19 DE JUNHO DE 2024
88ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: ENIO TATTO, CARLOS GIANNAZI, EDUARDO SUPLICY, PAULO FIORILO, FABIANA BOLSONARO, MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS, GIL DINIZ, GILMACI SANTOS e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - ENIO TATTO
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
5 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Cumprimenta Chico Buarque pelo seu aniversário.
7 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - VITÃO DO CACHORRÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Tece comentários acerca do pronunciamento do deputado Vitão do Cachorrão.
10 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
12 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - PAULO FIORILO
Assume a Presidência.
17 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - FABIANA BOLSONARO
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
20 - FABIANA BOLSONARO
Assume a Presidência.
21 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
23 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Assume a Presidência.
24 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
25 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
27 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h12min.
ORDEM DO DIA
28 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h44min.
29 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Dá resposta ao questionamento da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas.
31 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Coloca em votação e declara aprovado requerimento de criação de comissão de representação, da deputada Maria Lúcia Amary, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa de São Paulo no 1º Fórum da Virada Feminina, em Roma, e no "Brazil Day", em Milão, no período entre os dias 30/06 a 08/07.
33 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
34 - MARIA LÚCIA AMARY
Para comunicação, faz pronunciamento.
35 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
36 - MARIA LÚCIA AMARY
Para comunicação, faz pronunciamento.
37 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados, separadamente, requerimentos de urgência ao PL 1518/23, ao PL 640/21, ao PL 1046/23, ao PL 1157/23, ao PL 1201/23 e ao PL 956/23.
38 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, faz pronunciamento.
39 - CARLOS CEZAR
Solicita a suspensão da sessão até as 18 horas, por acordo de lideranças.
40 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca reuniões conjuntas das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Educação e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 17 horas e 15 minutos. Convoca reuniões extraordinárias da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento e da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais, a serem realizadas hoje, às 17 horas e 15 minutos. Suspende a sessão às 16h58min.
41 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 18h14min.
42 - CARLOS CEZAR
Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.
43 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h14min, reabrindo-a às 18h24min.
44 - PAULO FIORILO
Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.
45 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h25min, reabrindo-a às 18h33min.
46 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR
Solicita a suspensão da sessão por 15 minutos, por acordo de lideranças.
47 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h33min, reabrindo-a às 18h53min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas e 15 minutos.
48 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
49 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá resposta ao questionamento do deputado Paulo Fiorilo.
50 - PAULO FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
51 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 20/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 15 minutos. Levanta a sessão às 18h55min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Enio Tatto.
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* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ENIO TATTO - PT - Presente
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.
Lista de oradores do Pequeno
Expediente: nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado André Bueno.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Altair
Moraes. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Tem V.Exa. o tempo regimental de
cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, deputado Enio Tatto, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador
da TV Assembleia; Sr. Presidente, tenho aqui mais uma gravíssima denúncia para
fazer contra a Secretaria Estadual de Educação, contra o secretário Renato
Feder, o secretário das plataformas digitais.
Ele
não é o secretário da Educação, deputada Leci Brandão, ele é o secretário das
plataformas digitais. Essas plataformas são vendidas por preços milionários
para a Secretaria da Educação e não servem pra nada, apenas para tirar
autonomia pedagógica do magistério e prejudicar a aprendizagem dos alunos.
Mas
a denúncia, Sr. Presidente, é que, veja bem, o secretário da Educação, Renato
Feder, no ano passado, fez uma live dizendo que o pagamento do bônus para 2024,
bônus para os profissionais da Educação do estado de São Paulo seria... o
pagamento seria feito em cima do critério do Ideb, que é o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica, que é esse índice nacional, ele falou numa
live.
No
entanto, Sr. Presidente, saiu agora a publicação da resolução. Os professores
se prepararam, estavam com a expectativa do Ideb, porque ele disse isso
exatamente no dia 31 de julho de 2023.
Então,
era o índice, o critério seria em cima do Ideb, do índice nacional. Ele agora
muda as regras, exatamente no meio do jogo, no meio do processo, prejudicando
os profissionais da Educação da Rede Estadual, Sr. Presidente, gerando uma
revolta generalizada.
Mas
eu quero aqui provar o que eu estou dizendo, Sr. Presidente, porque eu não
quero aqui fazer uma falsa denúncia, nem fake news, então vamos aos fatos. Eu
tenho aqui o vídeo do Renato Feder, secretário, falando exatamente do Ideb, que
seria o critério utilizado. Vamos ver se a gente consegue assistir aqui.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Era isso que eu queria mostrar. Ele está
falando do Ideb, que é o índice nacional, que vai ser o critério. Isso no ano
passado. Ele disse, repito, quero ser claro, objetivo e pedagógico, deputada
Leci Brandão, deputado Suplicy e deputado Enio Tatto, ele está dizendo que o
índice vai ser nacional, é o Ideb.
É ridículo
isso, Sr. Presidente, parece que ele estava fazendo venda de telemarketing,
meta diamante, meta ouro, parece um departamento de vendas, de telemarketing.
Isso é ridículo, é um absurdo.
Mas vamos ao
que interessa aqui, que é ele falando do Ideb. Aí ele solta uma publicação
depois dessa live reafirmando exatamente que é o Ideb, tem aqui a publicação,
olhe só, publicação da Secretaria da Educação. Pode só puxar lá o logo dessa...
Bônus é da Secretaria da Educação. Bônus da Educação.
Entenda como
será o pagamento em 2024. Agora pode subir. Então está lá, em São Paulo temos o
Idesp. Não, está ali, acho que só um pouquinho mais. É quando ele fala do Ideb,
está vendo? Aqui embaixo. Ele fala: cada escola receberá duas metas, ouro e
diamante, mas as metas são individuais e levam em consideração o Ideb atual, de
2020, da unidade, condições estruturais, tal, tal, tal e parcial.
Então é o Ideb,
o tempo todo o Ideb aparecendo, tanto é que nesse mesmo tema, nesse mesmo
texto, aparece “queremos ter a melhor Educação do Brasil, precisamos nos comparar
ao cenário nacional, que é o cenário do Ideb.
No entanto, Sr.
Presidente, o que aconteceu? Saiu a publicação agora da resolução que trata
desse tema, que é a Resolução nº 14, de 2024, publicada agora no dia 14 de
junho de 2024. Ele modificou, ele deu um golpe nos professores.
Nem todos
profissionais da Educação, porque todos recebem esse bônus, deputada Leci
Brandão. Ele mudou, agora não é mais o Ideb, está ali, olha, não sei se dá pra
ler, “Diário Oficial”, que diz exatamente que vai ser o Idesp. Ele mudou o
índice, então agora é o índice de desenvolvimento da Educação, do ensino do
estado de São Paulo.
Ele dizia,
primeiro, que o Idesp era algo menor, pequeno, não abrangente, então tinha que
ter uma visão nacional. Agora ele mudou radicalmente, mas mudou sem avisar a
rede estadual de ensino, Sr. Presidente.
Isso é um golpe
que vai prejudicar milhares e milhares de profissionais da Educação em toda a
rede estadual. É um passa moleque na rede estadual, é um escárnio, é uma
desconsideração, é uma leviandade, é uma irresponsabilidade do secretário. Esse
secretário está brincando com a rede estadual.
Nós estamos
tomando providências em relação a isso. Vamos acionar novamente o Ministério
Público Estadual, o Tribunal de Contas, vamos convocar o secretário para
explicar esse ataque, esse descaso, essa irresponsabilidade e essa mentira,
porque ele mentiu, falou que ia ser o Ideb, agora é o Idesp.
Isso prejudicou
milhares e milhares de profissionais da Educação, que não terão acesso,
basicamente, ao bônus que será pago, segundo ele, até o dia 20 de julho. Mas só
acredito vendo, deputada Leci Brandão.
Então era isso,
Sr. Presidente, queria fazer essa gravíssima denúncia e dizer que nós estamos
tomando todas as providências contra esse nefasto fato produzido, mais uma vez,
pela Secretaria da Educação.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ENIO TATTO - PT - Obrigado,
nobre deputado Carlos Giannazi. Dando continuidade aos oradores do Pequeno
Expediente, nobre deputado Luiz Fernando Teixeira. (Pausa.) Nobre deputado Simão
Pedro, tenha, V. Exa., o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, deputado Enio Tatto, que preside esta
sessão; nobres deputados Carlos Giannazi, Eduardo Suplicy, Leci Brandão;
funcionários desta Casa e público que nos acompanha
pela TV Alesp e pelas redes sociais aqui da Alesp.
Sr. Presidente,
eu vinha para cá hoje, cheguei até mais cedo do que de praxe nas
quartas-feiras, porque eu tinha expectativa de acompanhar a exposição do
secretário Benini de parcerias, na Comissão de Infraestrutura.
Mas,
felizmente, não deu quórum e se adiou essa oitiva do secretário, que é um dos
secretários mais importantes, um dos que estão ajudando o Tarcísio a vender o patrimônio
público, Sabesp, Metrô, CPTM e foi ele quem autorizou - e eu ia fazer essa
pergunta para ele -, a ViaMobilidade, dispensou a ViaMobilidade, que administra
as Linhas 8 e 9 da CPTM, a fazer os investimentos previstos no contrato.
Assunto que eu
já me pronunciei aqui, cobrei explicações e, inclusive, fui à Justiça e ao
Ministério Público porque não tem qualquer fundamentação. Mas deixa para a
próxima.
Eu também ia
perguntar, nobre deputada Leci Brandão, V. Exa. que é membro da Comissão de
Educação e Cultura, onde eu já tive a satisfação de atuar junto com a senhora,
sobre esse projeto das escolas privatizadas.
É de
conhecimento que o Governo do Estado anunciou que vai construir 33 escolas
estaduais e vai entregar para a iniciativa privada administrar por um período
de 25 anos, para que a iniciativa privada explore, receba do Estado por
administrar as escolas.
E também a ela
pode, essa empresa, essa concessionária que será contratada, explorar com
receitas acessórias. Não se sabe bem o que é isso, ela vai poder pôr loja lá
dentro? Usar o espaço físico da escola para poder ganhar dinheiro se chama
receita acessória.
Mas assim, a
nossa pergunta, que não quer calar, é: por que é que, neste caso, o governo
poderia fazer uma parceria público-privada? Olha, já que eu não tenho dinheiro
para investir, então eu peço para a iniciativa privada investir, construir e
depois ela vai explorar para receber esse investimento ao longo do tempo, ou o
Estado vai repor esse dinheiro aos poucos, seja cobrando uma tarifa seja...
Mas o engraçado
é que todas as concessões têm sido tocadas por essa Secretaria Estadual de
Parcerias, menos esse projeto, que deixaram na Secretaria da Educação. Deixaram
para a Secretaria da Educação fazer o investimento, a construção, colocar
recurso público, dinheiro público, dinheiro da Educação, para construir e
entregar para a iniciativa privada administrar. Não tem a menor lógica. Não tem
o menor cabimento uma situação dessas.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
Então queria
perguntar para o secretário, por que é que, neste caso, a secretaria foi
dispensada? Ela que vai buscar recursos privados para investir aqui no Estado
e, neste caso, vai passar para a iniciativa privada com dinheiro público. Aí
não tem jeito.
Eu já havia
questionado, por exemplo, modelos como o do Metrô, deputada Leci Brandão. Eu e
o deputado Nivaldo Santana fazíamos parte da Comissão de Serviço e Obras nos
mandatos de 2003 a 2006, depois de 2006 a 2010.
No metrô, por
exemplo, a Linha 4, essa linha da ViaMobilidade, Linha Amarela, que liga a
Estação da Luz, passa pela República, vai para Pinheiros, Butantã, vai até o
Morumbi. Ali também, a gente já questionava esse modelo, mas na época dos
tucanos.
O Governo do
Estado investiu 85% da construção da linha; dinheiro público, dinheiro do
Metrô, dinheiro do Estado, dinheiro do povo, para depois entregar para a
iniciativa privada administrar por 30 anos, ficando com as tarifas que o povo
paga, explorando a publicidade, explorando os espaços, receita assessória.
Eu falava que
era um negócio da China, porque teria lógica se o governo não tivesse dinheiro
para investir; a iniciativa privada investe, e aí você... Ela recebe do Estado,
com a autorização do Estado, com a fiscalização do Estado, mas neste caso do Metrô
e neste caso da Educação, não tem o menor cabimento. O secretário irá voltar, e
na oportunidade farei essas perguntas pra ele responder.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a
palavra a deputada Carla Morando. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Rafa
Zimbaldi. (Pausa.) Com a palavra, a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a
palavra, a deputada Leci Brandão, que fará uso regimental da tribuna.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Carlos Giannazi, Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, funcionários desta Casa, funcionários de serviços
gerais, público que nos assiste pela nossa TV Alesp, deputado, sempre senador,
Eduardo Suplicy.
Hoje é
aniversário de um gigante da música brasileira e que o senhor admira muito,
Chico Buarque de Holanda. Completa 80 anos. E faço essa homenagem na tribuna
desta Casa, porque, mais do que um artista fenomenal, eu considero Chico um
cidadão brasileiro da maior importância. É um grande exemplo de amor ao País, à
nossa gente e à nossa cultura.
E, ao falar
sobre o Chico, me vem à memória uma artista grandiosa também, mulher negra que
usou sua música como instrumento em favor dos direitos civis. Ela se chamava
Nina Simone. E tem uma frase dela que se tornou célebre. Ela dizia assim: “É
uma obrigação artística refletir sobre o meu tempo.”
Embora acredite
que não se pode colocar limites no fazer artístico, tenho uma admiração
especial pelos artistas que pensam e são críticos ao que de errado acontece à
sua volta.
Chico refletiu
e reflete sobre o seu tempo, foi um dos compositores mais combativos contra a
ditadura militar e sempre se manifestou em momentos cruciais da história
recente do nosso País.
E essa, para
mim, é uma grande qualidade, pois também acredito na arte e no artista que
reflete seu tempo, que se posicionou, que se indigna diante de absurdos, das
violências, que tem coragem de dizer de que lado estava.
Eu tenho um
lado, e todos sabem que estou junto com os movimentos sociais, o Movimento
Negro, as religiões de matriz africana. E, mais do que nunca, neste momento, eu
estou ao lado dos movimentos de mulheres que lutam contra o projeto criminoso
apresentado na Câmara dos Deputados, apoiado por parlamentares que envergonham
o povo brasileiro.
Esses
parlamentares envergonham o povo brasileiro. Em momentos como esse, é sempre
bom lembrar e celebrar a vida de um artista brasileiro de primeira grandeza,
como Chico Buarque, que, com sua música, renova as nossas esperanças.
É importante
que a gente continue falando, nesta tribuna, sobre esse comportamento do
Congresso Nacional. E que o povo continue vindo para a rua manifestar a sua
revolta contra essa covardia, essa falta de decoro com as mulheres deste País.
A gente tem que
persistir, porque senão o tempo vai passar, vão deixar para resolver essa
questão depois do recesso, e vão esquecer. E a gente não pode esquecer. As
mulheres sabem que nós estamos ao lado delas, no momento em que o Congresso
Nacional parece que esqueceu o que é a dignidade da mulher brasileira.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado, deputada Leci Brandão. Parabéns pela lembrança do aniversário de um
dos maiores, senão o maior compositor da história do nosso País, um dos maiores
compositores do mundo. Chico Buarque de Holanda, que faz hoje 80 anos.
E que eu tive a oportunidade de levá-lo
à escola em que eu sou diretor, lá na Capela do Socorro, na Cidade Dutra. Ele
esteve na minha escola exatamente em 1999, e cantou para os alunos, para as
crianças.
Cantou uma música que há muito tempo
ele não cantava, “A Banda” que é uma música de 1967. Tenho até fotos aqui.
Machado, você pode colocar pra mim? É a sua época, época do Conte Lopes. Quero
fazer esse registro, que eu faria essa homenagem a ele. Mas quero pegar uma
carona aqui no discurso da Leci Brandão, da deputada Leci Brandão, essa grande
cantora.
Aqui, ele na Escola Municipal Miguel
Vieira Ferreira, em 1999, conhecendo nosso trabalho pedagógico, cantando.
Cantou aqui “A Banda” para as crianças. Passou a tarde inteira na nossa escola,
conhecendo nosso trabalho pedagógico, o Chico Buarque de Holanda. Então, viva o
Chico Buarque de Holanda! Parabéns deputada.
Dando sequência à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra, deputada Márcia Lia. (Pausa.) Com
a palavra, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra, deputada Beth Sahão.
(Pausa.)
Com a palavra, deputado Rômulo
Fernandes. (Pausa.) Com a palavra, deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Com a
palavra, deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a palavra, deputado Rui Alves.
(Pausa.)
Com a palavra, deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Com a palavra, Major Mecca. (Pausa.) Com a palavra, deputado
Teonilio Barba. (Pausa.) Com a palavra, deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Com a
palavra, deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Com a palavra, deputada Paula da
Bancada Feminista. (Pausa.) Com a palavra, deputado Eduardo Suplicy, que fará
uso regimental da tribuna.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Caro presidente Carlos Giannazi, querida deputada Leci Brandão,
caros deputados.
Eu também quero
aqui fazer uma homenagem ao Chico Buarque, esse extraordinário cantor,
observador das coisas brasileiras, tão importante. Mas eu queria, antes,
assinalar a visita entre nós da Mayara Viana Vac, que
se mudou de São Paulo, para Ilhabela, alguns anos atrás.
É candidata a
vereadora em Ilhabela pelo Partido dos Trabalhadores. E veio aqui me consultar
sobre a possibilidade de em Ilhabela também se propor e se instituir a renda
básica de cidadania, tal como em Maricá está acontecendo.
Sim, isso é
possível sempre. De qualquer forma de riqueza gerada em uma comunidade, em uma
cidade, em um país, sempre poderemos separar uma parcela para formar um fundo
que a todos pertencerá.
E, dessa
maneira, financiarmos a renda básica. Ilhabela tem tanto a possibilidade de
receber royalties do petróleo, como também recebe um contingente de pessoas que
nas temporadas chega até a alcançar dezenas de milhares de pessoas, senão mais
de 100 mil pessoas, e, portanto, teria sim uma forma de obter um financiamento
por parte de todos aqueles que apreciam tanto a Ilhabela.
Então é perfeitamente possível, mas eu quero
também homenagear Chico Buarque, e inclusive dizer da minha admiração por ele,
e como é que ele chega aos 80 anos com uma obra grandiosa, fundamental e
coerente, como destaca Augusto Diniz na sua reportagem publicada na ‘Carta
Capital’.
“Cantor,
compositor e escritor celebra o aniversário nesta quarta-feira como o mais
importante artista brasileiro vivo.
‘Fazer um gol
de bicicleta, dar de goleada, deitar na cama amada e despertar poeta, achar a
rima que completa o estribilho, fazer um filho que tal pra ver crescer, criar
um filho num bom lugar numa cidade legal, um filho com a pele escura, com
formosura, bem brasileiro. Que tal? Não com o dinheiro, mas a cultura.’
Este trecho
poderia ser de alguma canção crítico social de Chico Buarque nos anos 60 e 70,
de uma de suas músicas crônicas dos anos 80 e 90, de algum de seus romances,
desde ‘Estorvo’, em 1991 até ‘Essa Gente’, 2019, ou mesmo de uma de suas peças
teatrais, como a ‘Ópera do Malandro’ em 78. Poderia ainda ser de uma letra
musical de linha mais romântica, composta por ele desde sempre.
Os versos, no
entanto, são da mais recente música inédita de Chico Buarque, lançada em 2022,
de nome ‘Que tal um Samba?’, disponibilizada nas plataformas digitais pouco
antes de uma das eleições mais acirradas que este País já viveu.
A letra
conversa com a história de seu autor. Foi grandioso ao evocar o que pensa mais
uma vez, mesmo com toda ameaça que poderia receber caso o pleito desse errado,
cerca de quatro meses depois.
Chico Buarque é
isso, fundamental em um tempo enorme de nossa história. Recuando no tempo, para
muito antes de ‘Que tal um Samba?’, a música que marcou seu início de carreira
carrega um nome semelhante. ‘Tem um Samba’, apresentada em 1964.
‘Tem mais samba
nas mãos do que nos olhos. Tem mais samba no chão do que na lua. Tem mais samba
no homem que trabalha. Tem mais samba no som que vem da rua.’
Chico era
imenso no começo de tudo, há 60 anos. Da singela composição mostrada pouco
tempo depois, a banda interpretada por Nara Leão, vencedora do ‘Festival da
Record’ em 66 até a peça ‘Roda Viva’, encenada em 1968, as nuances desse
múltiplo artista foram escancaradamente expostas.
‘Roda Viva’ foi
sua primeira manifestação contundente como dramaturgo aos mecanismos do
sistema. Em meio a uma produção de canções de encontros e desencontros como
‘Noites dos Mascarados’, como ‘Açúcar com Afeto’, ‘Quem te Viu, Quem te Vê’,
entre outras, indo até ‘Apesar de Você’, de 1970, uma espécie de hino pela
liberdade na ditadura militar que ecoou novamente nos anos recentes, com outro
tipo de governo autoritário.
Mas foi em
1971, de volta do autoexílio na Itália que Chico Buarque lançou o álbum que
representaria a primeira síntese de seu trabalho. ‘Construção’ é um misto de
crônica e crítica ao regime, um dos mais significativos registros fonográficos
já feitos, com versos monumentais. ‘Morreu na contramão atrapalhando o sábado’,
e melodias melodramáticas à altura.
O poder crítico
continuou com a criação do compositor Julinho de Adelaide, para driblar a
censura, especialmente com a música “Acorda, Amor”, gravada em 1974 no álbum
“Sinal Fechado”. Um ano depois apresentaria a peça “Gota d'Água”, escrita por
Paulo Pontes, sobre a tragédia brasileira.
A progressão
dessa fase mordaz surge no disco “Meus Caros Amigos”, de 76, com “O que será
que andam suspirando pelas alcovas, que andam sussurrando em versos e trovas”,
de letra reflexiva.
A peça Calabar,
desenvolvida por Ruy Guerra, encenada em 79, depois de ser proibida em 73,
impõe seu herói contra a ótica do colonizador. Veio ainda a “Ópera do
Malandro”, de 1978, o “Chico Vadio”, em Almanac, em
1981, um salto no qual se enquadram também os álbuns “Para Todos”, de 93, “As
Cidades”, de 98, alicerçados metáforas, circunstâncias sociais de “O
Cotidiano”, assim como “Carioca”, 2006, e “Caravana”, 2017, o último de
inéditas.
Na literatura,
ressaltam-se os seus romances “Estorvo”, 92, “Benjamin”, 95, “Leite Derramado e
Irmão Alemão”, 14, e “Essa Gente”, 2019, de imaginações e inquietações
pessoais, em universo quase de contrassenso, mas mais próximo do real que se
presume.
Aqui estão
apenas as obras mais criadas e premiadas, mas há muitas outras canções
fonográficas, trabalhos para o cinema, teatro de redundante qualidade, como a
canção-tema para o filme “Bye Bye Brasil”, de 79, com
melodia de Roberto Menescal, que mostra uma epopeia do Brasil profundo.
Toda a produção
de Chico Buarque é superlativa, tem um enigma, uma relação com o momento. De
alguma forma se escala a história, encrustada de aspectos e influências
socioculturais. É possível iniciar muitas narrativas sobre este País, fazendo
exemplificações ou relações com uma das obras desse gênio.
Tudo de Chico é
poético, profundo, provocador, essencialmente cultural, capaz de mexer com um
número expressivo de sensações e emoções do ouvinte, do leitor, do observador,
do ser humano minimamente sensível. É algo fenomenal, sem paralelo no mundo
artístico brasileiro.
Parabéns aos 80
anos de sua contribuição para nós, brasileiros, e para o mundo.
Desculpe,
presidente, mas eu achei que esta homenagem ao Chico precisava ser feita
inteiramente.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Suplicy. Parabéns pela homenagem ao maior compositor da história do
Brasil, Chico Buarque de Holanda. Com a palavra o deputado Guilherme Cortez.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra o deputado Tomé Abduch.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Gil Diniz. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Dr. Elton. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Caio França.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Alex Madureira. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra a deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Com a palavra a deputada
Letícia Aguiar. (Pausa.) Com a palavra a deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.)
Com a palavra a deputada Ana Perugini. (Pausa.)
Na Lista Suplementar, com a palavra o
deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.) Com a palavra a
deputada Marina Helou. (Pausa.) Com a palavra o deputado Valdomiro Lopes.
(Pausa.)
Com a palavra a deputada Beth Sahão.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Vitão do Cachorrão, de Sorocaba.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Boa tarde a todos, cumprimentar os funcionários, o
presidente Giannazi, sempre lutando pelo servidor, grande amigo, cumprimentar
todos os funcionários, a TV Alesp, as redes sociais, aqueles que nos acompanham
em casa e também o pessoal da limpeza, da faxina, que são grandes amigos.
Cumprimento
também e é uma honra receber no nosso gabinete, está lá nosso amigo Frajola, da
cidade de Pereiras, que é pré-candidato a prefeito pelo Republicanos e veio
aqui, como sempre, buscar recursos para a Saúde de Pereiras, para a
Infraestrutura também.
O Frajola está
lá no nosso gabinete. Presidente, quero aqui também dar os parabéns no dia de
hoje. É aniversário do governador Tarcísio de Freitas, que Deus abençoe muito a
sua vida, governador, continue dando sabedoria e inteligência, abençoe muito
sua família.
Que Deus
continue dando sabedoria aí nessa caminhada. Meus parabéns, feliz aniversário.
Que Deus continue iluminando a sua vida. E falando em governador Tarcísio de
Freitas, que é aniversariante, ele enviou um projeto aqui para a Alesp de lei
que é destinado a enfrentar o desafio da geração nem-nem. O que significa isso?
Jovens que não trabalham, nem estudam e enfrentam dificuldade para ingressar no
mercado de trabalho formal.
O programa,
denominado Estágio SP, visa a proporcionar oportunidade de estágio e monitora
os estudantes das escolas estaduais com o objetivo de reduzir a evasão escolar
e facilitar a inserção deste jovem no mercado de trabalho. Eu estive - e quero
agradecer aqui - com o secretário de Educação, o Feder, na cidade de Salto e
ele me explicou um pouco.
A expectativa é
que o programa atinja 30 mil estagiários. “Queremos acabar com o problema do
nem-nem, jovens que não trabalham nem estudam e que sem perspectiva ficam à
margem do mercado de trabalho”, destacou Feder. O Estágio SP pretende assim ser
uma resposta concreta, oferecendo formação, prática e também remuneração para
os estudantes, resumindo. Que bacana, a gente tem que agradecer aqui.
Mais de 30 mil
jovens vão estagiar, estudar e trabalhar na própria escola. Parabéns,
governador Tarcísio de Freitas, parabéns ao secretário Feder. Também agradeço e
dou os parabéns ao presidente aqui da FDE, o Jean.
Mais de 1.500
escolas reformadas e construídas neste um ano e meio aí de mandato. Então eu
agradeço e dou os parabéns principalmente por esse projeto do nem-nem, que
ninguém estuda e ninguém trabalha.
Então vai
incentivar o jovem a frequentar aula e ele vai receber um salário e vai
trabalhar na própria escola. Isso nunca aconteceu aqui no estado de São Paulo.
Isso é uma bênção para aquele jovem... Que nem de onde eu vim, muitas das vezes
eu trabalhava lá em Sorocaba de servente de pedreiro, tanto é que tem uma
colher de pedreiro na porta lá do meu gabinete.
Por que tem
essa colher, Vitão, se você vende hot-dog e vende cachorrão? Para quando eu
subir, Giannazi, quando eu chegar aqui de terno e de gravata, eu olhar naquela
colher - e também vejo humildade em V. Exa. - e não esquecer de onde eu vim,
não esquecer do meu passado.
Com muito
orgulho carreguei lata de massa nas costas e trabalhei de servente de pedreiro.
Então para mim é um orgulho eu estar aqui e muitos jovens precisam de
oportunidade porque moram na periferia - que nem eu que vim da periferia também
de Sorocaba - e não têm emprego.
E falando
nisso, além desse projeto do estágio, eu quero aqui fazer um apelo para o
Feder, já que ele está fazendo um grande trabalho para o governador Tarcísio de
Freitas: para aumentar os horários no interior, em todo estado de São Paulo.
Giannazi, tem muitas poucas escolas que são com horário integral.
É muito bacana
isso, só que precisa ter aula das 17 horas às 23 horas. Tem mais de 600
estagiários em Sorocaba com emprego arrumado já na carteira nas grandes
empresas que não estão conseguindo trabalhar porque não têm esse horário
escolar.
Então faço um
apelo aqui para encerrar minha fala: volte a ter mais escolas não só em
Sorocaba, mas em todo o Estado, com horário noturno, porque o jovem ajuda a
levar o pão na mesa da mãe e do pai, o pão na mesa da família.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra
o deputado Paulo Mansur. Quero fazer coro com V. Exa., deputado Vitão do
Cachorrão, porque V. Exa. tem razão. O governo estadual, o governo Tarcísio,
está fechando o período noturno das escolas.
Eles impedem que os alunos
trabalhadores possam estudar. Isso está acontecendo em todo o estado de São
Paulo: uma sabotagem, um boicote ao ensino noturno. Eu já acionei o Ministério
Público Estadual e o Tribunal de Contas contra esse ataque ao direito à
Educação dos alunos trabalhadores.
Com a palavra o deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar
você, Giannazi, que está na Presidência. Já que a Leci Brandão cumprimentou um
aniversariante hoje que defende o comunismo, defende a esquerda no nosso
Brasil, vou cumprimentar o Tarcísio de Freitas, que é um liberal, que é da
direita conservadora e que faz também anos hoje. Então, parabéns ao nosso
governador Tarcísio.
Começar a nossa
fala com uma matéria que saiu na “Veja”. “Veja”, que é um meio de comunicação
que, muitas das vezes, defende o governo do presidente Lula. Então, a “Veja”
deu uma notícia: em um ano de governo, se gastou um bilhão de reais com viagens
no governo federal. Um bilhão de reais em viagens para o presidente Lula ir pra
Europa, gastar 70 mil reais em diárias, como ele está indo agora. Então, esse é
o nosso País.
Falando do nosso País, da situação que está,
vamos falar dos aumentos dos impostos desde o governo Lula, desde quando ele
entrou? Vamos falar. Desde quando o presidente Lula entrou, olhe os impostos
que ele aumentou - vou falar alguns aqui, não sei se vai dar tempo em três
minutos -: reversão de alíquotas do PIS/Cofins sobre receitas financeiras para
grandes empresas; retomada do PIS/Cofins do Cide sobre gasolina e etanol;
imposto sobre exportação de petróleo. Não tinha imposto, agora tem.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
* * *
Retirada do
ICMS da base de cálculo de crédito do PIS/Cofins; tributação de apostas
esportivas eletrônicas. Não tinha tributação em apostas, agora tem. Imposto
sobre importação via e-commerce: Shein, Shopee, AliExpress. Tem imposto.
Aumento do IPI sobre armas de fogo e munições. Agora tem imposto. Aumento do
imposto de importação de painéis solares. Desde 2015 não havia imposto em
painéis solares. Só foi o presidente do imposto entrar que agora tem.
Veículos
elétricos e híbridos importados voltam a ser tributados. Ou seja, o PT veio
aqui ontem debater sobre a baixa do IPVA, que o governador Tarcísio quer fazer
para carros que tenham etanol, e não falaram que o governo Lula tachou as
importações desses veículos para o nosso Brasil e que não tinham taxas. Fim da
isenção do IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais; novas regras para limitar o
uso de juros sobre capital próprio.
Come-cotas
sobre fundos exclusivos tributários de rendimentos no exterior de offshores.
Quem tem empresa fora do País, hoje paga imposto. Antigamente, não pagava.
Retomada do PIS/Cofins sobre diesel e biodiesel; aumento de alíquota padrão do
ICMS em vários estados; ICMS sobre combustível e gás de cozinha têm alta média
de 12,5%; IPVA sobre jatinhos e iates; ITCMD progressivo, aumento de imposto;
alíquota padrão do IVA. Deve ser uma das maiores do mundo.
Reforma
tributária cria imposto do pecado, que pode incidir sobre carro, refrigerante e
petróleo. Câmara aprova projeto do governo que retoma a cobrança do DPVAT, que
é o imposto de seguro obrigatório que todos nós estamos pagando hoje no nosso
País.
Governo insiste
em renomear folha de pagamentos de municípios de setores econômicos; fim de
benefícios tributários para setor de eventos; compras abaixo de 50, como eu
falei, no e-commerce.
Fazenda quer
imposto mínimo de 15% sobre lucros de multinacionais. Haddad propôs, no G20,
taxação global sobre super-ricos. É isso que nós temos hoje. Nós temos o
governo dos impostos.
Na época do
Bolsonaro, ele baixou, em 700 itens, impostos no Brasil. E ele teve a maior
arrecadação tributária. Nós tivemos uma arrecadação... Na época do Bolsonaro,
foram deixados em caixa 56 bilhões de reais. Hoje a gente tem um déficit
histórico de mais de 250 bilhões.
E foram pagos
quatro bilhões em emendas parlamentares. À plateia que está me assistindo:
quatro bilhões em emendas. Um bilhão de reais agora em viagens. O Lula gastou
um bilhão de reais neste ano. Então, é sim, realmente, o governo dos impostos,
o governo que mais gasta neste País.
Muito obrigado,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT -
Tem a palavra, agora, a deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa
tarde, presidente. Boa tarde a todos que nos acompanham. Hoje eu quero falar do
acelerado processo da privatização da Sabesp. Os leilões estão sendo anunciados
para ainda este mês.
O secretário de
Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, estava aqui hoje. Queria muito
ouvi-lo sobre o contrato que ele redigiu e que está disponível no site do
Governo, na secretaria dele, assinado por ele.
Um contrato de
venda que parece que foi escrito pelo futuro comprador porque só trata do
direito do futuro do comprador, mas, por um erro que, inclusive, considero da
oposição, a gente não conseguiu ouvi-lo. Seria importante ouvi-lo sobre esse
contrato.
Então, eu
trouxe aqui algumas coisas que me chamaram atenção no contrato da possível
venda da Sabesp que está disponível no site do Governo. O modelo adotado pelo
governo para a privatização da Sabesp selecionou agora, na segunda-feira,
alguns possíveis investidores. Alguns possíveis investidores. A imprensa já vem
ventilando alguns grandes nomes da Energia e do Saneamento Básico do Brasil
para essa compra.
Por isso, dada
a polêmica, inclusive, nesses serviços que não têm concorrência no Brasil, de
Saneamento Básico e Energia - São Paulo é um caso clássico, porque está todo
mundo às voltas com a Enel -, a gente se preocupa com o modelo de contrato que
vai ser proposto pelo governo com o futuro comprador.
Primeiro, para
começar, o governo decidiu que vai ter um investidor de referência. Esse
investidor de referência pode comprar 15% das ações. O Governo do Estado de São
Paulo diz que vai ficar com 18 até 2029.
A partir de
2029, não tem regra nenhuma. Esse investidor de referência pode comprar tudo,
pode vender tudo, pode ser majoritário e etc., mas quem pensa que a gente vai
ter que esperar até 2029, que já está bem ali na porta, para se preocupar com o
controle desse investidor de referência com a Sabesp, se engana, porque esse
investidor de referência, por mais que tenha menos ações do que o governo, vai
assumir a presidência e a gestão da Sabesp desde já. Isso foi garantido pelo
Rafael Benini, secretário de governo, na proposta do contrato.
Me chamou a atenção que, havendo um conselho
composto por nove membros para a direção da Sabesp, um conselho acionista
composto por nove membros, em que o
investidor de referência vai indicar três e o Governo do Estado vai indicar
três, o contrato prevê, de largada, que os acionistas terão direito a voto para
eleger o presidente do conselho administrativo, mas que - está aqui no Art. 5º
- os três membros do conselho indicados pelo governo são obrigados - obrigados!
Obrigados! - a votar na indicação do acionista de referência.
Então, os três
membros do conselho representantes do governo são obrigados a votar no
presidente de indicação do acionista de referência, esse que vai ter 15% da
Sabesp, enquanto o Governo do Estado vai ter 18 por cento.
Ou seja, vai
ter membro do conselho que não vai ter membro. Ele já nasce aqui, de largada,
obrigado a seguir as regras de quem vai comprar e de quem vai assumir a gestão
da Sabesp desde já.
O que mais me
assusta... Eu não sou do Direito, eu não sou, a gente se vê obrigado a estudar
aqui. Eu chamei diversos colegas advogados pra ler esse contrato comigo, para
pedir a opinião deles, e todos eles tiveram a mesma percepção que eu.
Não só por
conta das inúmeras experiências ruins que a gente tem em privatização de
serviço básico sem concorrência, mas também porque é básico do Direito todo
contrato ter uma cláusula de exclusão.
Se o comprador
não cumprir... Nem que seja o pagamento, entendeu? Se o comprador não cumprir o
pagamento, extingue-se o contrato. Se o comprador não cumprir as suas
obrigações, extingue-se o contrato. Não tem. A única cláusula de extinção do
contrato que prevê aqui é: se o comprador não estiver satisfeito, ele pode, por
qualquer motivo - o comprador -, extinguir o contrato.
Esse contrato
aqui, escrito pelo secretário de Parcerias em Investimentos, parece que foi
escrito para beneficiar só o possível comprador, porque os interesses do povo
de São Paulo: universalização de saneamento básico, atendimento de 100% da
população, não cortar sem aviso prévio, transparência, melhor gestão dos
recursos públicos, uso é... do bem material e natural, que é a água... Nada
disso está escrito aqui.
Quais são as
obrigações do comprador? Não estão escritas aqui. Só tem direito, direito e
direito. Por isso, eu gostaria muito de ter questionado o secretário hoje na
vinda dele aqui às comissões, antes do leilão que já vai começar.
Eu considero um
erro ter aberto mão de ter ouvido secretário. Foi horrível. Mas, a gente vai
precisar ir à Justiça pressionar, porque o Governo do Estado de São Paulo
parece que colocou os seus secretários pra trabalhar para o mercado, entregando
um bem precioso do povo aos interesses daqueles que a gente nem sabe que vão
comprar ainda.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem,
deputada Monica Seixas. Passo a palavra agora ao deputado Carlos Giannazi, pelo
tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Eduardo Suplicy, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV
Assembleia.
Sr. Presidente,
nós estamos vivendo em São Paulo um verdadeiro processo de precarização na área
dos serviços públicos, muito por conta da precarização das contratações dos
nossos servidores públicos. Praticamente, nós temos pouquíssimos concursos
públicos de provas e títulos para as mais variadas carreiras.
A situação do
estado de São Paulo é grave e é gravíssima, porque nós temos aproximadamente 42
milhões de habitantes no estado de São Paulo, que precisam ser atendidos pelos
serviços públicos do SUS, Sistema Único de Saúde, pela Educação, sobretudo a
educação básica, no caso do estado que é responsável pelo ensino fundamental,
pelo ensino médio, pelas universidades públicas, pela USP, pela Unicamp e pela
Unesp, pelo Centro Paula Souza, responsável pelas Etecs e pelas Fatecs. Na área
da Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal.
No entanto, Sr.
Presidente, nós não temos ingressos nas carreiras, sobretudo na área da
Educação, na área da Saúde, pelo concurso público. Quando eles são realizados,
não há chamada.
Nós temos que
pressionar, acionar a Justiça, o Ministério Público e o Tribunal de Contas.
Inclusive, agora saiu a publicação no próprio “Diário Oficial” desses cargos
vagos, e é assustador o que acontece no estado de São Paulo, Sr. Presidente.
Eu tenho aqui
os dados. Nós temos 366 mil cargos, aproximadamente, vagos, que deveriam ser
preenchidos através do concurso público nas mais variadas áreas. Eu tenho aqui
até... Vamos colocar aqui, Machado, por favor, os gráficos. Os gráficos não, os
números. É pra gente entender a gravidade da situação.
Olha,
só na Educação nós temos 212 mil cargos, praticamente, vagas em aberto; na
Saúde, 77; na Segurança Pública, quase 50 mil. Esses cargos necessitam de
concursos públicos para que haja o preenchimento dessas vagas, e para que a
população possa ser atendida por servidores de carreira, que tenham tempo,
estabilidade, que inclusive possam ter uma evolução nessa carreira, mas isso no
estado de São Paulo não está acontecendo.
Repito, olha
só, dados do próprio governo, porque ele é obrigado a dar transparência: mais
de 366 mil cargos vagos, Sr. Presidente. Na área da Educação, eu queria fazer
aqui um recorte, porque é a área na qual eu atuo como professor, como diretor
de escola, a situação é a mais grave possível, porque o governo optou pela
precarização total do preenchimento dessas vagas.
Eu tenho aqui
um dado assustador que é o outro quadro que é esse, olha, na rede estadual -
isso só o Magistério, não estou contando aqui com os agentes de organização
escolar, que aumentam ainda mais esse número -, dos professores que estão
atuando hoje na rede estadual, 82.685 são temporários, são categoria “O” - olha
que absurdo -; 69.980 são efetivos, concursados; CLT, 10.253. Isso significa
que o número de professores efetivos e carreira vêm diminuindo drasticamente, e
o governo não realiza concurso público pra fazer as contratações, ele optou
pela precarização, contratando mais professores categoria “O”.
Houve um
concurso público realizado recentemente, mas o governo disse que só vai chamar
15 mil professores, quando nós temos mais de 80 mil vagas, cargos vagos que
poderiam ser ocupados pelas pessoas que foram aprovadas nesse concurso.
Muitos desses
professores, a maioria, categoria “O”, professores que estão precarizados, que
perdem os seus contratos a cada três anos, entram no processo de quarentena
perdendo a vaga, perdendo o salário, ficando desempregados.
Inclusive, por
conta dessa quebra do vínculo trabalhista, Sr. Presidente, eles também,
logicamente, quebram, afastam-se do projeto pedagógico da escola, foi o que
aconteceu no início deste ano, nós tivemos 30 mil professores desempregados no
estado de São Paulo, foi o maior desemprego em massa de servidores da história
do Brasil, não de São Paulo. Aconteceu agora, no início do ano, por conta dessa
precarização.
Então, Sr.
Presidente, para concluir, o que está acontecendo? O governo estadual, através
da Secretaria da Educação, porque não tem secretário, o que nós temos é uma
pessoa, um empresário que só pensa nas plataformas digitais e só pensa
exatamente em vender os seus produtos eletrônicos, porque é o dono da Multi,
antiga Multilaser, que vendeu os seus produtos para a própria secretaria que
ele administra...
Nós estamos
acéfalos, não há Secretaria da Educação, não tem política educacional no estado
de São Paulo, e ele, o que fez? Disse que, do concurso que houve, só vai
contratar, só vai homologar 15 mil vagas, que não são nada diante dos números
apresentados aqui, e o que ele fez agora?
Abriu um
processo seletivo simplificado, voltou a Idade Média da Educação do estado de
São Paulo, Sr. Presidente, com a famosa e famigerada provinha, que é uma prova,
e com videoaula ainda, que é uma excrescência, porque o ensino na rede estadual
é presencial, professor não é youtuber para ficar fazendo vídeo - isso é um
absurdo, é um escárnio ao Magistério.
Então, significa
que o secretário optou, na verdade, a gestão Tarcísio/Feder optou pelo pior,
pela precarização: ao invés de abrir um concurso público ou chamar os aprovados
- tem mais de cem mil professores categoria “O” aprovados no concurso, ele
poderia efetivar todos eles, Sr. Presidente, com muita tranquilidade, com
amparo legal, com amparo jurídico -, não, ele pretende precarizar ainda mais,
ele dobrou a aposta na precarização das contratações dos servidores da
Educação. Não só dos professores, mas também dos servidores do quadro de apoio
escolar.
Nós já
denunciamos isso no MP, no Tribunal de Contas, na Comissão de Educação e
estamos denunciando exaustivamente, Sr. Presidente, para que haja reversão
desse processo, que haja a chamada dos aprovados no concurso público e que esse
processo seletivo seja cancelado, sobretudo essa videoaula, Sr. Presidente, que
prejudicou milhares e milhares de pessoas que prestaram o último concurso,
pessoas com experiência, com 10, 20 anos de experiência na rede estadual.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Esgotado o
tempo do Pequeno Expediente, passamos agora ao Grande Expediente.
*
* *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem a palavra o
deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Reis.
O SR. REIS - PT -
Quero saudar o
presidente deputado Suplicy, a deputada Monica Seixas, a deputada Fabiana
Bolsonaro, o público presente.
Quero
cumprimentar também os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da
Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal, todos os professores, os
diretores de escolas, os educadores, os médicos, os enfermeiros, todos os
funcionários públicos e todos os que estão nos acompanhando pela Rede Alesp.
Presidente
Suplicy, eu peço desculpa a V. Exa., porque V. Exa. falaria no meu lugar, mas
tem um tema que os meus colegas estão cobrando, os policiais civis estão me
cobrando, por conta da gratuidade que também foi revogada no metrô, e eu
preciso falar alguma coisa a esse respeito.
Eu estava na
Comissão de Constituição e Justiça e Redação discutindo a “PEC do Fim do
Mundo”, um projeto de emenda à Constituição que o governador Tarcísio de
Freitas mandou para esta Casa, que tira 10 bilhões da Educação. Nós estamos com
voto lá, dentro de um processo de obstrução, segurando há alguns meses esse
projeto, essa Proposta de Emenda à Constituição.
Eu estava
fazendo a leitura do voto, pedi aos meus colegas que continuassem a leitura: o
deputado Jorge do Carmo está lá, a deputada Professora Bebel e o deputado Rômulo Fernandes pela oposição, para que eu pudesse
vir aqui falar a respeito de mais esse ataque que o governador faz à Polícia
Civil de São Paulo.
Nós sabemos que
o tratamento dado pelo governador para a Polícia Civil, desde quando ele
assumiu, não é um dos bons tratamentos, né? Ele sempre trata um pouco melhor a
Polícia Militar e destrata a Polícia Civil. Assim foi com o aumento.
O aumento que
foi dado, a massa financeira que foi destinada à Polícia Militar dá em torno de
25%, em que pese que os terceiros-sargentos, os segundo-tenentes foram muito
maltratados, porque tiveram um aumento bem menor do que os demais.
Quando você tem
um major com 26%, um coronel com 28%, um capitão com 32%, você tem o
terceiro-sargento e o segundo-tenente com cerca de 13%. Ele tirou dos
aposentados para destinar à alta cúpula da Polícia Militar, mas, para a Polícia
Civil, foi bem menos. São 20,5%, se a gente somar tudo. Então, já houve esse
tratamento diferenciado aí.
Depois, o outro
tratamento diferenciado foi no quesito do vale-refeição. O teto para a Polícia
Militar é 7.811 reais, e o teto para a Polícia Civil é 5.400 reais, em que pese
que o vale-refeição, conhecido como “vale-coxinha”, é 12 reais, vale 12 reais.
Não dá para comprar quase nada.
Nós temos
cobrado o reajuste do vale-refeição do funcionário público, para que fosse pelo
menos uma Unidade Fiscal, cerca de 35 reais, o que ainda é pouco, mas dá para
comer alguma coisa, como um prato feito, um x-salada, que são mais do que uma
coxinha, né?
O governador
Tarcísio de Freitas até agora não se posicionou. Ele prometeu no ano passado
que iria reajustar, mas não reajustou e tem essa diferença. Além de ser muito
baixo, tem essa diferença de teto diferenciado. Ele deixou, a Polícia Civil um
pouco de lado.
Depois, a
Artesp tinha revogado a gratuidade, isso para todos, tanto para os policiais
civis, os penais e os militares. Tinha revogado a gratuidade no sistema de
ônibus que vai de uma cidade para outra, o intermunicipal ou o transporte que
liga cidades, que vai para o interior, que os policiais poderiam,
identificando-se com a sua carteira funcional, fazer uso gratuito desse
sistema. A Artesp revogou e o governador, Tarcísio de Freitas, até agora não se
posicionou.
Nós cobramos. Eles
fizeram um acordo velado com as empresas, que elas pudessem levar até dois
policiais. Mas ainda vemos muitos policiais pedindo carona, correndo risco.
Então, é um atentado à segurança dos policiais, isso de modo geral.
Agora, com essa
decisão do Metrô que fala sobre a gratuidade a policiais, diz o seguinte: Com a
revogação do Decreto Estadual 64.864, esse decreto foi feito pelo João Agripino
Doria, pelo governador João Agripino Doria, e esse decreto estipulava que o
policial, em trajes civis, se ele se identificasse, o metrô poderia então
transportá-lo. E o governador então revogou esse decreto, o Decreto Estadual
64.864.
E aí ele diz:
policiais civis não têm mais direito à gratuidade, mesmo apresentando a
identidade funcional. Então, a gente vê que esse ano não vai ter reajuste para
os servidores públicos, até agora o governador não mandou nenhum projeto para
esta Casa dando reajuste para os servidores públicos.
A Assembleia
deu um reajuste de 6,59%; a Câmara deu um reajuste irrisório, mas deu 2,16%; a
Câmara, não, a Prefeitura de São Paulo. A Câmara deu um reajuste de 4,5%; o
Tribunal de Justiça deu um reajuste de 4,5%. Mas o governador de São Paulo não
vai dar reajuste. E por aquilo que a gente está vendo na LDO, também não terá
reajuste o ano que vem e nem no último ano de sua gestão. Ou seja, foi aquele
aumento no primeiro ano e acabou. É isso que nós estamos vendo dentro do texto
que está na LDO e por aquilo que estamos apurando.
Então, além de
não ter dado o reajuste, de ter dado um reajuste diferenciado no ano passado,
de ter tetos diferenciados para o vale-refeição, agora ele também tira o
direito de os policiais civis usarem o metrô e os ônibus da EMTU. E não é à toa
que muita gente está reclamando, porque isso tem um peso econômico no seu bolso.
A partir do
momento que ir para o serviço tem de pagar o metrô, tem de pagar o ônibus da
EMTU, o policial, que já ganha um salário muito ruim, um dos piores salários do
Brasil, vai ter mais um gasto sem previsão no seu orçamento, porque desde 2020,
que havia gratuidade diante desse decreto que o governador anterior, que eu
chamo de João Agripino, João Agripino Doria, tinha concedido não só aos
policiais civis, mas aos policiais militares, aos guardas civis metropolitanos,
desde que fardados.
Nós fizemos uma
indicação porque o governador, se ele quiser, pode resolver isso. Quem deu o
comunicado foi o Metrô, mas o governador pode fazer um decreto estipulando a
gratuidade para os policiais civis. Ou ele pode mandar um projeto de lei para
essa Casa ampliando, além dos policiais militares, os policiais civis, desde
que apresente a sua funcional.
Eu fiz a
indicação: “Indico nos termos do Art. 133, inciso II, e 159, ambos do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ao Exmo. Sr. Governador
do Estado que se digne a tomar todas as providências necessárias à remessa de
projeto de lei a esta Casa ou edição de decreto, com vista à concessão de
gratuidade no serviço público de transporte metroviário, metrô, e EMTU aos
policiais civis, militares, penais e técnico-científicos do estado de São
Paulo, inclusive do Corpo de Bombeiros.
É fato que os
policiais militares, pelo decreto que tem, o decreto que nós levantamos,
24.675, de 30 de janeiro de 1986, feito pelo governador André Franco Montoro -
esse governador não perseguia funcionários públicos, ele valorizava os
funcionários públicos, dava salários dignos e garantias para os funcionários
públicos -, o Art. 35 diz que estão isentos do pagamento de tarifa, inciso III,
os policiais militares uniformizados. O Doria trouxe com seu decreto, no
período da pandemia, essa ampliação para os policiais civis, que o governador
agora está revogando.
Então, também
existe uma resolução que disciplina a questão dos policiais militares no Metrô,
que é a Resolução 32, de 85, e também existe uma lei que trata dessa gratuidade
e que a gente gostaria, essa indicação que nós estamos fazendo, que o
governador a acatasse. Que o governador acate essa indicação, restitua o
direito dos policiais civis de terem a gratuidade no transporte, no sistema de
metrô e nas empresas da EMTU.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT -
Meus cumprimentos, deputado Reis. Agora tem a palavra o deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Suplicy, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, de volta à tribuna no dia de
hoje eu queria dar uma informação muito importante. Nós estamos acompanhando,
na verdade, com lupa, o julgamento no Supremo Tribunal Federal que está
ocorrendo exatamente nesse momento. O nosso coletivo, Educação em Primeiro
Lugar, está acompanhando.
Inclusive está
lá agora, neste momento, dentro do plenário do Supremo, o nosso vereador aqui
de São Paulo, o vereador Celso Giannazi, a deputada federal Luciene Cavalcante
também está acompanhando em Brasília o julgamento sobre as Adins que tratam da
questão do confisco das aposentadorias e pensões, porque a Emenda
Constitucional 109, que foi aprovada, a famosa e famigerada reforma da
Previdência do Bolsonaro, autorizou os estados e municípios a confiscarem os
aposentados e pensionistas, Sr. Presidente, que ganham abaixo do teto do INSS.
No estado de
São Paulo, imediatamente após a aprovação da reforma previdenciária do
Bolsonaro, foi aprovada uma reforma previdenciária aqui, na Assembleia
Legislativa, do Doria, inclusive com muita repressão, com a polícia dentro da
Assembleia Legislativa espancando os professores, os servidores.
Infelizmente,
ela foi aprovada. E o Doria impôs um confisco de dois anos, que depois nós
derrotamos através de uma ampla mobilização. Mas a autorização está dada, o
governador Tarcísio pode confiscar a qualquer momento com um novo decreto.
A cidade de São
Paulo está confiscando 14% de 100 mil servidores municipais através do prefeito
Ricardo Nunes, que aprovou o famigerado Sampaprev. Em alguns estados, em alguns
municípios há essa cobrança.
Então, uma das
saídas é a aprovação, exatamente, das Adins, o julgamento favorável das Adins
que versam sobre esse tema. O julgamento começou exatamente agora, no plenário
do Supremo Tribunal Federal.
Nós já tivemos
reuniões, o nosso coletivo já se reuniu com vários ministros do Supremo
Tribunal Federal, levando a eles essa reivindicação, essa preocupação,
mostrando a eles que o confisco é inconstitucional. Inclusive há um parecer da
própria PGR, da Procuradoria-Geral da República, dizendo que é inconstitucional
confiscar pessoas que ganham abaixo do teto do INSS. A PGR é muito clara em
relação a isso.
Então, Sr.
Presidente, é um dia importante. Há uma ampla mobilização em todo o Brasil,
sobretudo aqui de São Paulo, com as nossas queridas twitteiras,
com as entidades representativas, que estão fazendo essa conversação, essa
pressão em cima do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que eles possam ser
convencidos de que o julgamento tem que ser favorável aos aposentados e
pensionistas.
Então, nós
queríamos dar esse informe importante. Nós estamos acompanhando com lupa, indo
ao Supremo Tribunal Federal, conversando com os ministros do Supremo.
E a nossa luta
aqui no estado de São Paulo, neste momento, é pela devolução do que foi
confiscado durante os dois anos, tanto é que nós já aprovamos um projeto de
lei, o meu projeto de lei, na Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza,
na verdade obriga o governo a devolver, com juros e correção, o que ele
confiscou durante todo esse tempo.
Aqui na
capital, nós temos a luta para derrubar o SampaPrev, através da aprovação do
PDL 92, do vereador Celso Giannazi, na Câmara Municipal. Então nós estamos aí
fazendo um cerco, aqui em São Paulo, pela devolução; um cerco não, uma luta em
São Paulo, na capital, pela derrubada do SampaPrev, pelo fim do confisco
municipal.
E, em Brasília,
acompanhando e fazendo a movimentação junto ao Supremo Tribunal Federal, de tal
forma que o Supremo faça a interpretação correta da legislação, seguindo,
sobretudo, o parecer da Procuradoria Geral da República, Sr. Presidente.
E por fim eu
não posso aqui deixar, Sr. Presidente, de falar também, hoje, sobre um tema
muito importante de que eu comecei a falar ontem, mas não deu tempo, porque o
meu tempo foi, na verdade, encerrado.
Entre as tantas
maldades que a Secretaria da Educação vem fazendo contra o Magistério e contra
os servidores da Educação, queria aqui destacar, mais uma vez, e com um pouco
mais de tempo, a Resolução nº 43, que foi publicada recentemente no Diário
Oficial, que trata da questão da recondução dos professores categoria “O”, os
professores que serão reconduzidos para a mesma escola. Essa resolução
estabelece critérios para essa recondução, Sr. Presidente.
Nós ficamos
aqui chocados com esses critérios; na verdade, com esses requisitos. Eu vou ser
bem claro e pedagógico aqui, e vou direto ao ponto. Olha só: para que um
professor, uma professora seja reconduzido ou
reconduzida para a mesma escola no final do ano, ele tem que atender a alguns
requisitos.
Está aqui no
Art. 2º. Eu quero colocar aqui; essa é a Resolução nº 43. Está ali: “Serão
considerados os seguintes requisitos para a recondução desses professores: o
professor tem que ter 95% ou mais de frequência em sala de aula”.
Mas daí tem
aqui as alíneas. Eu destaco a alínea “c”, que diz o seguinte: “Não serão
consideradas para o cômputo da frequência as ausências, as licenças, os
afastamentos a qualquer título”. Ou seja, se um professor ficar doente e tirar
uma licença médica, então ele já está fora desse critério dos 95 por cento. Se
morre um familiar desse professor, por exemplo, ele tem direito a dois dias,
apenas, de licença nojo. Ele tem, aliás, esse direito reduzido apenas para dois
dias. Ele também já fica fora desse critério e desse requisito.
Depois, tem os
outros. Tem o inciso II, Sr. Presidente, que diz que ele tem que ter 100% de
registro no diário de classe, olha só. Acontece que esse registro de classe
agora é eletrônico, é feito pela internet, e as escolas não têm internet
estável. Elas são instáveis. Os professores, Sr. Presidente,
não têm condições de manter os 100% de registro diário de classe. É um absurdo
essa exigência.
E, por fim, a
conclusão ou participação no programa “Multiplica”. Mas, se o professor
conseguir atender a tudo isso, o que vai ser difícil... Ele vai ter que fazer o
programa “Multiplica”, ele tem que ter 100% do registro do diário de classe,
que não depende dele. As condições são adversas para que ele consiga fazer esse
registro em 100 por cento. E, se ele conseguir os 95% ou mais de frequência em
sala de aula.
Aí que vem o
tiro de misericórdia. É um escárnio o que essa secretaria está fazendo com os
professores, é uma tortura. Aí vem o parágrafo segundo, que
diz o seguinte: mesmo que o professor tenha passado por esse corredor polonês,
por esse massacre todo, para ser reconduzido o docente contratado deve atender
todos os requisitos estabelecido nessa decisão, ficando facultado ao diretor a
opção pela sua recondução.
Ou seja, no
final das contas, mesmo que ele passe por todo esse processo, que ele atenda
todos os requisitos, não importa: quem vai decidir é o diretor da escola. Sr.
Presidente, é de um autoritarismo esse processo, essa resolução, essa
secretaria e esse governo, que nós nunca vimos algo semelhante aqui no estado
de São Paulo.
E olha que nós
já tivemos aqui governos terríveis e contra a Educação, mas nada parecido com
esse sadismo, com essa perversidade com essa crueldade contra os professores da
rede estadual de ensino.
Ou seja, o
professor passa por um processo, tem que atender vários requisitos difíceis de
serem atendidos. No final, se ele conseguir passar pelos três requisitos, ele
ainda depende do humor, depende da vontade da direção da escola, que vai ou não
autorizar a sua permanência na escola.
É o fim, Sr.
Presidente. Então nós estamos pedindo exatamente que ela seja revogada, essa
Resolução nº 43, porque ela atenta contra a dignidade humana do Magistério
estadual. Nós estamos tomando providências para que ela seja revogada ou
alterada radicalmente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos ao deputado Carlos Giannazi. Agora, em permuta com a deputada Leci
Brandão, tem a palavra o deputado Eduardo Suplicy.
Mas a deputada Fabiana Bolsonaro
também... (Voz fora do microfone.) A senhora pode. A senhora precisa ter a
garantia de poder falar ainda hoje. O deputado Paulo Fiorilo disse que garante.
É sua a palavra.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Paulo
Fiorilo.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Dando
continuidade então ao Grande Expediente, por permuta da deputada Leci Brandão,
com a palavra o nobre deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, pelo tempo regimental
do Grande Expediente.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Paulo Fiorilo, Monica Seixas,
deputada Fabiana Bolsonaro.
Hoje é um dia
de cumprimentar as pessoas que fazem aniversário, que também fazem aniversário
hoje, como o nosso querido Guilherme Boulos. É um grande lutador pelo direito à
moradia, pela redução das desigualdades, pela democracia.
Hoje deputado
federal, e pré-candidato a prefeito de São Paulo. Ainda hoje saiu a pesquisa
Atlas Intel, produzida em parceria com a CNN. Onde aparece Guilherme Boulos com
35,7% das intenções de voto. Ricardo Nunes 23,4%, Pablo Marçal 12,6% e Tabata
Amaral 10,7 por cento.
Então, eu tenho
a convicção de que Guilherme Boulos tudo para se tornar o prefeito eleito de
São Paulo em 6 de outubro próximo, em conjunto com a ex-prefeita Marta Suplicy,
que é a candidata a vice pelo PT, em parceria com o PSOL.
Gostaria também
de registrar que ontem foi aniversário do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, um homem que com quem muitas vezes estive juntos nas mesmas lutas pela
democracia.
Também muito
interagi com ele, embora senador da oposição, quando ele foi presidente da
República. Dialoguei muito com ele a respeito daquilo que veio a ser o
Bolsa-Escola, depois o Bolsa-Alimentação, o Auxílio-Gás e depois, já no governo
Lula, o Cartão-Alimentação, todos unificados e racionalizados no que veio a ser
o Bolsa-Família.
Mas eu gostaria
de saudar que em seu último livro a respeito da crise econômica e política
brasileira o presidente Fernando Henrique Cardoso, ontem tendo completado 93 anos,
mas ele defende que agora é o momento de se considerar a renda básica
universal. E então ele agora, sobre isso, está ao lado de pessoas como o papa Francisco, o presidente Barack Obama e muitos laureados
com o prêmio Nobel de Economia.
Gostaria de assinalar
também que é muito importante que haja um debate de maior profundidade a
respeito desta proposição que envolve a questão do aborto. Avalio que será
muito importante que o Congresso Nacional venha a pensar melhor a respeito do
direito a saúde das mulheres e das mães. Eu serei breve, para dar oportunidade
também à nossa deputada Fabiana Bolsonaro.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO FIORILO - PT - Obrigado
deputado Eduardo Suplicy. Só checar aqui a lista, porque agora eu estou na
dúvida depois da informação do deputado Eduardo Suplicy.
Posso seguir a lista? Próximo orador
inscrito, deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Vou só checar aqui a lista pra que a gente possa dar continuidade então ao
Grande Expediente. Vou pedir ao deputado Eduardo Suplicy se puder assumir a sua
tarefa aqui tão importante nesta tarde de hoje de conduzir os trabalhos.
Então, deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado
Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado
Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Thainara Faria.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado André Bueno. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo,
que abre mão. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo.
(Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) e, por sessão
de tempo, por permuta, deputada Fabiana Bolsonaro, pelo tempo regimental de dez
minutos, para que a deputada Mônica também possa fazer uso da palavra.
Passo aqui à coordenação dos trabalhos
ao deputado Eduardo Suplicy.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem a palavra
pelo tempo regimental.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu vim falar um tema
que hoje, para mim, faz muito sentido poder dizer, inclusive eu vou até abrir
aqui, para dar para ver. Eu estou grávida, né? Estou grávida de 26 semanas,
acho que dá para ver certinho aqui.
Então, eu
passei, estou passando a experiência de ter uma vida dentro de mim. Isso eu
acho que é primordial para a gente discutir uma questão em relação de aborto.
Não que quem não tenha bebê no ventre ou algo do tipo, homens também podem
discutir, pessoas que se sentem comovidas por esse assunto, eu acredito que
também é essencial discutir sobre o tema.
Vamos lá.
Primeiramente eu quero saudar a presença de todos os que estão aqui. Quero
parabenizar o aniversário do nosso querido governador Tarcísio de Freitas.
Mandar um grande abraço ao governador. Parabenizar por todo esse seu esforço e
seu trabalho.
Eu vou explicar
hoje sobre o aborto legal, porque existe o aborto comum, vamos dizer comum, de
uma pessoa que está saudável, e o aborto legalizado. Sim, no Brasil existe a
legalização do aborto de acordo com três circunstâncias, apenas três
circunstâncias.
Inclusive eu
imprimi aqui um trecho do Código Penal atual, que está em vigência, e no Art.
128 ele explica: Não se pune o aborto praticado por médico, o aborto
necessário. Um, se não há meio de salvar a vida da gestante, ou seja, se a
gestante corre risco de vida e a única opção é realmente fazer o aborto, então,
esse a lei permite fazer o aborto.
Segunda
situação, o aborto em caso de gravidez resultante de estupro, inclusive se a
pessoa for menor de idade, ou se for incapaz, pode ter o consentimento da
pessoa ou não. Os pais, por exemplo, de uma menina, podem escolher se ela vai
fazer isso ou não, ou os pais de alguém que está incapaz também podem decidir
por ela.
E também tem
aqui, mas não está anotado, em relação a bebês com anencefalia. E estamos em
discussão no País inteiro sobre o Projeto de lei n.º 1904, do deputado federal
Sóstenes Cavalcante.
O que que esse
projeto de lei fala? Ele não fala sobre uma pessoa como eu, que estou em plena
saúde, em fazer algo do tipo que eu nem vou conseguir falar esse termo para o
meu bebê, né?
Esse projeto de
lei, ele cita algo que já foi dito aqui, que já é um posicionamento -
inclusive, está aqui anotado, mas eu gosto de mostrar -, pelo Ministério da
Saúde, que está aqui escrito que normas técnicas do Ministério da Saúde
estabelecem que nos casos de gravidez decorrente de estupro, o aborto somente
deva ser realizado até a vigésima semana.
Ou seja, 20
semanas. Lembrando, eu estou de 26, gente. Vinte é muita coisa ainda. Mas vamos
lá. A partir de 22 semanas é possível o bebê viver fora do útero. Esse Projeto
de lei nº 1904, que está sendo tão discutido, não é para beneficiar nenhum
estuprador, de jeito nenhum. Daqui a pouco eu falo o que a gente quer para
estuprador. Mas vamos voltar para as vítimas dessa situação, porque as vítimas
são tanto a mãe, quanto o bebê.
Temos duas
vítimas de uma tragédia, uma das maiores tragédias que pode acontecer na
humanidade, que é o estupro. Aqui neste documento, depois eu aconselho vocês a
entrarem no site lá e lerem o projeto na íntegra - ele diz que é exatamente
isso para ser condenado em casos de 22 semanas. § único: Se a gravidez resulta
de estupro e houver viabilidade fetal - ou seja, se o bebê puder viver,
continuar vivendo -, presumida em gestações acima de 22 semanas, não se
aplicará a excludente de punibilidade prevista neste artigo.
É apenas isso
que a gente quer ver se melhora nessa lei, porque antes já era especificado
isso, só que o STF acabou anulando esse decreto, essa decisão do Ministério da
Saúde. Eu gostaria de que colocassem no telão, por gentileza, a primeira
matéria que fala sobre o coraçãozinho do bebê.
Nessa matéria,
ela explica o seguinte, que o coração do bebê começa a se formar e pode começar
a bater a partir de 16 dias - eu falei semanas, são dias, 16 dias - e eu, como
gestante, realmente acompanhei essa situação. O meu bebê já começou realmente a
se formar, já tinha formato humano a partir de um mês, um mês e pouquinho.
Antes disso não
tem um formato tão humanizado assim, pelo menos a gente não vê tanto no
ultrassom, mas é um ser humano, gente. Agora eu gostaria de que colocassem a
matéria, o print que eu enviei, sobre ovos de tartaruga, o primeiro print.
Primeiro, estamos falando de um bebê humano; agora a gente vai ver o que que as
pessoas dizem sobre ovos de tartaruga.
Doutor Ives,
sobre aborto: “Ovos de tartaruga valem mais que vidas humanas”, e é exatamente
isso. Por favor, coloquem o segundo print agora que a gente vai verificar a lei
em que fala sobre o que que acontece se a gente pegar um ovo de tartaruga.
Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização
da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. Pena de detenção de
seis meses a um ano, e multa.
Matar uma criança
é tranquilo, gente. Proibido é pegar ovo de tartaruga. Agora eu gostaria de que
mostrassem o vídeo. Gente, esse vídeo é do meu bebê, do meu ultrassom
particular da minha vida, mas eu senti necessidade de colocar aqui pra vocês
verem o meu ultrassom com 13 semanas.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Eu não sei se
dá pra vocês verem, ele está de cabeça pra baixo, a coluninha, a mão mexendo.
Gente, como que pode alguém achar que pode matar um ser desse e achar normal? É
o que eu digo, todo mundo paga. É um estupro, não tem como achar que a criança
tem que pagar por isso. O bebê não tem culpa também.
A mãe não tem
culpa, mas o bebê também não tem culpa. Você acha que o meu bebê teria a culpa
de qualquer homem mau caráter que passasse na minha vida? Jamais, gente. Então
é isso que a gente está querendo, que vocês abram os olhos. Não é possível que
uma tartaruga, um ovo de tartaruga, valha mais que uma vida.
Treze semanas
já é tanto, já é um ser humano formado. Já se expressa, a gente rela e ele
mexe. É uma coisa muito forte para a gente tratar com tanta banalidade, achando
que isso é solução para alguma coisa. Isso não é solução.
A solução,
infelizmente, é a única que eu vejo, porque não tem solução num caso desse, é
deixar a mulher ter o filho para poder ir para doação. É a única solução que eu
vejo. Não tem outra solução para um caso desse. Mas a única coisa que a gente
quer é impedir que depois de 22 - que ainda é supertardio
- isso ocorra.
Eu também
anotei aqui... Eu tenho que me acalmar porque tudo que eu sinto meu bebê sente.
Por incrível que pareça, tem uma pessoa aqui na minha barriga. Meu bebê não é
um aglomerado de células. Isso é um absurdo a gente escutar, a gente falar.
E eu digo uma
coisa: a gente não pode punir o bebê, nem a menina, nem a mulher, porque ela
vai ser punida duas vezes. Uma vez ela foi estuprada; na outra, ela vai matar o
bebê. Ela nunca vai se perdoar.
Vocês têm que
abrir a mente, abrir a cabeça, entender, enxergar mesmo o que está acontecendo,
o que acontece com a mãe. Vocês acham que isso cura o psicológico dela? Não,
isso vai acabar com essa pessoa, eu tenho certeza.
E outra: eu sou
pró-vida, sim. Eu sou pró-vida de gente inocente. Eu sou pró-vida dessa mãe,
dessa criança, mas eu sou a favor de pena de morte para estuprador ou, no
mínimo, castração química. Isso é o mínimo.
E a quem
defende o aborto, eu sinto muito, mas eu faço uma pergunta: você gostaria de
ter sido abortado? É essa a minha questão. A quem é a favor do aborto, eu
gostaria de fazer uma pergunta: você gostaria de ter sido abortado? Eu tenho
certeza de que não.
Muito obrigada
a todos. Eu espero muito que tudo o que eu falei aqui fique na cabeça de vocês,
ecoando, e que vocês analisem o que vale mais: um bebê ou um ovinho de
tartaruga.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Prezada
deputada Fabiana Bolsonaro, eu pergunto se pode me substituir aqui na
Presidência, pois tenho uma emergência, sendo aguardado no gabinete. Se for
possível.
*
* *
- Assume a
Presidência a Sra. Fabiana Bolsonaro.
*
* *
A SRA. PRESIDENTE - FABIANA BOLSONARO - PL -
Iniciando a lista do Grande Expediente, deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado
Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Simão
Pedro. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputada Andréa Werner.
(Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.)
Deputado Rui
Alves. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)
Deputado Delegada Graciela. (Pausa.)
Deputada
Paula da Bancada Feminista. (Pausa.)
Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Solange
Freitas. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputada Monica Seixas.
A SRA. MONICA SEIXAS
DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, primeiro eu gostaria de demarcar algumas posições
e a primeira delas é que esta Casa, outras casas, o Poder Público no
geral, todos os espaços públicos
deveriam começar a cumprir os direitos mínimos garantidos em lei para as mulheres,
para as mulheres gestantes, como fila preferencial, não deixar a deputada que está gestante muito
tempo de pé esperando. Seria excelente.
Seis
meses de licença-maternidade para as servidoras da Casa e para as deputadas
também, porque a Casa não cumpre o cuidado com a vida da mulher e da gestante,
mas também do idoso.
Seria
importante e eu faço questão, sempre que possível, no que depender de mim, de
cumpri-las, e adoraria somar forças com as demais deputadas para que a gente
pudesse garantir isso para todas nós. Licença-maternidade não é falta;
licença-maternidade não é luxo. Fila preferencial é direito.
Em
tudo isso, conte comigo para lutar, assim como conte comigo para lutar pelo
direito das mulheres, gestantes ou não, porque atrás de cada gestação existe
uma mulher, uma mulher que está padecendo das dores, que tem o seu corpo
mudado, que tem uma bomba emocional, que tem as dificuldades do dia a dia, que
corre risco para a saúde e que, muitas vezes, é invisibilizada na Saúde.
Deputada
Fabiana Bolsonaro, eu peço licença, porque a gente tem trocado, a gente viveu
uma gestação mais ou menos ao mesmo tempo, a sua evoluindo muitíssimo bem. Eu faço
votos para que o seu bebê nasça saudável, que traga muita alegria a sua vida,
que a sua gestação seja tranquila.
E já começo
falando que não é a minha intenção, em maneira nenhuma, entrar no debate sobre
a sua gestação. O meu desejo é que a sua gestação seja um momento lindo para
sua vida e que o seu bebê venha com muita saúde, que encha sua família de
alegria. Mas eu não posso falar apenas da situação individual de uma ou de
outra pessoa.
A senhora
perguntou: gostaria de saber se quem defende o aborto gostaria de ter sido
abortada. Eu, particularmente, penso, como defensora da liberdade de escolha, e
eu sou a favor do aborto legal em toda e qualquer situação, eu sou a favor como
medida de saúde pública, eu sou a favor da educação sexual para que as crianças,
meninas, adolescentes, adultas possam decidir e usar contraceptivos. Sou a
favor da ampla distribuição de contraceptivos para que não haja gravidez
indesejada, e sou a favor do aborto legal para que as mulheres não morram.
E como
defensora que sou da legalização total do aborto, eu devo dizer que esse tema é
um tema tabu que mexe com a fé de todo mundo, que mexe com o seu senso moral e
cívico, com as suas convicções e que deve continuar assim, que cada indivíduo
possa escolher o que fazer, que seja para sua vida pessoal, eu jamais faria ou
eu faria com tranquilidade, eu quero ou não quero, que esteja no campo pessoal.
E no campo
pessoal, você me pergunta: se eu tivesse, se a minha mãe tivesse interrompido
essa gestação a minha fé, a minha fé prega que eu voltaria aqui em outra
situação, por outra mãe, em outro espaço e etc.
A ciência me
diz que eu não saberia, eu não saberia que eu ia existir, eu não teria
sentimento, eu não pensaria sobre nada, eu não pensaria absolutamente nada. Se
a gestação da minha mãe tivesse sido interrompida, eu não pensaria
absolutamente nada, eu não existiria. Então é uma incongruência, e do campo de
vista da minha fé, também não faz muito sentido porque é assim. É no campo
moral, é no campo da fé, é na escolha individual.
E eu preciso
dizer que já há sete meses, há sete meses o estado de São Paulo nega o aborto
legal a mulheres e meninas. Recentemente uma menina de 10 anos viajou para a
Bahia porque não encontrou atendimento no estado de São Paulo.
Desde o fim do
Pérola Byington, que era um hospital de referência no acolhimento à saúde das
mulheres, mulheres que têm câncer, mulheres vítimas de violência sexual, desde
o fechamento do Pérola Byington, que era um hospital de referência no Brasil,
mulheres vítimas de violência estão peregrinando e sofrendo atrás de
atendimento. A profilaxia, e aí assim, não tem o que fazer diante de uma mulher
que sofreu estupro.
Tem; eu vou dar
alguns caminhos: a profilaxia, que quando uma mulher tem uma, ou uma pessoa tem
uma relação sexual em situação de violência ou perigosa ou de risco ou quando o
parceiro retira o preservativo no meio sem autorização, ela poderia ir ao posto
de saúde ou ao Pérola Byington e acessar a profilaxia, medicação contra HIV,
AIDS, pílula do dia seguinte para evitar a gestação, mas até isso o estado de
São Paulo está negando às mulheres.
Educação sexual
e prevenir que os meninos se achem no direito de ter direito aos corpos
femininos seria uma medida importante. Vários países que adotaram a educação
sexual viram cair o número de abuso sexual e de gravidez não desejada e,
portanto, a tentativa de acessar o aborto existe o que fazer.
Existe também
um outro marco horroroso do novo estado de São Paulo, o vazamento de
prontuários de meninas e mulheres que foram tentar acessar o aborto legal.
Os médicos que
se negam a atender no presente momento e até a punição de médicos que fazem o
aborto legal a gente assistiu nos últimos sete meses no estado de São Paulo,
mas a gente está falando, por exemplo, dessa menina de 10 anos que descobriu a
gestação tardiamente porque as crianças não são capazes de identificar o abuso,
elas não sabem o que é abuso. Geralmente, a gravidez de uma criança é
descoberta tardiamente, quando um adulto percebe.
Se você for ler
casos trazidos esta semana à “Folha de S. Paulo”, e todos eles partiram o meu
coração, uma menina começou a apresentar sintomas de doença, a mãe a levou ao
médico, o médico falou: vou fazer um exame de gravidez. E a mãe falou: não, é
impossível, é uma criança protegida. Depois de duas semanas, voltou e o médico
falou: é preciso fazer um exame de gravidez. Fez um ultrassom e estava lá uma
gravidez em estado avançado. A mãe descobriu que foi o padrasto.
E aí? Essa
menina de dez anos, o corpo dela está em risco, a vida dela está em risco. Não
vai curar os traumas, não vai curar. Essa criança que descobriu o abuso sexual
junto com a gravidez nunca vai ser curada. Mas e o corpo dela em risco? Sabe
quanto tempo demora para a gente ter um laudo decente de problemas na gestação,
por exemplo, em caso de anencefalia? A média é sempre acima de 22 semanas.
Sempre.
Sabe quanto
tempo o estado de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo, e aí eu quero
chamar a responsabilidade dos deputados e deputadas para a vida, sabe quanto
tempo o Governo do Estado de São Paulo demora para ofertar o primeiro exame
ultrassom para uma mulher grávida que deseja uma gestação?
Sabe qual é a
qualidade do pré-natal? Sabe qual é a taxa de mulheres, a quantidade de
mulheres gestantes que acessa o pré-natal para checar a condição da sua própria
saúde e a do bebê desejado? Muitas descobrem risco à sua vida ou problemas na
gestação em idade muito avançada porque o Estado de São Paulo falha na proteção
da saúde da mulher.
E, para
proteger a vida, a gente precisa vencer o difícil marco, que o Estado de São
Paulo não oferece maternidade em todos os lugares. Os bebês estão nascendo em
ambulância. As mulheres estão esperando seis meses - seis meses, seis meses,
seis meses! - para acessar o primeiro ultrassom de uma gestação desejada. Os
índices de mortalidade materno-infantil são desesperadores.
Então antes de
você tentar falar para uma mulher sobre os seus dogmas, as suas convicções, o
que você deseja, o que está proibido ou permitido para o corpo dela, a gente
tem que começar a garantir o que é direito.
Defender a vida
é obrigar agora no PPA, que não tem uma linha, a ampliação das maternidades no
estado de São Paulo. Defender a vida é brigar com o Cremesp, essa entidade
vergonhosa que veio aqui, legislatura passada, defender a lei da cesariana -
isso mata bebê, aumenta proporcionalmente a quantidade de cesarianas e a morte
materna e infantil, sobretudo de famílias pobres -, essa entidade a fazer os
seus médicos, no pré-natal, explicarem para as mulheres o que é o parto.
As mulheres do
estado de São Paulo chegam na hora de parir, e eu estava conversando isso
recentemente com calma, porque eu também passei pelo pré-natal no SUS, sou
pobre, a gente chega na hora de parir sem ideia do que é o parto. Fala para uma
mulher: faz força. Ela não sabe, sabe por quê? Porque esquecem que a cada
gestação tem uma mulher.
É bonito
defender o bebê, o feto. Eu tenho projetos que falam sobre isso, mas a gente
não pode pautar a proibição sobre a vida do outro quando o Estado tira a vida
de mulheres e crianças ao não ofertar o atendimento.
É uma vergonha
que o estado de São Paulo esteja há sete meses descumprindo a lei e negando
acesso ao aborto legal sob a desculpa de que defende a vida de mulheres e
crianças, quando o que é sua responsabilidade sobre as gestações desejadas, que
é maternidade, pré-natal, leito, combate à violência obstétrica, o Estado não
cumpre.
Então eu quero
fazer um chamado solidário a todos que vierem aqui defender a vida: que lute
comigo pela ampliação das maternidades, pela mudança no protocolo do pré-natal
e que toda mulher gestante tenha os seus direitos assegurados pelo Estado,
inclusive no serviço público. Volto aqui, como eu comecei, seis meses de
licença-maternidade para servidoras públicas desta Casa é o mínimo para a gente
começar o debate.
Obrigada.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem,
deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Para falar pela
liderança do PL como vice-líder, para usar o Art. 82.
A
SRA. PRESIDENTE - FABIANA BOLSONARO - PL - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PELO ART. 82 - Obrigado, presidente. Obrigado, presidente Fabiana Bolsonaro.
Cumprimentar os deputados presentes aqui no Grande Expediente, a deputada
Monica que me antecedeu nesta tribuna.
Cumprimentar
nossos assessores, policiais militares e civis desta Casa, público aqui na
galeria e quem nos assiste pela Rede Alesp.
Primeiro,
cumprimentar a deputada Fabiana pelo discurso aqui na tribuna, concordo em
gênero, número e grau, assino embaixo; acompanhava do meu gabinete, as vossas
palavras. E vir aqui no Plenário, nos últimos dias estamos fazendo aqui esse
debate.
Deputada Mônica
faz o desafio sobre os pró-vidas em que ampare com
ela essa luta das mulheres pela maternidade e pelas maternidades públicas. Com
toda certeza, V. Exa. tem o meu apoio nesse assunto. Obviamente, já conversamos
sobre isso, já lhe relatei que os meus dois filhos nasceram na Maternidade
Leonor Mendes de Barros, ali no Belém, Celso Garcia.
Nós sabemos
como que é um pré-natal em uma rede pública, obviamente deve-se melhorar,
deve-se ter o acesso universal das mulheres grávidas, ao acompanhamento durante
a sua gestação e isso eu defendo. E falo como quem teve todos os problemas do
mundo, deputada Fabiana, para ter dois filhos na rede pública no estado de São
Paulo.
Nathan e Davi
nasceram na maternidade Leonor Mendes de Barros ali e eu sei o que eu passei
naquelas duas madrugadas ali, os dois nasceram de cesariana. E então, se eu
passei alguns momentos ali de apreensão, imagina a mãe deles o que não sentiu
naquele momento tão sensível à vida dela.
Agora, quanto à
questão do aborto, aí nós estamos em lados totalmente opostos, V. Exa. diz que
defende o aborto, eu não entendi se são em todos os casos, a legalidade
completa. Obviamente, nós estamos aqui em lados opostos.
Eu não sei qual
é a mágica que alguns utilizam, Dra. Fabiana, para dizer assim: “passou no
canal do órgão sexual feminino é uma vida. Não passou segundos antes, pode
morrer, pode ser abortado”. Não consigo compreender.
Repito aqui
senhores: Constituição Federal, Art. 5º; Declaração Universal de Direitos
Humanos, Art. 3º. O direito mais básico que um ser humano tem é o direito à
vida e isso está sendo negado aos nossos pequeninos.
Deputada Mônica
diz: “ah, o aborto legal”, gente precisa parar de falar de “aborto legal”
porque não é aborto legal, não existe aborto legal no Brasil. Em alguns casos
não há pena, em pouquíssimos, em raríssimos, uma exceção. Não há pena.
A mulher que
opte por abortar, deputada Fabiana, é inimputável, não vai receber a pena. E
foi isso que o legislador quis fazer. Então olha, “aborto legal, nós temos
aborto legal no País”. Essa ideia, de uma maneira muito, digamos profissional,
foi colocada na cabeça do brasileiro, no coração do brasileiro. No Brasil não
existe aborto legal.
Em
determinados, específicos casos, essa mulher, e aqui eu digo: não é pessoa que
pare, porque já estão querendo mudar, já não é a mulher que amamenta, Fabiana.
Olha, você não é uma gestante, parabéns pela tua gestação, que venha com toda a
saúde, já não é uma mulher, é uma pessoa que gesta, uma pessoa que vai
amamentar.
Olha, você não
pode mais falar em leite materno, pessoal. Agora é leite humano. Olha que
loucura. Mas que loucura, que subversão da sociedade. Aonde eles querem parar,
senhores, os que dizem aqui, que choram aqui, que dizem defender as nossas
pobres menininhas aqui, violentadas?
E eu faço o
desafio novamente: a deputada Monica defende o aborto até os nove meses.
Convido-a aqui a defender a pena capital para o estuprador, a pena capital para
o pedófilo. Espero que ela faça coro junto comigo. Pena capital para o
verdadeiro criminoso, não para o inocente.
* * *
- Assume a
Presidência a Sra. Monica Seixas do Movimento Pretas.
* * *
Pra finalizar,
presidente, eu sou totalmente contra o aborto. Totalmente. O Projeto 1904, que
V. Exa. bem trouxe aqui, tem ali um marco de 22 semanas, e eu vi que V. Exa.
disse que já está na 26ª semana.
Ele tem um
marco para proibir a assistolia fetal em seres humanos em formação no útero
materno, seres humanos com 22 semanas. Então, o Projeto 1904, o que ele faz?
Ele proíbe que se injete uma injeção letal no coração desse ser humano, que o
mate ali... Essa injeção letal, deputada Fabiana, provoca um infarto
fulminante. Fulminante. Então, esse 1904 é justamente isso.
Esse ser humano
em formação no útero da sua mãe, com 22 semanas, já pode ter vida fora do
útero. Mas aí vão defender o seguinte: “Mata, mata. Essa mulher pode, se assim
desejar, levar uma gestação à frente. Se ela não quiser, ela não será punida
pela decisão contrária, nesse caso.”
Mas, deputada
Fabiana, esse ser humano vai ter que sair do útero dessa mulher. O que eu
defendo, senhores, é que ele saia dali vivo, que ele tenha uma mínima chance de
sobreviver. O que os outros defendem aqui é que ele saia morto. A assistolia
fetal é uma injeção letal no coração. Porque o parto terá que ser induzido ou
terá que ter uma cesariana para retirar esse feto do útero dessa mulher. E a
opção que dão é que saia morto.
Então,
senhores, o 1904, que até vi, e agora mandaram uma mensagem aqui: a Rede Alesp
me manda uma mensagem dizendo que nós discutíamos aqui o PL do Estupro. Ia
falar um palavrão aqui, mas vou evitar. Coisa nenhuma; PL do Estupro, coisa
nenhuma.
Esse PL aqui é
muito claro, e a discussão ficou totalmente contaminada, porque mentem. Mas é
uma fábrica de mentiras aqui, uma atrás da outra. Vinte e duas semanas, um feto
que pode viver fora do útero - uns defendem que esse ser humano tenha uma mínima
chance de sobreviver.
Outros defendem
aqui que se dê uma injeção letal no seu coração, para que dali saia morto. A
gente nunca, jamais vai concordar com isso, e eu não tiro, não arredo um
milímetro da minha posição, que, sim, é pro-vida.
Presidente, se
houver aqui... Vamos trocar? Vou assumir aqui os trabalhos, presidente, para
que V. Exa. possa usar a tribuna.
A
SRA. PRESIDENTE - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Justamente, eu ia pedir pro senhor assumir pra eu usar o 82. Ou a palavra.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada
Monica Seixas, pelo Art. 82, pela liderança do PSOL.
A SRA. MONICA SEIXAS
DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
PELO ART. 82 - Gil, você já olhou os dados dos países que têm pena de morte? Já
olhou? Eu quero saber se é eficiente. Eu respondo: não é. Aliás, a pena de
morte no Brasil, por caso de estupro, já é quase que uma unanimidade.
Todo
estuprador, quando chega na cadeia, ele sabe que ele corre risco de morte. É
uma cultura comum do crime brasileiro, a narcomilícia.
É um crime comum a punição de morte para estuprador nos presídios. E nos países
que têm pena de morte, e não cai. Não cai. Sabe o que faz cair a taxa de abuso
sexual de mulheres e meninas?
Educação
sexual. Mudança social e cultural. Controle social dos comportamentos humanos.
Até porque, até chegar na cadeia, os homens gozam de tantos privilégios que
muitos deles acreditam que não vão chegar lá. Eis a questão.
A gente está
falando de líderes religiosos. A gente está falando de homens mais velhos,
dentro da família, que exercem poder material e emocional sobre essas mulheres
e crianças. Então a verdade é que, dentro da polêmica do Fla-Flu do aborto, que
mexe com os corações e emoções, e que movimenta as eleições, não existe nenhuma
proposta de fato para salvar vidas de mulheres e crianças.
Respondendo
sobre obrigação: a gente não quer obrigar ninguém a falar de forma nenhuma. A
gente não quer obrigar ninguém. Eu não estou escrevendo um regimento interno
que a partir de hoje fica obrigado a fazer “xyz”. A
única coisa que a gente está dizendo é que a sua convicção é sua convicção, e a
minha convicção é a minha convicção.
Assim como o
senhor não gosta de ser chamado pelo que não é o seu nome existem pessoas
trans. E homens trans gestam. Então a gente tá dizendo o que mulheres, meninas,
e homens trans gestam. Essas pessoas existem e têm as suas debilidades e
diferenças. Inclusive a saúde ginecológica de homens trans é outro absurdo,
outro absurdo ignorado pelo SUS do estado de São Paulo
Essas pessoas
não encontram atendimento na sua saúde ginecológica. Mas o senhor pode dizer o
que o senhor quiser. Só não pode cometer o crime de ser transfóbico, tratando
as pessoas pelo nome que elas não têm. Assim como eu chamo o senhor de senhor,
porque o senhor se reivindica como o senhor Gil. É uma questão de respeito.
Sobre
o aborto. Não importa também o que a gente pense o que a gente fale. Apesar do
alto número de morte de mulheres recorrendo ao aborto clandestino, elas
continuam a fazer.
Sabe
por quê? Porque a gente não consegue imaginar a dura decisão que leva mulheres
a tentarem interromper uma gestação com produto químico na vagina, com agulha
de tricô na vagina, se entregando à mão de açougueiros, correndo risco elas
mesmas de morte.
A gente não
consegue imaginar a grande maioria católica, a grande maioria cristã, a grande
maioria temendo a própria família, por não ter acolhimento. Você não consegue
imaginar. E porque elas não param, e para preservar essa vida, eu sou a favor
da legalização do aborto. Mas não é isso que a gente tá discutindo.
Quem me dera
poder estar discutindo isso. Antes dessa falsa polêmica, o que está acontecendo
é uma tentativa de retirada de direito das mulheres. É isso que está
acontecendo, porque a gente está falando no avançar de uma pauta para retirar o
direito ao aborto legal, que são os casos previstos em leis, de mulheres que já
têm esse direito.
A gente tá
falando de vítimas de estupro, mas a gente também está falando dos outros
demais casos: de caso em risco de morte para a mulher, e caso de anencefalia,
que abrem também possibilidades de negação do aborto.
Mas eu preciso
dizer que o estado de São Paulo, por exemplo, não oferece exames suficientes
para as mulheres gestantes, para que elas saibam, antes dos seis meses, que é a
média, aqui no estado de São Paulo, se elas correm risco de morte, ou se o bebê
não tem cérebro.
E o estado de
São Paulo nega esse direito ao aborto legal há mais de sete meses. Então, o que
a gente tá falando é de um atentado e uma tentativa de retirada de direito das
mulheres. Ontem o Lira recuou, porque ele achou que ia ter apoiamento.
Felizmente, a consciência social avançou. Felizmente, houve uma grande
mobilização cultural. Felizmente, mulheres mães estão conversando com seus
filhos e filhas dentro de casa sobre abuso sexual.
Têm aumentado
as denúncias, têm aumentado as prisões, mas, infelizmente, a gente não tem
nenhuma ação para evitar o estupro, mas Lira recuou porque não tem condições de
votar agora, mas a vitória completa só vai acontecer diante do arquivamento
desse projeto.
E nós vamos
continuar lutando pela vida das mulheres, pela vida das meninas, pela vida dos
homens trans que gestam e todas as pessoas que estão em risco sobre esse
direito.
De novo, como
eu comecei. Eu respeito muitíssimo o direito de fé de todo mundo. A gente
também já teve essa conversa. Você tem direito à sua fé, eu tenho direito à
minha fé.
A gente só não
pode impor a nossa fé ao outro. Por isso, de novo, eu quero dizer do meu máximo
respeito à gestação da deputada Fabiana Bolsonaro. A gente já teve aqui na Casa
ações violentas contra mulheres gestantes.
Esse é um momento
delicado, e eu quero dizer a ela e a todos os nossos colegas que é
responsabilidade nossa manter a saúde e a tranquilidade da deputada. Que a
gente faça debates saudáveis aqui, mas que a saúde da deputada é algo
inegociável entre nós. Eu vi que ela ficou emocionada.
Fico
preocupada. Tomara que ela esteja bem no gabinete. A gente discorda em muitas
questões, mas a gestação e a saúde dela é algo inegociável, e responsabilidade
social de todos que estamos aqui.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Presidente, não havendo mais, eu peço a suspensão da sessão até as 16 horas e
30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Nós suspendemos a sessão até as 16 horas e 30 minutos, e lá nós continuamos
essa discussão, deputada Monica.
Estão suspensos os trabalhos até 16
horas e 30 minutos.
*
* *
-
Suspensa às 16 horas e 12 minutos, a sessão é reaberta
às 16 horas e 44 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Reaberta
a sessão. Ordem do dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
A
SRA. MONICA SEIXAS DA MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Paulo Fiorilo.
A
SRA. MONICA SEIXAS DA MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Posso ir primeiro, é só uma dúvida bem básica, eu estou sozinha
na bancada aqui no plenário, o senhor pode me dizer o que está em ordem de
votação, por favor?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nós
vamos anunciar agora.
A
SRA. MONICA SEIXAS DA MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Mas
o senhor pode ler a lista ou disponibilizar?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nós
vamos anunciar tudo agora, fazer o anúncio de tudo o que vai ser realizado na
Assembleia, na Casa, agora, neste momento.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO
- Presidente, eu não sou um regimentalista, mas, ao
abrirmos aqui a sessão ordinária, não é possível que nenhuma outra comissão
funcione. Então eu gostaria de solicitar à Presidência que verifique se as
comissões foram suspensas, para que a gente possa iniciar os trabalhos neste
plenário.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Perfeito, deputado. Já foi comunicado à Presidência da CCJ e às demais
comissões que o plenário entrou na Ordem do Dia, então, com certeza, as
comissões já estão sendo suspensas neste momento.
Há sobre a mesa requerimento da nobre
deputada Maria Lúcia Amary, com número regimental de assinaturas nos termos do
Art. 35 do Regimento Interno para a constituição de uma comissão de representação
com a finalidade de participar do 1º Fórum da Virada Feminina, em Roma, e do
Brazil Day, em Milão, a realizarem-se nos dias 30 de junho a 8 de julho do
corrente ano em Roma e Milão, conforme já aprovado pela Comissão de Relações
Internacionais.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Pela oportunidade, nós acabamos de aprovar um requerimento
que, na Comissão de Relações Internacionais, de que participa o deputado Gil e
outros como eu, analisamos junto com a deputada Maria Lúcia Amary.
Eu acho importante que se tenha
clareza, inclusive, das atividades que a deputada vai cumprir nesse roteiro,
que é um roteiro extremamente importante para a Casa e que com certeza poderá
trazer frutos nessa relação Brasil-Itália, em especial pela capacidade da
deputada e pela pauta que a deputada apresentou na Comissão de Relações
Internacionais, que acabou aprovando.
Então eu queria sugerir, se a deputada
me permitisse, que ela pudesse fazer esse relato, até porque isso tem uma
importância muito grande para o Parlamento. O deputado Gil votou
favoravelmente, como eu, então eu acho que a senhora poderia rapidamente, se
não for nenhum problema, em uma comunicação, informar aqui a esta Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação, em função do pedido do deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Maria Lúcia Amary. Pois não.
A
SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Vai ser uma
missão feminina organizada pela Virada Feminina, que é uma organização
internacional. Aqui no Brasil, eu faço parte desde 2017, e o convite veio não
só do Parlamento Italiano, veio também da Embaixada e veio também do Consulado
tanto de Roma quanto de Milão.
Nós vamos conversar sobre a situação da
mulher, a questão da violência, a questão do empreendedorismo, então vai ser
uma representatividade da Assembleia lá nesse fórum. Vai ter também uma
palestra minha no Brasil Day, que vai ser em Milão. Então são três ou quatro
palestras com focos diferentes para representar.
Eu queria agradecer a oportunidade de
estar representando a Alesp. Com certeza, darei o melhor de mim para que a
gente possa, com dados importantes, mostrar a situação que nós vivemos aqui no
Brasil em relação às mulheres.
Então eu queria agradecer a votação
desse projeto.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Com toda a deferência e uma certa
invejinha, quero saudar a senhora pela ida. Que seja bom para os nossos
mandatos. Logo na sequência, quando a senhora voltar, se puder partilhar a
experiência, eu acho que vai ser enriquecedor para todas nós.
Mais uma vez a senhora nos honra
muitíssimo. Não canso de saudar a condução que a senhora teve enquanto mulher
no Conselho de Ética, enquanto o presidiu, então vá, faça uma boa viagem e
depois partilhe com a gente.
A
SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - PARA
COMUNICAÇÃO - Pela ordem, só para agradecer as palavras da deputada Monica. Com
certeza farei um relatório dizendo como foi lá e as pautas que foram devidas
lá. Agradeço pelos elogios. Eu também gosto muito do seu trabalho. Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputadas. Há sobre a mesa um requerimento de urgência ao Projeto de
lei 1518, de 2023, de autoria do deputado Milton Leite filho. Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 640, de 2021, de autoria do deputado Rafael Silva.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
o requerimento de urgência ao Projeto de lei 1046, de 2023, de autoria do
deputado Rogério Nogueira.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 1157, de 2023, de autoria dos deputados Ricardo
França, Gerson Pessoa, Clarice Ganen e Dr. Eduardo
Nóbrega.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 1201, de 2023, de autoria da deputada Edna Macedo e
deputado Rui Alves.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 956, de 2023, de autoria do deputado Vitão do
Cachorrão.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem o deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, ainda em tempo quero, antes de cumprir um acordo de lideranças
aqui, eu gostaria de pedir a V.Exa. dois minutos para uma breve comunicação. É
possível?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Possível.
Pois não.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, nós teremos agora, no próximo sábado, lá na Estância Árvore da
Vida, de Sumaré, a Igreja Quadrangular promove o Congresso Estadual de
Adolescentes.
Eu quero aqui exaltar e cumprimentar o
presidente da Igreja Quadrangular no estado de São Paulo, Antônio Carlos
Stefan, nosso presidente nacional, pastor Mário de Oliveira, e os coordenadores
estaduais de jovens e adolescentes; de jovens o pastor Gonçalves, e
adolescentes o pastor Vado.
Serão, Sr. Presidente, mais de 10 mil
adolescentes, que movidos por uma só fé, estarão vivendo um tempo de adoração e
de ministração onde são transformados. Quero aqui lembrar que nós aprovamos
aqui nesta Casa o projeto de minha autoria, e foi sancionado pelo Sr.
Governador, que reconhece o dia 1º de maio como o Dia do Adolescente
Quadrangular em todo o estado de São Paulo. Essa Lei de nº 17769, de 2023, foi
aprovada por unanimidade dessa Casa.
Então, quero aqui fazer esse justo
reconhecimento e parabenizar a todos que participam desse evento.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente,
havendo acordo de lideranças, eu gostaria de pedir a suspensão da nossa sessão
até as 18 horas.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Antes,
porém, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto do Art. 18,
inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno,
convoco reunião conjunta das comissões de Administração Pública e Relações do
Trabalho, Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar- se hoje, às 17 horas
e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o
seguinte projeto: Projeto de lei nº 389, de autoria do Sr. Governador.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68,
ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Direitos
da Pessoa Humana, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, às 17
horas e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado com a finalidade de apreciar
os seguintes projetos: Projeto de lei nº 420, de 2023, de autoria do deputado
Atila Jacomussi.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68,
ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Defesa
dos Direitos do Consumidor, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se
hoje, às 17 horas e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado com a finalidade
de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 467, de 2023, de autoria
do deputado Conte Lopes.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68,
ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de
Constituição e Justiça e Redação; de Administração Pública e Relações do
Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17
horas e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar
o seguinte projeto: Projeto de lei 1297, de 2023, de autoria da deputada Andréa
Werner.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68,
ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17
horas e 15 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar
o seguinte projeto: Projeto de lei 1518, de 2023, de autoria do deputado Milton
Leite Filho.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45,
§5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17 horas e 15
minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto
de lei 762, de 2023, de autoria da deputada Letícia
Aguiar; Projeto de lei 1046, de 2023, do deputado Rogério Nogueira;
Projeto de lei 1201, de 2023, de autoria da deputada Edna Macedo e do deputado
Rogério Nogueira.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45,
§5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de
Assuntos Metropolitanos e Municipais, a realizar-se hoje, às 17 horas e 15
minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto
de lei 956, de 2023, de autoria do deputado Vitão do
Cachorrão.
Duas retificações antes, me perdoem
aqui. O Projeto de lei 1201, de 2023, de autoria dos deputados Edna Macedo e
Rui Alves. Outra retificação...
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Só um minutinho, só a retificação. Só um minutinho.
O
SR. GIL DINIZ - PL - É que nós não
entendemos o que aconteceu para ter a retificação, presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
O nome dos autores do projeto. Eu anunciei Edna Macedo e Rogério Nogueira; é
Edna Macedo e Rui Alves.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Entendi, presidente.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Só
essa retificação. E aqui o projeto de lei da reunião conjunta, Projeto de lei
389, é de 2024 e as comissões são: Comissão de Constituição, Justiça e Redação;
Administração Pública e Relações do Trabalho; Finanças, Orçamento e
Planejamento.
Havendo acordos entre as lideranças,
nós vamos suspender os nossos trabalhos até as 18 horas.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e 58 minutos, a
sessão é reaberta às 18 horas e 14 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Queria pedir a
suspensão dos trabalhos por mais cinco minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido. Havendo acordo entre as lideranças, estão suspensos por mais cinco
minutos, os nossos trabalhos.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e 14 minutos, a
sessão é reaberta às 18 horas e 24 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, a
gente está avançando aqui nesse diálogo, eu queria ver se é possível a gente
suspender por mais cinco minutos, se houver acordo, para a gente poder definir
aqui a pauta.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Havendo acordo
de lideranças então, suspendo até as 18 horas e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e 25 minutos, a
sessão é reaberta às 18 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o
deputado Jorge Wilson.
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Havendo
acordo de lideranças, eu peço a suspensão dos trabalhos por 15 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
Então, teremos mais 15 minutos de suspensão dos nossos trabalhos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às
18 horas e 33 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 53 minutos, sob a
Presidência do Sr. André do Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100º, Inciso I, do Regimento Interno,
convoco V. Exa. pra uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 19 horas e 15
minutos, com a finalidade de ser apreciada a Ordem do Dia.
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 32ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
20/06/2024.
*
* *
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nessa sessão ainda nós vamos encaminhar os projetos do governador.
Perfeito? As votações.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sessão
convocada, extraordinária.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - E vai se realizar
junto também com os projetos dos deputados?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso. São os
itens 10, 11 e 12. São os últimos três itens.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Até o Item nº 9 são projetos de lei das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, uma
outra questão. A CCJR convocou reunião para as 19 horas e cinco minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exato. Às 19
horas termina nossa sessão agora, 19 e cinco, CCJ, e aí volta às 19 horas e 15
minutos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Perfeito.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, se
houver acordo entre as lideranças, solicito o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então
havendo acordo de liderança, antes porém... Havendo acordo de liderança, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária, de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os
ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas e 15 minutos.
Está levantada a sessão.
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* *
- Levanta-se a sessão às 18 horas e 55
minutos.
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