29 DE MAIO DE 2023
13ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO EXMO. SR. DR. MINISTRO ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e SIMÃO PEDRO
RESUMO
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão.
2 - ANTONIO TADEU DI PIETRO
Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para realizar a "Homenagem ao excelentíssimo Sr. Dr. Ministro Enrique Ricardo Lewandowski", por solicitação dos deputados Simão Pedro e Emídio de Souza.
4 - ANTONIO TADEU DI PIETRO
Mestre de cerimônias, convida todos a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Diz ser uma honra participar desta homenagem. Agradece a todos pela presença. Demonstra seu orgulho, respeito e gratidão pelos relevantes serviços prestados pelo ministro Enrique Ricardo Lewandowski. Parabeniza os deputados proponentes desta sessão.
6 - SIMÃO PEDRO
Assume a Presidência. Agradece as autoridades presentes. Discorre sobre a atuação do ministro na defesa da Constituição, com posição firme e corajosa. Lembra a trajetória do ministro. Elogia o homenageado por continuar atuando como professor da USP, conjugando, assim, a teoria com a prática. Informa que o ministro volta agora à profissão de advogado. Deseja vida longa, saúde e alegrias para o ministro Enrique Ricardo Lewandowski e sua família.
7 - EMÍDIO DE SOUZA
Deputado estadual, faz pronunciamento.
8 - EDUARDO SUPLICY
Deputado estadual, faz pronunciamento.
9 - PAULO FIORILO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
10 - ANTONIO TADEU DI PIETRO
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo sobre a participação do ministro Enrique Ricardo Lewandowski na elaboração da Constituição do Estado de São Paulo e demais contribuições para o Legislativo e Judiciários Brasileiros.
11 - MARCO AURÉLIO DE CARVALHO
Coordenador do Grupo Prerrogativas, faz pronunciamento. Anuncia a entrega de uma beca e um pin do Grupo Prerrogativas para o homenageado.
12 - CELSO CAMPILONGO
Diretor da Faculdade de Direito da USP, faz pronunciamento.
13 - VIDAL SERRANO NUNES JÚNIOR
Diretor da Faculdade de Direito da PUC, faz pronunciamento.
14 - FÁBIO GASPAR
Presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, faz pronunciamento.
15 - PAULO TEIXEIRA
Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, faz pronunciamento.
16 - FÁBIO PRIETO
Secretário de Estado da Justiça e Cidadania, representando o governador Tarcísio de Freitas, faz pronunciamento.
17 - ANTONIO TADEU DI PIETRO
Mestre de cerimônias, faz leitura do currículo do homenageado, Dr. Enrique Ricardo Lewandowski. Anuncia a entrega de cesta representativa de produtos do MST para o homenageado, entregue pela representante do movimento, Claudete Pereira de Souza. Anuncia a entrega de placa de homenagem para o ministro Dr. Ricardo Lewandowski, realizada pelos proponentes desta sessão solene, deputados estaduais Simão Pedro e Emídio de Souza.
18 - ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
Ministro e homenageado, faz pronunciamento.
19 - ANTONIO TADEU DI PIETRO
Mestre de cerimônias, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE SIMÃO PEDRO
Presta homenagem à Sra. Yara de Abreu Lewandowski, esposa do homenageado, com entrega de um buquê de flores. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
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* *
- Abre a sessão
o Sr. André do Prado.
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* *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Senhoras e
senhores, boa noite. Sejam todos e todas bem-vindos à Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear o Exmo.
Sr. Ministro Enrique Ricardo Lewandowski. Comunicamos aos presentes que esta
sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal Alesp
no YouTube.
Eu convido
agora, para que componha a Mesa, o deputado estadual André do Prado, presidente
da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.) Paulo Teixeira,
ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. (Palmas.) Deputado
estadual Simão Pedro, autor da homenagem. (Palmas.) O deputado estadual Emídio
de Souza, coautor da homenagem. (Palmas.)
E eu gostaria
de pedir então que tanto o deputado estadual Simão Pedro quanto o deputado
também estadual Emídio de Souza recebessem o homenageado desta noite, o Exmo.
Sr. Ministro Ricardo Lewandowski, o homenageado desta noite. (Palmas.)
Como extensão
da Mesa Diretora, nós convidamos, primeiramente, o Sr. Paulo Fiorilo, deputado
estadual. (Palmas.) Queremos também convidar agora o Sr. Fábio Prieto,
secretário de Estado da Justiça e Cidadania, neste ato representando o
governador Tarcísio de Freitas. (Palmas.) Dr. Florisvaldo Antonio Fiorentino
Junior, defensor público-geral. (Palmas.)
Monica de Melo,
pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC. (Palmas.) A Sra.
Elizabeth Mostardo, vice-presidente administrativa, representado a
desembargadora do TRT de São Paulo, Beatriz de Lima. (Palmas.) A Sra. Juíza
Vanessa Mateus, presidente da Apamagis. (Palmas.)
Neste momento,
nós gostaríamos de chamar, para fazer uso da palavra, o presidente da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado estadual André do
Prado. (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes de dar
início, convidar o nosso senador, deputado estadual que muito nos honra aqui
nesta Casa, Eduardo Suplicy, para compor a Mesa aqui também. (Palmas.)
Sob a proteção
de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Nos termos
regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas e meu senhores, esta sessão solene foi
convocada por mim, presidente desta Casa de Leis, atendendo à solicitação dos
deputados Simão Pedro e Emídio de Souza, com a finalidade de homenagear o nosso
ministro, Dr. Ricardo Lewandowski.
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Convido todos
os presentes para que, em posição de respeito, coloquem-se em pé, para ouvirmos
o Hino Nacional Brasileiro, executado pela camerata do Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 1º Sargento Ivan
Berg.
*
* *
- É executado o
Hino Nacional Brasileiro.
*
* *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Agradecemos à camerata
do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do
1º Sargento Ivan Berg, pela execução do Hino Nacional Brasileiro. E agora
gostaríamos de chamar, para fazer parte também da Mesa extensora, o Sr. Mario
Sarrubbo, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo. (Palmas.)
Gostaria de
registrar algumas presenças. Sr. Diógenes Fagundes dos Santos, vice-presidente
do Centro Acadêmico de Direito da Unifesp. Sra. Marina Aielo Tanaka, presidente
do Centro Acadêmico de Direito “Esperança Garcia”. Sr. Paulo Nussenzveig -
desculpe-me se não foi correto -, pró-reitor de Pesquisa e Inovação,
representando o reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Júnior.
A Sra. Mariana
Lacerda, porta-voz municipal da Rede Sustentabilidade. Vidal Serrano,
subprocurador-geral de Justiça. Antonio José Fernandes Vieira, representando o
delegado-geral de Polícia adjunto, Gilson César Pereira da Silveira. Sra.
Sandra Monção, coordenadora da Comissão de Igualdade Racial.
Sr. Bruno
Ronchetti, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Sr. Aildo
Rodrigues, ex-secretário de Estado do Esporte. Sr. Yuri Carajelescov,
procurador da Assembleia Legislativa de São Paulo. Carlos Isa, defensor público
da Alesp. Sr. Wilson Marqueti Junior, procurador-geral do Tribunal de Justiça
Desportiva. Arlei Rodrigues, ex-presidente da OAB São José dos Campos e
ex-conselheiro estadual da OAB.
Gostaria de
passar a palavra então, agora, ao deputado André do Prado.
O SR.
PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Boa noite a
todos. É uma honra muito grande nesta noite, como presidente desta Casa, poder
participar de uma homenagem de tamanha envergadura, que foi proposta aqui pelo
meu amigo, deputado estadual Simão Pedro, bem como pelo nosso deputado estadual
Emídio de Souza, na qual fazem e solicitaram esta sessão solene para
homenagearmos o nosso ministro Ricardo Lewandowski.
Então eu quero
aqui agradecer a presença de todos. Vou deixar para o nosso deputado estadual
proponente desta sessão, Simão Pedro, para fazer as honrarias e o registro da
presença de todos, porque eu disse a eles que eu faria questão de fazer a
abertura desta sessão, ministro, mas são eles que têm que brilhar, eles são os
proponentes.
Então, da minha
parte, como presidente desta Casa, dizer que tenho um orgulho muito grande, um
respeito, um carinho e uma gratidão como paulista, como brasileiro, de estar
participando de um momento tão importante no qual nós estamos hoje aqui
celebrando essa honraria.
Nós, do estado
de São Paulo, através da Assembleia Legislativa do nosso estado, dizemos ao
senhor a nossa gratidão pelos relevantes serviços prestados pelo senhor em
todos os cargos que ocupou.
E hoje eu pude
ver mais de perto a sua biografia, inclusive ajudando o nosso estado na
elaboração da nossa Constituição do Estado de São Paulo. Então os relevantes
serviços que o senhor já prestou para o nosso estado - e todos são conhecedores
aqui - e para o nosso Brasil, é o mínimo que esta Casa poderia fazer.
Eu quero
parabenizar os nossos dois deputados e demais deputados também que aprovaram
esta sessão solene, essa homenagem justa, na qual o estado de São Paulo vem
aqui hoje através dessa sessão agradecer ao senhor por tudo que o senhor fez e
vai continuar fazendo ainda pelo nosso País.
Muito obrigado
e passo neste momento a Presidência desta sessão solene ao deputado Simão
Pedro. Que dê sequência nos atos a partir de agora. Muito obrigado a todos.
(Palmas.)
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Simão Pedro.
*
* *
O SR.
PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Boa noite para
todas, boa noite para todos, muito obrigado pela presença de vocês aqui nesta
noite especial. Quero cumprimentar o deputado André do Prado, nosso presidente.
Obrigado, André, pela presença, por todo o carinho que você demonstrou ao nosso
homenageado, Dr. Lewandowski, e a sua presença aqui nos honra muito.
Meu amigo,
querido deputado federal, mas hoje ministro do Desenvolvimento Agrário e
Agricultura, Paulo Teixeira, neste ato representando o governo do presidente
Lula. Ministro Enrique Ricardo Lewandowski, o nosso homenageado.
Seus
familiares: dona Yara de Abreu Lewandowski, sua esposa; seus filhos Ricardo de
Abreu Lewandowski e Enrique de Abreu Lewandowski; sua filha Livia de Abreu
Lewandowski; e o Philip Padoval Lewandowski, que é o seu neto, que está aqui.
Meu querido
amigo, companheiro de bancada e proponente também desta sessão, deputado Emídio
de Souza. Ana Carolina Serra, nossa querida companheira aqui e deputada
estadual. Nosso líder da bancada, Paulo Fiorilo. Nosso sempre senador, hoje
deputado, que muito honra esta Casa, Eduardo Suplicy, muito obrigado pela
presença de vocês.
Dr. Fábio
Prieto, secretário de Estado da Justiça e Cidadania, neste ato representando o
governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Dr. Florisvaldo
Fiorentino Junior, defensor público-geral do Estado. Bruno Lopes Megna,
subprocurador-geral do contencioso geral, neste ato representando a
procuradora-geral do Estado, Inês Maria dos Santos Coimbra. Dr. Vidal Serrano
Nunes, diretor da Faculdade de Direito da PUC.
Fábio Gaspar,
presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo. Marcos Fujinami Hamada,
procurador-geral da União no estado de São Paulo. Claudete Pereira de Souza,
representante do MST e neste ato representando a sociedade civil, os movimentos
sociais.
Queria anunciar
também a presença do Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de
Movimentos Populares, muito obrigado, Raimundo. Desembargadora Márcia Semer,
vice-presidente do Sindicato dos Procuradores do Estado de São Paulo, muito
obrigado pela presença. Desembargador Henrique Calandra, presidente honorário
da Associação dos Magistrados Brasileiros.
Marco Aurélio
de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, que apoia este nosso ato aqui.
Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP. E vereadores que
estão aqui presentes: Amélia Naomi, de São José dos Campos; Benedito, de
Salesópolis; Nilsia Moura, de Salesópolis; João Ananias, aqui da Capital;
vereadora Luna Zarattini, aqui da Capital também. Muito obrigado pela presença
de vocês.
Deixa eu achar
aqui a minha folhinha. Dr. Ricardo Lewandowski, os nossos agradecimentos por
ter aceito esta modesta, porém merecida homenagem do Parlamento paulista em
forma desta sessão solene, proposta por este deputado junto com o deputado
Emídio de Souza e abraçada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André
do Prado.
A homenagem é
para o cidadão, o homem público de notável currículo, de serviço prestados, a
partir do nosso estado de São Paulo e das instituições jurídicas, à sociedade
brasileira, desde o início na advocacia, passando pela academia, pelo governo
paulista até chegar ao mais alto posto do nosso Judiciário como ministro do
Supremo Tribunal Federal.
Evidentemente
que todos passaram a prestar mais atenção ao trabalho de V. Exa. a partir de
sua postura serena e coerente depois da vossa entrada na corte suprema em 2005.
Porém, muitos
aqui hão de se lembrar do papel fundamental que teve o Dr. Lewandowski na
elaboração, como falou aqui o nosso presidente desta Casa, da nossa
Constituição do Estado de São Paulo, assessorando os deputados constituintes no
ano de 89, quando era presidente da Emplasa.
Poucos
ministros, infelizmente, irão ficar na memória do nosso povo como V. Exa.
ficará por conta de sua postura firme, coerente, corajosa. Na defesa da nossa
Constituição, V. Exa., mesmo contra toda a pressão de setores majoritários da
sociedade, da opinião pública e publicada, mostrou-se firme e corajoso, como
foi o caso durante os processos da malfadada operação “Lava-Jato”, como tinha
de ser.
Não posso
deixar de mencionar também, dentre as atitudes corajosas que tomou no Supremo
Tribunal Federal, que demonstram ainda o comprometimento de V. Exa. com a
garantia de Justiça, com a instituição das audiências de custódia por todo o
País, em que um preso deve ser apresentado perante um juiz em até 24 horas,
rompendo com a cultura de encarceramento e punitivismo que atinge
historicamente e principalmente os pobres, os jovens negros das nossas
periferias.
Algo em sua
trajetória que me cativa em admiração também é a conjugação da teoria com a
prática. Mesmo sendo ministro do Supremo Tribunal Federal, V. Exa. não abriu
mão de continuar professor da USP, ministrando as aulas de Teoria Geral do
Estado aos alunos do primeiro ano, demonstrando a preocupação militante com a
construção da nossa democracia, para a qual a referida disciplina é
fundamental.
E agora,
cumprida a sua missão, volta à profissão de advogado, valorizando essa
atividade pela qual os cidadãos têm acesso à justiça. Quero lhe agradecer por tudo
isso e desejar-lhe vida longa com muita saúde e alegrias.
Descobri que o
nobre ministro homenageado também é palmeirense. Muitas alegrias. (Palmas.)
Sabia que a gente tinha, além de tudo, alguma outra afinidade seletiva.
Quero lhe
agradecer por tudo isso e desejar-lhe vida longa, com muita saúde e alegrias,
para continuar sua jornada militante na defesa do Estado Democrático de
Direito, mantendo-se firme e corajoso como sempre na batalha para aperfeiçoar a
nossa ainda limitada democracia contra as tentativas ditatoriais e autocráticas
que ainda nos rondam, democracia esta que deve ser disputada pela classe
trabalhadora e pelos setores mais pobres, para a busca da justiça social que
tanto almejamos.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Agradecemos as
palavras do deputado Simão Pedro. Neste momento, vamos ouvir as palavras do
coautor desta homenagem, o deputado estadual Emídio de Souza.
O SR. EMÍDIO DE
SOUZA - PT - Boa noite a todos, boa noite a
todas. Alegria imensa de reencontrar tantas pessoas, tantos conhecidos e tantos
amigos aqui nesta tão importante solenidade.
Eu não vou ler
toda a nominata novamente, senão cada um depois vai ficar longo. Mas eu quero
cumprimentar primeiro o meu colega, deputado Simão Pedro, que juntos nós
fizemos esta propositura.
Cumprimentar o
ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado federal Paulo Teixeira.
Cumprimentar também o presidente desta Casa, deputado André do Prado, e
agradecê-lo por sua presteza por ajudar a organizar esta cerimônia e estar
presente nela, que é coisa rara às vezes nesta Assembleia.
E cumprimentar
especialmente o nosso homenageado, ministro Ricardo Lewandowski, por toda a sua
contribuição a este País, toda herança e todo legado que deixou no Supremo Tribunal
Federal.
Eu queria
também cumprimentar o Marco Aurélio Carvalho, parceiro, coordenador do Grupo
Prerrogativas, que foi fundamental também para a realização deste ato.
Tem muitos
advogados, muitas advogadas, permitam-me saudar todos em nome do Dr. Manuel
Carlos de Almeida Neto, que, durante muito tempo, assessorou o ministro
Lewandowski na Presidência do STF. (Palmas.) Muito grato pela presença de
vocês.
Eu penso que
esta cerimônia, na verdade, ministro, se ela parasse aqui, só o senhor vir
aqui, se apresentar, ser homenageado, já estaria de bom tamanho. Mas a sua
história, a sua biografia, a sua trajetória exige que a gente relembre, para
que fique marcado na história do nosso País, a grandiosidade de alguns dos seus
feitos como ministro.
Nem todos os
ministros têm a coragem que o senhor teve de enfrentar tema às vezes
espinhosos, sabe? Comportar-se como o País espera de um ministro da Suprema
Corte.
Uma dignidade
acima de qualquer suspeita, uma dignidade no exercício do cargo, uma forma de
exercer o direito e aplicá-lo, sempre baseado e lastreado pela Constituição
Federal.
Muita gente,
durante muitos anos, acostumamo-nos a ver, ouvir e assistir a julgados do
ministro Lewandowski - do Prof. Lewandowski e advogado, porque agora ele pode
também advogar - lembrar aqui de tantas elas. Eu queria relembrar, ministro, de
pelo menos três delas.
Uma, a chamada
Lei de Cotas. A Lei de Cotas foi um momento muito importante, um debate muito
intenso no nosso País. Boa parte da sociedade brasileira não tinha entendido a
importância da Lei de Cotas.
E o seu voto
foi determinante como relator, para fazer com que esse direito se afirmasse,
para fazer com que o nosso País pudesse ir de encontro ao seu passado tão
difícil, ao seu passado escravagista, e saber, naquele momento, se afirmar.
Foi de tal
magnitude o seu voto que a própria Organização das Nações Unidas publicou um
livro contendo o voto do ministro Ricardo Lewandowski. (Palmas.) Também uma
coisa que foi fundamental - e aí já no CNJ - foi a sua decisão sobre a
proibição de nepotismo no serviço público brasileiro.
Essa era uma
chaga que acompanhava o nosso País não há dezenas, mas há centenas de anos.
Essa era a prática de uma País cartorial, onde o poder, onde os cargos eram
acessados por parentes ou por livre nomeação, por quem quisesse.
E mesmo a
Constituição constando isso, ainda havia dúvidas sobre a aplicação. A sua
decisão foi absolutamente fundamental para que isso fosse banido da
administração pública do nosso País. Isso, ministro, já mostra a sua grandeza.
Mas mais do que
isso, em muitos outros momentos, o senhor se fez grande. O senhor mostrou a que
veio naquela cadeira. O senhor foi capaz de defender a democracia em um momento
que nem todos os ministros da Corte tinham coragem de fazê-lo. O senhor foi um
defensor fundamental em todos os momentos que a democracia correu risco no
País.
Tanto durante a
operação “Lava-Jato”, que criou um código próprio de atuação na “República de
Curitiba”, mas a decisão do senhor e de mais alguns ministros foi capaz de
recolocar, nos trilhos da Constituição, a prática da justiça, a maneira como o
processo tem que ser conduzido. Isso foi muito importante.
Então a nossa
homenagem é porque a democracia brasileira lhe deve. A prática política decente
lhe deve. A cidadania lhe deve. A história do Brasil vai registrar a
importância do senhor na defesa da democracia nesta quadra tão difícil que nós
enfrentamos e ainda estamos enfrentando.
A defesa das
instituições lhe deve. Deve-lhe, porque o senhor foi capaz de se levantar e
levantar a sua voz para dizer o que era constitucional e o que não era. Sem
medo e às vezes em uma posição contramajoritária, mas sempre capaz de lançar
luz sobre o caminho que o nosso País tinha que seguir defendo a Constituição e
garantindo a aplicação do correto direito.
Ministro, esta
homenagem pode parecer simples, mas o senhor sabe que o verdadeiro valor das
homenagens não é tê-las: é merecê-las. E o senhor merece esta e muitas outras
homenagens que lhe sejam prestadas. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Agradecemos ao
deputado Emídio de Souza pelas palavras. E eu gostaria de registrar mais
algumas presenças aqui: Mohamed Horra, diretor do Movimento Futura. Dr. Nascer,
diretor do Movimento Futura também. José Almir, presidente da OAB de Barueri.
Amélia Naomi,
vereadora de São José dos Campos. Nilson Satou Yamamura, vereador de
Salesópolis. Benedito Lelis Renó, vereador de Salesópolis. Marcelo Semer,
desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Cristina Pereira de
Oliveira, representando a Associação dos Servidores da Defensoria Pública de
São Paulo.
Silvio Gabriel
Serrano, representando o conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, João Antonio da Silva Filho. Carlos Roberto de Alckmin Dutra e Ana Lúcia
Ferreira de Carvalho, procuradores da Alesp. Sabrina Diniz Bitencourt
Nepomuceno, superintendente regional do Incra - Ministério do Desenvolvimento
Agrário.
Gostaria de
convidar, para fazer uso da palavra, o Sr. Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.
(Palmas.)
O SR. EDUARDO
SUPLICY - PT - Querido presidente André do Prado,
que tão bonita cerimônia. Queridos Simão Pedro e Emídio de Souza, responsáveis
por esta iniciativa. Ah, quisera eu ter assinado esse requerimento também.
Mas saiba,
ministro Lewandowski, eu tenho assim um apreço simplesmente extraordinária por
sua pessoa, sua figura e sua atuação. Em cada momento que houve decisões
importantes e ameaças à democracia, sempre a sua voz, a sua palavra, foi tão
significativa em defesa de todos nós, brasileiros.
E também eu
quero aqui até assinalar: um certo dia, a Defensoria Pública do Rio Grande do
Sul, em nome de um morador de rua, Alexandre da Silva Português, 51 anos,
epilético, resolveu criar um mandado de injunção junto ao Supremo Tribunal
Federal, para que aquele homem, bem como todos os demais que estivessem em
condição de dificuldade social, de rendimentos tão baixos, pudessem fazer jus à
Renda Básica de Cidadania, que já é lei aprovada por todos os partidos.
E os ministros
do Supremo Tribunal Federal, inclusive V. Exa. - eu li o seu voto -, disseram:
“Sim, essa lei precisa ser colocada em prática”. Sabe, ministro Lewandowski, eu
quero mencionar aqui a pessoa que, se estivesse viva, estaria aqui com toda
certeza, que é um amigo meu, cuja filha está aqui, a Mônica.
Eu me refiro ao
Prof. Dalmo de Abreu Dallari, que foi um amigo seu e uma pessoa que tanto
interagiu para que nós tivéssemos uma Nação muito melhor. (Palmas.) Querido
Paulo Teixeira, também é uma alegria te ver aqui. Eu quero ser breve, para não
abusar.
Parabéns a
todos vocês. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Muito obrigado,
deputado Eduardo Suplicy. Eu gostaria de chamar mais algumas presenças antes da
próxima palavra. Anunciar a presença de Gabri Lucas, do Centro Acadêmico de
Direito da Unifesp, diretor e tesoureiro. João Ananias, vereador de São Paulo.
José Vanderlei da Silva, ativista do Sindicato dos Metroviários. Beth Serac,
assessora do ministro Paulo Teixeira.
Pedro Eduardo
de Camargo, promotor de Justiça e diretor da Associação Paulista do Ministério
Pública. Maria Elizabeth Mostardo, vice-presidente do TRT-2 de São Paulo,
representando a presidente desembargadora Beatriz de Lima Pereira.
Renato
Gonçalves, presidente da Casa de Portugal. Karen Cristina Nomura Renata
Benetti, juíza do Trabalho. Raquel Gallinati, diretora da Associação dos
Delegados de Polícia do Brasil.
Celeste Leite
dos Santos, presidente do Instituto Pró-Vítimas. Márcia Semer, vice-presidente
do Sindicato dos Procuradores do Estado de São Paulo. Fernando Fernandes,
presidente do Instituto Tristão Fernandes. Arnaldo Hossepian, presidente da
Fundação Faculdade de Medicina de São Paulo. Marco Antonio Silva, representante
da Reitoria da PUC de São Paulo. Vanessa Mateus, presidente da Apamagis.
E teremos mais
umas fichinhas daqui a pouco. Agora eu gostaria de fazer o chamamento. Para
usar a palavra, o Sr. Paulo Fiorilo.
Por favor, o
microfone é seu. (Palmas.)
O SR. PAULO
FIORILO - PT - Boa noite a todos e a todas.
Bem-vindos e bem-vindas a esta Casa. Saudar a iniciativa do deputado Emídio e
do deputado Simão. Agradecer aqui a presença do presidente André do Prado, do
deputado Paulo Teixeira, ministro de Estado, e, em especial aqui, o nosso
homenageado de hoje.
Eu vou ser
muito breve, até porque aqui todos já fizeram grandes referências ao Dr.
Lewandowski, mas eu queria fazer um registro que eu acho que é importante. Com
certeza, Dr. Lewandowski, o senhor deixa um legado no Supremo muito importante
na defesa da democracia e nos votos que o senhor proferiu.
Agora, o estado
de São Paulo ganha um advogado de qualidade, para poder defender a democracia e
não deixar que tenha retrocesso neste País. (Palmas.)
Um grande
abraço, parabéns, merecida homenagem.
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Mais algumas
presenças, senão o pessoal reclama que a gente não anunciou. Sr. Paulo Serra,
prefeito de Santo André. (Palmas.) Anna Cândida Serrano, secretária-geral do
Sindicato dos Procuradores do Estado de São Paulo. Luiz Guilherme Costa Vagner,
desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Fábio Santos, representando
a deputada federal Juliana Cardoso.
Raimundo
Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares. Miguel Matos,
presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. Vanessa
Ribeiro Mateus, presidente da Apamagis. Tatiana Lima, representante do deputado
estadual Enio Tatto. André Alexandre, presidente da Unegro São Paulo. Fernando
Guimarães, coordenador-geral de Direito Já Fórum pela Democracia.
José Marcos
Lunardelli, desembargador federal do TRF-3. Ana Maria, Gabriel Fernandes,
Andreia Campos e Roberta Reis, do coletivo “Reconvexo PUC”, centro acadêmico de
Ciências Sociais e conselheiro universitário da Faculdade de Direito da PUC -
Psicologia. Flávio Macoto, representando o Sinapresp. Manelene Marsalo,
representando a Sinapresp também. Daiana Ferreira, coordenadora da Frente
Democrática de Ermelino Matarazzo.
Agora, gostaria
de convidar todas a todos para assistirem a um vídeo sobre a participação do
Exmo. Sr. Ministro Ricardo Lewandowski na elaboração da Constituição do Estado
de São Paulo e também demais contribuições para o Legislativo e Judiciário
brasileiros.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Agora nós
gostaríamos de chamar, para fazer uma breve saudação, primeiramente o Sr. Marco
Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas. (Palmas.)
O SR. MARCO
AURÉLIO DE CARVALHO - Boa noite a todas e a
todos. Bruno Sales, se você puder se dirigir aqui rapidamente... Vou fazer uma
rápida saudação. Primeiro, quero dizer que é uma alegria e uma honra, ministro,
poder novamente me dirigir a V. Exa., que é um exemplo para todos nós,
operadores do direito. O senhor deixou um rastro luminoso de exemplos
edificantes dessa carreira que o senhor abraçou de forma tão digno.
Foi e continua
sendo um exemplo para nós, operadores do direito, que defendemos a democracia e
as instituições, que combatemos o ativismo judicial, que é uma moeda com duas
faces perversas: de um lado, a politização do Judiciário, e, de outro, a
judicialização da política. O senhor, seguramente - eu vejo aqui o orgulho dos
seus filhos, da sua esposa e dos seus amigos -, tem a dimensão exata desse
legado que o senhor deixou.
Falou aqui o
nosso querido Paulo Fiorilo que a magistratura perdeu um grande quadro, mas a
advocacia, para a nossa imensa alegria, com certeza ganhou um quadro da maior
qualidade, do qual todos nós podemos nos orgulhar. Eu estou emocionado, viu,
Manoel?
Eu estava
dizendo aqui para o Manoel que desde cedo, quando escolhe a carreira jurídica,
aprende a falar ou tem que aprender a falar - não tem muito jeito -, mas estar
diante de uma pessoa que a gente admira tanto, é sempre muito difícil. É até
intimidador.
Em alguns
momentos, muitos de nós chegamos a perder a crença na justiça, e o senhor
resgatou a coragem que muitos deixaram de ter em momentos decisivos, enfim, da
nossa história.
O senhor nunca
se escondeu na conveniência do silêncio: o senhor sempre teve a coragem de ser
o que precisava ser nos momentos decisivos, um grande defensor das
instituições, da democracia, e é a nossa grande inspiração.
E é exatamente
por isso que o Bruno vai entregar, em nome de todo o Grupo Prerrogativas, uma
singela homenagem. O senhor, que carregou a toga sobre os ombros com tanta
dignidade, seguramente vai fazê-lo agora com a beca do Grupo Prerrogativas.
Então, queria
entregar simbolicamente, Bruno, esta beca com o pin e agradecer aos deputados
proponentes pela oportunidade. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. MARCO
AURÉLIO DE CARVALHO - É que foi me dado de
me dirigir a Vossa Excelência. Tem também um pin do Grupo Prerrogativas. Para a
gente, é uma alegria enorme, parabéns.
Eu venho
dizendo, dona Yara, que qualquer homenagem que porventura seja feita ao nosso
querido ministro sempre vai ser ainda muito contida. Seguramente a história
ainda vai fazer jus a esse caminho que o senhor percorreu de forma tão
luminosa.
Muito obrigado.
É uma honra e uma alegria estar aqui. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Gostaria de
chamar, para fazer uso da palavra agora, o Sr. Celso Campilongo, diretor da
Faculdade de Direito da USP. Enquanto o Sr. Celso chega ao microfone, queria
anunciar também a presença de Falsi Ramuchi, presidente da Confraria.
O SR. CELSO
CAMPILONGO - Excelentíssimo Sr. Ministro
Lewandowski, Sr. Presidente da Assembleia Legislativa, deputados que tiveram
essa magnífica iniciativa, falar a respeito do papel desempenhado pelo ministro
Lewandowski na Suprema Corte nas últimas décadas significa, na verdade,
examinar o papel do Supremo Tribunal Federal, da magistratura brasileira para a
garantia da democracia.
Eu dou um
exemplo singelo dessa importância: o Prof. Lewandowski disse que esteve hoje na
Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Nós tínhamos lá no Pátio das
Arcadas duas manifestações: uma faixa que dizia: “Descriminaliza, STF”; e outra
que era uma manifestação no centro do pátio relacionada ao Marco Temporal. Dois
temas que estão na pauta do Supremo Tribunal Federal para os próximos dias,
para as próximas semanas.
Mas isso mostra
um movimento da sociedade brasileira. Muitas demandas que poderiam ser
muitíssimo bem-encaminhadas para o Parlamento, para o Executivo, acabam sendo
encaminhadas para o Supremo Tribunal Federal, e isso faz com que a importância
desse órgão e do Judiciário como um todo para a defesa da democracia aumente de
modo exponencial.
Foram
mencionadas aqui diversas decisões históricas do ministro Lewandowski. Houve
época em que se dizia: ainda existem juízes em Berlim. Felizmente, ainda
existem juízes em Brasília - grandes juízes. Mas a sociedade brasileira perde,
neste momento, um dos maiores.
Muito obrigado,
ministro Lewandowski. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Muito obrigado,
Sr. Celso Campilongo. Gostaria de convidar, para fazer uso da palavra agora,
Vidal Serrano Nunes Júnior, diretor da Faculdade de Direito da PUC de São
Paulo. (Palmas.)
O SR. VIDAL SERRANO
NUNES JÚNIOR - Boa noite a todos, boa noite,
ministro Lewandowski, presidente da Casa, André do Prado, caríssimos amigos
Emídio, Paulo, Simão Pedro, é uma honra imensa estar aqui neste momento.
E lembrar que,
das várias características do Dr. Lewandowski, está a de ser um grande docente.
E como docente, ele guardou uma característica também essencial, qual seja, a
da coerência, a coerência com os ensinamentos.
E eu me lembro
de dois grandes autores, o Alexander Bickel e o John Hart Ely, ambos, em momentos
diferentes, exprimiam o que devia ser a magistratura. O primeiro, falavam que o
Supremo Tribunal Federal tem que guardar um papel contramajoritário: mesmo
diante das maiores dificuldades, ele tem que mostrar a força normativa da
Constituição.
O segundo, o
John Hart Ely falava que a função da Corte, fundamentalmente, é a de proteger
aqueles que politicamente não podem se autoproteger.
E aí a
dedicação do Prof. Lewandowski como ministro recebendo movimentos sociais,
atuando de forma fidalga na defesa dos direitos fundamentais, fez com que nós
todos nos orgulhássemos de estar aqui hoje pelo grande papel que ele
representou não só na magistratura, mas no direito como um todo. Então, em nome
da PUC de São Paulo, nós (Inaudível.) cumprimentamos o ministro e
cumprimentamos os deputados pela feliz iniciativa.
Obrigado, gente. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Muito obrigado,
Sr. Vidal Serrano Nunes Júnior. Gostaria de chamar agora, para fazer uso da
palavra, Fábio Gaspar, presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, e
registrar a presença de Ricardo de Castro, juiz federal da 17ª Vara Federal de
São Paulo. (Palmas.)
O SR. FÁBIO
GASPAR - Boa noite a todos e todas. Queria
parabenizar os deputados Simão Pedro e Emídio de Souza por essa excelente
iniciativa. É um orgulho para o nosso Sindicato dos Advogados e Advogadas, que
completou neste ano 70 anos, participar desta homenagem ao ministro Ricardo
Lewandowski, por ser um farol para todos os operadores do direito do País.
O ministro é um
paradigma na defesa da nossa Constituição cidadã, um garantista que teve um
papel fundamental na Suprema Corte, onde nem todos suportaram as pressões de
setores mais retrógrados da nossa sociedade.
O ministro
Lewandowski foi uma voz, uma bandeira, em defesa das instituições democráticas,
mesmo diante de uma imprensa muitas vezes conservadora, e o ministro resistiu a
interesses econômicos e políticos contrários à defesa do povo brasileiro.
Além de tudo, é
um dos grandes defensores do ordenamento jurídico, da democracia e do Estado de
Direito. Mais do que isso: em que pese haver outros ministros garantistas no
Direito Penal, no Direito Público, alguns infelizmente não têm compromisso com
os direitos sociais.
E, nos últimos
anos, o ministro Lewandowski foi também um grande defensor dos direitos sociais
em um momento em que eles sofrem um ataque sistemático, seja do Congresso, seja
do Executivo nos mandatos anteriores ao presidente Lula. O próprio Supremo
tomou decisões desfavoráveis aos trabalhadores.
Todavia, o
ministro Lewandowski e outros poucos dos seus pares estavam fazendo e vêm
fazendo o contraponto e resistindo a esse ataque sistemático e tentativas de
desmontes nas garantias constitucionais e dos direitos fundamentais dos
trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.
E é a garantia
dos direitos sociais a grande bandeira da sociedade brasileira, pois chegou o
momento de buscar novamente a igualdade social, a retomada democrática e a
reorganização das instituições. E são os direitos sociais que vão reequilibrar
este País, para construirmos uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
Nessa luta,
teve e terá esse defensor de direito da dignidade, defensor dos direitos
humanos, defensor do direito do trabalho, de uma previdência justa, da
democracia, do estado de direito, e mesmo agora em que ele não está mais na
Suprema Corte, nós contamos com o seu apoio, Dr. Lewandowski.
Por fim, quero
parabenizar o ministro e novamente ressaltar que o ministro Lewandowski é um
amigo e um parceiro de lutas nessa jornada democrática. Boa noite a todas e a
todos.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Muito obrigado.
Gostaria de chamar agora, para fazer uso da palavra, a Sra. Monica de Melo,
pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC.
E gostaria de
registrar a presença também do Sr. Carlos Eduardo, desembargador do Tribunal de
Justiça de São Paulo. Roberta Toledo, reitora da Instituição Toledo de Ensino.
Maria Paula Dallari, professora da Faculdade de Direito da USP. (Palmas.)
Sra. Monica de
Melo, acho que deve ter se retirado por um minutinho. Então quero chamar agora
o deputado federal e agora nosso ministro, Sr. Paulo Teixeira, ministro do
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. (Palmas.)
O SR. PAULO
TEIXEIRA - Boa noite a todas, boa noite a todos.
Eu quero parabenizar os deputados Simão Pedro e Emídio de Souza pela iniciativa
de aprovar essa homenagem ao ministro Ricardo Lewandowski.
Quero também
cumprimentar e parabenizar o presidente desta Casa, o deputado André do Prado,
juntamente o deputado Eduardo Suplicy, deputado Paulo Fiorilo, o diretor da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Celso, Campilongo. O diretor da
Faculdade de Direito da PUC, Vidal Serrano. O procurador-geral do Estado, Dr.
Mario Sarrubbo.
O
defensor-geral do Estado, Florisvaldo Fiorentino Junior. Também a Dra. Vanessa
Mateus, representando aqui os juízes estaduais. O Dr. José Marcos Lunardelli,
desembargador federal. Dr. Ricardo Castro Nascimento, juiz federal. Dr. Carlos
Padin, que foi presidente do TRE de São Paulo e é desembargador estadual.
Jornalista Luiz Nassif. Raimundo Bonfim, representando aqui a Central de
Movimentos Populares.
Vejo aqui,
ministro Lewandowski, a Monica Dallari e a Maria Paula Dallari, filhas do nosso
saudoso Dalmo Dallari, de quem o senhor foi assistente na Faculdade de Direito
do Largo São Francisco. (Palmas.) Vera Machada, Anamélia Mascarenhas Camargos,
Márcia Semer, Marco Aurélio Carvalho e Ana Candida Serrani, em nomes delas
cumprimento todas e todos.
É com grande
emoção que participo da homenagem desta Casa ao Exmo. Ministro do Supremo
Tribunal Federal, Dr. Ricardo Lewandowski, que completou o seu ciclo como
ministro do STF. A passagem do ministro pela Corte Suprema foi tão importante
para a vida do País, que deixará marcas profundas na jurisprudência e na
história do Judiciário brasileiro.
Marcará a
história daquela Corte pela coragem com que enfrentou temas polêmicos, pelo
equilíbrio da sua postura, pela solidez das suas decisões e por desempenhar,
com tanta firmeza e senso de justiça, o papel de ministro da Suprema Corte. É
sempre bom lembrar de algumas das suas decisões.
É da sua lavra,
como foi dito pelo deputado Emídio, a decisão que proibiu o nepotismo nos
cargos públicos. Foi relator dos processos que julgara a constitucionalidade
das cotas étnico-raciais para ingresso em universidades públicas, bem como para
estudantes egressos do ensino público, decisão que ajudou a mudar a cara das
universidades e garantir a pluralidade social e racial nas suas fileiras,
mecanismo de grande mobilidade social no Brasil.
Foi relator da
ação que concedeu habeas corpus a todas as mulheres presas gestantes, puérperas
e mães de crianças de até 12 anos ou responsáveis pelos cuidados de pessoas com
deficiência.
Também garantiu
o direito de crianças não nascerem nas prisões e de serem acompanhadas por suas
mães durante a infância, na sua maioria, presas por crimes que não deveriam
responder com a recessão da liberdade.
Essa medida foi
uma resposta concreta ao estado de coisas inconstitucionais declarada em
relação ao sistema carcerário. Como presidente do Conselho Nacional de Justiça,
implantou as audiências de custódia, que determinou que pessoas presas em
flagrante precisam passar por um juiz em até 24 horas após a prisão, para que
verifique as condições em que elas se encontram, se houve violência, tortura ou
qualquer irregularidade, para que o magistrado possa decidir se mantém ou não a
prisão.
Hoje, metade
das prisões em flagrante delito são revogadas pelos juízes no Brasil,
confirmando a tese que prendemos muito e prendemos mal. Agiu com enorme
precisão no julgamento da Ação nº 470 ao fugir das câmeras e julgar conforme a
Constituição.
Coerente
durante uma década de criminalização da política promovida principalmente pela
chamada “Operação “Lava-Jato”, que protagonizou o maior ataque às nossas
instituições políticas desferido por aqueles que vislumbraram, na política,
adentrar através da demolição das instituições republicanas.
O ministro
Lewandowski defendeu o papel contramajoritário do Supremo Tribunal Federal,
evitando a vontade daqueles que querem que os votos dos ministros sejam
determinados pelos apelos da rua e não pela Constituição.
Ministro
Lewandowski, coube a ele também relatar a Reclamação nº 43.007, que deu acesso
às conversas entre procuradores e o juiz Sérgio Moro e que acabou ensejando a
anulação das condenações contra o presidente Lula e a declaração de
parcialidade daquele magistrado, que proferiu as condenações.
Na pandemia,
determinou a compra das vacinas, que salvaram milhões de vidas de brasileiras e
brasileiros da covid-19 e das teses negacionistas do projeto de ditador em
plantão. (Palmas.) Ficou conhecido naquele momento como o ministro da Saúde, de
fato, do nosso País.
Lutou contra o
autoritarismo, como nas palavras atribuídas a Miguel de Unamuno, diante do
general franquista que o enfrentava, e ele disse: “Este é o tempo da
inteligência, e eu sou o seu sumo sacerdote. Vencer não é convencer. Para
convencer, há que se persuadir, e para persuadir, necessitareis de algo que vos
falta: razão e direito na luta”.
Ministro
Lewandowski foi obstinadamente fiel ao mandamento constitucional gravado no
Art.3º da Constituição do Brasil, que estabelece os objetivos da República
Federativa do Brasil. Primeiro: a construção de uma sociedade livre, justa e
solidária.
Dois: garantir
o desenvolvimento nacional. Três: erradicar a pobreza, a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e religiosas. Quatro: promover o bem de todos,
sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Ministro
Lewandowski, doravante sua história será contada nas salas de aula. O
ensinamento daqueles mestres que se debruçarão sobre suas decisões na defesa
daqueles que pedirão pelas garantias de suas liberdades no Judiciário, daqueles
que lutam pelos seus direitos violados para encontrar uma resposta reparadora
no Poder Judiciário. Sua forma de ser juiz vai inspirar muitos jovens que
querem exercer a magistratura com coragem e sobriedade, compromisso e
determinação.
Aqueles que
procuram por um ideal de ministro da Suprema Corte vão lembrar de Evandro Lins
e Silva, de Hermes Lima, de Victor Nunes Leal, de Sepúlveda Pertence, de Celso
Mello e de Enrique Ricardo Lewandowski. (Palmas.)
Valem para o
senhor as palavras de Rui Barbosa: “Eu não troco a justiça pela soberba; eu não
deixo o direito pela força; eu não esqueço a fraternidade pela tolerância; eu
não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo”.
Ministro
Lewandowski, quero agradecer por tudo que fez pelo Brasil. Agradecer à sua
equipe, à sua assessoria, na pessoa da Dra. Ana Maria, sua assessora sempre
atenta. Quero lembrar de Dr. Manoel Carlos Almeida Neto, que desempenhou
relevantíssimo papel quando trabalhou com o senhor, amigo fraterno que é. E da
figura sempre simpática, forte, exercida pela sua esposa, Dra. Yara de Abreu
Lewandowski.
Quero mandar um
abraço aos seus filhos Ricardo, Enrique, Lívia e ao seu neto Philip. O bom
fruto cai no pé da boa árvore. Tenho certeza de que o Brasil ainda vai contar
com o seu brilhantismo, dada a sua juventude e sua experiência como homem
público na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, para que esta
Pátria seja verdadeira “mãe gentil”, como está no Hino, para todas as
brasileiras e todos os brasileiros.
Muito obrigado,
ministro Lewandowski. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Gostaria agora
de chamar então o Sr. Fábio Prieto, secretário de Estado da Justiça e
Cidadania, neste ato representando o governador Tarcísio de Freitas.
O SR. FÁBIO
PRIETO - Boa noite. Queria cumprimentar aqui o
nosso presidente André do Prado. Cumprimentar o nosso homenageado, para mim,
presidente Lewandowski sempre. Queria cumprimentar a Yara, que já está aqui, o
Ricardo, o Enrique, a Lívia e o Felipe. Ou Philip, Yara? Philip, eu sabia que
você ia falar.
Cumprimentar o
Paulo Teixeira, companheiro de tantas andanças juntos, que eu tenho o prazer de
ver aqui como ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar.
Cumprimentar os dois deputados que tiveram a feliz ideia de propor esta
homenagem. Também meus velhos, o Emídio, velho companheiro de muitas andanças e
o Simão Pedro.
Vou pedir
licença para o Simão aqui para fazer um registro afetivo para você, Simão.
Quero saudar aqui o seu companheiro que ajudou a organizar esta festa, que está
sentado ali, meu colega de movimento estudantil de faculdade, Danilo. Está meio
velhinho, de cabelo branco. (Palmas.) Meu velho companheiro de movimento
estudantil.
Saudar os
deputados que já fizeram uso da palavra, o Suplicy, o Paulo Fiorilo, também
está aqui a Ana Carolina Serra. Meu colega Mario Luiz Sarrubbo,
procurador-geral de Justiça. A Vanessa Mateus, santista, que é o título mais
importante, presidente da Apamagis. Florisvaldo Fiorentino Junior, que é
defensor público-geral do Estado de São Paulo.
A Elizabeth
Mostardo, que é vice-presidente administrativa do TRT-2, que representa a
presidente Beatriz de Lima. O meu colega também de velhos carnavais aqui, o
Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito.
Vejo aqui muita
gente conhecida, perdoem-me, mas nós vamos ficar a noite inteira, como já se
disse. Não posso deixar de saudar aqui os companheiros do Tribunal de Justiça
de São Paulo, que estou vendo muitos aqui, três ali escondidinhos.
Vou saudá-los
todos aqui na figura do Cauduro Padin, desembargador, que foi meu companheiro
no Tribunal Regional Eleitoral, foi presidente quando nós fomos juízes lá.
Vejo aqui a
imprensa, estou vendo ali o Miguel, do “Migalhas”, enfim, muita gente conhecida
aqui de uma longa trajetória que faz parte da vida do nosso querido
homenageado.
Se um
anglo-saxão testemunhasse uma conversa minha com o Lewandowski, ele ia dizer
assim: “Nossa, vocês concordam em tantas coisas e divergem em tão poucas”. Mas
um latino, depois de ouvir dez minutos da nossa conversa, diria o seguinte:
“Nossa, vocês não concordam em nada”. São sistemas culturais, cada um vê o copo
de uma forma.
Eu tive o
prazer de ser presidente aqui do Tribunal Federal de São Paulo quando era
presidente do Supremo o ministro Ricardo Lewandowski. E eu e minha esposa
pudemos privar da amizade e da convivência com o ministro, com a Yara, com o
Manoel, que está aqui, grande companheiro, dona Maria, que eu tive o prazer de
ver no meu último despacho como advogado, que foi no gabinete do ministro
Lewandowski.
Tive a
oportunidade de ver o Murilo, que está ali atrás. Eu não sei o que ele vai
fazer no Supremo agora que o ministro vai embora, vai ter uma perda de
identidade, vai cair em uma crise de identidade, e toda a turma lá do gabinete
com quem eu tive o prazer de conviver os dois anos que nós fomos presidentes
juntos.
E eu queria não
ressaltar os muitos títulos do ministro, todo mundo aqui já fez isso com
propriedade, não é? Os títulos acadêmicos, o cargo máximo ao que ele chegou na
nossa carreira, que é a Presidência do Supremo Tribunal Federal. Enfim, todos
os galardões, as homenagens, enfim, de tudo aquilo que ele se fez merecedor ao
longo da vida.
Eu acho que eu
podia hoje, precisando dar um testemunho, cometer uma inconfidência: nós
convivemos bastante nesse período comum da Presidência em cerimônias e eventos,
e de vez em quando o presidente Lewandowski descia aqui em Congonhas e ia
jantar comigo. Eu moro aqui no Parque Ibirapuera. Ele descia do avião e ia
jantar comigo aqui na minha casa.
E ele é essa
figura que está ali, né, sempre com essa expressão, com essa pinta de bem para
o mundo, sempre sorrindo, não é, Yara? E um dia ele chegou na minha casa - e
aqui eu quero pedir licença para vocês para falar para os filhos dele -, e
estava lívido, abatido, derrotado, constrangido, sofrido. E a gente já tinha
uma certa intimidade, só estávamos nós dois jantando na minha casa.
Eu percebi,
naturalmente, e perguntei: “Presidente, o que aconteceu com você, que estou
vendo que está muito mal? Você está doente, o que você tem?”. E ele me disse -
foi no auge de um processo que todos vocês conhecem -: “Eu posso aceitar tudo;
posso sofrer todas as pressões que um juiz sofre; posso sentir todas as mágoas,
todas as dores de um juiz” - saibam vocês que não é fácil ser juiz quando se
tem responsabilidade, independentemente da crença que cada um de nós tem.
E ele
completou: “Eu só não posso aceitar uma coisa: que eu sinta ou que eu ache que
estou sentindo, em um dos meus filhos, alguma desconfiança dos meus critérios
de juiz”. Alguém tinha publicado uma nota maldosa, um comentário maldoso,
falando de um dos três filhos dele, e aquilo foi uma apunhalada no coração do nosso
homenageado.
Eu me lembro
disso e acho que os filhos do ministro têm que saber disso, porque mesmo para o
juiz mais resistente, para o juiz mais convicto, para o juiz mais preparado,
para o juiz intelectualmente mais sólido, consciente dos seus princípios, esse
juiz não é nada quando é pai.
E eu senti ali
a dor do pai, o juiz que resistiu a tudo, mas estava profundamente abalado
porque cogitaram que um filho dele ou uma filha pudesse duvidar dos critérios
dele como magistrado.
Eu queria
contar isso não exatamente para vocês, mas para os filhos deles, para que eles
saibam a importância que eles têm, acima de tudo. Acima do ministro do Supremo
Tribunal Federal, acima do presidente do Supremo Tribunal Federal, acima de
todas as homenagens que foram feitas aqui, o Ricardo Lewandowski colocou a
função de pai dele.
Eu acho que
essa é uma nota que tem que ser registrada, porque é uma nota que diz respeito
àquilo que é mais importante de tudo aquilo que ele passou na vida dele. E eu
queria cometer essa pequena inconfidência, mas eu acho que os seus filhos têm
que saber disso. (Palmas.)
E queria
saudá-lo mais uma vez. Tenho certeza de que essa não vai ser a última
homenagem, estaremos ainda em muitas outras. Como alguém disse aqui, a sua
personalidade jovial vai lhe permitir ainda participar de novas e divertidas
aventuras, que é o que importa na vida, na advocacia, como professor, como
escritor, como doutrinador, enfim, são muitas as portas que estão ainda
abertas.
E eu queria
deixar aqui o meu cumprimento, o do governador do estado de São Paulo, Tarcísio
de Freitas. Eu, quando fui convidado pelo Tarcísio, perguntei se ele tinha boa
relação com o Judiciário. Eu fiz minha carreira toda na Justiça, não serviria a
um governador que não tivesse estima pelo Judiciário.
E ele me disse:
“Eu tenho uma relação muito tranquila. O tempo todo eu servi a três governos,
três presidentes da República, e todas as vezes que eu tinha alguma dificuldade
no Supremo, eu fazia lá a minha pastinha com as cópias e ia despachar com os
ministros do Supremo, onde sempre fui muito-bem recebido”, e ali na conversa, citou
três ou quatro nomes de ministros e citou o seu nome.
Então ele tem
uma estime pela sua condução de magistrado e me pediu que viesse aqui lhe dar
um abraço e lhe desejar boa sorte, o que eu faço também em meu nome, em nome da
minha esposa, ao senhor, à Yara e aos filhos que estão aqui. Parabéns e boa
sorte para toda a família, que nós continuaremos a acompanhar.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Nós queremos
registrar também a presença de Adriana Ferrizola D’Urso, presidente da Abracrim
Mulher São Paulo. Flávio Ferrizola D’Urso, representando o Dr. Luiz Flávio
D’Urso, ex-presidente da Academia Brasileira de Direito Criminal. E Luiz
Eduardo Ferrizola D’Urso, conselheiro estadual da juventude.
Acredito que
todos nós temos uma ideia geral do que seria um currículo do nosso homenageado.
Mas, como não teremos a noite inteira para fazer o currículo dele, nós vamos
ler um breve lembrete do currículo do nosso ex-ministro.
Enrique Ricardo
Lewandowski é ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, foi presidente
do STF e do Conselho Nacional de Justiça no biênio 2014-2016. Ocupou
interinamente o cargo de presidente da República Federativa do Brasil em 2014 e
de presidente do Senado Federal, para fins do julgamento do processo de
impeachment em 2016.
Também exerceu
o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral na gestão 2010-2012 e
voltou como vice-presidente do TSE, em 2022, na maior eleição dos últimos 90
anos. Foi juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo e
desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - TJ de São Paulo.
Formado em
Ciências Polícias e Sociais e em Direito, detém os títulos de doutor e
livre-docente em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
- USP - e de Master of Arts em Relações Internacionais pela Fletcher School of
Law and Diplomacy, da Tufts University, administrada em cooperação com a
Harvard University, nos Estados Unidos.
Também é
professor-titular de Teoria Geral do Estado da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo. Escreveu diversos artigos e livros, entre os quais
“Globalização, Regionalização e Soberania”, de 2004, e “Pressupostos Materiais
e Formais da Intervenção Federal no Brasil”, de 2018.
Coordenou a
obra “Direito Marítimo: estudo em homenagem aos 500 anos da circunavegação de
Fernão de Magalhães”, de 2020, e também publicou o livro “Reflexões
Conjunturais” em 2022, entre tantas obras feitas e que deverão ser feitas ainda
na sequência.
Nós
gostaríamos, neste momento, de chamar a representante do MST, Claudete Pereira
de Souza, que vai fazer a entrega de uma cesta representativa dos produtos
produzidos pelo MST. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Nós convidamos
agora então os membros da Mesa Diretora para realizarem a entrega da placa de
homenagem ao Exmo. Sr. Ministro Ricardo Lewandowski.
Nesta placa,
constam os seguintes dizeres: “Os deputados estaduais Simão Pedro e Emídio de
Souza homenageiam o Exmo. Sr. Ministro Enrique Ricardo Lewandowski pelos seus
relevantes serviços à democracia, à magistratura, à advocacia e ao ensino do
Direito. Sessão solene, São Paulo, 29 de maio de 2023, Plenário Juscelino
Kubitschek, brasões da Assembleia Legislativa e do Estado de São Paulo”.
(Palmas.)
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Neste momento
então, após as fotos... Muito bem. Neste momento então, nós vamos ouvir as
palavras do homenageado da noite, o Exmo. Sr. Ministro Enrique Ricardo
Lewandowski. (Palmas.)
O SR. ENRIQUE
RICARDO LEWANDOWSKI - Boa noite a todas e a
todos. Eu quero cumprimentar protocolarmente as autoridades presentes. São
tantas autoridades, tantas personalidades, tenho até medo de cometer algum
equívoco e não lembrar de alguém muito querido que esteja nesta cerimônia. Mas
vou cumprimentar inicialmente o nosso anfitrião, deputado estadual André do
Prado, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Meu querido
amigo, grande líder, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e
Agricultura Familiar, que me honrou com palavras gentis, em grande parte
imerecidas. Muito obrigado, Paulo Teixeira. Cumprimentar a desembargadora
Beatriz de Lima Pereira, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região.
Sou muito
próximo aos juízes trabalhistas. E ainda nesta semana, ao participar da possa
da nova presidenta Damatta, tive a grande satisfação também de receber uma
placa dos juízes trabalhistas, que ressaltaram o apreço e o carinho que eu
tenho por essa operosa categoria.
Cumprimentar o
deputado estadual Simão Pedro, autor da homenagem, do qual falarei algumas
palavras em breve. Cumprimentar também o deputado estadual Emídio de Souza,
coautor da homenagem.
Fábio Prieto,
secretário de Estado da Justiça e Cidadania, e neste ato representa o Sr.
Governador do estado. Também agradeço as gentilíssimas palavras que me dirigiu.
Dr. Mário Sarrubbo, sempre presente, grande liderança também, procurador-geral
de Justiça do Estado de São Paulo, com quem tenho compartilhado alguns eventos
acadêmicos. Cumprimentar o Dr. Florisvaldo Antonio Fiorentino, defensor
público-geral.
Cumprimentar os
deputados estaduais Ana Carolina Serra, Eduardo Suplicy, agradeço as palavras
gentis. Agradeço também a lembrança de meu professor, meu mestre, Dalmo de
Abreu Dallari e a referência que fez às suas filhas, Mônica e Maria Paulo, que
me honram com suas presenças.
Cumprimentar o
deputado Paulo Fiorilo, que também me honrou com suas palavras gentis. Dra.
Elizabeth Mostardo, vice-presidente do TRT da 2ª Região. A minha querida
presidente Vanessa Ribeiro Matheus, da Associação Paulista dos Magistrados,
sempre presente também, grande liderança da magistratura.
Quero
cumprimentar o Prof. Vidal Serrano, diretor da Faculdade de Direito da PUC, que
me dirigiu palavras muito gentis. Ao meu querido diretor Celso Campilongo, que
me dirige agora como professor-sênior da Faculdade de Direito e a quem devo
muitas gentilezas que me são dirigidas. Quero cumprimentar também o Dr. Fábio
Gaspar, do Sindicato dos Advogados.
Quero
cumprimentar aqui o Carlos Eduardo Cauduro Padin, sempre presente também nas
homenagens, nas solenidades, nos eventos acadêmicos dos quais compartilhamos,
um grande líder da magistratura de São Paulo, ex-presidente do TRE daqui deste
estado e que está representando aqui o Tribunal de Justiça, onde trabalhei e
onde fui muito feliz durante bastante tempo.
Acredito que
mencionei todos, pelo menos os que me foram designados pelo Cerimonial, mas
cumprimento também as demais autoridades e personalidades que foram nominadas
aqui deste púlpito.
Mas peço
licença para destacar mais uma vez, de modo especial, dentre todos os
presentes, os nobres deputados Emídio de Souza e Simão Pedro, aos quais
expresso o meu mais profundo agradecimento pela iniciativa da homenagem que me
é prestada nesta noite, organizada em conjunto com diversas entidades sociais.
Em especial o
Grupo Prerrogativas, que cumprimento na pessoa do ilustríssimo e combativo
advogado Marco Aurélio de Carvalho, a quem agradeço também as palavras.
Aproveito para cumprimentar o meu querido Manoel Carlos de Almeida Neto, meu
grande companheiro durante muitos anos do Supremo Tribunal Federal.
Quero então
dizer que, logo no início da minha fala, os deputados que me homenagearam são
brilhantes, têm uma atuação destacada. Começo dizendo que Emídio de Souza foi
vereador e prefeito de Osasco, que se notabilizou como deputado estadual por
sua luta pela concretização de políticas públicas, especialmente nas áreas da
Saúde, Segurança, Transporte, Saneamento e Meio Ambiente, e tendo exercido
demais, com elevado espírito público distintos cargos de direção do Partido dos
Trabalhadores, dentre os quais a sua presidência estadual.
Já Simão Pedro,
reeleito deputado por três vezes pelo Partido dos Trabalhadores, é ligado aos
movimentos populares urbanos, tendo iniciado sua militância política nas
comunidades eclesiais de base.
É professor de
Ciência Política, foi secretário de serviços da Prefeitura de São Paulo durante
o governo Fernando Haddad e tem focado sua intensa atuação política na
regularização fundiária para moradias populares, na segurança alimentar e no
fomento da economia solidária.
Não é preciso
dizer mais para ressaltar que ambos são parlamentares de (Inaudível.), que
dignificam seus mandatos e aos quais agradeço mais uma vez a homenagem que me
fazem. (Palmas.)
Mas começo a
minha fala dizendo que é com grande emoção que reentro na engalanada noite de
hoje neste augusto recinto, local de reunião dos corajosos e altaneiros
representantes do povo paulista de hoje e de sempre. São e foram todos
deputados exemplares que merecem o nosso maior aplauso.
Quando adentrei
neste recinto, veio imediatamente à minha memória o já longínquo ano de 1989,
em que ainda jovem tive a honra de participar como consultor, propondo, convém
lembrar, das sessões da Assembleia Legislativa Constituinte que aqui se
realizavam.
Assessorei mais
proximamente o deputado estadual Arnaldo Jardim, relator da Constituinte,
engenheiro formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
democrata convicto e praticamente, embora também tenha convivido intensamente
com todos os parlamentares pertencentes aos distintos partidos políticos que
compunham o colegiado.
Tive o
privilégio de testemunhar um dos momentos mais significativos da história do
Brasil e desta terra bandeirante, em que a política, com “P” maiúsculo, revelou
todas as suas potencialidades.
Os
constituintes livremente eleitos pela cidadania discutiram, com intensa paixão
e profundidade, inspirados por suas convicções pessoais e ideológicas, mas
sempre respeitando as posições alheias, cada um dos futuros dispositivos da
Carta Magna Paulista, varando dias e noites, finais de semana e feriados, sem
jamais perderem o entusiasmo cívico que os animava.
As sessões eram
acompanhadas com o mais vivo interesse por populares, que lotavam as galerias e
que, na forma do Regimento, encaminharam para consideração dos constituintes
dezenas de milhares de sugestões, e foram todas, sem exceção, minuciosamente
examinadas e debatidas.
Vivia-se então
um momento histórico peculiar, em que não se podia errar, porque, com o triunfo
da redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988, todos estavam
conscientes de que um erro, ainda que mínimo, poderia desencadear um retrocesso
institucional com o retorno do regime autoritário recém-superado. A
Constituinte Estadual tinha, como missão primeira, seguindo o consenso geral, a
consolidação do federalismo adotado entre nós em 1891.
A adoção ao
federalismo, não qualquer federalismo, mas o verdadeiro federalismo, o
federalismo autêntico, daquela forma de Estado que impede a concentração de
poderes nas mãos do governo central, assegurando aos entes federados a mais
plena autonomia, para cuidarem dos interesses de seus administrados sem ingerências
externas. A tarefa foi longa e árdua, mas bem-sucedida.
O estado de São
Paulo, Sr. Presidente desta Casa Legislativa, Srs. Deputados, senhoras e
senhores, tem hoje uma Constituição da qual pode se orgulhar. Ela garante o
salutar equilíbrio entre os poderes, a prevalência dos direitos e garantias
fundamentais, o livre funcionamento das instituições essenciais à Justiça,
compreendida nelas - isso é importante - a advocacia pública e privada.
E de forma
pioneira, considerada a época, incluiu em seu texto uma incisiva e abrangente
defesa do meio ambiente, em particular dos recursos hídricos e florestais,
abrigando ainda o compromisso de fazer respeitas os direitos, bens, crenças e
tradições dos povos indígenas.
Crianças,
adolescentes, idosos e deficientes físicos também mereceram especial proteção.
E o desenvolvimento não foi esquecido, considerado o necessário equilíbrio
entre as forças do capital e do trabalho. Foi uma jornada heroica. Representou
a consolidação do plano estadual da democracia e das instituições republicanas.
Todos que dela
participaram sabiam da dimensão do desafio que enfrentavam, pois muitos dos que
contribuíram para os trabalhos da constituinte lutaram contra o regime de
exceção, ainda presente em suas memórias, que se assentava na repressão
política, no encarceramento, tortura e desaparecimento de opositores e na
censura de qualquer manifestação de pensamento contrária à minoria que
empalmava o poder.
Era uma época em que os resistentes de todos
os matizes tinham consciência de que, além da força moral e psicológica,
precisavam munir-se de coragem física, pois a luta poderia levá-los ao
sacrifício da própria vida. Tempos difíceis aqueles, porém tempos heroicos. A
ninguém era dado ficar neutro: era preciso tomar uma posição contra ou a favor
da ditadura.
Nos ouvidos de
todos, ainda ecoavam os versos de uma canção antológica, intitulada “Divino
Maravilhoso”, escrita por Caetano Veloso e arranjada por Gilberto Gil para o
Festival da MPB de 1968.
Aqueles tempos
gloriosos que a juventude de todo o mundo se rebelou contra o status quo.
Música essa imortalizada pela voz marcante de Gal Costa, cujo refrão em resumo
é este: “Atenção: tudo é perigoso. É preciso estar atento e forte. Não temos
tempo para temer a morte. Tudo é divino e maravilhoso”.
Hoje, minhas
senhoras e meus senhores, passados mais de 34 anos da promulgação da
Constituição Cidadã, à qual se referia Ulisses Guimarães, e quase 40 anos do
início do movimento “Diretas Já”, que lotou as ruas e praças das cidades
brasileiras em prol da volta da normalidade institucional, de repente
percebemos, para nossa surpresa, o quão frágil é a nossa democracia que
imaginávamos consolidada, imaginávamos acabada.
De repente, nós
nos demos conta de que ela é uma plantinha tenra, que precisa ser cultivada e
cuidada todos os dias, sob pena de fenecer. O impensável clima de animosidade
que se instalou entre os brasileiros em um passado recente e que colocou em xeque
a conhecida tese de Sérgio Buarque de Holanda, segundo à qual o brasileiro, por
natureza, seria um homem cordial, nos fez acordar para essa triste realidade.
Essa insanidade
coletiva teve como ápice a invasão e a depredação da Sede dos Três Poderes em
Brasília no dia 08 de janeiro deste ano por uma turba ensandecida,
demonstrando, de forma contundente, como ainda precisamos estar atentos e forte
para assegurar a sobrevivência das instituições democráticas e a prevalência da
justiça social em nosso País.
Eu termino a
minha fala, Sr. Presidente, que já vai longa, com um conhecido poema, que
possui várias versões, de Bertold Brecht, escrito em meio aos horrores das
guerras e dos genocídios do século passado, e que bem ilustra a necessidade de
nos mantermos sempre atentos, sempre alertas, contra as ameaças dos
autoritários, dos violentos e dos intransigentes.
Diz este poema:
“Primeiro, levaram os negros, mas eu não me importei com isso: eu não era
negro. Em seguida, levaram alguns operários. Mas não me importei com isso: eu
também não era operário.
Depois,
prenderam os miseráveis. Mas não me importei com isso, porque eu não sou
miserável. Depois agarraram uns desempregados, mas como eu tenho meu emprego,
também não me importei. Agora estão me levando, mas já é tarde: como eu não me
importei com ninguém, ninguém se importa comigo”.
A lição desses
versos, caras amigas e prezados amigos que me prestigiam nesta solenidade, é
que lutar pela democracia significa fundamentalmente importar-se com o próximo,
sobretudo com o despossuído, com o necessitado e com o indefeso. São essas as
palavras que queria proferir nesta noite em agradecimento a esta homenagem que
esta augusta Casa me presta.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Finalmente,
gostaria de registrar a presença de Esther Rufino, representando a IBCCRIM.
Gostaria de agradecer as palavras do ministro Ricardo Lewandowski, Sua
Excelência.
E já que foi
citado Bertold Brecht, eu queria dizer - tomar a liberdade de quebrar o
protocolo aqui - que, como diretor, ator e promotor cultural, eu me sinto
imensamente honrado de ter sido convidado a participar desta homenagem. Muito
obrigado, digníssimo ministro. (Palmas.)
Com a palavra
então, deputado Simão Pedro para o encerramento dos trabalhos.
O SR.
PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Mais uma salva
de palmas para o nosso querido Tadeu Di Pietro, que nos honrou muito aqui com
esse belo serviço. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado,
Tadeu, por sua sempre importante presença. Eu queria, Dr. Lewandowski, eu e o
deputado Emídio, deputado presidente desta Casa, André do Prado, em nome desta
Casa, da Assembleia, fazer uma singelíssima homenagem à dona Yara Lewandowski,
por gentileza. (Palmas.)
Esgotado do
objeto da presente sessão, eu agradeço, em nome meu e do Emídio, em nome do
presidente, às autoridades aqui presentes. Queria agradecer muito às nossas
equipes, nas pessoas do Carlinhos, nas pessoas do Danilo e do João Paulo, pelo
trabalho na organização deste evento. Aos demais assessores dos nossos
gabinetes. Queria agradecer muito ao presidente desta Casa pelo apoio.
Queria
agradecer aos funcionários do serviço de som, queria agradecer aos
trabalhadores da fotografia, do serviço de atas, do Cerimonial, na pessoa da
Renata, muito gentil, muito prestativa, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa
desta Casa, da TV Alesp. Queria também registrar e agradecer a cobertura de
toda a imprensa, na pessoa do jornalista Luiz Nassif, que se encontra aqui.
Muito obrigado,
viu, Luiz? (Palmas.)
Queria
agradecer às assessorias policiais Militar e Civil, bem como a todos que, com
suas presenças, colaboraram para o pleno êxito desta solenidade. Queria lembrar
também que está aqui, Dr. Lewandowski, o nosso querido Gama, da Porcomunas, que
não podia deixar de estar presente. (Palmas.) O Gama está por aí, ele estava na
galeria, deve ter descido aqui.
Queria
agradecer à Natália, da UNE, a Solange e dona Maria Barbosa, dos movimentos
populares de moradia, que eu estou vendo aqui também. Queria agradecer ao Xan,
ao Anderson e ao Eduardo, advogados que também colaboraram muito para a
realização deste evento. Estou vendo também o Vanderlei Amaral, dos
metroviários. Obrigado, viu, Amaral, pela presença.
Sem mais nada a
tratar, queria convidar todos e todas, fazendo um agradecimento especial à OAB
de São Paulo, para a gente... É aqui, não é, Tadeu? Você quer fazer isso?
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - ANTONIO TADEU DI PIETRO - No Salão
Monumental.
O SR.
PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Queria convidar
todos vocês para um coquetel aqui, para que a gente possa se confraternizar um
pouco, conversar um pouco mais, prolongar um pouco mais essa nossa importante,
magnífica e memorável sessão solene em homenagem ao nosso querido Dr. Ricardo
Lewandowski.
Está encerrada
esta solenidade. (Palmas.)
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- Encerra-se a
sessão às 22 horas e 10 minutos.
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