12ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão. Coloca em votação requerimento, do deputado Paulo Fiorilo, de método de votação ao PLC 75/23.
2 - PAULO FIORILO
Encaminha a votação do requerimento, de sua autoria, de método de votação ao PLC 75/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Requer comportamento regimental dos presentes nas galerias.
4 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Cumprimenta autoridades presentes em plenário.
8 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação do requerimento, do deputado Paulo Fiorilo, de método de votação ao PLC 75/23, em nome do PSOL.
9 - ENIO TATTO
Encaminha a votação do requerimento, do deputado Paulo Fiorilo, de método de votação ao PLC 75/23, em nome da Minoria.
10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara rejeitado o requerimento, do deputado Paulo Fiorilo, de método de votação ao PLC 75/23.
11 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
13 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
14 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
15 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
16 - VINICIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
17 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
18 - LEONARDO SIQUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
19 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
20 - ATILA JACOMUSSI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do SD.
21 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
22 - ENIO TATTO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Minoria.
23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que rejeita o requerimento, do deputado Paulo Fiorilo, de método de votação ao PLC 75/23. Suspende a sessão, por conveniência da ordem, às 17h40min, reabrindo-a às 17h44min. Solicita comportamento regimental dos presentes nas galerias. Coloca em votação requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23.
24 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Saúda as autoridades anunciadas.
27 - PROFESSORA BEBEL
Encaminha a votação do requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23, em nome da Minoria.
28 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23, em nome do PSOL.
29 - REIS
Encaminha a votação do requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
30 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23.
31 - PAULO FIORILO
Solicita verificação de votação.
32 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico. Anuncia a presença do vereador Celso Giannazi, de São Paulo.
33 - PAULO FIORILO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
34 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
35 - VINICIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
36 - CAIO FRANÇA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
37 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
38 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que aprova o requerimento, do deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, de método de votação ao PLC 75/23. Coloca em votação o PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos.
39 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
40 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
41 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
42 - DELEGADO OLIM
Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome do PP.
43 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
44 - MAJOR MECCA
Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome do PL.
45 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
46 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Convoca uma segunda sessão extraordinária, a ter início dez minutos após o término da presente sessão.
47 - ENIO TATTO
Para comunicação, faz pronunciamento.
48 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
49 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome da Federação PSOL REDE.
50 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Lembra a realização da próxima sessão extraordinária, a ter início às 19 horas e 31 minutos. Encerra a sessão.
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-
Abre a sessão o Sr. André do Prado.
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O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
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-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Ordem do Dia, votação do Projeto de lei Complementar nº 75, de 2023, de autoria
do Sr. Governador.
Há sobre a mesa
o método de votação apresentado pelo líder da Federação PT/ PCdoB/PV. Em
votação o requerimento.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente, para encaminhar o método de votação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É
regimental o pedido de V. Exa., então o líder da Federação, deputado Paulo
Fiorilo, tem o tempo regimental.
O SR. PAULO FIORILO -
PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ao longo da semana passada e
também dessa nós temos discutido muito o PLC 75, que trata do reajuste da
Polícia Militar e da Polícia Civil.
Nós temos
feito um esforço muito grande, e a prova desse esforço é a unidade das bancadas
de oposição ao governo Tarcísio: o PSOL, o PSB, o PT, o PCdoB, a Federação, tem
marchado juntos para tentar demover o governo Tarcísio da sua postura de não
aceitar absolutamente nenhuma emenda, o que nós achamos inadmissível para um
projeto dessa envergadura.
E o que o
governo Tarcísio não tem aceitado, que é preciso deixar claro aqui? Primeiro,
não aceita incluir a Polícia Penal nesse projeto, dizendo que vai mandar outro.
Não aceita incluir os trabalhadores da Fundação Casa, que estão em greve e que
o governo também não aceita. Três, não aceita fazer a correção de forma
adequada aos terceiros-sargentos e segundos-tenentes. Quatro, um reajuste
linear para a Polícia Civil.
Nenhuma
dessas propostas, inclusive emendas apresentadas pela base do Governo, têm sido
aceitas. Nenhuma. Nós achamos um equívoco. É inadmissível que um governo
apresente um projeto para a Assembleia Legislativa e não tenha a capacidade de
ouvir e de aceitar a alteração do projeto.
Isso é uma
demonstração cabal da forma como o governo quer tratar esta Casa, como um
puxadinho, o que nós não podemos permitir. Por isso a gente está aqui dizendo
que queremos continuar esse debate para que o governo possa aceitar. Por isso
nós propusemos um método, um método de votação.
E é
importante que vocês entendam que, no nosso método, a gente vai encaminhar
agora o método que eu vou explicar, e depois vamos encaminhar as outras votações.
No
nosso método, a gente destaca uma emenda e propõe uma votação englobada das
outras, e aí, das outras emendas significa a questão da Fundação Casa,
significa a questão da Polícia Civil, significa resolver a Polícia Penal e
votar uma emenda destacada e apresentada pelo PT e também pelo deputado Mecca,
que eu não vejo aqui agora... Ah, desculpa, deputado Mecca... Que propõe um
aumento também diferenciado para os terceiros-sargentos e para os
segundos-tenentes.
Por que nós propusemos destacar? Porque essa
emenda representa a vontade de muita gente, e porque o governador tem que
entender que essa vontade precisa e deve ser respeitada.
É
sobre isso que nós temos debatido ao longo dessas duas últimas semanas, mas
infelizmente o governador está com os ouvidos voltados - e possivelmente o
raciocínio voltado - para outras coisas: para a privatização da Sabesp, para a
ViaMobilidade, mantendo a ViaMobilidde numa situação na qual, todo mundo sabe,
é impossível que se use os trens do jeito que estão, sendo feitas as
manutenções que não funcionam...
Então
ele não olha para um projeto tão importante, que aliás deveria ser um projeto
para contemplar todo mundo, e o que a gente está percebendo é um projeto que
não contempla todo mundo. Aliás, não contempla a base do governo, que foi
enquadrada.
A
base do governo foi enquadrada, a base não pode defender uma emenda - uma
emenda de deputados que dialogam com a Segurança Pública -, a base não pode
votar numa emenda que representa a melhoria de salário para aqueles que
precisam nas polícias.
Repare
onde nós chegamos. Eu sou um deputado de segundo mandato, fui reeleito no
governo passado que muitos aqui criticavam inclusive, mas nós conseguimos fazer
muitas coisas, nós conseguimos ter audiência pública.
Esse
projeto não teve audiência pública, aliás, pelo contrário, o governador veio
trazer o projeto e entregou no Colégio de Líderes, só esqueceu de dizer para os
deputados da base e da oposição que o projeto ia aumentar o desconto da
previdência.
Aliás,
criou a maior confusão porque os deputados da base gravaram até vídeo aqui no
plenário dizendo que era um absurdo. No dia seguinte, o governador, junto com o
secretário, deu um passo atrás, mas só deu um passo atrás, nem audiência
pública topou, nem a emenda apresentada pelos deputados da base topou.
Esse
é o governo que diz que quer o diálogo, esse é o governo que diz que é
democrático. A democracia pressupõe ter a capacidade de ouvir, de aceitar o
contraditório e de incorporar emendas que possam melhorar o projeto.
Eu gostaria muito de ouvir os deputados da
base para poder entender quais os argumentos que levaram o governador a
enquadrá-los. Aliás, a gente poderia ouvir o deputado Carlos Cezar, líder do PL
ou, por exemplo, a gente poderia ouvir o deputado Mecca, que é um deputado
importante, ou o deputado Bove.
Eu
não posso dar aparte porque nesse momento não é permitido. Então, nós
precisamos ter a clareza aqui de que é preciso entender, Sr. Presidente, por
que os deputados foram enquadrados.
Eu
vou ajudar, dizem assim: “não, fica tranquilo que a gente vai mandar projeto”.
O pessoal da Fundação Casa está em greve, não tem nenhum sinal de ter aumento e
não é de agora. Ontem eu e outros deputados da bancada do PT passamos num
acampamento aqui na frente, e os trabalhadores e as trabalhadoras que estavam
lá disseram: “nós estamos sem aumento há muito tempo, sem valorização há muito
tempo”.
Então
eu queria deixar aqui, aos deputados da base: em quem nós vamos acreditar, na
categoria que não tem aumento ou no governador que diz que vai mandar projeto?
Eu
vou colocar aqui mais uma questão: nós fizemos um debate aqui, amplo, sobre um
projeto de aumento do salário mínimo para 1.550 reais. A bancada do PT propunha
um valor maior: 1.580, porque foi o debate que fizemos ao longo das eleições.
Nós
tentamos emendas. Conseguimos uma, muito pequena, proposta, se não me engano,
pelo deputado Reis, mas muito pequena, insignificante. Tentamos aqui dialogar
com a base, dialogar com o deputado Xerife, que é o líder do Governo, para que
ele pudesse incorporar duas emendas, duas questões que a gente considerava
importantes.
Primeira:
a partir do ano que vem, indexar o salário mínimo do Estado com a inflação.
Escolhe o indicador e indexa. Segunda: que pudesse mandar para esta Casa, ainda
em maio, o projeto que aumenta o abono para os servidores do Estado não
ganharem menos de 1.550, porque tem servidor da Saúde que ganha 370 reais,
conforme demonstrado pelo deputado Luiz Claudio Marcolino.
Esse
é o Estado mais rico da federação. Esse é o governo que repete os governos do
PSDB e que acha que está tudo certo, que não tem problema. Então, queria dizer
a vocês que vamos insistir hoje para que a gente tenha uma emenda, ou duas
emendas, ou três emendas, ou todas as emendas incorporadas. (Manifestação nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL -
Um minutinho só. Pelo bom andamento desta sessão, a galeria não pode se
manifestar. Então, peço a todos a gentileza. A gente quer transcorrer esta
sessão de maneira tranquila, fazer o grande debate, o encaminhamento, mas é
regimental que essa galeria não deve se manifestar e que deve respeitar os
oradores na tribuna.
Então,
assim eu peço encarecidamente, para que a gente transcorra e todos possam
participar de maneira democrática, mas o Regimento desta Casa tem que ser
respeitado. Todos os que vêm aqui são bem-vindos, desde que cumpram o Regimento
Interno.
Então,
devolvo a palavra ao deputado Paulo Fiorilo e, daqui para frente, espero a
compreensão de todos para que a gente possa dar um bom andamento à nossa
sessão.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT -
Deputado Fiorilo, me permite um instante para assinalar a presença da
vereadora...
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputado Suplicy, infelizmente, neste momento não cabe aparte, porque estamos
em um momento de encaminhamento. Assim que o deputado Paulo Fiorilo terminar o
seu encaminhamento, V. Exa. fará uma comunicação e apresentará os seus
convidados.
Com
a palavra o deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO -
PT - Deputado
Eduardo, eu gostaria muito, mas infelizmente o Regimento impede o aparte neste
momento.
Quero
dizer que apresentamos várias emendas, assim como apresentaram os deputados e
deputadas do PSOL, entre elas a emenda que trata do reajuste da Fundação Casa,
a Emenda nº 40, para assegurar que o percentual de reajuste sobre os
vencimentos dos servidores da Fundação Casa não será inferior a 20 por cento.
Então, queremos fazer esse debate e incluir essas emendas no projeto que vai
ser votado aqui.
Vocês
vão poder acompanhar de perto para saber quem ficou do lado dos trabalhadores e
quem ficou do lado do governador, contra os trabalhadores. Então, vamos estar
aqui para mostrar isso, no debate e nas votações.
É
assim que vai funcionar hoje ao longo das duas sessões que foram convocadas. Se
não for possível hoje, vamos votar amanhã, vamos votar depois de amanhã. Não
tem problema, até porque o reajuste não vai ser pago agora. O reajuste só será
pago em agosto. Só para agosto.
Então,
termino aqui, Sr. Presidente, dizendo que se não for aprovado, tem um grande
culpado, responsável, pela greve da Fundação e pela falta de salários.
Um
grande abraço.
Muito
obrigado, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Sr. Presidente, para encaminhar pela bancada do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
É regimental. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para assinalar, Sr. Presidente André do Prado, a
presença entre nós, acompanhada do deputado Simão Pedro, da vereadora Sandra
Kennedy, que já foi prefeita de Registro, do vereador Zezequinho, de Miracatu,
acompanhado da Sra. Sandra e do Sr. Ronaldo Ribeiro, seu esposo.
Eu soube hoje
que foi formada há algum tempo uma Frente Parlamentar de Apoio ao Vale do
Ribeira. Eu gostaria até de, depois, com o deputado Simão Pedro reviver isso
para ver em que pé está.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Gostaria então de fazer uma comunicação da ex-prefeita da cidade de Registro, a
Sandra. Seja bem-vinda. Zezequinho também, da cidade de Miracatu, nosso
vereador lá. Sejam bem-vindos nossos representantes das cidades do Vale do
Ribeira, aqui trazidos pelo nosso grande deputado Simão Pedro.
Uma salva de
palmas para os nossos convidados. (Palmas.)
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de uma comunicação também. Quero
comunicar que nesta Casa hoje nós recebemos a grata presença do nosso amigo, o
deputado Gondim, que está aqui conosco no plenário.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputado Gondim, da nossa região do Alto Tietê, seja bem-vindo. Deputado por
vários mandatos aqui nesta Casa, vereador também na cidade de Mogi das Cruzes.
Um grande
parceiro com grandes e relevantes serviços prestados ao nosso estado de São
Paulo.
Seja bem-vindo,
Gondim.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Caio França, para uma última comunicação para o
encaminhamento da deputada Monica Seixas.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - Rapidamente, também antes da deputada Monica fazer uso da
palavra, anunciar a presença aqui do vereador Lucas, de Cananéia, do
vice-prefeito Cordeiro e demais comitivas que nos acompanham aqui do Vale do
Ribeira também, presidente. Só para registro.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Então também sejam bem-vindos. Está aqui o Luiz também, nosso vice-prefeito da
cidade de Cananéia e nosso vereador da cidade de Cananéia. É o Vale do Ribeira
aqui representado na Assembleia hoje. Região importantíssima do nosso estado
que precisa de apoio total para o seu desenvolvimento. Parabéns, deputado Caio
França.
E com a palavra
então para o encaminhamento a nobre deputada Monica Seixas.
A SRA. MONICA SEIXAS
DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Saudar todos os convidados
presentes também. Sejam muitíssimo bem-vindos. Para quem está acompanhando aqui
na galeria, quem está acompanhando de casa, eu acho que eu vou começar
explicando em que pé nós estamos da votação.
Nós
estamos votando o PLC 75, de aumento de salário dos policiais civis, militares
e científicos do estado de São Paulo. Nós passamos pelas últimas três semanas
pelos debates em comissões e aqui no plenário em busca de incorporar emendas e
alterar o projeto. Só justificando, eu sigo de máscara porque eu estou gripada
e para não espalhar meu vírus estou aqui usando máscara para protegê-los.
Aproveito
também para lembrá-los da campanha de vacinação contra a gripe que está “on”.
Quem puder se vacinar... Posso dizer que esta foi a pior gripe que eu peguei na
minha vida, e não é Covid.
Então
vacinem-se. Nas últimas três semanas, a gente teve uma batalha aqui para
incorporar as demais categorias da Segurança Pública e para discutir a situação
da Segurança Pública.
Esse
projeto chegou aqui bastante festejado, celebrado e comemorado, porque o
governador veio com uma coletiva de imprensa anunciando 20% de aumento aos
trabalhadores da Segurança Pública. Quando a gente foi conhecer o projeto, porque
ninguém conhecia o projeto, não discutiu com ninguém, não mostrou aos
deputados...
No
dia que disse que estava protocolando, ninguém tinha. A gente pede para os
colegas, pede para a Casa. Espera, espera, dois dias depois a gente vai
conhecer o texto que estava na mídia já há uns dois dias dizendo: “Tarcísio vai
dar 20% de aumento aos policiais”. Aí você vai ler o projeto e não é bem isso.
Primeiro, que não é para todos os policiais, vale dizer.
A
gente vive dizendo que, infelizmente, embora a gente trabalhe pelo não
fracionamento da polícia, por uma polícia unitária e etc., são várias polícias.
E dois setores importantes da Segurança Pública ficaram de fora: os policiais
penais da Assistência Penitenciária e a Fundação Casa e seus trabalhadores.
E
mesmo entre os contemplados no aumento da Polícia Militar, da Polícia Civil,
tem muita coisa a se debater: a rivalização; as diferentes propostas; os de
alta patente, que com o aumento de 20% vão ter três, quatro mil de aumento de
salário; os de baixa patente, que com 30%, 34% vão ter 600, 700 reais.
Então
quem está embaixo vai comprar cesta básica; quem está em cima vai trocar de
carro, vai comprar uma casa nova. Essa diferenciação toda numa polícia e no
estado de São Paulo que não pode mais ser tratada dessa forma. A verdade, a
verdade mesmo - e não gostam que eu fale - é que a Segurança Pública do estado
de São Paulo está em colapso.
A
Segurança Pública do estado de São Paulo faliu já faz algum tempo e não pela
força dos seus trabalhadores, mas por um projeto. O déficit de trabalhadores na
Fundação Casa faz com que seja quase um milagre que a Fundação Casa continue
operando.
O
déficit de trabalhadores da Fundação Casa faz com que seja um milagre que hoje
a gente possa dizer que a gente tem medida socioeducativa no estado de São
Paulo. Se a gente for discutir as penitenciárias, é uma bomba-relógio: cinco
trabalhadores para mil encarcerados.
Cinco
trabalhadores para mil encarcerados nas unidades prisionais. Polícia Civil: a
gente está discutindo aqui que a gente quer DDM aberta 24 horas, que a gente
quer vencer os crimes cibernéticos e as ameaças às escolas pela internet, mas
você vai visitar as delegacias do estado de São Paulo, não tem nem trabalhador.
A
verdade, e eu vou trocar uma ideia com o pessoal que veio da região do Vale, se
tem delegacia operante lá, se tem condições de atender a população, porque na
minha região é malemá delegado com guarda civil municipal emprestado da
Prefeitura para atender na delegacia.
E
aí? E aí, como é que funciona a Segurança Pública sem investigador? Como é que
funciona a Segurança Pública com mulher vítima de violência que não tem a quem
denunciar e ser atendida?
E
a Polícia Militar? A Polícia Militar, que gostam de vir aqui e fazer
publicidade de uma Polícia Militar que, na verdade - e eu reafirmo - nosso
mandato está sempre aberto aos policiais. A gente sempre atendeu policial.
O
que a gente ouve da Polícia Militar é tortura, violência psicológica,
chantagem, punições administrativas, assédio sexual, assédio moral. E o número
de suicídio, olha, batendo recorde em cima de recorde, todo ano.
E
aí? Que valorização da Segurança Pública é essa que a gente está discutindo,
que o resultado do famigerado e tão publicitário projeto de valorização da
carreira rivalizou ainda mais as categorias, esqueceu outras, não prevê
abertura de concurso, não vai acolher no adoecimento emocional dos
trabalhadores da Segurança Pública, não vai ajudá-los a enfrentar o crime
organizado, não vai ajudá-los a enfrentar a dor da morte dos seus companheiros
no dia a dia?
Nem
a data base o governo cumpriu dos demais servidores. É por isso que desde o
primeiro momento a gente vem batalhando para melhorar o texto, porque se
demorou anos para chegar esse projeto aqui, imagina consertar esse projeto
depois.
A
Assembleia Legislativa perdeu uma oportunidade ímpar de valorizar os
trabalhadores da Segurança Pública, todos eles, em unidade. É essa unidade que
a gente gostaria que eles tivessem no trabalho, no dia a dia da sua função.
Por
isso, até agora a gente vem perdendo todas as etapas. Nas comissões, os
deputados se recusaram a acolher as emendas, aqui no plenário, vêm se recusando
a acolher as emendas, e vêm dizendo: “Depois, depois, depois, depois, quem
sabe, um dia, as outras categorias vejam algum aumento”. Nós estamos votando
neste momento esse item que eu estou aqui debatendo. Trata-se do rito de
votação.
O
rito de votação é como nós vamos votar esse projeto. A gente está pedindo para
se votarem as emendas aqui no plenário. Em uma última tentativa de trazer a
Fundação Casa, de trazer a Polícia Penal, para esse aumento.
Então
a gente vai ter nessa primeira etapa essa votação: se os deputados querem ou
não querem votar como a gente está pedindo, em etapas, com algumas emendas
destacadas.
Se
não, a gente vai votar o projeto como ele está, e o projeto como ele está
infelizmente ainda não contempla os trabalhadores da Fundação Casa e a Polícia
Penal. Por isso a gente segue brigando hoje, que deve ser a última janela de
oportunidade de a gente votar um projeto de valorização dos trabalhadores e das
trabalhadoras da Segurança Pública do estado de São Paulo.
Eu
sinto muitíssimo que vocês estejam sendo tratados desse jeito. Quando trocou o
governo, não que eu tivesse fé nesse governo, mas eu tinha alguma fé no Poder
Legislativo, porque de todas as casas legislativas que eu acompanho pelo
Brasil, eu achava a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo um lugar
ruim.
A
legislatura passada foi minha primeira legislatura e os mais velhos me contavam
que não tinha o costume nesta Casa de se analisar um projeto, debater-se. Aqui
todo mundo vota amém para o que o governador mandar, porque o que interessa
mesmo é a emenda parlamentar, no fim das contas.
E
eu achei que com a mudança de legislatura essa prática ia mudar, que a gente ia
ter uma Casa mais viva, com as comissões atuantes, que a exemplo dos outros
poderes legislativos o governador não ia governar sozinho. Ia mandar para cá, e
mesmo que fosse para ajudar a sua base, os deputados da Casa iam melhorar o
texto.
Eu
vi o quanto ficaram chateados os deputados policiais com o texto do projeto. Eu
falei: “Nossa, eles vão ajudar a gente a melhorar o texto e etc.” Mas a
verdade, a verdade mesmo é que eles só vão fazer hoje o que o Jorge Wilson
deixar e mandar, nada além disso.
Não
vai ter alteração de texto, não vai ter melhoria no projeto e não vai ter
debate para acolher quem está na ponta exercendo trabalho da Segurança Pública.
Mas a gente segue tentando.
Então,
portanto, esse rito de votação que a gente vai votar agora é a última
oportunidade de trazer o aumento salarial de vocês para o debate, para a
votação hoje.
Obrigada,
gente.
Obrigada,
presidente. (Manifestação nas galerias.)
O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - Para encaminhar
pela Minoria.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É
regimental. Vossa Excelência tem o período regimental de 10 minutos, para
encaminhar pela Minoria.
O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e público que nos assiste. Cumprimento a comitiva do Vale do Ribeira, em nome da vereadora Sandra. Cumprimento também todos os nossos companheiros apresentados pelo senador Suplicy e o deputado Simão Pedro. Cumprimento ainda de forma muito especial os nossos amigos, nossos colegas da Fundação Casa, que estão no plenário demonstrando força, união e perseverança.
E só para avisar quem está nos assistindo que o plenário aqui no Juscelino Kubitscheck está lotado e lá fora tem muita gente também que não pôde entrar. (Manifestação nas galerias.) Então, parabéns a todos vocês.
Esse projeto, o PLC 75, está servindo como um teste nesta Casa ao novo governo aqui no estado de São Paulo. A gente percebe que mudou o personagem, mas a prática é a mesma.
O PLC chegou aqui na Casa há 15 dias e nós propusemos, como sempre a oposição faz, abrir o debate, fazer audiências públicas, não só os deputados falarem, mas as categorias, os profissionais envolvidos, os sindicatos. Não foi dada essa oportunidade mais uma vez.
Eu mesmo protocolei na Comissão de Finanças e Orçamento um pedido de audiência pública. Simplesmente não marcaram reunião da Comissão de Finanças e Orçamento.
Vocês percebem que é uma forma de você evitar o debate, de você evitar o diálogo. Foram pedidas reuniões com secretários, com o governador. Apenas uma parte dos deputados é recebida, os deputados da base e que são enquadrados, como foi dito aqui.
E esse projeto é um divisor de águas no início da legislatura, principalmente aos deputados que estão chegando agora, os novos, mas principalmente os deputados da área da Segurança Pública. Isto porque, na medida que vamos discutir um método de votação, como foi dito aqui, essa votação é muito importante porque dá a possibilidade de a gente corrigir parte do projeto através de uma emenda de um deputado que não é da oposição, é da base do Governo, como muitos deputados aqui apresentaram emendas para corrigir o projeto.
Agora, os deputados da oposição apresentaram emendas para corrigir o projeto e vieram para o debate, participaram das audiências públicas, falaram em plenário. O que aconteceu com os deputados da base, que apresentaram, muitas vezes, emendas semelhantes? Eles simplesmente sumiram, não participaram do debate, porque foram orientados a não fazer isso para ganhar tempo.
Ou seja, ficou provado que, entre uma orientação do Governo e um pedido da classe dos profissionais da área de Segurança Pública, eles ficaram com o governo sim, não adianta falar que não. Nós somos favoráveis ao projeto com esse aumento que veio. Isso é pacífico, todo mundo é favorável ao projeto; oposição e situação.
O detalhe está na discussão e nas emendas que foram apresentadas. Apresentar emenda, como a emenda do deputado Mecca, e depois sumir, não vir defender as emendas, é porque está na mão do Governo, é porque não tem compromisso com os profissionais. É isso que está posto aqui. (Palmas.) É isso que está posto aqui.
Por que o roteiro é importante? Porque o roteiro destaca uma emenda que dá um reajuste para os tenentes e os sargentos, que corrige um erro do projeto, não corrige de tudo, que a gente queria que a Fundação Casa estivesse inclusa, que os agentes penitenciários estivessem inclusos, enfim, todos os funcionários públicos fossem contemplados.
Mas esse é o roteiro que nós vamos defender, estamos defendendo, corrige parte, aí a gente vai verificar como vai ser dado o comando, também pelo presidente, se vai colocar para votar favorável ou para rejeitar. E tanto sendo rejeitado ou favorável, tenho certeza de que vai ser pedido verificação de votação.
Aí cada deputado vai ter que colocar a sua digital. Aí é a hora, deputado Dalben, como a gente fala no Interior, em que o coelho vai ter que sair da toca. Vai ser a hora em que cada um vai ter que demonstrar se está do lado do governador, obedecendo o governador, ou se está do lado dos trabalhadores, que pedem aumento, que pedem dignidade no seu trabalho. É isso que está em jogo. (Palmas.)
Não dá para admitir que uma categoria que sobe aqui no plenário, que vira leão aqui defendendo o aumento, defendendo os reajustes, as condições de trabalho, denunciando todo dia, quando chega um projeto desses que tem a oportunidade de atender os trabalhadores, se omita, não suba na tribuna, não faça a discussão e não cobre do governador que mude o projeto. Essa é a oportunidade de quem defende realmente os profissionais da Segurança Pública. Essa é a oportunidade.
Eles estão, com certeza, assistindo, e pelas redes sociais vão ficar sabendo quem votou. A gente ouviu nos últimos dias os próprios policiais, o próprio pessoal da Segurança Pública falando “eu não acredito que o PT e a oposição estão nos defendendo, e os nossos deputados não estão nos defendendo”. Isso estava nas redes sociais, todo mundo viu. (Palmas.)
Agora, na hora da votação, vai ser pior ainda. Eles vão perceber que a digital deles vai ser para não defender os aumentos de que eles tanto precisam, para não defender as condições de trabalho de que eles tanto precisam.
E aí eu vou fazer um desafio: aqueles policiais, aqueles deputados da área da Segurança Pública que defendem os trabalhadores, hoje é o dia de subir na tribuna e falar que defende e vota favorável aos trabalhadores, e não de se omitir, não de ficar no colo do governador para simplesmente aprovar seco, do jeito que ele mandou esse projeto para cá.
A bancada do PT, a bancada de oposição fez o debate, seguramos o projeto, não deixamos votar, para dar tempo de discussões, para ouvir, para melhorar, para atender as reivindicações das categorias, mas nada disso foi acatado.
Agora, o último recurso que nós tínhamos depois de fazer um grande debate aqui, no plenário, foi no método de votação para tentar recuperar uma parte que não foi acatada pelo relator das emendas e garantir agora, na hora da votação final.
Mais uma vez, todo pessoal da área da Segurança Pública, população do estado de São Paulo, nesta votação, vocês vão verificar quem está do lado dos trabalhadores da Segurança Pública e quem vem aqui só fazer discurso, e se omite, se nega a votar no aumento de salário deles.
Portanto, é a última oportunidade que nós temos aqui de a gente corrigir um projeto que veio a seco, que não deu liberdade para os profissionais, para os sindicatos, as associações discutirem. Porque você fortalece a reivindicação, você corrige os projetos, na hora do diálogo, na hora das audiências públicas.
E as audiências públicas são o único momento em que os interessados, realmente, no projeto, têm para falar, que tem espaço para falar. Porque no Congresso de Comissões é só deputado que fala, no plenário aqui é só deputado que fala. Então, tiram o direito de participar de uma audiência pública para a gente melhorar o projeto.
Vamos à votação. Vamos no roteiro apresentado pela bancada do Partido dos Trabalhadores, pela oposição, para destacar as emendas que favorecem os trabalhadores da área da Saúde. Quem votar contra, está confessando, realmente, que tem um discurso e uma prática totalmente diferentes.
Um grande abraço a todos vocês.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Em votação o requerimento.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - As
Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem contrários, permaneçam como se
encontram.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Rejeitado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito
verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- É regimental o pedido de Vossa Excelência. Uma verificação de votação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS
- Pela ordem, Sr. Presidente. Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- A partir... Um minutinho só, líder. A partir desse momento estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e
Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS
- Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado líder do Governo, Xerife do Consumidor.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS
- O comando de rejeitado é votar “não”. É isso, Sr. Presidente? (Vozes fora do
microfone.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Quem quer votar contra o requerimento, vota “não”.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS
- Peço aos deputados para votarem “não”.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- E quem quer aprovar o requerimento, vota “sim”.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr.
Presidente, então quem é favorável ao método defendido pelo PT, pelo PSOL, pelo
PSB, vota “sim”. É isso? (Vozes fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Exatamente.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Então, eu
queria orientar os deputados e deputadas que votem “sim” no método que
possibilita incluir a emenda. (Vozes fora do microfone.) A favor da polícia.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Deputado líder do União, deputado Milton Leite.
O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO
- União Brasil em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- União Brasil em obstrução.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. PT em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
PT em obstrução.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL
- Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputada Monica Seixas.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
PSOL em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
PSOL em obstrução.
O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB -
Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.
O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB
- Requerer que a Federação PSDB e Cidadania entre em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Federação PSDB e Cidadania em obstrução.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Caio França.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Colocar o
PSB em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Deputado Caio França põe o PSB em obstrução.
O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO
- Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Leonardo, líder do Novo.
O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO
- Partido Novo em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Partido Novo em obstrução.
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO -
PL - Pela ordem, Oseias de Madureira.
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD -
Colocar o PSD em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- PSD em obstrução.
O SR. ENIO TATTO - PT - Posso pedir
um esclarecimento?
O SR. ATILA JACOMUSSI - SOLIDARIEDADE
- Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Atila.
O SR. ATILA JACOMUSSI - SOLIDARIEDADE
- Solidariedade em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Solidariedade em obstrução. Esclarecimento, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - A votação
pode... Tem problema não, o Rodrigo pode ajudar a gente aí. Foi dado o comando
de rejeição. Quem vota “sim”, está votando pela rejeição. (Vozes fora do
microfone.) Orienta a gente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Quem vota “sim”, está votando favorável ao método.
O SR. ENIO TATTO - PT - O nosso
método? O apresentado por nós?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
O método de vocês do PT.
O SR. ENIO TATTO - PT - Tá.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Do líder Paulo Fiorilo. E quem vota “não”, vai estar rejeitando o método de
votação.
O SR. ENIO TATTO - PT - Ok. Obrigado,
presidente.
O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado.
O SR. PAULO CORREA JR - PSD
- Para colocar o PSD em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- O vice-líder, Oseias de Madureira, já tinha colocado o PSD em obstrução.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Olim.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Progressistas
em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Progressistas em obstrução.
O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para colocar os partidos da Minoria em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Partidos da Minoria em obstrução.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Apenas
para reiterar, à base aliada, para votar “não”. Na sequência, teremos o método
nosso. Esse método seria para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Sim, é o próximo item, método protocolado por Vossa Excelência.
Tendo
transcorrido quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as
Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou registrem abstenção nos
terminais dispostos em suas mesas.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Ainda não estamos no momento da votação nos microfones de aparte. Por enquanto,
ainda estamos votando no sistema eletrônico.
Estão, nesse
momento, abertos os microfones de aparte para os deputados que não conseguiram
votar no sistema eletrônico.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT
- Pela ordem, Sr. Presidente. Pela inclusão da Fundação Casa, da Polícia Penal,
da Polícia Civil e Militar, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputado Luiz Claudio Marcolino vota “sim”.
O SR. REIS - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Em defesa da Polícia Civil, voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Reis vota “sim”.
O SR. TEONILIO BARBA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente. Em defesa da Fundação Casa, em defesa da Polícia
Penal, em defesa da Polícia Civil, em defesa da Polícia Militar, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputado Barba vota “sim”.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL -
Pela ordem, presidente. Contra a exclusão antidemocrática dos trabalhadores da
Polícia Penal e da Fundação Casa, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Guilherme Cortez vota “sim”.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
presidente. Registro o meu voto “sim”, em defesa das Polícias Civil e Militar.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Paulo
Fiorilo vota “sim”.
O SR. MAURICI - PT - Pela ordem,
presidente. Voto “sim”, por uma política de Segurança Pública consequente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Maurici vota “sim”.
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL -
Pela ordem, Presidente. Pela inclusão e por um reajuste salarial que de fato
atenda a todos, voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada
Ediane vota “sim”.
A SRA. THAINARA FARIA - PT -
Pela ordem, presidente. Só para consignar meu voto em favor de um reajuste
justo para todos. Eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada
Thainara vota “sim”. Deputada Thainara já tinha votado no painel, mas registrou
o voto “sim”.
O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Pela orientação do meu líder aqui, votar “não”. (Manifestação nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Gil Diniz vota “não”.
O SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente. Os policiais penais, os agentes socioeducativos não estão
esquecidos pela nossa bancada. Nós trabalhamos, sim, por todos vocês, inclusive
com reuniões dentro do Palácio dos Bandeirantes.
E esse método
de votação do PT é contra a valorização dos policiais! Eu voto “não”! Voto
contra o que o PT está fazendo com os policiais! (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Mecca vota “não”.
Mais algum dos
Srs. Deputados deseja consignar o seu voto? Não havendo mais deputados querendo
consignar o seu voto, passo agora aos deputados que queiram alterar o seu voto.
(Pausa.)
*
* *
-
Verificação de votação pelo sistema eletrônico.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Nenhum deputado querendo alterar o seu voto, passaremos agora à proclamação da
votação e do seu resultado. Votaram “sim” 22 deputados, votaram “não” 60
deputados, mais este presidente, totalizando 83 votos. Portanto, quórum que
rejeita o requerimento de método de votação do líder do PT, Paulo Fiorilo.
Dando sequência
agora... (Manifestação
nas galerias.) Mais uma vez... (Manifestação nas galerias.)
Está suspensa a
sessão por cinco minutos, para se manter a ordem.
*
* *
- Suspensa às
17 horas e 40 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 44 minutos, sob a
Presidência do Sr. André do Prado.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Estou reabrindo a
sessão. Espero a compreensão de todos que estão nesta galeria. Nós estamos em
uma democracia aqui, e eu não vou querer esvaziar a galeria.
Quero
respeitar todos vocês que estão aí, é direito de vocês acompanhar esta sessão,
mas, como eu disse, nós temos o Regimento Interno, que tem que ser respeitado.
Então eu peço aos senhores que acalmem os ânimos, que agora nós passaremos à
votação do segundo requerimento.
Então, há sobre
a Mesa o requerimento de método de votação apresentado pelo líder do Governo,
deputado Xerife do Consumidor. Em votação...
O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - Queria indicar
a deputada professora Bebel para encaminhar pela oposição.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
A Professora Bebel tem o tempo regimental para encaminhar pela Minoria. Mais
uma vez, vamos ter educação e respeito com o orador que está na tribuna. A
Professora Bebel fará o encaminhamento.
Vocês são
bem-vindos nesta Casa, mas vocês conhecem o Regimento. Estamos em um sistema
democrático aqui, e eu peço a compreensão de todos, que são nossos convidados a
permanecerem na galeria para acompanhar o restante desta sessão, porém, a
educação e o Regimento Interno aqui terão que ser cumpridos.
Por favor,
existirão ainda mais debates nesta Casa, em outros temas, e vocês sempre serão
bem-vindos. Porém, se as coisas transcorrerem desta forma, nós teremos que
tomar outras atitudes, para que isso não ocorra. Com a palavra a Professora
Bebel.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr. Presidente. Professora, a senhora permite uma
breve comunicação?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Uma
comunicação, deputado Marcio Nakashima, antes da Professora Bebel se
manifestar, fazer o seu encaminhamento.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
PARA COMUNICAÇÃO - Para a gente
acalmar os ânimos aqui, Sr. Presidente.
Só para consignar também hoje a presença do nosso colega, ex-deputado desta
Casa, Sergio Victor, do Novo, está aqui conosco aqui na Assembleia Legislativa.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputado Sergio Victor, nosso grande deputado presente também em meio a nós.
Seja bem-vindo.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado Xerife do Consumidor,
depois com a palavra a Professora Bebel.
O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Apenas para uma
comunicação, Sr. Presidente.
Estamos recebendo aqui nesta Casa o nobre vereador da cidade de São Paulo,
Jorge Wilson Filho.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Jorge
Wilson Filho, vereador, seja bem-vindo a esta Casa. Então, com a palavra a
Professora Bebel, para encaminhar pela Minoria.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada.
Está sem som, Sr. Presidente.
Ou, pelo menos, está fraco. Obrigada, Sr.
Presidente. Cumprimento a Mesa de trabalhos, assessores à minha
esquerda, à minha direita, enfim, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, e todos que
me assistem através da Rede Alesp, e o público que está presente nesta Casa,
representando a Fundação Casa, que tem feito um trabalho inestimável, e têm
sido duramente desrespeitados, e não têm sido valorizados.
É
com esse espírito que eu quero dialogar e conversar com o Major Mecca. Major
Mecca, eu ficaria muito feliz se um membro do governo por alguma vez me desse
apoio em uma das nossas emendas, e eu fiquei, assim, profundamente sem
entender, porque V. Exa. vociferou tanto, por conta de nós querermos apoiar a
emenda de Vossa Excelência. Vossa Excelência foi contra a própria emenda, e
isso é lamentável.
Porque
nós sempre trabalhamos juntos em defesa do funcionalismo público, e ninguém
quer fazer uso da emenda do senhor para poder, enfim, colocá-lo em maus panos.
É que a emenda do senhor era justa. Tinha uma unanimidade nesta Casa, e, ao
tirar a emenda, a gente deixa fora as categorias que V. Exa. coloca, que são
tenentes e sargentos.
Então,
por que ir contra uma emenda? Não é? Qual seria o problema votar favorável a
esta emenda, que, sim, abraçaria essas categorias? Mas é difícil concordar com
esse PL 75, de 2023, ressalvada aí a abrangência dos outros que terão reajuste.
Como explicar ficar fora do projeto a Polícia Penal - porque foi votada uma PEC
de emenda constitucional nesta Casa, e os tornou como Polícia Penal -, e não
ter nada de reajuste, ou quase nada?
A
Fundação Casa, que está em greve até o presente momento, 20 dias de greve.
Então,
vejam bem, nós estamos diante de um cenário como o anterior, deputado Barba, um
cenário em que o funcionalismo público vai ser tratado a pão e água. E olhe lá.
Porque você pega uma franja do funcionalismo, atende, e deixa outra grande
parte sem nada.
Eu me
refiro à Fundação Casa, à Polícia Penal e ao restante do funcionalismo público,
porque eu ouvi muito bem a propaganda do atual governador Tarcísio. A
propaganda dele foi uma propaganda enganosa, me desculpe.
E foi
enganosa por quê? Porque prometeu revogar o subsídio dos professores. Estão aí
os professores, penalizados. Prometeu garantir valorização do serviço público.
Está aí o serviço público, desvalorizado.
Então,
desculpe, é um início de governo muito ruim. Não adianta. Eu acho o seguinte,
nós já tivemos nesta Casa momentos muito difíceis, tivemos aqui a reforma da
Previdência, tivemos essa porcaria dessa política de subsídio que, face à
mobilização e à greve dos municipais, o Nunes retirou da pauta.
E aqui,
mesmo com a gente pedindo para separar o método de votação aquela vez, fizeram
chantagem conosco. Nós fomos coerentes e não votamos. Mantivemo-nos em
obstrução.
Então, por
essa razão é que eu faço o encaminhamento da bancada do Partido dos Trabalhadores,
destacando o processo. Um processo que poderia ter sido rico. A gente sobe
nesta tribuna para convencer e sair convencido, ou o contrário. Ou não sair
convencido, mas, minimamente, nós conseguirmos ter mais diálogo.
Um assunto
desta envergadura, como foi o PL 75, como passar sem nenhuma audiência pública?
Audiência é a capacidade de ouvir os sindicatos, os representantes de todas as
categorias do servidor. No caso, a categoria que representa os policiais. Não
foram ouvidos.
Mas, de
qualquer forma, eu quero dizer para os senhores o seguinte: é norma nossa, do
Partido dos Trabalhadores, respeitar as representações, respeitar aquilo que é
encaminhado, é norma, mas eu, sinceramente, entendo que também deve ser norma
do Legislativo, ou do chefe do Executivo e também desta Casa, ouvir os
deputados e deputadas.
Não, nós
estamos fazendo debate de surdo mudo aqui. Desculpe. É o tempo todo nós
batendo, batendo, batendo, e nada é cedido. Então, pergunto, deputada Ediane,
quando esta Casa de fato vai ser aquela que vai propor alguma coisa e que vai
ter voz aqui? Nós vamos ficar sempre abaixo do Executivo, é isso?
Então isso
é um desrespeito. E eu não subestimaria a oposição. Esse PL já era para ter
passado goela abaixo há duas semanas ou há uma semana. Não passou porque a
gente...
Ainda
assim eu me lembro de que eu tenho uma emenda, eu não tenho problema de falar
que eu destaquei o confisco de dez e meio por cento para os policiais
aposentados, eu não concordava com aquilo.
Eu entendi
o seguinte: se passar, volta de novo para todo o funcionalismo público. Penso
que foi um grande avanço o governador retroagir, voltar atrás, mas quero dizer
o seguinte, nós estamos num momento em que o próprio governador falou que a comunicação dele anda muito
ruim. E anda mesmo, porque a própria base dele bateu cabeça todos esses dias. A
gente, como oposição, cumpriu o nosso papel de oposição.
Por
isso, Sr. Presidente, entendo que a gente vai respeitar a votação do PLC 75,
mas queremos também destacar as emendas que apusemos, que são muito importantes
e que, enfim, trariam uma qualidade melhor para o funcionalismo público.
É
lamentável, repito, Major Mecca, eu que sempre tive, tenho e continuarei
tendo... Mas realmente eu não entendi por que o senhor ficou tão bravo de o
Partido dos Trabalhadores incorporar uma emenda que é boa e que é de Vossa
Excelência. E não foi para dividir, não! Foi por entender que o método de
votação poderia ter sido revisto para o bem dessas categorias que ficaram fora.
O
senhor sabe, sentiu o tratamento que o senhor teve quando entrou e quando teve
o comportamento que teve perante o microfone. É verdade, nós andamos no fio da
navalha, mas a gente também não pode se colocar o tempo todo... Tem coisas que,
se eu tiver que, um dia, ter posições frente ao meu governo, eu terei posições
frente ao meu governo, e isso jamais me fará abrir mão de posições que serão
boas para a minha categoria.
Então,
com essas palavras, eu digo para o senhor o seguinte: não haverá, por parte da
bancada do Partido dos Trabalhadores, obstrução de votação. Todo mundo votou,
todo mundo encaminhou, todo mundo fez o trabalho.
Agora,
cabe aos senhores, quando nós tivermos a pauta, virem ao encontro também de
nossas propostas.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Sr. Presidente, para encaminhar pela liderança do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
É regimental. Vossa Excelência tem o tempo regimental para encaminhar pela
bancada do PSOL.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, primeiro, manifesto o
nosso total apoio aos servidores da Fundação Casa que estão presentes, que
estão em greve, acampados em frente à Assembleia Legislativa. Convido a todos
os deputados a irem ao acampamento conversar e apoiar esse importante
movimento.
Quero
ainda deixar bem claro, Sr. Presidente, que vamos votar favoravelmente ao PLC
75, de 2023. Essa não é a questão. A questão é que queremos votar também, além
de votar favorável ao projeto, vamos votar favoravelmente... Eu faço um apelo à
base do Governo para que vote também nas emendas apresentadas. É aí que está o
“x” da questão.
Todo
mundo vai votar no projeto, ninguém vai obstruir o projeto, mas é importante
que as emendas sejam aprovadas. Elas foram derrotadas no congresso de comissões
pelo relator; porém, temos aqui uma chance de reverter esse cenário, votando
nas emendas quando elas forem colocadas em votação. Então, temos uma chance
importante.
A
Assembleia Legislativa pode reverter essa situação, incluindo os servidores da
Fundação Casa. Tem emenda que apresentamos para a Fundação Casa, para a Polícia
Penal, para corrigir as distorções, as injustiças e as contradições em relação
à própria Polícia Militar, com o segundo-tenente, com o 3º sargento, com as
contradições da própria Polícia Civil, que foi prejudicada por esse projeto.
Foram 45 emendas apresentadas, sobretudo por deputados também da base do
Governo. Então, essa é a nossa luta neste momento aqui na Assembleia
Legislativa.
Mas
quero dizer, Sr. Presidente, que neste debate todo que trata da questão
orçamentária, o governo tem colocado que não tem recursos, que vai estourar a
Lei de Responsabilidade Fiscal. Eu quero desmontar essa argumentação trazendo
duas informações importantes.
A
primeira delas é em relação a um PDL, um projeto de decreto legislativo, que
foi publicado hoje, no “Diário Oficial”. Refiro-me aqui ao PDL 21/23, que
revoga o decreto do governador, o Decreto nº 67.526, Sr. Presidente, que esse
decreto simplesmente dá isenção fiscal para empresas que trabalham com
embalagens metálicas no estado de São Paulo. E eu trouxe aqui os dados.
E
esse PDL que eu apresentei e esse decreto tem a ver com o reajuste salarial dos
servidores. Eu fiz aqui um quadro que eu queria mostrar, Sr. Presidente. Queria
ver se o Machado coloca aqui para que todos entendam, sobretudo a base do
governo, para mostrar que tem recursos. O primeiro deles é em relação... A
arrecadação do ICMS, em 2021, por conta da legislação atual dos benefícios
fiscais, foi de 414 milhões de reais.
O
governador Tarcísio editou um decreto agora no início da sua gestão isentando,
reduzindo de 8% para 3% para essas empresas de embalagens metálicas no estado
de São Paulo - que estranho - reduzindo drasticamente a arrecadação desse
setor, que é apenas um setor que foi beneficiado entre tantos outros decretos
já publicados aqui no estado de São Paulo.
Então,
em síntese, nós vamos perder aproximadamente 345 milhões de reais com esse
decreto do governador, que eu estou através do PDL pedindo para a Assembleia
Legislativa revogar.
A
Alesp pode revogar um decreto do governador para que esse dinheiro volte aos
cofres públicos para pagar os servidores, para a Educação, para as
universidades, para o SUS, para a Assistência Social. Porque nós só vamos
arrecadar agora no máximo 69 milhões. Olhe a perda por algo sem transparência.
Esse
decreto é inconstitucional. Ele agride artigos da Constituição Federal, da
Constituição Estadual, o Art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Então
esse é um dado importante que eu quero mostrar, sobretudo para os deputados da
base do governo.
E
o outro, tão importante quanto esse dado, é a questão da própria Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Eu
quero mostrar um outro quadro aqui. Olhe só, nós estamos perdendo,
aproximadamente, com esse decreto do Tarcísio de Freitas, 345 milhões.
Olhe
só, o aumento, o reajuste solicitado, a reposição das perdas inflacionárias da
Fundação Casa representa apenas 168 milhões por ano.
Não
é nada perto dos benefícios fiscais para os grandes grupos econômicos. Olhe só,
nós temos dinheiro no Orçamento: 168 milhões se o governo reajustar em apenas
15%, que é pouco ainda. Os servidores da Fundação Casa merecem muito mais.
Então V. Exas. pensem antes da votação; tem dinheiro no cofre público.
Mas
um outro dado que eu quero apresentar, mais importante ainda, que é exatamente
sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. O estado de São Paulo está bem abaixo
do investimento nos servidores públicos do nosso estado. Nós temos aqui três
limites: o limite máximo de despesas, na média o governo estadual investe
apenas 49%; o limite prudencial, 46,55%; e o limite de alerta, 44,10%, que na
verdade são os limites aqui para o estado de São Paulo.
Na
verdade, o estado de São Paulo investe apenas 37,93 por cento. Nós não estamos
nem próximos do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, que nós
somos críticos dessa lei.
Essa
lei foi aprovada pelos tucanos, pelo governo Fernando Henrique Cardoso,
justamente para penalizar os servidores públicos do Brasil. Ela já deveria ser
ou revogada ou alterada.
Ou
seja, o governo teria ainda condições de investir, conforme os dados econômicos
aqui, no mínimo, 14 bilhões de reais para reajustar os salários de todos os
servidores públicos do estado de São Paulo sem chegar nem no limite prudencial.
Eu
digo isso e fiz essa rápida explanação para que a base do Governo, para que
cada deputado, para que cada deputada se convença de que é possível, sim, dar
os reajustes.
É
que o governo Tarcísio, como os governos tucanos, fez uma opção em beneficiar
os grandes grupos econômicos, dando isenções fiscais. Não é à toa que a isenção
fiscal, os benefícios fiscais para 2023 giram em torno de 80 bilhões de reais
para os grandes grupos econômicos do estado de São Paulo, muitos deles
sonegadores da dívida pública.
Além
de terem benefícios, eles não pagam o pouco que deveriam pagar. Então nós temos
uma dívida pública, uma dívida ativa de aproximadamente 150 bilhões de reais;
empresas devendo seis bilhões, quatro bilhões, três bilhões de reais. Já
apresentei essa dívida em vários momentos, mas é só entrar no site da PGE que
tem lá, essa dívida é pública, por empresa, é muito fácil.
Então
tem dinheiro no orçamento público. A nossa intervenção aqui não é só de
palanque, nós não somos palanqueiros, não somos bravateiros; nós estamos aqui
pedindo um reajuste que é possível de ser dado para todos os servidores,
sobretudo para os servidores da Fundação Casa, que estão em greve desde o dia 3
e não são recebidos pelo governo.
O
governo não negocia com a Fundação Casa. A Polícia Penal foi golpeada, foi
traída. Ficou de fora a Polícia Penal. Nós aprovamos a PEC aqui no ano passado,
foi escanteada desse reajuste. E os próprios policiais militares e policiais
civis também estão vivendo uma grande contradição interna, grandes injustiças
internas.
Por
tudo isso, Sr. Presidente, eu peço mais uma vez, faço um apelo aos deputados da
base do Governo, porque nós, da oposição, vamos votar favoravelmente ao projeto
e às emendas.
Peço
para que os deputados também pensem, porque ficar do lado do governo é uma
coisa que depois o governo vai embora e vocês ficam, deputado fica, tem uma
história, e tem que manter a coerência. Quem sempre defendeu os servidores da
Segurança Pública tem que ser coerente e ficar do lado deles até o fim, haja o
que houver.
Isso
é coerência política, mesmo que se pague um preço. Então faço um apelo: as
condições econômicas estão dadas, tem orçamento, tem dinheiro. Nós temos o
maior orçamento da história do estado de São Paulo, que é o orçamento de 317
bilhões de reais.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Quero indicar o deputado Reis pela Federação PT/PCdoB/PV, para
falar sobre o método.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- É regimental. Deputado Reis, para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, seria muito
importante que pudéssemos votar as emendas, porque nós somos favoráveis ao
projeto, mas nós somos favoráveis ao projeto com a arrumação dos problemas que
o projeto traz.
O
projeto traz problemas de diferenciação salarial, hierarquia salarial. Não é um
aumento linear. O secretário que foi responsável por construir esse projeto
construiu o projeto de acordo com o olhar dele.
Ele
olhou para o coronel e falou: “Você vai ter 28% de aumento”. Ele olhou para o
capitão e falou: “Olha, o capitão precisa ganhar mais”, e ele deu aqui para o
capitão 28.79%; olhou para o primeiro tenente: “Você foi da minha classe, da
minha sala, da minha escola, aspirante, fez escola junto comigo”, 28.87 por
cento. Aí ele falou: “Mas eu não gosto muito do segundo-tenente”, 13.71; 13.71
para o segundo-tenente e 28.87 para o primeiro-tenente. É uma coisa gritante
isto aqui. “Ah, mas por quê?” Porque aqui é onde está a maioria dos aposentados.
Então
ele está prejudicando aqueles que deram a sua vida, os veteranos que deram a
sua vida pela Polícia. Eu não sei como os deputados podem concordar com uma
base do governo, podem concordar com um negócio desse, como aqueles que vieram
aqui, defenderam tanto, estão concordando.
Essa
diferença, a diferença do primeiro-tenente para o segundo-tenente é de mais de
quatro mil reais, é mais do que o padrão do meu salário de investigador de 2ª
classe. Então, isso aqui é muito injusto, e o terceiro sargento, 15,18%, também
onde está a maioria dos aposentados na Polícia Militar.
Então,
nós apresentamos emendas para corrigir isso. Nós temos várias emendas, que
seria bom que essa Casa, que tem essa prerrogativa de dar a palavra final...
Aqui não é o governo que dá a palavra final; quem dá a palavra final são os
deputados e as deputadas.
O
governo manda o projeto para cá, ele é debatido, discutido, reformulado e aí
sai o texto que é o entendimento do povo, é o entendimento daqueles que
representam o povo. Não é o governo; o governo não representa o povo, quem
representa o povo somos nós. Então, nós não podemos votar contra aqueles que
nos colocaram aqui.
Quando
eu aprovo um projeto desse com essa tamanha divisão e o governo dizendo que
está prestigiando o soldado, prestigiando o cabo, não é verdadeiro isso. O
soldado aqui está tendo um aumento, o soldado de 2ª classe está tendo um
aumento de 976 reais; o de 1ª classe de 796 reais, enquanto que o capitão está
tendo um aumento de 3.062 reais.
Como
que ele está prestigiando o soldado? Se ele estivesse prestigiando o soldado,
ele ia dar três mil de aumento para o soldado, ele ia dizer que o soldado não
pode ganhar menos de cinco, seis salários mínimos, mas não é isso que está no
projeto.
E
há uma diferenciação salarial com relação à Polícia Civil. A Polícia Civil foi
desprestigiada, e a Polícia Civil veio a essa Casa com seus representantes e
fez, sim, o debate. E ontem nós lançamos a Frente Parlamentar em Defesa da
Polícia Civil e novamente aflorou esse debate dessa diferenciação salarial
entre a cúpula da Polícia Militar, porque eu não posso dizer da base da Polícia
Militar, e a Polícia Civil como um todo.
Eu
levantei, presidente, essa questão dos aumentos diferenciados porque é muito
maldoso, o secretário foi muito maldoso. Ele falou: “Estou dando 24% para os
escrivães de Polícia de 3ª classe e 24% para os investigadores de Polícia de 3ª
classe”, só que na 3ª classe é onde está o menor número de profissionais.
Nós
temos 535 escrivães de 3ª classe enquanto que na 2ª classe nós temos 2.247, na
1ª classe 1.502, e na classe especial 843, que são os que estão tendo o menor
reajuste, cerca de 16 por cento.
E
por que isso? É porque também a maioria dos escrivães e dos investigadores de
Polícia aposentados estão nessas classes, ou na 1ª, ou na classe especial, ou
na 2ª classe. Não estarão nunca na 3ª classe.
Então,
o governo age de forma perversa com a categoria policial, com a base da Polícia
Militar e com a Polícia Civil como um todo, sem contar que ele escanteou a
Polícia Penal e a Fundação Casa, que está aqui, está acampando aqui nas
proximidades da Assembleia Legislativa porque também foi deixada de lado.
E
nós fizemos emendas, nós temos 45 emendas protocoladas a esse projeto, e nós
fizemos emenda para corrigir essa injustiça praticada contra a Fundação Casa.
Nós fizemos emenda, por exemplo, para que o governo reconheça que os
investigadores de Polícia, os escrivães de Polícia, a porta de entrada para
eles é a exigência do curso superior, enquanto que a porta de entrada da
Polícia Militar é a exigência do 2º grau, do Nível Médio.
Agora,
aqueles que estão na porta de entrada, onde se exige
curso superior, em muitos casos dessa diferenciação salarial o salário ficou
abaixo daqueles em que se exige o segundo grau.
Então é preciso fazer
justiça com a Polícia Judiciária, é preciso fazer justiça com os integrantes da
Polícia Judiciária. Não dá para aceitar esse tratamento que o Governo está nos
dando.
E nós colocamos emenda
para corrigir essas distorções, nós colocamos emenda para garantir que esse
adicional de nível superior seja reconhecido para os investigadores de polícia
e para os escrivães de polícia, nós colocamos emenda atendendo os
representantes das classes que vieram aqui, sindicato dos delegados, sindicato
dos escrivães de polícia, sindicato dos investigadores, sindicato dos
administrativos, que é outra categoria que está jogada às traças, os oficiais
administrativos
Até insalubridade agora,
o DPME garfou a insalubridade deles, reduziu de grau máximo para grau mínimo,
reduziu de 785 reais para 196 reais para pessoas que ganham salário menor do
que o salário mínimo regional que foi aprovado aqui.
E o Governo não corrigiu.
Nós fomos lá com a comissão, fomos recebidos pelo secretário executivo Sultani.
Eles falam “não, nós vamos mandar o projeto, vamos corrigir mais as coisas”.
Ainda não aconteceu.
Então a gente precisa sim
fazer esse atendimento, que é 25% para toda a Polícia Civil, de forma linear.
Esse foi o pedido, esse foi o encaminhamento que foi levado à Casa Civil.
Nós protocolamos esse
pedido, está lá, na Casa Civil, a manifestação de todas as entidades de classe.
Que ao menos seja um aumento linear, e não essa lógica, 15% para um, 28% para a
Polícia Militar, 30% para a Polícia Militar, 16% para investigador de classe
especial, 16% para escrivão de classe especial. É isso que não está sendo
aceito.
Então é muito importante
que nós possamos aqui, nesta Casa, nesta data de hoje, votar as emendas. Nós
queremos votar o projeto, aprovar o projeto, eu vejo aqui que a oposição e a
situação vão votar a favor do projeto, mas mais importante do que votar a favor
do projeto é acatar as emendas que aqui foram protocoladas, é acatar os anseios
das classes, que se reuniram, que discutiram, que debateram e que apresentaram
as suas demandas, as suas reivindicações.
O governo pode bater a
porta na cara dos trabalhadores da Segurança Pública. O que o governo fez, essa
arrogância, essa prepotência do governo foi justamente bater a porta na cara
daqueles que dão a vida pela sociedade paulistana.
Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Vamos fazer uma verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal
intermitente por quatro minutos para que as Sras. e os Srs. Deputados que não
se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
O SR. JORGE WILSON
XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Peço a
gentileza de todos os deputados da base aliada para que votem “sim”.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Solicito aos deputados que votem “não”, porque rejeitaram a possibilidade da nossa emenda.
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Gostaria de anunciar também que estamos recebendo a
visita do ilustre vereador da cidade de São Paulo Celso Giannazi, que é irmão
do nosso deputado Carlos Giannazi. É a família Giannazi ocupando todos os espaços
e territórios do nosso estado de São Paulo e do nosso País. Está no ritmo da
“Tattolândia”.
O SR. PAULO FIORILO -
PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Para colocar
a Federação em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
Tendo
transcorridos quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não’, ou registrem
“abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem,
Sr. Presidente. Colocar a bancada do PSOL REDE em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Bancada PSOL REDE em obstrução.
O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB -
Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
Sr. Presidente. É possível colocar o PSB em obstrução?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Sim, PSB em obstrução.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
PDT em obstrução, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
PDT em obstrução, colocado pelo deputado Marcio Nakashima, líder do PDT.
Terminada a
votação pelo sistema eletrônico, estão abertos agora os microfones de aparte
para os deputados que não conseguiram registrar os seus votos pelo sistema
eletrônico.
Mais algum
deputado gostaria de fazer o seu voto?
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado Carlos Cezar.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Só para
confirmar, a votação... Nós temos alguns deputados que ainda faltam votar,
presidente, é isso?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu
estou perguntando se tem mais algum deputado que deseja votar. Chegou um
deputado agora que deseja votar.
Mais algum
deputado gostaria de fazer o seu voto? Não havendo mais deputados para votar,
passamos agora à alteração de voto. Algum deputado gostaria de fazer alteração
do seu voto? (Pausa.)
*
* *
-
Verificação de votação pelo sistema eletrônico.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Portanto,
passamos agora à proclamação da votação: 62 deputados votaram “sim”, 21
deputados votaram “não”, e este presidente, totalizando 84 votos. Portanto,
quórum que aprova o método apresentado pelo líder do Governo, deputado Jorge
Wilson.
Agora
passaremos à votação do projeto. Em votação o projeto, salvo mensagem aditiva,
emendas e substitutivos.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Para
encaminhar, o deputado Teonilio Barba, para falar pela Federação PT/PCdoB/PV.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O
deputado Teonilio Barba fará o encaminhamento pela Federação PT/PCdoB/PV.
O SR. TEONILIO BARBA -
PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sr. Presidente, André do Prado, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, os
trabalhadores que nos acompanham aqui na galeria, da Fundação Casa, da Polícia
Penal, da Polícia Civil, os trabalhadores, no geral, desta Casa. Agora é o
momento que nós vamos discutir o Projeto nº 75, agora é o momento que nós vamos
discutir e tentar incluir as nossas emendas, para aperfeiçoar o projeto,
presidente.
Presidente,
quarta-feira passada aqui que teve um grande debate sobre esse projeto. Eu não
fiz parte desse debate, porque no momento que estava sendo debatido aqui, eu
estava lá no Palácio dos Bandeirantes, com a presidenta do sindicato da
Fundação Casa, deputado Carlos Giannazi. Estava a presidenta, Cláudia, estava
lá o diretor também, vários diretores da Fundação Casa.
A
gente abrindo uma conversa com o secretário Gilberto Kassab, para ver se ele
ajudava na negociação, para que o secretário da Casa Civil, ou secretário de
Justiça, reabrisse a negociação com os trabalhadores, que naquele momento
estavam inteirando 14 dias de greve. O Gilberto Kassab nos atendeu muito bem,
com boa intenção. O juiz João, que é o presidente da Fundação Casa, também
passou por lá com sua assessoria, conversou com Kassab.
Enfim,
hoje é o vigésimo dia de greve da Fundação Casa. Deputado Valdomiro Lopes, o
senhor que já foi prefeito lá em São José do Rio Preto, e lá deve ter meio
rural, no interior. Não é isso? Lá tem carroça. Não tem carroça? Quem é que
puxa a carroça?
O
burro puxa uma carroça. Não é? Ele pena, mas puxa. Eu ontem fui visitar uma
pessoa, e ele me dizia assim: “olha, se eu contar a minha história para você,
deputado... Se o senhor fosse o carroceiro, não era o senhor que ia chorar, era
o burro que ia chorar”.
Se
vocês conhecerem a história dos agentes da Polícia Penal, dos agentes
socioeducativos, se eles forem contar a história deles, do trabalho deles, das
péssimas condições de trabalho deles, e dos péssimos salários deles, para os
carroceiros, quem vão chorar vão ser os burros. Os burros vão chorar. Não vão
ser os carroceiros. Só pra vocês terem uma ideia da dificuldade que esse povo
enfrenta para cumprir um trabalho que é muito difícil.
É
muito difícil. Não é fácil lidar com os menores da Fundação Casa. Também como
não é fácil para os agentes da Polícia Penal lidarem com os presidiários. É uma
vida dura. Você está trancado entre muros altos, com péssimas condições de
trabalho, com alto risco de periculosidade.
É
a função deles, e, infelizmente, eu não sei por que que o Major Mecca, meu
querido amigo Major Mecca... Não sei se ele está presente no plenário, que
ficou na trincheira de batalha aqui comigo, ele, o Conte Lopes e o Capitão
Telhada, ficaram aqui na trincheira de batalha no debate da reforma da Previdência,
no debate dos precatórios, no debate da reforma administrativa, mas me
estranhou muito a braveza do Mecca hoje, estranhando porque nós pegamos a
emenda do Major Mecca e incluímos no nosso roteiro de votação, porque
entendemos que a sua emenda fazia uma correção importante para a categoria.
Então,
não tem sentido o senhor vir ao microfone dizer que a proposta que o PT
apresentou dividia a categoria. A proposta de roteiro que nós apresentamos ia
destacar exatamente a questão do terceiro-sargento, a questão do
segundo-tenente, a questão da Polícia Penal e a questão da Fundação Casa, para
incluir dentro desse projeto que o governador apresentou para esta Casa.
E
o estranho é que vocês estão muito calados, porque eu acho que a sua indignação,
Major Mecca, o senhor deveria ter subido aqui na tribuna e expressado ela.
Deixa eu
contar um fato para vocês aqui, o presidente desta Casa, que eu chamei de
reizinho no passado, que era o Cauê Macris, chamei ele de reizinho aqui várias
vezes no debate da reforma da Previdência. Quando ele me procurou no passado,
eu era o líder da bancada, ele falou: “Barba, eu quero aprovar aqui a reforma
da Previdência”. Eu disse para ele: “Cauê, vocês vão acabar de afundar um
partido que eu respeito muito, que é o PSDB”.
Por que eu
respeito o PSDB? Não é o PSDB, é porque eu respeito todos os partidos, porque a
democracia é construída com partidos, independentemente da questão ideológica
de cada um. Não são pessoas, são os partidos que garantem a estrutura do Estado
Democrático de Direito.
E eu vou
chamar a atenção de vocês, principalmente da ala bolsonarista dentro do PL,
vocês vão ajudar a fazer com o PL a mesma coisa que o João Doria fez aqui no
estado de São Paulo com o PSDB, e isso impactou no Brasil. O PSDB hoje tem 13
deputados lá na Câmara dos deputados federais. Um partido que nasceu lá do racha
do MDB em 1988, eu acompanhei de perto essa história.
Você sabe
por que vai acontecer isso? Porque foi a mesma coisa que aconteceu com o PSDB
aqui quando votou a favor do confisco dos aposentados: 12% para quem ganhava
até três mil reais, quem ganhava de três mil e um reais até seis mil reais, 14%
e 16% para quem ganhava acima de seis mil e um reais.
Foi
aprovada aqui, por isso que o João Doria não aparecia nas pesquisas
presidenciais. E vocês estão caminhando, ainda no início de governo do
Tarcísio, para levar o PL para a mesma condição. E eu respeito o PL, eu
respeito os bolsonaristas. Eu enfrento vocês o tempo todo, em todos os debates.
Sempre enfrentei no debate, na questão política.
É liturgia
do cargo aqui um deputado ter que respeitar o outro deputado e respeitar,
principalmente, as deputadas, que foram sempre muito maltratadas nesta Casa
aqui por conta do machismo que está incrustado, não é na nossa cabeça, não é
exclusividade do Brasil ser machista.
Mas eu vi
aqui desta tribuna o deputado Barros Munhoz algumas vezes chamar a atenção do
PSDB. Eu estou chamando, eu estou dialogando com vocês do PL agora, porque dá
tempo de corrigir. Aprovou agora, nós votamos contrário, o método de votação de
vocês, porque nós apresentamos o nosso, então nós tínhamos que votar contrário.
No projeto
nós vamos votar com vocês. Nós somos favoráveis ao projeto, o que nós queremos
fazer é uma correção de rumo nesse projeto. E vocês? Deputado Gil Diniz, que
dizia que agora ia ter um governo diferente do PSDB, o governo do Republicanos,
mais o PL, está cópia fiel daquilo que foi o João Doria. Está cópia fiel
daquilo que foram os 30 anos de governo do PSDB aqui no estado de São Paulo.
É
lamentável. Você que é um grande debatedor, que gosta de debater, nós fizemos
grandes debates juntos aqui nesta tribuna. Aqui nós paramos esta Casa várias
vezes. O governo do PSDB, para aprovar aqui a reforma da Previdência, teve que
buscar deputado de helicóptero e teve que pagar emenda de 30 milhões de reais.
E vocês
estão caminhando para o mesmo caminho. Para o mesmo caminho, calados, com a [Expressão suprimida.] que tinha o
PSDB. Do mesmo jeito, [Expressão suprimida.], [Expressão
suprimida.].
Eu estou
aqui fazendo uma provocação porque eu quero que os deputados e as deputadas
ajudem a mudar esse quadro. Para a gente ter um nível de aumento melhor do que
a questão dos policiais da Polícia Civil a questão da Polícia Penal, a questão
dos agentes
socioeducativos da Fundação Casa.
Presidente,
peço desculpas pela expressão que usei. Deputada Analice Fernandes, bancada do
PSDB, peço desculpas a todos os deputados e peço para retirar essa palavra que
usei, de “passividade bovina”. Acho que não é justo fazer isso.
Muito
obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
A seu pedido, então, será tirada das notas taquigráficas.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para encaminhar pelo Progressistas.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
É regimental. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. GIL DINIZ - PL - Sr.
Presidente, uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Vossa Excelência tem dois minutos.
O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado,
presidente. Nós, da base aliada ao governador Tarcísio, estamos fazendo a nossa
parte, tentando melhorar o projeto, fazendo as discussões e não nos furtando ao
debate.
Agora,
a gente precisa deixar claro aqui neste plenário: com essa oposição de festim,
com essa oposição que temos neste momento, aí o governador vai aprovar tudo
mesmo aqui, presidente, e na maior tranquilidade.
Novamente:
não nos furtamos ao debate. Aqui no plenário, nas comissões, nas emendas ao
projeto, inclusive, estivemos aqui fazendo a boa discussão. Infelizmente, neste
momento, não prosperou, com a promessa do governador de, em um segundo momento,
as nossas demandas serem incorporadas aos projetos. Ou seja, nós não fugimos ao
debate, nós não fugimos à provocação.
Nós
vamos, sim, aprovar esse projeto na data de hoje, porque é um bom projeto. São
cinco bilhões de reais para a Segurança Pública. Mas eu repito aqui: com essa
oposição de festim, neste momento, aí não tem acordo a ser feito.
O
governador vai aprovar, é mais um golaço do nosso governo, e eu,
particularmente, fico tranquilo, porque as minhas posições são públicas, tanto
para o governo quanto para a oposição, doa a quem doer.
Infelizmente,
neste momento, o PT, com todo o respeito ao deputado Barba, não coloca aqui as
cartas na mesa, falta em alguns momentos com a verdade, tentando emplacar uma
narrativa de que estamos contrários ao funcionalismo público, quando é
justamente o contrário: nós somos favoráveis aos funcionários públicos e
estamos aprovando aqui o maior aumento, o maior reajuste salarial aos nossos
policiais militares e civis na data de hoje.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr.
Presidente, o senhor me permite uma comunicação? Dois minutos?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo. Depois, o deputado Delegado Olim fará o
encaminhamento.
O SR. PAULO FIORILO -
PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, estou aqui embasbacado com o deputado Gil Diniz.
Estamos aqui desde as 16 horas e 30 minutos e é a primeira vez que ouço o
deputado Gil Diniz se manifestar.
Ninguém
do governo discutiu o método, defendeu o método. Ninguém, ninguém! Não é o
método agora. Então, vamos mudar a sua narrativa? Vamos discutir o que está
acontecendo aqui? A base fez uma opção de se calar, de ser enquadrada. Agora,
eu gostaria muito, deputado Gil Diniz... Eu ouvi o senhor.
Eu
gostaria muito, deputado Gil Diniz, que o senhor engrossasse a oposição. Quem
sabe, o senhor, os outros deputados da base da bala, todos eles são bem-vindos.
Sabe por quê? Porque o senhor está dizendo: “Ah, com essa oposição...” Bom, nós
temos os nossos votos da oposição e fizemos aqui um esforço muito grande para
convencê-los.
Talvez,
quem sabe, na votação que vamos fazer ainda, o senhor mude de posição, porque
esse discurso do senhor, na realidade, é uma falácia, dizer: “Ah, é o maior
aumento, então...” Bom, mas não incluíram as emendas que os militares pediram,
a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Penal.
Vocês
se refugiaram atrás de um governador. Então, acho que era preciso ter
hombridade e dizer: “Olha, de fato, o governador chamou a gente, enquadrou todo
mundo, vai mandar outro projeto, vai melhorar, vai dar seis por cento”. Ah,
vamos falar sério!
Vocês
se esconderam e agora querem falar que a narrativa do deputado Barba, que “olha
a oposição do traque”... Oposição do traque? Vocês foram enquadrados! É a
bancada do enquadro.
É
isso, é a bancada de vocês, enquadrada! (Manifestação nas galerias.) Aí vocês
vêm ao microfone querer mudar a narrativa? Desculpe, deputado Gil. O senhor
sabe do respeito que tenho pelo senhor, mas não faça isso.
Ninguém
aqui é idiota, ninguém aqui não viu o que vocês fizeram. Então, vamos assumir:
vocês são governo! O governo disse: “Vota assim e pronto, acabou”.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Para encaminhar a favor, o deputado Olim, pela bancada do Progressistas.
O SR. DELEGADO OLIM -
PP - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, as pessoas aqui na plateia, Sr.
Presidente, meus colegas, eu achei que eu fosse morrer e não fosse ver esse
discurso do deputado Enio Tatto, meu amigo, e do Barba. Mas que discurso, que
amor pela polícia que o PT e o PSOL têm agora! Eu nunca vi o PSOL tão unido com
esse amor pela polícia.
O
senhor vai ter voto, o senhor vem aqui falar no meu lugar. Como é que pode a
gente estar aqui ouvindo Paulo Fiorilo? A deputada Monica me cobrou no Colégio
de Líderes. Ela falou do Orçamento, mas acho que ela não leu o Orçamento ou não
entendeu o Orçamento, porque eu não entendia de Orçamento. Depois que eu virei
o relator do Orçamento, eu entendi.
Ela
reclamou comigo, que realmente ela me procurou com a maior boa vontade de
aumentar o salário dos policiais civis. Tenho que deixar aqui declarado, mas
ela não sabe que eu não tenho essa força de aumentar os salários. O que eu fiz
que a senhora não sabe, se a senhora olhar, eu deixei um bilhão de reais para o
nosso secretário Derrite poder investir nas polícias.
Eu
não podia dar aumento, mas deixei um bilhão no Orçamento onde ele quisesse. E
deixo com muita confiança nesse nosso secretário, que é polícia, que é a
primeira vez que tem polícia mandando na polícia. Estamos por aqui de
procurador, por aqui de juiz mandando na polícia, advogado.
Hoje
nós temos polícia mandando na polícia, porque temos um governador que é um cara
correto e macho de colocar um policial para tomar conta da polícia. Temos um
governador que tem palavra e postura. Temos um governador que falou: “Vou
colocar um policial”, e colocou um policial civil e um policial militar. Agora
eu estou pasmo com o PT e com o PSOL.
Que
amores pela polícia! Então, meus queridos, deixe eu deixar bem claro: quem
acabou com o funcionalismo público chama-se Geraldo Alckmin, que é do partido
dos senhores, que é o vice-presidente do nosso presidente Lula. É farinha do
mesmo saco de vocês.
Esse
que está lá, Geraldo Alckmin, acabou, Fiorilo, com o funcionalismo público. Eu
estou há 30 anos como funcionário público e eu não tive um aumento com o
Geraldo Alckmin, e está com vocês agora. Está com meu amigo Márcio França, que
é meu amigo, PSB. Caio França, onde está o Sr. Geraldo Alckmin? Hoje está no
partido PSB.
Ele
acabou com o funcionalismo público do estado de São Paulo. Não só com as
polícias, não dando aumento nenhum para nós durante anos. Ele acabou realmente
e hoje esse problema que nós estamos tendo aqui é porque lá atrás ele não deu
aumento nenhum.
Eu
não vou culpar o PSDB aqui, porque podem falar o que quiser do Doria. O Doria
deu um aumento e o Rodrigo Garcia deu outro. Quem deu zero, zero, zero, zero,
zero foi Geraldo Alckmin, que está com vocês no governo, está mandando no
governo. É farinha do mesmo saco, Fiorilo. É o Geraldo Alckmin com vocês do PT
e vocês aqui defendendo a...
Vocês
odeiam a polícia. Policiais, se vocês acreditarem neles, vocês estão muito
enganados. Eu vi aqui a nossa deputada Monica falando: “Eu quero acabar com a
Polícia Militar”. Esse é o pensamento do PSOL. Agora nós temos um governador
que vai dar dois bilhões e meio de aumento.
Agora
eu vou falar um pouco da Polícia Civil. A Polícia Civil foi um pouco
prejudicada nesse aumento. Realmente eu não subi agora, vim agora defender,
porque eu tenho um acordo e conversado, ido no Palácio. Nos próximos aumentos,
ele vai tirar essas diferenças que houve; alguns erros houve. Não pode o
delegado de polícia, que é o chefe da Polícia Civil, vir depois do perito
criminal e do médico legista.
E
é o que aconteceu no salário base. O delegado olha, me liga e fala: “Como que
você admite que o delegado, que é o chefe da Polícia Civil, ganhe menos que o
perito e menos que o médico legista?”. Foram algumas distorções feitas na hora
de fazer o projeto que o governador já se comprometeu a acertar.
Como
também vai acertar o que aconteceu para o terceiro sargento. São 27 mil que
ficaram aí numa posição muito ruim, que o Mecca defendeu, que todo mundo
defendeu; também defendo. São sete bilhões, no final, de aumento para as
polícias que ele vai dar. Vamos dar uma credibilidade e um crédito para o
governador.
Nenhum
governador chegou e deu um aumento desse. Eu nunca tive um aumento desse. Eu
sou aposentado, eu vou ter um aumento, realmente um aumento. Vamos ficar com o
salário ainda lá embaixo?
Vamos
por causa do Sr. Geraldo Alckmin, que nunca deu aumento para nós; estava nem
aí. Quem de governador aqui que vocês conhecem recebe no Palácio, como recebeu
a gente aqui?
Hoje
estava lá no Palácio, vi o Barba falando, foi recebido pelo Kassab: “Nunca nós
fomos recebidos no Palácio”. Eu fui como base, mas com o aumento de polícia
nunca fui chamado para nada. O governador já nos chamou quatro vezes.
Tenho
compromisso com a Polícia Civil de fazer um acerto, principalmente os
investigadores e escrivães, que são nível universitário e tiveram um aumento
bem abaixo. Ele deu a mais para os soldados, também concordo que trabalham
muito, que nem vocês, só que são nível colegial, nível secundário.
Na
hora, houve algum engano, na próxima já vai ficar todo mundo igual ou parecido.
Então ele vai dar esse reajuste. Nós temos aí mais ou menos cinco bilhões e
mais dois, são sete bilhões. Eu acredito nesse governador. Sabe por que eu
acredito nesse governador?
Pela
postura dele, pelo jeito como ele nos recebeu e deixou bem claro: “Eu vou
acertar essa diferença”. Então quero deixar aqui para a Polícia Civil, que
estão alguns aí falando mal de mim, batendo em mim, porque ouvem o PT falar,
parece que eles são amigos de vocês. Venham aqui dormir nessa onda que vocês
vão ver onde vocês vão morrer afogados aqui.
Então
quero deixar bem claro que teremos essas divergências. Essas diferenças serão
acertadas com esses sete bilhões que virão de aumento. O salário ainda ficou
bem abaixo dos outros estados, mas é um compromisso. Não é um compromisso igual
ao João Doria, que falou que ia ser o melhor salário, e aí vai falar que é a
pandemia.
Mas
o compromisso de nós acreditarmos no governador, de nós, que somos da bancada,
eu sou hoje, como sempre fui, eu sou base do governo, e não tenho vergonha. Não
vi em momento algum aqui, não votei a favor da emenda.
E
falo aqui, porque eu sei que tenho um compromisso com o governador de acertar
essas diferenças, porque o governador é trabalhador, o governador é correto, é
um cara inteligente, ouve os deputados. Aqui a maioria nunca entrou no Palácio.
A maioria aqui nunca entrou. Agora ele recebe a todos lá.
Quero
deixar bem claro aqui que esse amor do PSOL, esse amor do PT, não acredite em Papai
Noel. Esses policiais são malandros, vocês conhecem. Para estar onde vocês
estão, no mínimo, vocês prestaram um concurso público.
É
difícil estar na rua pegando ladrão. Ninguém vai acreditar nessas historinhas.
O Enio aqui contando uma história, o meu amigo aqui, que eu tenho uma
consideração pelo Barba. Ninguém veio aqui defender os policiais.
Eu
estou defendendo, como todos os colegas aqui estão defendendo. Só que eu sou
policial, eu sei o que eu passei esses anos todos, nos governos que vieram.
Então aqui eu tenho que dar a mão à palmatória e bater palmas para o governador
Tarcísio de Freitas pela atitude.
Estou
acreditando na Segurança Pública, estou acreditando no Dr. Osvaldo Nico
Gonçalves, nosso adjunto da Segurança, como o deputado Derrite, que é o nosso
secretário de Segurança Pública.
Temos
lá o coronel Cássio e o Dr. Artur, delegado geral. A Polícia Civil e a Polícia
Militar nunca estiveram tão unidas. Mas parabéns à ideia de quem dá segurança
pública para a população.
Aqui
ninguém quer agradar deputado do PT, nem deputado do PSOL, porque vocês não
gostam da gente. Nós queremos agradar aquelas pessoas que brigam por nós, que
estão todo dia nas ruas, todos os dias subindo, trocando tiro para defender a
população de São Paulo, essa população que merece, que é ordeira, que é
trabalhadora.
Só
para você ver a votação que tivemos aqui, bem diferente do PT, perdeu aqui em
tudo. Sabe por quê? Porque aqui nós somos legalistas, trabalhadores, e
acreditamos nesse governo, e acreditamos na Segurança Pública, que será o
melhor trabalho com esse governador e com esse secretário, juntamente com as
forças de segurança. Farão um belo trabalho.
E
os policiais penais podem ter certeza: os senhores são policiais. O governador
deixou bem claro: assim que os senhores forem regulamentados, os senhores terão
um aumento diferenciado dos outros funcionários públicos. Ele vai dar para os
senhores.
Daqui
a pouco vocês farão parte das forças de segurança. Aguardem. Os senhores
demoraram tanto para chegar. Eu fui um dos que mais briguei para vocês serem
Polícia Penal aqui dentro, e o Giannazi também, eu tenho que bater palmas para
o Giannazi. O Giannazi todo dia batia aqui, todo dia falava da Polícia Penal.
Deputada
Monica, não me leve a mal, mas o orçamento você deveria ter lido melhorzinho, e
você iria ver que não é nada disso que você falou. Agora não tem plateia,
ninguém mais vai ficar falando muito aqui, porque não tem mais plateia. Acabou
a plateia.
Mas
eu, não. Eu vim falar. Quero deixar claro: quem ganha é a população de São
Paulo. Parabéns, governador. O senhor, como sempre, chegou com o pé direito, e
a Segurança Pública agradece e o povo de São Paulo também.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Pela ordem, deputado Carlos Cezar.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente,
para encaminhar pela bancada do PL, eu quero indicar o deputado...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Ele
estava primeiro no microfone...
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Quero indicar o
combativo deputado Major Mecca, que luta pelas forças de segurança do estado de
São Paulo e defende arduamente o PLC 75, que faz um ajuste da recuperação
salarial a todas as forças de segurança do estado de São Paulo.
Então, indico
pela bancada do PL, o deputado Major Mecca para encaminhar.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela
ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Major Mecca para encaminhar.
Pela ordem
deputada Monica Seixas.
A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Posso
fazer uma comunicação de dois minutos?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim,
pode fazer uma comunicação, deputada.
A SRA. MONICA SEIXAS
DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Olim, eu não sou macho, eu sou mulher o suficiente, e a gente tem
uma bancada que como o senhor mesmo admitiu o deputado Giannazi sempre esteve na batalha na defesa dos servidores
públicos.
E
o que eu encontrei aqui do senhor aqui acatando emenda são 40 milhões de reais
para aparelhamento e modernização contínua do equipamento da Polícia Civil e
seis milhões de reais para o Corpo de Bombeiros para combate a incêndio, mais
três milhões de reais para o Corpo de Bombeiros.
E
aí está muito distante de somar um milhão de reais que o senhor falou, e eu
tenho certeza de que a gente sabe ler. Apresentei inclusive para o senhor as
emendas, enquanto o senhor falava ali na frente, ao Orçamento.
Depois,
por fim, para colocar fim, a gente está aqui numa disputa pela valorização da
Segurança Pública porque todo mundo usa no final. Dei diversos exemplos sobre
combate a racismo, violência contra a mulher, violência contra as crianças, que
os trabalhadores da Segurança Pública são essenciais e o colapso da Segurança
Pública afeta nosso trabalhador.
Quando
a gente critica o banco e a gente diz que o banco cobra juros abusivos, o
trabalhador do banco não se sente ofendido porque não disseram para ele que ele
é responsável por manter uma corporação numa instituição falida.
Quando
eu critico a Polícia Militar, eu discuto uma Polícia Militar que tortura seus
trabalhadores, que não tem carreira única, que oficialato entra por uma unidade
e sequer pisa na viatura e não conhece a realidade dos seus trabalhadores.
A
gente está discutindo uma Polícia Militar que todo dia procura o meu gabinete
para relatar adoecimento mental sem que o estado ofereça auxílio. A gente está
discutindo uma Polícia Militar e que tem prisões arbitrárias, tortura,
violência, exonerações arbitrárias.
E
o que a gente está discutindo é uma Polícia, e tem várias, eu acho uma vergonha
ter que discutir Português no plenário, mas também ter que discutir com
policial que existem vários modelos de Polícia, vários modelos de Polícia: a
Polícia Federal...
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Para
concluir, deputada Monica.
A SRA. MONICA SEIXAS
DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - A
Polícia Civil, e a gente defende que a Polícia Militar tem métodos ruins. Por
isso a gente quer a reforma da Segurança Pública, que comece a discutir a
situação de trabalho dos trabalhadores da Polícia Militar.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para
encaminhar pelo Partido Liberal o deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PL
- SEM REVISÃO DO
ORADOR - Boa noite, presidente, Sras. e Srs. Deputados, a todos que nos
acompanham pela rede social; todos nós, deputada, queremos a reforma da
Segurança Pública, em São Paulo e em todo o Brasil.
Eu
conheço, 31 anos patrulhando dentro de uma viatura, trocando tiro com bandido,
e sei as dificuldades que atravessam os nossos soldados da Polícia Militar
dentro do estado mais rico do país.
Sei
o que (Inaudível.) dos policiais civis dentro de um plantão de delegacia. A
gente sabe o que é a vida dos policiais penais, dos policiais
técnico-científicos, dos agentes socioeducativos.
E
nós não deixamos essas categorias para trás, tanto que nós apresentamos emendas
e não tivemos somente uma, duas, três, quatro reuniões dentro do Palácio dos
Bandeirantes levando o anseio desses policiais.
Levamos,
sim, falamos ao governador, agentes socioeducativos que apanham todo turno de
serviço de menores que vocês passam a mão na cabeça e chamam de crianças, de
coitadinhos.
E
o agente socioeducativo é morto dentro da Fundação Casa, da Febem, porque são
bandidos, porque quando tem que votar maioridade penal, não, são crianças,
precisam ser pegos no colo e bajulados. Tem que dar mamadeira para eles. Eu
conheço isso.
Quando
o policial dentro de uma favela troca tiro, vocês são os primeiros a irem na
Corregedoria pedir a prisão do policial, pedir para que o policial seja punido,
expulso da corporação. Eu conheço o que vive um policial sob a administração
anterior, que é triste, viu?
Comparar
o governador Tarcísio ao governo do
PSDB, um governador que em quatro meses mandou um reajuste para a
Segurança Pública, para esta Casa, em que o soldado tem um reajuste de 31,7 por
cento. Quando aconteceu isso em algum Governo do PSDB?
Agora, a
bancada da Segurança Pública e outros parlamentares, o nosso líder, deputado
Carlos Cezar, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado André do Prado,
nos acompanharam, porque nós queríamos alterar alíquotas desse projeto com que
nós não concordamos, alíquota de terceiro-sargento, de segundo-tenente, de
classes da Polícia Civil.
Nós não
concordamos, mas nós fomos até um limite de negociação. Ou nós vamos romper com
o Governo com quatro meses? Não, nós não vamos romper. Tiramos uma promessa, um
compromisso com esses policiais que, se falar a verdade, e eu não escondo a
verdade de ninguém, eu saí satisfeito.
Não saí
satisfeito, porque tem terceiro-sargento que, se esperar três, quatro anos, ele
já morreu, vai ficar para a pensionista. Mas foi onde nós conseguimos chegar. E
nós brigamos por todos.
A bancada
da Segurança Pública foi unida, foi junto até lá falar para o governador que “a
Polícia Penal faz parte sim do sistema de Segurança Pública, os agentes
socioeducativos precisam ser valorizados sim, porque estão abandonados dentro
do estado de São Paulo”.
E falei
isso para o secretário de Justiça, dentro da Secretaria, que são homens que,
para conversar com o bebê, que é o bandido que está traficando, matando na rua,
têm que trazer para debaixo de uma câmera, porque ele não pode conversar com a
criança, com o adolescente, se não for debaixo de uma câmera. E os internos lá
sabem disso e se aproveitam dessa circunstância.
Quem
trabalha para mudar essa circunstância? Quem trabalha para mudar a situação do
policial penal nas cadeias? Nós estamos batendo nesse sentido para que a coisa
se altere, mas vocês querem que as coisas mudem em quatro meses de Governo,
apresentam o método de votação com substitutivos que incluem todo mundo dentro
da pasta da Segurança Pública, em um único orçamento.
O Governo
não abandonou os policiais penais. Vai mandar para cá a regularização, a
recomposição salarial deles. Nós estamos pedindo brevidade? Estamos, porque são
homens e mulheres que há 30 anos estão abandonados.
Mas, neste
momento, nós temos que ter uma forma de comportamento diante do Governo para
que a gente possa conquistar e caminhar, valorizando e reconhecendo esses
homens. Não dá para chegar lá dentro do Palácio e dar um rodo, catar no mata- leão
e forçar a nada.
Hoje nós
temos um diálogo dentro do Palácio dos Bandeirantes. Todas as vezes que nós
fomos lá, nós fomos recebidos. Teve reunião que durou para mais de três horas,
a nossa busca pelo convencimento. Nós aprovamos a tabela de reajuste de
recomposição da forma que veio? Não aprovamos.
Fui bem
claro quando os deputados citaram que eu não vim falar sobre o projeto aqui. Eu
vim em todas as oportunidades que eu tive para falar que nós fomos contra a
tabela, principalmente no que diz respeito às porcentagens de terceiro-sargento
e segundo-tenente, tanto que apresentamos uma emenda.
Mas não
tem como querer nos cobrar esse destaque, destacadamente a Emenda 43, depois de
todos esses substitutivos. Não tem como. É votar de forma que o projeto amanhã
vai ser votado e ninguém vai ter aumento. Seria um gesto irresponsável da nossa
parte, totalmente irresponsável da nossa parte hoje.
Então, nós
estamos aqui, sim, trabalhando pelas Forças de Segurança, porque quando nós
trabalhamos pelos policiais, nós estamos trabalhando pelo cidadão de bem, por
aquele senhor, aquela senhora que tem um comércio lá na Teotônio Vilela, na
área dos 50 M, na Estrada do M’Boi Mirim, na Avenida Nordestina, no extremo leste da capital.
Nós
estamos trabalhando para que essas pessoas possam ter um pouco mais de
segurança, uma polícia mais bem paga, mais bem preparada. Tem muita coisa para
mudar? Tem. Nós estamos cobrando o secretário de Segurança Pública para que dê
celeridade em providências, em medidas que facilitem a vida do policial.
Por
que esse número altíssimo de suicídios dentro da polícia? Nos últimos 30 anos
não tem reajuste, não tem recomposição. Policial na hora de folga trabalha para
sustentar a família e não descansa - fadiga física e psicológica.
Nós
estamos batendo forte em cima disso, todos os dias, para essas mudanças.
Policiais que foram mandados embora injustamente porque se envolveram em
ocorrências, trocaram tiros com o bandido, e pela política de governo anterior,
foram mandados embora injustamente da polícia.
Nós
continuamos com essa mesma bandeira. Mas nós não podemos trabalhar de forma
irresponsável aqui, a inviabilizar um projeto de recomposição salarial que
nunca teve no estado de São Paulo. Nunca teve.
Em
âmbito federal, quantos porcentos de reajuste teve a Polícia Federal agora?
Oito por cento. De um salário mínimo, quanto que foi? Dezoito reais. Então, há
de se respeitar os deputados que estão trabalhando, porque existe um discurso
para nos desqualificar.
Existe
um discurso para desconstruir e isso é característico da esquerda. Envolver,
adentrar o terreno e implodir tudo. Porque a polícia não é bem-vinda, nunca
foi. Nós sabemos disso. Eu vivi isso.
Eu vivi isso quando nós estávamos na rua
combatendo o crime, defendo cidadão que mora na favela, que 90% dos moradores
de comunidade são pessoas honestas, pessoas que conversam com a gente. Eu tenho
voto dentro da favela. Eu tenho voto na comunidade. Eu tenho voto de negro, de
branco, de homossexual. Porque nós policiais sempre ajudamos a todos
indistintamente.
Nós
estamos aqui trabalhando por todos, porque Segurança Pública é para toda a população.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Uma comunicação?
O SR. PAULO MANSUR - PL - Uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Uma
comunicação, deputado Paulo Mansur.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu quero parabenizar o Major Mecca por esse discurso que,
realmente, representa a bancada do PL.
Meu
programa é policial. A gente fala de polícia no programa. E agora, vindo do
Mato Grosso do Sul para a região de Campinas, foram apreendidos 1.200 quilos de
maconha pela Polícia Civil, a Dise.
E
agora também, em Sumaré, um homem estava cometendo um feminicídio contra a
mulher, dentro de casa, com duas crianças assistindo, e um policial civil da
cidade de Sumaré junto com um guarda municipal acabou impedindo que o homem
esfaqueasse a mulher. Acabou dando um tiro até nesse cidadão que acabou
sobrevivendo, está em um hospital, mas é isso.
Esse
é o enfrentamento diário da polícia. Então, eles acabam dando a vida por nós
cidadãos. Então, eles precisam realmente desse aumento de 20% que foi proposto
pelo governador, urgentemente. Nós precisamos, sim, sair hoje com esse projeto
votado, porque a Polícia Militar, a Polícia Civil, clamam por esse aumento e
dão a vida por nós paulistas.
Então,
eu tenho certeza que hoje o PT vai votar a favor do projeto, até porque o Major
Mecca falou, no final do discurso dele, que muitas pessoas não
gostam da Polícia.
Realmente,
é o PT e o PSOL que não gostam da Polícia. São esses partidos que não gostam da
Polícia. E estão dando discurso para demonstrar um sentimento que é irreal.
É
isso aí.
A SRA. MONICA
SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
Encaminhar, pela bancada do PSOL REDE, a deputada Paula.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputada doutora Paula, para encaminhar pela bancada PSOL REDE.
Enquanto a
deputada caminha para o encaminhamento, eu gostaria de convocar as Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, 10 minutos
após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia. Com a palavra, para uma comunicação, o deputado
Enio Tatto.
*
* *
- NR - A Ordem
do Dia para a 13ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 24/05/2023.
*
* *
O SR. ENIO TATTO - PT - Com a
anuência da nossa oradora, uma breve comunicação, já que fui citado diversas
vezes.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Tem V. Exa. dois minutos, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu acho interessante que a base, em especial o deputado Olim e o deputado Mecca, criaram coragem quando não tem mais jeito, não tem mais o que consertar no projeto. Quando tiveram oportunidade de defender audiências públicas, discutir no congresso de comissões, por 10 dias, 12 dias, eles não se apresentaram.
Quando tiveram a oportunidade de discutir uma emenda aglutinativa no plenário, discutir um roteiro de votação que podia salvar o projeto, melhorar o projeto, contemplar os profissionais da Saúde, defender a própria emenda, não se inscreveram, não apareceram, não defenderam. Sabe quando que se inscreveram, vieram aqui e tomaram coragem?
Quando não tem mais jeito. Porque agora é o projeto seco, do jeito que veio do governador. Nós, do Partido dos Trabalhadores, e os partidos de oposição, nós não defendemos a Polícia em particular. A gente defende o funcionalismo público como um todo. Vocês nunca viram esses deputados aqui votar contra um projeto de aumento de salário, para qualquer funcionário público, inclusive os policiais militares, civis e penais.
Todos. A gente não faz diferença. Isso é questão de princípio para nós, de defender e valorizar, dar dignidade para todos os funcionários públicos. Nós não somos deputados de épocas, de alguns tipos de projeto. E muito menos, deputados que, antes de defender as categorias, os profissionais, vão pedir benção para o governador. Foi o que aconteceu com vocês.
Vocês foram lá, falaram com o governador. E, entre os profissionais, inclusive aqueles que vocês apresentaram emenda para valorizar, e o governador, vocês ficaram com o governador. A oportunidade de melhorar esse projeto, defender aqueles que ficaram de fora, era na hora da discussão no congresso de comissões, e o no roteiro de votação.
Isso, vocês não fizeram. Só criaram coragem a partir do momento que não tem mais como corrigir esse projeto. Que é óbvio que nós vamos votar “sim”, como vocês, porque a gente nunca vota contra aumento para o funcionalismo público.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Breve comunicação. Um minuto.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Pela ordem, deputado Danilo Balas. Vossa Excelência, última comunicação, porque
tenho que passar a palavra para a doutora Paula, para o encaminhamento.
O SR. AGENTE FEDERAL
DANILO BALAS - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero deixar bem claro que
as emendas 43 e 45 foram assinadas por oito deputados. Então o Major Mecca tem,
ao lado dele, mais sete assinaturas de deputados da bancada da Segurança
Pública.
Estamos,
sim, aqui há 20 dias, defendendo o Projeto de lei Complementar nº 75,
defendendo os policiais no Pequeno Expediente, no Grande Expediente, nas
sessões aqui, sim.
E
não deixamos só o deputado Major Mecca e o deputado Olim falar neste momento.
Defendemos 20 dias. É óbvio que os deputados do PT não vão acompanhar as redes
sociais da bancada da Segurança Pública e da bancada da base do Governo. Mas é
só dar uma entradinha lá. Convido os deputados da esquerda.
Nós
defendemos e defenderemos sempre a Polícia de São Paulo. Mecca, estamos
contigo. Mais sete deputados desta Casa assinaram essas emendas ao Projeto de
lei Complementar nº 75.
Obrigado,
Sr. Presidente.
Obrigado,
oradora.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Obrigado, deputado Danilo Balas. Então, com a palavra a deputada Dra. Paula.
A SRA. PAULA DA
BANCADA FEMINISTA - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Boa noite, Sr. Presidente; boa noite aos
demais deputados. Casa cheia hoje, para uma votação importante. Quero também
cumprimentar as pessoas que nos acompanham na galeria, os trabalhadores desta
Casa e também aqueles nos acompanham pela Rede Alesp.
Quero
reafirmar, Sr. Presidente, diante de um projeto como esse, diante de uma
exaustiva discussão que nós estamos fazendo ao longo das semanas, em primeiro
lugar, que a bancada do PSOL é a favor do Projeto 75; nós somos a favor do PLC
75.
E
nós somos a favor porque, para nós, é fundamental a discussão sobre uma
valorização real da Segurança Pública. Mais do que isso, sobre uma valorização
real do servidor público no estado de São Paulo.
E,
como o deputado Enio Tatto disse aqui, pode parecer estranho para os deputados
da base do governo, pode parecer estranho para os deputados da chamada bancada
da Segurança Pública...
E
sabe, deputada Monica, eu vou começar a reivindicar esse lugar para a gente
também. Vou começar a reivindicar o lugar de deputadas da Segurança Pública
aqui; eu, que trabalhei no sistema de medidas socioeducativas, que advogo para
familiares que tiveram os filhos assassinados pelas forças do estado, vou
começar a reivindicar esse lugar, assim como a deputada Monica. Porque para nós
interessa, e muito, o debate da Segurança Pública.
Quando
nós colocamos em discussão, de forma exaustiva, na sessão ordinária, no Colégio
de Líderes, no congresso de comissões e também nas sessões extraordinárias esse
debate, é porque nós entendemos qual é o nosso papel, como parlamentares, de
promover algo que infelizmente o Governo do Estado não fez, que é ouvir os
servidores públicos, ouvir cada categoria de servidores públicos que estão
envolvidos nesse projeto, como é o caso dos policiais militares, o caso dos
policiais civis, que têm as suas reivindicações salariais, como foi apresentado
na emenda do deputado Major Mecca.
Mas
também ouvir os trabalhadores que - esses sim - estão exaustos de vir aqui,
semana após semana, a esta galeria, à porta da Alesp, fazer manifestação,
conversar com deputado para dizer o mínimo, para dizer que eles deveriam ter
sido incluídos nesse projeto, e não foram.
Para
dizer que é fundamental - por que não? - entender como um único projeto de
Segurança Pública, que inclua também os policiais penais e inclua os agentes da
Fundação Casa, que hoje completam 20 dias de greve.
Eu
fui uma trabalhadora, assim que me formei na faculdade de direito, do sistema
socioeducativo em meio aberto, com os adolescentes que cumprem... Fui técnica
de medida socioeducativa de adolescentes que cumprem medida socioeducativa de
liberdade assistida e de prestação de serviço à comunidade.
Um
serviço que hoje deveria estar na mão das prefeituras, mas que na maioria dos
lugares, como aqui na Prefeitura de São Paulo, está na mão do serviço
terceirizado, das organizações sociais.
E
eu vivi de perto, com os meus colegas, a força da precarização de um serviço
público, que deveria ser público, e que é sucateado.
Então,
quando eu hoje escuto a demanda dos trabalhadores da Fundação Casa, agentes
socioeducativos, eu entendo também a importância de que o Governo do Estado
valorize, como deveria ser, o servidor público e, consequentemente, o serviço
público.
E
o Governo do Estado tanto não o fez que não incluiu nesse projeto, não permitiu
que nós votássemos as nossas emendas, mesmo com uma exaustiva discussão da
oposição, que incluíam esses trabalhadores; não permitiu que a gente pudesse
hoje também, na votação do roteiro do método, discutir essas emendas,
infelizmente. E vimos aqui trabalhadores deixando o plenário muito
decepcionados.
Eu
entendo a decepção; eu entendo a decepção de cada trabalhador que saiu daqui
falando para os deputados da extrema direita que se chamam de deputados da
Segurança Pública: “eu votei em você e estou decepcionado, estou decepcionada.
Porque a minha família não vai ter o aumento salarial que vocês tanto estão reivindicando
aqui para uma parte da Segurança Pública, para uma parcela da Segurança
Pública”.
E
debater Segurança Pública, se dizer deputado da Segurança Pública não é debater
só Polícia Militar e Polícia Civil. Por mais fácil que isso pareça, não é. Não
é vir aqui e dizer que é deputado da Segurança Pública porque está há não sei
quantos anos na rua, supostamente combatendo bandido.
Eu
não quero saber disso; eu quero saber quem vem aqui debater de fato o que é a
Segurança Pública no estado de São Paulo, quem entende que servidor público
precisa, sim, ser valorizado, porque policial que é mal pago, policial que não
tem direito à folga, policial que tem que fazer bico para sustentar a sua
família é policial que aumenta o número de mortes de jovens pretos e
periféricos na periferia todos os dias.
Não à toa, este governo, o
governador Tarcísio, tem nas suas mãos a responsabilidade de ter feito
novamente o número de mortes praticadas por policiais em folga aumentar nos
primeiros meses de governo. Então, é essa segurança pública que eu quero
debater aqui.
É por isso que todas as vezes eu
subo aqui, deputada Monica, deputada Ediane, deputado Guilherme, deputado
Giannazi, a nossa bancada do PSOL, para dizer: nós valorizamos, sim, a
Segurança Pública.
Nós valorizamos, sim, o servidor
público, porque nós sabemos que é essa valorização que vai fazer com que, no
fim do dia, inclusive, os nossos jovens, jovens como eu, jovens como os meus
familiares, não sejam executados injustamente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Deputada Paula, eu peço licença e desculpas a V. Exa., que está no
encaminhamento, mas, infelizmente, a nossa sessão esgotou o tempo regimental.
Então preservo o tempo de V. Exa., três minutos e 56, para a segunda sessão
extraordinária.
Está levantada
esta sessão, lembrando-os, ainda, de que teremos, daqui a 10 minutos, a segunda
sessão extraordinária.
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Levanta-se a sessão às 19 horas e 21 minutos.
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