17 DE MAIO DE 2024
67ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: REIS e CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - REIS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h05min.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Determina, a pedido do deputado Reis, que se faça um minuto de silêncio em homenagem aos jornalistas esportivos Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz, em razão dos seus falecimentos.
6 - REIS
Assume a Presidência.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência. Cumprimenta os estudantes de São Miguel Arcanjo, presentes nas galerias.
9 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - REIS
Assume a Presidência.
11 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
13 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - REIS
Assume a Presidência.
15 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
17 - PRESIDENTE REIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 20/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h59min.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Reis.
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* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Adentrando o Pequeno Expediente, chamo
para fazer uso da palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.).
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, telespectador da TV
Assembleia. Sr. Presidente, eu quero aqui fazer uma gravíssima denúncia que eu
recebi dos servidores do sistema prisional, dando conta de que a SAP, a
Secretaria de Administração Penitenciária, está usando a famosa Lei da Mordaça
para proibir manifestações pelas redes sociais, manifestações de opinião dos
seus servidores.
Nós já
aprovamos, Sr. Presidente, aqui, em 2009, uma lei complementar, um projeto de
lei que virou lei complementar, banindo do Estatuto do Funcionalismo Público
Estadual, que é a Lei nº 10.261, de 1968, ainda lá da época do regime militar
de 68, que não foi, essa lei não foi recepcionada em muitos dos seus artigos
pela Constituição Federal.
Mas a SAP está
usando essa lei para perseguir, para tentar controlar a manifestação de opinião
e as críticas dos servidores e das servidoras da SAP em relação aos atos da
administração. Isso tem que ser permitido, porque o Estatuto, ele já teve
algumas revogações, e uma delas foi a Lei da Mordaça, que nós aprovamos
exatamente aqui nesse plenário, em 2009.
Lembro-me de
que eu tinha apresentado esse projeto de lei banindo, excluindo o inciso I do Art.
242 do Estatuto do Funcionalismo Público, porque esse inciso proibia, na época,
isso em 2009, os servidores de se manifestarem criticamente em relação aos atos
da administração ou em relação às autoridades constituídas. Mas nós revogamos a
Lei da Mordaça.
Nós acabamos
com esse inciso do artigo, inciso I do Art. 242, até porque ele não foi
recepcionado pela Constituição Federal de 1988, que garante a liberdade de
expressão no Brasil. No entanto, nós temos vários servidores e servidoras
respondendo agora a processo administrativo porque se manifestaram
criticamente, inclusive diretores do sindicato.
O Fábio Jabá,
que todos conhecem, um defensor da categoria que está sempre aqui trazendo as
reivindicações dos servidores, responde a vários processos administrativos
porque fez críticas à administração e aos atos da administração. E é um direito
dele, fazer isso, Sr. Presidente, como cidadão, como servidor e, sobretudo,
como dirigente sindical.
No entanto, até
o dirigente sindical é punido se ele se manifesta criticamente, sobretudo nesse
momento em que há uma grande mobilização para que haja a regulamentação da
Polícia Penal, que até agora os servidores do sistema prisional não tiveram
ainda acesso à aprovação da lei. O projeto não chegou ainda à Assembleia
Legislativa.
O Executivo
está dando um passa-moleque nos servidores do sistema prisional. Nós aprovamos
a PEC em 2022 e, até agora, nada de regulamentar a PEC da Polícia Penal do
Estado de São Paulo.
Há uma minuta
de um projeto circulando, que é uma minuta muito ruim que não incorpora na Polícia
Penal os motoristas, não incorpora os oficiais administrativos e outros
segmentos importantes dessa categoria profissional que ficam de fora. É uma
minuta... Se ela vier para cá nós vamos ter que fazer uma alteração radical
nela.
Ela prejudica
os servidores mais antigos, enfim, ela tem uma forte rejeição de uma boa parte
da categoria. Então há críticas, é lógico, e nós fazemos também críticas quase
que diárias a essa demora, ao não envio do projeto de lei complementar à Assembleia
Legislativa, que semanalmente nós cobramos.
Vossa
Excelência, deputado Reis, tem feito cobranças, a gente usa a tribuna e em
todos os espaços nós cobramos o governo para que ele faça o encaminhamento
desse projeto. Agora, os servidores estão se manifestando com todo o direito,
com todo o amparo da lei federal, da Constituição Federal.
Então, Sr.
Presidente, eu estou pedindo a convocação do secretário aqui da SAP para que
ele venha depor na Assembleia Legislativa e explicar esse assédio, essa
perseguição, esses processos administrativos, essa lei da mordaça que a SAP tenta
reinstalar no estado de São Paulo, perseguindo, usando o estatuto.
Eu vi lá, em
vários argumentos eles utilizam o Estatuto do Funcionalismo Público Estadual,
repito, que não foi recepcionado pela Constituição de 1988 e não é à toa que
nós conseguimos derrotar aqui na Assembleia Legislativa o inciso I do Art. 242,
que não existe mais, não tem mais lei da mordaça no estado de São Paulo.
No entanto, a
SAP teima em perseguir, em punir servidores críticos que estão reivindicando
com justiça a regulamentação da Polícia Penal e também o fim das perseguições,
Sr. Presidente. Os servidores vivem um clima de medo, de terror, porque podem
ser transferidos para lugares distantes das suas casas.
Então fica aqui
o nosso protesto. Nós vamos convocar o secretário, ele vai ter que explicar
aqui na Assembleia Legislativa essa tentativa de reeditar a lei da mordaça no
estado de São Paulo contra os servidores da SAP e contra os servidores do
sistema prisional e contra os diretores do sindicato também. Até o Jabá está
sendo perseguido, Sr. Presidente.
É um absurdo,
Sr. Presidente, que um dirigente sindical tenha que responder processo
administrativo por terem emitido a sua opinião, terem feito críticas públicas e
cobrado o governo. Isso é inconcebível numa democracia. Então nós vamos reagir
à altura e continuar cobrando a regulamentação imediata da Polícia Penal do estado
de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, agora com a
palavra o deputado Reis, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. REIS - PT -
Saudar o presidente, deputado Carlos Giannazi, saudar também os funcionários
desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia
Penal, da Polícia Técnico-Científica e também saudar todos que estão em suas
residências e nos acompanham pela Rede Alesp. Quero dar os parabéns ao deputado
Carlos Giannazi, porque realmente a história da Polícia Penal virou uma
verdadeira novela.
Eu até acho,
deputado Carlos Giannazi, que eles estão segurando essa regulamentação, porque
não querem dar reajuste de imediato para os policiais penais. E foi prometido
que eles teriam um reajuste diferenciado por conta de que no ano passado eles
tiveram reajuste de 6%, quando os demais policiais tiveram reajuste de 13% a 32
por cento.
Como o
governador, o “exterminador do futuro”, trabalha com essa lógica Sylvia Design
- o primeiro pagamento só para agosto - provavelmente ele vai mandar esse
projeto, contando para ter validade a partir de primeiro de julho, para que os
policiais penais possam receber só em agosto.
Enquanto isso,
o presidente do sindicato, o Fábio Jabá, tem feito uma luta dura, e está sendo
perseguido, sim. Isso que V. Exa. traz à discussão nesta data é verdadeiro: ele
está sendo perseguido porque é sindicalista. Ele representa os policiais
penais. Obviamente, quando ele fala as coisas, o secretário vai lá e já
instaura um PAD, um processo administrativo para apurar. Isso é perseguição.
Inclusive, o
Fábio Jabá me mandou aqui alguns policiais penais... Ele está dizendo que serão
demitidos cinco policiais, porque fizeram uma representação contra o secretário
por abuso de autoridade, e agora estão aí para serem demitidos.
Então, é uma
situação difícil, mas é um pouco o retrato do que é o governo Tarcísio. É um
pouco do que é esse governo bolsonarista. Esse governo que concebeu a questão
do projeto da escola cívico-militar, que quer prestigiar um setor da Segurança
Pública. Não todos.
A Polícia Civil
está abandonada, a Polícia Penal está abandonada, a Polícia Técnico-Científica
está abandonada, mas ele quer prestigiar esse setor da Segurança Pública,
desprestigiando os outros, que ele persegue.
Então, é um
pouco do retrato do que é o governo Tarcísio. Mas, também quero deixar
registrado, deputado Carlos Giannazi, que ontem, dia 16 de maio, nós tivemos o
óbito de três importantes jornalistas esportivos em nosso País.
Na data de
ontem, o País recebeu com profundo pesar a notícia do passamento de Washington
Rodrigues, Silvio Luiz e Antero Greco, três brilhantes profissionais que, a seu
modo, embelezaram a arte de narrar eventos esportivos, especialmente o futebol,
com muita propriedade.
A morte dos
três jornalistas, considerados gênios em seus ofícios, foi noticiada como o dia
em que o bordão ficou mais fraco, as vozes menos potentes e a criatividade
abaixou a cabeça, em homenagem aos que trataram a narração esportiva com
maestria e dignidade.
Washington
Rodrigues, mais conhecido como Apolinho, morreu aos 87 anos de idade, no Rio de
Janeiro, em decorrência de um câncer no fígado. Foi considerado um dos maiores
comunicadores da história da radiodifusão brasileira, com passagem pela Rádio
Globo e Nacional, e trabalhado por último como comentarista e apresentador na
Tupi.
Ao todo, cobriu
13 copas do mundo, a primeira em 1970, no México, na qual o Brasil conquistou o
tricampeonato mundial. Além da rádio, também foi colunista dos jornais “O Dia”
e “Meia Hora” e arriscou participações na televisão, provando ser um
comunicador completo. O seu programa na Tupi, o Show do Apolinho, estava no ar
havia 25 anos.
O jornalista e
apresentador Antero Greco morreu aos 69 anos, em São Paulo, em razão de um
tumor cerebral contra o qual vinha lutando desde junho de 2022. Começou sua
carreira como jornalista em 1974, no jornal “O Estado de S. Paulo”. Passou por
publicações como “Popular da Tarde”, “Folha de S. Paulo” e “Diário Popular”,
antes de chegar em 1983 à TV Band.
A carreira como
comentário esportivo na ESPN começou em 1994, quando a emissora ainda era TVA
Esportes. Em 2000, Greco ganhou grande notoriedade ao assumir a bancada do
SportsCenter, ao lado do Soares, o Amigão, com quem protagonizou momentos
hilários ao vivo.
Já o jornalista
Silvio Luiz faleceu em decorrência de um derrame sofrido durante uma
transmissão ao vivo, em um programa de TV, também na Capital Paulista. Um dos
narradores mais famosos do Brasil, ele fez sucesso com bordões clássicos, como
“olho no lance”, “pelo amor dos meus filhinhos” e “pelas barbas do profeta”.
Sua carreira
teve início em 1952, quando começou a fazer participações em radionovelas e
pequenas locuções na Rádio São Paulo. Na mesma época, fez participações como
repórter para a TV Paulista.
Acredita-se que
ele tenha sido o primeiro repórter de campo da TV esportiva do País. Em 1953,
virou repórter na “Rádio Record” e “TV Record”. Em 1958, atuou como ator
encenando a personagem Julinho na primeira versão de “Éramos Seis”, na “Record”.
Logo depois, esteve na trama “Cela da Morte”, da mesma emissora. Em 1960,
migrou para a “Rádio Bandeirantes”, mas logo voltou para a “Record”.
Em 1976, virou
diretor de programação da “Record” e, também, passou a ser o principal locutor
da casa, após a morte de Geraldo José de Almeida. Desde então, colocou em
prática um novo modo de narrar jogos, destacando-se pelo humor, descontração e
o uso da ironia nas transmissões.
Ao longo da
carreira, colecionou indicações aos prêmios “Comunique-se” e “Troféu Imprensa”.
Ele contabilizou 14 indicações entre 1982 e 2006, demonstrando a sua relevância
na profissão. Em 1994, Silvio Luiz também recebeu a “Comenda da Ordem Nacional
do Mérito Educativo”, resultado do seu incentivo na televisão aberta em
benefício do “Plano Real”, o homenagem lhe foi dada por Itamar Franco.
Ícones do
jornalismo esportivo, os três dividiam a paixão e o profissionalismo no
futebol. Cada qual com seu brilho e talento incontestáveis, deixam legados
imensuráveis ao jornalismo esportivo, marcando para sempre a memória dos
brasileiros.
Sr. Presidente,
eu protocolei, então, um projeto para instituir aqui no estado de São Paulo, o
dia 16 de maio como o Dia do Jornalista Esportivo. Esperamos a aprovação dele.
Por conta, então, dessas três perdas que nós tivemos na data de ontem, gostaria
de pedir para V. Exa. que nós pudéssemos, para deixar registrado aqui, fazer um
minuto de silêncio.
* * *
- É feito um
minuto de silêncio.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Parabéns, deputado Reis...
O SR. REIS - PT - Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Por essa
importante homenagem que V. Exa. está fazendo. Gostaria de chamar V. Exa. para
continuar presidindo esta sessão, para que eu possa fazer uso da tribuna.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Dando continuidade
ao Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra o deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.)
Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Entrando na Lista Suplementar, chamo
para fazer uso da palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Reis, de volta à tribuna no dia
de hoje, eu quero continuar cobrando e, ao mesmo tempo, denunciando a
Secretaria da Educação que implantou uma política de fechamento de salas em
várias escolas do estado de São Paulo, da rede estadual, em várias diretorias
de ensino.
Ontem, eu
mostrei aqui a movimentação, a manifestação dos alunos de escolas da Diretoria
Sul 3. Lá, mais de 20 escolas estão sendo atacadas por essa proposta de fechar
salas. Isso vem acontecendo em todo o Estado, na rede estadual.
Eu recebei, Sr.
Presidente, mais denúncias, é o tempo todo, mas, agora, denúncias que mexem lá
com a Diretoria de Ensino de Sertãozinho, onde houve uma reunião, parece que
com a Secretaria da Educação, e há uma orientação para que haja, de fato, o
fechamento de salas, sobretudo no período noturno das escolas estaduais daquela região, sobretudo na área do
ensino médio. Eu já tinha denunciado aqui que o governo tem orientado o
fechamento de salas do ensino médio regular no período noturno.
Mas agora a Seduc avança nessa
proposta nefasta, perversa e cruel de fechar salas também atacando a educação
de jovens e adultos. Inclusive, as informações que nós recebemos é de que a
orientação é para que haja apenas uma escola por região, talvez por município
ou por diretoria de ensino, uma única escola de EJA, de educação de jovens e
adultos, para atender toda a demanda escolar.
E mais ainda, Sr. Presidente, eles
querem também implantar um aplicativo para a educação de jovens e adultos. Essa
máfia dos aplicativos, das plataformas digitais, essa ditadura da plataforma
digital chega também à educação de jovens e adultos. Eles criaram ou estão
criando um aplicativo também com essa finalidade, que é o aplicativo EJA EAD,
que é EJA, educação de jovens e adultos, e EAD, educação a distância.
Sr. Presidente, olha que absurdo: pessoas
que estão voltando a estudar, pessoas que não tiveram acesso à educação básica,
ao ensino fundamental e ao ensino médio, sobretudo na idade própria, que estão
com muita dificuldade, voltando a estudar, vão se deparar também com essa
plataforma. Elas vão ter aulas a distância, Sr. Presidente, olha que absurdo.
Eu tinha feito aqui uma denúncia alguns
dias atrás dizendo do fechamento de EJAs não só no estado de São Paulo, na rede
estadual, mas também em redes municipais, sobretudo na rede municipal de São
Paulo, o que nós já denunciamos exaustivamente.
Eles estão acabando com a EJA, tanto
é que saiu matéria importante na “Folha de S. Paulo” mostrando isso, que há uma
falta de atendimento da demanda da educação de jovens e adultos em São Paulo,
no Estado mais rico da Federação, porque exatamente não há oportunidade. As
escolas estão sendo obrigadas a fechar.
Esta é a orientação, Sr. Presidente,
da Secretaria da Educação: reduzir o número de cursos de educação de jovens e
adultos, reduzir drasticamente o número de salas, de escolas com ensino médio
no período noturno e a intensificação da escola PEI de nove horas. Isso vai
gerar, já está gerando, com certeza, uma grande exclusão escolar, porque muitos
alunos ficam de fora.
Alunos que trabalham durante o dia,
alunos que realizam cursos no Senai, no Senac, ou cursos profissionalizantes em
outras escolas ficam privados, ficam excluídos, logicamente, do ensino noturno,
porque não há mais ensino noturno, Sr. Presidente.
É isto que o estado está fazendo:
excluindo milhares e milhares de jovens e adolescentes do ensino médio noturno
e, mais ainda, excluindo alunos de educação de jovens e adultos das mais
variadas idades.
Eu já acionei o Ministério Público, o
Tribunal de Contas, para que providências sejam tomadas. Agora, reduzir, formar
polos e, sobretudo, essa outra proposta, mais nefasta ainda, Sr. Presidente,
para a educação de jovens e adultos, nós não podemos aceitar. Isso é um crime
contra a Educação. Lançar um aplicativo EJA EAD, educação a distância para
educação de jovens e adultos, aí é o fim, Sr. Presidente.
Isso é inadmissível, é surreal, e nós
vamos reagir à altura aqui pela Assembleia Legislativa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE
- REIS - PT - Eu estou aguardando V. Exa. reassumir a Presidência
para que a gente possa continuar o debate.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
O SR. PRESIDENTE
- CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra, o deputado Reis, que
fará uso regimental da tribuna. Vejo que nós temos uma escola que está nos
visitando. Qual é o nome da escola? Tem o nome da escola? (Voz fora do
microfone.) São várias escolas de São Miguel Arcanjo.
Sejam bem-vindos e
bem-vindas à Assembleia Legislativa de São Paulo. Parabéns pela iniciativa das
escolas em trazer vocês aqui. Parlamento Jovem, sejam bem-vindos.
Deputado Reis, com a palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. REIS - PT - Pois
bem, presidente Carlos Giannazi, ontem eu recebi aqui a escola EMEF Professor
Jorge Americano. Foi a minha primeira escola, fiquei muito satisfeito, e eles
me visitaram, até foram ao meu gabinete, ficamos conversando por cerca de uma
hora e 30 minutos.
Contei aos
estudantes toda a história do Jorge Americano. Jorge Americano também foi
deputado, não sei se V. Exa. sabe disso. Bom, mas eu quero continuar aqui o
nosso debate, deputado Carlos Giannazi, sobre as notícias falsas que o
bolsonarismo vem propagando.
Eu trouxe um
vídeo para mostrar um pouco o que o presidente Lula está fazendo no Rio Grande
do Sul e, também, o que foi a herança, o que foi o governo que saiu, o governo
anterior. Gostaria que o Machado pudesse colocar esse vídeo.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Isso é como o presidente Lula trata o nosso
povo, o carinho que ele tem pela população. É muita emoção, presidente Carlos
Giannazi, ele não foge à luta. O governo anterior, olha a diferença. Enquanto o
povo sofria na Bahia, aonde estava o presidente Bolsonaro? Estava de férias,
andando de Jet Ski. É, era isso, não era coveiro.
Ainda bem que
isso está registrado, né? Porque vêm aqui os militantes do Bolsonaro para falar
um monte de besteira, para propagar notícias falsas, mas está registrado o que
foi o comportamento negacionista do presidente Bolsonaro. Não tem como negar o
negacionismo dele, não tem como dizer que não foi.
Então, como vêm
aqui os deputados bolsonaristas e ficam falando muitas bobagens, nós vamos
passar toda semana o que o presidente Lula está fazendo, a atenção que ele está
dando para o povo do Rio Grande do Sul, e o que foi a atenção que o presidente
Bolsonaro deu quando houve as enchentes na Bahia, quando as pessoas estavam
morrendo de Covid, com mais de 700 mil pessoas. E quando ele foi questionado,
ele foi dizer que ele não era coveiro.
Então, é para a
gente analisar, deputado Gianazzi. E eu quero continuar, eu tenho uma lista de
feitos que o presidente Lula está proporcionando ao Rio Grande do Sul. Vou
voltar novamente depois da fala de V.Exa. para continuar falando sobre isso,
porque vai ser o que nós vamos fazer. Nós temos que combater as fake news, as
notícias falsas.
Segundo o
levantamento, são mais de quatro milhões e 300 mil notícias falsas já
espalhadas com relação ao Rio Grande do Sul. Nós temos que combater esses
mentirosos, e vamos combater mostrando para a verdade, mostrando o que é o
humanismo, o que é o presidente hoje, um humanista; como que ele tem carinho
pelo povo, como ele encaminha as demandas populares, comparando com o que foi o
governo anterior, o governo da destruição, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de
chamar V.Exa. para continuar presidindo esta sessão.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo no Pequeno
Expediente, chamo para fazer uso da palavra o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, nós estamos já há muitos
anos acompanhando a crise do Iamspe, a crise do Hospital do Servidor Público
Estadual.
O governo,
historicamente, vem diminuindo, e diminuiu agora drasticamente, nesse
desgoverno Tarcísio de Freitas, o investimento no Iamspe. O governo só
contribui com 3% do orçamento geral do Iamspe. Quem financia o Iamspe hoje é o
servidor público, através do desconto que ele recebe no seu holerite de 2 ou 3
por cento.
Por isso que
nós estamos vivendo uma crise generalizada, não só no Hospital do Servidor
Público Estadual, que é vítima das terceirizações, da falta de investimento,
mas também na área dos convênios, no interior paulista, na Baixada Santista, na
Capital e mesmo aqui na Grande São Paulo.
Então, a todo
momento nós recebemos denúncias de contratos de convênios que são rompidos
pelos hospitais regionais, pelas Santas Casas, pelos laboratórios, pelas
clínicas do interior, por conta da falta de pagamento, do atraso do pagamento,
do valor baixíssimo que é repassado para esses hospitais.
Todos os dias,
praticamente, nós recebemos denúncias de regiões que ficam sem o atendimento do
Iamspe, através desses convênios. E os nossos servidores das várias secretarias
ficam totalmente abandonados, sem o mínimo de atendimento hospitalar, de
atendimento médico, nem podendo fazer um exame.
E nós
recebemos, Sr. Presidente, e vários deputados receberam também, mais uma
denúncia em relação ao que acontece no Iamspe. E agora o caso é de Catanduva. Lá
tem um hospital, inclusive tem aqui ... Olha: “O atendimento do convênio do Iamspe,
lá do Hospital Padre Albino”.
Aqui a
suspensão, Sr. Presidente, desse hospital que atendia milhares de pessoas
naquela região: professores, professoras, agentes de organização escolar,
servidores da Segurança Pública, servidores do Tribunal de Justiça, das
universidades, do Ministério Público. Todos eram atendidos lá em Catanduva por
esse hospital, que administra também a Santa Casa.
Então, saiu
agora esse comunicado: ele comunica que há suspensão do serviço. O Hospital
Padre Albino comunica que a prestação de serviços ao convênio do Iamspe se
encerra no dia 6 de junho de 2024, em um domingo.
Vai acabar o
convênio e a população ficará abandonada, sem acesso ao Iamspe naquela região.
Nós estamos já entrando em contato com a superintendência do Iamspe e exigindo
providências, Sr. Presidente.
Mas isso vem
acontecendo em várias regiões, isso que eu queria destacar. Nós vamos fazer uma
intervenção nesse caso, mas temos que fazer uma intervenção geral e obrigar o
Estado a investir no Iamspe.
Ele tem que dar
a sua cota patronal de contribuição. Se um servidor contribui com 2%, o governo
tem que investir também 2% por servidor, ou 3%, porque é inconcebível e
impossível o Iamspe continuar funcionando sem o financiamento do Estado.
Então nós vamos
continuar, Sr. Presidente, cobrando diariamente mais investimento no Iamspe.
Inclusive nós já apresentamos emendas à LDO, que está sendo debatida agora na
Assembleia Legislativa, e também, no final do ano, nós vamos apresentar emendas
para aumentar o orçamento do Iamspe.
Então eu queria
fazer esse destaque para esse caso de Catanduva, que é o exemplo, que ilustra o
que vem acontecendo em todo o estado de São Paulo, o abandono do atendimento, o
rompimento de convênios com Santas Casas, com hospitais regionais, com
clínicas, com laboratórios.
Aí essa
população toda de servidores é obrigada a vir ao Hospital do Servidor Público
Estadual, que está sucateado, degradado, com várias empresas terceirizadas, até
o pronto-socorro está terceirizado, Sr. Presidente.
A enfermagem é
terceirizada no pronto-socorro, os médicos são terceirizados, tem mais de 20
empresas terceirizadas. Então é grave a situação e nós vamos continuar cobrando
e apresentando propostas para que haja melhora no atendimento para os
servidores, tanto no Hospital do Servidor Público, como também no interior
paulista, na Baixada Santista e aqui, na Capital.
Sr. Presidente,
eu quero ainda, aproveitando os últimos segundos que me restam, repercutir uma
denúncia gravíssima feita pela nossa colega, professora combativa, a professora
Renata Leopoldo, de São Bernardo do Campo, que pertence a um coletivo que
defende a Educação, defende o Magistério, defende os servidores da Educação,
que é o coletivo Esperançar.
Ela traz uma
gravíssima denúncia contra a Prefeitura de São Bernardo do Campo, que está
impedindo, atrasando a evolução, a progressão funcional do Magistério de São
Bernardo do Campo, Sr. Presidente, porque nós temos em vários planos de carreira
a evolução funcional por titulação.
Então o
professor faz uma pós-graduação, faz um mestrado, faz um doutorado, faz cursos
de aperfeiçoamento e ele ganha pontuação para sua evolução funcional. E lá em
São Bernardo do Campo há dois anos que essa evolução está atrasada, essa
progressão. No entanto, foi aprovado um projeto de lei, o Projeto de lei 89/20,
Sr. Presidente, que diminui ainda mais, de quatro para dois cursos apenas que
começam a valer para a evolução, para a progressão funcional do Magistério
municipal da cidade.
Isso é um
retrocesso na área da valorização dos profissionais da Educação, é um ataque a
um direito já que eles tinham conquistado com muita luta. Então é um retrocesso,
e a Câmara Municipal aprovou o projeto da Prefeitura, um absurdo como a Câmara
Municipal milita lá, no caso, contra a valorização do Magistério, Sr. Presidente.
Infelizmente,
isso vem acontecendo também em outros municípios. Ontem eu denunciei o que
aconteceu em Cotia também, eles estavam dificultando o acesso à progressão, à
evolução funcional, não reconhecendo vários cursos que estavam sendo realizados
pelos servidores da Educação.
Mas fica aqui a
nossa denúncia na Assembleia Legislativa. Daqui a gente quer exigir que o
prefeito reconsidere isso e volte atrás em relação a essa nefasta proposta de
reduzir de quatro para dois cursos.
Isso não
incentiva, Sr. Presidente, um professor a buscar uma qualificação, porque isso
não é um estímulo. Estímulo é você valorizar os cursos, o aperfeiçoamento, a
formação e isso tem a ver com a evolução e a progressão na carreira.
Em várias
cidades, em vários estados, isso acontece. Em São Bernardo do Campo, nós temos
uma prefeitura indo na contramão e prejudicando os profissionais da Educação, o
Magistério. E quando se prejudica o Magistério, a Prefeitura prejudica também a
qualidade de ensino e prejudica toda a comunidade escolar, sobretudo os nossos
alunos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT -
Peço para o deputado Carlos Giannazi reassumir a Presidência, para que possamos
continuar o debate.
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- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
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O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
continuidade à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, agora já na Lista
Suplementar, com a palavra, o deputado Reis, que fará uso regimental da
tribuna.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Carlos Giannazi, eu quero só
continuar, para ficar registrado aqui nesta Casa de Leis, as ações do governo
federal no Rio Grande do Sul. Ontem eu falei dos R$ 5.100,00 para cada família que
teve a residência afetada no Rio Grande do Sul.
A questão da
habitação também, no vídeo ficou bem clara; uma estratégia para atender as
famílias que tiveram as casas destruídas nas áreas urbanas pelas enchentes. O
saque do fundo de garantia por tempo de serviço, qualquer cidadão com saldo na
conta do FGTS poderá sacar o valor máximo de até R$ 6.220,00, inclusive quem já
fez saque nos últimos 12 meses.
Também foi
anunciada a suspensão das parcelas mensais por seis meses para quem é
beneficiado do “Minha Casa, Minha Vida”. O “Bolsa Família”, antecipação do
pagamento para 17 de maio, vão ser mais de 21.000 famílias, no caso, hoje, 17
de maio, mais de 21.000 famílias que vão ser atendidas por essa antecipação.
Antecipação do
calendário de pagamento do abono salarial de 2024 para maio, para o total de
trabalhadores habilitados com estabelecimento empregadores, seja nos municípios
com reconhecimento federal de calamidade. Liberação de duas parcelas adicionais
do seguro desemprego para os empregados que já estavam recebendo o benefício.
Restituição do
imposto de renda no primeiro lote para os contribuintes no Rio Grande do Sul.
Serão destinados 1,2 milhão de doses de vacinas, com atenção especial aos
problemas que vêm com as inundações, como, hepatite, raiva, sarampo.
Bancos
multilaterais, grandes bancos multilaterais, como NDB, CAF, BID, Banco Mundial
anunciaram a destinação de recursos para o Rio Grande do Sul, somado montante
separado por essas instituições financeiras ultrapassa 15,6 bi.
Nesta
terça-feira dessa semana, dia 14 passado agora, Dilma Rousseff, presidente do
Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como banco do Brics, a ex-presidente
da República, anunciou que irá destinar cerca de cinco bilhões e 750 milhões para
a reconstrução do Rio Grande do Sul. Ajuda financeira foi definida após
conversa com o presidente Lula e com o governador Eduardo Leite.
O novo PAC, o
ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nessa terça-feira, também dessa semana,
que no governo haverá uma seleção de projetos específicos para o Rio Grande do
Sul. O processo deve ocorrer por meio do novo PAC, que na última semana
anunciou investimento na ordem de 1,4 bi para o estado gaúcho.
Cestas de
alimentos, segundo atualização, nessa terça-feira, do Ministério do Desenvolvimento
e Assistência Social, Família e Combate à Fome das 52.000 cestas adquiridas no
primeiro momento à população; 19,8 já foram entregues. Então, essa questão da
alimentação.
A Secretaria Nacional
do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública coordenou reunião
virtual com o Procon estadual e os Procon municipais do Rio Grande do Sul. Em
debate, os procedimentos para lidar com impactos da tragédia e garantir a
proteção dos direitos dos consumidores.
Hospitais de
campanha, o Ministério da Saúde iniciou nesta terça o atendimento de hospital
de campanha em Porto Alegre. A estrutura funcionará 100% com recursos da Força
Nacional do Sistema Único de Saúde - SUS - e do Grupo Hospitalar Conceição, com
seis médicos, três enfermeiras e oito técnicos. A estrutura receberá pacientes
24 horas e tem capacidade para 200 atendimentos diários.
Medicamentos: o
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e
insumos para o Rio Grande do Sul.
O “Programa
Nacional de Imunização” enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à
população do Rio Grande do Sul. São proteínas utilizadas pelo organismo para
combater determinado antígeno.
Voluntariado:
os Correios também estão recrutando voluntários para auxiliar na tragédia. O
número de unidades consumidoras de energia desligada, no Rio Grande do Sul,
chegou a 561 mil no pior momento da crise, nesta terça-feira. Segundo
informações, já havia caído para 267 mil.
Defesa Civil:
segundo informações do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, 214
planos de trabalho de 146 municípios já foram aprovados junto à Defesa Civil
Nacional. São 163 milhões de reais. Entre eles, há 80 planos de assistência
humanitária.
Forças Armadas:
segundo a totalização desta terça-feira, mais de 69 mil pessoas e dez mil
animais foram resgatados no âmbito da Operação Taquari, que envolve 25 mil
militares das Forças Armadas e das forças policiais.
Rodovias
federais: segundo o balanço publicado pelo DNIT, que atua em 58 pontos das
rodovias do estado, em 26 há bloqueio total; em cinco, bloqueios parciais; e 27
já foram liberados.
Então, para
mostrar aqui a diferença, presidente Carlos Giannazi, entre o que foi o governo
anterior com relação às tragédias que aconteceram no governo anterior, com
relação à covid, às enchentes na Bahia; e o comportamento e as ações do governo
atual.
Nós não vamos
aceitar, de forma alguma, que venham bolsonaristas aqui propagar notícias
falsas, mentir para o povo. Nós estamos acompanhando dia a dia o que está sendo
feito no Rio Grande do Sul. Estamos acompanhando dia a dia as visitas do
presidente Lula, as ações do presidente Lula. E agora tem um ministro para
acompanhar a reconstrução do Rio Grande do Sul.
E nós vamos
propagar, nós vamos mostrar aqui nesta Casa, para combater aqueles que venham
aqui semear mentiras. Não vamos aceitar, de forma alguma, essa indústria de
notícias falsas.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Reis. Chamo V. Exa. novamente para continuar presidindo esta sessão.
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- Assume a Presidência o Sr. Reis.
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O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo, para fazer uso
da palavra, o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, acabou de ser publicada
agora uma matéria na “Uol”, no painel, na verdade, da “Folha de S.Paulo”, de
uma vitória importante que nós conquistamos aqui na cidade de São Paulo.
Eu me refiro a uma
ação que nós impetramos no Tribunal de Justiça contra uma lei sancionada no ano
passado pelo prefeito Ricardo Nunes, que autoriza a Prefeitura de São Paulo a
comercializar os nomes dos equipamentos públicos do município: de escolas, de
hospitais, de centros de cultura.
O projeto foi
aprovado, infelizmente, no final do ano passado, na Câmara Municipal. Um
projeto de lei, na verdade, foi aprovado, de uma vereadora do Partido Novo. E o
prefeito sancionou a lei, ou seja, entregando os nomes das nossas escolas, dos
nossos hospitais, dos centros de saúde, das casas de cultura, para empresas
colocarem nomes comerciais. Então, nós entramos com uma ação, que foi
vitoriosa: conseguimos uma liminar.
Houve o recurso
da Prefeitura contra a nossa ação. Houve também recurso da Câmara Municipal
contra a nossa ação.
Quando eu digo
nossa, é de três parlamentares: da deputada Luciene Cavalcante, do vereador
Celso Giannazi, que votou contra o projeto, logicamente, na Câmara Municipal, e
o nosso mandato aqui.
Então, os três
mandatos entraram com a ação e nós vencemos a luta. Porque agora o Tribunal de
Justiça, através, Sr. Presidente, do Órgão Especial, que é composto por 25
desembargadores, decidiu rejeitar os recursos da Câmara Municipal e da
Prefeitura, proibindo que a Prefeitura venda os nomes desses equipamentos
públicos.
Está aqui a
matéria, acho que já tinha colocado. Vamos colocar de novo, se puder. Acabou de
sair, agora. Nós ficamos contentes, porque é uma luta que se arrasta desde o
ano passado. Olha: “Justiça nega recurso de Nunes e mantém suspensão da lei”,
que é essa lei que autoriza a comercialização dos nomes das escolas.
Então, V. Exa.,
deputado Reis, falou agora a escola que o senhor estudou... Qual era o nome
mesmo da escola? Jorge Americano, o nome de uma pessoa que deu a sua
contribuição para a cidade de São Paulo.
Agora, pense
que, com essa lei que foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo
prefeito, essa escola poderia se chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental
Pão de Açúcar. O Pão de Açúcar ia comprar o nome da escola. (Inaudível.) V. Exa.
ia falar que estudou na Escola Municipal Pão de Açúcar. Já pensou?
Ou, então, um
hospital municipal com o nome... Vamos imaginar que uma empresa, como a empresa
Taurus, de armamento, compre o nome de um hospital e coloque lá... “Onde você
está internado?” “Onde você teve consulta hoje?” “Eu tive consulta no Hospital
Municipal Taurus”, que não combina.
Enfim, não vale
tudo, Sr. Presidente. Por isso que nós entramos... “Você estudou onde na
educação infantil?” “Eu estudei na EMEI McDonald's”, porque McDonald's comprou
o nome da escola e colocou a sua marca comercial. Já pensou? Casa de Cultura, a
mesma coisa. Seriam esses nomes comerciais.
Então, a nossa
ação popular contra essa lei veio nesse sentido. Nós queremos que os
equipamentos públicos tenham patronos e nomes relevantes de pessoas que
contribuíram com a Educação pública, com a cultura, com a literatura, com as
áreas sociais, mesmo na área do Esporte, pessoas que deram algum tipo de
contribuição. Agora, colocar nome comercial é desvirtuar completamente, Sr. Presidente,
essa possibilidade de dar nomes.
Nós aprovamos
aqui vários projetos de lei, dando nome a escolas, a prédios públicos, a
equipamentos públicos estaduais. Tem algum critério também, não é assim. Agora,
a lei aprovada na Câmara Municipal era um liberou geral e, sobretudo, iria
facilitar a nomeação desses equipamentos por essas empresas que comprariam os
nomes das nossas escolas e dos nossos hospitais.
Mas nós
vencemos essa batalha, pelo menos por enquanto, porque nós vencemos, Sr. Presidente,
lá no Órgão Especial, com os 25 desembargadores que disseram não a essa lei, e
isso fortalece a nossa ação popular, impetrada pela deputada Luciene Cavalcante,
pelo vereador Celso Giannazi e pelo nosso mandato aqui da Assembleia
Legislativa.
Era isso, Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre
as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental o
requerimento de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo
acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
Tenham todos uma excelente tarde.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 59
minutos.
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