10 DE AGOSTO DE 2023

78ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: REIS, CARLOS GIANNAZI, SIMÃO PEDRO e CONTE LOPES

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - REIS

Assume a Presidência e abre a sessão.

        

2 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

5 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - SIMÃO PEDRO

Assume a Presidência.

        

7 - FABIANA BARROSO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

9 - PRESIDENTE SIMÃO PEDRO

Cumprimenta a vereadora de Americana, Professora Juliana, presente no plenário.

        

10 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - GUILHERME CORTEZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

13 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

14 - CARLOS CEZAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

        

17 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

18 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

19 - PRESIDENTE CONTE LOPES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 11/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Reis.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Dando início ao Pequeno Expediente, chamamos o primeiro orador, deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, deputados presentes, pessoas que nos acompanham, trabalhadores desta Casa e quem nos acompanha pela Rede Alesp.

Eu gostaria, Sr. Presidente, em primeiro lugar, de mandar uma saudação, um abraço e força na luta para os servidores do Centro Paula Souza, professores, servidores das Etecs e Fatecs que, neste momento, estão em greve, uma greve em que eles exigem melhores salários, mas também uma estruturação adequada da carreira e um melhor tratamento para os cursos do Centro Paula Souza para a comunidade.

Infelizmente, no último período que a gente tem visto, há um fechamento de salas de aula. A direção do Centro Paula Souza alega que não tem pessoas suficientes inscritas.

Então, cursos que têm 40 pessoas inscritas têm as salas de aula fechadas e o resultado é que, infelizmente, a gente vê equipamentos se deteriorando, de mecânica, e outros tantos equipamentos. A nossa codeputada Sirlene Maciel é professora da Etec.

Então, quero desejar muita força na luta, nessa mobilização, e o desejo de que essa greve seja vitoriosa. Inclusive, quero dizer que eles podem, integralmente, contar com nosso mandato nessa luta.

Queria também, Sr. Presidente, falar sobre um outro fator que tem me preocupado desde o final de julho, antes mesmo do retorno desse recesso, que é a situação do projeto “Meninos e Meninas de Rua”, da cidade de São Bernardo do Campo.

Explicando para as pessoas que nos acompanham, o projeto “Meninos e Meninas de Rua” é um projeto que existe na cidade de São Bernardo do Campo, localizado no centro de São Bernardo do Campo, e que atende centenas de crianças em situação de vulnerabilidade extrema. Então, crianças em situação de rua, sim, mas também moradoras de diversas comunidades.

O projeto “Meninos e Meninas de Rua” tem uma sede, essa sede é uma sede cedida pela Prefeitura de São Bernardo há anos, desde a década de 90. Então, o projeto existe desde a década de 80 e a sede existe no mesmo lugar desde a década de 90.

A importância do projeto “Meninos e Meninas de Rua” é tamanha que eles ajudaram na construção do ECA. Tem artigos do ECA que foram escritos pelos diretores do projeto. O Mano Brown, do Racionais Mc's, já foi presidente do projeto “Meninos e Meninas de Rua”. E no final de julho foi julgada uma ação no Tribunal de Justiça - eu acompanhei o julgamento presencialmente -, a pedido da prefeitura, que revoga e determina o despejo do projeto na sede em que eles estão.

Nós estamos muito preocupadas com isso. Nós estamos tentando diálogo - não só eu, mas outros parlamentares desta Casa - com o prefeito Orlando Morando, de São Bernardo. O que o prefeito pretende fazer é colocar na rua um projeto que atende crianças em situação de extrema vulnerabilidade sem deixar nenhuma alternativa.

O prefeito disse que vai fazer no lugar ou um equipamento para adultos em situação de rua ou um equipamento para idosos, que precisa daquela sede por esse e por aquele motivo. Infelizmente, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, tem liquidado patrimônio público da cidade; vendeu o prédio da Secretaria de Educação para uma construtora.

Nada nos garante que a sede do projeto “Meninos e Meninas de Rua”, localizado no centro de São Bernardo, na Rua Jurubatuba, não vai passar pela mesma coisa. E o que nós temos, infelizmente, é a solução dada pela prefeitura, que nada mais é do que mandar para a rua um projeto que tem esse gabarito, essa história e que atende mensalmente, semanalmente, anualmente, centenas e até milhares de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.

Eu tive contato com pessoas que não têm outro lugar para tomar banho que não seja o projeto. Pessoas que comem e se alimentam a partir da cesta básica que ganham do projeto.

Eu pergunto inclusive ao prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, se ele está preparado para receber essa demanda de pessoas que atualmente recebem cestas básicas e alimentação no projeto “Meninos e Meninas de Rua” e que agora vão ser encaminhadas para o Cras.

A orientação que nós demos para o projeto é: mandem todo mundo para o Cras, porque se a prefeitura acha que vai fechar equipamento que cumpre a função social, um papel importantíssimo na cidade, que esteja preparada para receber essas pessoas e esse contingente...

Eu tenho certeza que a prefeitura de São Bernardo do Campo não está preparada. Mas agora, para encerrar, eu digo que o que mais me preocupa, Sr. Presidente, é que está havendo uma perseguição do prefeito contra os lutadores da cidade. Os diretores do projeto “Meninos e Meninas de Rua” agora estão sofrendo um processo criminal por calúnia, difamação, um pedido de respostas por parte do prefeito.

Isso é um grande absurdo! O prefeito, além de fechar o projeto, agora quer perseguir os lutadores e lutadoras da cidade. Então eu deixo aqui também a minha imensa solidariedade, o comprometimento.

Dizer que nós estamos juntos na luta contra a reintegração do projeto e contra a criminalização dos lutadores. Então deixo o meu forte abraço ao Marquinhos e a Fabíola e dizer que eles não estão sozinhos nessa luta.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputada Paula. Seguindo a lista no Pequeno Expediente, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, nobre deputado Reis, deputadas e deputados que se encontram aqui, sras. funcionárias, srs. funcionários e o público que nos acompanha pelas redes, pela TV Assembleia.

Sr. Presidente, também me somo aqui aos deputados que já falaram em outros momentos; estava ouvindo a deputada Paula.

A minha solidariedade às professoras, aos trabalhadores do Sistema Paula Souza, das escolas técnicas estaduais, das Fatecs, Etecs e a minha solidariedade ao sindicato Sinteps, que desde terça-feira deflagrou uma greve reivindicando melhores condições de trabalho, reposição inflacionária - não é nem reajuste -, o bônus que é reivindicado também.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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Ou seja, uma série de situações que esses trabalhadores veem outras categorias conquistarem e eles não.

Eu não sei, a impressão que a gente tem é que o governo Tarcísio está querendo abandonar, enfraquecer o Sistema Paula Souza, que é um... Vamos dizer assim de tudo que se construiu neste Estado...

E olhe que a gente é muito crítico às políticas que os governos tucanos fizeram, mas o sistema Paula Souza é um sistema que a gente defende. É muito importante ter ensino técnico, tecnológico.

Todos os municípios querem ter uma escola dessa perto. Mas parece-me que o governador está apertando, apertando, naquela linha de ir sucateando. Até está falando em oferecer cursos técnicos nas escolas regulares estaduais.

Então toda a nossa solidariedade aos professores e aos trabalhadores que justamente estão fazendo esse movimento. Espero que eles possam vir aqui também dialogar, fazer alguma audiência pública, porque nós podemos construir, deputado Giannazi, com eles aqui, para a gente tentar sensibilizar o governo.

Esta Assembleia já votou aumento para o governador, aumento, reajuste, para os deputados, para os policiais, para o funcionalismo de maneira geral; mas os trabalhadores e trabalhadoras professores do Sistema Paula Souza não receberam.

Então todo o nosso apoio, toda a nossa solidariedade a essa categoria tão importante, tão valorizada pela população, pelos alunos. Dizer para os alunos: este momento de paralisação pode ser que prejudique, mas, não: se os trabalhadores tiverem o apoio dos alunos, como estão tendo, essa suspensão temporária por conta da greve, sendo a categoria vitoriosa, vai resultar em professores mais empenhados, mais animados, e não desanimados, e com condições melhores para oferecer todo o conhecimento que eles têm para os nossos alunos.

Quero aproveitar este último momento do Pequeno Expediente para dizer que o secretário Renato Feder, eu não sei o que ele está querendo fazer com a Educação de São Paulo. A cada dia, uma novidade.

Ele anunciou que não vai adotar mais o convênio com o Governo Federal, deixar de receber os recursos do FNDE para comprar os livros didáticos, dizendo que agora os alunos vão usar conteúdos pela internet, por tabletes, etc, sabendo, nós todos, é um escândalo isso, se fosse outro governo, o secretário já tinha caído, que a empresa da qual ele é sócio, Multilaser, tem contrato milionário com o Governo do Estado, justamente para fornecer tablets.

Então isso é um escândalo. Agora inventou de, sem consultar os alunos e professores, enfiar um aplicativo nos celulares de alunos, professores, e outros, que receberam. Tenho notícia de pessoas que não têm nada a ver com o mundo escolar que têm recebido esse aplicativo. Aquilo que ele fez lá no Paraná, querendo fazer aqui. Deve ter sido defenestrado de lá, o povo do Paraná deve ter dado graças por ele ter saído de lá, então ele vem aqui com esse mundo de penduricalhos, achando que a educação pública aqui está à venda, é para fazer negócios, é para ganhar dinheiro.

Não. A educação pública aqui é para formar os nossos alunos. Nós precisamos é dar melhores condições de trabalho, melhorando as escolas, comprando equipamentos. Nós precisamos é ter professores bem-remunerados, animados, e assim melhorar a qualidade da Educação; não com essa parafernália que ele quer enfiar, quer vender, e está utilizando a Secretaria de Educação para isso.

Não sei o que o governador está esperando, o que ele tem com esse secretário, que ainda mantém um secretário desses, apesar desses escândalos, não semanais, mas diários que a gente tem percebido.

É isso, Sr. Presidente, nossa solidariedade aos trabalhadores professores do Sistema Paula Souza, e o nosso protesto contra o comportamento desse secretário de Educação, que é um empresário que quer fazer da educação pública de São Paulo espaço para negócios para suas empresas e para seus apaniguados. Não podemos deixar que isso aconteça.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, tem a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Reis, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. REIS - PT - O delegado não veio, o investigador está aqui, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Simão Pedro.

 

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Quero cumprimentar o presidente Carlos Giannazi, a deputada Paula, o deputado Guilherme, o deputado Simão, que assume a Presidência, pois nesse exato momento há troca de presidente. Só não vi aqui ainda as bandeiras. Quero também cumprimentar todos os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal, todos os funcionários desta Casa, todos aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp.

Presidente, primeiro eu quero falar sobre a ansiedade dos membros da Polícia Penal. Sabe que a Polícia Penal foi muito prejudicada nesse processo de reajuste dos policiais, pois ela ficou de fora. E está vencendo o prazo prometido pelo governador Thorsício privatizador.

Aí as pessoas me perguntam:  por que você fala Thor? Porque ele é o cara do martelo, não sei se vocês sabem disso. Ele foi com aquele martelo lá na Bolsa de Valores, deu aquele monte de marteladas e está dando muita martelada na Polícia Penal. Não é um martelo do bem, não; é o martelo do mal.

E o prazo é 15 de agosto. Então, até 15 de agosto, o governo tem que mandar para esta Casa o projeto de regulamentação da Polícia Penal, a lei orgânica da Polícia Penal.

Também o reajuste, porque ele prometeu que a Polícia Penal receberá subsídios, que ia mudar a forma de remuneração da Polícia Penal. Vai ser por subsídios, e que dentro desses subsídios está a diferença do que foi dado para os demais policiais e não para a Polícia Penal.

Falo também sobre o déficit que tem na Polícia Penal de 15 mil homens. Então, nós temos um déficit na Polícia Civil de 16 mil homens, um déficit na Polícia Militar de mais de 20 mil homens e um déficit na Polícia Penal de 15 mil homens. Então, também é uma cobrança que os representantes da Polícia Penal fazem ao governador.

E eu quero também, já que o deputado Simão Pedro falou da greve dos trabalhadores das Etecs, das Fatecs, que eu inclusive já fiz a cobrança ao governo, nesta tribuna, no início desta semana, e eu quero falar também sobre os trabalhadores da TV Cultura.

Os trabalhadores da TV Cultura estão indignados por falta de reajuste salarial. Eles também estão em estado de greve, Sr. Presidente. Os trabalhadores da Rádio e TV Cultura fizeram um protesto ontem, quarta-feira, na porta da emissora, no bairro Água Branca.

Além de carro de som, faixas foram estendidas e panfletos foram distribuídos aos participantes dessa reunião. O protesto foi para cobrar do governador Tarcísio de Freitas e também da Fundação Padre Anchieta, cobrar reajuste salarial e outros direitos que estão sendo negados para os trabalhadores da TV Cultura.

A mobilização ocorreu no dia da reunião do conselho curador da Fundação, que conta com a participação de membros da sociedade civil, da Cultura, além de representantes desta Casa. Apesar da reconhecida contribuição para a comunicação pública paulista, os trabalhadores da Fundação Padre Anchieta acumulam perdas em seus salários e convivem com a precarização do trabalho, marca desse governo.

De 2014 para cá, radialistas e jornalistas amargam um arrocho salarial superior a 50% do índice da inflação, que não foi devidamente reposto pela direção da Fundação. Para piorar, os trabalhadores foram informados pela administração da TV Cultura de que ficariam de fora do reajuste concedido pelo governo estadual, que foi na ordem de 6% a 50%; 6% para todos os trabalhadores, uma média de 21% para os policiais militares, civis e técnico-científicos e 50% para o governador do Estado e os seus secretários, que tiveram o salário reajustado em 50 por cento. Há outras categorias de servidores.

O vale alimentação mensal da TV Cultura é pouco mais de 90 reais por mês; com os descontos, o valor final é de 73 reais. É um absurdo. Além disso, centenas de funcionários não são registrados em carteira, sendo contratados como PJs ou eventuais, o que constitui uma fraude trabalhista.

Trabalhadores e trabalhadores da Cultura ficarão em assembleia permanente e já pensam em entrar em greve, caso não sejam atendidos pelo governador Tarcísio de Freitas. É mais uma categoria, Sr. Presidente, que aguarda para ser ouvida e valorizada pelo Governo que aí está, o Governo de plantão.

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Dando sequência à ordem dos oradores inscritos, chamo agora a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.)

Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)

Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Fabiana Barroso. Tem a palavra pelo tempo regimental na tribuna. 

 

A SRA. FABIANA BARROSO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente e senhores telespectadores que nos acompanham pela TV Alesp, é com imensa gratidão e satisfação que me dirijo a esta tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para celebrar a aprovação do projeto de lei que trará benefícios significativos para os jovens estudantes de nosso Estado.

Agradeço profundamente a cada um de vocês, deputados, que votaram favoravelmente a essa propositura transformadora.

Nossa jornada legislativa nos conduziu a um momento de grande importância para os municípios paulistas, especialmente para aqueles mais carentes, que, muitas vezes, enfrentam desafios para garantir que seus jovens tenham acesso à Educação além das fronteiras municipais.

Hoje celebramos a aprovação de um projeto que iluminará os caminhos daqueles que aspiram a uma Educação de qualidade. A iniciativa que apresentei, permitindo o acesso ao transporte escolar por meio de veículo adquirido pelo Governo do Estado de São Paulo e doados aos municípios em parceria com o Ministério da Educação, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, é um marco de igualdade e inclusão, ao contemplar estudantes de nível fundamental, médio e, agora, superior, bem como cursos técnicos e tecnológicos residentes em municípios onde não há cursos presenciais legalmente reconhecidos.

Estamos estendendo um valioso auxílio a jovens que enfrentam obstáculos para buscar educação que merecem. Este projeto de lei representa uma solução vantajosa para os municípios que, muitas vezes, se veem obrigados a firmar contratos onerosos com empresas terceirizadas a fim de atenderem à necessidade educacional de sua população estudantil.

Agora, com essa medida, estamos investindo na Educação, na formação de futuros profissionais e, acima de tudo, no desenvolvimento de cidadãos plenos. Nossas ações como legisladores têm um impacto duradouro nas vidas das pessoas que representamos.

Isso nos recorda de uma passagem bíblica inspiradora, provérbios 31:8-9: “Abre a boca a favor do mundo pelo direito de todos que estão desamparados. Abre a boca, julgue retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Cada um de nós foi escolhido pelo povo para defender seus interesses e lutar por um futuro mais justo e próspero.

Portanto, encerro minha fala reafirmando o meu sincero agradecimento a todos os deputados e deputadas que acreditaram na visão deste projeto e votaram “sim”. A vitória que celebramos hoje é uma vitória coletiva, uma prova de nosso compromisso com o bem-estar dos jovens mais necessitados de nosso Estado.

Que este seja apenas o início de muitas outras ações que realizaremos em benefício de nossa sociedade. Unidos fortaleceremos nosso propósito de servir e construir um futuro melhor para todos. Muito obrigada a cada um de vocês, que a luz da sabedoria guie nossos passos e continue... E que a nossa dedicação à causa pública continue a brilhar. Muito obrigada a todos e a todas.

Um breve resumo. Agora, sem ler o texto – feito com muito carinho. O projeto que foi aprovado nessa semana significa muito para quem mora em cidade do interior, porque os ônibus amarelinhos, aqueles que a gente vê circulando pelo munícipio, que o governo distribui nas cidades, nas pequenas cidades normalmente, eles só podem andar intermunicipalmente.

Ou seja, seu filho só pode ser buscado no seu bairro para ir para a escola do mesmo bairro, eles não podem levar alunos da faculdade, do curso técnico, ou seja, a escola... O ensino se limita e o caminho também se limita.

A gente sabe que muitas cidades do interior às vezes não têm universidade, não têm ensino técnico, as pessoas também não têm condições de pagar o transporte para chegar nesses locais, porque a pessoa tem que decidir... Eu vi muitos amigos meus desistindo de estudar por conta disso, porque ou pagavam universidade ou pagavam curso técnico ou pagavam o transporte.

Com a aprovação dessa lei, tenho certeza que o governador vai sancioná-la, e essas pessoas não precisarão colocar em xeque a dúvida: eu pago o transporte ou eu pago o meu estudo? Agora o transporte será gratuito e o estudo será a luz do nosso país, porque agora, sim, a educação vai chegar em todos os cantos do nosso estado de São Paulo.

Muito obrigada a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, deputada Fabiana Barroso.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Pela ordem, nobre deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de registrar que está nos visitando a professora Juliana, que é vereadora do Partido dos Trabalhadores no munícipio de Americana. Seja muito bem-vinda. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Vereadora Juliana, do querido munícipio de Americana, reforço aqui as boas-vindas do nosso querido senador Eduardo Suplicy.

Eu queria agora dar prosseguimento à lista dos oradores. Chamo o deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Simão Pedro, deputados e deputadas presentes, telespectador da TV Assembleia... Sr. Presidente, eu apresentei um PDL, um projeto de decreto legislativo, para revogar uma portaria que foi editada agora recentemente, no último dia 03 de agosto.

Saiu publicada, logicamente, no “Diário Oficial” da Seduc, da Coordenadoria Pedagógica e, na prática, quase que instituindo mais escolas no Programa de Ensino Integral.

Programa que já tinha sido paralisado por sua inviabilidade, sobretudo, por representar um programa no estado de São Paulo, da forma como ele é implantado, que exclui alunos e professores.

Inclusive, têm vários estudos demonstrando que a escola PEI, que representa a farsa da escola de tempo integral aqui do estado de São Paulo... Esse programa foi instituído pelo PSDB, e é um programa que exclui, sobretudo, os próprios alunos, porque se uma escola tem 1.000 alunos e funciona em três turnos, a partir do momento que ela é transformada em uma escola de tempo integral, ela só vai atender 300 alunos, por exemplo.

Os outros 700 serão excluídos dessa escola, serão matriculados em outras escolas, muitas vezes, distantes do bairro e até do munícipio, porque em muitos munícipios do estado de São Paulo nós só temos uma escola da rede estadual, uma escola de ensino médio. Essa escola que vira PEI expulsa os outros alunos para outros munícipios.

Isso vem acontecendo, e aconteceu, na verdade, por conta dessa massificação da escola PEI no estado, até para atender ao interesse eleitoral do ex-governador Doria, depois, do ex-governador Rodrigo Garcia, e do próprio ex-secretário Rossieli Soares.

O governador Tarcísio, quando assumiu, disse que iria paralisar o programa, porque ele era inviável para esse momento. No entanto, saiu a publicação, instituindo, apresentando para a adesão, mais de 50 escolas, que a própria Seduc aponta e indica, usando a resolução dos tucanos, que é essa Resolução 44, de 2019, que é extremamente autoritária, que fala numa suposta consulta à comunidade escolar.

Mas a própria resolução, tem aqui a alínea “a” dela, que fala: “Recomenda-se a presença ou a convocação do conselho.” É uma recomendação, não há a obrigatoriedade. E pior: tem o parágrafo único, que diz: “Incumbe, à Diretoria de Ensino, aceitar ou não a adesão da escola.”

Olha só o absurdo. Quer dizer, é uma consulta fake, para inglês ver. E as escolas que foram apresentadas, que estão na lista do Diário Oficial, estão em pânico, porque elas não querem ser PEI, porque elas sabem que não funciona, a maioria delas. Eu tenho feito contato com muitas dessas escolas.

Tenho sido procurado por diretoras, diretores, professores, professoras, pais de alunos, que são contra, mas dizem que estão sendo obrigados, pelas diretorias de ensino, a implantar esse famigerado programa. Agora, é uma contradição muito grande, Sr. Presidente.

Porque o secretário da Educação ameaça o tempo todo reduzir o orçamento da Educação. Disse que vai encaminhar um projeto, uma PEC, para a Assembleia Legislativa, para mudar a Constituição Estadual, e reduzir de 30 para 25% o orçamento da Educação, tirando do orçamento praticamente quase 10 bilhões de reais por ano.

No entanto, se ele vai diminuir o orçamento da Educação, como que ele aumenta? Porque a escola PEI custa mais para o Estado. E para nós não é custo, para nós é investimento. Mas, nesse caso, é uma contradição imensa.

Eu quero dizer que nós somos totalmente contra a implantação autoritária desse programa, que exclui alunos, que exclui professores. Por isso que eu apresentei aqui esse PDL, para revogar essa portaria.

A Assembleia Legislativa tem que se manifestar em relação a esse tema. Nós também já acionamos o MP, logicamente, porque não há respeito à gestão democrática. Isso aqui é pró-forma, essa portaria, essa resolução que fala que haverá consulta à comunidade escolar.

São consultas direcionadas e manipuladas em geral, com ameaças, com assédio e com perseguição às professoras e diretoras das escolas. E com manipulação de informação, onde os professores, muitas vezes, não podem nem conversar com os pais sobre o que é o programa, de verdade.

Muito menos, a Apeoesp, os conselheiros, os militantes da Apeoesp, não podem também participar dessas reuniões que são feitas, dessa consulta com a comunidade escolar. Então tem muita manipulação.

Eu queria fazer essa denúncia pública, e dizer que nós estamos tomando medidas. Ao mesmo tempo em que nós estamos apresentando o PDL, nós já fomos ao Ministério Público e já pedimos a convocação do secretário de Educação aqui.

E faço uma recomendação para quem quiser, de fato, conhecer a farsa da escola de tempo integral. Que leia as notas técnicas da REPU, que é esse grupo de professores das universidades públicas do Estado de São Paulo, que tem um trabalho extremamente qualificado de pesquisa científica, mostrando todas essas contradições.

Inclusive, que eu já entreguei para o secretário da Educação, já encaminhei ao governador, para que eles tenham noção da gravidade da situação. Deixando claro que eu não sou contra a escola integral, ou de tempo integral. Ela é importante. Mas não esse modelo do PSDB. Esse, não funciona. Esse modelo é uma verdadeira farsa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, deputado Carlos Giannazi. Convido para usar a tribuna o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde presidente, todos os deputados e deputadas presentes, servidores da Assembleia, e quem nos assiste através da TV Alesp.

Presidente, eu quero aproveitar essa fala na tribuna para falar sobre duas datas que vão ser comemoradas no dia de amanhã, são marcos simbólicos muito importantes. O dia 11 de agosto é considerado o Dia do Estudante, essa é uma data que para mim tem muito significado, porque eu comecei minha militância política no movimento estudantil, como secundarista, quando eu era estudante da Escola Técnica Estadual de São Paulo aqui na Capital.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi

 

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Quando eu participei das ocupações de escolas, que os secundaristas fizeram em 2015, para derrotar, e conseguimos derrotar, o projeto de desorganização da rede estadual de ensino, na época tentava-se implementar pelo governo estadual, na época, governador Geraldo Alckmin.

Aquela foi uma manifestação muito importante, os estudantes ocuparam as suas escolas, reconfiguraram as suas escolas, mostraram como as escolas poderiam ser se os estudantes tivessem mais participação, impediram um imenso retrocesso naquela época - o fechamento de dezenas de salas de aulas e de turno escolares.

O dia 11 de agosto é uma data de luta dos estudantes, de luta pelo direito à Educação, de luta pelo direito à permanência estudantil, porque não basta o acesso à escola, à universidade, a gente luta para que possamos permanecer estudando, concluir os nossos estudos, combater a evasão escolar, porque ela é tão dura, sobretudo, contra os estudantes mais pobres, os estudantes que sofrem com a violência dentro da escola - como é o caso dos estudantes LGBTS, que enfrentam bullying, LGBTfobia, e que muitas vezes, por isso, não conseguem concluir seus estudos.

E que bom que a gente vai comemorar esse dia 11 de agosto, esse Dia do Estudante, depois que a Câmara dos Deputados aprovou a revisão da Lei de Quotas. A Lei de Quotas é uma conquista importantíssima, importantíssima. Mudou a cara do ensino superior público brasileiro ao longo da sua década. Enegreceu as nossas universidades, popularizou as nossas universidades, ainda que de maneira insuficiente.

E, por conta disso, é muito importante que a Câmara dos Deputados tenha aprovado o projeto para ampliar a Lei de Quotas, e a gente traz, aqui para a Assembleia, a necessidade de fortalecermos as ações afirmativas, porque a gente quer que as nossas universidades sejam cada vez mais populares, cada vez mais indígenas, cada vez mais com a cara do nosso povo.

E, nesse dia 11 de agosto, não podia ter reinvindicação mais importante da luta do movimento estudantil, presidente, do que a revogação do Novo Ensino Médio. Esse Novo Ensino Médio, quando o governo golpista do Temer, lá atrás, vendeu como uma reforma do ensino médio, o movimento estudantil já dizia, essa reforma vai ser uma tragédia, porque ela não tem nada de modernizar a escola pública, vai ser uma reforma para atrapalhar, atrasar ainda mais a escola pública, reduzindo as disciplinas de humanas, aumentando o abismo que existe entre a educação pública e a educação privada.

Então, esse Dia do Estudante é um dia de luta como todos são, mas, sobretudo, um dia de luta pela revogação desse Novo Ensino Médio, que é um atraso para a escola pública no nosso País.

E como, hoje, deputado, que se formou politicamente no movimento estudantil, eu não podia deixar de relembrar essa data e dizer que nós estamos juntos com os estudantes para revogar esse entulho, que é o Novo Ensino Médio, que de novo não tem nada.

Mas o dia 11 de agosto, também, é uma outra data muito significativa para mim, é o Dia do Advogado. E eu sou advogado com muito orgulho, com registro na Ordem dos Advogados do Brasil.

E muito da minha militância eu devo à luta pelos direitos humanos, pela efetivação dos direitos humanos, pela defesa do Estado Democrático de Direito que, sobretudo, ao longo dos últimos anos, foi intensamente ameaçado por forças autoritárias, por forças retrógradas, que, felizmente, foram derrotadas na eleição passada.

E a advocacia cumpre um papel fundamenta na nossa sociedade, cumpre um papel de ser o elo, de ser o agente, para lutar institucionalmente pelos direitos da população, sobretudo, da população que mais precisa.

A advocacia é o que impede a população de fazer justiça com suas próprias mãos, porque esse não é o meio adequado. A advocacia tem que ser garantida como um direito para toda população. O acesso à justiça é um direito da população.

E, por isso, nesse dia 11 de agosto, nesse Dia do Advogado, da Advogada, a gente, também, não pode deixar de se manifestar contra aquele projeto que está sendo discutido, que lamentavelmente foi aprovado no semestre passado, um regime de urgência, que não é urgente para o povo do estado de São Paulo, para você aumentar taxa judiciária.

Um projeto lamentável que a gente já discutiu exaustivamente aqui, que a Ordem dos Advogados do Brasil, sobre o qual Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo já se posicionou mais de uma vez.

Porque é inadmissível que em um país onde a gente ainda tem uma dificuldade tão grande para a população, sobretudo a mais pobre, acessar a justiça, procurar o sistema judiciário para ter os seus direitos assegurados como a Constituição diz, como a lei garante, a gente queira dificultar ainda mais esse processo, encarecendo taxas judiciárias.

Isso vai na contramão da necessária ampliação do acesso da população aos seus direitos. Não é por outro motivo que a advocacia, de forma unânime, coloca-se contra esse projeto, que também é um projeto absurdo para atrasar, para restringir ainda mais o acesso da população à justiça, aos seus direitos.

Por isso, nesse dia 11 de agosto, eu também quero registrar a importância do trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil, do Sasp, o Sindicato dos Advogados de São Paulo, e o trabalho que é realizado cotidianamente por advogados e por advogadas do estado de São Paulo e do Brasil, que fazem da sua atuação uma militância cotidiana pela efetivação dos direitos da população, sobretudo daquela que mais precisa.

 Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy, que fará o uso regimental da tribuna por até cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Carlos Giannazi, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu quero aqui expressar a minha solidariedade ao povo do Equador diante do atentado que ontem matou um dos candidatos à presidência da república - e que justamente o nome dele era Fernando Villavicencio - que foi assassinado a tiros ao deixar um comício, em Quito.

Nove pessoas ficaram feridas no atentado, seis foram presas, um dos suspeitos foi morto em troca de tiros com a polícia. Trata-se de algo da maior gravidade para um país irmão, vizinho do Brasil.

Ali, o presidente Guilherme Lasso diz que as forças armadas serão mobilizadas para garantir as eleições e a segurança nacional, e estão previstas as eleições para o próximo dia 20 de agosto.

Ele afirmou que, diante da perda de um democrata, de um lutador, as eleições não estão suspensas - pelo contrário, serão realizadas e avalia que é muito importante defender a democracia e garantir a realização dessas eleições. Mas infelizmente se trata de uma ação de violência que não está contribuindo para o processo de democratização dos diversos países da América Latina, onde nós vivemos.

 Então, é tão importante, por exemplo, que tenha havido a reunião dos chefes de estado da região amazônica - onde o presidente Lula esteve com os presidentes dos diversos países que fazem parte da grande floresta amazônica - para ali chegarem a um diálogo sobre a sustentabilidade da floresta amazônica, inclusive sobre a importância da floresta amazônica para toda a humanidade.

E eu avalio que seja muito importante que possamos, todos os povos da América Latina, seguir os exemplos, as recomendações do papa Francisco, que, em sua última viagem aos países da América Latina, há dois ou três anos atrás, em certo dia, mencionou que é importante que todos os chefes de Estado venham a colocar em prática aqueles instrumentos de política econômica e social que possam elevar o grau de justiça na sociedade, para que então possa haver a paz em cada país e entre os países. Eu avalio que precisamos todos seguir essas recomendações do papa Francisco.

E quero aqui reiterar este abraço ao povo do Equador. Avalio que será importantíssimo que as próximas eleições, no dia 20 de agosto, sejam realizadas de uma maneira pacífica, sem atentados, sem violência, e que caminhemos na direção daquilo que o papa Francisco tem nos recomendado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra, o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Ediane Maria. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Márcia Lia. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Ana Perugini. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, com a palavra o deputado Carlos Cezar, que fará uso regimental da tribuna por até cinco minutos.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, público que nos acompanha aqui na galeria da Assembleia e também através da Rede Alesp. Sr. Presidente, inicialmente eu queria aqui fazer uma justa homenagem à Igreja do Evangelho Quadrangular da cidade de Limeira.

Eu, o deputado federal Jefferson Campos e várias outras autoridades - prefeitos, prefeito da cidade, vereadores, enfim, uma multidão de pessoas - no último domingo nos reunimos para celebrar 53 anos de ministério da família Pereira Cabral do Lago, que chegou à cidade de Limeira em 1970.

Chegou um casal, nossa querida madrinha, que a gente chama com tanto carinho, a pastora Ozaide, com seu marido, o pastor Ciro Pereira do Lago. Chegaram com um filho pequeno, chamado Ciro Cabral do Lago, e com muita vontade de realizar a obra.

E hoje têm um ministério extremamente frondoso. Aliás, o tema da ministração, de toda aquela celebração, de festa, foi exatamente este: raízes, ramos, frutos e flores. É nisso que se resume o ministério da família Cabral do Lago.

É importante fazer esse registro, uma vez que a Igreja do Evangelho Quadrangular, deputado Conte Lopes, está presente em mais de 150 países. É uma igreja que comemorou agora, recentemente, 100 anos de fundação no mundo; 72 anos aqui no Brasil.

Estamos em mais de 150 países, temos mais de 100 mil igrejas espalhadas em todo o planeta. E, sem dúvida alguma, a Igreja Quadrangular de Limeira é uma das maiores igrejas do planeta Terra da Igreja do Evangelho Quadrangular, da nossa igreja. Uma igreja que nós admiramos muito.

Nós sentimos a ausência do nosso querido pastor Ciro Pereira do Lago, que nos deixou e está com o Senhor, que partiu para o Senhor em 2015. Mas deixou em seu lugar o seu filho, Ciro Cabral, que hoje é uma flecha que vai mais longe, que tem feito um grande trabalho, um grande ministério ladeado por pessoas valorosas.

São quase 50 congregações, mais de 42 congregações, várias dezenas de pastores altruístas apaixonados pela obra de Deus, que têm ajudado a transformar vidas. Nesses 53 anos, eles têm espalhado esse ministério pelo Brasil inteiro e fora do país. É uma igreja que sustenta missionários.

Então é justo nós fazermos essa homenagem, esse reconhecimento e celebrarmos. A Bíblia Sagrada nos ensina a celebrarmos, porque nós só nos lembramos daquilo que nós celebramos. Então, é importante celebrar e comemorar.

Eu fico muito feliz em poder abraçar a nossa querida pastora Ozaide, que recentemente completou 90 anos de vida, mas continua com todo o vigor, adorando a Deus, dando testemunho e sendo uma grande referência para todos nós. 

Então, eu quero aqui deixar os meus parabéns ao meu amigo pessoal, o Pastor Cirinho como a gente chama, mas o pastor Ciro Cabral do Lago, que inclusive é superintendente da nossa igreja lá na cidade de Limeira e à nossa querida madrinha, pastora Ozaide.

Em nomes deles... Todo o ministério quadrangular e toda a cidade de Limeira que se alegra com essa igreja, que tem prestado um trabalho tão relevante, seja na área social, seja na transformação de vidas, pessoas que foram curadas, pessoas que foram resgatadas, famílias que foram transformadas pelo poder do Evangelho, pelo poder do nome de Jesus.

Então, fica aqui todo o meu reconhecimento e a minha gratidão a essa igreja tão querida.

É isso.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores, com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra deputada Beth Sahão. (Pausa.) Com a palavra deputada Leci Brandão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra o deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.)

Com a palavra deputada Ediane Maria. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra deputado Conte Lopes, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Hoje pela manhã tivemos a oportunidade de comparecer ao aniversário de 48 anos do 3º Batalhão de Choque, o Batalhão Humaitá, sob o comando do coronel Mendes. Lá estavam presentes o comandante da PM, o coronel Cássio, e também o delegado geral, doutor Artur.

E a gente fica feliz em ver que a polícia está trabalhando, combatendo o crime organizado. Inclusive, nesta madrugada, o pessoal do COE enfrentou bandidos do crime organizado em Paraisópolis e um bandido, acusado da morte de um policial militar há tempos atrás, acabou morrendo em tiroteio, um tal de Mandrake.

Então, a gente fica feliz porque eu acho que o que importa é que a polícia esteja combatendo o crime organizado. Nós vimos há pouco o próprio senador, o nosso deputado Suplicy - que já foi senador por três legislaturas - falando a respeito do que aconteceu no Equador, e isso é o que?

É fruto do crime organizado, de pessoas que vão se fortalecendo do lado do mal, do lado do crime, que acham que podem fazer o que bem entendem, e a única forma de combater isso é com a polícia.

A polícia não serve nem à esquerda, nem à direita, a polícia serve à sociedade, ela tem que trabalhar em defesa da sociedade. Então quando a gente vê essa atuação da polícia - do secretário Derrite, lá na Baixada - é importante. Essa força que o governador Tarcísio está dando à polícia é superimportante, uniu a polícia, colocou a polícia pela primeira vez sob comando da polícia.

Não é promotor público, não é juiz, não é general, são homens da polícia, que entendem o que é Segurança Pública, que sabem que têm que dar segurança para o povo. Eles não estão servindo a partido nenhum.

De vez em quando a gente vê umas discussões aqui de esquerda, de direita. Não é nada disso. Eu acho que nem a esquerda, nem a direita defendem bandido. Ninguém defende bandido, não é? Essa é a grande verdade.

Às vezes o cara faz um discurso que não tem nada a ver. Quem ataca a sociedade, quem comete crime tem que ser preso. Se ele se entregar, ele vai ser preso, como milhares e milhares são presos todos os dias. Agora, se ele reage, obviamente a polícia tem condição de agir, de reagir, não é? Então essa é a grande verdade.

Então a gente fica feliz com isso. Hoje, como eu disse, lá no 3º Batalhão de Choque, teve essa homenagem e a presença dos dois comandantes: o delegado-geral e o comando da PM unidos contra o crime. Isso é muito importante. Só tem um inimigo da sociedade: é o bandido, o criminoso, o traficante.

Como a gente falou ontem aqui, a gente fica surpreso em ver que, no Supremo Tribunal Federal, está 4 x 0 a liberação da maconha. E quem vai vender a maconha para os caras usarem? Eu não sou, né? Nem a padaria, nem a farmácia. É o traficante. Então, se vocês liberam, no Supremo, o uso para o viciado, obviamente vai ter traficante vendendo essa droga, não é verdade? Vai ter um traficante vendendo essa droga.

Como eu disse também aqui nesta Casa, nós aprovamos um projeto de lei impedindo que o fumante venha a usar o seu cigarro em restaurantes, em cinemas, porque, de acordo com os médicos, causa até câncer passivo para quem está do lado cheirando a fumaça do outro. Eu pergunto: a maconha não causa isso? A maconha não tem nada disso, não causa mal nenhum? Devia perguntar aos médicos, né?

Eu acho que todo viciado, de qualquer tipo de vício, começa com a maconha. Agora, depois vão liberar o quê?  Cocaína? Crack? O K9, que mata tantos jovens aí, deixa o cara totalmente xarope? É isso que é importante saber. Então nós temos que viver do lado do bem.

Então a gente fica feliz que a Polícia de São Paulo esteja combatendo efetivamente o crime, esteja nas ruas de São Paulo combatendo o crime. Então, pela primeira vez, nós temos a Polícia sob comando de policiais. Está aí o coronel Cássio, está aí o Dr. Artur, combatendo o crime, unidos contra o crime. Isso é uma proteção à população de São Paulo.

É evidente que um país, uma cidade, um estado mais seguro é até economicamente melhor, porque as pessoas podem ir às ruas, podem ir ao cinema, podem ir ao shopping, podem ir ao futebol. Se há um terror total, a pessoa não sai de casa.

Então esperamos que continue dessa maneira esse combate efetivo ao crime com a polícia junta, unida, uma ao lado da outra. O inimigo é um só: é o bandido. Aqui em São Paulo inclusive temos o apoio das guardas municipais, no interior também, muitas guardas municipais trabalhando contra o crime. Então a gente fica feliz com isso, que é a proteção à sociedade.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, Conte Lopes. Gostaria de chamar V. Exa. para continuar presidindo a sessão. Nós já vamos entrar no Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Com a palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Fernando Teixeira. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.) Com a palavra o deputado Dr. Elton. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra o deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a palavra o deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Com a palavra o deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Com a palavra a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Com a palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.)

Com a palavra a deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra o deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra a deputada Dani Alonso. (Pausa.) Com a palavra a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rui Alves. (Pausa.).

Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Com a palavra o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Com a palavra a deputada Marta Costa. (Pausa.) Com a palavra a deputada Fabiana Barroso. (Pausa.)

Passo então a condução dos nossos trabalhos para o deputado Conte Lopes.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Este deputado já fez uso da palavra no Pequeno Expediente. E agora chamo para fazer o uso da palavra, o nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos no Grande Expediente. Vossa Excelência tem o prazo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Conte Lopes, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, eu quero, mais uma vez, manifestar o meu total apoio à luta dos servidores técnico-administrativos da Unesp, da nossa grande universidade aqui do estado de São Paulo. Eles estão em greve porque estão reivindicando, já há muitos anos, a equiparação salarial com os servidores da Universidade de São Paulo. Nós temos três universidades de São Paulo: a Unesp, a Unicamp e a USP.

E os servidores da Unesp estão sendo prejudicados e marginalizados nesse sentido, porque não há aqui, Sr. Presidente, o respeito a um princípio constitucional que se chama isonomia salarial.

Eles prestam o mesmo serviço, é o mesmo trabalho, é a mesma função dos servidores da Universidade de São Paulo, porém eles não recebem o mesmo salário e há uma defasagem monstruosa, de até 40% de diferença salarial.

Então, os servidores foram obrigados a entrar em greve porque até agora não houve nenhum tipo de avanço nessa negociação. A reitoria ainda não apresentou, Sr. Presidente, uma proposta de reajuste salarial, de tal forma que haja, de fato, essa equiparação.

Já há uma equiparação, por exemplo, entre os docentes das três universidades; então se para os docentes, para os professores já há o respeito ao princípio da isonomia salarial, por que para os servidores técnico-administrativos, não? É um absurdo isso.

Então, por isso que nós queremos aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, mais uma vez, exigir que a Reitoria da Unesp tome as providências, até porque a Unesp tem o maior orçamento de toda a sua história, Sr. Presidente.

Ela tem reservas no seu orçamento para fazer justiça salarial com esses servidores que são importantes para o funcionamento da universidade. Sem eles a universidade praticamente não funciona, porque a gente pensa que escola ou universidade é só professor e aluno. Não. Tem toda uma rede de apoio de trabalhadores e trabalhadoras, que dão sustentação ao trabalho, e sem eles não há funcionamento das nossas universidades.

Então, é muito importante que a Reitoria da Unesp atenda a essa reivindicação, Sr. Presidente. Eu estou aqui em contato constante com o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp. Por isso eu tenho aqui uma foto que eu queria mostrar: eles estão em assembleia permanente, que é o Sintunesp, Sindicato dos Trabalhadores da Unesp, que estão fazendo essa luta, organizando a luta, a resistência, a equiparação já.

Eu quero saudar aqui o Sintunesp que tem, historicamente, representado a luta dos servidores e servidoras da Unesp e faz a mobilização, têm vários campi em greve; outros estão em estado de greve, outros estão preparando as mobilizações.

Eu sei que dia 15 vai ter uma reunião com a reitoria para que haja aí o início de alguma negociação. E eu já me antecipei, Sr. Presidente, eu já pedi também a convocação do reitor da Unesp aqui na Assembleia Legislativa, para que ele atenda a essa reivindicação, para que ele explique, né, com tanto dinheiro no cofre da Unesp, com reserva orçamentária, por que que ele não está atendendo a essa reivindicação importante e justa.

Nós temos o apoio de várias outras entidades, de parlamentares aqui da Assembleia Legislativa, parlamentares estaduais, federais, vereadores nessa luta e inclusive até do Fórum das Seis, que já soltou um documento de apoio que congrega os trabalhadores, os docentes e os alunos das três universidades, USP, Unicamp, Unesp e do Centro Paula Souza. O Centro Paula Souza, cujos professores estão em greve também.

Enfim, Sr. Presidente, todo o nosso apoio à luta e à greve dos servidores técnico-administrativos da Unesp. E lembrando, Sr. Presidente pedi já convocação do reitor da Unesp aqui na Assembleia Legislativa, nas comissões pertinentes ao caso.

Quero ainda, Sr. Presidente, aqui no Grande Expediente, voltar ao tema da invasão dos celulares, dos computadores dos professores, dos alunos e dos pais de alunos da rede estadual. A Secretaria da Educação virou hacker ontem. Falei sobre isso, acionei o Ministério Público Estadual.

Nós ontem debatemos em exaustão esse tema aqui no plenário, e ontem mesmo, após as nossas denúncias, o secretário da Educação voltou atrás e disse que foi um erro, Sr. Presidente. Esse é o ponto que eu queria aqui ressaltar, porque ninguém está falando sobre isso.

A imprensa falou, tem matéria hoje na “Folha de S.Paulo”, no “Globo”, tem matéria em todos os jornais, praticamente, aqui de São Paulo, falando sobre esse tema, criticando essa invasão de privacidade dos professores, a Seduc virando hacker.

E o secretário deu a justificativa. O secretário falou que foi um erro. Ele abriu um processo administrativo para ver qual que é o erro. Sr. Presidente, isso é mentira. Isso é mentira, Sr. Presidente.

Esse é um destaque que eu quero fazer, no ano passado, o secretário Renato Feder era o secretário estadual de Educação do Paraná, do estado do Paraná, e aconteceu a mesma coisa, Sr. Presidente.

Tem aqui a matéria. Eu trouxe ontem, e vou ressaltar de novo, para que as pessoas saibam que é mentira, porque aconteceu. Olha só. “Educação violada, aplicativo não autorizado surge no celular de professores e levanta suspeitas”.

E olha a matéria de quando: 19 de novembro de 2022, do ano passado. Sr. Presidente, tem interesses aí por detrás dessa invasão dos celulares dos professores e dos membros da comunidade escolar.

Ele já cometeu esse mesmo procedimento, erro ou crime no Paraná, no ano passado. Sr. Presidente, é a mesma empresa que foi contratada lá, foi contratada aqui também no estado de São Paulo. Nós estamos investigando isso, presidente. Isso é grave. A Secretaria está mentindo abertamente. Olha só, errou também, daí disse que cometeu um erro também, lá atrás. Foi um erro.

Engraçado que é o mesmo secretário. Em dois estados, ele comete o mesmo erro. Tem alguma coisa nebulosa por detrás, que nós queremos saber, Sr. Presidente. Nós estamos investigando, porque é grave, e é importante que a imprensa saiba disso, porque a imprensa não está noticiando esse fato. Então, está aceitando. “Foi um erro pronto, vai ter uma investigação, talvez um processo administrativo, e ninguém fala mais sobre isso”.

Não. Nós vamos continuar falando, porque, olha, teve lá a mesma situação no ano passado. Então, ele vai ter que explicar por que fez? Tem aí. Isso foi deliberado. Não foi um erro, não. Tem alguma coisa nebulosa e grave por detrás desse tipo de procedimento.

Quero ainda, Sr. Presidente, aqui no Grande Expediente, também falar sobre a questão da Polícia Penal, Sr. Presidente. Olha só, os servidores do Sistema Prisional, depois de muita luta, aprovaram a PEC da Polícia Penal. Aprovamos aqui, inclusive, no plenário, logicamente, mas não houve a regulamentação até agora.

Os servidores do Sistema Penal não tiveram o reajuste que tiveram os servidores da Segurança Pública. Porque eles são os servidores da Segurança Pública, são policiais penais, e deveriam estar naquele reajuste, pelo menos, da Polícia Militar e da Polícia Civil.

Eles foram golpeados nesse processo do reajuste da Segurança Pública. Tiveram apenas 6%, e até agora o governo não encaminhou o projeto da lei orgânica da Polícia Penal, Sr. Presidente.

Eu quero destacar aqui que nós estamos lutando, exigindo que o governo incorpore na lei orgânica todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Prisional. Eles devem compor, todos eles, os administrativos, o pessoal da saúde, os assistentes sociais, os psicólogos, os motoristas, que devem estar, inclusive, classificados como policiais penais, é o que nós estamos defendendo aqui, e que os outros servidores todos sejam incluídos nessa lei orgânica.

Mas, até agora, o projeto não veio, Sr. Presidente. Há muita resistência do governo, estou sabendo, e eu não confio. Mas, quando chegar o Projeto da lei Orgânica, se esses trabalhadores e essas trabalhadoras não forem contemplados, nós vamos apresentar emendas e fazer a luta aqui dentro do plenário.

Então, aproveito, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, para continuar exigindo isso. Estamos exigindo o tempo todo que o governo apresente um projeto de lei que seja discutido com as entidades representativas dos servidores do sistema prisional e que ele já venha pronto para que a gente possa votar, incluindo todos os trabalhadores e trabalhadoras que estão trabalhando no sistema penal, como já é na Polícia Civil, onde todos foram incorporados à Lei Orgânica da Polícia Civil.

É simples, Sr. Presidente, basta o governo ter interesse. Estamos dispostos a aprovar esse projeto, mas incluindo todos, porque ninguém vai largar a mão de ninguém na aprovação dessa Lei Orgânica do Sistema Prisional.

Por fim, Sr. Presidente, para concluir, não posso deixar de destacar que ontem eu recebi aqui na Assembleia Legislativa uma comissão com vários profissionais da Educação do município de Guarulhos, inclusive acompanhados pela Associação dos Educadores de Guarulhos. Existe lá uma associação que organiza esses trabalhadores e essas trabalhadoras, como professores, diretores, supervisores de ensino.

A situação é grave, Sr. Presidente. É tão grave que esses servidores estão denunciando o assédio moral, a perseguição política, o desmonte da rede, a falta de professores, questões ligadas com dificuldades na área do transporte escolar, da merenda escolar.

Uma verdadeira desorganização da rede. É um governo que não investe de verdade e persegue quem denuncia, quem tenta melhorar as condições de funcionamento das escolas, sobretudo perseguindo supervisores e supervisoras de ensino. São denúncias gravíssimas.

Temos aqui um documento que vamos levar ao Ministério Público estadual e ao Tribunal de Contas também. É grave a situação dos nossos colegas e das nossas colegas da Educação.

Então, estamos denunciando aqui na tribuna da Assembleia Legislativa e vamos tomar outras medidas também, que estamos organizando junto com essa comissão, com esses supervisores, supervisoras, diretores, e com a Associação dos Educadores da Cidade de Guarulhos. Então, temos que ter investimento em educação lá e respeito ao trabalho dos profissionais da Educação.

Então era isso, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 13 minutos.

           

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