABC. É ali que está o
polo petroquímico. São Bernardo tem uma indústria química muito forte, Santo
André, Mauá, Diadema. E essa indústria que está indo embora de São Paulo. Assim
como a indústria farmacêutica está indo embora de São Paulo.
A Eurofarma, aqui de Itapevi, acabou de inaugurar em Montes
Claros, em Minas, uma planta de três mil e poucos empregados. E pasmem: a
lógica é que, depois, daqui também vá para lá. Porque lá em Minas você produz
6% mais barato que em São Paulo.
As empresas estão saindo daqui de São Paulo, maior estado
consumidor desse país, indo se instalar em Minas Gerais, aqui ao lado da gente.
Já foi Kopenhagen, foram tantas outras empresas. Estão indo para o Paraná, para
Santa Catarina, porque são mais competitivas, produzindo lá o que produziam em
São Paulo.
Então, eu defendo uma reforma tributária. Defendo que o
nosso governo faça uma reforma tributária desonerando a nossa indústria, o
nosso serviço, para que a gente faça o que o presidente Lula tanto quer, que é
gerar emprego e acabar com a fome.
Se gerarmos emprego, a gente acaba com a fome. Para isso,
nós precisamos investir nas empresas e, aí, as empresas vão contratar e nós
vamos voltar a crescer, vamos voltar a desenvolver, vamos voltar a empregar,
garantindo direitos às nossas trabalhadoras e trabalhadores.
Então, assim, quero me colocar a disposição de vocês, queria
convidá-los. Eu acho que vocês têm que dar as mãos, porque, senão, o setor será
prejudicado nessa reforma que está nascendo.
Nós precisamos fazer a disputa no governo. Hoje quem governa
o Brasil não é o Partido dos Trabalhadores. O presidente é do Partido dos
Trabalhadores, mas houve uma grande coalizão de forças - eu diria de forças do
bem - que se juntaram para tirar aquilo que ali estava acabando com o nosso
país. E, agora, nós precisamos fazer a disputa nesse governo. Eu digo que nós,
do PT, disputamos o governo do presidente Lula.
Então, assim: quero me colocar à disposição de vocês para
abrir espaços junto aos diversos ministérios, um estado com todos os ministros
- sou de casa e tenho uma relação importante.
Então, quero assim colocar o nosso mandato: quero ajudar, se
vocês precisarem se organizar, a nível de governo federal, a nível de Congresso
Nacional, apresentar, trazer deputados que possam entrar nessa disputa,
sobretudo na reforma tributária. Se brincarem, vão ser atropelados.
A indústria tá muito unida, muito forte, com gente ao lado
do ministro dizendo o seguinte: “vamos tributar prestadores de serviço e vamos
desonerar a indústria.” Eu quero tributar indústria, também, na proporção que
tributarmos os prestadores.
Mas, de fato, eu quero é desonerar, para que a gente possa
gerar mais emprego e, consequentemente, mais desenvolvimento social - que é a
minha luta, que é a minha briga - e desenvolvimento econômico no nosso País.
Quero agradecer a presença de todas e todos aqui, e - foi
dito, pelo presidente Gilberto Dourado, a questão da precarização. E aí eu
queria dialogar com os empresários.
Muitas empresas contratam gatos - e eu tenho acompanhado
trabalhadores morrendo, trabalhadores sem direitos - e eu vou dizer uma coisa:
eu vou para cima. Eu acho que nós temos que ir para cima. Não são os que
prestam o melhor serviço. O governo perde, o Estado perde e a classe
trabalhadora perde. E o serviço, a qualidade, também, ela é questionável.
E nós vamos organizar, e eu queria convidá-los - eu vou
trazer o ministro Marinho aqui, vou trazer personalidades do governo federal,
quero trazer o ministro das Comunicações também para esse debate.
E nós queremos acabar com a precarização, sabe? Nós
precisamos acabar com a precarização, nós precisamos defender a vida, antes de
tudo a vida do trabalhador e da trabalhadora.
E eu tenho visto, e acho que os senhores e senhoras
conhecem, situações em que trabalhadoras e trabalhadores morrem porque
trabalham em condições extremamente precárias, naquelas famosas empresas que a
gente chama popularmente, carinhosamente, de gato. Nós precisamos trabalhar
isso e eu quero pedir o apoio de vocês nesse sentido também.
E assumir com o Gilberto o compromisso, Gilberto, de levar
não só para o ministro Marinho, mas também levar no Congresso Nacional - quero
organizar uma reunião contigo junto com alguns deputados para que a gente possa
trabalhar a regulação dos operadores de telemarketing, teleatendimento - que de
fato você já tinha me chamado atenção, mas eu sou teimoso, não é? - que foi um
compromisso feito lá na sede do Sintetel pelo então candidato a deputado Luiz
Marinho.
Estávamos nós dois, e ele assumiu esse compromisso conosco,
e, agora, quis Deus e o Lula que ele virasse ministro. Então, que entre
conosco. Vamos cobrar juntos, vamos fazer uma agenda com ele só para essa
situação.
Eu queria dizer a todos que a gente conseguiu convencer o
pessoal - o Almir, que é o tesoureiro do Sintetel e ele contratou um coquetel
que vai ser servido aqui, do lado de fora, naquela sala que a gente entrou, mas
foi uma disputa assim quase desumana para fazê-lo.
Eu não sei a qualidade, porque ele pagou chorando, Vivien,
pagou chorando, concedeu; sabe aquela negociação? Está bom, vai. Mas, aí, sai
bicudo - foi assim que ele concedeu, Gilberto. Mas o Sintetel vai oferecer a
vocês, convidados, aqui, ao lado de fora, um coquetel.
Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço as
autoridades. Quero agradecer toda a minha assessoria na figura da Mônica, que
coordenou todo esse processo. Moniquinha e todos os demais que te ajudaram.
Quero agradecer os funcionários do serviço de som. Muito obrigado.
Quero, também, ao serviço de fotografia, de ata, ao Cerimonial
da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa, agradecer a TV Alesp e as
assessorias policiais Militares e Civil, bem como a todos que, com suas
presenças, colaboraram para o pleno êxito dessa solenidade.
Está encerrada essa sessão.
*
* *
- Encerra-se a
reunião.
*
* *