10 DE OUTUBRO DE 2023
44ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão. Coloca em discussão a PEC 03/23, em primeiro turno.
2 - MAURICI
Discute a PEC 03/23, em primeiro turno.
3 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
4 - MAURICI
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Informa acordo entre as lideranças para considerar realizada a discussão por uma hora e 30 minutos.
7 - LEONARDO SIQUEIRA
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI
SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
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* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Proposta
de Emenda à Constituição. Discussão e votação em 1º turno. Proposta de Emenda
nº 3, de 2023, à Constituição do Estado, de autoria do Sr. Governador, que dá
nova redação ao § 1º do Art. 167 da Constituição do Estado. Parecer nº 1.133,
de 2023, da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, favorável. Para falar
a favor, o nobre deputado Maurici.
O
SR. MAURICI - PT -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, trata-se aqui de discutir uma
proposta de emenda constitucional do Sr. Governador do estado que procura
consonar, dar consonância à Constituição do Estado de São Paulo, à Constituição
Federal.
O que acontece
é que há alguns anos o governo federal fez aprovar, enviou ao Congresso
Nacional e o Congresso Nacional aprovou uma proposta de emenda que, entre
outras coisas, ampliava a parcela do ICMS que o Governo do Estado pode
distribuir segundo critérios discricionários, critérios seus, o chamado ICMS da
Educação.
Ainda na gestão
passada, esta Casa discutiu, votou e aprovou um projeto de lei do deputado - não
me lembro agora o nome do deputado, mas é um deputado do Partido Novo - que
estabelecia os critérios discricionários para distribuir esses recursos do
ICMS. E usava critérios da Educação nos municípios. Critérios dos quais eu
discordava, e discordo, porque são critérios que privilegiam a lógica da
meritocracia.
E, obviamente,
quando você privilegia critérios que estão estabelecidos pela lógica da
meritocracia, você acaba privilegiando aqueles municípios que têm mais recursos,
quando o objetivo do ICMS da Educação é exatamente o contrário.
É você criar
condições para que os municípios que não têm recursos, como esses que arrecadam
mais, possam nivelar ou elevar o nível da Educação municipal para um padrão
mais próximo daquele padrão que é o padrão geral do estado ou dos municípios
mais desenvolvidos do estado.
Meu mandato e o
mandato do deputado Paulo Fiorilo chegaram a fazer um seminário aqui nesta Casa
e nós debatemos esse tema com especialistas na área e, fundamentalmente, com
secretários e diretores de Educação nos municípios. E elaboramos um projeto
substitutivo àquele, que acabou sendo derrotado na votação desta Casa.
Mas o que
aconteceu é que o Governo do Estado se esqueceu de um detalhe. A Constituição
paulista não havia sido modificada. Ou seja... (Vozes fora do microfone.)
O Governo do Estado
se esqueceu, o governador à época, Rodrigo Garcia, esqueceu-se de que era
necessária uma proposta de emenda constitucional que alargasse, de 25% para
35%, esse percentual do ICMS que o estado poderia distribuir, segundo os seus
critérios.
Nós, então, meu
mandato, apresentou uma proposta de emenda constitucional nesse sentido. Essa
proposta ficou enroscada nos escaninhos e meandros do processo legislativo desta
Casa e acabou não sendo votada.
Neste ano, o
governador Tarcísio, ao invés de dar um comando a sua base nesta Casa para
seguir na votação da PEC que o meu mandato havia apresentado, aliás, para não
cometer injustiças, não dá para dizer que foi o meu mandato, a iniciativa foi
nossa, mas ela tinha coautoria de outros, mais de 20 deputados e deputadas.
O governador
Tarcísio, então, mandou para esta Casa uma outra proposta de emenda
constitucional, que nada mais é do que a cópia da emenda constitucional que
estava aqui tramitando.
A desculpa é a de
que, como a proposta a ser aprovada este ano não era retroativa, não tinha um
dispositivo retroativo, ela só poderia ser aplicada a partir do ano que vem.
Ora, isso não é
uma boa desculpa, isso não é um bom argumento, porque essa questão poderia ser
resolvida aqui na Casa. O que acontece, ao final das contas, deputado Donato e
deputado Marcolino? O deputado Reis apresentou esses dias, ou falou esses dias
na imprensa, da intenção dele de apresentar um projeto de lei criando o “Dia do
Veto”, não é verdade?
Por que o
deputado Reis quer criar o “Dia do Veto”? Porque tem um certo momento em que o
governador aprecia os projetos de lei de autoria de deputados e deputadas desta
Casa.
E, em geral, o
resultado da apreciação do governador é vetar. Então, em um certo período do
ano, nós temos aqui a estação dos vetos. Chega um monte de veto a projetos de
deputados e deputadas aprovados nesta Casa e que o governador não tem interesse
em ver seguir.
Eu me lembrei,
deputado Gilmaci, de que esta Casa tem um programa chamado “Alesp sem Papel”,
não é isso? Cujo objetivo é eliminar o uso de papéis. Então, toda a comunicação
aqui, todo o processo legislativo é feito via eletrônica, o que faz economizar
papel, o que faz diminuir o corte de árvores, o que faz diminuir os efeitos do
efeito estufa.
O que eu não
havia compreendido ainda é que o “Alesp sem Papel” vai para além da economia de
papel. É Alesp sem papel nenhum, nem papel de propor leis, nem papel de aprovar
leis, nem papel de elaborar políticas públicas. Nenhum papel, porque todo papel
nessa conjuntura, nesse governo, é reservado ao Executivo.
Então, ainda
quando a iniciativa desta Casa interessa ao Executivo, o Executivo prefere
substituir a iniciativa desta Casa por uma iniciativa dele. O Executivo prefere
ser ele o autor da proposta, e não dar protagonismo aos deputados e deputadas,
sejam eles da oposição, sejam eles do governo.
Então agora,
sim, eu compreendo o que é o sentido do projeto “Alesp sem Papel”: sem papel
físico, sem papel imaterial, sem posicionamento, sem função. O diabo é que aí
as pessoas, inclusive nesta Casa, não compreendem quando a população não sabe
qual é o papel do deputado estadual, da deputada estadual.
Quando a gente
sai às ruas e a população acha que deputado e deputada não serve para nada. Nós
não percebemos que boa parte dessa compreensão que a sociedade tem do nosso
papel vem, de um lado, da maneira como o Executivo trata esta Casa, de outro
lado, da maneira como nós entendemos o nosso papel.
E aí eu me
lembro de um debate que tivemos agora há pouco, quando o deputado Gil Diniz
falava sobre várias questões, inclusive sobre o conflito Palestina-Israel, que
está acontecendo neste momento. Eu pedi um aparte quatro vezes, não me foi
concedido.
Parece-me que
em alguns momentos a gente trata esta tribuna como se fosse um picadeiro. Ou
seja, a gente constrói aqui narrativas que nada têm a ver com a situação real
que as pessoas atravessam, e isso só contribui para o desprestígio desta Casa,
da nossa função e do nosso papel.
O SR. GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência me dá um
aparte?
O SR. MAURICI - PT - Claro que não. Tenho que retribuir na mesma moeda o
tratamento que V. Exa. nos dá. Por favor, não conturbe. Não conturbe. O senhor
vai ter toda a oportunidade de falar.
Aliás, se V.
Exa. tiver um pouquinho de paciência, eu lhe concedo o aparte, até para mostrar
que o processo democrático e o processo legislativo só sobrevivem em função do
controverso.
Então, o senhor
terá o seu aparte. Mas, antes, deixa eu dizer o que eu ia dizer naquele aparte
que V. Exa. não me concedeu. Eu ia dizer o seguinte: ninguém em sã consciência
pode defender uma ação como essa que o Hamas adotou, deputado Gil Diniz.
Ninguém pode.
Mas também, se
a gente não pode defender uma ação como essa, eu acho que a gente é capaz de
compreender o que é que motiva uma ação como essa, ainda que possa ser uma ação
condenável.
O senhor falou
aqui, por exemplo, que essa é a ação mais nefasta, ou mais criminosa, ou mais
assassina, ou coisa parecida, desde o Holocausto da Segunda Guerra Mundial, eu
imagino. Eu só queria lembrar o seguinte: nem a Organização das Nações Unidas
reconhece as atuais fronteiras impostas pelo Estado de Israel à Palestina.
As fronteiras
reconhecidas pela Organização das Nações Unidas ainda são as fronteiras de
1967. De lá para cá, o estado israelense tem promovido a ocupação continuada de
terras palestinas por colônias israelenses.
Se quando a
gente analisa os números ao longo de décadas desse conflito, porque esse
conflito não começou ontem com a ação do Hamas, esse conflito começa em 1947,
quando é criado o Estado de Israel.
Quando a gente
olha a evolução desse conflito ao longo de décadas, a gente percebe que o número
de mortos palestinos é muito superior ao número de mortos israelenses.
Isso joga uma
luz sobre o problema, se é que é possível iluminar uma situação, uma tragédia,
como essa. Mas para que a gente possa compreender que numa situação como essa
não há certo ou errado, o que há é uma tragédia humana, onde as pessoas estão
sendo assassinadas. Mas não é justo a gente vir aqui chamar um lado de
terrorista e achar que o outro lado é a vítima. Não é assim que se configura o
problema.
Eu diria mais,
deputado Gil Diniz, que não é possível que Israel use a ação do Hamas como
justificativa para o que ele vem fazendo agora: um massacre continuado ao povo
palestino.
Não é possível
que se justifique, em função da ação do Hamas, o cerco a dois milhões de
palestinos que moram na faixa de Gaza, que estão sem luz elétrica, que estão
aprisionados ao ar livre, que estão sem comida e que estão sendo assassinados.
Então nós temos
que ter uma compreensão dessa situação, que vai para além de mocinhos e
bandidos. Isso não é um bangue-bangue. Não é um faroeste. Isto é uma tragédia.
Uma tragédia que eu não sei como vai evoluir nem como vai se resolver.
Mas o fato é
que alguma ação precisa ser tomada, porque a previsão é que o conflito se
alastre. Daqui a pouco outras forças vão entrar nessa disputa. E essas forças
entrando, a perspectiva do conflito é que ele ganhe outras proporções.
Então já não
basta a operação especial na Rússia, à qual o senhor se referiu. O senhor fez
uma provocação, de verdade. O senhor perguntou se eu ia, naquele momento, falar
da minha viagem à Rússia, da minha participação no Fórum Parlamentar
Rússia-América Latina.
O senhor fez só
uma provocação, porque o senhor sabe muito bem que a prestação de contas será
feita na Comissão de Relações Internacionais, da qual o senhor é
vice-presidente.
Então, ao mesmo
tempo que o senhor fez a provocação, o senhor também não me cedeu o tempo de
aparte que eu pedi, onde eu poderia lhe responder, poderia ter lhe respondido.
Como?
O SR. GIL DINIZ - PL - Está acabando o tempo, o senhor
disse que ia dar o aparte para mim.
O SR. MAURICI - PT - Darei, darei, no momento
oportuno. Ainda tenho um minuto e 27 segundos para concluir a minha fala. E o
senhor terá o seu aparte no momento oportuno.
Então, deputado
Gil Diniz, eu acho que, às vezes, a gente exagera nas provocações. Visitar
Taiwan, por exemplo, é louvável. Acho muito interessante conhecer aquela
realidade.
Agora, nós
precisamos conhecer toda a realidade. Nós precisamos entender que Taiwan não se
advoga um estado independente, soberano. Ela se advoga como estado chinês.
Então ao criar
uma frente parlamentar ou ao propor um projeto de lei de apoio a Taiwan, nós
estamos ofendendo um outro país, que é a República Popular da China. Nós estamos
criando um potencial incidente internacional, do qual uma ação irresponsável
coloca a Assembleia Legislativa no foco, no centro desse problema. Então, a
gente tem que entender o problema como ele se configura. Nós não podemos tratar
isso aqui como uma disputa ideológica.
Eu vi hoje, por
exemplo, o deputado Gil Diniz e outros deputados aí falando que “onde já se
viu, chamar o presidente Bolsonaro de genocida”. Eu me lembro de ouvir aqui
várias vezes o próprio deputado Gil Diniz e outros deputados e deputadas se
referirem ao presidente Lula como ex-condenado.
Como é que
vocês se sentiriam se a gente passasse a se referir ao presidente Bolsonaro
como futuro condenado? Deputado Gil Diniz, desculpe-me. Eu me descuidei e
acabou terminando o tempo, mas na próxima vez eu lhe concedo o aparte.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, deputado
Maurici. Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Uma breve
comunicação. Inclusive me inscrevi também para fazer esse debate com o deputado
Maurici. Comunicação, presidente?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Comunicação, tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, triste do parlamentar que relativiza, relativiza
um ataque cruel de um grupo terrorista chamado Hamas. Triste do parlamentar que
compara, que defende, que defende esses terroristas.
Traveste o
discurso aqui. É uma espécie de discurso travestido de bom-mocismo. Mas ele
consegue passar pano para o Hamas, porque ele não condena e não chama o grupo
de terrorista.
E ele
relativiza e compara moralmente o ataque terrorista do Hamas, assassinando
crianças, decapitando crianças, estuprando e assassinando mulheres, idosos,
presidente, e relativiza e compara moralmente ao Estado de Israel. E, pior
ainda, presidente, agora ataca o povo de Taiwan.
Então ele
defende, ele defende os palestinos, especificamente o grupo terrorista Hamas.
Não os condena, não os chama pelo nome de terroristas, e agora coloca o meu
apoio a Taiwan, dizendo que vai causar um incidente diplomático.
Taiwan, uma
nação democrática, que tem uma presidente mulher. O Hamas estupra e mata
mulheres. Taiwan elege mulheres deputadas, presidente, e não tem o apoio do
presidente da Comissão de Relações Internacionais.
O deputado
Maurici deve estar encantado pelo autoritarismo de Putin, porque foi visitar a
Rússia agora e esteve em uma palestra do presidente Putin, que mata, extermina
o povo ucraniano.
Então,
presidente, nós precisamos repensar aqui as nossas atividades parlamentares,
porque o presidente da Comissão de Relações Internacionais defende o massacre
dos russos à Ucrânia, defende o massacre do Hamas na Palestina, defende o
massacre do povo israelense e agora defende o regime totalitário da China,
colocando aqui, em questão, esse conflito internacional que há, da China
continental, da República da China, que é Taiwan.
Este deputado
reconhece o Estado de Israel e reconhece a República da China, Taiwan, e
condena o massacre do presidente Putin, russo, ao povo ucraniano, presidente,
diferente do nobre deputado Maurici, que não consegue condenar a ação do Hamas
e não lhe chama pelo nome.
Então deixo a
provocação. Vossa Excelência concorda que o Hamas é um grupo terrorista, o Hamas
é um grupo terrorista, deputado Maurici?
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, para a conclusão, por
gentileza. (Vozes sobrepostas.) Deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PL - Finalizei, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. MAURICI - PT – Para uma comunicação, Sr.
Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Tem
Vossa Excelência o tempo.
O
SR. MAURICI - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu não sou juiz, não
condeno, nem absolvo. Eu sou deputado, manifesto a minha opinião e daqueles que
eu represento. Eu também não condeno a sua opinião, deputado Gil Diniz.
O que eu
condeno é a sua ignorância, por exemplo, de saber que o povo ucraniano e o povo
russo são coisas muito parecidas. Aliás, o primeiro principado do Império Russo
é o principado de Kiev. Kiev é hoje a capital da Ucrânia.
Então, precisa
compreender a situação.
Eu
não fui lá para aplaudir o presidente Putin, não, muito pelo contrário. Eu fui
lá para entender como é que nós podemos nos movimentar para aumentar nossa
relação com os parlamentos, inclusive latino-americanos. Estavam lá
representações de todos os países latino-americanos.
“Ah, o Hamas
estuprou”. [Expressão suprimida.]. Aí vem falar de estupro, me desculpa.
O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, pela ordem,
presidente.
O SR. MAURICI - PT - Não, não, eu estou fazendo uma
comunicação.
O SR. GIL DINIZ - PL - Questão de ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Se for realmente Questão de Ordem...
O SR. GIL DINIZ - PL - Eu peço que o senhor retire das
notas taquigráficas essa acusação do deputado Maurici ao presidente Bolsonaro,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Será levada e, no momento certo,
responderemos.
O SR. GIL DINIZ - PL - Que nível baixo, raso.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Qual é a Questão de Ordem? Era só
essa? Obrigado. Devolvo a palavra para o deputado Maurici. (Vozes sobrepostas.)
O senhor já fez a Questão de Ordem, deputado. O senhor está discutindo. (Vozes
sobrepostas.) Deputado Maurici com a palavra.
O SR. GIL DINIZ - PL - Peço que retire das notas
taquigráficas as palavras do deputado Maurici sobre o presidente Bolsonaro,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado.
O SR. MAURICI - PT - Então, eu diria o seguinte,
presidente, para concluir. Primeiro, eu não fiz acusação nenhuma. Eu só disse
que a indignação que ele manifesta em relação ao estupro que ele não
configura...
O SR. GIL DINIZ - PL - Falta de respeito com o povo de
Israel, presidente. Que falta de respeito, presidente. Presidente, que falta de
respeito com Israel, presidente. É um absurdo, presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Eu gostaria... Deputado Gil, o
senhor conhece o Regimento. Deputado Gil Diniz, por gentileza. Eu vou cortar o
microfone de Vossa Excelência. O senhor conhece o Regimento, o senhor conhece o
Parlamento.
O SR. GIL DINIZ - PL - O senhor não pode deixar essa
comparação imoral...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Corte o microfone do deputado Gil
Diniz, por gentileza. Deputado Maurici.
O SR. MAURICI - PT - Olhos injetados, baba, saliva
escorrendo pela boca. Isso é que contribui para um clima hostil. Deputado Gil
Diniz, que o senhor não compreenda russo para entender a questão ucraniana e
russa, que o senhor não compreenda mandarim para entender a questão da República
Popular da China e a questão de Taiwan, eu considero bem razoável.
Agora, que o
senhor não entenda português para ter a compreensão do que eu estou falando
aqui, isso é lamentável.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem o deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado,
Sr. Presidente. Iniciado o debate da PEC, nós construímos, há pouco, um
acordo com as lideranças presentes: a possibilidade de considerarmos uma hora e
meia debatido esse projeto. E voltamos na próxima semana para continuar o
debate.
Então, considerando todo o tempo, uma hora e meia
de discussão feita.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS
- REPUBLICANOS - Esse é o acordo. Então, uma hora e meia de
discussão.
O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS
- REPUBLICANOS - Só um minutinho, por gentileza, deputado. O acordo,
então, feito com as lideranças é uma hora e meia discutida a Emenda
Constitucional no 03.
Deputado
Paulo Fiorilo, encerra-se então a sessão hoje, não tem mais nada, e voltamos na
terça-feira para a sequência do debate. Esse é o acordo?
Obrigado.
Pela ordem,
deputado Leo.
O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu quero deixar claro que a liderança do Novo não
foi consultada, mais uma vez.
Não é a
primeira vez em que eu aviso isso.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS
- REPUBLICANOS - Então há acordo ou não há acordo?
O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem,
presidente. Houve um acordo numa sala em que eu não estava presente e não fui
consultado.
Só quero
deixar claro isso.
O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para esclarecer: eu fiz aqui a
referência e disse “as lideranças presentes”. O acordo foi construído aqui. A
reunião na sala do presidente foi sobre outro tema, que não dizia respeito a
outros partidos.
Então, só
para deixar claro.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS
- REPUBLICANOS - Obrigado. Há um acordo, então, para que nós
encerremos a sessão. É isso?
Então, não
havendo mais nada a tratar, havendo acordo de lideranças, está levantada a
presente sessão.
Obrigado,
bom feriado a todos.
*
* *
- Levanta-se
a sessão às 19 horas e 01 minuto.
*
* *