1 DE JUNHO DE 2023

52ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: PAULO FIORILO, DIRCEU DALBEN, REIS e DONATO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - PAULO FIORILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - DIRCEU DALBEN

Assume a Presidência.  Endossa o pronunciamento do deputado Reis.

        

4 - PAULO FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - REIS

Assume a Presidência.

        

7 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - DONATO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - TOMÉ ABDUCH

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - DONATO

Assume a Presidência.

        

11 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - REIS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

15 - CONTE LOPES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - CONTE LOPES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - CONTE LOPES

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

20 - PRESIDENTE DONATO

Defere o pedido. Rebate o pronunciamento do deputado Conte Lopes. Endossa o discurso do deputado Eduardo Suplicy. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 02/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Paulo Fiorilo.

 

* * *

                                                                             

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.

Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente. Damos início agora ao Pequeno Expediente.

Com a palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)

Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Reis.

Tem o deputado Reis o tempo regimental do Pequeno Expediente.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o deputado líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, deputado Paulo Fiorilo; cumprimentar todos os funcionários dessa Casa, os integrantes da Polícia Militar, os integrantes da Polícia Técnico-Científica, os integrantes da Polícia Penal e os integrantes da Polícia Civil, também cumprimentar os funcionários e aqueles e aquelas que nos acompanham em suas residências pela Rede Alesp.

Sr. Presidente, hoje é o Dia da Imprensa, e quero lembrar dos principais trabalhadores que fazem a imprensa, que são os jornalistas. Então, saudar todos os jornalistas e todas as jornalistas.

É oportuno homenagearmos os jornalistas da Casa, também aqui, presidente, os jornalistas que trabalham aqui na Rede Alesp, aqueles que cuidam das redes sociais, muito competentes.

Eu fico observando a participação através das redes sociais e eu vejo o trabalho dos jornalistas, dos profissionais de comunicação daqui da Alesp, bastante competentes. Então, meus parabéns também a todos eles e a todas elas.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Dirceu Dalben.

 

* * *

 

E a maior homenagem vai para a jornalista Delis Ortiz, que foi covardemente agredida quando fazia cobertura da visita de Nicolás Maduro no Brasil, um absurdo. Nós passamos aí brigando contra o governo anterior porque ele agredia jornalistas.

Agora vem a comitiva do Sr. Maduro agredir jornalistas aqui no Brasil. Nós não podemos aceitar. Então, também eu quero deixar aqui o nosso repúdio, o nosso repúdio a essa injusta, covarde agressão que a jornalista Delis Ortiz foi vítima.

Os jornalistas foram agredidos por seguranças do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e por agentes a serviço do gabinete de segurança institucional. Isso aí precisa ser apurado.

Nós vamos mandar ofício para a Presidência da República requerendo a apuração dessas agressões em pleno Itamaraty. Agredir qualquer pessoa é um ato lamentável, agredir jornalista é pior ainda e agredir uma mulher é algo que não podemos admitir de forma alguma.

Embora as autoridades brasileiras já tenham se desculpado, eu quero repudiar essas atitudes lamentáveis, condenar qualquer ato de violência e condenar mais ainda qualquer ato, qualquer movimentação de seguranças, de agentes de segurança, de qualquer pessoa que vise a cercear a atividade jornalística.

Obviamente que os jornalistas acompanham as autoridades, muitas vezes, para colher informações, para reproduzir essas informações, para fazer com que essas informações cheguem à população. Então, é de suma importância que se respeitem os jornalistas.

Não dá para admitir, qualquer que seja o governo, qualquer que seja a autoridade, de qualquer lugar do mundo, que se agrida jornalista, jornalista mulher pior ainda. Não se pode agredir ninguém e não se pode agredir as mulheres, não se pode agredir a jornalista, que estava ali, no exercício de sua função.

Eu tinha que falar isso aqui. Eu tenho vários assuntos para falar. O tempo é muito curto, mas essa questão, ontem eu não tive como vir aqui falar por conta do secretário de Assuntos Penitenciários, que estava aqui, na Comissão de Segurança Pública, não pude participar do Pequeno Expediente, mas eu fiz questão de vir hoje aqui falar, repudiar essa atuação do segurança, seja lá do GSI, seja segurança do Sr. Maduro. Repudiar, não aceitar de forma alguma que se cometa agressão contra jornalista.

A minha solidariedade à jornalista Delis Ortiz, que foi vítima dessa injusta agressão. Parabéns a todos os jornalistas, parabéns por esse Dia da Imprensa.

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Seguindo a lista de oradores inscritos, convido para usar a tribuna a deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.)

Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo.

Enquanto o deputado se dirige à tribuna, quero também parabenizar a imprensa e fazer minhas as palavras do deputado Reis com relação ao ocorrido com a jornalista Delis Ortiz.

Com a palavra o orador. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, público presente, aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, quero também ser solidário à jornalista Delis Ortiz, assim como foi o deputado Reis, como foi o senhor, neste momento, até porque nós não podemos permitir nenhum tipo de agressão a jornalistas, em nenhum momento, em nenhum lugar.

Eu quero aproveitar, Sr. Presidente, para retomar um debate importante. Aliás, o deputado Eduardo Suplicy já o fez esta semana, lendo uma carta para a ministra Cármen Lúcia sobre a questão de uma ADI, ação de inconstitucionalidade, promovida pelo PT com relação à lei estadual que possibilitou a venda das terras devolutas do estado de São Paulo.

Então eu vou pedir para passar primeiro o vídeo, depois a gente entra no debate, necessariamente. 

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Sr. Presidente, essa é uma matéria veiculada pelo SBT. Eu queria, já para a gente entrar no Power Point... O governo Tarcísio e Rodrigo aprovaram o projeto de lei, depois transformado na Lei nº 17.557.

Essa lei revogou a lei estadual de 1985, feita pelo Franco Montoro, que eu tenho certeza de que o deputado Suplicy conheceu de perto. E imagine o que está acontecendo com o Franco Montoro hoje.

Porque o governo do PSDB acabou com várias políticas que foram implementadas naquela época. Franco Montoro nem era do PSDB, mas depois foi para o PSDB. Que permitiu, ao longo de décadas, a implantação de 140 assentamentos estaduais, distribuídos em 40 municípios, em uma área de 153 mil 539 hectares, onde residem e trabalham mais de 7 mil famílias.

Ao invés das terras devolutas serem destinadas para os agricultores familiares produzirem alimentos, elas serão entregues aos próprios fazendeiros possuidores das terras griladas. Aqui é o pulo do gato. Porque a gente está acompanhando esse debate de ocupar área. Agora a gente tem os fazendeiros que invadiram áreas de terras devolutas.

Próximo. Dez áreas, já em processo de alienação, em valores muito inferiores àqueles avaliados pelo Instituto de Economia Agrícola, o IEA. Quem compra lá, são os fazendeiros. Como eu disse, lá os preços são 90% abaixo do que foi estimado.

Além do preço estar errado, os preços de mercado são cinco vezes maiores, se você comprar e pagar à vista, ainda mais 10 por cento. É uma antirreforma agrária, com o Estado quase doando terras públicas para os latifundiários.

Vamos passar o último slide. Aqui está a lista das fazendas e os municípios que já tiveram as suas terras compradas pelos fazendeiros. O Estado deveria arrecadar mais de 64 milhões. Arrecadou 14,1. Considerando que as terras podem estar subvalorizadas cinco vezes, esse valor seria muito maior.

O pior é que a gente viu no vídeo o representante do Estado, do Itesp, dizer que é preciso que se acelere a venda. Não há nenhum argumento para isso. Ao contrário. A gente espera, inclusive com a iniciativa do deputado Suplicy, que toda a bancada assinou, que a ministra Carmen Lúcia retome o julgamento, para que a gente impeça que essa barbaridade, esse escândalo, continue acontecendo.

E o argumento de que “ah, o Estado precisa de recurso” é inadmissível. No final de abril, o caixa do governo era de 54 bilhões. Portanto, abrir mão de uma política importante, para facilitar a entrega dessas terras, para os grandes fazendeiros, é um crime.

Termino, Sr. Presidente, dizendo, que, para além de ser um crime, é um escândalo. E é preciso que se apurem as relações de quem está comprando com o estado, até porque isso já ficou patente em matérias publicadas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Muito bem. Dando sequência à lista de oradores inscritos, deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.)

Dando sequência à Lista Suplementar, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. Convido o deputado Paulo Fiorilo, se ele pode assumir a Presidência. Deputado Donato, o senhor poderia assumir a Presidência para que este deputado possa participar de uma reunião?

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, na próxima segunda-feira, realizarei aqui na Assembleia a criação da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo.

Por que é importante esse debate das regiões metropolitanas do estado de São Paulo? Nós acabamos de receber a LDO, nobre deputado Suplicy, e nas diretrizes para a LDO, o governo não inclui as regiões metropolitanas e os aglomerados urbanos como uma referência do desenvolvimento do Estado. O governo continua aplicando ou tendo como referência apenas as regiões administrativas do Estado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

* * *

 

Aqui no estado de São Paulo, já foram criadas, estruturadas algumas regiões metropolitanas, como a Região Metropolitana de São Paulo, do Vale do Paraíba, do Litoral Norte, de Ribeirão Preto, de Campinas, da Baixada Santista, de Piracicaba, de Sorocaba, de Jundiaí e de São José do Rio Preto. Representa, mais ou menos, Donato, em torno de 40 milhões de pessoas que estão englobadas nas regiões metropolitanas do estado de São Paulo.

Qual o problema? Você cria uma lei aqui, aprovando uma região metropolitana, mas fica só o desenho no mapa. Você não pensa um projeto de integração e desenvolvimento do Estado, tendo as regiões metropolitanas como uma referência.

E quando a gente pensa em Transporte, Segurança, Mobilidade, resíduos sólidos, Meio Ambiente, citando aqui apenas algumas das ações que podem ser desenvolvidas no estado de São Paulo...

Nessas ações, muitas vezes, a solução tem que ser feita de forma compartilhada, de fato a partir das cidades das regiões metropolitanas. E elas são diferentes - cada região metropolitana que eu acabei de falar -, tem diferenças entre elas.

Mas tem regiões metropolitanas onde até agora não foi montado ainda o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano. Como é que você pensa o desenvolvimento do estado... Tem na Constituição o desenvolvimento metropolitano, a estruturação desse fundo, e até agora esse fundo não foi regulamentado.

Tem muitas regiões metropolitanas em que até agora a gente não vê efetivamente o funcionamento, mesmo, dessas regiões. Não se estruturou um parlamento regional; as prefeituras das cidades ainda não têm um mecanismo ou espaço de diálogo entre os municípios. Não tem, pensadas ainda, as ações integradas.

Então, essa frente, que nós estamos propondo para segunda-feira agora e vai ser às 11 horas, aqui na Assembleia Legislativa, no auditório Franco Montoro, é para fazer um pouco essa reflexão.

Não dá para você simplesmente pensar um modelo de desenvolvimento de região metropolitana sem criar condição de fato para que aquelas regiões sejam desenvolvidas.

Vou dar só um exemplo. Não dá para levar isso em consideração, mas vamos pensar em quando se montou a Comunidade Europeia. Você tinha países que eram altamente desenvolvidos, países médios desenvolvidos e países que ainda estavam se estruturando.

Eu me lembro de Portugal e mesmo da Irlanda do Norte: quando se estruturou a Comunidade Europeia, você tinha um projeto de desenvolvimento de todos os países da Comunidade Europeia numa perspectiva de você criar um mecanismo de desenvolver a totalidade dos países.

Aqui, nas regiões metropolitanas criadas, você tem cidades-polo como Santos, tem a própria Campinas, tem a cidade de São José dos Campos, tem Sorocaba. Tem regiões metropolitanas no entorno, tem cidades-polo, mas a ideia de uma região metropolitana é, a partir da cidade-polo, fazer o desenvolvimento regional, não retirar recursos, inclusive daqueles pequenos municípios que já têm pouco recurso.

Então nós faremos um diálogo com os diversos prefeitos do estado de São Paulo que querem ver a sua cidade se desenvolver, querem ver a sua cidade crescer, querem ver o Governo do Estado pensar em uma política industrial levando em consideração essas regiões metropolitanas, querem ver a melhoria da Saúde do nosso Estado a partir das regiões metropolitanas que foram criadas.

Então, como iniciou, reestruturou algumas e elas não funcionam efetivamente, a nossa ideia é fazer essa discussão na segunda-feira. Então estamos convidando prefeitos, vereadores e a população que nos acompanha em diversas regiões do estado de São Paulo para participar dessa frente parlamentar a partir da segunda-feira.

Vou aproveitar, Sr. Presidente, para dizer que ontem tivemos uma audiência pública com os alunos de medicina, enfermagem e fisioterapia da Santa Casa. Eles entraram com um pedido de afastamento do curador da Fundação, que hoje é o Tonico Ramos, que já foi inclusive presidente desta Casa.

Nós discutimos, no dia de ontem, nessa audiência pública, como tem uma proposta inclusive de fechar o curso de fisioterapia, reduzir o curso de medicina, acabar com o curso de fisioterapia.

Nós já temos hoje poucos profissionais da área da Saúde no estado de São Paulo, e a fundação hoje que atua ali em relação às Santas Casas, na Santa Cecília... Você sabe que a Santa Casa tem um papel muito importante para a formação da área de medicina.

Então discutimos inclusive tentar começar a coletar, a partir de hoje, assinaturas para fazer uma CPI para que efetivamente o recurso colocado lá possa ser  aplicado corretamente, seja a partir de bolsas de estudo para trabalhadores de baixa renda, mas principalmente para garantir que esses cursos da área de fato possam funcionar no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de oradores do Pequeno Expediente, o próximo orador é o deputado Eduardo Suplicy. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Paulo Reis, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ontem houve um acontecimento muito especial aqui na Assembleia Legislativa, pois, por iniciativa do deputado Caio França, por mim inteiramente apoiada, foi relançada a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial.

Caio França é o coordenador dessa frente parlamentar, e eu fui convidado e aceitei ser o vice-coordenador. Quero dizer que no ano passado eu conheci a Cidinha e o Fábio Carvalho, pais de uma moça, a Clárian. Eu fui até a casa deles e pude conhecer o cultivo de Cannabis, ou maconha, que eles desenvolvem com autorização judicial para sua filha e para os associados da Cultive, Associação de Cannabis e Saúde.

 Clárian tem uma doença rara chamada de síndrome de Dravet, que se manifesta através da epilepsia severa com risco de morte súbita. Antes de a Cannabis ressurgir como remédio, muitas crianças com a síndrome de Dravet não chegaram à adolescência. O uso da Cannabis mudou a vida de Clárian e de muitas outras crianças. A Cannabis fez o que nenhum outro medicamento fez em sua vida e a fez se conectar com a vida.

Cidinha se tornou ativista pelo acesso com igualdade à Cannabis terapêutica no Brasil, na perspectiva feminista e antiproibicionista. Foi a primeira mãe de São Paulo a conseguir o salvo-conduto para cultivar a maconha em sua própria casa, e extrair o óleo para sua filha, sendo a primeira colheita do Brasil com a anuência da Justiça.

Eu pude ver como é que a Clárian, agora uma moça de mais de 20 anos, como ela se dá tão bem com os seus pais, com amigos - eu me tornei amigo da Clárian -, e a forma como tem sido desenvolvida. E parabéns pelo amor que o Fábio e a Cidinha devotam à sua querida filha.

Eu tenho participado de diversos congressos brasileiros sobre Cannabis medicinal. Tomar conhecimento sobre os benefícios que ela pode trazer para a vida de milhares de pessoas, principalmente aquelas que sofrem com epilepsia refratária, Alzheimer, Parkinson, Síndrome de Dravet, autismo, esclerose múltipla, dores crônicas, transtornos de ansiedade, entre outras enfermidades.

No entanto, o acesso ao óleo ainda é restrito para as pessoas socialmente mais vulneráveis, por conta do alto custo. É preciso garantir políticas públicas para que todos que precisem possam ter acesso ao tratamento e ao óleo da Cannabis de forma segura e gratuita.

Hoje temos um importante Projeto nº 89, de 2023, do senador Paulo Paim, que prevê a instituição da política nacional de fornecimento gratuito de medicamentos formulados à base de canabidiol, CBDs, mas também inclui a associação com outros canabinoides, para o tetrahidrocanabinol, THC, para dores crônicas, epilepsia, entre outros, bem como os projetos do deputado Paulo Teixeira, 399, de 2015, e 10.549, do atual ministro Paulo Teixeira, que regulamento usa terapêutica da Cannabis. O PL também dispõe sobre o autocultivo, o cultivo por meio de cooperativas, descriminaliza às pessoas usuárias.

Há duas semanas, eu tive a oportunidade de dialogar com um dos coordenadores do MST, João Pedro Stédile, sobre a importância do movimento se conectar também ao cultivo da Cannabis, através da agricultura familiar, e o MST já é um grande produtor de alimentos, que pode ser também um produtor dessa importante planta medicinal.

Além de ser fundamental debatermos a agricultura familiar, é possível estimular formas de economia solidária de cooperativas, pois, além do óleo, o cânhamo é um importante produto da maconha, que pode ser industrializado.

Também podemos falar sobre a possibilidade de empregabilidade de pessoas egressas do sistema prisional. São esses os temas que, com o deputado Caio França, pretendemos nos debruçar nos encontros dessa Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Bem, seguindo a lista, o próximo orador, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, todos que nos acompanham aqui nas galerias, aqueles que nos acompanham pelas redes sociais da Alesp, pela TV Alesp. Sr. Presidente, eu queria comentar hoje, e lamentar o que aconteceu ontem na Comissão de Transportes e Comunicação desta Casa.

Todos sabem a situação da ViaMobilidade em São Paulo, o péssimo serviço prestado por essa concessionária que administra as linhas 8 e 9 da CPTM já há mais de um ano, um ano e alguns meses já, e a Linha 5 do Metrô, que vai do Capão Redondo, que o senhor conhece bem, até a estação Klabin.

E a gente vê o sofrimento da população todos os dias. Nós, que somos daquela região, deputado Reis, sabemos do sofrimento da população, mas não precisa ser daquela região, porque é só assistir o Bom Dia São Paulo, já é uma pauta fixa alguém na estação de trem para mostrar os atrasos e mostrar a incapacidade dessa concessionária de gerir o transporte sobre trilhos em São Paulo.

Ela entrou como concessionária para melhorar o serviço, esse era o discurso, e até agora a prática tem sido, infelizmente, de piora dos serviços. Os números estão aí, o número de reclamações, de falhas, aumentou enormemente depois que ela assumiu.

E nós, como uma das primeiras ações na Comissão de Transportes, convidamos o secretário de transportes metropolitanos, secretário Assalve, o secretário de parcerias de investimentos, se não me engano o nome é Benini, que cuida das concessões, convidamos o Ministério Público e convidamos a ViaMobilidade.

Pois bem, estava agendado para ontem a vinda dessas quatro representantes. Não vieram, não compareceu o secretário Assalve, não compareceu o secretário Benini e nem a ViaMobilidade. Curiosamente, os três mandaram e-mails padrão: “Por compromissos anteriormente assumidos, enfim, estamos à disposição, mas não podemos vir”.

É uma reunião que foi marcada há quase um mês. Se ele não pudesse vir, que mandasse o adjunto, mandasse um executivo da pasta, a gente se daria por satisfeito desde que eles pudessem explicar as ações do governo em relação à ViaMobilidade.

O fato é que não vieram, mostrando um total desapreço por esta Casa, pela Comissão de Transportes, e quem veio foi o representante do Ministério Público, a quem eu quero agradecer muito aqui, Dr. Luiz Ambra Neto, que é do Ministério Público do Consumidor e que, junto com o Dr. Silvio Marques, que é do Ministério Público do Patrimônio Público, estão acompanhando e pressionando a ViaMobilidade a prestar serviços.

A Via Mobilidade tem muito o que explicar. Deputado Reis, deputado Suplicy, dia 30 de maio, anteontem, sabe quantos trens, segundo o contrato, a ViaMobilidade tinha que ter colocado? Trens novos, e é por isso que foi feita a concessão: 13 trens. Sabe quantos trens novos tem? Um, que não está em operação, está em testes.

O principal investimento dessa concessão é a troca dos trens, é metade do investimento de três bilhões que eles têm que fazer, metade é a troca de trens, e eles simplesmente não estão respeitando o calendário de troca de trens.

Aliás, dia 30 eles tinham que ter devolvido dois trens para a CPTM, porque eles estão operando com os trens da CPTM, mas, como não tem novos trens, eles não devolveram os trens da CPTM e continuam com esse péssimo serviço.

A lógica de uma concessão, e aqui eu quero ser transparente, para mim, não é um debate ideológico, é evidente que você pode ter concessões, mas a lógica de uma concessão é num contrato longo, no caso é um contrato de 30 anos, você antecipar um investimento do privado para melhorar um serviço público. Essa é a lógica. E diluir o retorno em 30 anos.

Portanto, a lógica da concessão era investimento rápido, e isso não acontece. E, aliás, tem sido a prática das concessões no Brasil, porque o concessionário fala que vai adiantar os recursos, mas não adianta.

Primeiro ele quer se capitalizar com a própria receita da concessão para, depois, entrar com os recursos. Isso quando entra com os investimentos, quando não pede reequilíbrio econômico, quando não pede outras formas de se valer do seu poder junto ao estado de prestar um serviço público.

Então eu queria lamentar. Nós refizemos o convite aos dois secretários por apelo da base, porque o certo era convocá-los, já que eles se negaram a vir convidados. Acertamos que nós vamos convocar a ViaMobilidade, porque não dá para ter uma concessionária com um contrato de bilhões de reais prestando esse péssimo serviço público, e a Assembleia Legislativa ficar inerte esperando que o Ministério Público resolva.

O papel de controle externo é do Ministério Público, de fiscalização, mas também é nosso, e a gente tem que exercê-lo. Espero que a base governista e o próprio governo não obstaculizem essa atribuição, que é nossa, e a gente faz aqui, em nome dos nossos eleitores, que nos cobram todos os dias: “o que você está fazendo em relação aos péssimos serviços da ViaMobilidade?”.

Estamos procurando fazer nosso trabalho. Infelizmente, o governo tem sido insensível; um governo que fala de diálogo, mas com esta Casa o diálogo é zero.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputado Donato.  Seguindo aqui a lista de oradores, deputado Tomé Abduch.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Donato.

 

* * *

 

O SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Hoje é um dia muito triste. Muitos de vocês devem ter acompanhado a violência que nós tivemos a dois policiais militares na zona leste de São Paulo.

Eu gostaria de poder passar para vocês uma breve apresentação para poder ilustrar esse momento que nós vivemos hoje com o desrespeito, com a falta de carinho e com a desmoralização que muitos fazem desses importantes homens e mulheres que defendem a nação Brasil.

Aqui eu mostro para vocês o número de mortes de policiais ao longo dos anos em nosso País. Em 2009, nós tivemos 264 mortes de policiais; caminhando um pouquinho, chegamos a ter 408 mortes no ano de 2013, que continuou nessa mesma média; chegando em 2016 há 453 mortes; e a partir de 2018, nós vimos essas mortes começarem a diminuir.

Ao mesmo tempo, nós vemos o número de homicídios, que em 2009 eram de 44 mil homicídios; foi crescendo ao longo dos anos de 2010, de 2011, de 2012, chegando no ano de 2017 a 59 mil pessoas mortas por homicídio em nosso País.

Esses números são extremamente alarmantes, esses números representam um país que praticamente se encontra em guerra, morrem mais pessoas em nosso país do que na grande maioria dos países que estão em guerra.

São essas mulheres e esses homens corajosos, que saem de casa todos os dias para nos defender, que acabam sendo mortos e não podem mais voltar para suas casas por uma série de fatores. Pode passar, por favor. Queria mostrar para vocês algumas violências que acontecem contra os nossos policiais.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Essa é uma ação leve que eu queria poder dividir com vocês, em que nós vemos que as pessoas perderam o respeito pelo Estado. Eu não digo pelos policiais, eu digo pelo Estado, que é representado por nós, parlamentares, que é representado pelas pessoas que trabalham nesta Casa e que também é representado por nossos policiais.

O nosso Estado parece que perdeu o valor perante o respeito da nossa sociedade e por uma série de fatores: por conta de uma mídia que coloca sempre o policial como criminoso, por conta de muitos parlamentares que tiram o valor real dos nossos policiais e que, de maneira ideológica, colocam muitas vezes a ideologia e a forma de enxergar o mundo acima do respeito pelas pessoas que defendem a nossa lei.

Hoje, pela manhã - vou mostrar aqui para vocês -, tivemos essa violência. Peço que, por favor, vocês assistam com bastante atenção. Essa é uma ocorrência que aconteceu na zona leste de São Paulo.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

           

* * *

 

Vejam que duas pessoas estão sendo abordadas. Nenhum tipo de violência. Pessoas que já tinham passagem pela polícia e que estavam a ponto de serem presas. Vejam isso. Acabou de tomar um tiro na cara. E o outro acabou de tomar um tiro na perna. Felizmente, nenhum dos dois policiais veio a óbito, mas isso é uma agressão, é um desrespeito.

Sabem por que isso acontece? Porque nossos policiais estão sendo inibidos na maneira de abordarem as pessoas. Os nossos policiais têm medo, por conta do que a grande mídia vai falar quando eles estão cumprindo a lei, que é uma abordagem normal.

Os nossos policiais são agredidos, muitas vezes, quando vão prender alguém, pelas suas famílias, com tapas, socos, pontapés, como se isso fosse uma coisa normal e natural. Isso não é uma coisa natural.

Em outros países, em países onde a lei, representada pelo estado na figura do policial, tem nesses homens o verdadeiro respeito, uma pessoa não pode bater em um policial, uma pessoa não pode agredir um policial verbalmente, uma pessoa não pode chutar um policial. Isso está se tornando uma coisa normal em nosso país, uma coisa de que ninguém mais fala.

Os nossos policiais abordam as pessoas não pela cor da sua pele; abordam as pessoas quando entendem que pode haver um trejeito de um bandido estar andando nas ruas. Os nossos bandidos andam com um certo estilo, aquelas mãos para trás, aquele jeito.

É passível de que a gente possa identificá-los com muita facilidade. Quando um policial experiente que está nas ruas aborda uma pessoa, é para poder defender a nossa sociedade. E a grande maioria das pessoas coloca o policial, hoje, como se fosse um criminoso.

Os policiais são os nossos heróis, são o orgulho da Nação Brasileira. São as pessoas que saem de casa com salários baixos e que muitas vezes não podem voltar para suas casas usando as suas fardas, que são secas atrás de uma geladeira velha.  São abandonados em vida e em morte pelo estado.

Não podemos mais admitir esse tipo de situação. Os policiais devem voltar a ser a lei do país. As pessoas não podem chegar e xingar um policial, chutar um policial, como se tudo isso fosse normal.

E muitos de nós, parlamentares, nos calamos frente a esses momentos. Não é possível um país onde tenhamos 500 policiais mortos em um ano. E a inversão de valores leva sempre à culpa ser da ação da polícia, e não dos criminosos.

Eu faço um convite aos senhores, que, muitas vezes, como alguns parlamentares desta Casa, têm os policiais não como amigos da sociedade, mas como opressores da sociedade.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - O senhor pode concluir?

 

O SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Posso. Eu faço um convite para que os senhores subam, em uma noite, em uma operação policial e entrem em uma comunidade e vão atrás de bandidos, para os senhores sentirem o que é a vida desses homens e mulheres que lutam tanto por nós e que são abandonados.

Espero que esta Casa possa ter a responsabilidade de poder valorizar e respeitar as nossas polícias.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - O próximo orador é o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, só acompanhando aqui o deputado Reis dando uma aula de abordagem para o deputado Tomé, que acabou de apresentar um vídeo que eu ia apresentar também. Deputado Reis, o que está acontecendo é simples. Inventaram uma câmera, deputado Reis, que colocaram no peito do policial como um meio de punição.

Eu sei que é uma tecnologia e há gente falando: “O cara é veterano, já é velho”. Não, é uma tecnologia, só que isso aí foi criado, nobre deputado Suplicy, para o policial não agir.

Essa é a grande verdade, Reis e Tomé, que falam aqui ao meu lado. Essa câmera que colocaram, que o Doria colocou no peito dos policias, foi para o policial ficar intimidado e não agir. Pode ver que naquela abordagem...

Quando a gente vai abordar alguém - e a gente tem 50 anos de polícia a mais - você vai abordar porque você acha que o cara é ladrão. Se você acha que o cara é o padre, se você acha que o cara é o deputado Conte Lopes, o senador Suplicy, você não vai abordar.

Você vai abordar por suspeição num caso típico, mas veja, deputado Reis, que dá aula aqui para o deputado Tomé sobre abordagem, que o policial nem aponta a arma para os bandidos, o policial nem manda o bandido ficar de... Eu abordei bandido a vida inteira e abordei gente de bem.

Quantas pessoas nós salvamos que estavam num carro suspeito? Uma mulher no meio de quatro homens que a estavam levando para determinado local para ser sequestrada, para ser estuprada, sendo sequestrada.

Agora, é lógico, não é só a mão para trás como dizia o deputado Tomé. O bandido não tem cara de marciano; esse é o pequeno problema nosso. O bandido tem cara de todo mundo.

Os dois últimos que morreram em tiroteio comigo, por exemplo, eu já era deputado... Esfaquearam a menininha de 75 dias, igual ao meu neto está falando aqui. Tiraram o intestino da criança e furaram o peito da menina, da família Eroles, de Mogi das Cruzes. Então, veja, isso aí o bandido faz. Eram japoneses, dois estudantes de Engenharia do ITA.

Então não é porque ele é negro, não é porque ele é branco, não é porque ele é amarelo. Bandido é bandido e o policial tem que estar preparado para isso. E hoje o policial não está, ele está com medo. Então hoje o policial tem medo. A Rota, deputado Reis, está parada e os policiais não abordam ninguém. Sabe por quê?

Quando ele manda alguém descer de um carro e está sendo filmado, as pessoas vão e denunciam o policial porque apontou a arma, porque foi violento. Então o policial faz o quê? Ele não vê mais nada. Tanto é que, veja, o policial não aborda. O policial está com a arma na cintura.

Ora, se eu fosse abordar alguém com a arma na cintura na minha vida de policial toda, eu estava morto há 500 anos. Então hoje o policial tem medo. Criaram a câmera e agora não sabem o que fazem com a câmera. Para os oficiais, é ótimo. O cara fica lá na sala dele, Reis, monitorando: “Aquela viatura...”. Para ele é bom. Ele pode estar na praia, no campo. Não precisa nem ir lá na ocorrência.

Eu não; eu ia lá acompanhar meus policiais. Tanto é que quando o Caco Barcellos escreveu o livro “Rota 66” deu um capítulo para mim de “O deputado matador”, dizendo que eu ia na ocorrência para aparecer. Eu não ia para aparecer. Eu ia porque eu comandava a tropa e quando o policial estava em dificuldade, eu ia para o local como é obrigação do comandante ir. Não é para aparecer não; é função da gente.

Agora, o que a gente vê hoje? O policial amedrontado, com medo de abordar, que prefere ser baleado. E ele está em coma induzido, tomou um tiro na cara, no rosto e outro na perna.

Então os dois foram operados. Na semana passada, eu falei aqui nesta tribuna que cinco policiais foram mortos: dois sargentos, dois subtenentes, um cabo e um investigador, que também foi baleado. Prenderam alguém?

É bom falar em estatística, deputado Reis. “Não, porque agora nós estamos uma maravilha no centro, que de dez homicídios caiu para nove”. Ninguém vai constatar se der em dez ou nove. Quem vai ver isso aí? Quem vai ficar vendo estatística, se morreram dez ou nove? Ninguém vai, não é? Por causa da estatística. Vamos faz curso em Israel, curso na Alemanha, na França. Tem que pegar os bandidos e valorizar a Polícia.

Por isso que eu falo, está na hora, Sr. Presidente Donato, de a gente analisar a esquerda, centro, direita, o que é a Polícia. Quer mudar o nome? Volta para ser “Força Pública”? Volta. Quando eu entrei na Polícia Militar, em 67, Reis, era Força Pública. Em 70, com a Revolução de 64, ou com a ditadura de 64, cada um usa como quer, virou Polícia Militar.

Talvez seja por isso que tanto a esquerda tem raiva da Polícia Militar. Só se for por isso. Então muda o nome de novo. A força pública é para proteger a população, e a população tem que entender isso. Essa câmera ajuda a população ou prejudica a segurança da população?

Isso é que precisa ser entendido, não sou eu. Meu tempo na Polícia já passou muito. Eu usava um revólver 38, nem colete à prova de bala havia, e a gente se virava. Bandido não criava nome, não. E esse cara era ladrão. Um pica-pau mesmo, como diz o Reis.

Quando ele ataca o policial é porque o policial descobriu no celular dele que aquele celular era roubado. A partir daí, ele ataca os policiais. Como o policial não algema, não está apontando a arma, está com a arma no coldre, que querem que ele aja assim agora, como se fosse um bailarino, sei lá o quê, ou ele não faz nada, tem olho de vidro, Sr. Presidente.

É melhor você ter olho de vidro, “não vejo nada”. Está assaltando ali, eu vou para lá, não vou ter problema nenhum. “O promotor não vai me denunciar, o juiz não vai me julgar”, entendeu? “A imprensa não vai falar mal de mim, os meus superiores também não vão me punir, os governantes vão ficar felizes, porque não vão dar entrevistas para ninguém, não vão ter que responder nada, e nós vamos de mal a pior.

Então fica aqui: eu sou contra as câmeras, e continuo. Fui na campanha, um monte de gente foi na campanha contra e depois mudou. Eu sou aqui igual Alberto pregando no deserto.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Conte Lopes. Tem a palavra o deputado Reis pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Como sobrou pouco tempo e eu tenho tanta coisa para falar, e depois de ver o deputado Tomé Abduch, parabéns, deputado Tomé Abduch pela sua apresentação, e o professor Conte Lopes. Ele estava dizendo que eu estava dando aula de abordagem, mas o professor mesmo aqui de policiamento a pé, ostensivo, motorizado, é o deputado Conte Lopes.

É bom que se fale aqui sobre o que o policial passa, sim, aí fora. É bom que esta Casa possa reproduzir e analisar realmente a dificuldade que é fazer policiamento. Eu, que fui policial de rua, fui patrulheiro, fiz CI, trabalhei no radiopatrulhamento padrão, o RPP, então a gente sabe o que é a abordagem, as técnicas de abordagem, o que é realmente policiamento de rua.

Mas, presidente Donato, quero passar um vídeo, e gostaria que V. Exa. depois me desse dois minutos de comunicação para eu poder terminar, que é um vídeo sobre o Memorial dos Aflitos.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - O tempo remanescente se esgotou e o senhor teve dois minutos de comunicado que o senhor pode concluir.

 

O SR. REIS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu vou concluir. Eu passei esse vídeo para lembrar um pouco a história da Praça da Liberdade.

Em 2020, a Princesa Mako, filha do imperador Akihito, do Japão, esteve aqui no Brasil por conta dos 110 anos da migração japonesa e a Câmara de São Paulo aprovou um projeto, a toque de caixa, estabelecendo que a Praça da Liberdade passaria a se chamar “Praça da Liberdade - Japão”. E o governador na época - o governador Márcio França, que hoje é ministro dos Portos - correu e colocou o nome, na estação do metrô, “Japão - Liberdade”

Então, como a história originária da Liberdade é a história do povo negro, eu apresentei um projeto, em 2020, estabelecendo que a Praça da Liberdade passasse a se chamar “Praça da Liberdade África - Japão”. Falei: “Não, se colocou ‘Japão’ e os japoneses estão aí, nós não vamos tirar. Vamos manter o ‘Japão’, mas é importante colocar o nome África por conta dos fatores históricos.”

E agora, voltando para a Câmara, eu dei coautoria para a vereadora Luana, do PSOL, e hoje eu acordei com essa grata surpresa com a sanção do projeto pelo prefeito Ricardo Nunes, a qual eu dou os parabéns que reconheceu a história da Liberdade, a história do povo negro.

E a Praça da Liberdade a partir de hoje, com a sanção do então Sr. Prefeito Ricardo Nunes - inclusive, Ricardo Nunes Reis, que eu sempre falo que ele é meu parente, que ele é meu primo. Ele então sancionou o projeto, a Praça da Liberdade passa a se chamar assim: Praça da Liberdade África - Japão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Reis. Parabéns pela aprovação. Havendo acordo de lideranças...

 

O SR. REIS - PT - Sr. Presidente, é para requerer o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Reis. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar...

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Permite, Sr. Presidente...

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Para um comunicado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Pois não. Pois não.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Gostaria de fazer um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Um minuto só. O microfone de V. Exa. está funcionando?

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Alô?

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Sim. Com a palavra por dois minutos deputado Suplicy, e em seguida deputado Conte Lopes e deputado Tomé Abduch.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de parabenizar a matéria veiculada no último dia 30, do SPTV 1ª Edição, a respeito do comércio ambulante da cidade de São Paulo.

Desde que assumi o mandato de vereador em 2017 tive a oportunidade de aprofundar o meu trabalho em defesa dessa imensa categoria de trabalhadores e trabalhadoras e, por entender que é possível, sim, organizar os espaços públicos com as necessidades de subsistência da população.

Convido a todos para assistirem a alguns trechos dessa matéria, se for possível passar esse vídeo, por favor.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Parece que o vídeo é um pouco longo. Talvez fosse o caso de eu abrir o Grande Expediente. O senhor poderia apresentá-lo, e aí eu passo a comunicação para o deputado Conte Lopes de dois minutos. Pode ser?

Então, vamos encerrar o vídeo agora, e o Suplicy no Grande Expediente apresenta o vídeo e pode explanar melhor sobre o assunto.

Com a palavra o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu agradeço, Sr. Presidente.

Eu só queria cumprimentar o deputado Tomé Abduch, que ele não é policial, e é importante ele, como não policial, falar de segurança, e outros deputados também, porque na verdade é isso. Acho que tem que mudar alguma coisa aí, e esse é o poder. Não ficamos na dependência do que o coronel quer, o secretário quer, o governador. Não, o que o povo quer da Polícia, que tipo de Polícia quer?

Nós não podemos ter isso. A semana passada seis policiais mortos, hoje dois policiais feridos sendo operados nesse momento. E é aquilo, a imprensa arreia o pau na PM porque acha que a PM é o Exército Brasileiro, os caras não gostam. E parte da população e até dos políticos também.

Mas está na hora de mudar isso aí, que tipo de Polícia nós queremos para São Paulo, Tomé. Então, isso é importante, de que forma a gente vai dar mais segurança para a população. Não adianta segurança para mim, não é para mim que tem que ter segurança. Tem que ter segurança para o povo.

Então, muda o governo, cria uma coisa. Cada um quer fazer uma Polícia. Acho que não é por aí. Acho que a Polícia tem que trabalhar para a sociedade. Fazer quartel, vamos fazer mais um quartel na cracolândia. Fazer um quartel? A Cracolândia está cheia disso. Vossa Excelência mais do que eu, todo lugar que anda na Cracolândia tem quartel da PM, da Rota, um atrás do outro.

Mais quartel? Não adianta, o que tem que pôr é policial na rua para fazer segurança 24 horas por dia. E não adianta fazer segurança só na hora do Datena também, Sr. Presidente.

Só na hora do programa do Datena é fácil. É o tempo todo, 24 horas de segurança, é polícia na rua, não adianta quartel, não adianta ficar fazendo continência, tocar corneta, é policial na rua combatendo o crime.

Quando falo Rota na rua, é Polícia no geral na rua combatendo o crime. Não podemos assistir a situações como essa. Então, queria só cumprimentar o deputado Tomé Abduch por isso. Acho que eles é que têm que ter mais segurança, porque quando a gente fala aqui, a gente está falando a mesma coisa. Mas é importante que o povo também fale.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Conte Lopes. Obrigado, deputado Tomé Abduch.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

 * * *

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Então, aberto o Grande Expediente, por permuta com o Dr. Jorge do Carmo, o deputado Suplicy.

Deputado, o senhor tem a palavra por 10 minutos.

Eu já peço à técnica que prepare o vídeo novamente para que a gente possa exibi-lo assim que o deputado Suplicy solicitar.

Com a palavra o deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Se for possível dar continuidade ao vídeo, agradeço. 

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Assim, acredito que essa matéria abordou de maneira bastante sensível um importante direito humano, o direito ao trabalho.

Certa vez a urbanista, pesquisadora e professora Raquel Rolnik escreveu um artigo, publicado na “UOL”, em 16 de setembro de 2021, em que mostra que o comércio ambulante é um tipo de atividade econômica milenar e mundial.

Desde antigamente, e em todos os cantos do mundo, há vendas de produtos nas ruas, praças e calçadas. Mesmo que os conflitos tenham se acirrado no último século, é uma atividade econômica que perdura e que dificilmente será extinta.

O comércio ambulante, por si só, já é um trabalho precário. Os trabalhadores desse setor vivem de ganhos diários, transportam suas mercadorias todos os dias, não têm acesso a banheiros e água, possuem condições precárias para a alimentação e somando a tudo isso, sofrem com o risco constante de perder todas as mercadorias nas ações de fiscalização.   

Quando isso acontece, não apenas deixam de receber o lucro da venda, como também perdem todo o investimento feito em seus produtos. Também ressalto que constantemente recebo relatos e vídeos de abordagens extremamente violentas da Operação Delegada, da PM mais a GCM, na fiscalização da atividade de comércio ambulante.

Os agentes de Segurança devem cumprir o protocolo de abordagem, bem como dar o lacre e orientações para a recuperação da mercadoria apreendida, o que não acontece na grande maioria das apreensões. Nenhum tipo de violência deve ser tolerada, principalmente, contra uma classe trabalhadora que apenas busca o seu sustento diário.

Por ser a atividade econômica característica das ruas, a localização do comércio e serviço ambulante, depende exclusivamente do espaço público, que então passa a ter um valor de mercado que, se não for organizado e regulado pelo Poder Público, abre brechas para distorções e cobranças ilegais.

Outro ponto que precisamos tratar, é que há muitos anos a Prefeitura não emite mais TPU para comércio ambulante, que é uma autorização permanente para pontos fixos. Em 2019, foi criada a plataforma “Tô Legal”, que consiste em uma autorização provisória em pontos já mapeados pela Prefeitura, que tem sido a única forma de legalização desses trabalhadores hoje, mesmo que frágil, por ter prazo curto.

Porém, as ruas com maiores movimentações são bloqueadas, ou seja, não há e nunca houve pontos disponíveis do “Tô Legal”, por exemplo, nas ruas do Brás, do Pari, 25 de Março, Santa Ifigênia, entre outros. O que é uma inconsistência, já que são locais onde se encontram grandes concentrações de trabalhadores ambulantes por metro quadrado.

O mais importante é entender que os ambulantes querem muito a regularização, querem ter a sua autorização, montar sua banca de forma segura, pagar as taxas devidas para a Prefeitura, não serem vítimas, nem das cobranças ilegais do espaço público, nem de terem suas mercadorias retidas pela fiscalização.

É importante lembrar que o uso das vias públicas pelos ambulantes e camelôs, está relacionado a vários fatores, dentre os mais significativos, o desemprego. Com a crise que vivemos, pós pandemia, a informalidade tende a ser o principal meio de sobrevivência.

O direito ao trabalho é um direito humano. É função do poder público assegurar o direito ao trabalho digno aos trabalhadores ambulantes.

Muito obrigado, Sr. Presidente Antonio Donato.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Suplicy. O senhor vai fazer uma solicitação?

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente, se eu puder requerer o levantamento, após um minuto e meio, mais uma observação, sobre o que ocorreu ontem.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Para uma breve comunicação, então. 

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Quero usar deste espaço para fazer uma denúncia a respeito da ação truculenta da Tropa de Choque da PM, no protesto pacífico organizado pelos guaranis da terra indígena do Jaraguá, que se organizava desde o começo da manhã de ontem.

A Tropa de Choque da Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar o legítimo protesto de indígenas guaranis, que bloquearam a rodovia dos Bandeirantes, desde as 5 e meia desta terça-feira, 30, em reação à votação do projeto de lei do marco temporal, PL 490.

Essa repressão foi destaque nas capas dos principais jornais de hoje. Denunciada ontem, pelos Jornalistas Livres, e também por apoiadores, que acompanharam o ato. E mostraram que, após a liberação da rodovia, os policiais continuaram ameaçando os manifestantes que estavam próximos do local, com as armas de bala de borracha.

Fizeram cerco na aldeia, com o helicóptero sobrevoando o local por cerca de uma hora. E relatam que jogaram bombas de gás lacrimogênio dentro da aldeia, espaço habitado por muitos idosos e crianças.

Os guaranis têm o direito de se manifestar e defender os seus direitos. É nítida a diferença de tratamento das forças policiais com os guaranis e os protestos que fecharam as rodovias contra o resultado das eleições de 2022.

Solicitarei reunião com o secretário da Segurança Pública, com a Corregedoria Geral da PM, para que recebam uma comissão dos guaranis, para garantir o direito à livre manifestação.

Não podemos, pois, permitir o assédio, ou o excesso de força policial contra manifestantes desarmados, que reivindicam um direito importantíssimo, que é a demarcação da sua terra, e contra a tese de marco temporal, imposta pela ameaça do PL 490, que, infelizmente, foi aprovado ontem.

Mas a luta continua ainda, para que ele seja rejeitado no Senado Federal.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Então o senhor pediu o levantamento da presente sessão....

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem. Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Pois não, deputado Conte Lopes. Por dois minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PARA COMUNICAÇÃO - As colocações do deputado e sempre senador Suplicy, que a tropa é usada, porque fecharam a rodovia dos Bandeirantes. Quer dizer, alguém deu ordem para os policiais irem lá. E também é aquilo: na Bandeirantes vem médico, vêm pessoas doentes, que precisam ser operadas, que vêm trabalhar em São Paulo.

Quer dizer, a Polícia tem que cumprir a parte dela. Ela recebe determinação e cumpre. Da mesma forma, V. Exa., que foi presidente da Câmara, sabe o problema dos ambulantes. Não é a Polícia que quer parar, que o ambulante não trabalhe.

Acontece que os próprios comerciantes têm empregado, pagam a luz, pagam a água, pagam impostos. Aí vem um cara lá e monta uma barraca para vender a mesma coisa que o comerciante tem. Então, realmente, o comerciante pede apoio policial. Então realmente, esse é um problema que fica sobrando para a Polícia.

Não é a Polícia que age por agir. Então não pode parar uma rodovia, a Bandeirantes. Porque tem pessoas doentes que vão ser operadas, crianças, trabalhadores. Tudo isso influi.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Se puder levantar. 

 

O SR. PRESIDENTE - DONATO - PT - Obrigado, deputado Conte Lopes. Mas, pelo que entendi, do deputado Suplicy, ele apenas comparou o tratamento dado nas manifestações, contestando o resultado eleitoral, onde não foi usada essa violência, com o tratamento dado agora.

Mas, enfim, esse é um debate que nós vamos fazer aqui em outros momentos.

Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas e 25 minutos.

 

* * *