18 DE SETEMBRO DE 2023
103ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI e REIS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - REIS
Assume a Presidência.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
10 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE REIS
Anota o pedido. Tece comentários acerca do pronunciamento do
deputado Conte Lopes.
14 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
15 - PRESIDENTE REIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 19/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente. Dando início a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
Srs. e Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente,
semana passada nós concluímos mais uma etapa das audiências públicas da
Comissão de Finanças e Orçamento. Estivemos na cidade de Mauá, Itaquaquecetuba
e Itapevi fazendo três audiências públicas das regiões metropolitanas da Grande
São Paulo.
Foi, mais uma
vez, reforçado nas três audiências os prefeitos reclamando da queda de
arrecadação das suas cidades e das regiões nas quais eles fazem a gestão
municipal.
Nós, dialogando
com cada prefeito, cada prefeita, vereadores e vereadoras que acompanham a
audiência pública do Orçamento, apresentamos que o governo federal fez mais uma
medida importante, que o governo anunciou medidas para repor perdas dos estados
e municípios. A proposta prevê uma compensação de dez bilhões, referente a
perdas com ICMS por medidas da gestão anterior, e 2,3 bilhões para quedas na
arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios.
Esses dez
bilhões e esses 2,3 bilhões que o governo federal vai repassar para os estados
e para os municípios se referem a essas medidas, como eu disse, do governo
anterior.
Como aqui no
estado de São Paulo também, o governo que antecede ao
Tarcísio também fez algumas desalienações fiscais no governo anterior. Algumas
já estão sendo reeditadas pelo governador Tarcísio, o que acaba impactando na
arrecadação de ICMS, na arrecadação de IPVA.
É importante
para quem está nos ouvindo, 25% de todo ICMS arrecadado fica para os municípios
e 75% fica para o Tesouro do Estado de São Paulo. Em relação ao IPVA, 50% fica
para o município onde o carro foi emplacado e 50% do IPVA vai para o Governo do
Estado de São Paulo.
Então essa é a
composição das duas principais receitas do estado de São Paulo, tanto do ICMS
como do IPVA. Como foram feitas desonerações fiscais para diversos setores da
economia no estado de São Paulo, hoje, os prefeitos estão sentindo uma queda
nessa arrecadação.
Então o governo
federal, pelo Projeto de lei Complementar 136, de 2023, está propondo esse
retorno tanto para os municípios quanto para o estado de São Paulo. Para o
estado de São Paulo, nobre deputado Suplicy, se a gente olhar aqui os meses, em
junho, o governo teve um repasse de 1 bilhão e 550 milhões; no mês de julho, 2
bilhões e 150 milhões; no mês de agosto, 1 bilhão e 325 milhões.
O presidente
coloca, nobre deputado Reis, nobre deputado Coronel Telhada, que nenhum
município no estado de São Paulo vai ter menos recursos de Fundo de Participação
dos Municípios do que teve no ano passado. Então os prefeitos do estado de São
Paulo terão garantido no mínimo a receita em relação ao Fundo de Partição dos
Municípios que tiveram no ano de 2022.
Estou com uma
relação de todos os municípios aqui do estado de São Paulo. Vou aqui pegar o
exemplo de Mauá, que, em 2022, foi de 63 milhões de reais, este ano terá 65
milhões de reais; Mirandópolis, que teve 17 milhões em 2022, este ano terá 18
milhões e 600 mil; a cidade de Álvares Machado teve 17 milhões em 2022 e terá
18 e 600 em 2023; a cidade de Apiaí também, 17 milhões e 18 para 2023.
A cidade de
Analândia - muito obrigado, deputado Suplicy - teve 7 milhões e 600 em 2022 e
vai ter 8 milhões em 2023; a cidade de Atibaia teve 60 milhões em 2022 e vai
ter 64 milhões em 2023; a cidade de Bastos teve 15 milhões em 2022 e vai ter 16
milhões de 2024, demonstrando que todos os municípios do estado de São Paulo
estão tendo a recomposição, via Fundo de Participação dos Municípios, para
compor a perda que tiveram em relação ao ICMS em relação ao governo federal.
Agora esperamos
que o Governo do Estado de São Paulo, que está recebendo montantes em repasses
do governo federal todos os meses... Esperamos que o estado de São Paulo, por
ter feito desoneração tributária, também para diversos setores da economia
paulista, que agora os municípios estão perdendo arrecadação, não conseguem
fechar suas contas...
Com esse
dinheiro que o estado de São Paulo está recebendo - mais de um bilhão, chegando
a mais 2 bilhões, dependendo do mês corrente - ele tem recurso e pode estar
ajudando também a recuperação e a recomposição das finanças dos municípios.
Então não está
cobrando do governador do estado de São Paulo. Do mesmo jeito que o governo
federal já apresentou uma lei para recompor as finanças dos municípios, é
importante que o estado de São Paulo também faça a mesma coisa.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra o
deputado Reis, que fará o uso regimental da tribuna.
O SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Quero saudar o presidente Carlos Giannazi, o
deputado Marcolino, a deputada Thainara, o deputado Suplicy, o deputado Capitão
e Coronel Telhada e cumprimentar todos os integrantes da Polícia Penal, da
Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Militar, todos os
funcionários, o público presente e todos aqueles e aquelas que nos acompanham
em suas residências pela Rede Alesp.
Presidente
Carlos Giannazi, hoje eu estive com o Capitão Telhada lá na Delegacia Geral de
Polícia, na Brigadeiro Tobias, onde foram inauguradas as novas instalações do
Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil, Cepol, e também as
instalações da Divisão de Operações de Inteligência Policial, o Doip; também as
instalações da Divisão de Comunicações da Polícia Civil, o Dicom; e o Serviço
Técnico de Monitoramento Legal de Telecomunicações, o Setel, e também um grande
laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro.
Estava presente,
também, o secretário de Segurança Pública, secretário Guilherme Derrite; o Dr.
Artur José Dian, delegado-geral de polícia; o Dr. Caetano Paulo Filho, diretor
do Departamento de Inteligência Policial; o Dr. Rui Baracat Guimarães, delegado
divisionário da Assistência Policial; o Dr. Maurício Correali, delegado de
polícia titular do Sepol; o Dr. Luiz Renato, delegado divisionário; o Dr. Olavo
Reino Francisco, delegado divisionário do Dicom; o Dr. Gilberto Gerardi,
delegado de polícia, coordenador do Setel; o Dr. Gilson, que é delegado-geral
adjunto; o deputado Delegado Olim; o deputado Capitão Telhada; o deputado Celso
Russomano; o vereador Coronel Salles; o Dr. Domingos de Paula Neto, que é 6º
delegado seccional de São Paulo; e centenas de policiais civis e também
representantes da Magistratura, do Ministério Público.
Achei de suma
importância aquelas instalações modernas e aquele modelo. Aquela modernização
que foi feita ali é o modelo que queremos para todas as delegacias de São
Paulo.
Aquele
investimento que teve lá que o governo fez e que vai dar dignidade para aqueles
policiais, que vão poder prestar um serviço de excelência, inclusive no combate
à lavagem de dinheiro, porque se formou ali um grande laboratório em condições
tecnológicas, com investimento em tecnologia. Ali nós temos a maior delegacia
eletrônica do mundo. É uma delegacia que avalia cerca de oito mil ocorrências
por dia.
Então, é um
investimento que a gente vem cobrando desde quando chegamos a esta Casa: que o
governo possa melhorar as instalações da polícia. E tem que melhorar bastante
as delegacias.
A delegacia em
que trabalho, no Campo Limpo, 37º Distrito Policial, eu inclusive fiz até uma
emenda para a reforma dela, porque está em condições precárias. Algumas
delegacias estão sendo reformadas, mas tem muitas delegacias ainda que não
trazem dignidade para o policial trabalhar.
Então, aquele
modelo que nós identificamos hoje, lá na Brigadeiro Tobias, no Palácio da
Polícia, é o modelo que a gente quer do Sr. Governador do Estado, para todas as
repartições policiais, todas as repartições militares, repartições civis, repartições
da Polícia Técnico-Científica para que, realmente, nós tenhamos dignidade. Para
que nós, policiais, possamos prestar um bom serviço, porque ficou um ambiente
muito positivo.
Eu fiquei muito
contente de encontrar os meus pares lá, encontrar os meus colegas, inclusive
ter sido convidado pelo diretor do Dipol, o Dr. Caetano, encontrar o 6º
delegado seccional, que é muito amigo meu; o Dr. Domingos, um delegado
progressista, um delegado defensor da política, dos Direitos Humanos, da
legalidade policial.
E me deixaram
muito alegre as instalações como foram entregues hoje para a nossa instituição,
instalações muito bem estruturadas, ventiladas, com ar condicionado. Ou seja,
ali o policial civil vai poder prestar um bom trabalho para nossa população.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Reis. Com a palavra, o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Donato. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Eduardo Suplicy, que fará uso
regimental da tribuna.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Sr. Presidente, para
uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra,
o deputado Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
PARA COMUNICAÇÃO - Enquanto o deputado Eduardo Suplicy se dirige à tribuna,
quero parabenizar o deputado Reis pelas palavras.
Realmente foi
muito importante o evento de que participamos hoje em conjunto lá no
Departamento de Inteligência da Polícia Civil, com a presença de diversas
autoridades do Poder Executivo, parlamentares estaduais e federais, um
investimento de mais de sete milhões de reais do governo paulista no
departamento, reinaugurando, reformando cinco divisões, cinco unidades da
Polícia Civil de suma importância para a inteligência.
Então como o
deputado citou o monitoramento legal de comunicações, o Cepol, o laboratório
que vai trabalhar na lavagem de dinheiro.
Então, onde que
eu quero chegar? Que acima da dignidade da pessoa humana, do policial civil que
vai ter condições de trabalho ali, de acordo - que ele merece - com uma
estrutura, uma infraestrutura moderna, com vidro, com transparência, isso até
dá uma lisura maior ao serviço público, como tem que ser o serviço público...
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Reis.
* * *
Mas acima disso
tudo, o que eu quero destacar aqui nesta comunicação, presidente, é justamente
a importância e a ênfase que se dá a um dos pilares que o governo de São Paulo
colocou como plano de governo, juntamente com o secretário Guilherme Derrite,
que ele citou hoje na reunião.
Além da
recomposição salarial, que já votamos e aprovamos aqui nesta Casa no primeiro
semestre às nossas polícias, é a elevação da bandeira do combate ao crime
organizado. E para se combater o crime organizado, de maneira estratégica e
inteligente, nós temos que ter uma inteligência policial valorizada e de
acordo.
Então o que nós
vimos lá hoje foi um investimento no recurso humano do policial que trabalha na
inteligência que, com certeza, vai dar um reflexo muito positivo lá à frente
quando o governo começar de verdade - o que não se fazia em outros governos - a
fazer um combate verdadeiro ao crime organizado, principalmente na lavagem de
dinheiro, no financiamento do criminoso.
Então parabéns
ao secretário Guilherme Derrite, parabéns ao governador. E a nós, deputados,
nos cabe apoiar essas agendas positivas do governo paulista.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Suplicy, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Reis, deputado Telhada, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, eu gostaria de informar que recebi um convite muito
importante da Câmara dos Deputados, do deputado Zé Silva, presidente da
Comissão de Legislação Participativa, que diz que o colegiado da comissão
aprovou o Requerimento nº 4.023, da deputada Talíria Petrone, que solicita a
realização de audiência pública para debater a regulamentação da produção e
aplicação para fins medicinais e terapêuticos da Cannabis medicinal.
Com base no
requerimento que diz que essa deputada Talíria Petrone, representante do PSOL,
do estado do Rio de Janeiro, que solicitou a realização de audiência pública a
fim de debater a regulamentação da produção e aplicação para fins medicinais e
terapêuticos da Cannabis medicinal.
E propõe que
sejam convidados, dentre outros, o representante da Rede Jurídica pela Reforma
da Política de Drogas; o representante da Associação Flor da Vida, justamente
aquela que eu visitei há três semanas atrás, em Franca, onde tive a impressão
tão positiva; o representante da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis
Medicinal, de Minas Gerais; o representante da Associação Brasileira de Acesso
a Cannabis Medicinal do Rio de Janeiro - Abrario; o representante da Apoio à
Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), do Rio de Janeiro;
representante da Associação Maria Flor, de São Paulo; o representante da
Sociedade Brasileira de Ensino Canábico (SBEC); o representante do Ministério
da Saúde e o representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
Anvisa.
O uso da Cannabis
para fins medicinais é um tema que vem assumindo proporções globais. Os Estados
Unidos, Canadá, Portugal entre outros, legalizaram o seu uso, além da pesquisa
e cultivo para fins industriais e medicinais.
No Brasil, é
louvável o papel do Poder Judiciário, que vem concedendo medidas liminares
autorizando a importação desse medicamento e o autocultivo, assim como a
produção por associações, para distribuição a seus associados, mediante
prescrição médica.
A Associação
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2016 ajustou-se a essa
tendência e aprovou diversas normas para regulamentar o acesso a esses
medicamentos, como a inclusão desses medicamentos no SUS.
Em 20 de abril
de 2023, foi articulada a criação de um grupo de trabalho reunindo o Ministério
da Saúde e a Anvisa para tratar da possibilidade de regulamentação do uso
medicinal no Brasil.
No Congresso
Nacional, o debate sobre o tema se fortalece porque tramita no Senado o Projeto
de lei 89, de 2023, da autoria do senador Paulo Paim, que institui a Política
Nacional de Fornecimento Gratuito de Medicamentos Formulados de Derivado
Vegetal à Base de canabidiol, nas Unidades de Saúde - SUS.
Ademais,
tramita nesta Casa Legislativa, o Projeto de lei 399, de 2015, que altera o
Art. 2º da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para viabilizar a
comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da
planta Cannabis sativa em sua formulação.
Para além dos
motivos citados, o uso do canabidiol tem se mostrado eficiente para tratamento
de inúmeras enfermidades, o que por si só justifica a necessidade de ampliação
da articulação para a regulamentação de seu uso no Brasil.”.
Gostaríamos,
Sr. Presidente, de conclamarmos ao presidente Arthur Lira que coloque logo em
votação o projeto mencionado há pouco e que logo se decida sobre a iniciativa
da bancada conservadora, que gostaria que esse projeto não fosse adiante, mas é
importante que ele vá sim, para melhorar a qualidade de vida de tantos
brasileiros e brasileiras.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores do Pequeno Expediente, próximo orador, Dr. Jorge do Carmo. Deputado
Dr. Jorge do Carmo ausente. Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, deputados e deputadas,
público presente, telespectador da TV Assembleia, eu quero prestar o meu total
apoio à luta dos servidores e servidoras do município de Jacareí, sobretudo aos
aposentados e pensionistas, que estão em luta contra o confisco das
aposentadorias e pensões.
O mesmo que
aconteceu aqui no estado de São Paulo, com a gestão Doria, aconteceu também em
Jacareí. O prefeito lá confiscou, aprovou um projeto há um ano na Câmara
Municipal confiscando as aposentadorias e pensões dos seus servidores e
servidoras.
Eles estão em
luta pela revogação, como nós fizemos também aqui na Assembleia Legislativa e
fomos vitoriosos, porque nós derrubamos o confisco aqui no estado de São Paulo.
Agora nossa
luta é pela devolução do que foi retirado dos aposentados, devolução com juros
e correção, logicamente. Mas o que me chama atenção, além disso, que é muito
grave, é que recentemente foi aprovado um projeto de lei na Câmara Municipal de
Jacareí, que foi sancionado e virou a lei 6572, de 2023, que reduz a
contribuição da prefeitura para o fundo previdenciário.
Olha só o
absurdo, eles confiscam, a prefeitura confisca dos aposentados e pensionistas,
mas reduz agora, após um ano, a parte de contribuição da prefeitura.
É um absurdo, é
um escárnio total, isso, Sr. Presidente, que nós queremos repudiar,
veementemente, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, e exigir que a
prefeitura levante esse confisco dos aposentados e pensionistas. Tenho até um
vídeo que eu quero mostrar, Sr. Presidente, dos aposentados e pensionistas
mobilizados nessa luta.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Todo o nosso
apoio aqui à luta dos aposentados e pensionistas de Jacareí contra o confisco.
Revoga já o confisco e essa lei também que, de uma forma muito estranha, reduz
a contribuição da prefeitura. Tinha que reduzir a contribuição dos servidores
e, não, da prefeitura.
Sr. Presidente,
quero ainda destacar uma notícia que nos preocupa muito, que foi publicada
agora na “Folha de São Paulo” sobre um anúncio que o governador Tarcísio de
Freitas fez.
Ele pretende
privatizar a Fundação Casa. Olha só o absurdo. A “privataria bolsotucana” se
alastrando por todo o estado de São Paulo. Está aqui a matéria. “Governo
Tarcísio estuda PPP, parceria público-privada, para a Fundação Casa”.
Ele diz que tem
muitos funcionários e que ele vai enxugar a máquina fazendo uma PPP, reduzindo
o número de funcionários, cortando funcionários da Fundação Casa, que
recentemente fizeram, inclusive, uma greve, porque estão com salários
arrochados há muitos anos, defasados há muito tempo, Sr. Presidente. Um
absurdo, isso aqui, criminalizar os servidores da Fundação Casa.
Essa PPP seria
um verdadeiro retrocesso, Sr. Presidente, no atendimento de crianças e
adolescentes, porque isso, Sr. Presidente, vai prejudicar esse tipo de atendimento.
Nós somos totalmente contra.
Isso aqui é uma
privatização da Fundação Casa, que precisa de mais investimento. Os servidores
estão com salários arrochados, vítimas do assédio moral, das transferências
compulsórias, não têm evolução na carreira.
Nós fizemos
várias audiências públicas aqui na Assembleia Legislativa. É uma notícia
preocupante essa de que o governador pretende privatizar a Fundação Casa,
enxugando o número de funcionários, de servidores, cortando funcionários. Um
absurdo, Sr. Presidente,
Essa
“privataria” aqui do tucanato permanece com mais força ainda nessa gestão do
governador Tarcísio, que já pretende privatizar a Sabesp, o Metrô, a CPTM, as
zeladorias das escolas estaduais, promete implantar mais pedágios eletrônicos
em várias rodovias do estado de São Paulo.
Então nós
queremos manifestar nossa total oposição a essa tentativa de privatizar a
Fundação Casa, que é um patrimônio do estado de São Paulo, Sr. Presidente, para
entregar para as organizações sociais de caráter privado, promovendo demissão
em massa dos servidores da Fundação. Mas haverá muita resistência aqui da nossa
parte, na Assembleia Legislativa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores. O próximo orador, deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.)
Entrando na lista suplementar. Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Marina Helou. (Pausa.)
Deputado Capitão Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
Uma excelente tarde a todos, uma ótima semana.
Quero fazer a
seguinte pergunta a quem nos assiste aqui pela galeria e pelos canais de
comunicação da Assembleia Legislativa: você se lembra desses nomes aqui que vou
falar? Você se lembra do Gil Rugai? Você se recorda do Alexandre Nardoni? Você
se lembra do Lindemberg Alves? Você se recorda do Cristian Cravinhos?
Você se lembra,
por acaso, desses quatro nomes que falei agora? Eu acho que você se lembra,
porque todos esses quatro são criminosos que cometeram graves crimes violentos
de homicídio contra familiares sem chance nenhuma de defesa, contra criança,
contra o pai, contra familiares dormindo, como foi o caso do Cravinhos.
E esses quatro
nomes que te falei agora, todos, sabe onde estão? Estão nas ruas. Cumprindo
pena, condenados pela Justiça, mas do dia 12 ao dia 18 de setembro - que é
agora, é hoje, segunda-feira - eles estão aí pelas ruas, soltos.
Mesmo apenados,
estão curtindo com a família, estão andando por aí, enquanto as suas vítimas -
aqueles que morreram pelas suas mãos de forma covarde e cruel, sem chance de
defesa, com requintes de crueldade, com todas as qualificadoras possíveis pelo
nosso Código Penal - esses não têm mais chance nenhuma de falar, nem de viver.
Seus familiares
estão, para sempre, condenados, enquanto esses quatro e outros tantos milhares
de presos estão soltos, em mais uma saidinha de preso que nós vimos, que nós
assistimos acontecer aqui em São Paulo e no Brasil.
Na sua região
aí - Vale do Paraíba, litoral norte, Vale do Ribeira, Campinas, Araçatuba -
cada região sua, paulista, pode ter certeza: teve três mil, quatro mil, cinco
mil presos sendo liberados. Infelizmente, ainda, sem monitoramento em mais uma
saidinha de preso.
Só lembrando
que nós temos uma lei tramitando lá no Congresso Nacional, uma lei que,
inclusive, já foi aprovada na Câmara dos Deputados Federais, Projeto de lei nº
583/2011, está parado lá no Senado Federal, aguardando aprovação, uma lei que
proíbe, que acaba com as “saidinhas” temporárias.
Alô, Srs. senadores
da República, vamos tramitar esse projeto aí em Brasília ou não vamos? Vamos
acabar com essa pouca vergonha que é a saidinha de preso? Eu não estou falando
aqui em nome dos agentes de Segurança Pública, não; não estou falando como
policial aqui; estou falando como cidadão.
O cidadão
brasileiro não aguenta mais essa pouca vergonha que é a saída de preso, que é a
gente assistir a porteira aberta e presos saindo em fileiras e avançando nas
ruas, nas cidades.
Muitos, aí,
reincidindo, porque a gente sabe que muitos saem para cometer novos crimes,
para novamente abusar do cidadão brasileiro, para roubar, para furtar, para
cometer excessos - muitas vezes inclusive latrocínios - contra o povo paulista.
Indivíduos que deveriam estar no seu cumprimento de pena, que foram apenados
por juízes, e estão na rua, roubando de novo.
Graças a Deus,
nós estamos evoluindo nesse assunto aqui em São Paulo. Nós assistimos acontecer
um convênio entre a Secretaria de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça, um
convênio que autorizou o policial militar a monitorar esses presos. Então hoje,
nessa saidinha agora de setembro, nós demos um grande passo.
O que
antigamente demorava, a comunicação do policial militar na rua... No
patrulhamento cotidiano, demorava entre ele abordar o indivíduo suspeito e
saber quais eram as reais condições daquela saída temporária daquele indivíduo,
porque não tinha o contato com a Justiça.
Hoje o policial
militar, através do seu terminal móvel de dados, no tablet da sua viatura,
consegue abordar aquele suspeito, que é um indivíduo em cumprimento de pena,
beneficiado pela saidinha temporária. E, através dos dados pessoais daquele
delinquente, daquele interno, que está solto naquela ocasião, conseguem
consultar se ele está quebrando as regras ou não.
Então, só
nesses cinco dias de saidinha temporária nós tivemos 118 internos, 118
bandidos, em cumprimento de pena, que estavam nas ruas, quebrando as regras,
estavam contra as normatizações colocadas pelo Judiciário, e eles foram
prontamente levados de volta para os centros de detenção provisória. Isso foi
uma evolução muito grande.
Outra evolução
que tivemos, Sr. Presidente, rapidamente, foi que agora, com esse convênio,
muitos delinquentes, muitos criminosos que são liberados na audiência de
custódia já voltam para o convívio no seio da sociedade monitorados com
tornozeleira, algo que não existia anteriormente.
Já tem nove
indivíduos sendo monitorados com tornozeleira após a saída da audiência de
custódia. E desses nove, cinco são pessoas, são criminosos que cometeram
violência contra mulher. Então, é o governo de São Paulo, a Secretaria de
Segurança Pública colocando como tema prioritário a segurança da mulher.
E, para a
notícia de todos aqui, oficialmente, nós tivemos, desses cinco casos, um caso,
inclusive que já foi preso, porque ele agrediu a mulher, foi preso. Na
audiência de custódia, no dia seguinte, foi colocado monitoramento nele por
tornozeleira e, pasmem, no mesmo dia que ele saiu, que ele foi libertado na
audiência de custódia, no mesmo dia ele quebrou a regra.
Foi novamente
ao encontro da mulher agredida, provavelmente para tirar a vida dela ou para
fazer uma nova agressão. A Polícia Militar, por georreferenciamento conseguiu
identificar que ele estava se aproximando da vítima, da mulher, e conseguiu
deter aquele indivíduo, e foi dada voz de prisão a ele. A Justiça acatou o
recolhimento desse indivíduo.
Então, poucos
casos, nove monitoramentos apenas, e já tem o sucesso de um caso que salvou a
vida de uma mulher, que seria novamente agredida pelo ex-companheiro.
Então, para
resumir, parabéns ao secretário por essas autuações, em convênio com a Justiça,
e parabéns ao governador. E faço o seguinte apelo ao Senado: vamos dar
andamento à nova lei que proíbe as saídas temporárias, que agora é o Projeto de
lei nº 2.253, de 2.022. Eu sou totalmente contra. O cidadão brasileiro, o
cidadão de bem, pede e clama pelo fim das saídas temporárias no Brasil, uma
vergonha nacional.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem, deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nós estamos acompanhando aqui pela imprensa,
pelas redes sociais aqui, um verdadeiro escárnio, sobretudo às mulheres e à
sociedade brasileira.
Eu me refiro
aqui à notícia de que em jogos universitários realizados recentemente por
estudantes das universidades aqui de São Paulo, houve uma masturbação coletiva,
Sr. Presidente, pelos alunos de Medicina da Unisa, alunos que estavam jogando
futsal. Parece-me que invadiram um jogo de vôlei feminino, de mulheres, de
alunas.
Aqui a matéria
do “Globo”: “Estudantes de Medicina fazem masturbação coletiva diante de
jogadoras de vôlei em São Paulo.” Tem algumas fotos, tem algumas imagens, e a
sociedade está estarrecida em relação a esse fato.
Nós queremos
exigir, Sr. Presidente, que providências sejam tomadas pela reitoria da
Universidade, pelo MEC. Que o MEC faça uma intervenção, tome providências e,
que o Ministério Público também.
E mais ainda,
Sr. Presidente, que o nome dos alunos envolvidos, alunos de Medicina, vão
depois atender a população, sobretudo as mulheres. Já pensou um aluno desse se
especializando em Ginecologia, atendendo mulheres, Sr. Presidente? É um absurdo.
Então, que os
nomes desses alunos sejam também enviados ao Conselho Regional de Medicina para
que providências sejam tomadas, talvez até negando a eles o direito de atuar
profissionalmente.
Então, um
absurdo, um escárnio, uma afronta, Sr. Presidente, o que aconteceu nesses jogos
olímpicos. Mas nós queremos providências. O MEC tem que tomar providências, a
Reitoria da Unisa, o Ministério Público e, sobretudo também, o próprio
Conselho, porque nós vamos atrás dessas informações e nós vamos notificar todos
esses órgãos, Sr. Presidente.
Queria, então,
fazer essa manifestação, porque é um absurdo o que aconteceu.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Próximo
orador é o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, gostaria de
aqui registrar duas notícias importantes. A primeira, a entrevista do prêmio
Nobel de economia, Joseph Stiglitz, que eu tive a oportunidade de conhecer
pessoalmente quando fazia meus estudos de economia na Michigan State
University.
Ele diz sobre a reforma tributária e comenta que
as propostas do governo Luiz Inácio Lula da Silva para acabar com vantagens
tributárias, que permitam pessoas mais ricas pagar menos impostos, terão efeito
positivo na economia brasileira.
Não é surpresa que os ricos digam que não os
tribute, porque será ruim para a economia. Eu ficaria surpreso, diz Joseph
Stiglitz, se eles não dissessem isso. É um argumento egoísta, mas não tem base
econômica.
O vencedor do Nobel esteve no Brasil na semana
passada para uma série de eventos e reuniões, incluindo o encontro com o
presidente Lula em um seminário organizado pela Oxfam Brasil e pelo instituto
de estudos socioeconômicos. Stiglitz afirma que a desaceleração da economia
global torna urgente para o Brasil aumentar a arrecadação, estimular o
crescimento e reduzir juros.
Ele é otimista em relação aos Estados Unidos, mas
destaca problemas nas economias europeias e chinesa. Não está claro se o
presidente Xi Jinping está apto para gerenciá-los. Afirma que a inflação caiu
nos Estados Unidos e no Brasil por causa da normalização da oferta e demanda no
pós-pandemia, não por causa da alta de juros.
O incrível sobre o Brasil como é, que ele se saiu
tão bem, dada a má política do Banco Central. Pergunta a “Folha”: o senhor teve
muitos encontros aqui, no Brasil, incluindo uma reunião com o presidente Lula.
Qual a impressão sobre o País nesta visita?
Responde Stiglitz: “há um espírito mais forte do
que eu não sentia há muito tempo. É como emergir de uma espécie de escuridão. O
governo tem feito um trabalho muito bom.
Alguns grupos da sociedade civil gostariam que
ele fizesse mais, algumas pessoas ricas gostariam que ele fizesse menos.
Considerando as dificuldades, ele está fazendo um trabalho muito
impressionante.
Seria bom para a economia brasileira e para todo
o Brasil se o Congresso aprovasse os impostos mais progressivos que ele propôs.
Eu iria ainda mais longe, mas o que ele propôs é importante”.
Pergunta a “Folha”: algumas pessoas dizem que
tributar os ricos é ruim para a economia e sempre há uma maneira de escapar da
tributação, como parte de um movimento internacional por justiça tributária.
Como o senhor vê essa questão?
“É muito bom para a economia tributar os ricos,
por muitas razões. O governo precisa da receita e esse é o melhor lugar para
recebê-la. Em segundo lugar, o Brasil é um dos países em que os ricos pagam
menos impostos, em relação a sua renda, do que os pobres.
Eles têm maneiras legais de evitar impostos. A
maioria das pessoas é honesta, pagará a sua parcela justa se for chamada a
fazer isso. Se não for, não pagará. A terceira coisa é que isso leva a uma
sociedade mais igualitária. Não é uma visão de esquerda.
O FMI, a OCDE, todos chegam à visão de que as
sociedades com menos desigualdade têm um desempenho econômico melhor da qual
todos se beneficiarão. Não é surpresa que os ricos digam: não nos tributem
porque será ruim para a economia. Eu ficaria surpreso se eles não dissessem
isso. É um argumento egoísta, mas não tem base econômica.”
Pergunta: “um
dos objetivos dessa busca por receitas é zerar o déficit nas contas públicas,
mas há pressões por mais gastos. A austeridade é importante nesse momento?”,
pergunta a Folha. “Os mercados financeiros têm enfatizado demais a importância
do déficit. A austeridade falhou em todos os lugares como instrumento para o
equilíbrio orçamentário.
A austeridade
geralmente leva a um menor crescimento; menor crescimento leva a uma menor
arrecadação de impostos e a mais gastos com seguro-desemprego e rede de
segurança básica.
Então, piora o
déficit. Até o FMI reconhece que foi uma política errada. Se você coloca o
crescimento no topo da agenda, a economia cresce, as receitas aumentam, o
déficit diminui.
O que o
presidente Lula está fazendo é a estratégia correta, de duas maneiras. Ele diz:
olhe, vou tentar arrecadar mais, uma quantia moderada, das pessoas ricas que
não estão pagando uma parcela justa. Ao mesmo tempo, vou usar parte desse
dinheiro para promover o crescimento econômico, para a transição ecológica.”
Acredito que as
recomendações e os diagnósticos de Joseph Stiglitz, esse brilhante Prêmio Nobel
de Economia, são muito saudáveis.
Muito obrigado,
presidente Reis.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem. Seguindo
a lista aqui, o próximo orador é o deputado Conte Lopes, deputado capitão Conte
Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, na última sexta-feira,
presidente Reis, tivemos a oportunidade de comparecer ao Canil da Polícia
Militar, onde fomos homenageados, juntamente com outras autoridades, inclusive
o Dr. Nico, secretário-adjunto.
Estavam lá o
secretário Derrite, o comandante-geral da Polícia Militar, o Capitão Telhada,
deputado aqui desta Casa. É uma bela solenidade de homenagem do Canil da
Polícia Militar.
Também fiquei
acompanhando os discursos, vi que V. Exa., hoje, deputado Reis, que preside a
sessão, estava na Delegacia Geral de Polícia, acompanhado também do secretário
Derrite, do Capitão Telhada e de outras autoridades.
E a gente fica
contente com isso. Inclusive, enalteci aqui a coragem do governador Tarcísio de
Freitas, que colocou a Polícia do Estado de São Paulo nas mãos de policiais.
Nós temos o
Derrite na Secretaria da Segurança Pública, que é um capitão da Polícia
Militar, temos o coronel Cássio, que é o comandante-geral, temos o Dr. Nico -
muito conhecido, grande delegado - experiente, como secretário-adjunto, Dr.
Arthur.
Então veja,
deputado Reis, V. Exa, que é um homem da polícia, inclusive já foi da Polícia
Militar, já foi da Polícia Civil, então V. Exa. é um homem experiente. Vossa
Excelência é um homem indicado, futuramente, para ser um secretário da
Segurança Pública em um governo de esquerda aqui em São Paulo.
Não estou
torcendo para isso, estou torcendo totalmente contra, mas V. Exa. é um homem
indicado, porque V. Exa. foi policial militar e policial civil. Inclusive, V.
Exa. até aparece aí, a gente ouve, sendo indicado a ser vice de Guilherme
Boulos na prefeitura de São Paulo.
Acho que V.
Exa., como foi um grande vereador, deveria ter condição a ser candidato a
prefeito de São Paulo, não vice de candidato, de prefeito. Vossa Excelência tem
condições para isso, principalmente na área da Segurança Pública.
Vossa
Excelência colocou várias vezes aqui que é o problema maior da cidade de São
Paulo. Vinte por cento da população não reclama da educação e da saúde, reclama
da segurança pública.
Realmente, está
difícil. Está difícil por causa da polícia? Não, está difícil porque não tem
condições de trabalhar. Aí, é moleza para os bandidos, né? É saidinha
temporária... Condena o cara lá que tira uma selfie no Congresso, invade o
Congresso - eu não estou apoiando invasão de Congresso - mas ele pega 17 anos
de cadeia.
O bandido mata
a irmã - me perdoe mais uma vez citar aqui - do nosso amigo Márcio Nakashima, a
Mércia Nakashima, que nós ajudamos na prisão, no levantamento, na investigação,
de um ex-PM, do advogado, ex-policial, que jogou a moça em um rio, em uma
represa em Piracaia. Jogou a moça viva, empurrou o carro com ela lá dentro. O
cara já saiu, deputado Reis. O cara sai de terno, gravata, mais bonito do que
eu. Ele sai rindo da cadeia.
Então, é uma
inversão de valores. O bandido não fica preso no Brasil. Então, é evidente que
vai crescer o crime. Enquanto nós não mudarmos as leis em Brasília, para que o
bandido cumpra a pena, para que ele sinta o peso da lei...
Quando ele
executar um policial, por exemplo, que ele tenha direito à prisão perpétua,
como é nos Estados Unidos. O policial, quando é atacado como atacaram em
Santos.... O cara está morrendo, é uma pena de morte que o bandido aplica.
Então, porque
ele não pode ter prisão perpétua? Porque ele não pode acabar os dias preso. Mas
aqui não. Aqui é saidinha temporária, e o cara tem uma saidinha temporária e
não volta mais, ele vai embora. Ninguém analisa quem sai e quem deixa de sair.
Então, a gente... Realmente, é uma luta da Polícia Militar, da Polícia Civil,
que está trabalhando.
Veja as prisões
da Polícia Civil, deputado Reis, de tráfico de drogas, de traficantes. Agora,
pega o maior bandido do Brasil, André do Rap. Em um belo sábado, um ministro do
Supremo Tribunal Federal, que era primo do Collor Mello, o advogado entra bem
no dia que ele está de plantão, e o André do Rap sai pela porta da frente.
Quando o ministro do Supremo Tribunal Federal viu que cometeu um erro, ele
escreve embaixo para a polícia, “prenda”. Só que já soltou o cara, estava
preso.
Então, na
verdade, é isso. Então, meus cumprimentos, para terminar, ao deputado Reis, que
esteve hoje na Secretaria de Segurança Pública, na Delegacia Geral de Polícia,
demonstrando que a polícia, realmente, tem que estar na mão de policias, que
entendem do riscado, como V. Exa., que foi policial militar, foi soldado, foi
cabo, é investigador de polícia, e tem conhecimento.
Diferente de
juristas que nunca pisaram em uma viatura. São intelectuais, José Carlos
Dias... Não sou contra nada disso. Mas o que o cara entende? Promotores
públicos, o que entendem de Segurança Pública?
O cara não sabe
a diferença do Deic e de uma delegacia comum, do Deic e da delegacia de
homicídios, da Cavalaria com a Rota. Para ele, é tudo a mesma coisa, chama de
Rota, rotinha.
Então, eu acho
que, nesse aspecto, a polícia está trabalhando combatendo o crime. Está
difícil, está, porque as nossas leis são uma aberração. Infelizmente, muitos
deputados federais, estaduais e senadores, nobre deputado senador Suplicy, são
do TikTok. Se elegem no TikTok e continuam no TikTok só, cada um tem uma televisão
para si próprio.
Obrigado, Sr.
Presidente.
Havendo acordo
entre as lideranças do plenário, solicito o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito obrigado,
deputado Conte Lopes, pelas palavras de V. Excelência. Realmente, eu também
espero vê-lo, muito em breve, aqui nesse governo do Tarcísio - que V. Exa. é do
partido do Tarcísio - quem sabe lá também um chefe aí da polícia, um chefe, um
secretário de Segurança Pública.
O Derrite pode galgar outros postos, e
V. Exa. assumir, porque V. Exa., por ter sido aluno do professor José Vicente,
tem muita experiência e muita história para contar para gente. Então, eu fico
muito contente.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Agradeço.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem,
deputado Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Só queria
retificar uma informação que eu dei, na minha palavra sobre o professor Joseph
Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia.
Eu falei que o
conheci quando estava estudando na Universidade de Michigan, mas na verdade, eu
o conheci e o recebi quando fui senador e ele visitou o Senado e, inclusive,
fez uma exposição na comissão que eu estava presidindo. E daí tivemos um diálogo muito positivo,
inclusive sobre promover maior igualdade e justiça na economia brasileira.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Está registrado.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantado os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia da última quarta-feira, com o aditamento
anunciado.
Está levantada a sessão, tenham todos
uma boa tarde.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 55
minutos.
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