26 DE SETEMBRO DE 2023

109ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: GILMACI SANTOS, SOLANGE FREITAS, LUCAS BOVE, PAULO MANSUR, DIRCEU DALBEN e CARLOS CEZAR

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - SOLANGE FREITAS

Assume a Presidência. Tece comentários sobre a instalação de unidades móveis do Bom Prato em São Vicente.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - PRESIDENTE SOLANGE FREITAS

Endossa o pronunciamento do deputado Vitão do Cachorrão e manifesta apoio à realização de políticas públicas de combate à fome em municípios do estado de São Paulo.

        

7 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

8 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - PRESIDENTE SOLANGE FREITAS

Comenta a aprovação de projeto de lei de sua autoria.

        

10 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - PROFESSORA BEBEL

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - MARINA HELOU

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - PRESIDENTE SOLANGE FREITAS

Endossa o pronunciamento da deputada Marina Helou acerca da eleição dos conselheiros tutelares.

        

14 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - LUCAS BOVE

Assume a Presidência.

        

18 - PAULO MANSUR

Assume a Presidência.

        

19 - EMÍDIO DE SOUZA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

20 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

21 - DIRCEU DALBEN

Assume a Presidência.

        

22 - PAULO MANSUR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

23 - LETÍCIA AGUIAR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

24 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

25 - EDIANE MARIA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

26 - LETÍCIA AGUIAR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

27 - VALDOMIRO LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

28 - VALDOMIRO LOPES

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

        

29 - PRESIDENTE DIRCEU DALBEN

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h01min.

        

ORDEM DO DIA

30 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h31min. Convoca uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão.

        

31 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

32 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento, da deputada Márcia Lia, de criação de comissão de representação com a finalidade de participar de reunião com ministérios do governo federal, a realizar-se nos dias 02 e 03/10, em Brasília.

        

33 - ENIO TATTO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

34 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

35 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 27/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 44 minutos. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.246, de 2023, de autoria do Sr. Governador.

Iniciamos então o nosso Pequeno Expediente convocando aqui, chamando para fazer uso da palavra o nobre deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Nobre deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Nobre deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Nobre deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)

Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.)

Passamos à Lista Suplementar. Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)

Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o tempo regimental no Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.

Sra. Presidente, ontem eu estive fazendo diligências, visitas a escolas públicas na região da Baixada Santista, no Guarujá, e voltei a uma escola que eu tinha visitado em 2008, no Guarujá, na Vila Rã, que é um bairro do Guarujá.

Fui até a Escola Estadual Galdino Moreira. Na época, em 2008, eu estava nesta tribuna aqui falando dessa escola e denunciando o abandono da escola pelo estado, pela Secretaria da Educação e pela FDE, que tinha a obrigação de fazer as reformas escolares. Eu fui a essa escola a convite, logicamente, da comunidade escolar, e a situação era de calamidade pública.

Aqui tenho uma... Essa área que estou visitando é, literalmente, era e é a quadra da escola, a quadra para as aulas de educação física. Como não houve reforma, ela virou um lugar para o pasto de animais, de uma vaca. Essa foto é de 2008. Uma escola estadual do Guarujá, que fica na Diretoria de Ensino de Santos, a Escola Estadual Galdino Moreira.

Eu voltei agora para ver outras questões e olha só o que encontrei nessa mesma escola: depois de 15 anos, eu voltei e tenho as fotos da situação dessa escola hoje, no Guarujá. Queria mostrar aqui. Olha, é a mesma situação. Nada mudou. A única mudança é que a vaca não está mais lá. Não sei o que aconteceu com a vaca, mas não tem mais a vaca. A escola continua na mesma situação.

Olha a quadra da escola. Acho que eles fizeram uma minirreforma, mas olha a situação da quadra. Ela não é utilizada porque ela coloca em risco a segurança das crianças. Não tem cobertura. Imaginem, nesse calor, como uma criança vai ter aula de educação física em uma quadra toda esburacada como essa, sem cobertura.

Olha, essa é a situação da escola estadual do governador Tarcísio de Freitas, da Seduc, da secretaria cujo secretário, dono da Multilaser, é o Renato Feder, que só pensa em aplicativos, aplicativos e livros digitais. Tudo se resolve com aplicativo, mas aplicativo não resolve isso, secretário Renato Feder. Vossa Excelência tem que tomar providências.

Cadê a FDE, que não fez a reforma da escola, da quadra da escola? É um acinte, é um escárnio total, a Educação Pública do estado de São Paulo. É improbidade administrativa total, é prevaricação na área da Educação, expondo os nossos alunos, as nossas professoras.

Quero destacar o papel importante do trabalho pedagógico das nossas professoras da Escola Galdino, professoras excelentes. A diretora também. Não é culpa da direção, nem das professoras, nem dos pais, mas da Secretaria da Educação, da Seduc, da FDE, que não fez ainda a reforma dessa escola.

Ao fundo tem uma outra escola vizinha, que depois eu vou mostrar. Olha a situação. Essa é a quadra da Escola Galdino. Deputado Vitão, deputado Suplicy, olhem só, o estado mais rico do Brasil, da América Latina, mantém escolas estaduais como essa.

E tem uma escola ao lado que é PEI, que é de ensino integral, a Escola Estadual Francisco de Assis, que também tem uma quadra na mesma situação, mas depois vou falar dela. É uma escola PEI, no Guarujá, ao lado, na Vila Rã. É uma vergonha, é um acinte, é um escárnio total, a Educação.

Então, o que o nosso querido antropólogo, sociólogo, grande intelectual brasileiro Darcy Ribeiro disse há muitos anos continua valendo. Ele dizia que a crise da Educação Pública não é uma crise, mas um projeto de governo, um projeto das elites econômicas. Aqui em São Paulo é isso. Essa crise que estou mostrando, essa degradação não é uma irresponsabilidade qualquer, uma incompetência administrativa. É um projeto do governo de destruição da escola pública do nosso grande patrimônio estadual.

Eu quero, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, já acionar o Tribunal de Contas, o Ministério Público, porque isso atenta contra a segurança, contra a dignidade humana dos alunos e dos profissionais da Educação dessa escola.

E solicito, Sra. Presidente, que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao governador Tarcísio, ao secretário da Educação, ao presidente da FDE, ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público, para que providências sejam tomadas imediatamente e que a escola passe por uma ampla reforma geral, sobretudo nesses espaços que eu apresentei.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Solange Freitas.

 

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A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Carlos Giannazi. É regimental, o seu pedido será atendido. Eu aproveito a oportunidade para fazer uma breve comunicação, porque eu venho, há meses, cobrando que uma promessa seja atendida, que são as unidades móveis do Bom Prato em São Vicente. Meses e meses de promessas, e até agora, nada de nenhuma unidade nova em São Vicente.

Mas, em uma reunião hoje com o secretário Gilberto Nascimento, do Desenvolvimento Social do Estado, agora nós tivemos a certeza de que, no dia 30 de outubro, vamos marcar esta data: 30 de outubro, as duas unidades móveis do Bom Prato de São Vicente que foram prometidas lá atrás vão estar funcionando em São Vicente, nos bairros Jockey Club e Vila Margarida, além das 300 refeições que já são dadas no México 70. Então serão mais 600 refeições da unidade do Bom Prato móvel em São Vicente, 300 para o bairro do Jockey Club e 300 para a Vila Margarida.

E eu estou frisando essa data, 30 de outubro, para não ser mais uma promessa que não vai ser cumprida. Agora tenho certeza de que isso vai acontecer e nós estaremos lá para receber essas unidades.

É claro que ainda é muito pouco para uma cidade como São Vicente, onde muita gente, muitas vezes, só tem uma refeição por dia, então nós estamos na luta para que a Cozinha Central, que também é uma promessa para São Vicente, saia logo do papel.

E a expectativa do secretário Gilberto Nascimento é que essa Cozinha Central vai sair, e não só para São Vicente, mas também para outras cidades: em Campinas, Sorocaba e Osasco. Então nós estamos de olho na questão do Bom Prato em São Vicente e que essas promessas sejam cumpridas. Muito obrigada.

Agora, continuando, nós vamos chamar o deputado Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Solange Freitas, eu já fiz uma breve comunicação. Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, seu tempo regimental é de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezada presidente, deputada Solange Freitas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o deputado Paulo Fiorilo, líder do PT e da nossa federação, diante dos problemas que estavam ocorrendo nas escolas, apresentou um projeto de lei para viabilizar que mais psicólogos e assistentes sociais possam dar a assistência devida às escolas públicas.

Mas o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, vetou o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa que autorizava a contratação de psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas da rede estadual. Na justificativa do veto, ocorrido quarta-feira, dia 20, o governo afirma que a Secretaria da Educação já está desenvolvendo o programa “Psicólogos nas Escolas”, que contará com profissionais para atender unidades de ensino em todas as regiões administrativas do Estado.

O governo diz que o projeto aprovado pela Assembleia é inconstitucional, pois cria atribuições e encargos aos órgãos públicos estaduais, o que só pode ser feito pelo Executivo.

O texto do Legislativo propõe a regulamentação estadual da Lei federal nº 13.935/2019, que determina que o poder público assegure atendimento psicológico e socioassistencial para alunos da rede pública de educação. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto que criou a lei, mas o Congresso derrubou a decisão do então presidente.

Um dos autores do projeto, o deputado Paulo Fiorilo, líder do PT, diz que o governador Tarcísio, após oito meses de gestão, apenas iniciou a contratação de serviços de psicologia.

“Contratar 550 psicólogos para dar conta de uma demanda de mais de 5.000 escolas da rede é total falta de compromisso com o tema. E nessa conta, cada psicólogo vai atender um contingente de 6.182 alunos”, afirma o nosso líder Paulo Fiorilo, que diz que dos R$ 17 milhões empenhados pelo governo para ações de prevenção e proteção nas escolas, nada foi liquidado ou pago.

A contratação de 550 psicólogos e de empresas de segurança privada foi anunciada por Tarcísio logo após o ataque de um aluno à escola estadual Thomazia Montoro, em março, que deixou uma professora morta e mais quatro pessoas feridas.

Acredito que o bom senso deveria levar o governador Tarcísio de Freitas a considerar a proposta aprovada por esta Assembleia Legislativa e tomar as devidas medidas para que haja a assistência de psicólogos e assistentes sociais para os alunos da nossa rede estadual de ensino.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Suplicy. Continuando a nossa lista de oradores inscritos, deputado Vitão do Cachorrão. Tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Agradecer a Deus aí por mais um dia de vida. Ele que nos dá condições de a gente levantar e vir trabalhar.

Sem Deus, independente da religião, a gente não é nada. E eu quero aqui, deputada, deputado Simão Pedro, que está aqui, deputado Suplicy, aqueles que nos acompanham em casa, mandar um abraço e agradecer aqui todos os profissionais de limpeza da Alesp.

A gente chega aqui e a nossa sala está limpa, os banheiros estão limpos, a Alesp está limpa. Então verdadeiros heróis. Então eu mando um abraço em nome de todos os trabalhadores para o pessoal da limpeza.

Quero dizer aqui sobre Sorocaba. Eu fiz duas indicações e espero que esse pedido seja atendido pelo governo do Estado, pela Secretaria de Esportes.

Eu acho que tem as imagens do Programa Areninha, que o povo está implorando. A gente recebe muitos... Está ali a indicação que é para o bairro... Uma Areninha na Gonçalves Júnior, que é para a Vila Barão, um lugar que eu vim, que eu joguei bola, que eu joguei várzea no Juventus da Vila Barão. Então a gente não pode esquecer, Simão Pedro, de onde a gente veio, ainda mais quando a gente está aqui, porque a gente é empregado do povo, Suplicy.

Então fiz duas indicações lá para a Areninha em Sorocaba: uma na Vila Barão e outra no bairro Nova Esperança. Também uma comunidade muito populosa, de muita gente boa, de muitos trabalhadores. Um bairro carente, mas um bairro especial.

Então peço que o governador, a secretária de Esportes, que também é do Republicanos, atenda esse pedido. E o que estiver ao meu alcance como indicação, como a gente também ajudar, conte com o deputado Vitão.

Quero agradecer que hoje o caso... Muita gente fala do Iamspe e eu fui falar com a secretária, a superintendente Maria das Graças, do Iamspe, e colocando alguns pedidos. Por exemplo, Sorocaba, 700 e poucos mil habitantes, e o atendimento do Iamspe só estava atendendo em um hospital, para aumentar alguns outros pontos ali de atendimento.

O servidor, desconta do funcionário público, do servidor, desconta da folha de pagamento. Então, ele tem que ter um atendimento digno, e a Maria das Graças, superintendente, atendeu muito bem – a gente está aqui também e a gente tem que falar a verdade - e ela já está trabalhando.

Além disso, vai começar a ter cirurgias eletivas. O que é que acontece, Simão Pedro? Muita gente que é do interior, Giannazi, tem que vir aqui para São Paulo. Vai aumentar a fila para marcar a consulta, porque não consegue, está tendo dificuldade de marcar por telefone, por e-mail - isso quem tem o Iamspe.

Aí tem que vir aqui fazer a cirurgia. Então, agora vai ter cirurgias eletivas ali. O Hospital Modelo de Sorocaba vai - a pedido do deputado aqui, da população - vai fazer as cirurgias eletivas também.

Outra cidade... o vereador Diego Costa me procurou - por isso a importância de a gente atender os vereadores - e a cidade de São Roque estava sem atendimento. E tem muito servidor, servidor público, professoras - quem paga o convênio em São Roque - sem atendimento do Iamspe, vai começar a ter atendimento do Iamspe também. Já foi assinado - eu vou passar a data aí nas próximas sessões - está tudo ok, vai ter atendimento do Iamspe.

E eu quero aqui, presidente, dar os parabéns pela fala de vossa excelência, falando em Bom Prato, que foi para a cidade que V. Exa. falou...

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - São Vicente.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - São Vicente. É muito importante, e eu quero agradecer aqui ao Gilberto Nascimento também.

Em Sorocaba, eu solicitei mais duas unidades do Bom Prato, tem quase 800 mil habitantes e de onde eu vim ali, deputado, a gente vê muitas crianças muitas vezes ajudando o pai com carrinho de papelão, e essas crianças muitas vezes só têm a primeira e a segunda refeição, somente na escola.

Então, você não pode, aqui em um estado tão rico, permitir, deputada - por isso que eu parabenizo a sua fala por São Vicente -, as crianças passarem fome. Então, o que é... eu pedi mais duas unidades do Bom Prato.

Já foram lá fazer a verificação da área para ser em frente à Santa Casa, onde atende 48 municípios - pessoas que vão tratar ali, vão visitar um parente com câncer, vão com chinelinho de dedo, e não têm o que comer.

E hoje em dia... eu vim lá da periferia, com muito orgulho da região onde eu vim, só que, com muita tristeza, eu vejo o pai e a mãe com aquela carroça de papelão para comprar o pão e o leite à tarde. Às vezes, ele não consegue nem juntar o dinheiro, e a criança comendo do lixo do supermercado.

Então, a importância do Bom Prato tanto fixo - que eu pedi ali na frente da Santa Casa - mas o móvel também. E esse Bom Prato móvel, para encerrar, é muito bom e eu ouvi que a deputada também pediu para São Vicente.

É importante, porque ele é obrigado a ficar três meses em um lugar, aí você pode levar em uma avenida, em um lugar de muita população, em um bairro popular; depois três meses para a zona norte, por exemplo, depois zona leste, zona oeste. O importante, deputada, é ninguém passar fome no nosso Estado.

Então, eu imploro aqui. Disse que está fazendo licitação, mas eu preciso do Bom Prato urgente, as duas unidades, para Sorocaba e região - Votorantim, Itu - por isso a importância do Bom Prato móvel.

Parabéns, deputada, também, por lutar por São Vicente, que Deus continue abençoando o seu mandato.

Muito obrigado a todos.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Deputado Vitão do Cachorrão, a sua fala é muito importante, porque essa é uma das nossas funções como deputados de cobrar, fiscalizar, mas principalmente cobrar.

E essa nossa cobrança tem dado resultados, nós conseguimos essas unidades móveis para São Vicente. E pelo que o secretário Gilberto Nascimento falou, essa cozinha central, que é mais uma proposta do Governo do Estado, vai ser implantada em São Vicente, em Sorocaba também - por isso a importância das suas cobranças - em Osasco e em Campinas.

Então, parabéns também pela cobrança. Essa é a nossa função e tem dado bastante resultado.

Muito obrigada.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Eu que agradeço, deputada Solange Freitas, lutando por aqueles que mais precisam. A gente não pode admitir uma criança passando fome, um pai passando fome.

Que Deus continue abençoando sua vida, deputada.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Que abençoe a todos nós. Muito obrigada.

Continuando a lista de oradores inscritos, convido agora, para falar na tribuna, o deputado Reis.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela Ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Pela Ordem, Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Enquanto o deputado Reis se aproxima da tribuna, eu posso fazer uma rápida comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Pode, sim.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Deputada Solange, eu recebi uma informação de que o secretário Renato Feder, secretário da Educação, está hoje aqui na Assembleia Legislativa, foi encontrado aí pelos corredores.

Então quero fazer um apelo a ele nesta comunicação - ele deve estar me ouvindo aqui dentro da Assembleia Legislativa - para que ele encaminhe, em caráter de extrema urgência, o projeto de lei complementar que ele prometeu enviar à Assembleia Legislativa, o projeto que flexibiliza as APDs, as famosas atividades pedagógicas diversificadas.

A nossa reivindicação, a reivindicação do magistério estadual, é que elas sejam feitas, deputado Vitão, em local de livre escolha, mas não de uma forma obrigatória, dentro das escolas. O secretário já se comprometeu várias vezes, não é? Aqui na Comissão de Educação, no semestre passado, através de uma live e em uma reunião que ele fez comigo, no seu gabinete, com toda a sua assessoria.

O projeto seria enviado, mas até agora nada. Já são 203 dias sem que esse projeto seja apresentado, mas são 203 dias que o Magistério é torturado diariamente pela obrigatoriedade da realização dessas APDs dentro da escola, escolas que estão hoje com um calor imenso, escolas sem espaço, sem internet.

Essa obrigatoriedade também prejudica, deputado Reis, os professores que acumulam cargo. É um dos maiores problemas hoje da Educação do estado de São Paulo para o Magistério. Essa questão tem que ser resolvida e é muito simples, é só o secretário encaminhar o projeto - através da Casa Civil, logicamente - para a Assembleia Legislativa.

Ele assumiu dia primeiro de janeiro e até agora, deputado Reis, o projeto não chegou à Assembleia Legislativa. E quem paga o pato é o professor e a professora dentro da escola, não é?

Então, repito, as APDs estão torturando o magistério estadual. Então, secretário, por favor, caminhe com urgência, articule com o governador o protocolo desse projeto em caráter de extrema urgência.

Muito obrigado, Sra. Presidente. 

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada, deputado Giannazi. Deputado Reis, tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. REIS - PT - Obrigado, senhora presidente. Gostaria de saudá-la e de parabenizá-la pela condução dos trabalhos hoje. Quero cumprimentar a todos os Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o público presente, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Militar e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.

Quero dizer que eu estou muito triste, porque hoje eu recebi mais uma informação de que o projeto que eu aprovei nesta Casa será vetado. O projeto 61, de 2023, que estabelece que o policial civil se aposente na classe em que ele estiver.

É uma pena e, segundo o secretário, quem deu o parecer contrário foram os técnicos da SPPrev, da São Paulo Previdência. Por quê? Porque o órgão está se locupletando do direito que tem o servidor, que tem o policial civil.

Vamos entender que o servidor passou 25 anos para ser promovido, chegou às condições para se aposentar, mas por não ter ficado cinco anos completos naquela classe, perde uma promoção e volta para a classe anterior.

Mas não se reconhece a carreira do servidor, a carreira do policial civil, e o governador, fiquei muito admirado, porque o governador Tarcísio se dizia defensor das carreiras policiais; se diz um defensor e, aliás, os integrantes das polícias fizeram campanha para o Tarcísio. Nós íamos pedir voto para o PT e nos respondiam: “Estamos fechados com Tarcísio”.

Agora essa é a paga que o governador Tarcísio dará, ou seja, nenhum reconhecimento aos policiais civis, nenhum reconhecimento. Isso ocorreu na diferenciação do projeto que deu aumento para os policiais civis, em que eles tiveram um reajuste salarial menor do que a Polícia Militar.

Isso ocorreu também com relação ao teto para receber o vale-refeição - para a Polícia Militar, 7.800 reais, para a Polícia Civil, 5.400.

Isso se deu também quando o secretário fez um plano de reconhecimento, um plano importante de proteção aos policiais, de combate ao adoecimento dos policiais militares, mas não incluiu os policiais civis.

E agora, sancionar o PLC nº 61 é uma oportunidade que o governo teria para demonstrar que realmente defende as carreiras, que defende as carreiras policiais, para que o policial civil pudesse se aposentar no cargo e classe em que ele se encontrar, até porque, ele entra na terceira classe, e para chegar na classe especial leva muitos anos. Leva muitos anos, não é do dia para a noite.

Então, se ele conquistou a sua promoção, ele conquistou por conta da carreira, por conta da sua dedicação, por conta do tempo de serviço prestado. Não tem cabimento voltar no tempo, não tem cabimento retroagir na classe e perder a sua promoção.

Os policiais estão indo à Justiça e estão ganhando. Só que pelo fato de ter que ir à Justiça, você tem que contratar um advogado e tem de arcar com despesas judiciais. Então, seria muito importante que o governador Tarcísio reconhecesse, sim, o direito do policial civil de se aposentar na sua classe e sancionasse esse projeto.

Ele não pode ficar refém de técnicos. Quem governa é ele, não é o técnico. Quem é o governador? É o técnico, é o técnico da SPPrev, ou é o Tarcísio de Freitas? Então, que ele deixe o técnico tomar a decisão por ele, entregue o cargo, governador, deixe que o técnico governe pelo senhor.

Deixe que o técnico governe. Eu quero ver eu ser um governador de São Paulo que eu vou seguir técnicos. Eu vou seguir a minha convicção. Não dá para o governador: “Ah, porque os técnicos da SPPrev dão um parecer contrário”.

Então, deixa os técnicos governarem, até porque aqueles técnicos que estão lá são herança do PSDB, porque o governo ganhou, mas quem está governando é o PSDB.

A máquina está sendo ocupada pelo PSDB, está sendo gerenciada pelo PSDB, com exceção dos poucos cargos que o governador trouxe de outros estados, porque temos vários secretários do Rio de Janeiro, secretários de Minas, de Brasília. Tirando esses, a maioria daqueles que estão lá na administração ainda é remanescente do governo anterior, do PSDB. Então não dá para ser assim.

Lamento, mas com o veto a este projeto, o governador vai ganhar aqui o título, , de inimigo dos policiais civis. Inimigo dos policiais civis.

Muito obrigado, Sra. Presidente. ­­

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Reis. Quero aproveitar para dizer que estou muito feliz, porque o meu primeiro projeto de lei foi sancionado na semana passada pelo governador Tarcísio, que cria o PIA, Protocolo Individualizado de Avaliação, em todas as instituições de ensino do estado de São Paulo, tanto públicas, quanto particulares.

Vai ser muito importante, não só pela inclusão, mas pela permanência dos estudantes que têm transtornos globais de desenvolvimento, incluindo os autistas nas escolas e nas faculdades de todo o estado de São Paulo.

Continuando a lista de oradores inscritos, chamo o deputado Simão Pedro. O senhor tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Solange Freitas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta Casa, nunca usei esta tribuna para falar sobre outros poderes, a não ser aquele projeto de lei do Tribunal de Justiça, que aumentava as taxas, e tal, falando da inoportunidade dele, daquele debate. Mas eu hoje venho aqui, Sra. Presidente, para falar sobre o Ministério Público.

Com todo o respeito que eu tenho a essa instituição, já encaminhei muitos requerimentos, representações para que o Ministério Público nos ajudasse com investigações, por exemplo, quando nós desvendamos o cartel dos trens, que, encabeçado pela Alstom e Siemens, foi muito importante.

Mas quero me referir, primeiro dar os parabéns ao Conselho Nacional do Ministério Público, que, depois de muitos anos sendo solicitado, resolveu se encaminhar até a cidade de São João da Boa Vista, aqui no interior de São Paulo, para investigar os abusos do promotor local, que trabalha ali há oito anos, o Sr. Nelson de Barros O’Reilly Filho, acatando denúncias de muitos advogados, gestores públicos, contra o que eles consideram perseguição implacável desse promotor àquelas pessoas que ele considera que não gostam dele, ou de quem ele não gosta, ou com quem ele tem alguma desavença.

Usando o cargo de promotor para abrir processos, para abrir inquéritos investigativos, perseguindo, como é o caso da advogada Hellen Cristina Padial, que durante oito anos foi perseguida implacavelmente por esse promotor, por conta de uma desavença numa reunião do Conseg. Veja bem, deputado Reis, uma desavença, e ele resolveu tratá-la como inimiga, usando a prerrogativa do seu cargo.

E as denúncias encaminhadas para o Ministério Público no estado de São Paulo nunca foram à frente, mas agora o Conselho Nacional do Ministério Público acatou uma representação de advogados lá da região, da cidade, e encaminhou, essa semana que passou, uma investigação sobre os abusos desse promotor.

E a cidade... Eu senti nas conversas, nos telefonemas que recebi - não conheço pessoalmente esse promotor -, mas recebi essa notícia. Desculpe, eu recebi telefonemas das pessoas contentes por essa decisão. Pode ser que agora se faça justiça... Se não for afastar o promotor dessa sua função, mas pelo menos coibi-lo dos abusos que ele tem cometido.

E falando também sobre o Ministério Público, eu recebi com certa perplexidade a denúncia do promotor Silvio Marques, que eu conheço e respeito muito, contra o... Pedindo o afastamento do reitor da Unesp, o Dr. Pasqual Barretti, que eu tive a oportunidade de conhecê-lo recentemente, me recebeu.

Recebi um convite para acompanhar a solenidade comemorativa dos dez anos do campus de São João da Boa Vista e da expansão dos cursos de Engenharia que, aliás, eu tive uma atuação aqui nas legislaturas passadas para que isso pudesse acontecer.

E uma acusação de improbidade administrativa, de superssalários, acusando inclusive o professor Carrijo, uma pessoa que durante anos eu acompanho na Unesp. E uma pessoa, deputada Bebel, muito digna, muito correta. Por quê? Porque a filha dele está trabalhando como procuradora jurídica da Unesp, dizendo que isso seria incorreto porque ela é filha de um assessor do Dr. Pasqual Barretti.

Então queria... A Justiça, o Tribunal de Justiça, felizmente, não permitiu o prosseguimento desse pedido do Ministério Público de afastamento; afastou essa possibilidade. E a Unesp vai continuar aguardando um processo de 2021, para tirar as dúvidas a respeito do que o Dr. Silvio Marques está acusando a Unesp: de nepotismo, de improbidade administrativa.

Então é importante... A gente já passou por coisas muito tristes nesses últimos anos, por exemplo, a malfadada Operação Lava Jato, onde o Ministério Público usou e abusou das suas prerrogativas para acusar - às vezes com apoio da mídia - porque destrói a reputação quando sai na Globo, sai no jornal.

A pessoa acusada vai ter dificuldade de tirar aquele estigma da acusação que o Ministério Público lhe imputou. Então precisamos ter muita ponderação e cuidado nessas coisas.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada, deputado Simão Pedro. Continuando a lista de oradores inscritos, a deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, deputada Solange. Cumprimento os Srs. Deputados e Sras. Deputadas presentes, o público presente, os assessores, à minha esquerda, a Mesa Diretora de trabalho, à minha direita, e todos os que nos ouvem e assistem através da Rede Alesp.

Quero aproveitar esses cinco minutos que eu tenho, porque se tem uma coisa que me deixa muito triste é imaginar que a gente luta veementemente pelos direitos da categoria e, por alguma razão, o governo não cumpre o que diz, e a gente é acusada de fazer fake news. Não é o meu caso, isso não é o meu caso.

Aqui sempre eu propus o que foi possível, porque é assim que tem que ser. Eu sempre fui comprometida, e sou, com a minha categoria. Eu não seria dessa forma e não estaria na Apeoesp tantas vezes, cinco vezes eleita com mais de 50% de votos que a categoria assim quis. Então, não quero nenhuma dúvida colocada sobre a minha pessoa, não quero, não acho justo comigo, com aquilo que eu represento no estado de São Paulo.

Acho que a dúvida tem que ser para o secretário, que não cumpriu o que foi dito para o governador, e assim vai. Eu já vi erros aqui e nunca fiz nada nesta tribuna, até por respeito aos Srs. e Sras. Deputadas. Então, por favor, alto lá, a disputa tem limite entre nós, vamos tomar cuidado.

Eu vou falar da reunião do dia de ontem, uma reunião, não posso dizer de avaliação, porque foi uma reunião que nós tratamos dos candidatos que fizeram concurso, e o secretário, então, admitiu, o secretário já tinha confirmado que 186 mil serão classificados: 15 mil são os primeiros que serão efetivados e os demais da classificação, o “O” entra nessa classificação.

Então, essa questão prescindiu uma análise, assim como as regras e atribuição nós debatemos. Ainda não está muito claro o que é, portanto é bom, mas de qualquer forma estamos conseguindo mudar, e também lutando aí pelos direitos da categoria.

Também debatemos a heteroidentificação, que é importante. Saiu publicada ontem, e a gente está orientando que todos aqueles que tiveram pareceres indeferidos, quer dizer, tiveram seus nomes indeferidos, têm sete dias. Por favor, professor, professora que se você teve seu nome indeferido, entre já em contato para que tenha recurso sobre isso.

Sobre o problema em questão que eu comecei falar, que é o projeto para atividades pedagógicas diversificas em local de livre escolha, de novo o governo garantiu, deputada Solange, e eu sou obrigada a dizer para a categoria que é isso que eles estão dizendo.

Eles vão alterar a lei, sim, para poder fazer com que os professores façam isso em local de livre escolha, porque não dá para fazer com a barulheira dentro da escola, assim como a falta-aula.

Pelo amor de Deus! Você precisa ir ao médico, por duas aulas você perde o dia todo, isso é um absurdo. Então, esses dois pontos também, e sobre as contribuições previdenciárias ao INSS. Isso é um problema que o governo está tendo. A gente está pedindo para que tenha celeridade e revolva isso, porque isso está atabalhoando a vida dos professores.

Por último, não menos importante, também estive agora à tarde na Secretaria de Cultura, aliás no período da manhã, e foi uma reunião, eu diria que quente, mas uma reunião com sinais.

Primeiro, de alterar para 50% os recursos da Lei Paulo Gustavo para o interior e ao mesmo tempo permitir que quem tenha menos que cinco anos, ou três anos, seja a partir de março de 2020, portanto, (Inaudível.) Mas para isto, o Ministério da Cultura também tem que atuar, ou seja, também vai ter que, junto com a Secretaria da Cultura, atuar.

E estava representante do MinC lá, então ele ficou com a tarefa de fazer contato com a ministra Margareth Menezes.

Muito obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, Professora Bebel. Agora, seguindo a lista de oradores inscritos, chamo a deputada Marina Helou. Tem o tempo regimental de cinco minutos. 

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Boa tarde a todas e todos que nos acompanham nesta tarde de terça-feira. Quero cumprimentar quem nos acompanha pela TV Alesp, pela rede social, aqui, presencialmente, cumprimentar especialmente a todos os que estão trabalhando para possibilitar que os deputados estejam aqui discutindo e avançando em temas importantes para a população.

Quero cumprimentar especialmente a Sra. Deputada Solange, na função de presidente, fazendo votos que a gente possa, em pouco tempo, ter uma presidente desta Casa mulher pela primeira vez, que a gente possa trabalhar para avançar essa agenda de gênero e de representatividade.

Eu subo nesta tribuna hoje para falar sobre, mais uma vez, o tema de clima, o tema das mudanças climáticas e o tema da urgência desse tema, como ele precisa ser urgente. A gente teve na semana passada o encerramento da Semana do Clima, em Nova Iorque, junto com a Assembleia Geral da ONU, que foi um espaço muito importante para que essa pauta tivesse uma discussão global e tivesse avanços.

Ao mesmo tempo, essa semana se encerrou com as chuvas no Rio Grande do Sul, com mais de 45 mil pessoas desabrigadas, as chuvas na Líbia e uma onda de calor aqui na cidade, no estado de São Paulo e no Brasil inteiro nunca antes vista no final do inverno, as temperaturas chegando a 38° aqui, na cidade de São Paulo, que mostra que as mudanças climáticas já são uma realidade, que não podem mais serem tratadas como uma agenda de futuro. É uma agenda urgente, uma agenda agora.

O Brasil voltou à Assembleia do Clima e à Assembleia da ONU, assumiu um protagonismo na agenda global de clima que nos cabe. A gente tem a possibilidade, a gente fez um compromisso com desmatamento zero, liderado pelo presidente Lula e pela ministra Marina, um compromisso com a transição da matriz energética, com a economia verde, que precisa ser salientado e transformado em ações.

Mas isso também não é o suficiente. Ninguém tem que escolher entre combater a fome e combater as mudanças climáticas. A gente precisa liderar essa agenda para que seja uma agenda global e para que o mundo inteiro coloque a responsabilidade que temos em manter a nossa floresta de pé, em manter as nossas águas, em manter o clima e garantir que a gente tenha adaptabilidade às mudanças climáticas.

É isso que a gente viu acontecendo em nível global e é isso que a gente pode fazer aqui no estado também. A gente está discutindo nesta Casa o ICMS ambiental, um passo importante para que a gente siga na direção de criar os incentivos necessários e possíveis para que a gente, de fato, materialize uma agenda do clima, para que a gente crie os incentivos para que as cidades e os municípios preservem o meio ambiente, criem os planos de adequação ao resíduos sólidos, protejam as suas nascentes.

Esse é um incentivo importante, assim como o nosso papel, como deputados, de cobrar e fiscalizar o Executivo, pode fazer muito. Nesta semana eu oficiei o governador do Estado, diversos prefeitos, inclusive o prefeito de São Paulo, em relação à onda de calor, falando da urgência de criar estruturas para atender a população mais vulnerável, e esse ofício foi atendido.

A gente viu a operação “Altas Temperaturas” aqui, na cidade de São Paulo, várias cidades se mobilizando. É muito importante para atender a situação da população em situação de rua, os trabalhadores essenciais da cidade, garantir que a gente tenha sombra, água, atendimento de saúde, porque o calor é coisa séria para a nossa saúde.

Então fico muito feliz de ver que é possível a gente avançar, mas isso vai precisar cada vez mais fazer parte da nossa política pública. A adaptação às mudanças do clima já é uma realidade.

Para terminar, quero falar sobre o Conselho Tutelar. A gente se aproxima de uma semana fundamental na nossa democracia, domingo a gente tem votação para o Conselho Tutelar da cidade de São Paulo, do estado de São Paulo e do Brasil inteiro, eu acho. Isso quer dizer que a gente não pode votar só a cada quatro anos, a gente precisa votar todos os momentos, que a nossa participação transforma a vida das pessoas.

E o Conselho Tutelar é o primeiro momento de defesa das nossas crianças e adolescentes. É um órgão fundamental na execução do ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente, nos seus direitos, é a porta de entrada para situações de abuso, é um lugar em que a gente pode dar apoio às famílias na condução de crianças e adolescentes.

O Conselho Tutelar é um lugar que todo mundo pode votar, a partir dos 16 anos, nos candidatos do seu bairro, nos candidatos do seu território, que vão ter essa responsabilidade, e é fundamental que todos nós entendamos esse processo, estudemos os candidatos e vamos votar.

É fundamental o nosso compromisso com as crianças e com os adolescentes em primeiro lugar. Então, no domingo, vote no Conselho Tutelar do seu território, procure saber, estude, compareça, vote pelas crianças e pelos adolescentes.

Muito obrigada, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputada Marina Helou. Bem lembrado, domingo temos eleição do Conselho Tutelar e, apesar de não sermos obrigados a votar, é muito importante que a gente exerça esse direito de escolher os nossos conselheiros tutelares que zelam pelas nossas crianças e adolescentes.

Muito obrigada, deputada.

Seguindo a lista de oradores inscritos, chamo o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Solange Freitas, deputados, deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, eu quero novamente, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo, fazer um apelo ao governador Tarcísio de Freitas, ao secretário Renato Feder e aos prefeitos dos 645 municípios do nosso Estado, para que tomem providências imediatas em relação ao calor que está assolando toda a sociedade, todo o nosso Estado, mas sobretudo, também, as nossas escolas.

Eu atuo muito na rede estadual, logicamente, que é uma rede degradada, precarizada, com dezenas de escolas de lata ainda, com superlotação de salas, sem infraestrutura, escolas sem climatização, sem ar-condicionado, sem ventiladores. Escolas que estão sofrendo muito, Sra. Deputada, com o calor intenso que vem assolando todo o nosso Estado e todo o nosso Brasil.

As nossas escolas estão em uma situação muito difícil, então é muito importante. Eu já oficializei, inclusive, o governo estadual, exigindo que providências sejam tomadas, no sentido de que as escolas recebam esses aparelhos, ventiladores, aparelhos de ar-condicionado, climatizadores. Que haja, sobretudo, a diminuição da jornada de aula, do horário de aula.

Os alunos não aguentam ficar dentro das escolas durante tanto tempo, principalmente nessas escolas. Eu imagino o aluno, juntamente com o professor, em uma escola de lata - e são muitas.

São mais de 100 escolas de lata no estado de São Paulo, e têm escolas de lata que são PEI, são do Programa de Ensino Integral. Ou seja, o aluno fica oito horas dentro de uma escola sem nenhum tipo de ventilação, de arejamento, sem água potável, muitas vezes, sem água que ele possa beber.

Então, é muito importante que os prefeitos flexibilizem os horários, é muito importante que isso aconteça imediatamente, com redução do horário das aulas, e também que as escolas estejam equipadas com esses aparelhos, sobretudo com água fresca, com água mineral para os nossos alunos, com frutas na merenda escolar.

É isso o que tem que ser feito nesse momento emergencial de crise climática emergencial porque, infelizmente, como nada foi feito e nada está sendo feito, essa é uma crise que veio para ficar. Nós vamos sofrer cada vez mais esse desequilíbrio ambiental e ecológico. Agora, os nossos alunos não podem pagar a conta, nem os nossos professores.

Então faço aqui, da tribuna da Assembleia Legislativa, mais um apelo ao governador Tarcísio - nós já oficializamos, repito -, ao secretário Renato Feder e também o pedido se estende aos 645 municípios do nosso Estado que têm as suas redes de ensino.

Protejam os nossos alunos e os nossos profissionais da Educação, das creches, das Emeis, do ensino fundamental, do ensino médio, das Etecs e Fatecs, das nossas universidades também, sobretudo, das nossas universidades públicas, da USP, da Unicamp, da Unesp, das universidades federais que estão em São Paulo, que seja realizada uma força tarefa nesse sentido.

Os alunos não estão aguentando ficar dentro das salas com esse calor. Repito, superlotadas, sem ventilação e sem arejamento. Então, é muito importante que o governo tome essa atitude, como nós fizemos durante a pandemia, que era um momento emergencial no qual as aulas foram logicamente suspensas, atendendo às orientações dos cientistas, dos médicos, da Organização Mundial de Saúde.

Então, foi uma posição acertada. Ela tem que ser feita novamente, de alguma forma, agora - uma força tarefa em nosso Estado. Espero que o ministro da Educação também faça o mesmo, orientando secretários de Educação e os governadores de todo o Brasil nesse sentido. Nós não podemos penalizar ainda mais os nossos alunos e os nossos profissionais da Educação.

Então, eu solicito, deputada Solange, que o meu pronunciamento seja encaminhado, as cópias sejam encaminhadas ao governador Tarcísio de Freitas e ao secretário da Educação.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - É regimental o seu pedido. Será atendido. Muito obrigada, deputado Carlos Giannazi. Agora, para falar no tempo remanescente do Pequeno Expediente, chamo o deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Querida deputada Solange Freitas, vou escolher hoje um assunto sobre a mulher. “Os registros de estupros na cidade de São Paulo aumentaram 20% no acumulado de janeiro a agosto de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública divulgados na noite dessa segunda-feira, dia 25.

Foram 1.982 ocorrências registradas contra 1.644 nos oito primeiros meses de 2022. Em todo o estado de São Paulo, os registros de agosto chegaram a 1.306, 42 por dia, em média. No acumulado, também cresceram. Foram registradas 9.554 ocorrências, 13,7% a mais em relação ao período de janeiro a agosto de 2022.

As altas são similares aos índices divulgados em agosto, relativos a ocorrências de julho, que tiveram crescimento de 21% e 13% na Capital e no Estado, respectivamente. Houve redução, nos oito primeiros meses do ano, no número de vítimas de homicídio doloso, quando há intenção de quem comete o crime na Capital, menos 8%, que chegaram a 323, e no Estado, menos 10,1%, com 1.770 vidas perdidas.

As ocorrências desse tipo de crime entre janeiro e agosto também caíram em relação ao mesmo período do ano passado, com 1.693 casos contra 1.882 casos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, é o menor índice desde 2001, início da série histórica.”

Relacionado a esta questão, quero lembrar um registro que já fiz, com respeito à viagem que eu fiz ao Quênia, para conhecer os efeitos da renda básica de cidadania, que funciona nas vilas rurais pobres do Quênia, através da iniciativa da instituição “GiveDirectly”, que resolveu, por um período relativamente longo, contribuir com uma renda básica modesta de 22 dólares por mês para cada pessoa adulta de 18 anos ou mais.

Dentre os efeitos muito positivos do pagamento de uma renda básica às pessoas adultas, eis que a violência doméstica contra as mulheres diminuiu em 51% e a violência sexual contra as mulheres diminuiu em 66%, segundo a pesquisa que foi feita pela Universidade de Princeton.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Eduardo Suplicy. Encerro agora o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - E a gente começa agora o Grande Expediente. Começo a lista dos oradores inscritos para hoje. Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. Tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Solange Freitas, Sras. e Srs. Deputados, eu tive a oportunidade de acompanhar algumas das audiências públicas que a Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa realizou nas regiões administrativas do Estado.

Estive em Registro, estive em Itaberá, estive aqui em Valinhos. E pude acompanhar, aqui também pelos informativos da Assembleia, sobre as demais.

Uma das reclamações que eu recebi - principalmente do interior mais profundo, mais longe, deputada - dos prefeitos, de vereadores, de lideranças locais, foi o fim, dado pelo governo Tarcísio, ao programa “Bolsa Trabalho”.

É um programa feito pelo governador Doria, quando era governador, para enfrentar a situação da pandemia, o fechamento do comércio, o fechamento dos serviços, o fechamento do comércio ambulante. Então, foi uma forma de amenizar a situação de muitos trabalhadores, concedendo, através desse projeto, 540 reais em cinco parcelas.

Um projeto que foi importante naquele momento. Nenhuma pessoa, por mais oposição que faça, seria contrária a uma inciativa dessa.

Além desse projeto, foi criado também o “Bolsa do Povo Educação”. E o “Bolsa do Povo Educação” para o responsável, também: 1.000 reais. Para quê? Com a ideia de que, com esse recurso, o jovem não abandonasse o ensino médio e continuasse estudando, porque muitos jovens, deputado Suplicy...

Isso é um dado estatístico. Aliás, o próprio governo está usando desses dados, dizendo que diminuiu o número de estudantes no ensino médio. E com isso, então, justificaria diminuir os recursos da Educação para passar para a Saúde. Aliás, é esse debate que provavelmente vamos enfrentar com o projeto que o governo anunciou que vai mandar para cá.

Mas o que aconteceu agora? O governador Tarcísio cortou 738 milhões desses programas muito importantes, com a justificativa de que precisa pagar o funcionalismo público, que recebeu um reajuste de 6 por cento. Esta Assembleia aqui aprovou o reajuste, ninguém é contra que o governo reajuste os salários; aliás, foi o reajuste ali no limite da inflação, 6 por cento.

Mas que tire de outro lugar, não de programas sociais importantes, que estão servindo para atenuar o desemprego, atenuar a pobreza, atenuar essa estatística negativa de abandono das escolas por conta de jovens que precisam trabalhar para ajudar a família.

Então, retirar esses recursos é um crime contra a população. Aliás, deputado Emídio, a gente percebe... Eu, quando ando pelas cidades do interior, mesmo aqui em São Paulo, a gente percebe que os municípios aumentam a arrecadação, recebem muitos recursos, mas a população fica cada vez mais pobre, porque nas áreas sociais não tem recursos, diminuem-se os recursos da Saúde, da Educação.

Então, às vezes a cidade se enriquece, mas a população se empobrece. Aí vem o governador e retira esses recursos desses programas importantes, que estão servindo para atenuar a situação do povo enquanto a economia não cresce, a economia não deslancha, que é todo o esforço que nós estamos fazendo aqui no governo federal para a economia crescer, incluir as pessoas, gerar emprego.

O desemprego está caindo, mas cortar esse recurso eu acho de uma insensibilidade... A gente espera que o governo reveja essa decisão, que se corte, sei lá, de publicidade, que se corte de recurso de asfalto, deputada Paula, mas tirar desses programas importantes é um crime, porque é um recurso de 500 reais, de 1.000 reais, de 540 reais para cada família em situação de dificuldade - é muito difícil.

Sra. Presidente, eu queria também, deputado Bove, que vai assumir agora a Presidência, eu queria mais uma vez voltar a um tema importante que nós estamos debatendo nesta Casa já há algum tempo.

Deputado Emídio preside a Frente Parlamentar em Defesa da Sabesp com importantes ações e agora realizando audiências públicas em cidades do interior.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Lucas Bove.

 

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Eu vou comparecer em Registro, dia dez, para uma audiência pública na Câmara Municipal. Vou comparecer dia seis em São Bernardo do Campo, para uma audiência pública em defesa da Sabesp pública estatal, como determina a nossa Constituição, e contra essa obsessão do governador de privatizar uma empresa que está saneada, uma empresa lucrativa.

A gente já discutiu aqui que nem deveria ser lucrativa, porque uma empresa pública deveria utilizar os seus resultados positivos na melhoria e na expansão dos serviços. Mas não é o que acontece, porque a expansão tem metas ainda a serem alcançadas em 29, 30. Em todo caso, nós estamos participando, conscientizando a população.

Aqui, na semana passada, eu tive a oportunidade de participar, junto com vários outros deputados, colegas nossos, de uma boa audiência pública, junto com o Sindicato dos Trabalhadores da Sabesp, do DAEE, o Sintaema, junto com o Sindicato dos Metroviários, junto com o Sindicato dos Ferroviários, também dos ferroviários da Central do Brasil...

Participaram conosco também trabalhadores, representantes dos empregados da antiga Febem, porque agora o governo também resolveu querer privatizar até esse serviço. Nós fizemos um balanço do plebiscito que os movimentos sociais, principalmente o movimento sindical, mas os movimentos sociais estão apoiando.

Eu tenho notícias de que até nas comunidades quilombolas do interior, lá no Vale do Paraíba... No Vale do Ribeira, esse plebiscito está sendo acolhido com muita participação, em que as pessoas podem dizer se querem a privatização ou não, tanto do Metrô quanto da CPTM e da Sabesp. Então é uma iniciativa muito importante dos movimentos sociais, incluindo aí o movimento sindical, para reafirmar aquilo que as pesquisas dos principais institutos já mostraram.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Paulo Mansur.

 

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O povo é contra a privatização do Metrô, o povo é contra a privatização da Sabesp. Isso vai encarecer o serviço, as taxas, vai piorar o serviço, como a gente tem visto historicamente em muitos outros lugares.

Já falei aqui desta tribuna de estudos aos quais a gente tem acesso mostrando que as melhores empresas na área metroferroviária são estatais, são públicas, são aquelas que investem no capital humano, que valorizam os seus profissionais, os seus trabalhadores.

Não é o caso de São Paulo com essa obsessão que não tem fundamento lógico. Dizer que vai antecipar as metas de zerar os déficits de saneamento... Já está colocado no plano de trabalho das metas da Sabesp, então o governo, nesse açodamento, está descumprindo inclusive a Constituição Estadual e a Nacional. Provavelmente a Justiça vai se pronunciar em breve sobre isso.

Então, saudar essa iniciativa do movimento social, de fazer esse plebiscito. E parabenizar quem está trabalhando com ele. Aliás, quem quiser votar e participar, eu tenho uma urna lá no meu gabinete.

Então é isso, parabéns, e vamos à luta contra essa obsessão da privatização sem que a causa seja a mais correta.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - Obrigado, deputado Simão Pedro. Agora, seguindo a lista de oradores, deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Emídio de Souza.

 

O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sr. Presidente, Srs. Deputados, público que nos acompanha pela TV Alesp.

Eu estava atento às palavras do meu colega deputado que me antecedeu, deputado Simão Pedro, sobre várias questões importantes. Dentre elas, a questão da privatização da Sabesp.

Eu tive orgulho de estar na Câmara Municipal de Franca, semana passada, em conjunto com a deputada Márcia Lia e o deputado Guilherme Cortez. Fizemos ali uma audiência pública, chamada pela frente parlamentar da cidade de Franca, dos parlamentares daquela cidade, para conhecer, para ver o quanto a privatização da Sabesp pode trazer de prejuízo para a nossa gente.

Ali nós tivemos outra oportunidade importante, que foi conhecer o sistema de Saneamento da cidade de Franca, que é um modelo do estado de São Paulo. Franca tem 100% de água tratada e 100% de esgoto tratado. Nós fomos conhecer a estação de tratamento.

É realmente um exemplo do recurso bem aplicado, e o que a Sabesp fez naquela cidade. Inclusive, os dejetos que sobram, do tratamento do esgoto, viram gás metano, que abastece os próprios veículos da Sabesp que atendem a cidade de Franca.

Vejam vocês então que nós estamos diante de um risco para o povo de São Paulo. Porque, muito embora o governador Tarcísio fale em reduzir tarifa e antecipar a universalização, todos nós sabemos que isso não condiz com o espírito de privatização.

Porque a verdade é a seguinte: quem compra o patrimônio público, é porque quer obter lucro.

Ao contrário, o que tem acontecido em todas as cidades onde se privatiza, inclusive no Rio de Janeiro, é exatamente o aumento da tarifa para o usuário. Então a conta estoura no bolso do usuário. No caso, de 28 milhões de paulistas.

Também é evidente que a alteração feita pelo governador, por decreto, que não poderia ser por decreto, na constituição e na forma de funcionamento das Uraes, que foi aprovada por esta Casa, as Uraes.

Ele alterou as leis, por decreto, o que, evidentemente, não pode. Porque retira todo o poder concedente dos municípios. Que é ele que tem que legislar. E não transferir esse poder para a Urae.

A Urae, que é a unidade regional de água e esgoto, na verdade o papel dela é garantir muito mais uma articulação entre os municípios para enfrentar os problemas, do que substituir o município na sua tarefa de ser o poder concedente.

Então, realmente, a nossa luta vai continuar. Porque eu acho muito fundamental barrar esse projeto privatista, que só interessa ao mercado, e nada ao contribuinte paulista.

Eu queria também aproveitar para saudar a iniciativa do BNDES que, no dia de hoje, anunciou um investimento de 10 bilhões de reais em São Paulo. É um projeto muito importante, dividido em duas partes.

Uma é o trem chamado Trem Intercidades, que é um projeto que visa ligar Campinas a São Paulo. É um projeto importante, que não sai do papel se não houver apoio federal. E o governo federal, com um compromisso com São Paulo, já admitiu que vai contribuir com o Trem Intercidades com dez bilhões, sendo 6,4 bilhões para a ferrovia em si e 3,6 bilhões para a compra de trens que vão ser usados nessa ferrovia.

Portanto, mais uma vez é o governo do presidente Lula contribuindo com o crescimento de São Paulo, com o desenvolvimento, num sinal muito claro de governo acima de qualquer interesse político partidário, mas apenas visando o bem-estar do povo de São Paulo. Nos próximos dias o presidente Lula vai lançar em São Paulo o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, que além dessa obra do Trem Intercidades, contempla outras obras muito importantes.

Uma delas, esperado, a obra mais importante da Baixada Santista, que é a ligação seca de Santos e Guarujá. É uma obra muito importante que vai ter a participação decisiva do governo federal. E tantas outras pelo Estado, apoio ao metrô, apoio às novas ferrovias, modernização das cidades, infraestrutura das cidades, todas serão contempladas com o PAC que será lançado.

Por fim, Sr. Presidente, eu quero lamentar que na Secretaria de Educação continue a mesma política, a política que já mostrou que não serve, com um secretário que já sabe que não funciona, porque coloca os seus interesses comerciais na frente do interesse da Educação de São Paulo.

E, inexplicavelmente, o governador Tarcísio insiste em mantê-lo a frente da Secretaria. Uma pessoa que, em poucos meses, o único movimento que fez foi no sentido de beneficiar a própria empresa da qual ele é titular, ou era até o dia da sua entrada na Secretaria da Educação.

Então é hora de parar com isso. São Paulo não precisa desse tipo de secretário que vem aqui interessado apenas em se beneficiar e nenhum projeto para a Educação, nenhum projeto inovador.

Nós temos escolas completamente abandonadas. As escolas este ano estão recebendo menos dinheiro do PDDE do que receberam no ano passado. Algumas escolas não receberam nem 30% do valor que receberam no ano passado.

Ainda vem falar... Todo mundo sabe dos problemas das escolas, quantas escolas do Estado... Eu tenho mania de visitar escolas e uma das coisas que nós temos visto é que não há funcionários, não há pessoal de limpeza, não há pessoal de monitoria, não há quem acompanhe as crianças ali dentro, os jovens, os adolescentes que estão ali, por quê? Porque as empresas são terceirizadas, uma quebra, não tem quem substitua e acaba ficando por isso mesmo.

Então eu espero que o governador olhe pelas escolas. Se o secretário não olha e ele não quer demiti-lo, então que ele olhe pessoalmente o que está acontecendo nas escolas de São Paulo, que já vive sob ameaça constante de violência, mas que não consegue um momento sequer para reestruturá-la, para mantê-la, para funcionar melhor. O esforço de muitos diretores das APMs não tem sido o suficiente para manter a qualidade dessas escolas. Então é preciso que o governo haja, e haja rápido.

Cuide do EJA, que é um projeto importante que em muitos lugares estão praticamente fechados. Tem cidade, como a minha cidade de Osasco, que tem apenas um polo. Uma cidade de 750 mil habitantes tem um polo apenas de EJA na zona norte da cidade. As pessoas têm que deslocar a cidade inteira às vezes para ele conseguir fazer aquilo que ele tanto deseja, que é completar os estudos que não conseguiu na época certa.

O Governo do Estado pode e deve fazer a sua parte: ofertar ensino médio para o EJA, garantir condições, alimentação e distribuir geograficamente nas cidades de modo a facilitar a vida do trabalhador. Os alunos do EJA, a maioria deles, são alunos que vêm direto do trabalho para a escola.

Não tem alimentação adequada, então é preciso oferecer alimentação adequada perto da sua casa. Não dá para sair da aula 11 horas da noite, 23 horas, e ainda pegar ônibus para ir para outro bairro, para trabalhar no outro dia de manhã. Isso está na mão do Governo do Estado fazer e eu espero que faça.

Era isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - Seguindo com os oradores inscritos, deputada Ediane Maria, que iria substituir Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde às pessoas que nos acompanham aqui da galeria e também virtualmente, a todos os trabalhadores desta Casa e aos colegas deputados.

Sr. Presidente, dois assuntos me trazem a esta tribuna hoje. Um deles é um assunto com o qual eu tenho um compromisso desde a época da nossa campanha eleitoral, que é a defesa das candidaturas e dos mandatos coletivos.

Eu sou a representante - e costumo falar bastante sobre isso - de um mandato coletivo que foi felizmente o mandato coletivo mais votado da história do País e também das últimas eleições, que é a Bancada Feminista.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Dirceu Dalben.

 

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Nas últimas eleições, nós tivemos 259.771 votos e fomos a terceira candidatura mais bem votada de todo o estado de São Paulo. Não é incomum que colegas deputados me abordem perguntando como alguém tão jovem na política institucional teve tantos votos, e a minha resposta é sempre a mesma: não sou eu, é o projeto do qual eu faço parte, é o mandato coletivo do qual eu faço parte. Na verdade, eu sou só a representante de um projeto que é a Bancada Feminista do PSOL.

Pode ser difícil para parte dos colegas deputados e deputadas entenderem que, cada vez que eu subo a esta tribuna, cada vez que eu voto em um projeto de lei, cada vez que eu participo de uma comissão, de uma frente parlamentar, de uma CPI, eu não estou falando só em meu nome, eu estou falando em nome de Caroline Iara, Sirlene Maciel, Mariana Souza e Simone Nascimento, que são, comigo, as codeputadas que constituem a Bancada Feminista na Alesp.

 O nosso projeto não é o único projeto coletivo deste país. Felizmente, ao todo, são quase 30 mandatos coletivos que existem no Brasil, que estão organizados em uma frente nacional de mandatos coletivos.

Na última eleição, nós tivemos cerca de 300 candidaturas coletivas em todo o País, mas agora, Sr. Presidente, infelizmente nós estamos à beira de um retrocesso.

É um retrocesso porque a Câmara dos Deputados, recentemente, ao votar a minirreforma eleitoral, decidiu, dentre outros absurdos, que nós não deveremos mais existir.

Na verdade, a Câmara dos Deputados decidiu, a toque de caixa, a proibição das candidaturas coletivas e consequentemente dos mandatos coletivos. Ao fazer isso, calou a voz ou tentou calar a voz de milhões de eleitores e eleitoras de todo o Brasil.

O projeto da minirreforma eleitoral está no Senado. Nós pressionaremos muito para que esse texto não seja aprovado dessa forma. Esta semana, uma comitiva dos coletivos vai estar em Brasília para conversar com os senadores, para conversar com o governo federal.

É importante dizer que os mandatos coletivos lutam muito para ampliar a representação na política institucional daqueles e daquelas que historicamente não ocupam cargos eletivos, que historicamente não fazem parte da política institucional. Nós escolhemos chegar, mas não chegar sozinhas. Nós escolhemos lutar para romper o personalismo e a forma messiânica de fazer política.

Então eu deixo aqui a nossa pergunta, a nossa indagação: qual é o medo daqueles que querem proibir a nossa existência com mandatos coletivos na política brasileira?

Bom, Sr. Presidente, o segundo assunto que me traz a esta tribuna hoje é a Lei Paulo Gustavo, mais especificamente os editais da Lei Paulo Gustavo que foram publicados aqui no estado de São Paulo pelo Governo do Estado, mais especificamente pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

A Lei Paulo Gustavo foi uma lei construída no ano de 2021 e aprovada no ano de 2022 para mitigar os efeitos da pandemia para os trabalhadores do setor cultural, principalmente para os trabalhadores pequenos produtores de cultura, que foram os mais afetados durante o período da pandemia.

Os editais da Lei Paulo Gustavo foram feitos pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo infelizmente na contramão, infelizmente desrespeitando o que é a própria Lei Paulo Gustavo e o conteúdo da Lei Paulo Gustavo, acentuando desigualdades entre grandes empresas e trabalhadores do setor cultural, que estão nas pontas, os pequenos produtores de cultura, os pequenos fazedores de cultura, que foram os mais atingidos durante a pandemia, pela falta de exercício das suas profissões.

A Lei Paulo Gustavo tem como finalidade tentar descentralizar, desburocratizar, tornar a produção de cultura mais diversa. Mas o estado de São Paulo tem ido na contramão disso, com a publicação dos recentes editais.

Em primeiro lugar, é importante dizer que 21 dos 24 editais, publicados pelo estado de São Paulo, só permitem a inscrição por meio de CNPJ - inicialmente, inclusive.

E essa inscrição por meio de CNPJ, ela estava prevista, ela está prevista nos editais com inscrições de no mínimo cinco anos. É necessário que os produtores, de acordo com o edital, tenham inscrição de cinco anos no CNPJ para poder disputar os editais da Lei Paulo Gustavo, aqui no estado de São Paulo.

Hoje houve uma reunião com a secretária de Cultura do Estado e produtores de cultura - fazedores de cultura daqui do Estado - e a secretária se comprometeu a reduzir esse tempo de cinco anos para três anos, o que é muito importante. Mas ela ainda não garantiu e diz que não existe a possibilidade de garantir, neste momento, a inscrição por meio do CPF.

Então, é necessário que as pessoas tenham empresas constituídas. E agora, se houver de fato a formalização de alteração desse edital - retificação do edital - empresas constituídas por três anos, ou, se mantiver o edital da forma original, por cinco anos.

Bom, eu nem preciso dizer que isso valoriza os grandes produtores. As pessoas que têm empresa constituída há mais de cinco anos para fazer cultura aqui no estado de São Paulo, no geral, são grandes produtores, e não os pequenos produtores, que são justamente os mais afetados, que precisam ser beneficiados com os recursos destinados pelo governo federal, por meio da Lei Paulo Gustavo.

Além disso, algo que nos preocupa bastante é que os editais da Lei Paulo Gustavo, aqui no estado de São Paulo, estão concentrando os recursos e não descentralizando os recursos. Afinal, o que a lei prevê, o que o edital prevê aqui no Estado, é contemplação de 900 projetos no Estado como um todo, o que representa uma redução de 677,7% do número de contemplados com relação à Lei Aldir Blanc.

Só que os recursos aumentaram. Então, os recursos da Lei Aldir Blanc eram menores, os recursos da Lei Paulo Gustavo são maiores, mas vão contemplar um número menor de inscritos. Isso foi tratado também na reunião com a secretária de Cultura, mas não há nenhuma previsão de alteração com relação ao número de inscritos.

E aí a nossa discussão é a seguinte: o governador de São Paulo tem feito declarações, dado declarações, dizendo que quer transformar o estado de São Paulo em um centro de produção audiovisual. Mas que produção é essa? É a produção de grandes produtoras?

A gente precisa - como foi a ideia original de construção da lei federal, da Lei Paulo Gustavo, a ideia original do governo federal – é preciso desburocratizar, descentralizar, diversificar a produção cultural, incentivar as produções independentes e periféricas.

O governador foi eleito pelo estado de São Paulo, muitos votos no interior, e a versão original também do edital não previa a possibilidade de cotas específicas para produtores do interior. Ela previa cotas para produções do interior, mas não para produtores do interior.

Isso significa que produtores da Capital poderiam, por exemplo, aplicar para o interior, e ter garantidos esses recursos destinados para o interior. Hoje, a secretária se comprometeu, com o movimento cultural também, a mudar isso e prevê cotas específicas para o interior. Isso é um grande avanço, mas nós achamos que ainda há muito que avançar.

Então, na verdade, eu venho aqui a esta tribuna, hoje, também, falar sobre a importância de que os editais da Lei Paulo Gustavo, aqui no estado de São Paulo, sejam compatíveis com a ideia original de criação da Lei Paulo Gustavo, que é nada mais nada menos do que atender aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, os pequenos trabalhadores da cultura, que foram tão afetados durante a pandemia, que precisam de recursos específicos – trabalhadores, esses, que são mulheres, que são negros e negras, que são pessoas LGBTQIA+, que são pessoas indígenas. E, para isso, é fundamental que o edital tenha atenção a essas especificidades.

Então, fiquei bastante feliz com, hoje, a secretária de Cultura ter aceitado receber o movimento cultural, ter conversando com o movimento cultural. Mas quero dizer que, no estado de São Paulo, a gente ainda tem muito para avançar, para que, de fato, os editais publicados por aqui sejam compatíveis efetivamente com a Lei Paulo Gustavo.

É isso, muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Dando sequência aos oradores inscritos, pela ordem de inscrição, deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. Deputado, à disposição o tempo regimental.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Quero cumprimentar o presidente Dalben, que está na Presidência neste momento, cumprimentar todos os telespectadores da TV Assembleia.

Começo o meu discurso de hoje falando do deputado Gil Diniz, meu colega de partido, que ontem saiu indignado do campo, no jogo do Morumbi, do São Paulo, em uma final, onde o estádio estava lotado, em festa e, dentre as palavras que ele falou, ele disse que vai processar a assessora da ministra da Igualdade Racial.

Essa ministra, se a gente for ver no Instagram dela, está que ela é a mulher do ano, mas vamos mostrar a imagem do que a assessora dela colocou na rede social, falando do nosso estado de São Paulo: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade”. Safade. “Pior tudo de pauliste.” Tirando, insultando e fazendo uma desigualdade racial, deputada Ediane, do PSOL, porque ela é sua companheira do PSOL. É do seu partido.

Isso é um racismo que coloca todos os torcedores que estavam ali... Porque não existe diferença entre branco, negro, amarelo. Todos nós somos iguais, meu Deus do céu. E como uma secretária dessas continua em um cargo tão importante do nosso estado de São Paulo, que é exatamente o da Igualdade Racial?

E ela, para chegar em São Paulo, usou dinheiro público. Veio com avião da FAB para assinar, inclusive, algo contra o racismo nos estádios. Meu Deus do céu! Como assim, como que a gente está entendendo algo assim? Como pode ser? Não dá para entender. Se eu falar, as pessoas estão pensando que é mentira, na TV Alesp. Devem estar pensando que é mentira.

E a CBF fica no Rio de Janeiro. Ela mora no Rio de Janeiro, essa secretária. Então, o Gil Diniz foi atento em processá-la. Se ele precisar de alguma coisa, eu estou com ele.

E continuando o meu discurso, que eu tenho bastante tempo para falar aqui hoje, e eu não ia começar com esse discurso, mas precisei falar isso... Precisei falar isso.

Vamos falar agora um pouco sobre impostos, porque a maioria das pessoas do PT e do PSOL que sobem aqui à tribuna falam do problema dos impostos, reclamam, mas vamos dar um exemplo claro.

Na Irlanda, sabe quanto de superávit tem no país? Dez bilhões de reais. E eles não sabem o que fazer com o dinheiro, para investir. E aí você vai falar: “Paulo, mas é um país de primeiro mundo”.

Mas o país começa a ser de primeiro mundo como? Ele já nasce de primeiro mundo? Não, ele passa por um processo. E qual foi o processo que a Irlanda adotou? Diminuir impostos para as empresas, ou seja, tem empresa lá dos Estados Unidos, tem empresa de praticamente toda a Europa na Irlanda, porque eles diminuíram os impostos e deram incentivo.

Então, esse é o pensamento do governador do estado de São Paulo, que, na sua campanha, dava esse discurso, falando que ia abaixar imposto para as empresas se instalarem no Estado.

E agora ele lança o Resolve Já, que é para resolver, acabar com burocracia, principalmente das pequenas empresas que estão sofrendo com dívidas altas de multas, que ele quer eliminar para a pessoa só pagar ainda metade, praticamente, do imposto que ela tinha. Para a pessoa seguir em frente e também o governo arrecadar a sua arrecadação.

Simplificar, tirar burocracia; é isso que o governador Tarcísio busca. Então nós precisamos pensar bem porque, quando você tem o presidente Bolsonaro na Presidência a oposição do PT ia contra o País. Não ia contra o Bolsonaro, porque o Partido dos Trabalhadores e o PSOL fazem isso, eles vão contra o País, contra o Estado. Eles não vão a favor dos brasileiros.

Quando o Lula coloca um projeto de lei que é para beneficiar o Brasil, vocês podem ter certeza que a bancada conservadora vota “sim”, inclusive o Eduardo Bolsonaro deu hoje um discurso falando sobre isso. Mas não, o PT vai contra o País. Quando o presidente Bolsonaro quis abaixar a gasolina, a bancada do PT inteira votou contra a baixa da gasolina.

Então, tem algo errado no Parlamento. A oposição não é uma oposição sadia. É uma oposição contra, por exemplo, hoje, o estado de São Paulo. E quando eles falam em racismo, quem faz o racismo e quem a gente viu fazendo o racismo foi a secretária da ministra, que veio para São Paulo dando esse discurso ofensivo em cima de nós, paulistas.

Então é muito importante nós, como deputados estaduais, sim, nos posicionarmos. Aqui é o nosso Estado. Não venha ela pensando que está em Brasília falando o que ela quer. Aqui, não!

Aqui é o estado de São Paulo e nós, deputados conservadores, vamos nos juntar sim para combater esse racismo que a secretária da ministra da Igualdade Racial - meu Deus do céu - veio falar aqui no nosso estado de São Paulo.

Então eu tenho certeza que a bancada conservadora vai se unir. Vamos conversar com o Gil Diniz para a gente achar a melhor solução desse tema ou para processá-la juntos ou para fazer algo para a gente defender nossos paulistas. Até porque eu sou são-paulino, eu torço para o São Paulo, meu Deus do céu!

Então quando eu vi aquela cena do Gil Diniz, eu falei: “Caramba, ele acertou em fazer isso, foi pontual. Viu, conseguiu pegar lá do Instagram dela”. Claro que depois ela apagou, mas ela fez a postagem falando aí mal de todos nós, paulistas.

Obrigado, presidente.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Com a palavra a deputada.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Uma comunicação, por favor?

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - À disposição.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só endossando as palavras do deputado Paulo Mansur. Quando a gente fala de racismo, de falta de respeito, a gente fala de todas as pessoas.

Eu, como são-paulina, sou apreciadora de futebol, vou aos estádios, gosto de assistir aos jogos nos estádios, gosto de assistir campeonatos esportivos e estive acompanhando o jogo do São Paulo, agora campeão de tudo.

Parabéns ao Tricolor, ao São Paulo, por esse título inédito. Parabéns a todos os torcedores que, de maneira democrática, foram ao estádio, fizeram cumprir o seu papel de torcedores. Inclusive existiam também torcedores do Flamengo lá e dentro do estádio foi tudo bem. Mas, de fato, diante do que essa postagem que ela fez falando da torcida do São Paulo, falando do povo de São Paulo, o qual nós representamos, nós não iremos aceitar nenhum tipo de racismo, xenofobia, de falta de respeito com o povo paulista, com o povo paulistano.

Endosso, também, apoio ao deputado Gil Diniz por ter entrado com esse processo contra essa assessora, da Anielle Franco. A gente não pode ver situações como essa e se calar. Importante destacar que eu sou autora de um projeto contra injúria racial em campeonatos esportivos, para que seja feito um aviso sonoro audiovisual em todas as competições esportivas do estado de São Paulo avisando que injúria racial é crime e, se é crime, merece cadeia.

Obrigada, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Muito bem, deputada Letícia Aguiar. Dando sequência aqui à lista dos oradores inscritos, Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Ediane Maria, por cessão, trocando com o deputado Guilherme Cortez. 

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente, enquanto a deputada se dirige à tribuna, posso fazer uma breve comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Com a anuência da deputada, sim, é regimental.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada. Sr. Presidente, eu queria, em primeiro lugar, parabenizar a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, não só pelo grande trabalho que a ministra tem feito, mas a ministra veio até...

Nesse final de semana, ela veio até São Paulo, na final da Copa do Brasil, para participar, com outros ministros, da assinatura de um protocolo de combate ao racismo nos estádios. Um protocolo que eu considero fundamental por parte do governo federal.

E a ministra foi, infelizmente, alvo de muitas fake news porque as pessoas ficaram questionando por que a ministra teria se utilizado de um avião da FAB para vir até São Paulo, supostamente, assistir a um jogo. Só que a ministra não veio assistir a um jogo, ela veio assinar um protocolo importantíssimo, que é um protocolo de combate ao racismo nos estádios.

E eu fico muito feliz que os deputados desta Casa tenham unidade na necessidade de se combater o racismo nos estádios de futebol. Quero dizer, inclusive, que eu sou autora de um projeto de lei, que eu pretendo ver aprovado, ainda esse semestre, aqui na Casa. Inclusive, estou lutando muito por essa aprovação.

Ainda não tive, neste meu primeiro mandato, nenhum projeto de lei aprovado. Mas, como aparentemente esse projeto é um consenso - eu quero dizer que eu ficaria muito feliz - espero ver aprovado esse projeto de lei, que é o “Projeto de Lei Vini Jr.”, que - em homenagem ao jogador Vini Jr., que tem sido vítima, alvo de muito racismo no futebol internacional, como foi também no futebol brasileiro. Prevê, como também já foi aprovado em outros estados, que as partidas sejam paralisadas em caso de racismo.

Então, que as partidas aqui no estado de São Paulo, nos estádios de futebol, sejam paralisadas quando houver casos de racismo. Como vários deputados aqui se manifestaram contrariamente ao racismo no estádio de futebol, eu espero ver a unidade em torno desse projeto e a aprovação dele.

Muito obrigada, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Deputada Paula, obrigado pela consideração. Agora a oradora com a palavra.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos e todas que estão acompanhando pela TV Alesp, boa tarde a todos os funcionários desta Casa, boa tarde a todos os deputados e deputadas. Eu queria falar um pouquinho sobre a minha atividade de ontem.

Ontem, tive uma audiência pública falando sobre a Operação Escudo, que voltou na Baixada Santista. Então eu gostaria muito de colocar aqui, ontem eu estive com as Mães de Maio, a Débora.

Há 17 anos houve uma chacina também na Baixada Santista e essa mulher começou a mover o movimento de mulheres que tiveram seus filhos, seus companheiros, vítimas dessa chacina.

Então eu gostaria de colocar aqui um pouquinho... Inclusive peço, por favor, para ser colocado aqui um vídeo em que familiares, parentes, pessoas da comunidade da Baixada relatam tortura e várias execuções e ameaças.

Então gostaria que esse vídeo fosse passado para a gente ter uma noção. 

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

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Trouxe este vídeo para esta Casa para sensibilizar um pouco e dar uma visibilidade para uma operação que começou no dia 27 de julho. Dia 27 de julho começou essa operação após a morte do soldado da Rota Patrick, e que começou essa Operação Escudo na Baixada. E aí foi uma operação... nós estivemos lá, inclusive, descemos, uma comissão, que fomos aqui da Assembleia Legislativa. Por que a gente foi?

Nós nos juntamos com defensores públicos, nos juntamos com a sociedade civil e fomos ouvir a comunidade. Por quê? Gente, estava uma desinformação total. Ou seja, não existia uma clareza do porquê de estar havendo operação e de fato qual era o intuito.

Eu acho que a pergunta maior, que não quer calar, é qual era o intuito dessa operação? Porque na operação a gente sabe que teve um soldado morto. Todo mundo sabe disso. Mas não justifica a morte de mais de 20 jovens. Foram mais de 20 jovens mortos, mais de 600 jovens negros presos, pessoas que relataram para nós o medo, a insegurança, inclusive de estarem sozinhos em suas casas. Vergonhoso.

Quero falar não somente como uma deputada, quero falar, Sr. Presidente, como mãe. Quero falar como mãe de quatro filhos, que cresci em uma comunidade, com medo, que criei meus filhos em uma comunidade, com medo, e eu tenho vários questionamentos.

Eu sou uma exceção nesta Casa, deputado Suplicy, uma daquelas exceções que quando você olha, pela estatística, ah, não vamos falar de estatística, pela estatística, e hoje, olhando com muito cuidado e preocupação da atuação da Segurança Pública no estado de São Paulo, porque é necessário fazer uma pergunta. E é necessário que as fake news não saiam desta Casa, que aqui somos deputados eleitos pelo povo.

É necessário que se falem coisas baseadas na realidade, e que a gente vá conversar com as pessoas, vá entender o que está acontecendo. As Mães de Maio, deputado, só existem porque essas mulheres se uniram no pior momento das suas vidas; elas se uniram para falar que não iam deixar que matassem mais uma vez a família inteira. Sabe por quê?

Quando morre um policial, deputada, morre a família inteira. Quando morre um jovem negro, morre uma família inteira. Policiais esses, gente, que são negros. É homem negro morrendo, tanto os que estão do lado da Justiça, fazendo a Segurança Pública, quanto quem está do outro lado, quem está na ponta, quem está na favela: nós morremos todos os dias.

Nós lutamos nesta Casa, no começo do mandato, nós lutamos muito no primeiro semestre, inclusive para que tivesse uma humanização, um reajuste salarial de fato que atendesse todas as categorias dos policiais, mas que também houvesse um trabalho de formação, para a Polícia, de direitos humanos. Que de fato esses policiais entendessem que a segurança pública é para assegurar nossas vidas, é para nos proteger, é para que os policiais também se sintam protegidos.

E nós vimos aqui uma dura luta que nós enfrentamos, dura luta que quando nós colocamos que era necessário que esta Casa olhasse para todas as categorias e que desse um reajuste legal para todos, para que conseguissem sobreviver, na outra ponta nós fomos apontados o tempo inteiro como se nós quiséssemos fazer o trabalho da bancada da bala.

Nós queremos a humanização para que nós não sejamos as próximas vítimas. Eu sou mãe de quatro filhos que não pude deixar meu filho brincar na viela. Eu sou aquela que várias vezes eu estava voltando do meu trabalho e que tinha alguma ação na comunidade, eu sentia medo. Eu queria, de fato, viver numa sociedade onde nós nos sentíssemos seguros, protegidos. Nós não nos sentimos protegidos.

O movimento Mães de Maio só existe porque essas mulheres, todos os dias, a cada 23 minutos um jovem negro morre neste país. Nós estamos falando desse lugar. Eu não quero que amanhã meu filho seja a próxima vítima.

Eu não quero mais ter que ter medo, quando minha filha vai para a escola, que ela não volte mais porque ela pode ser a cara ou aquela pessoa que é suspeita, gente. Eu estou falando de humanização, eu estou pedindo respeito, respeito. Vocês estão matando a população preta, gente, matando a gente. Ou nós estamos do lado do Estado, como policiais, ou nós estamos do outro lado, que é ameaça iminente no Estado.

A população negra era mais de 70% do nosso país. Hoje nós somos 56 por cento. Estão nos matando todos os dias, e antes que venham as falácias, assim como já ouvi várias vezes que o PSOL, que o PT defende bandido, eu estou colocando aqui que nós queremos a morte dos policiais?

Eu quero que vocês entendam o seguinte: nós queremos que haja direitos humanos, que nós sejamos realmente protegidos, que haja uma formação, que todos os policiais se sintam protegidos também com direitos. Que a periferia, que os jovens negros consigam viver. Nós queremos viver, gente.

É só olhar para esta Casa onde ainda há pessoas que consigam falar de racismo reverso. Quando uma pessoa branca não pode ocupar esses espaços? É estranho para a sociedade quando a gente vê uma pessoa preta sendo deputada, uma mulher preta sendo deputada. É estranho quando vê homem preto sendo deputado. É estranho quando a gente vê a população preta ocupando espaços.

Sabe por quê? Na estatística nós não éramos nem sequer para estarmos vivos. Nós estamos, e eu posso falar aqui com todas as palavras: o secretário de Segurança Pública, o Derrite, está fazendo ação junto com o governador do Estado, não é uma ação escudo, é uma ação extermínio, gente. O povo está morrendo, estão matando nossos filhos, estão matando a periferia.

E esses mesmos policiais, quando vão com as armas, quando eles voltam para sua comunidade, porque nenhum vive num centro, não, protegido. A grande maioria tem que pegar um trem, pegar um metrô, pegar um transporte público, voltar para a comunidade, porque o próprio Estado, que dá esse poder, é o próprio Estado que não assegura o direito de ninguém.

Então, é necessário...

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Deputada, para concluir...

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Sim, que se pare, e que esse toma lá, dá cá, que a segurança pública não seja justiceira, mas que faça segurança de verdade, que a gente se sinta protegido, que todos se sintam protegidos. É necessário acabar com essa operação, porque ela voltou novamente. Ela tinha acabado; novamente ela voltou, porque mais um policial morreu. Voltou a operação.

É necessário que quem deva, cumpra. É necessário que pegue os responsáveis, mas não que condenem uma comunidade inteira. É esse meu repúdio hoje. É necessário, sim, que esta Casa - já vou terminar, Sr. Presidente - inclusive o Derrite, o secretário, vai estar aqui amanhã...

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Deputada, para concluir, senão não vai dar tempo para os demais oradores usarem...

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Já estou concluindo, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Por gentileza.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Então é necessário, e fiz vários requerimentos pedindo que o secretário Derrite viesse a esta Casa. Que bom que amanhã ele vai estar e que bom que amanhã ele vai poder esclarecer muitas coisas, inclusive sobre a Operação Escudo, que está acontecendo na Baixada Santista.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Obrigado, deputada. Dando sequência aos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Valdomiro Lopes. 

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Sr. Presidente, posso fazer uma comunicação enquanto ele se dirige? 

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - É regimental. Sim, uma breve comunicação. 

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, olha, com todo o respeito à nobre colega deputada, falar que falta humanização na polícia, está cheio de policiais negros, homens negros, mulheres negras, que moram em periferia, que moram em comunidades, que são pessoas de bem, que saem nas ruas todos os dias para proteger e resguardar a gente.

A senhora não pode dizer aqui que a polícia é desumana, que a polícia não cuida da população. Eles são formados, qualificados, vocacionados para cuidar da gente.

A Operação Escudo tem números importantíssimos de combate à criminalidade. Eu não vi a senhora se posicionando ali, em momento algum, para combater o crime organizado que mata pessoas, homens, mulheres, brancos, negros, pobres, ricos. É o crime que causa isso, não é a polícia.

A polícia está protegendo e guardando as pessoas de bem. A polícia está indo todos os dias para as ruas para proteger a gente. Eu não vou aceitar que fale assim da polícia, jamais. Defendo a polícia, defendo as Forças de Segurança.

Quero ver, cada vez mais, o crime sendo combatido, criminoso na cadeia e quero sim ver o jovem, seja ele de periferia ou não, a menina, seja de periferia ou não, tendo oportunidades de não ir para o crime, tendo a oportunidade de estudar, de ter uma profissão, de alavancar na vida.

Agora, eu não vou jamais aceitar, deputada, que se fale que policial está agindo de maneira desumana. Parabéns à Polícia Militar do estado de São Paulo pelo brilhante trabalho que faz todos os dias.

E aqueles que não estiverem fazendo um trabalho adequado, que sejam devidamente penalizados, que aqui a gente não passa pano na cabeça de ninguém também não.

Sr. Presidente, só para finalizar, quero aqui agradecer, estive esse final de semana em Presidente Prudente, quero agradecer às pessoas que me receberam naquela região tão quente do estado de São Paulo, ao pessoal de Osvaldo Cruz, Lucélia, Parapuã, Inúbia Paulista, que estiveram conosco para nos apoiar, nós que já enviamos, para a Alta Paulista, um milhão e meio de recursos para diversos investimentos, inclusive Segurança Pública e Educação.

Muito obrigada, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Obrigado, deputada. Com o uso da palavra, deputado Valdomiro Lopes, pelo tempo remanescente, deputado, infelizmente. 

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, deputadas, deputados, nossos queridos telespectadores da TV Alesp.

Eu vim aqui falar sobre um tema interessante, mas polêmico, muito polêmico, porque estou vendo aqui, no peito da nossa querida deputada, do lado direito, tinha que pôr do lado esquerdo, escrito: “não”. Eu não sei o que é esse “não” aí, mas espero... (Vozes fora do microfone.)

“Não ao assédio”. Vamos ampliar esse “não”, para falar: “não ao assédio e não às drogas”. Não às drogas.

Eu quero pedir aqui para colocar um vídeo que eu coloquei nas nossas redes sociais, lá do Senado, onde estão propondo uma PEC para penalizar os que usam drogas. Virou uma epidemia aqui no nosso estado de São Paulo e nas nossas cidades. Por favor.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Não é simples aprovar uma PEC como essa, eu sei, mas ela é fundamental. Ela é fundamental, e se discute hoje até o uso de algumas drogas, como é o caso da cannabis, para uso medicinal. Isso é uma coisa. Eu, como médico, digo que também sou a favor disso. A cannabis medicinal é importante no tratamento de muitas doenças.

Mas o uso das drogas de forma indiscriminada precisa ser criminalizado. Precisa, porque senão nós não vamos ter um controle dessa grande máquina destruidora das famílias, dessa grande máquina do crime em São Paulo e no Brasil.

É uma pena que o meu tempo já terminou, Sr. Presidente, mas na próxima oportunidade quero continuar tocando nesse assunto.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Deputado.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Presidente, havendo acordo de lideranças, vou pedir a V. Exa. que suspenda a sessão até as 16 horas e 30 minutos, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Mediante acordo de lideranças, está encerrada a fala do orador e suspensa a sessão até 16 horas e 30 minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 01 minuto, a sessão é reaberta às 16 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlos Cezar.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 38ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 27/09/2023.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem, pela ordem, o deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Só para estar encaminhando a emenda de plenário. Para deixar registrado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Há sobre a Mesa requerimento da nobre deputada Márcia Lia, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação, com a finalidade de participar de reunião com ministérios do governo federal, a realizar-se nos dias dois e três de outubro do corrente ano, em Brasília, com despesas custeadas via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, estamos chegando ao final, a Comissão de Finanças e Orçamento, das audiências públicas para discutir o Orçamento de 2024.

Eu queria convidar e anunciar que as últimas três audiências públicas vão ser nesse final de semana. Na quinta-feira, às 10 horas da manhã, na Câmara Municipal de Jacareí, e à tarde, às 18 horas, na Câmara Municipal de Taboão da Serra.

E encerrando, sob a presidência do nosso presidente Gilmaci Santos, na sexta-feira, aqui na Assembleia Legislativa, a audiência pública às 14 horas, para discutirmos o Orçamento de 2024.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Perfeito, deputado Enio Tatto. Então, quinta-feira em Jacareí e Taboão da Serra e encerra na Assembleia Legislativa.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 34 minutos.

 

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