9 DE ABRIL DE 2024
41ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, CARLOS GIANNAZI, REIS, EDUARDO SUPLICY, SIMÃO PEDRO, VITÃO DO CACHORRÃO e CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término desta sessão.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência. Anuncia a presença em plenário da vereadora de Pirassununga, Mirelle Bueno.
4 - REIS
Assume a Presidência.
5 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE REIS
Anuncia a presença em plenário do vereador de Itapeva, Ronaldo Coquinho.
8 - MÁRCIA LIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência. Cumprimenta a vereadora de Pirassununga Mirelle Bueno.
10 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - SIMÃO PEDRO
Assume a Presidência. Cumprimenta a vereadora de Pirassununga Mirelle Bueno.
12 - VITÃO DO CACHORRÃO
Assume a Presidência. Cumprimenta os visitantes presentes nas galerias.
13 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO
Cumprimenta o prefeito de Cordeirópolis Adinan Ortolan.
15 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
19 - MARINA HELOU
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
21 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Endossa o pronunciamento do deputado Major Mecca.
23 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
24 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - REIS
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
26 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h39min.
ORDEM DO DIA
27 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h31min. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Eduardo Suplicy com a finalidade de "participar de palestra formativa sobre o tema 'A construção de uma nação justa e civilizada e a Renda Básica de Cidadania'", no dia 19/04, em São Lourenço-MG; e Guilherme Cortez, com a finalidade de "participar do Cinquentésimo Aniversário do 25 de abril de 1974”, a realizar-se entre os dias 22 a 28/04, em Lisboa, Portugal.
28 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
29 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Cumprimenta autoridades de comitiva consular do Reino Unido.
30 - CARLOS CEZAR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
31 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 10/04, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 43 minutos. Levanta a sessão às 16h33min.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr.
Gilmaci Santos.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão
extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos
após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo
previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 9ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
10/04/24.
* * *
Passamos agora à lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente. Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. É o Reis, desculpe. Deputado Reis. Eu
pulei Vossa Excelência. Desculpe, deputado Carlos Giannazi, é o deputado Reis
que é o primeiro orador inscrito aqui.
O
SR. REIS - PT - Eu sempre sou o primeiro,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
É verdade, e ainda que não fosse, seria.
O
SR. REIS - PT - Muito
obrigado. Quero cumprimentar o nosso candidato designado, ou o nosso
“designated candidate”, o deputado Gilmaci Santos.
Cumprimento o
deputado Carlos Giannazi, que vai assumir a Presidência neste momento, a
deputada Perugini, a deputada Márcia Lia, todos os funcionários desta Casa, os
integrantes da Polícia Penal, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia
Técnico-Científica, o público presente e todos aqueles e aquelas que estão em
suas residências e nos acompanham, deputada Márcia Lia, pela Rede Alesp.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
Bem, temos
vários assuntos para falar, deputado Carlos Giannazi. Inclusive, eu assisti o
vídeo em que V. Exa. estava, em frente ao prédio da administração do Iamspe,
denunciando o nosso corretor-geral do estado. Agora nós temos um corretor. O governador
de São Paulo
se transformou em um corretor de imóveis.
Vende-se o estado
de São Paulo.
Tratar no Palácio dos Bandeirantes, ali no Morumbi, com o Sr. corretor de
plantão, que é o Tarcísio, ou o “Thorcísio”, ou o “Tarcinóquio”, e agora
criaram o “Tarcionaro”, uma mistura de Tarcísio com Bolsonaro, que é o corretor
de plantão, que quer vender vários prédios, inclusive a sede administrativa do
Iamspe.
É um absurdo que
esse senhor veio do Rio de Janeiro aqui para o nosso estado, para vender a
Sabesp e vender o Metrô. Está dilapidando o patrimônio público, que pertence
aos paulistas. Ele só pensa em negócios, só pensa em vender, vender, vender,
vender. Essa é a marca do governo Thorcísio.
Inclusive, já
há informações que quer vender também o prédio da Alesp. Vossa Excelência tem
conhecimento disso? De que o prédio da Assembleia Legislativa também será posto à venda? Então,
é um absurdo o que esse senhor está fazendo em nosso estado.
Segundo
notícias da repórter Maira Di Giaimo, da “Rádio Bandeirantes”, o governo do
estado apresentou ontem, na Associação Comercial de São
Paulo, um conjunto
de ações para a revitalização da região central.
Ele quer mudar
a sede para a região que eles chamam de Cracolândia, porque primeiro eles
mantiveram bastante tempo a Cracolândia lá para desvalorizar aquela área. Agora,
em conjunto com o Secovi, o Sindicato da Construção Civil, estão arrematando
aquelas áreas para poder implantar ali a sede e, obviamente, fazer que isso
seja um grande negócio rentável para a especulação imobiliária. O governador
autorizou a realização de um leilão, que está a cargo da Secretaria de Gestão.
Segundo a Band,
inicialmente serão 30 imóveis, que inclui o Hotel Esplanada, que fica atrás do
Teatro Municipal, o Banco São Paulo na Praça Antônio Prado, a parte
administrativa do Iamspe, um terreno de 14 mil metros quadrados, localizado na
Avenida Ibirapuera, avaliado em 350 milhões, que ele quer entregar para a especulação
imobiliária, o prédio da Secretária de Segurança Pública, localizado na Praça
Ouvidor Pacheco e Silva.
Serão 60
prédios públicos a serem desocupados na região. Os primeiros 31 estão avaliados
em 1,5 bilhão. Então, as notícias com que a gente se depara... Eu até vim aqui
para falar sobre as visitas que eu fiz ontem na cidade de Ribeirão Preto, mas
me deparei com essas notícias de venda: “Tarcísio planeja leilão da Linha 1-Azul
do Metrô em 2025”.
Tarcísio, o “Tarsonaro”,
o “Tarcinóchio”, o “Privatizador”, o “Vendedor”, ele só pensa em vender o estado.
Só pensa em favorecer a especulação imobiliária. Então ele quer vender a Sabesp,
ele quer vender a Emae, ele quer vender o Metrô, ele quer vender o prédio do
Iamspe, ele quer vender o prédio da Assembleia Legislativa.
Eu não sei onde
nós vamos parar com esse movimento, essa especulação imobiliária que vem sendo
promovida pelo “corretor geral” do estado. Em vez de ser o governador do estado,
é o corretor de plantão, o Sr. Tarcísio de Freitas, que só pensa em dilapidar
aquele patrimônio que foi construído com muito suor dos paulistas aqui em nosso
estado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Reis. Eu quero registrar aqui a honrosa presença da vereadora Mirelle
Bueno, está aqui presente na Assembleia Legislativa.
Ela é de Pirassununga e faz um mandato
muito importante que faz a diferença na cidade de Pirassununga, levando uma
pauta importantíssima em várias áreas sociais, em várias áreas comportamentais.
Parabéns! Eu acho que ela deu uma saída
aqui, mas ela está presente hoje aqui conversando com os deputados, com as
deputadas para levar recursos do Estado para o desenvolvimento social de
Pirassununga.
Passo a palavra então para o deputado
Reis continuar conduzindo a nossa sessão. Chegou a vereadora Mirelle Bueno, uma
honra recebê-la aqui Assembleia Legislativa de São Paulo.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Assumindo a
Presidência dos trabalhos na data de hoje, passo a chamar os deputados que
estão inscritos para falar no Pequeno Expediente. O próximo orador é o deputado
Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, deputada Márcia Lia,
deputado Suplicy, telespectador da TV Assembleia, vereadora Mirelle Bueno,
presente aqui, nossa vereadora em Pirassununga.
Se nós já criticávamos e achávamos uma tragédia a privataria tucana aqui no estado
de São Paulo do PSDB, nós não sabíamos há algum tempo atrás o que viria pela
frente.
Aqui hoje nós
temos a privataria bolso-tucana, que é muito pior do que a anterior. Aliás, nós
achávamos que já tínhamos chegado ao fundo do poço com as gestões, com as
administrações do PSDB no estado de São Paulo, principalmente nessa área das
privatizações, que nós chamávamos de “privataria tucana”, mas a situação
piorou. E piorou muito. Nós...
Além do leilão,
das vendas anunciadas recentemente pelo secretário Afif - o secretário do
Tarcísio de Freitas, Afif Domingos -, de 30 imóveis no centro da cidade, entre
eles o prédio da administração do Iamspe, Sr. Presidente, algo pior está
acontecendo. Algo bizarro, algo patético, algo surreal, que é inacreditável que
esteja acontecendo, mas está, Sr. Presidente.
O governo
estadual tem um site em que ele vende praticamente São Paulo, que é esse site
que eu vou colocar aqui, olhe: o site é oficial do governo estadual,
imoveis.sp.gov, qualquer pessoa pode acessar. E ele está vendendo aqui vários
imóveis do estado de São Paulo, imóveis públicos, terrenos públicos, nas mais
variadas áreas.
Mas eu quero
destacar aqui antes - vou pedir para o Machado colocar ali na abertura... Não,
pode colocar, desculpa. De novo, sobe ele um pouquinho. Isso, ali onde tem, lá
em cima, “O que é o portal de imóveis” -, vamos ler aqui atentamente o que diz
o portal. Eu vou ler do meu celular porque eu não consigo ler daqui, mas leiam
e entendam a gravidade da situação.
Olha só, aqui
diz exatamente: “O portal de imóveis foi desenvolvido visando a divulgação das
propriedades da Fazenda do Estado de São Paulo disponibilizados para venda”,
para a venda, “com o objetivo de atingir tanto aquele que quer adquirir seu
primeiro imóvel, como quem busca imóveis para investir, tornando acessível e
transparente as transações realizadas, facilitando a comunicação entre a
Administração Pública Estadual e os prováveis interessados”.
Está aqui,
olha, o objetivo do site é vender. Não sou eu que estou inventando aqui. Eu
acho que deve ser algum erro, deputada Márcia Lia, pensei: “é um erro, alguma
coisa”, mas não é.
Mas nós ficamos
mais perplexos e estarrecidos vendo os imóveis que estão disponibilizados nesse
site. Vejam só, ontem eu apresentei vários, fiz um pronunciamento fazendo essa
denúncia, falei: o prédio da Alesp está à venda, do Ministério Público
Estadual, do Tribunal de Contas.
E hoje eu
trouxe mais alguns aqui. Vamos lá, vamos colocar aqui alguns, olhe: o Tribunal
de Contas, que eu falei ontem; o Hospital das Clínicas está à venda; o
Instituto Emílio Ribas, minha gente, lá na Dr. Arnaldo, olha, está no site à
venda - está no site -; a Pinacoteca do estado de São Paulo, na Praça da Luz.
Vamos lá, olhe:
o Quartel da Luz- Rondas
Ostensivas Tobias de Aguiar; ele está vendendo o prédio da Rota. Eu quero ver
aqui a bancada da bala, a bancada da segurança, a bancada bolsonarista reagindo
a isso, deputado Reis. Vão vender o prédio da Rota, está lá.
Olha, o que mais:
Etec São Paulo, que fica no Bom Retiro; o Parque Estadual do Jaraguá está na
lista; o Horto Florestal. O que mais que nós temos? Nós temos ainda o Parque da
Juventude, onde era o antigo Carandiru, lá na Av. Cruzeiro do Sul; o Jardim
Botânico de São Paulo e tantos outros imóveis.
Têm escolas
também, estaduais, que eu levantei. Ele vende também, coloca à venda escolas,
está no site o material. Não sei se chegou o arquivo aqui, mas olha, eu destaco
aqui a Escola Estadual Professor Flávio José Osório Negrini, lá na zona sul, eu
conheço; a Escola Estadual Fidelino de Figueiredo está aqui, que é uma escola
que fica ali na região central e, também, a Escola Estadual Rodrigues Alves,
bem conhecida porque fica na Av. Paulista. Aquela escola histórica, Rodrigues
Alves está na lista.
E tem muitos
outros prédios, outros espaços, na área da Saúde, da Educação, várias áreas de
preservação ambiental estão à venda, Sr. Presidente, é sério o que está
acontecendo.
Eu já acionei,
inclusive, o Ministério Público, o Tribunal de Contas para que haja uma
investigação. E é bom que eles façam, tanto o Tribunal de Contas como o
Ministério Público, porque eles podem perder os seus espaços, eles estão também
no site, estão à venda.
E, por exemplo,
o prédio - para concluir, Sr. Presidente -, do Iamspe, da administração, está
nessa lista aí também. Tem alguns imóveis que tem preço já, metragem, outros
não.
Então, entrem. Só
voltando: eu quero concluir a minha fala com o site aqui para todo mundo
entrar. Você, que está na sua casa agora assistindo à programação da TV Alesp
agora, ou vai assistir à noite, na reprise, entre no seu computador, ou aí no
seu celular, acesse e procure o imóvel para você comprar. Quem sabe, alguém
tenha interesse em comprar o prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Isso é um
escândalo. Exigimos explicações do governo e, sobretudo, Sr. Presidente, que
haja investigação sobre essa privataria, essa dilapidação do patrimônio público
estadual.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores, chamamos para fazer uso da palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, quero registrar que achei boa a notícia, hoje, segundo a qual o prefeito
Ricardo Nunes enviou à Câmara Municipal projeto de lei que cria o Parque do
Bixiga em São Paulo.
Diz a notícia
da “Folha” datada de hoje, de Karina Matias e Manoella Smith, que o prefeito
Ricardo Nunes, do MDB, enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que cria o
Parque Municipal do Bixiga.
O terreno de 11
mil metros quadrados está localizado na região central da Capital paulista e
tem sido objeto de disputa por mais de quatro décadas entre o Teatro Oficina e
o Grupo Silvio Santos, que pretendia construir no local três prédios de uso
comercial e residencial.
O documento foi
encaminhado na noite de segunda-feira, oito. Como revelou o painel na semana, a
empresa do apresentador de TV enviou um ofício a Nunes em que afirmava estar
disposta a aceitar uma proposta de cerca de 80 milhões pela venda do terreno
para a construção do parque.
No projeto, o
Executivo paulista afirma que a construção do espaço verde está alinhada com o
plano diretor estratégico de São Paulo e que o território em questão é um
território único, fruto de luta popular que o defendeu para a criação de um
parque que sirva aos moradores e visitantes da região.
Do ponto de
vista ambiental, a área em questão possui cobertura vegetal arbórea, conforme
mapeamento de 2020, bem como possui um córrego, hoje tamponado, que atravessa o
terreno a oeste.
A própria
Subprefeitura da Sé possui somente cinco parques urbanos, tornando mais
relevante ainda a demarcação de áreas verdes neste território. Segue o texto
enviado pelo prefeito.
“Em março, a
Justiça de São Paulo homologou um acordo de um bilhão de reais firmado entre o
Ministério Público, a Prefeitura e a Uninove, Universidade Nove de Julho,
segundo o qual 51 milhões de reais seriam utilizados para a compra do terreno.
A implantação do parque era um sonho do diretor José Celso Martinez Corrêa,
fundador do Teatro Oficina, que faleceu em julho de 2023.
Com apoio de
intelectuais, artistas e políticas, o empreendimento imobiliário do dono do SBT
foi barrado na Justiça e em órgãos de preservação do patrimônio. Entidades da
sociedade civil, como a Appit, Associação de Proprietários e Protetores de
Imóveis Tombados e a Samorcc, Sociedade de Amigos e Moradores do Cerqueira
César, também camparam a luta pela instalação do parque.”
Então, eu quero
saudar essa boa notícia e avalio que, embora o Grupo Silvio Santos tenha
sugerido 80 milhões para a venda do terreno para a construção do parque, em
verdade esse valor deverá ser melhor aferido, examinado, pelas partes
interessadas, porque, certamente, a prefeitura não poderia pagar um valor maior
do que o devido para a construção do parque.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Reis.
*
* *
Gostaria de
também refletir um pouco a respeito do concurso que foi aberto pelo governador
Tarcísio de Freitas, que prevê prédios para instalar 28 secretarias e 36 órgãos
estaduais no entorno do parque Princesa Isabel.
Avalio, como
também o deputado Dr. Jorge do Carmo e outros que, na reunião, há pouco, com os
deputados da nossa bancada, da federação - deputados como Donato, Enio Tatto,
eu próprio e outros, Beth e Paulo Fiorilo -, discutimos o quanto esse assunto
deve ser melhor debatido: a questão da transferência da sede do governo estadual
para os Campos Elísios.
Que isso seja
objeto de um profundo debate sobre as consequências para a boa urbanização do
centro. Sobre esse assunto, nós avaliamos que deverá haver um debate de maior
profundidade aqui pelos deputados estaduais, com representantes do governo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Também saudar aqui a
presença do vereador Ronaldo Coquinho, de Itapeva, que está visitando aqui a
nossa Casa. Seja bem-vindo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Continuando aqui na lista dos oradores.
O próximo orador é o deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.) Deputado Rui Alves.
(Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Entrando na Lista Suplementar. Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)
Deputado Lucas Bove. (Pausa.)
Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Beth
Sahão. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Márcia Lia, que está
aqui apreensiva aguardando o seu tempo para fazer uso da palavra.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar aqui os
meus pares, cumprimentar também os nossos servidores. Dizer para o Giannazi que
é inacreditável o que nós estamos vendo no estado de São Paulo.
É uma
verdadeira entrega de todo o patrimônio público. Não é só o prédio da Alesp, não,
o prédio do Itesp. Está tudo sendo entregue por um sujeito que veio do Rio de
Janeiro e que quer acabar com o patrimônio do povo paulista. Nós vamos
resistir.
Mas o que me
traz aqui hoje é uma preocupação muito grande, deputado Simão Pedro, que nós
estamos vivendo aqui no estado de São Paulo, porque, recentemente, nós tivemos
uma declaração do Sr. Governador Tarcísio de Freitas e, de forma muito
respeitosa, eu quero dizer ao Sr. Governador que ele está indo na contramão de
tudo aquilo que o povo paulista quer para o estado de São Paulo.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
*
* *
Quando ele dá
uma declaração dizendo que a morte das pessoas que foram assassinadas na
Operação Verão lá na Baixada Santista... Que ele não estaria nem aí com o que
está acontecendo lá, isso desencadeou no estado de São Paulo - e a situação é
muito grave - a liberdade para que os Srs. policiais, aqueles que estão vivendo
sob pressão, com uma série de dificuldades em suas vidas, em suas profissões,
baixos salários, morando em condições, muitas vezes, difíceis...
A gente
consegue compreender que muitos dos policiais vivem em uma pressão danada.
Conseguimos entender e somos bastante solidárias à situação de muitos
policiais, mas não é possível que a gente veja no estado de São Paulo o que nós
estamos vendo.
Sábado à noite,
dentro do metrô, um policial bateu, deu um tapa no rosto de uma mulher, de uma
moça, a troco de uma discussão. Tudo bem, debater, conversar, discutir, é
legítimo, agora dar um tapa no rosto de uma mulher, sem que a gente saiba
efetivamente o que aquela mulher tenha feito - pelo que me pareceu era um
debate somente.
Nós tivemos
outra situação muito séria na cidade de Piracicaba, Sr. Presidente, onde a
polícia, sem mandado - sem mandado para entrar naquela casa -, entrou, agrediu
um jovem e agrediu um cadeirante, o pai do moço.
Seja qual for a
condição, seja o que for que tivesse acontecendo, sem mandado de busca e
apreensão, sem mandato para entrar no imóvel, a casa da pessoa é inviolável. É
uma cláusula da Constituição Federal. Ninguém pode entrar na casa da gente sem
que a gente autorize ou sem que tenha um mandado judicial. Isso aconteceu na
cidade de Piracicaba.
Lá na minha
cidade de Araraquara - é por isso que eu estou aqui -, nós tivemos uma situação
muito desagradável, em que uma vereadora, a convite da diretora de uma escola
de ensino médio, foi até o local, fez uma palestra sobre a mulher na política,
a mulher na vida. Uma das meninas que estavam lá não gostou da palestra e
mandou uma mensagem para a mãe. A mãe entrou, Simão Pedro, dentro da escola,
aviltou a vereadora, uma vereadora nossa, e aí ligou para a polícia.
Nós temos
relatos, na cidade de Araraquara, de que muitas mulheres que foram espancadas,
que tiveram problemas, que chamaram a polícia e sequer a polícia se dirigiu ao
local onde o crime - aí sim - estava acontecendo.
Lá em
Araraquara, então, a nossa vereadora, de repente, se viu, a Fabi, com três
camburões, com fila de policiais. Sete policiais estavam lá para recepcionar a
nossa vereadora que foi fazer uma palestra para dizer sobre como é ser mulher
na política, como é ser mulher na vida.
Não fez nenhuma
fala que fosse afrontante. Ela deu uma entrevista lá em Araraquara e aí nós
tivemos uma moção de repúdio aqui, nesta Casa, porque o jornalista da Rádio
Morada do Sol teria utilizado do seu microfone para falar mal da polícia.
Ele não falou
mal da polícia, ele falou mal dos... Não é que ele falou mal, ele se reportou a
muitos policiais, que muitas vezes, são descuidados no trato com o cidadão.
Qual é a função da polícia?
A polícia tem
que proteger o cidadão, as pessoas, tem que ser aquilo que, quando a criança vê
um policial, uma policial, fica feliz. Hoje
a gente tem medo, em algumas circunstâncias, quando a polícia chega de forma
ostensiva.
Então, o que o nosso jornalista lá de
Araraquara disse? Ele disse que os maus policiais precisam, sim, ser
verificados. Parece-me que, inclusive, alguns desses policiais que tiveram
essas atitudes agressivas foram afastados, né? E a gente quer dizer, aqui nesta
tribuna da Casa, Sr. Governador, Sr. Secretário de Segurança Pública Derrite, que
vocês não vão conseguir fazer com que o povo de São Paulo aceite
arbitrariedades.
Nós não vamos permitir
arbitrariedades, deputado, porque as pessoas merecem respeito. As pessoas
precisam ter os seus direitos preservados, a sua integridade física preservada.
E o que está acontecendo em algumas situações?
Não estamos dizendo que todos os
policiais fazem isso, porque nós conhecemos muitos que são sérios, que são
respeitáveis, que são pessoas que respeitam o seu semelhante, o seu irmão, o
seu parceiro. Agora, não é possível que a gente veja atitudes como a que
aconteceu aqui no metrô, em Piracicaba e em Araraquara serem elogiadas. Eu
sinto muito, mas, assim não dá para a gente aceitar.
Então eu quero colocar aqui a nossa
opinião a respeito dessa situação e dizer que a nossa vereadora foi alvo de
muitos insultos nas redes sociais, porque, até que você prove que focinho de porco
não é tomada, a pessoa já sofreu muitas consequências pelas fake news e pelas
informações mal colocadas.
Eu estava aqui em São Paulo e recebi
a informação de que a nossa vereadora lá estava na escola com três viaturas e sete
policiais. Eu falei: “meu Deus, o que será que aconteceu na escola lá em
Araraquara”.
Não tinha acontecido nada. Só que,
quando acontece algo de fato que precisa da polícia, às vezes a gente não tem a
mesma presteza, a mesma rapidez e a mesma forma carinhosa com que muitas vezes
as pessoas são recebidas pela polícia.
Então estão aqui as nossas
considerações sobre essa situação que vem acontecendo. Sr. Derrite, cuide para
que a gente tenha de fato os nossos policiais sendo parceiros da população de
São Paulo. Muito obrigada.
Se me permite, eu queria deixar um abraço
para a nossa vereadora lá da cidade de Pirassununga, a Mirelle, e dizer que é
um prazer enorme recebê-la aqui na Assembleia Legislativa. Seja muito bem-vinda,
Mirelle.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE
- EDUARDO SUPLICY - PT - Seja muito bem-vinda, vereadora Mirelle.
Então gostaria de chamar os próximos oradores. Deputado Altair Moraes. (Pausa.)
Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Major
Mecca. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão,
tem V. Exa. a palavra.
Prezado deputado Simão Pedro, eu tenho uma audiência no
Palácio. Se puder presidir a sessão, eu agradeço.
O SR. VITÃO DO
CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Obrigado, presidente
Suplicy. Que Deus abençoe muito sua vida. Quero aqui agradecer primeiro a Deus
por mais um dia de vida, um dia de trabalho, por nos guardar nas estradas.
Simão Pedro, a gente viaja muito visitando os municípios, e Deus tem nos
guardado. Quero agradecer aqui a presença de todos hoje.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Simão Pedro.
*
* *
Tenho muita audiência aqui no meu
gabinete, e está aqui o vereador Ronaldo Coquinho. Ele está aqui junto comigo,
de Itapeva, para trazer muitas reivindicações. Ele já pediu para ajudar a Santa
Casa, pediu para ajudar a Apae, pediu para ajudar várias instituições, para
levar a castração de cães e gatos lá gratuitamente para a cidade de Itapeva.
Então seja bem-vindo e parabéns,
vereador Ronaldo Coquinho, pelo trabalho que faz lá em Itapeva. Ele tem um
escritório onde ele atende o povo uma vez por semana o dia todo lá em Itapeva.
Que Deus continue abençoando a cidade de Itapeva e o vereador Ronaldo Coquinho também e todos os meus amigos lá
de Itapeva.
Quero falar
aqui de algo muito importante, porque a gente está recebendo muitas cobranças,
Suplicy. Entra governo e sai governo, isso desde o tempo, deputado Simão Pedro,
em que eu era vereador, sobre a vaga Cross no Estado. Infelizmente, muitas das
vezes, a pessoa com hérnia, com câncer ali aguardando por uma cirurgia,
vereadora.
A pessoa fica
ali por dias esperando essa vaga e a saúde não espera. Onde se viu uma pessoa
que tem que fazer hemodiálise três vezes por semana - muitas das vezes na segunda,
na quarta e na sexta - ficar em uma fila de uma vaga Cross? Então, as prioridades
têm de ser atendidas.
O câncer, quando
tem o diagnóstico precoce, precisa de uma cirurgia, precisa de exames, de
cirurgia urgente, por que a pessoa fica nessa vaga Cross? Tem gente com
queimadura, que já sofreu queimadura. Teve um caso aqui em São Paulo, na Grande
São Paulo, onde eu fui procurado e um jovem sofreu uma queimadura de mais de
90% do seu corpo.
Tem que ter
vaga de UTI. Imagine só a pessoa ardendo, uma bolha que faça a dona de casa,
que muitas das vezes está cozinhando, espirra um óleo ali. Eu, que sou vendedor,
com muito orgulho, de hotdog, chapeiro, vendedor de cachorro quente, quando a
gente tem uma queimadura na chapa ou pinga um óleo quente na mão, já é terrível,
agora imagina você ficar mais de 24 horas - isso é um absurdo - esperando uma
vaga Cross.
Não é só aqui
em São Paulo, não. Podia mandar para Jundiaí, podia mandar para Sorocaba, podia
mandar para Campinas e não tinha essa vaga Cross, então isso tem que melhorar.
Essas prioridades... Tem que aumentar os leitos de UTI, a vaga Cross tem que
melhorar, porque saúde não se espera.
A vaga Cross
tem muita reclamação em todo o Estado. Eu estou pedindo uma audiência pública
com o secretário de Saúde Eleuses e quero colaborar, quero ajudar, quero
entender, mas o que não pode...
Eu que vim lá
de Sorocaba, mas atendo a toda a região, nós fizemos mais de 1500 atendimentos
aqui no nosso gabinete já, com um ano de trabalho, fora os dois escritórios que
eu tenho no bairro.
Vêm muitos
prefeitos, Ronaldo Coquinho, vereador, muitos prefeitos, vereadores e
lideranças reclamando da vaga Cross. Vou dar um exemplo de Itapeva: a pessoa
tem que fazer hemodiálise em Sorocaba - vereador Coquinho estava falando comigo,
Ronaldo Coquinho -, aí ele entra em uma vaga Cross, mas a pessoa que tem que
fazer hemodiálise, se não fizer corretamente três vezes por semana, pode morrer,
corre o risco de vida.
Agora, entrar,
Capitão Telhada, deputado... A gente precisa lutar junto, e eu sei que V. Exa. também
luta muito pela Saúde. Tem que melhorar essa questão da vaga Cross em todo o
interior, na Grande São Paulo. Estou falando que teve um caso... Fora o pessoal
que tem que fazer hemodiálise no interior e entra na vaga Cross.
Pessoas com
câncer entrando na vaga Cross, isso é um absurdo, e pessoas com queimadura, que
têm que ter uma UTI, você não pode arrancar outra pessoa com queimadura para
colocar outra. Não tinha vaga aqui em São Paulo, na Grande São Paulo, na
Capital, e não tinha nos hospitais regionais do interior também, Simão Pedro.
Então, nós não
podemos ficar calados. Então eu imploro aqui, peço, se possível, uma audiência
pública com o secretário de Saúde. O que não pode é entrar governo e sair
governo e a vaga Cross, deputado Reis, ficar desse jeito.
Então, que Deus
abençoe a todos, a vaga Cross precisa de solução e de melhoria urgente em todo
o Estado.
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns,
deputado Vitão do Cachorrão, também quero cumprimentar a vereadora Mirelle, da
cidade de Pirassununga, querida cidade, está acompanhada do Val e de uma outra
assessora, bem-vindos à Casa.
Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado
Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada, tem V. Exa. o tempo
regimental de cinco minutos.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Vitão do Cachorrão.
* * *
O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Capitão
Telhada, tem o tempo regimental, no Pequeno Expediente, de cinco minutos.
Quero cumprimentar o pessoal do
plenário, aqueles jovens. Aqui é a Casa do povo. Professores. Sejam bem-vindos
aqui na Alesp, trazendo seus pedidos e suas reivindicações. Um abraço do
deputado Vitão do Cachorrão.
Capitão Telhada, tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sr. Presidente, deputado Simão Pedro, que estava até agora há
pouco, muito obrigado. Senhores e senhoras, uma excelente tarde, galeria que
nos acompanha, jovens que nos visitam, funcionários civis e militares, uma
excelente terça-feira a todos.
Gostaria de
iniciar meu discurso, primeiramente, agradecendo. Hoje pela manhã estive no
município de Itariri, o primeiro município, Vitão, na abertura, na entrada do
Vale do Ribeira, município que completa hoje 75 anos de emancipação
político-administrativa.
Estivemos na
sessão solene, na Câmara Municipal. Agradeço ao presidente da Câmara, o
vereador Rafael Peroni, pelo convite e por nos outorgar o título de cidadão
itaririense.
Com muita
honra, fui lá receber pessoalmente, conversamos, mais de 200 pessoas presentes
no plenário, população engajada. Dá orgulho ver um município com potencial
tamanho de turismo, natureza, coisa mais linda ali, na abertura do Vale do
Ribeira, e muito próspero. Parabéns a todos os cidadãos de Itariri, que agora,
inclusive, eu também sou um cidadão de Itariri, com muita honra, com muito
orgulho.
Eu gostaria de
trazer um assunto que aconteceu na última sexta-feira, dia 5 de abril. O
deputado Major Mecca já citou ontem em plenário, hoje também citaram esse caso
de agressões verbais, insultos totalmente vexatórios, insultos absolutamente
reprováveis que fizeram contra os nossos policiais militares no município de
Araraquara, policiais militares que estavam trabalhando, atendendo ocorrência,
atendendo o cidadão e foram expostos na sua individualidade, não somente a
instituição, mas eles expostos nas suas fotografias, no horário de serviço,
enquanto atendiam ao chamado, 190.
Então eu vou
colocar aqui o áudio para não expor nomes, não quero expor a cara de ninguém,
mas teve um radialista lá de Araraquara, um radialista que eu acho que não pode
nem ser chamado de jornalista, tamanha a miniatura, a estatura que ele
apresentou, profissional e ética, nas suas palavras, repetidas posteriormente
em outras colocações, em redes sociais e em outros veículos de comunicação,
repetindo, xingando a nossa polícia, os nossos policiais de vagabundos, de
analfabetos, acusando os policiais de agir politicamente, dizendo que oprimimos
a população, dizendo que não servimos para nada na sociedade, repetindo várias
vezes diversos insultos.
Mas eu não vou
ficar falando aqui, eu vou deixar essa comédia ao meu lado. Por gentileza, coloque
o áudio desse radialista de Araraquara para ver o tamanho, presidente, o
tamanho do absurdo, que a gente tem que conviver com pseudocomunicadores,
pseudojornalistas.
Por gentileza.
*
* *
- É reproduzido
o áudio.
*
* *
Até aí, tudo
bem, é opinião, não é? Opa, polícia vagabunda? Polícia vagabunda. Ele que é
inteligente, não é? Olha que beleza. Que profissional, hein? É isso aí, olha o
tamanho do profissional, do radialista, né. Então é o seguinte: já que é tão
malandro, já que fala o que pensa, quem fala o que quer ouve o que não quer.
Então, está sim
protocolada na Assembleia Legislativa uma moção de repúdio pelas falas desse
pseudojornalista, desse radialista de Araraquara. Está sim oficiado o
Ministério Público, para que responda criminalmente, civilmente pelas palavras
que colocou. Porque ele não tem imunidade de acusar nossos policiais de amar a
ditadura, de trabalhar contra a democracia, de vagabundos, de analfabetos,
ridicularizando os nossos bravos guerreiros.
Aí fala assim:
“ah, mas teve uma ocorrência na escola em Araraquara, e foram três viaturas”.
Numa ocorrência numa escola, vai a viatura do setor - e quem for policial aqui
vai me entender - atender a ocorrência, o chamado 190. Como era numa escola e
nós estamos no mês de abril...
Ninguém se
lembra disso, porque faz tempo que não tem ataque, faz um ano que não tem
ataque; mas o mês de abril é o mês de aniversário, em que, no mundo todo,
ocorrem ataques a escolas, de agressores ativos.
Então, a
Polícia Militar está de prontidão para atender, com reforço de efetivo, toda
ocorrência em escolas. Então, chega lá a viatura do setor, o CGP e o CFP, para
justamente dar um suporte maior, porque não se sabe qual o tipo da ocorrência,
e aí as pessoas reclamam. E aí vai radialista, deputado, falar que a polícia
forçou, foi muita viatura.
Ué: se não vai,
reclama; se vai viatura, se vai polícia, reclama. Está errado se vai, está
errado se não vai. “Ah, mas ele falou isso aí, ele estava bravo por causa do
tapa que o policial deu numa pessoa lá no metrô”. Isso aí foi na sexta-feira, o
tapa foi no final de semana, nem tinha acontecido.
Não venha usar
desculpinha, não. Falou besteira, vai ter que responder perante a Justiça, a
rádio vai ter que se retratar. O Ministério Público já está oficiado; as
providências são dele, são do órgão corregedor do Ministério Público, mas já
está oficiado.
Enquanto nós
tivermos voz para defender a nossa polícia, para defender os nossos policiais,
nós o faremos todos os dias aqui nesta Casa.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Eu que agradeço, deputado Capitão Telhada.
Seguindo a lista de oradores, deputado
Simão Pedro. Simão Pedro, quero mandar um abraço aqui ao prefeito de
Cordeirópolis, Adinan, que mandou aqui que está assistindo pela TV à nossa
sessão.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Vitão do Cachorrão, presidente desta sessão,
eu aproveito para retribuir o abraço ao prefeito Adinan, lá da querida
Cordeirópolis. Queria também fazer uma correção: eu fiz referência à vereadora,
queria corrigir. É vereadora Mirelle, lá de Pirassununga. Seja bem-vinda, mais
uma vez.
Sr. Presidente,
meu discurso aqui agora vai ser a leitura de um editorial do jornal conceituado
chamado “O Estado de S. Paulo”, o “Estadão”. Sabidamente, é um jornal
conservador, é um jornal que defende teses mais à direita, é um jornal muito
alinhado com o mercado. E é um tema de que eu gostaria de falar, não tive a
oportunidade ainda, mas vou ler aqui rapidamente:
“Educação Não É
Caso de Polícia.
Projeto do
governador Tarcísio que implementa escolas cívico-militares mostra que, para o
governo paulista, parece mais importante intimidar os alunos com policiais do
que estimulá-los a ler e pensar.
O governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas, enviou à Assembleia Legislativa de São Paulo um
projeto de lei que cria o programa ‘Escola Cívico-Militar’. Caso seja aprovado
pelos deputados - o que deve acontecer, pois o governador conta com uma folgada
base de apoio na Alesp -, algumas escolas da rede estadual, a depender do
resultado de consultas públicas, poderão ser geridas em conjunto, pasme o
leitor, pelas Secretarias da Educação e da Segurança Pública, como se Educação
fosse caso de polícia.
As escolas
cívico-militares padecem de um vício de origem: a Educação pública deve ser
civil. É inquestionável que há centros educacionais de excelência, sob a administração militar. Particularmente no ensino técnico e
cientifico.
Aí estão, por exemplo, o Instituto Militar de
Engenharia (IME), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Igualmente, é
reconhecida a qualidade dos colégios mantidos pelo Exército, pela Marinha e
pela Aeronáutica. Mas seus objetivos e públicos são muito distintos. Em uma
república democrática, políticas voltadas à educação básica têm de estar a
cargo, fundamentalmente, de gestores e professores civis.
Em segundo lugar, o governo estadual parte de erros
crassos de diagnóstico para justificar a implementação das escolas
cívico-militares em São
Paulo. Na apresentação do projeto, o Poder Executivo
sustenta que o objetivo do programa é complementar as ações pedagógicas e
compartilhar, com os estudantes, valores como civismo, dedicação, excelência,
honestidade e respeito.
Ora, tais valores, evidentemente, não são exclusivos
dos militares. Ademais, deveria ser ocioso enfatizar que não foram poucos os
militares, inclusive os de alta patente, que violaram esses mesmíssimos valores
ao aderirem ao golpismo bolsonarista.
E não foram poucos os defensores da suposta disciplina
das escolas cívico-militares que ajudaram a depredar os prédios dos Três
Poderes, em Brasília, no infame 8 de janeiro. Naquelas cenas degradantes havia
tudo, menos civismo e respeito.
Falta aos governos em geral, ao governo paulista em
particular, a capacidade de traçar um diagnóstico preciso sobre os reais
problemas da educação pública, em particular na educação básica. Não se trata
de um problema disciplinar, muito menos político e ideológico.
Qualquer projeto voltado à melhoria da educação básica
do País tem de passar necessariamente pela formação dos professores, pela
valorização material dos docentes, e, não menos importante, pela reavaliação
permanente dos modelos pedagógicos.
O salto de qualidade de que a educação básica tanto
carece no Brasil não será dado se distribuindo pequenas fardas para crianças.
Tampouco enchendo as escolas de policiais militares aposentados, à guisa de
promover segurança e disciplina.
Ao que tudo indica, o projeto de lei enviado por
Tarcísio à Alesp é mais que um agrado aos bolsonaristas de São Paulo. O governador paulista parece mover as suas peças, no tabuleiro
político, justamente pelos flancos que têm sido abertos pelo presidente Lula.
Se essa movimentação se presta a qualificar Tarcísio
para desafiar Lula nas urnas em 2026, ou se o governador está apenas
construindo as suas marcas na política, para apresentá-las ao País mais tarde,
em momento oportuno o tempo vai dizer. Seja como for, as ações do governador de
São Paulo, nessas duas áreas, não têm sido as mais adequadas.
A sua concepção de Segurança Pública, sustentada por
uma política de enfrentamento a supostos criminosos, que tem deixado um rastro
de sangue pelo Estado, desfaz um trabalho de décadas na construção de uma
polícia mais bem preparada e apta a atuar dentro das regras do Estado
Democrático de Direito.
Na área da Educação, entrou para a antologia das
ideias estapafúrdias o projeto que eliminava os livros didáticos na sala de
aula, e a substituição por slides em Power Point. O projeto felizmente foi
abandonado em razão da previsível reação negativa da sociedade.
Mas bastou para dar a dimensão da desinteligência em
relação a uma área tão importante para São Paulo e para o País. Para o atual
governo paulista, parece mais importante intimidar os alunos com policiais
disciplinadores, do que estimulá-los a ler e a pensar.”
Esse é o editorial do jornal “O Estadão” a respeito
desse projeto. Eu fiz questão de lê-lo aqui porque assino embaixo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado Simão Pedro. Seguindo a
lista dos oradores do Pequeno Expediente, deputado Conte Lopes. Tem o tempo
regimental, dá tempo, Conte Lopes, de cinco minutos, deputado.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.
Acompanhava depoimentos dos deputados aqui nesta Casa,
inclusive do deputado Capitão Telhada, a respeito das palavras ditas por um jornalista de Araraquara.
É bom saber que
a Polícia Militar faz um bonito trabalho e é reconhecida aqui em São Paulo pelo
seu trabalho, pela sua luta contra o crime. É só perceber o que acontece no Rio
de Janeiro e o que acontece em São Paulo.
No Rio de
Janeiro, oito crianças foram mortas este ano por balas perdidas. Eu não lembro,
em São Paulo, de criança ter sido morta por bala perdida em tiroteios da
polícia.
Então, a
polícia de São Paulo é bem treinada, bem preparada. É uma polícia honesta. Tem
erros? Se houver erros, o cara é preso e vai para o Romão Gomes. Não resta a
menor dúvida.
Agora, essas
críticas, dessa forma, a gente não pode aceitar. Espero realmente que a própria
polícia, a Secretaria de Segurança Pública, tomem atitudes com ações cíveis
contra as palavras do jornalista.
Da mesma forma,
esta noite, a polícia de São Paulo, sob comando do Tarcísio de Freitas e do
capitão Derrite, secretário, prendeu bandidos ligados ao “novo cangaço”,
bandidos que explodem carros fortes, explodem bancos. Tem bandido morto e tem
bandido preso. Então demonstra que a polícia está trabalhando, como trabalhou
no litoral.
A gente viu
muita reclamação aqui, até de deputados, que viam as palavras da mãe do
bandido, da mulher do bandido. Isso não vale, gente. O que não está nos autos
não está no mundo do processo.
Se alguém vê
alguma coisa errada lá na Baixada, deve gravar e apresentar ao Ministério
Público: “Olha o que o policial errou aqui.” Não é por “ouvi dizer”. Ou então
perguntar para a mãe do bandido se o filho dela é bom ou ruim.
Ora, é evidente
que a mãe do bandido vai falar que o filho dela era bom. Ela não queria ver o
filho dela morto. Mesmo se ele atirou, se ele enfrentou, se ele matou 500
pessoas, ele é filho dela. Essa é a grande verdade.
E volto a
dizer: o governador Tarcísio de Freitas teve coragem. Estou na polícia desde
67, quando entrei na Polícia Militar como soldado. Ele foi o único homem que
teve coragem de colocar, à frente da polícia, policiais.
Como se coloca,
à frente da Secretaria da Saúde, médicos, e da Educação, professores, ele
colocou policiais, como o capitão Derrite, secretário, o coronel Cássio,
fazendo um bonito trabalho à frente da Polícia Militar, e o Dr. Artur Dian, na
Polícia Civil.
Então, a
polícia está combatendo o crime. Não resta a menor dúvida. Está aí a aceitação
do governador, que é atacado por muita gente. Mas por que estão atacando muito
o governador? Porque o governador está sendo bem quisto aqui em São Paulo.
Nas pesquisas
ele aparece muito bem e a gente sabe muito bem que, se a esquerda e os
ministros do Supremo não acharem um jeito de o Bolsonaro voltar a disputar
eleição, ele é um nome forte para disputar a eleição para presidente da
República. Será que é isso que estão enxergando e é por isso as críticas? Só se
for isso. É um homem muito inteligente, muito competente.
Então, sei lá,
não sei porque tanta crítica. Até uma parte da imprensa, o desespero de alguns
jornalistas, como esse de Araraquara. O cara fala um monte de besteira, não tem
nada a ver.
Ele não
participou da ocorrência, não viu a ocorrência, como falava o próprio deputado
Capitão Telhada. Uma ocorrência normal. A vereadora do PT, que participou da
ocorrência, não falou nada dos policiais.
O policial é
chamado para atender a ocorrência, ele tem que ir. Ele não vai? Ele é obrigado
a ir. Não tem nada a ver com ditadura militar coisa nenhuma. Esse é o trabalho
da polícia. A polícia cumpre a missão dela, como está cumprindo. Hoje mesmo,
com esses tiroteios lá em Piracicaba, com bandido morto, bandido preso, fuzil.
Quadrilheiros.
Então, a
polícia está trabalhando bem. Talvez seja por isso que muita gente está meio
enciumada do trabalho do Tarcísio de Freitas, governador, que está realmente
fazendo um belo trabalho à frente do Governo do Estado de São Paulo.
Está vendendo
bastantes imóveis? Tem que vender mesmo, né? O estado não tem que ter imóvel.
Por que imóvel? O estado tem que cuidar de Segurança, Saúde e Educação, não é
para cuidar de prédio. Vai cuidar de prédio para quê? Tem que vender mesmo,
pegar o dinheiro e aplicar onde o povo precisa.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Conte Lopes. Encerrou agora a lista dos pequenos oradores.
* * *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Agora, oradores inscritos na lista do Grande Expediente. Deputada Marinha Helou
tem o tempo regimental de dez minutos.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - É possível uma
comunicação, Sr. Presidente,
se a deputada autorizar?
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- Por favor. Tem o tempo regimental.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
PARA COMUNICAÇÃO - Só complementando. O que acontece hoje, deputado Conte Lopes,
infelizmente, é que nós vemos muitos comunicadores radialistas que, na verdade,
não têm diploma de jornalista, não são profissionais, não seguem a ética da
profissão.
Minha esposa é
jornalista, formada há quatro anos no jornalismo, é diferente. Então, hoje em dia, infelizmente, nós temos
ativistas, político-partidários com microfone na mão que abrem uma rádio, tem
ali um alcance de dez, 15, 30 cidades e acabam utilizando desse mecanismo para
ofender instituições.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
*
* *
Não falo só da
Polícia Militar, não. Muitos desses atacam hospitais, atacam organizações
sérias, atacam a Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil. Atacam diversas
instituições pautadas na ética, que trabalham, que têm histórico de serviço
prestado ao cidadão.
Nessas
instituições têm pessoas que, não importa a cor, não importa o credo, não
importa o sexo, estão lá dedicando serviço, dedicando suas horas de trabalho
para defender o próximo, para defender a democracia, e são acusadas de agir
armando a ditadura? Poxa, que absurdo.
Como o deputado
Conte Lopes disse nesse caso de Araraquara, a própria vereadora que estava
dando a palestra na escola foi atendida bem pelos policiais, em nenhum momento
foi destratada, ela mesma falou isso publicamente no ar. Não teve um “a” para
falar da polícia, que a cumprimentou, a liberou para o próximo compromisso. Ela
foi embora sem problema algum, ocorrência resolvida.
Para vir uma
pessoa, de maneira quase que beirando o lunático, agredir gratuitamente as
instituições, homens sérios, mulheres sérias, pessoas que estão trabalhando? A
gente não vai permitir isso. Não vamos permitir. Providências estão sendo
tomadas.
Muito obrigado,
presidente.
Obrigado, deputada.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos as
palavras do deputado Capitão Telhada e passamos ao Grande Expediente. Com a
palavra, a primeira oradora inscrita, nobre deputada Marina Helou. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Boa tarde a todas e todos, todos
os colegas deputados que estão aqui com a gente nesta tarde, todos os servidores
que hoje permitem que a gente esteja aqui representando a nossa população do
estado de São Paulo fazendo o nosso trabalho.
Eu quero
começar o dia de hoje dizendo que a gente começou o dia legislativo aqui na
Casa com uma reunião extraordinária da Comissão da Saúde, junto com o
secretário de estado da Saúde, Eleuses Paiva, que é o nosso secretário aqui do
estado de São Paulo. Ele veio prestar contas para
esta Casa sobre o sistema fundamental, que é a Saúde no nosso Estado.
Foi uma sessão
bastante explicativa, a gente conseguiu pressionar, conseguiu escutar,
conseguiu ouvir, conseguiu ver mais como o dinheiro está sendo gasto no nosso
Estado, como a gente está priorizando as pessoas que mais precisam, acabando
com as filas, cobrar para que todo estado realmente tenha uma melhor qualidade
da Saúde.
A gente sabe
que a saúde impacta diretamente a vida de milhões de pessoas no nosso estado. O
SUS é fundamental, a gente precisa o defender e o fortalecer todos os dias.
Eu queria
comentar aqui neste plenário um momento muito feliz dessa sessão junto com o
secretário, em que ele nos reconheceu, junto com o meu mandato, por algumas
atuações...
Apoio e
articulação com a Secretaria de Saúde aqui do estado de São
Paulo que deram
resultados e estão virando políticas públicas importantes hoje na vida das
mulheres e na vida das crianças.
Uma delas é o
IGM, que é um programa da Secretaria do Estado de transferência de renda para
os municípios para fortalecer a Saúde básica. É um programa muito importante
para que a gente tenha maior financiamento da Saúde nos municípios, que o
estado colocou indicadores importantes que o município precisa chegar para
receber esse recurso.
São indicadores
de cobertura vacinal - fundamental, precisamos aumentar a nossa cobertura
vacinal - e indicadores de redução na mortalidade materna. Esse era um
indicador que estava pautado somente no número de pré-natal, realizado pelas
mulheres grávidas no município, e a gente fez essa sugestão, trabalhou junto
com a secretaria, de incluir o indicador de redução de mortalidade materna.
Lembrando que
esse é um dos nossos piores indicadores de Saúde em relação aos índices de
comparação mundiais.
A OMS tem um
padrão, em que coloca qual é o objetivo de atingimento de número de mortes
maternas a cada 100 mil nascidos vivos, a gente está longe de alcançar esse
número, e aqui no Estado isso não é diferente.
A gente está
muito alto. Então, a redução na mortalidade materna, ao entrar nesse indicador,
junto com o programa de transferência de renda para os municípios, fortalece
que a gente tenha mais atenção para essas mulheres grávidas, mais atenção para
esse pré-natal, mais cuidado com essas mães, estruturando as famílias e diminuindo
um problema tão importante quanto esse, assim como a redução na mortalidade
infantil.
O outro ponto
que o secretário salientou, que também a gente lutou bastante pelo mandato,
articulamos bastante com a Secretaria, e estamos muito felizes de vermos
avanços, é em relação ao combate ao HPV.
Quem não
tomaria uma vacina contra o câncer? Se tivesse uma vacina para você não pegar
câncer, quem que não tomaria, quem não celebraria essa vacina, quem não fortaleceria
essa política pública? E hoje a vacina contra o HPV é uma vacina contra um
vírus que desenvolve câncer em meninas e meninos do nosso Estado.
É uma doença
completamente inaceitável, por levar uma morte que pode ser prevenível. A gente
pode acabar com o câncer de colo de útero, a gente pode acabar com mulheres que
morram em decorrência desse câncer, fortalecendo tanto a vacinação contra o HPV
como o exame precoce de papanicolau das nossas meninas, das nossas mulheres do
nosso Estado.
A gente fez um
projeto de lei aqui nesta Casa, que a gente aprovou, garantindo que as
vacinações pudessem acontecer nas escolas, uma parceria entre a Educação e a
Saúde pública, para levar a vacina para a cobertura total das nossas meninas e
nossos meninos no nosso Estado.
Esse projeto
foi vetado pelo governador, e depois, com uma grande pressão da sociedade civil,
a gente conseguiu decidir pela regulamentação de um decreto que eu ia nessa
direção, e hoje é um programa da Secretaria de Saúde.
É um dos temas importantes
colocados no pilar de Saúde da mulher, e é uma prioridade a gente combater o
HPV do estado de São Paulo. É uma prioridade do meu mandato também.
Nesse sentido,
fico feliz de ter dado essas contribuições, e quero deixar aqui o meu
compromisso junto à Secretaria de Saúde, junto ao secretário, de continuar
trabalhando (Inaudível.) para que a gente avance no apoio à Saúde pública do
nosso Estado, no fortalecimento do SUS, principalmente na saúde de mulheres e
crianças.
Dizer também
que a gente hoje sobe nesta Plenária para falar contra mais um caso de
violência à política de gênero. Dessa vez, está acontecendo em São Roque. Quero
parabenizar nosso querido vereador, o Paulinho Juventude, o vereador que foi
eleito o mais jovem do estado de São Paulo, pela moção de repúdio à violência
política de gênero que ocorreu contra a única vereadora mulher de São Roque.
É uma realidade
de diversas as nossas vereadoras serem as únicas mulheres na Casa Legislativa
dos nossos municípios, e sofrerem muita violência por isso, sofrerem muito assédio
por isso.
Quero dizer que
meu mandato está à disposição de apoiar essas mulheres e de repudiar
veementemente todas as mulheres e todas as violências, todas as violências
políticas de gênero, todas as violências contra mulheres no nosso Estado, contra
todas as nossas vereadoras, de qualquer partido, de qualquer orientação
política. Se ela é uma mulher e ela está na política, ela tem que poder ocupar
esse espaço sem sofrer nenhuma violência.
E por fim, a
gente vive dizendo por aí que os jovens são o futuro do Planeta, são o futuro
do nosso País, que os jovens vão mudar nossa sociedade, e a chance de fazer
isso virar realidade é agora. Quero fazer um apelo para todos os nossos jovens,
a partir de 16 anos, que ainda não tiraram seu título de eleitor.
Este ano é um
ano eleitoral, a gente tem a oportunidade de eleger mais mulheres, mais
vereadoras, mais prefeitas, mas a gente tem oportunidade de participar da
política dos nossos municípios, e os jovens precisam estar envolvidos, precisam
colocar a sua voz, precisam votar.
Temos então até
o dia oito de maio para todos os jovens a partir de 16 anos que ainda não
tiraram seu título de eleitor tirarem seu título de eleitor, para poderem votar
nestas eleições. Até o dia oito de maio.
Então, se você
tem um filho, sobrinho, um vizinho, uma amiga, um amigo, avise que é urgente a
ação de levar os documentos e retirar o seu título de eleitor para poder, de
fato, participar das eleições e do pleito eleitoral deste ano.
Para terminar, a
gente está recebendo hoje aqui a Escola da Cidadania, um projeto na Baixada
Santista com crianças e adolescentes muito interessante. Sei também que hoje é
aniversário de Cubatão; quero deixar meus parabéns para a cidade.
E terminar
dizendo que hoje é aniversário também da Marina Bragante, uma liderança no
município de São Paulo extremamente inspiradora. Mãe de trigêmeos que faz uma
transformação incrível na nossa cidade, que eu tenho a honra e o privilégio de
poder chamar de amiga, que deixo aqui registrado os meus parabéns e um desejo
de saúde e de muito sucesso em 2024.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos as
falas da nobre deputada Marina Helou e continuamos com a relação do Grande
Expediente. Nobre deputado Felipe Franco. (Pausa.) Nobre deputada Ana Perugini.
(Pausa.) Nobre deputado Paulo Mansur, por cessão de tempo do nobre deputado
Agente Federal Danilo Balas.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de dez minutos.
O
SR. PAULO MANSUR - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Conte Lopes na Presidência, para mim é um
prazer estar aqui com todos vocês, vocês que estão me assistindo também na TV
Alesp e nas plataformas aí da Assembleia Legislativa aqui do estado de São
Paulo.
Queria lembrar
agora que teve uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que firmou uma
parceria com o Tribunal de Justiça, o TJ, para estabelecer que as pessoas que
cometem o crime e que estão em audiência de custódia podem ser monitoradas por
tornozeleira eletrônicas, aquelas pessoas que agridem mulheres e estão em
medidas protetivas.
Isso me chamou
atenção que tem funcionado no nosso estado de São Paulo. Foi uma parceria do Governo
do Estado com o TJ que deu certo, mas não é uma lei. Ou seja, as pessoas que
estão em custódia e que agridem as mulheres dentro do estado de São Paulo,
quando elas saem da prisão, são monitoradas com tornozeleira eletrônica dentro
do estado de São Paulo, porque foi uma parceria colocada entre o Governo do Estado
e o TJ.
E por que não
virar lei o meu projeto que visa que toda a mulher que for estuprada ou receber
um crime com crianças abusadas, que são os pedófilos, essas pessoas que saem da
prisão serem monitoradas com tornozeleira eletrônica e isso virar lei dentro do
nosso estado de São Paulo? Esse é o meu projeto que passou na urgência e vai
ser votado na Casa e é por isso que eu vou bater nesse assunto aqui porque vai
salvar milhares de vidas.
Essa parceria
do TJ com o Governo do Estado já salvou quatro mulheres que poderiam ter sido
agredidas novamente e não foram, porque esses agressores saíram da prisão,
colocaram tornozeleira eletrônica, estavam em custódia, e a parceria do
Tribunal de Justiça junto com o Governo do Estado impediu que mulheres - quatro
até agora - fossem mortas até.
Com certeza
iriam apanhar muito desse agressor e por que a gente não faz virar lei aqui na
Assembleia Legislativa e todos nós nos unirmos, tanto a esquerda, quanto o centro,
quanto a direita que eu estou, a direita conservadora? Mas é uma obrigação de
todos aqui nesta Assembleia realmente votar esse projeto para salvar vidas, que
é o principal.
E mais um
detalhe: a cada duas horas dentro do Brasil uma mulher é estuprada e nós não
temos leis dentro do nosso estado de São Paulo - e não só no estado de São
Paulo, mas como no Brasil - que protegem as mulheres realmente desses crimes de
estupro, porque o maníaco do parque foi condenado a 130 anos de prisão.
Mas no Brasil
não tem prisão perpétua, o máximo é 30 anos. Um quinto da pena, quinze anos
somente ele ficou preso. Todo mundo sabe que ele é um doente. Com 15 anos, ele
saiu da cadeia, cometeu estupro de novo, foi preso de novo.
Mas para que
soltar um animal daquele da cadeia? A gente sabe que não pode estar inserido na
nossa sociedade. E, se for solto, pelo menos no estado de São Paulo teríamos a
tornozeleira eletrônica, que seria lei, para esse cidadão usar, e não, de
repente, cometer crimes, que seria monitorado. Esse é o projeto.
Mas agora indo
para outro assunto, que é um assunto muito importante também, porque a gente
teve algumas discussões dentro da rede social agora nesses últimos três dias,
onde o Elon Musk, que é o homem mais rico deste mundo, o homem mais rico do
mundo, que comprou o Twitter, colocou o nome de X, ele, que sempre foi um
defensor da liberdade de expressão, colocou no Twitter falando que o Brasil
sofre na liberdade de expressão, citando o Alexandre de Moraes, o Xandão, do
Supremo Tribunal Federal.
Isso repercutiu
porque muitas pessoas vieram com Elon Musk apoiando ele nesse sentido da
liberdade de expressão. Muitas pessoas no Brasil são contra a regulação da rede
social, inclusive eu também sou.
Ora, nós já
temos a Constituição no nosso Brasil, e ela vale, a Constituição, para as redes
sociais. Se você tem, dentro da Constituição, que racismo é crime, e esse
racismo é cometido dentro da rede social, aquilo já é um crime, e você pode
processar. Se tiver alguém ameaçando você dentro da rede social, você pode
fazer um boletim de ocorrência.
Então as redes
sociais já têm leis. Mas o que querem é uma regulamentação para tirar a
liberdade de expressão, a liberdade de a gente poder se comunicar, de eu ser
diferente da opinião do Reis, do Paulo Mansur, que é do PL, que é aliado do
presidente Bolsonaro, ser diferente da opinião do deputado Reis, que é do PT,
que é aliado do Lula.
Ou seja, se eu
tenho uma opinião diferente, eu posso ser punido na rede social? Então isso é
uma inversão de valores. Por isso que nós somos contra a regulamentação das
redes sociais.
Nós, da
direita, sim, somos a favor da liberdade de expressão. A pessoa pode se
expressar, mas a pessoa pode ser processada. Não é porque eu me expressei,
atacando alguém, ou falando uma coisa que eu pense, que aquela outra pessoa,
que está na ponta, não pode me processar, até porque existem vários processos.
A Xuxa já
processou a Carla Zambelli, que acabou até perdendo esses dias o processo que
ela acabou entrando contra a Carla Zambelli. Mas pode entrar. Foi lá, processou
a Carla Zambelli porque fez um post.
Então a Justiça
já está inserida dentro das redes sociais. O que querem fazer realmente é tirar
a liberdade de expressão, tirar este poderio que nós temos dentro do Brasil, da
direita, que cada vez está crescendo mais e está assustando os comunistas, que é
um movimento da liberdade de expressão, que quando é convocado pelo presidente
Jair Messias Bolsonaro para uma manifestação que agora ocorreu na Paulista,
mais de um milhão de pessoas, agora vai ocorrer no Rio de Janeiro e com certeza
terá mais de um milhão de pessoas em Copacabana.
Então, isso é
assustador para a esquerda.
Como eles vão
impedir o crescimento da direita de Jair Messias Bolsonaro? Limitando a rede
social, é o único jeito, porque a mídia, a Globo, grande mídia, está do lado do
Lula, isso está na nossa cara, isso é só ligar a televisão que a gente vê as
notícias distorcidas dentro dos programas de maior audiência do nosso País.
Então isso me
assusta demais, deputado Mecca, me assusta pelo fato de quererem tirar a nossa
liberdade de expressão onde nós temos força, que é na rede social.
Um post que eu
fiz agora, nesses dois últimos dias, que eu fiz do Elon Musk, mais de cinco
milhões de visualizações, ganhei seis mil seguidores. Por quê? Porque me
posicionei a favor do Elon Musk e eu tive uma repercussão grande.
Mas não só
isso, é assim que funciona a nossa rede social. Quando nós colocamos o nosso
pensamento, mais pessoas vêm com a gente e a gente acaba representando o nosso
eleitorado.
Muito obrigado
a todos vocês.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradeço as
palavras do nobre deputado Paulo Mansur. Vamos chamar o próximo orador
inscrito, o nobre deputado Reis, em permuta com o deputado Simão Pedro. Deputado
Reis. Ausente o deputado Reis? Presente o deputado Reis?
O SR. MAJOR
MECCA - PL - Pela ordem, presidente.
Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa
Excelência tem o prazo regimental de dois minutos, com a permissão do deputado
Reis, que já está na tribuna.
O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu gostaria de
registrar no plenário desta Casa Legislativa os parabéns aos policiais
militares, aos policiais civis, aos policiais do 10º Baep Piracicaba, do 1º
Baep de Campinas, a todos os policiais militares envolvidos na ocorrência que
teve ontem na cidade de São Pedro, uma ação do crime organizado, uma ação
ultraviolenta, em que estouraram caixas eletrônicos, tentaram roubar carro-forte
naquela região, deputado Reis.
E houve uma
ação, uma pronta ação da Polícia Militar, da Polícia Civil. Dois criminosos
foram presos, um criminoso morreu na troca de tiro com policiais militares. Foram
apreendidos fuzis, coletes balísticos, dinamite, foram recuperados mais de R$ 100
mil.
É importante
nós enaltecermos a ação desses policiais nesta Casa, parabenizarmos esses
homens e essas mulheres policiais que nunca deixaram de demonstrar sua coragem,
de superar todas as dificuldades que sempre tiveram no estado de São Paulo para
defender a população. Mesmo com os míseros salários, mesmo com todas as dificuldades,
com direitos subtraídos, sempre estiveram nas ruas arriscando a sua vida,
alguns perdendo a sua vida, deixando familiares para defender o povo do estado
de São Paulo.
Neste momento é
importante que todos nós, deputado Conte Lopes, deputado Reis, trabalhemos pela
reconstrução das nossas polícias, pela reconstrução dos direitos dos policiais
militares, policiais civis, policiais técnico-científicos, policiais penais que
foram subtraídos nos governos anteriores.
Quero registrar
aqui também aos nossos irmãos que todos os dias nós cobramos o governador
Tarciso, o secretário de Segurança Pública. O deputado Conte Lopes, o Capitão
Telhada, o Danilo Balas, todos, até o deputado Reis é testemunha de que todos
os dias nós cobramos o governador.
Não o fazemos,
deputado Conte Lopes, aqui na tribuna, querendo atacar o governador Tarcísio,
como ele é constantemente atacado pelo PT, pelos partidos de esquerda. Porque
nós sabemos que há uma intenção política, para 2026, na desconstrução do nome
do governador Tarcísio.
Mas nós
sabemos, e eu sou testemunha do esforço dele, do secretário capitão Derrite, do
comandante-geral, coronel Cássio, do delegado-geral, Dr. Artur, todos imbuídos
nessa reconstrução da dignidade dos nossos policiais e na reconstrução da polícia,
no combate ao crime no estado de São Paulo.
Muito obrigado,
presidente.
Muito obrigado,
deputado Reis, pela cessão do espaço.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Nós que
agradecemos. E ratificamos os elogios aos policiais civis e militares que
atuaram contra os criminosos em São Pedro e em Piracicaba.
Com a palavra, pelo Grande Expediente,
o nobre deputado Reis. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.
O
SR. REIS - PT -
Muito bem, presidente, deputado Conte Lopes. Eu resolvi falar nesse Grande
Expediente para registrar um pouco as visitas que tenho feito no interior, para
analisar, para verificar como está a situação da Polícia Civil no interior.
Eu visitei a
cidade de São Carlos, fui até a seccional de São Carlos, fui muito bem recebido
pelo Dr. Dejair, que é o delegado seccional, a quem mando um abraço. Pude ver
as dificuldades que existem naquela região, a falta de efetivo, a falta de
policiais, a falta de investigadores e de escrivães.
Estive também
na seccional de Araraquara, onde eu fui recebido pelo Dr. Fernando Giaretta. O
Dr. Fernando é o delegado seccional de Araraquara. Pude também ver, in loco, as
dificuldades da Polícia Judiciária de Araraquara.
Estive, ainda,
no Deinter 3, onde fui recebido pelo Dr. Jorge Amaro, diretor do Departamento
de Polícia Judiciária 3, lá em Ribeirão Preto. E visitei a seccional de
Ribeirão Preto, onde eu fui recebido pelo titular, o Dr. Picinato.
Conversando com
os vários funcionários, os vários investigadores de polícia, escrivães de
polícias, papiloscopistas, agentes policiais, delegados de polícia, há uma
ansiedade com relação à estruturação da Polícia Civil.
Nós sabemos que
há uma nova lei orgânica. Inclusive, fizemos aqui na Alesp uma grande audiência
pública. Lamentavelmente, não contamos com a presença de V. Exa., não contamos
com a presença do deputado Major Mecca. Mas nós tivemos aqui, deputado Major
Mecca, uma audiência com mais de 220 policiais civis, para debater a
estruturação da carreira.
Participou o
Dr. Rodolfo Laterza, que é presidente da Adepol Brasil, Associação dos
Delegados de Polícia do Brasil, e também o delegado-geral adjunto, Dr. Gilson
Cezar Pereira da Silveira.
O Dr. Rodolfo Laterza falou muito bem sobre a nova lei orgânica, e o Dr. Gilson
falou sobre a reestruturação.
Pelo que eu
pude apurar, há uma ansiedade com relação a qual projeto que o governo vai
mandar para esta Casa, em que pese que eu ache o governo lento. É uma visão que
eu tenho do governo, não é?
Uma visão que
eu tenho de governo, uma experiência que eu tive frente à Prefeitura de São
Paulo. Eu participei de um governo municipal; aliás, de dois governos
municipais. E eu via lá as ações muito rápidas; os projetos eram construídos
com uma velocidade enorme, eram submetidos à Câmara e eram aprovados.
Aqui no estado de São Paulo, nós temos a questão dos oficiais administrativos. O oficial
administrativo ganha o salário mínimo regional, que é 1.550 reais. Aliás, o
salário dele é menor que o salário mínimo regional. Deve estar em torno de 790
reais, e o governo dá um complemento para chegar aos 1.550, que é o salário
mínimo regional.
É o que ganha um oficial administrativo que trabalha
na delegacia de polícia, no Departamento de Polícia Judiciária, que trabalha na
Polícia Técnico-Científica, na Polícia Penal, na Polícia Militar. Todas as polícias têm o oficial administrativo. São funcionários de
apoio que ajudam no dia a dia da administração. Eles tinham insalubridade no
grau máximo que era em torno de 785 reais.
Aliás, Major Mecca, V. Exa., que é muito amigo do
governador Tarcísio de Freitas, pede para ele descongelar a insalubridade que o governo anterior congelou. Não existe mais reajuste na insalubridade.
Anteriormente, a insalubridade era reajustada de acordo com o salário mínimo.
Quando o salário mínimo aumentava, a insalubridade também era reajustada.
Mas o João Agripino Doria, o predador, mandou um
projeto para esta Casa. Os deputados correram, votaram e aprovaram. Com isso,
não há mais reajuste na insalubridade. Então seria muito bom que pudéssemos
voltar a ter o reajuste na insalubridade, como era no passado; e ele
significava uma porcentagem, cerca de 75% do salário mínimo.
Assim, toda vez que subia o salário mínimo, subia a
insalubridade. Agora, já há alguns anos que a insalubridade está congelada em
785 reais.
Os oficiais administrativos recebiam a insalubridade
no grau máximo. E o departamento
médico, por analogia. Uma canetada passou-a para o grau mínimo. Então, de 785
foi para 196 reais.
O governo ficou
de mandar um projeto, que inclusive foi tema de debate em algumas lives, em que o secretário executivo da
Secretaria de Segurança Pública se comprometeu a mandar um projeto para esta
Casa, para estruturar a carreira dos oficiais administrativos.
Esse projeto
até hoje não chegou. Então, foi essa gestão que prometeu. Não foi a gestão
anterior. Esse governo gosta muito de culpar o governo anterior. “Isso é coisa
do governo anterior, nós estamos arrumando a casa”. O tempo está passando.
Daqui a pouco, 50% do governo já foi para o brejo, porque estamos no 16º mês.
Por isso, estamos aguardando esse projeto, mas até hoje ele não foi enviado
para esta Casa.
Aí você busca
saber onde é que está esse projeto. Está na Consultoria Jurídica da Secretaria
de Segurança Pública, mas não chega aqui. Ou seja, só vai ser votado depois que
o governador mandar para esta Casa.
Eu gostaria que
V. Exa. nos ajudasse a cobrar também, que o governo envie o projeto de
estruturação dos oficiais administrativos. Isso é uma demanda que eu também
percebi, visitando essas delegacias, ouvindo as reclamações.
A outra demanda é o aumento de salário. Já falei aqui
várias vezes. É importante que a bancada governista fale para o governador, que
tem de mandar esse projeto para esta Casa. Porque a data-base dos funcionários públicos é março. Nós já estamos em abril e
daqui a pouco nós chegaremos em maio. Então, ontem também, andando nessas cidades, a grande pergunta é: “Quando virá o aumento?”
Eu acho que o deputado Major Mecca, quando vai aos
batalhões, os oficiais, os praças têm perguntado isso para V. Exa. também. E devem estar perguntando ao deputado Conte Lopes. “Quando virá o
aumento? Esse aumento vai vir quando?” Até porque, nós temos gravações do ano passado, em que o governo, o secretário da
Segurança, falava do aumento neste ano, que haveria aumento neste ano, que
haveria aumento neste ano, aumento no ano que vem e aumento no último ano.
Então, nós temos as gravações, para o governo não entrar depois nas falsas
promessas.
É importante que o governo mande o aumento dos
policiais, mande o aumento dos servidores públicos, porque os servidores públicos estão aguardando o reajuste, mas também ouvi esse clamor de
vários funcionários cobrando o aumento, o reajuste de salário.
Então, a
reestruturação da carreira, o aumento do salário e a reestruturação dos
oficiais administrativos são questões que estão aflorando no dia a dia no meio
policial civil e a gente precisa de apoio. O deputado Conte Lopes é um ativista
da Segurança Pública, o deputado Major Mecca é um ativista da Segurança Pública.
Acho que, se
todos nós chegarmos ao governador e ficarmos cobrando, pedindo que ele mande
esse projeto para cá, eu acho que vamos sensibilizá-lo da importância desses
projetos da reestruturação, da reestruturação dos oficiais administrativos, do
aumento salarial.
E a outra coisa
é estrutural. Está havendo muita reclamação de falta de recursos para
manutenção de viaturas, o que é ruim, porque elas são necessárias; falta de
recursos para as delegacias, por conta, inclusive, é claro, da nova lei de
licitações.
Então,
conversando eu percebi, porque você vai conversando e vai extraindo, para saber
o que está acontecendo. E vamos continuar essa andança no estado de São Paulo
para irmos nos apropriando do dia a dia do funcionamento das nossas
instituições, de como elas estão funcionando, quais são as demandas.
É isso,
presidente Conte Lopes, que eu quero deixar registrado neste Grande Expediente.
Muito obrigado.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Pela ordem,
Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Só para complementar, deputado Reis: todas essas cobranças
são muito importantes, porque é uma expectativa dos nossos policiais e hoje a
gente sente também, na conversa com os policiais, que existe um ânimo, uma
expectativa bastante grande, até mesmo porque todo mundo se certificou e
constatou que o governador Tarcísio de Freitas é uma pessoa diferente, é uma
pessoa capacitada para a condução do nosso estado e está preocupado com a Segurança
Pública, está preocupado com os policiais, os respeita muito, tem muito apreço
pelos policiais.
Esse projeto
que o senhor citou, da insalubridade, é um projeto extremamente importante, que
nós cobramos constantemente para que saia do Palácio e venha para cá, porque no
governo anterior foi uma luta exaustiva, mas fomos vencidos, à época, pelo
grupo governista que tinha aqui, que acabou aprovando uma legislação que
retirou o pagamento da insalubridade da licença-prêmio e também retirou o
indexador que havia, do IPCA: todo
início de ano a insalubridade era reajustada conforme o índice do IPCA, e agora
não mais há esse reajuste.
Nesse projeto
consta esse reajuste, bem como o retorno da insalubridade para a
licença-prêmio, porque é altamente prejudicial aos nossos policiais,
principalmente para o policial que está para passar, que vai ser veterano.
Muitas vezes,
ele pega cinco, seis licenças-prêmio que tem acumuladas para passar para
reserva, só que o cálculo da sua aposentadoria acaba diminuindo por conta dos
últimos salários, que ficam menores. Estamos em um trabalho bastante intenso,
conversando com o governador, para que sejam mandados, o mais breve possível,
todos esses projetos aqui para a Casa.
O
SR. REIS - PT - Muito bem, estamos na esperança. Pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Pela ordem,
nobre deputado Reis.
O
SR. REIS - PT - Havendo acordo de lideranças,
quero requerer a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental.
Nossos trabalhos estão suspensos até as 16 horas e 30 minutos.
Obrigado.
* * *
- Suspensa às 15 horas e 39 minutos, a sessão é reaberta
às 16 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Reaberta a sessão. Ordem do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Eduardo Suplicy, com o número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de realizar palestra formativa sobre o tema “A
Construção de uma Nação Justa e Civilizada e a Renda Básica de Cidadania”, a
realizar-se no dia 19 de abril do corrente ano, em São Lourenço, Minas Gerais,
a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Guilherme Cortez, com o número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de participar do evento do 50º Aniversário do
25 de Abril de 1974, a realizar-se entre os dias 22 a 28 de abril do corrente
ano, na cidade de Lisboa, Portugal, sem ônus para este poder.
Em votação. As Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para um registro das pessoas que nos visitam hoje.
A senhora Joanna Perkins, que é consultora política do Reino Unido, acompanhada
de representantes do consulado, que vieram conhecer esta Casa e discutir temas
que tem interesse o Reino Unido.
Então, eu queria agradecer a presença
do Filipe, da Lívia, da Camille e da Joanna.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Joana e toda sua comitiva, muito prazer em
recebê-los na nossa Casa. É uma honra, voltem sempre. Alegria em recebê-los.
Parabéns pelo trabalho de vocês.
Muito obrigado. Pela ordem, deputado
Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo de lideranças, requeiro o levantamento da presente
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental. Havendo acordo de lideranças, Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia
de hoje, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10
minutos após o término da presente sessão.
Está levantada a sessão.
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 9a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
10/04/2024.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 33
minutos.
* * *