19 DE JUNHO DE 2023
15ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO
AOS 50 ANOS DA EMBRAPA
Presidência: ITAMAR BORGES
RESUMO
1 - ITAMAR BORGES
Assume a Presidência e abre a sessão. Informa que a
Presidência efetiva convocou a presente sessão solene em "Comemoração aos
50 anos da Embrapa", por solicitação deste deputado, na direção dos
trabalhos. Expressa sua satisfação por presidir esta solenidade. Destaca a
justeza da homenagem que será feita à Embrapa.
2 - MARCUS VINÍCIUS
Mestre de cerimônias, convida o público a ouvir, de pé, o
"Hino Nacional Brasileiro". Nomeia autoridades presentes. Lê breve
resumo da história da Embrapa. Anuncia a exibição de vídeo institucional da
entidade.
3 - PRESIDENTE ITAMAR BORGES
Realça a importância da Embrapa para a agropecuária
brasileira. Comenta as diversas vezes em que, durante sua trajetória política,
atuou junto à instituição. Avalia que a empresa cumpriu perfeitamente seu papel
ao longo dos seus 50 anos de existência. Destaca a necessidade de sempre
aperfeiçoar as políticas públicas de incentivo à agricultura e à pesquisa.
4 - ANDRÉA MOURA
Superintendente federal de Agricultura no estado de São Paulo,
faz pronunciamento.
5 - EDUARDO SUPLICY
Deputado estadual, faz pronunciamento.
6 - ROBERTO RODRIGUES
Engenheiro agrônomo e ex-ministro da Agricultura, faz
pronunciamento.
7 - ARNALDO JARDIM
Deputado federal, faz pronunciamento.
8 - SILVIA MASSRUHÁ
Presidente da Embrapa, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE ITAMAR BORGES
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
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- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Itamar Borges.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Senhoras e senhores, sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Neste momento, daremos início a essa sessão solene com a finalidade de
comemorar os 50 anos da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Comunicamos aos
presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e
pelo canal Alesp no YouTube. Após a solenidade, será oferecido um coquetel no
Salão dos Espelhos, onde o recepcionamos ainda há pouco.
Convidamos,
para que compunham a Mesa Diretora, o deputado estadual Itamar Borges,
proponente desta sessão e presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio
Paulista, acompanhado pela presidente da Embrapa, Sra. Silvia Massruhá, por
favor. (Palmas.)
Também compondo
a Mesa Diretora o deputado federal Arnaldo Jardim, vice-presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária na Câmara Federal, por favor. (Palmas.) O Prof.
Roberto Rodrigues, nosso sempre ministro, por gentileza. (Palmas.) E também a
senhora Andréa Moura, superintendente de Agricultura e Pecuária no estado de
São Paulo. (Palmas.)
E como extensão
da nossa Mesa Diretora também convidamos Ana Paula Packer, da Embrapa Meio
Ambiente, e Stanley Oliveira, da Embrapa Agricultura Digital. José Manuel
Marco, da Embrapa Instrumentação. Alexandre Bert, da Embrapa Pecuária Sudeste.
Gustavo Spadotti, da Embrapa Territorial. Cíntia Cury, chefe da assessoria de
relações institucionais e governamentais da Embrapa.
Pedro de
Camargo, membro do grupo de trabalho e planejamento do Ministério da
Agricultura. Saulo Guerra, diretor da agência Unesp de inovação. E também
Carlos Gobbril, nosso coordenador da Apta da Secretaria de Estado da
Agricultura e Abastecimento, por gentileza. (Pausa.)
As autoridades
sendo recepcionadas aqui na parte superior deste plenário pelas autoridades que
compõem a Mesa, ocuparão a nossa extensão aqui da Mesa Diretora. Todos podem se
acomodar, por gentileza.
Passo a palavra
ao proponente desta sessão solene, o deputado estadual Itamar Borges.
O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - MDB - Muito
boa-noite a todas e a todos. É uma honra e uma alegria para a Frente
Parlamentar do Agro Paulista, para esta casa, a Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo. Quero, em nome do presidente André do Prado e de todos os
colegas, agradecer a aprovação e o apoio para a realização desta homenagem
reconhecida por todos os parlamentares desta Casa.
E em especial
agradecer aqui a nossa Embrapa presente através da nossa presidente e de todos
os senhores e senhoras. E os parceiros da Embrapa, os amigos outros institutos
e universidades que atuam de forma tão importante pela nossa pesquisa.
Nosso
Parlamento Federal aqui representado, e o nosso Ministério da Agricultura.
Portanto, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos
regimentais. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata anterior.
E mais uma vez
cumprimento a todos e aos parlamentares. Informamos que essa sessão foi
convocada pelo presidente desta Casa, deputado André do Prado, atendendo nossa
solicitação, com a finalidade de comemorar 50 anos da Embrapa, a nossa Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Bem-vindos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Obrigado ao nosso deputado proponente desta sessão solene. Convido todos os
presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro
pelo coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sobre a regência do
maestro subtenente PM Mota.
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- É executado o
Hino Nacional Brasileiro.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Agradecemos ao coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com regência do
maestro subtenente PM Mota, pela execução do Hino Nacional Brasileiro. E em seu
nome saudamos todos os integrantes da Corporação aqui presentes. Muito
obrigado.
Registramos e
agradecemos as presenças das seguintes autoridades: Antônio César Salip,
presidente da Utop. Saulo Felipe Sebastião Guerra, diretor da agência Unesp de
inovação. Janete Aparecida, vice-diretora da Unesp de Jaboticabal. Luiz Adriano
Teixeira, diretor operacional da Associação Brasileira de Inseminação
Artificial. Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e
Implementos Agrícolas da Bimarc.
Felipe
Teixeira, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Syngenta.
Leopoldo Rodrigues de Mendonça, gerente de Relações Institucionais da JBS.
Arthur Soares, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento das empresas Simbiose e
Bioma. Ricardo Nicodemo, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural
e Agro. Prof. Saulo Guerra, representante do reitor da Unesp. Juliano Camilo
Borges, coordenador de políticas para a juventude do Estado de São Paulo. A
todos, o nosso muito obrigado.
A Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, foi criada em 1973 para
desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária
genuinamente tropical.
Hoje o País é
referência em Ciência e Tecnologia destinadas à agricultura, e a Embrapa tem
grande contribuição nesse destaque. O Brasil tornou-se um dos maiores
produtores de alimentos do mundo.
Em 2023, a
Embrapa celebra 50 anos, e a realização desta sessão solene integra as
comemorações desta importante instituição de Ciência e Tecnologia do Estado
brasileiro, reforçando junto à sociedade sua imagem de instituição em destaque
na pesquisa agropecuária do mundo tropical, com ênfase nos aspectos de inovação
sustentabilidade e compromisso com a superação da fome e da miséria.
Assistiremos,
agora, a um vídeo contando um pouco da história da Embrapa.
Vamos ao vídeo,
por favor.
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- É exibido o vídeo.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Muito obrigado. Também registramos e agradecemos a presença de Manoel Rosito,
presidente executivo do IPEC, e também a assessoria parlamentar do deputado
estadual Luiz Claudio Marcolino, nas pessoas de Penélope e Fabiana, muito
obrigado. Neste momento retomo a palavra ao deputado estadual Itamar Borges.
O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - MDB - Mais
uma vez, retorno a este microfone, e ao ver esse vídeo e refletir um pouco
sobre a minha convivência na vida pública e com o agro, eu cada vez mais me
torno um garoto-propaganda no aspecto de dizer uma frase, um contexto que eu
sempre gosto de dizer.
Quando prefeito
em Santa Fé do Sul, ainda muito jovem, aos 24 anos, no meu primeiro mandato,
fui aprender um pouco de cada importância e de cada oportunidade. E foi
conhecendo um pouco do agro, conhecendo um pouco da pesquisa da inovação, da
ciência e da tecnologia que eu me aproximei da Embrapa.
A primeira
oportunidade acho que já foi no meu segundo mandato, quando o Silvio Crestana -
irmão do Silvério Crestana, que está aqui - presidia, e lá fui trocar
figurinha, conversar com ele e aprender um pouco.
Na sequência eu
procurei o meu professor do agro, o meu professor de muitas oportunidades e que
eu tenho um carinho, uma amizade e um respeito muito grandes, que é o deputado
federal Arnaldo Jardim.
Não poderia ser
diferente se eu não me somasse a outros. Eu vejo aqui o Pedro e lembro do
Chiquinho - o nosso Chiquinho - presidente da Agrishow, secretário de Agricultura,
foi meu secretário executivo e que tem uma história na Abimaq, e em tantas
outras oportunidades. E quando eu fui convidado para assumir a Secretaria de
Agricultura, eu e o Chiquinho conversamos e elegemos os primeiros passos que
nós iríamos dar.
Eu já falei de
um deles, que foi conversar e ouvir a experiência e o conhecimento do Arnaldo.
E o outro que eu fui até a casa dele aqui, no apartamento dele em São Paulo,
para ouvir dele, que já foi ministro, que já foi secretário, que já viveu muito
- até porque nasceu dentro de uma unidade de pesquisa -, fui à casa de Roberto
Rodrigues.
E a primeira
frase e a última que o Roberto Rodrigues me disse quando eu cheguei na casa
dele - e aquele dia, por incrível que pareça, nós não tomamos nem a cachacinha
que ele gosta, e nem uma taça de vinho, porque ali era para conversar e não
desviar o foco.
Roberto
Rodrigues me disse: "Itamar, daqui uns dias você assume a Secretaria de
Agricultura. Se você eleger um ponto e trabalhar nele, você já passará para
história como alguém que deu uma grande contribuição para o agro de São Paulo e
do Brasil.
Valorize,
prestigie, reconheça os técnicos profissionais, e invista na Apta, nos
institutos. Invista e faça parcerias com as universidades e com a Embrapa, para
que a pesquisa seja prioridade na sua gestão”.
E é por isso
que eu digo o contexto e a frase que eu comentei no início - falei agora pouco
nas entrevistas que eu dei, e o vídeo disse isso para nós -: o agro só é o que
é, só está onde está e só chegou onde chegou graças à ciência, graças à
inovação, graças à pesquisa, graças aos institutos que começaram lá com o nosso
IAC e que veio, veio e hoje tem até no mundo privado grandes contribuições, que
se somam.
Por isso que eu
quero saudar essa Mesa, a figura da queridíssima Silvia, presidente da Embrapa,
e a saudar você, Silvia, saúdo a extensão da Mesa, os representantes da Embrapa
e demais entidades.
Brinquei com a
Silvia, falei: “Esse vídeo já é seu?”. “É”. Falei: “Então já foi o primeiro
filho da sua gestão”. Muito bem-produzido e retratando efetivamente aquilo com
o qual nós convivemos. Parabéns, você é uma privilegiada. Comemorar o
cinquentenário da Embrapa como presidente, realmente só você.
Saudar aqui a
nossa Andréa Moura, nossa ministra da Agricultura, a nossa superintendente aqui
de São Paulo, grande parceira, grande profissional competente e amiga, e que
tem também uma grande contribuição para tantas ações que tem acontecido. Saudar
mais uma vez o meu mestre Roberto Rodrigues, que eu respeito, que eu admiro e
aprendo todos os dias com ele.
O que seria,
Roberto Rodrigues, do Agro e de muitas conquistas do Agro sem você, sem Alisson
Paulinelli e tantos que se somaram, mas você representa essa grande liderança
que eu respeito e reconheço nesse momento.
E a você,
Arnaldo Jardim, meu irmão, amigo, parceiro, deputado federal que foi deputado
nesta Casa, que foi secretário de Habitação, mas que foi o grande secretário,
como foi Roberto Rodrigues, da Agricultura neste estado, e que deixou muitas
lições.
Foi fácil ser
secretário de Agricultura ao lado de Chiquinho Maturro, porque nós pegamos dois
modelos, olhamos para o período do Arnaldo e para o período do Roberto e
colocamos em prática.
E aí foi fácil,
Salip, porque daí em diante foi colocar em prática todos esses passos. E hoje,
a Assembleia Legislativa de São Paulo se reúne para homenagear a nossa Embrapa,
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Neste ano,
agora em abril, a Embrapa completou 50 anos alcançados com pleno sucesso em
todos os seus passos, a sua missão de pesquisar, desenvolver e também inovar
junto aos institutos, tanto do Agro de São Paulo, como as instituições
privadas, sempre em benefício da sociedade brasileira e da população de mais de
200 países que importam o nosso alimento, que importam parte da nossa produção.
Como já disse
aqui na minha introdução, aqui no estado de São Paulo, a Apta e os institutos
de pesquisa da Secretaria de Agricultura, além das universidades, dão imensa
contribuição para a Inovação do Agro. E a sinergia com as unidades da Embrapa é
cada vez mais estratégica para enfrentar os grandes desafios e oportunidades.
Aproveito para
registrar o que eu sempre falo, e aprendi como secretário da Agricultura.
Costumo dizer que o berço da pesquisa foi lá no nosso IAC, de lá nasceram todos
os institutos, o IAC completa 136 anos no próximo dia 27 de junho, semana que
vem.
Esse sucesso
pode ser medido tanto pela produção agropecuária brasileira de alimentos, e o
vídeo falou sobre fibras e fontes de energia, mas não podemos esquecer que essa
produção foi precedida pelo desenvolvimento de pesquisa científica e
tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical,
Roberto Rodrigues.
Até 1970, o
Brasil importava grande parte dos alimentos que consumia, porém, o investimento
em ciência e a atuação em rede das nossas instituições, aliado à implantação de
políticas públicas e ao empreendedorismo do agricultor brasileiro,
impulsionaram o uso da tecnologia e a adoção de boas práticas no campo.
Como resultado,
destacam-se o elevado impacto nas opções de consumo do brasileiro, a redução
dos custos com alimentos, ampliações contínuas nas exportações, aumento da
produtividade e intensificação de práticas sustentáveis.
O Brasil se
tornou um dos maiores produtores e o maior exportador de alimentos no mundo.
Temos o prazer de prestar esta homenagem reunindo o que a Embrapa tem de mais
valioso: os pesquisadores, seus técnicos e gestores que dedicam suas vidas em
prol da pesquisa científica, da inovação tecnológica e da administração da
nossa Embrapa.
Os senhores e
as senhoras que aqui estão representam os quase nove mil funcionários da
Embrapa, dentre esses 2.174 são pesquisadores que trabalham em diferentes redes
e em parceria constituições públicas e privadas, nacionais e internacionais,
por meio das 43 unidades de pesquisa nas quais se encontram centenas de
laboratórios e campos experimentais.
No estado de
São Paulo, a Embrapa tem cinco unidades: a Embrapa Agricultura digital; a
Embrapa Instrumentação, ali em São Carlos; a Embrapa Meio Ambiente; a Embrapa
Pecuária Sudeste; e a Embrapa Territorial.
Nossa homenagem
não poderia deixar de fazer referência - amigo, Roberto Rodrigues - aos
pioneiros da criação da Embrapa, para o qual muito contribuíram um grupo de economistas,
engenheiros e sociólogos da nossa Universidade de São Paulo, liderados pelos
ministros Luís Fernando Cirne, Alisson Paulinelli, Luiz Carlos Guedes Pinto,
Delfim Neto, José Pastore, Eliseu Alves, sempre presente Roberto e várias
outras personalidades.
Se hoje podemos
comemorar o êxito dessa política de impacto nacional, precisamos ficar alertas
para as ameaças, precisamos ficar alertas para as ameaças. Refiro-me à
necessidade de permanente valorização das políticas públicas, para o incentivo
à agricultura e a pesquisa, tanto na esfera federal quanto no âmbito do estado
de São Paulo.
Para a
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo é de extrema importância celebrar
este momento especial com a nossa Embrapa. Um forte abraço a todos, parabéns a
Embrapa, parabéns aos pesquisadores, técnicos e gestores.
Parabéns às
instituições, entidades, empresas e parceiros aqui presentes e que nos
acompanharão em toda essa solenidade e nas repetições que teremos, não só no
YouTube, na rede social, mas também na TV Alesp.
Viva os 50 anos
da Embrapa.
Muito obrigado.
(Palmas.)
Peço permissão
e desculpa, porque eu não tinha visto chegar aqui o nosso senador, nosso
deputado e o nosso grande líder político aqui presente, Eduardo Suplicy, a quem
eu peço que seja saudado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Obrigado ao deputado Itamar Borges por suas palavras. Nós temos aqui
autoridades convidadas que não puderam estar presentes conosco, mas enviaram
suas justificativas. A senadora por São Paulo, Mara Gabrilli.
Também a colega
desta Casa, deputada estadual Carla Morando. E ainda, o presidente executivo da
Abimaq e Sindimaq, Sr. José Veloso Dias Cardoso. Muito obrigado. Vamos ouvir a
seguir as palavras da Sra. Andréa Moura, superintendente de Agricultura e
Pecuária do Estado de São Paulo.
A SRA. ANDRÉA MOURA - Boa noite a
todos, boa noite a toda a Mesa, boa noite, Itamar. Gostaria de inicialmente
agradecer o convite, é um privilégio estar aqui participando desse momento de
comemoração de 50 anos da Embrapa, a nossa comemoração local.
Gostaria de
cumprimentar a Assembleia e parabenizá-los por essa iniciativa, acho muito
merecida a iniciativa de São Paulo também fazer parte da comemoração de 50 anos
da Embrapa. Trago aqui os cumprimentos do nosso ministro Carlos Fávaro pelo
reconhecimento que tem e valorização que tem ao trabalho da Embrapa.
Como foi dito
pelo deputado Itamar, como foi valorizado e mostrado no vídeo e nós vivemos
isso de forma muito marcante recentemente em nossas vidas, graças à ciência que
a gente consegue de fato progredir.
Vivemos isso
recentemente na pandemia, e foi graças a muita ciência e muito investimento em
pesquisa que a gente venceu esse momento e estamos aqui hoje podendo estar
presentes juntos uns com os outros podendo celebrar momentos como esse. Então,
a ciência nos trouxe até aqui sem dúvida alguma.
Evoluímos muito
e muito fizemos pelo Agro para chegar até aqui, mas tem muito serviço pela
frente. Se abre aqui ainda um universo de possibilidades e de atividades a serem
construídas, desafios a serem vencidos, barreiras a serem vencidas, desde
barreiras técnicas e compostas, desafios postos, como também desafios criados,
não?
A gente sofre
injustas e infundadas acusações em relação ao nosso Agro, e é com base na
ciência, de novo, que a gente vai conseguir desmistificar e provar o contrário,
porque fazemos de forma diferente.
Então, a
sustentabilidade e a potencialidade do nosso Agro são reais, e foi ele que nos
trouxe até aqui. Graças a esse perfil e essa identidade da sustentabilidade da
nossa produção local é que temos condição de desmistificar todas essas injustas
acusações que sofremos.
Então, vai ser
graças ao trabalho da Embrapa, aí você tem um enorme desafio com esse time top,
temos muito orgulho de termos hoje na Presidência da Embrapa uma egressa de uma
das nossas cinco unidades localizadas aqui no estado.
Temos muito
orgulho disso e vocês todos têm um desafio enorme pela frente, e por isso,
Silvia, eu acho que o seu maior ativo dentro da casa é valorizar a equipe que
você tem.
É graças ao
trabalho dos pesquisadores - e vejo muitos aqui presentes, colegas que a gente
acompanha há muitos anos - e ao empenho desse time que a gente vai conseguir
fazer as mudanças das quais a gente precisa, é seguir progredindo e mostrando
ao mundo o que é a nossa agropecuária nacional.
Então, parabéns
à Embrapa. Temos muito orgulho do trabalho de vocês, e as parcerias que são
feitas entre a Embrapa e o setor produtivo, entre a Embrapa outros institutos
de pesquisa - como bem colocado pelo Itamar - é o que nos faz poder crescer
mais rápido, avançar mais rápido, então vamos seguir com essa proposta de um
trabalho conjunto, um trabalho compartilhado, todos de mãos dadas.
Esse é o nosso
grande diferencial, é assim que a gente vai seguir prosperando, como já
prosperamos até aqui. Parabéns, Silvia, parabéns a toda equipe da Embrapa,
todos os técnicos que nos assistem remotamente.
Nós acreditamos
muito no trabalho de vocês e a gente precisa de vocês, então contem com a
gente, contem com o suporte do Ministério da Agricultura para que vocês sigam
trabalhando na plenitude e fazendo o que vocês sabem fazer de melhor: um
trabalho de excelência.
Parabéns.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Muito obrigado à superintendente de Agricultura e Pecuária do Estado de São
Paulo, Andréa Moura, por suas palavras.
A seguir, vamos
ouvir as palavras do deputado estadual Eduardo Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
Prezado deputado Itamar Borges, que preside essa sessão e teve a iluminada a
iniciativa de homenagear os 50 anos dessa empresa tão importante para o
desenvolvimento, não apenas da agricultura, mas da economia brasileira.
Cumprimento a
presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, por todo o trabalho que vem sendo
desenvolvido. Meu amigo deputado federal Arnaldo Jardim, que foi meu colega no
Congresso Nacional.
Querido professor
e ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que muitas vezes ali, durante o
meu tempo de senador, interagi com ele. E a Sra. Andréa Moura, superintendente
da Agricultura e Pecuária de São Paulo.
Há pouco eu
conversei com o Paulo Teixeira, que é deputado federal, mas hoje é ministro da
Agricultura Familiar e Reforma Agrária, e ele me recordou o papel tão
importante da Embrapa, que nas mais diversas culturas brasileiras, seja da
soja, do café, do milho, do algodão, dos legumes e de todos os produtos, sempre
através dos técnicos da Embrapa, que conseguiram avanços formidáveis.
E eu também
quero saudar a interação da Embrapa com países inclusive em desenvolvimento da
África. Eu me lembro que, durante os anos do presidente Lula, diversas vezes
foi mencionado como a Embrapa estava colaborando com países africanos, e acho
que asiáticos também, no desenvolvimento da produção agrícola.
Então, eu acho
muito pertinente esta sessão de comemoração, e cumprimento todos que aqui
comemoram os 50 anos da Embrapa.
Parabéns a
todos vocês, e pela iniciativa, caro deputado Itamar Borges.
Obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Obrigado ao deputado desta Casa, Eduardo Suplicy, por suas palavras. Também
registramos e agradecemos a presença de Guilherme Bastos, coordenador da FGV
Agro.
Muito obrigado.
Vamos ouvir a
seguir as palavras do Prof. Roberto Rodrigues, nosso sempre Ministro.
Por favor,
professor.
O SR. ROBERTO RODRIGUES - Bom, meu caro
deputado Itamar Borges, que tão brilhantemente comanda essa sessão, mas mais do
que isso, comanda, aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, todas as regras
que beneficiam o Agro paulista. Parabéns, muito obrigado por essa oportunidade.
Querida Dra.
Silva Massruhá, que está assumindo a Presidência da Embrapa com uma competência
extraordinária. Estou assistindo desde o comecinho que ela está fazendo, e só
me admiro cada dia mais com o seu trabalho, Dra. Silvia.
Meu querido
irmão Arnaldo Jardim, que comanda em Brasília a Frente Parlamentar do
Corporativismo e é o vice-presidente da Frente Parlamentar da Pecuária, que
também tem sido um norteador de todos nós.
Minha querida
Andréa Moura, cuja competência e inteligência só perdem para a simpatia e a
graça que sempre nos trata. Queridos amigos da Embrapa, que nos acompanham, meu
caro Pedro Camargo Neto, que representa, aqui na sessão, a modernidade do agro
brasileiro. Deputado Eduardo Suplicy, meu caro Ricardo Nicodemo da BRA, amigos,
senhoras e senhores.
Dra. Silvia, eu
conheci todos os presidentes da Embrapa, todos nesses 50 anos - para um menino
como eu não tenho muita diferença, sabe - mas eu acho que é fundamental aqui, e
o deputado Itamar já fez isso com a sua maestria de sempre e gentileza de
sempre, falar de pessoas, que não se faz nada sem gente. Quem constrói uma
instituição, um país, uma família, é gente.
E eu conheci
muito de perto o ministro Ciro Lima, que nos visitava na minha casa, na
fazenda, por algumas vezes. E acompanhei o trabalho dele junto com Eliseu
Alves, Reis Veloso e Delfim Neto quando montaram a Embrapa.
Então, devemos
a Embrapa gente extraordinária como o Ciro Lima. Depois ele deixou o governo, rapidamente,
e em seguida mudou o governo, e Alisson assumiu a Embrapa com um grupo notável
de pessoas (Inaudível), o extraordinário Eliseu Alves, um grupo de líderes
importantes montou a grande agricultura tropical do Planeta, que é a
brasileira.
Então, essas
pessoas todas com quem tive privilégio de conviver, algumas delas muito de
perto, eu fui membro do Conselho da Embrapa no tempo do Murilo Flores - já faz
uns 150 anos mais ou menos - e tive uma proximidade muito grande, é uma das
pessoas que eu mais admiro na ciência brasileira, que é o Silvio Crestana, um
homem fantástico que revolucionou a ciência agronômica sendo físico, que é uma
coisa mais difícil ainda.
Então, é
preciso que a gente reconheça aqui que pessoas é que fizeram essa instituição
formidável. E um recado muito curto, Dra. Silvia, a Embrapa, como já foi dito
aqui pelo deputado Itamar, foi criada no momento em que o Brasil importava 30%
que consumia.
A liderança
nacional na época, com visão nacionalista e patriótica, não é possível um País
deste tamanho importar comida, é preciso mudar isso. E surgiu a Embrapa
liderando todo o sistema nacional de pesquisa pecuária, incorporando ações
fantásticas do (Inaudível) que foi criada por Dom Pedro II, essa outra figura
fantástica da história do Brasil, para dar o norte da pesquisa pecuária.
Mas não só
agronômica, as universidades todas, o Brasil inteiro deu uma contribuição
espetacular com a coordenação da Embrapa, que tropicalizou tudo isso. Então, em
1973, 1974, havia uma visão patriótica, nacionalista de um País que não pode
importar comida: tem que ser um País autossuficiente e, se possível,
exportador.
E chegamos ao
que somos hoje, o terceiro maior produtor de comida de alimentos do mundo, e o
que tem o maior saldo comercial da agricultura do mundo inteiro.
E isso se deve
a três fatores: a ciência, a pesquisa e a extensão rural, indiscutivelmente.
Segundo, ao empreendedorismo do produtor rural brasileiro, que acreditou na
pesquisa, na ciência e incorporou o que foi produzido nos órgãos de pesquisa e
gerou esse crescimento extraordinário. E políticas públicas que, ao longo do
tempo, beneficiaram, de uma forma ou de outra, esse setor fundamental da
economia brasileira.
Então, esses
três fatores persistem, o que permite esperar que o Brasil continue tendo um
crescimento importante na agricultura mundial, mas não mais com aquela visão de
autossuficiência de que depois não pode aumentar as exportações.
Hoje três
grandes problemas ferem a humanidade: insegurança alimentar, insegurança
energética e a questão climática, são três problemas que afetam qualquer pessoa
em qualquer país do mundo. E quem vai resolver isso é a agricultura -
insegurança alimentar, obviamente, mas também as demais, a agricultura pode
fazer isso.
E que
agricultura é essa? É a agricultura tropical do Planeta, que está naquele
cinturão tropical que abarca toda América Latina, toda a África subsaariana e
uma parte da Ásia também. Mas quem é que
lidera conhecimento nesse processo? É o Brasil, por causa da ciência e da
tecnologia que foram geradas aqui.
Então, hoje a
visão hoje não é mais de uma Embrapa que ajuda o Brasil a ser autossuficiente:
é ajudar o mundo a se alimentar. A Embrapa hoje está muito preocupada com essa
questão da inserção internacional do Brasil como campeã mundial da segurança
alimentar, da questão energética e das mudanças climáticas de maneira positiva
também, porque o agrotropical brasileiro é quem vai liderar esse processo todo.
Então, Dra.
Silvia, eu vejo nas suas mãos um bastão extraordinário de oportunidades que vai
nos levar a cavalgar à condição de campeão mundial da segurança alimentar e,
portanto, campeão mundial da paz, porque não haverá paz enquanto houver fome.
Acredito, Dra.
Silvia, que a senhora e a sua equipe, a equipe juvenil brilhante e competente,
que olhem esses três temas com muito vigor, e esse time vai fazer de nós todos
campeões mundiais do que realmente importa, da paz.
Parabéns,
deputado Itamar, parabéns por essa oportunidade, não há nada mais importante do
que comemorar o aniversário da Embrapa. Cinquenta anos ainda é uma minoridade:
vamos crescer para um centenário.
Um abraço,
muito obrigado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Agradecemos ao Prof. Roberto Rodrigues, nosso sempre ministro, por suas
palavras. E a seguir, ouviremos palavras do deputado federal Arnaldo Jardim,
vice-presidente da FPA, a Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara Federal.
(Palmas.)
O SR. ARNALDO JARDIM - Boa noite. É
uma alegria muito grande poder estar entre tantos amigos, e eu não tenho dúvida
de que nós estamos aqui entre pessoas que têm compromissos e valores que nos
unem a todos nesse instante. Então eu queria, cumprimentando a todos, dizer da
minha satisfação, caro Itamar, de vê-lo tomar essa iniciativa.
Meu
agradecimento à Assembleia de São Paulo por ter permitido esse ato aqui e que
se proclama aquilo que é a nossa convicção, como bem foi dito, de acreditar na
ciência, de acreditar no desenvolvimento. Do ponto de vista da Assembleia de
São Paulo isso não é novidade.
Nós vimos a
Assembleia de São Paulo, e particularmente São Paulo, acreditar nisso quando,
por exemplo, na sua Constituição Estadual, determinou um percentual destinado à
Fapesp. Poucos estados têm isso de uma forma parecida.
E eu fiz
questão de descer para falar nesta tribuna, porque eu estava com saudade, pois
foi nessa tribuna que eu tive privilégio, em 1987, no meu primeiro mandato, de
apresentar aquilo que era um relatório de projeto para a Constituição Estadual,
e lá nós avançávamos de 0,5% para 1% na destinação de recursos para Fapesp.
Isso tudo era um momento de reafirmar aquilo que era o compromisso de São Paulo
com relação à ciência.
Quero dizer da
minha alegria de poder estar aqui e, com uma outra dimensão, olhar para esta
plateia, e certamente para as pessoas que estão nos ouvindo, e saudar o
expressivo número de mulheres que aqui nós temos. Ninguém fala "o agricultura", todo mundo fala "a
agricultura".
E é muito
importante o fato de dizermos que Embrapa, de uma forma muito especial,
comemora os seus 50 anos tendo a primeira mulher como presidente da Embrapa,
uma salva de palmas a todas as mulheres profissionais do agro, pesquisadoras
que fazem uma grande diferença nesse sentido. (Palmas.)
Quero saudar um
outro aspecto que me parece muito relevante, que é o fato de que a Embrapa aqui
está representada, e a Silvia que é a amiga de todos nós, é presidente da
Embrapa e alguém que quem confiamos tão plenamente neste momento em que a
Embrapa enfrenta o desafio de se reafirmar. E ela se fez acompanhada dos nossos
cinco diretores das cinco unidades da Embrapa aqui em São Paulo.
Eu queria
convidá-los a ficar de pé e saudar as cinco unidades que São Paulo se orgulha
de ter no nosso território, as cinco unidades da Embrapa. (Palmas.) Parabéns
aos senhores e a senhora pelo trabalho que fazem de uma forma tão expressiva.
Dizer da minha
alegria de estar aqui acompanhando acompanhado e fazendo eco, seguindo o
Roberto Rodrigues. Olha que coisa espetacular: o Roberto Rodrigues, que é uma
referência para todos nós, fez uma saudação eloquente, como sempre faz, mas o
Roberto Rodrigues gastou 2/3 da sua fala para falar não do Alisson, não do
Eliseu Alves, não do Ciro de Lima, mas o Roberto falou do futuro quando o
Roberto falou que estará aqui para comemorar os 100 anos da Embrapa e brotou
uma certeza em todos nós, de que isso seria verdade.
O Roberto tem
essa capacidade de ser um eterno professor e profeta daquilo que são desafios
com relação ao futuro. Antão eu vou tentar seguir, minha cara Andréa Moura, que
representa o Ministério da Agricultura, meu caro amigo, querido senador Eduardo
Suplicy.
Eu não vou
falar da Embrapa, vocês sabem, eu não vou falar daquilo que fez Embrapa, vocês
testemunham isso, eu não vou falar do serviço prestado pela Embrapa - porque
acho que todos estamos aqui para agradecer isso. Eu quero dizer da minha
convicção do futuro.
Primeiro que a
Embrapa fez uma escolha que me parece definitiva, de que o Agro brasileiro tem
que ser um espaço de construção de um consenso e de um projeto nacional. Nós
não queremos que o Agro caia e nenhuma armadilha de uma ideologização que
separe o pequeno, o médio, o agricultor familiar, da agricultura de escala.
A Embrapa tem
tido o dom, a capacidade, e isso significa uma referência de que os nossos
institutos de pesquisa aqui em São Paulo seguem também, todos eles. O nosso
IAC, o biológico, o Instituto de Zootecnia, o Instituto de Pesca, o IEA e o
nosso Ital, no sentido de identificar que há
pesquisas distintas para cada uma das modalidades de produção, mas nós devemos
integrar a todos em um esforço.
À agricultura
de escala cabe um determinado papel e uma responsabilidade; a Agricultura
Familiar, com outras características, concentra um outro tipo de preocupação.
Então, a primeira lição, e eu acho que a Embrapa tem conseguido fazer isso, é
produzir para todos e para os diferentes modos de produção no nosso País.
Segunda questão
é o Agro digital particularmente, a inovação. A ex-ministra Tereza Cristina nos
deu uma acolhida a uma tese que nós defendemos, que constituiu aqui em São
Paulo, e a Silvia foi coordenadora disso quando estava aqui em São Paulo, que é
o conceito de “hub” tecnológico.
Ele deve
integrar as unidades da Embrapa com os institutos de pesquisa, com os centros
de formação, como a Esalq, da USP, ou como os polos de Ilha Solteira, de
Botucatu e de Jaboticabal, da Unesp, por excelência, ou reunir aquilo que a
Unicamp tem também de procedimento e harmonizar isso com um grau de pesquisa
que se faz também do ponto de vista das iniciativas privadas.
O “hub”
tecnológico, voltado em torno da questão do Agro digital, que nós temos o
desafio de colocar definitivamente de pé em São Paulo como uma forma de
integrar esses esforços e de abrir os horizontes.
E o terceiro
aspecto, que eu também vibro com isso, é aquilo que foi dito pelo Roberto, a
Andréa mencionou e o Itamar Borges, que não só organizou esse evento, mas que
preside aqui a Frente do Agro na Assembleia e que foi um grande secretário
apoiador dos institutos de pesquisa, criando um momento em que, depois de muito
tempo, nós tivemos um novo horizonte aberto para os institutos de pesquisa de
São Paulo.
Parabéns a você
Itamar por isso, que foi um marco da sua gestão, você disse que ouviu o Roberto
Rodrigues e colocou em prática aquilo que ele havia solicitado. Parabéns por
isso.
Nós temos
necessidade de ter um compromisso definitivo com a questão da sustentabilidade.
Então, eu acho que a pesquisa que integra todos os modais de produção a voltar
aqui em São Paulo para o “hub” tecnológico para o aspecto da agricultura
digital.
E terceiro, a
questão da sustentabilidade, conformam aquilo que será um sinal de futuro
Embrapa, que vai manter a sua vitalidade que vai permitir que a Embrapa
continue a ter esse papel fundamental e estratégico para São Paulo e para o
País.
Para que isso
possa acontecer... Acho que nós estamos aqui, e falando para você, quero
reafirmar esse compromisso, nós não estamos aqui por acaso, nós estamos aqui
para reafirmar o compromisso. E eu, ao nível da FPA, tentarei fazer isso.
Recentemente -
e a Silvia foi determinante para isso -, nós conseguimos, depois de muito tempo
na bancada Paulista, destinar recursos nos últimos três anos para as unidades
da Embrapa aqui no estado de São Paulo. E eu quero reafirmar a você que nós
vamos garantir que esse ano faremos isso mais uma vez. (Palmas.)
Segunda
questão, e eu tive o privilégio de poder apresentar isso em nome da FPA,
Roberto, nós estabelecemos um princípio de que quando o governo contingência
verbas - e isso muitas vezes ocorre em diferentes governos, por diversas razões
-, que haveria um bloqueio da LDO e no Orçamento, para que nunca contingenciar
recursos destinado à pesquisa, porque pesquisa tem problema de continuidade.
Você
interromper um recurso para uma construção tem uma consequência, você
interromper o recurso para um determinado serviço nunca é bom, mas para uma
pesquisa, é fatal. Uma pesquisa que está no seu desenvolvimento impedida de
continuar significa recuar do tempo, então não contingenciamento de verbas de
pesquisa.
E a Silvia me
dá um outro desafio agora. Amanhã eu tenho uma reunião em Brasília com o Carlos
Augustin, que é o novo presidente do conselho da Embrapa, com ele falando,
tenho certeza de que nós teremos eco - não é, André? - do ministro Carlos
Fávaro e vamos trabalhar para que se reabram, depois de um longo tempo,
concurso para funcionários e pesquisadores da Embrapa. (Palmas.)
Acho que isso é
o resultado deste compromisso e que saudamos a história, mas acima de tudo
podemos celebrar um compromisso com o futuro. Longa vida à Embrapa. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Muito obrigado, deputado federal Arnaldo Jardim, por suas palavras. Queremos
aqui também saudar o deputado desta Casa Alex de Madureira.
De forma também
especial, a Dra. Regina, que é vice-diretora do IAC - Instituto Agronômico de
Campinas, em seu nome saudar todos os representantes de institutos de pesquisa
da Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, representado aqui na
nossa extensão da Mesa pelo colega Carlos (Inaudível.)
Abreu, que é o
diretor da Apta. Muito obrigado a todos. Senhoras e senhores, a seguir, com a
palavra, a presidente da Embrapa, Sra. Silvia Massruhá. (Palmas.)
A SRA. SILVIA MASSRUHÁ - Boa noite a
todos. Primeiramente, é muita emoção e eu gostaria de saudar e agradecer ao
deputado Itamar Borges por essa homenagem, 50 anos da Embrapa, e muito
emocionada também, porque eu não imaginava, nos 50 anos da Embrapa, estar como
presidente.
Eu tenho 33
anos de Embrapa como pesquisadora, entrei em uma unidade aqui em São Paulo, na
época Embrapa Informática Agropecuária, que hoje é a Embrapa Agricultura
Digital.
E estar aqui
também com o deputado federal Arnaldo Jardim, que sempre foi um apoiador, eu
estive na gestão nos últimos sete anos na Embrapa, de 2015 a 2022, e ele sempre
nos apoiando, então eu queria agradecer. É para mim uma emoção muito grande
estar com o deputado aqui.
Com o ministro
Roberto Rodrigues, poucos sabem, mas quando eu fui me candidatar a chefe-geral
da Embrapa Agricultura Digital, a primeira pessoa com quem eu fui conversar foi
o nosso eterno ministro Roberto Rodrigues. E a Andréa Moura, que também sempre
foi uma parceira quando eu estive à frente da gestão aqui na unidade de São
Paulo.
Então, para mim
é uma emoção muito grande hoje representar a Embrapa, os nossos oito mil
empregados e colaboradores. Já agradecendo, eu costumo dizer que a Embrapa é
feita de pessoas, e esse é o segredo da Embrapa, de mentes brilhantes e almas
comprometidas, essa é a nossa diferença na Embrapa.
E em nome de
todos os empregados da Embrapa, eu gostaria de cumprimentar também os nossos
cinco diretores das unidades aqui de São Paulo.
E eu fico muito
emocionada, deputado, porque, como presidente da Embrapa, receber essa
homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para mim é muito
significativo por tudo isso que eu falei. Eu cheguei aqui em São Paulo com 17
anos e eu fui fazer faculdade, na época eu fiz Computação, e na época eu falava
que a computação tinha que fazer uma diferença no mundo. Qual é a diferença?
E eu tive
oportunidade de ver como a computação poderia ajudar no arroz e feijão, ajudar a
gente a resolver soluções da agropecuária brasileira, vendo a computação como o
terceiro pilar da pesquisa científica, junto com a teoria e experimentação.
Então, eu e
mais um conjunto de colegas fomos treinados para trabalhar com computação
aplicada à agricultura, para ajudar a resolver os problemas da agropecuária
brasileira.
Então para mim
é uma emoção muito grande hoje estar aqui comemorando esses 50 anos da Embrapa.
Aqui eu tive oportunidade de formar, de crescer como pesquisadora e gestora na
Embrapa por três décadas, formar minha família, duas filhas paulistas. Sou
grata pelas pontes construídas graças ao investimento desse Estado em educação,
ciência e tecnologia.
Nossas
histórias se misturam em uma simbiose, e parte do sucesso da Embrapa nesses 50
anos se deve à atuação do povo, dos gestores públicos, dos parlamentares do
Estado de São Paulo, por essa parceria.
Senhoras e
senhores, inicio a minha fala com um sincero agradecimento, muito obrigada. Na
verdade, por aqui eu poderia parar, mas com muita emoção eu continuo a falar,
porque São Paulo também teve um diferencial na caminhada da Embrapa nesses 50
anos.
As unidades da
Embrapa do Estado de São Paulo materializaram o espírito visionário dos
líderes, que, no início da década de 1980, perceberam que o futuro da
Agricultura se construía com equipes multidisciplinares, abordagens sistêmicas
e pensamento disruptivo.
E aqui eu
também gostaria de homenagear o nosso ex-presidente, o Silvio Crestana, que
justamente traz essa abordagem sistêmica e abriu a oportunidades para que eu,
que também que sou da área de exatas, hoje estar aqui presidindo a Embrapa.
Em uma época em
que os computadores e a internet não faziam parte do dia a dia dos brasileiros,
foram criados aqui no estado de São Paulo cinco centros de pesquisa da Embrapa,
como cientistas da Computação, estatísticos, físicos, químicos geólogos,
engenheiros eletrônicos, engenheiros de materiais, lógico, além dos agrônomos,
veterinários e zootecnistas, para citar apenas alguns dos profissionais que
pouca gente associava ao mundo rural.
O pioneirismo
daquela época estabeleceu as bases para que o Brasil pudesse estar preparado
para os desafios e oportunidades da agricultura do século 21. Os resultados
daquela investida estão hoje entre nós.
Uma das tecnologias
de maior impacto é o zoneamento agrícola de risco climático, o Zarc,
desenvolvido há mais de 20 anos, é hoje um importante instrumento de política
pública, prevenindo perdas e servindo de parâmetro para concessão do seguro
crédito rural.
Somente em
2022, o Zarc gerou uma economia de mais de seis bilhões de reais ao setor
produtivo. No campo da inovação social fossa séptica biodigestora é um “case”
de sucesso que beneficia dezenas milhares de pequenos e médios agricultores em
todo o País, contribuindo para o meio ambiente, a saúde e a renda das famílias
rurais.
Na agenda da
adaptação da agricultura as mudanças climáticas temos o recém-lançado
“Bioinsumo Auras”, que utiliza bactérias benéficas para tornar as plantas
cultivadas mais resilientes em períodos de seca. Temos ainda o sucesso da
integração lavoura-pecuária-floresta. E a contribuição da (Inaudível) para as
metas de descarbonização globais, além de sistemas de monitoramento
aprimorados, como o modelo de inteligência territorial estratégica.
Na fronteira do
conhecimento, temos o uso do Blockchain na composição do sistema brasileiro de
agroestabilidade: por meio de um “qrcode” na embalagem do produto, o consumidor
pode verificar informações, desde a propriedade rural onde o alimento foi originado
até a sua distribuição e comercialização.
Esses são
apenas alguns exemplos dos resultados das unidades da Embrapa sediadas em São
Paulo, na cidade de São Carlos, Campinas e Jaguariúna. Em São Carlos, temos a
Embrapa Instrumentação e Embrapa pecuária sudeste; em Campinas, a Embrapa
Agricultura Digital e Embrapa Territorial; e em Jaguariúna, a Embrapa Meio
Ambiente.
São dezenas de
tecnologias desenvolvidas, entre aplicativos, software, sistemas de
inteligência territorial, cultivares, insumos, equipamentos, sensores,
nanomateriais, metodologias, sistemas e práticas agropecuárias sustentáveis.
Mas, nada do
que alcançamos teria sido possível sem atuação e rede de apoio do Estado, sem
engajamento de empresários e produtores rurais. O estado de São Paulo é um
grande “case” de rede de inovação - como disse nosso deputado Arnaldo Jardim -
com as universidades estaduais federais, as instituições de pesquisa vinculadas
a Apta, as fundações de apoio como a Fapesp, o Sebrae, assistência técnica, às
secretarias estaduais e municipais, as empresas, “startups”, as instituições
representativas do setor produtivo.
E vale lembrar
que a inovação só se materializa com ampla adoção e com o impacto econômico e
social, por isso ninguém inova sozinho. Nesse contexto é necessário pontuar a
importância do apoio dos parlamentares de São Paulo à pesquisa agropecuária
realizada no estado e no País. A participação ativa do Parlamento é histórica e
tem sido fundamental para as instituições federais e estaduais que aqui atuam.
Um importante
exemplo é o “hub” de inovação tecnológica agrodigital, que o deputado Arnaldo
Jardim comentou. É o corredor de inovação agropecuária do estado de São Paulo
que inspira todo o País.
Hoje, deputado,
tem mais 13 “hubs” de inovação que se basearam no “hub” de inovação do estado
de São Paulo. O protagonismo dos parlamentares de São Paulo foi decisivo para a
consolidação da proposta, que impulsiona a inovação aberta com recursos e ações
de integração e compartilhamento.
Trata-se de um
ecossistema de inovação com três milhões de pessoas envolvidas, 112
instituições de ciência e tecnologia, 52 ambientes de inovação, cinco unidades
da Embrapa e 168 startups.
E não posso
deixar de mencionar o projeto “Semear”, em parceria com ninguém mais do que a
nossa Fapesp, que nasceu aqui no estado, e tenho certeza de que vai ser
disruptivo para a criação de um modelo de distrito agrotecnológico, que visa a
promover uma inclusão digital e produtiva do pequeno e médio produtor nunca antes
vista.
E também é
importante mencionar o protagonismo de São Paulo no grande cenário nacional do
agronegócio, sediando importantes instituições de referência que sempre
apoiaram a Embrapa, como a Associação Brasileira do Agronegócio, a Sociedade
Rural Brasileira e o Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp.
Todo esse
contexto nos deixa mais do que nunca otimistas com os próximos dez, 20, 50
anos, viu, ministro? A Embrapa seguirá inovando e confiante de que encontrará o
apoio necessário para contribuir com o Estado e o País.
Ao olhar para o
passado e perceber o quão visionários foram aqueles que investiram na década de
1980 em áreas de conhecimento pouco tradicionais, percebemos o tamanho da nossa
responsabilidade em antecipar o futuro e agir no presente, criar o futuro - como
foi colocado no vídeo - a nossa responsabilidade aumenta muito. Nós todos que
estamos aqui presentes queremos criar o nosso futuro do agronegócio paulista e
brasileiro da agricultura tropical.
Nem todas as
respostas estão dadas, mas as unidades da Embrapa estão na fronteira do
conhecimento e atuam com genômica, nanotecnologia, ciência de dados, automação
agricultura de precisão, e digital. Ferramentas como agrofotônica,
assessoramento remoto, modelagem matemática, inteligência artificial, edição
gênica, ressonância magnética fazem parte do dia a dia dos nossos
pesquisadores.
Um resultado
tangível de sucesso da Embrapa que emana não só em São Paulo, mas em todo o
Brasil: o reconhecimento da Embrapa. Recentemente no estudo promovido pela
Associação Brasileira de Marketing Rural do Agronegócio, a Embrapa é uma das
marcas “top of mind” na mente dos brasileiros.
Entre dez
empresas, o nome da Embrapa aparece como a sexta colocada, e a entrevista foi
com mais de 4 mil pessoas que não são do Agro - foram pesquisadas pessoas da
área urbana, ministro - e que reconhecem a Embrapa como sinônimo de
desenvolvimento da agropecuária brasileira. Isso é motivo de muito orgulho para
todos nós.
Seguiremos
atentos ao desafio do presente e do futuro. A nova gestão da Embrapa tem como
prioridade gerar tecnologias para descarbonização da agricultura e a
sustentabilidade. Nós precisamos gerar métricas e indicadores que mostrem o
quanto a nossa agropecuária é sustentável.
Estamos cientes
de que o futuro passa por compreender os novos comportamentos de consumo:
transição nutricional, transição energética, inclusão produtiva do produtor
rural, inclusão digital do pequeno e do médio produtor.
Sabemos do
nosso compromisso com a produção de alimentos saudáveis, rastreáveis e
produzidos em bases sustentáveis. Sabemos também da nossa responsabilidade com
a redução das desigualdades e o combate à fome.
Por isso é
fundamental promover a inclusão produtiva social de pequenos e médios
agricultores, tudo isso mantendo as importantes frentes que nos consolidaram
até aqui, as agendas ambiental, social e de mercado.
Eu gostaria,
antes de finalizar, comentar uma frase do Dr. Eliseu Alves, que sempre me
emocionou quando eu também fui conversar com ele, logo que eu fui convidada
pelo ministro Carlos Fávaro para assumir a presidência da Embrapa - a quem eu
mais uma vez agradeço a confiança - que o Dr. Eliseu Alves comentou comigo: o
nosso orgulho de manter a Embrapa não é simplesmente por manter a Embrapa; é
porque ela ajuda a combater a fome no Brasil e no mundo, e é isso que
seguiremos perseguindo.
Muito obrigado
mais uma vez, contem com a nossa Embrapa, contem comigo e contem com a ciência.
Vida longa para
a Embrapa.
Uma boa-noite a
todos e muito obrigada, mais uma vez. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS -
Muito obrigado a nossa presidente da Embrapa, senhora Silvia Massruhá. Senhoras
e senhores, a seguir, para o encerramento desta sessão solene, ouviremos as
considerações finais do deputado estadual Itamar Borges.
O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - MDB - Apenas
agradecer aqui a todos que colaboraram para a realização desta sessão solene.
Também representando a Embrapa - já falei de todos aqui, mas não podia deixar
de registrar -, a Cíntia, das Relações institucionais e Governamentais, sempre
presente em todos os momentos, junto com o Silvio Crestana, com a minha equipe
do gabinete e a equipe desta Casa, que organizaram esse momento.
Esgotado o
objeto da presente sessão, eu agradeço às autoridades, à minha equipe, à equipe
da Embrapa, aos funcionários do serviço de som, da taquigrafia, da fotografia,
do serviço de atas, do Cerimonial, também da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa
da Casa, da TV Alesp e das assessorias policiais Militar e Civil, bem como a
todos que, com as suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.
Em meu nome, em
nome do deputado Alex de Madureira e do deputado Eduardo Suplicy, declaramos
encerrada a presente sessão.
Uma boa-noite a
todos.
O Cerimonial
vai, agora, convidá-los para o coquetel. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCUS VINÍCIUS - Muito obrigado ao nobre deputado Itamar Borges.
Convidamos a todos, então, para o coquetel que será servido no Salão dos
Espelhos.
Está encerrada esta solenidade.
Uma boa-noite e continuem conosco.
Parabéns e vida longa à nossa Embrapa.
* * *
- Encerra-se a sessão às 20 horas e 31 minutos.
* * *