1 DE DEZEMBRO DE 2023

148ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão.

        

2 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - EDUARDO SUPLICY

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

6 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 04/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Pequeno Expediente.

Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Thainara. Ausente. Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Paulo Fiorilo. (Pausa.) Alex Madureira. (Pausa.) Eduardo Suplicy, com a palavra para o Pequeno Expediente.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente André do Prado, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, em primeiro lugar quero aqui saudar essa ótima notícia: a senadora, agora ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do governo Luiz Inácio Lula da Silva, foi escolhida como uma das mulheres mais influentes de 2023 pelo jornal britânico “Financial Times”.

É a única brasileira selecionada. Em texto de Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e ex-alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, a ministra brasileira é descrita como uma política empenhada em proteger a floresta amazônica e diminuir as taxas de desmatamento.

“O mundo enfrenta uma tripla crise de alterações climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Como ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil, Marina Silva está no centro dessa crise”, diz trecho do texto, que destaca a trajetória da ministra na política. “Marina continua a liderar o esforço para construir resiliência climática e restaurar o ecossistema conhecido como ‘os pulmões do planeta’.”

A biografia diz também que Marina cresceu perto da floresta tropical, em uma pequena comunidade de seringueiros, e se tornou a primeira pessoa de sua comunidade eleita para o Senado brasileiro. Também menciona a primeira vez em que a ministra foi nomeada para comandar o Ministério do Meio Ambiente, em 2003.

Presidente André do Prado, eu tive a honra e a felicidade de ter Marina Silva como minha colega no Senado. Eu havia sido eleito em 1990 e em 94 ela chegou. Foi, inclusive, uma das líderes da nossa bancada, com cinco senadores, naquele período.

Eu sempre tive com ela uma amizade muito profunda e, portanto, essa informação, eu a registro aqui com muita felicidade e alegria. Parabéns, Marina Silva, por nos representar tão bem.

O presidente Lula fez, hoje, um discurso na sessão de abertura da COP 28, em que ressaltou: “É hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis. Temos de fazê-lo de forma urgente e justa, afirmou Lula. Ele discursou na abertura da COP 28, realizada a partir desta sexta-feira, 1º de dezembro, em Dubai, dos Emirados Árabes Unidos.

Uma mulher africana, queniana, Wangari Maathai, vencedora do prêmio Nobel da Paz, sintetizou bem o dilema da humanidade em relação à natureza. Ela disse: “A geração que destrói o meio ambiente não é a geração que paga o preço”.

O painel intergovernamental sobre mudanças climáticas alertou que temos somente até o final desta década para evitar que a temperatura global ultrapasse 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais. Dois mil e vinte e três já é o ano mais quente dos últimos 125 anos.

A humanidade sofre com secas, enchentes e ondas de calor cada vez mais extremas e frequentes. No Norte do Brasil, a Amazônia amarga uma das mais trágicas secas da sua história. No Sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito de destruição e morte. A ciência e a realidade nos mostram que dessa vez a conta chegou antes, o planeta já não espera para cobrar da próxima geração.

O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, do auxílio financeiro aos países pobres que não chegam, de discurso, eloquência e vazios. Precisamos de atitudes concretas.

Enquanto os líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta, somente no ano passado o mundo gastou mais de dois trilhões, 224 milhões de dólares em armas, a quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática.

Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas. A conta da mudança climática não é a mesma para todos, e chegou primeiro paras as populações mais pobres.

Um por cento mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial. Trabalhadores do campo que têm suas lavouras de subsistência devastadas pela seca já não podem alimentar suas famílias. Moradores das periferias das grandes cidades que perdem o pouco que têm quando a enchente arrasta tudo, casas, móveis, animais de estimação e seus próprios filhos.

A injustiça que penaliza gerações mais jovens é apenas uma das faces das desigualdades que nos afligem. O mundo (Inaudível.) disparidades inaceitáveis de renda, gênero e raça. Não é possível enfrentar a mudança do clima sem combater as desigualdades.

Sr. Presidente, para não abusar do tempo, eu peço a gentileza de que seja registrado na íntegra, nas notas taquigráficas, esse discurso tão importante, significativo pronunciado pelo presidente Lula na abertura da COP neste dia.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Em relação ao pedido de V.Exa., peço à nossa Secretaria que esse discurso possa ser publicado na íntegra a pedido de Vossa Excelência.

Dando sequência aos oradores inscritos, com a palavra a deputada Fabiana Barroso. Ausente. Com a palavra o deputado Reis, que tem cinco minutos do tempo regimental.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o presidente, deputado André do Prado, cumprimentar o público presente, os funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, e também cumprimentar todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp, presidente André do Prado, eu estou fazendo o levantamento dos projetos que foram aprovados nesta Casa no ano de 2023 e os vetos que foram aprovados durante esse período. Foram 133 projetos, entre projetos de lei e projetos de lei complementar. Desses 133, nós tivemos 99 vetos totais e 34 vetos parciais.

Analisando - porque o governador, quando ele veta um projeto, ele tem que justificar, é o que diz a nossa Constituição -, os vetos se dão ou por inconstitucionalidade, ou por contrariar o interesse público. Mas, fazendo uma análise bem aprofundada dos vetos, nós temos vários projetos que foram vetados, e que não caberiam veto, porque não contrariam o interesse público e também não são inconstitucionais.

No total de vetos, nós temos quatro vetos, regulação por norma infralegal sugerida. Ou seja, foi vetado e o governador sugeriu um projeto de sua autoria. Tivemos seis vetos por inobservância das técnicas legislativas.

Essa questão das técnicas legislativas é coisa que eu entendo que - aqui tem uma procuradoria, os deputados têm os seus assessores jurídicos - são coisas que podem ser consertadas no meio do caminho, se é questão da técnica.

Redação equivocada e inconsistente: sete projetos foram vetados por redação equivocada e inconsistente; sete foram vetados por redação genérica e insuficiente; oito porque o governador entendeu que era dispensável, não tinha necessidade. Nesse caso já não está dentro do que diz a Constituição Federal, interesse público e inconstitucionalidade.

Cinco por desequilíbrio nos contratos firmados com a administração pública; 19, ausência de estimativa de impacto orçamentário - então essa é uma questão em que o parlamentar tem que pedir estudo de impacto orçamentário -; três, contrário ao interesse público; 24, política pública já existente; 37, arcabouço jurídico existente. 

É muito estranho isso, como que um parlamentar apresenta um projeto que já tem uma legislação, e nós temos todo um sistema de pesquisa nesta Casa, que não era para permitir que isso acontecesse?

Dezenove por questões técnicas; 15, incompatibilidade com normas infraconstitucionais; 50, incompatibilidade com a Constituição Federal e com a Constituição Estadual; e 88 projetos foram vetados por vício de iniciativa. São aquelas matérias que quem tem que prover é o governador, não o parlamentar.

Tem um caso aqui, que é o PL 385, do deputado Simão Pedro. O veto do governador não caberia nesse projeto. Ele disse que já existe uma legislação, e por isso ele vetou. Mas, na realidade, o projeto do deputado Simão Pedro, o 385 de 2012, não é inconstitucional e também não contraria o interesse público.

E ele propôs o aperfeiçoamento de uma política já existente. A justificativa apresentada pelo Sr. Governador é inconsistente, pois o fundamento utilizado - para terminar, Sr. Presidente - é que o estado de São Paulo já possui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, Peapo, instituída pela Lei nº 16.684, de 19 de março de 2018, regulamentada pelo Decreto nº 66.508, de 15 de fevereiro de 2022.

Ou seja, os requisitos para o veto total não são cumpridos, uma vez que o projeto não é inconstitucional e não contraria o interesse público. O que o deputado propôs foi que a política já existente, esse projeto já existente, que ele fosse aperfeiçoado.

Eu quero, em outros momentos, ir analisando todos esses vetos e demonstrando que tem vários projetos dos Srs. Deputados e das Sras. Deputadas em que não caberia veto, mas que o governo vetou por vetar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, deputada Ediane Maria. Ausente. Deputada Leci Brandão. Ausente. Deputado Luiz Fernando Teixeira. Ausente. Deputado Paulo Mansur. Ausente. Deputado Rodrigo Moraes. Ausente. Deputado Jorge Wilson. Ausente. Deputado Sebastião Santos. Ausente. Deputado Dr. Elton. Ausente. Deputado Carlos Giannazi. Ausente.

 Deputado Donato. Ausente. Deputado Lucas Bove. Ausente. Deputado Conte Lopes. Ausente. Deputado Marcos Damasio. Ausente. Deputado Major Mecca. Ausente. Deputado Simão Pedro. Ausente. Deputada Andréa Werner. Ausente. Deputada Beth Sahão. Ausente.

Pela Lista Suplementar, com a palavra o deputado Major Mecca. Ausente. Deputado Enio Tatto. Ausente. Deputado Sebastião Santos. Ausente. Deputado Simão Pedro. Ausente. Deputado Carlos Giannazi. Ausente. Deputado Eduardo Suplicy. Com a palavra, pela Lista Suplementar.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro Presidente André do Prado, eu quero aqui registrar duas importantes notícias no dia de hoje: uma que o caso do massacre de Paraisópolis completa quatro anos sem decisão da Justiça sobre os 13 PMs acusados de matar nove jovens num baile funk.

O caso conhecido como Massacre de Paraisópolis continua sem qualquer decisão de Justiça sobre os 13 policiais militares que participaram das mortes dos nove jovens durante o baile funk.

De acordo com o Ministério Público, em primeiro de dezembro de 2019, os agentes da PM entraram em Paraisópolis e encurralaram as vítimas num beco sem saída, provocando as mortes de oito delas por asfixia e uma por traumatismo.

Nenhum dos mortos morava no bairro. Os nove, também, tinham sinais de que foram pisoteados. Outras 12 pessoas que estavam na festa ficaram feridas e sobreviveram.

Os PMs alegaram que perseguiam dois suspeitos de roubo que estavam numa moto, mas que nunca foram encontrados. Um filme sobre os nove mortos em ação da PM em Paraisópolis contesta a versão do acidente. E hoje à tarde, na Avenida Paulista, em frente ao MASP, haverá uma manifestação solidária àqueles jovens que foram, então, mortos.

E gostaria também de assinalar que, de acordo com a Promotoria da Saúde Pública, 3,8 pacientes aguardam tratamento oncológico no SUS da cidade de São Paulo, número 24% maior do que o registrado em maio. A espera chega a 200 dias.

Então, o Ministério Público Estadual de São Paulo acusa a gestão do governador Tarcísio de Freitas e de seu secretário da Saúde Eleuses Paiva de omissão na gestão da fila de pacientes à espera de tratamento para o câncer na cidade.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, o número de doentes que esperam por tratamento vem crescendo mês a mês, sem que a gestão apresente medidas para ampliar a assistência oncológica.

Em recomendação expedida na última segunda-feira, a promotora Dora Martins Strilicherk, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos e Saúde Pública, destaca que tenta, desde o primeiro semestre, ter acesso a dados que mostrem o tamanho da demanda e dos atendimentos feitos, mas que em diferentes reuniões as informações não são apresentadas pela pasta estadual.

Assim, venho aqui fazer um apelo ao governador Tarcísio e ao secretário da Saúde para que possam logo tomar as providências para que esses 3,8 mil pacientes venham a ter a devida assistência à saúde pelo sistema de Saúde da cidade de São Paulo e pelo SUS.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY – PT - Havendo concordância dos líderes, peço que haja o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais oradores inscritos para o Pequeno Expediente, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 14 horas e 20 minutos.

 

* * *